Category: Inteligência Artificial

Netflix começa a usar IA para produzir séries e filmes

Netflix começa a usar IA para produzir séries e filmes

Netflix já usa IA na produção de cenas (foto: Thiago Mobilon/Tecnoblog)

Resumo

A Netflix usou IA em uma cena da série “O Eternauta”, com um prédio desabando criado com auxílio da tecnologia.
Ted Sarandos diz que a IA acelera a produção e amplia o acesso a efeitos visuais sofisticados.
A plataforma também começou a aplicar IA em recomendações, publicidade e na busca.

Quando tempo demorará para filmes e séries produzidos via inteligência artificial se tornarem comuns? Na Netflix, isso não deve demorar a acontecer. Ted Sarandos, coCEO, revelou em uma videoconferência para investidores que a companhia já começou a usar IA para produzir conteúdo em vídeo para a plataforma.

Sarandos explicou que esse começo consiste em uma cena de um prédio desabando na série argentina de ficção científica O Eternauta (El Atonata). Essa cena foi produzida com auxílio de uma ferramenta de IA generativa.

De acordo com o executivo, o uso da tecnologia permitiu à cena ser finalizada dez vezes mais rapidamente do que com o uso de ferramentas de efeitos visuais convencionais.

Existe um temor generalizado (e razoável) de que a inteligência artificial possa eliminar postos de trabalho de pessoas nas mais diversas áreas. Em sua apresentação, Sarandos parece ter tentado atenuar essa preocupação:

Nós continuamos convencidos de que a IA representa uma oportunidade incrível para ajudar criadores a tornar filmes e séries melhores, não apenas mais baratos. Existem ferramentas de criação com tecnologia de IA. Então, são pessoas reais trabalhando de verdade com ferramentas melhores.

Nossos criadores já estão percebendo os benefícios [da IA] na produção por meio de pré-visualização e planejamento de cenas e, certamente, em efeitos visuais. Antigamente, apenas projetos de grande orçamento tinham acesso a efeitos visuais avançados, como o rejuvenescimento.

Ted Sarandos, coCEO da Netflix

Na sequência, o executivo explicou que, se não fosse pela IA, o trabalho de edição avançada realizada em O Eternauta não teria sido possível para o orçamento da série.

Mas a visão positiva de Sarandos sobre o uso da IA generativa provavelmente não ameniza o receio de que a tecnologia possa levar à redução da contratação de atores reais nas produções, visto que ferramentas como Sora e Veo 3 já são capazes de criar cenas, objetos e pessoas incrivelmente realizadas.

Em linhas gerais, os executivos da Netflix deram a entender que a IA se tornará mais presente na empresa. E isso vale não somente para a produção de filmes e séries: Greg Peters, também coCEO, explicou que a companhia já está usando IA em áreas como busca, personalização de conteúdo e anúncios.

O Eternauta teve cena produzida por IA (imagem: reprodução/Netflix)

Netflix fechou último trimestre no azul

Os comentários de Ted Sarandos e Greg Peters ocorreram na videoconferência em que a Netflix anunciou os seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2025.

No período, a companhia registrou receita de US$ 11,08 bilhões (16% de aumento em relação ao mesmo período do ano passado), bem como lucro de US$ 3,13 bilhões.

Com informações de TechCrunch e BBC
Netflix começa a usar IA para produzir séries e filmes

Netflix começa a usar IA para produzir séries e filmes
Fonte: Tecnoblog

WhatsApp facilita contato com a equipe de suporte técnico

WhatsApp facilita contato com a equipe de suporte técnico

Chatbot de suporte do WhatsApp agora tem acesso facilitado (imagem: reprodução/WABetaInfo)

Resumo

WhatsApp elimina etapa de descrição do problema para simplificar o contato com o suporte.
Mudança já está disponível para usuários da versão estável do app em iOS, Android e desktop no Brasil.
Respostas iniciais no chat são geradas por IA, mas atendentes humanos podem assumir o atendimento conforme necessário.

O WhatsApp está simplificando o contato com o suporte dentro do aplicativo, de modo a tornar o processo mais rápido para os usuários. Para isso, a plataforma removeu uma etapa inicial em que era preciso descrever o problema para iniciar a conversa. Agora, o usuário pode abrir diretamente o chat de ajuda.

A mudança foi identificada primeiramente na versão beta 25.20.10.74 do app para iOS, pelo site especializado WABetaInfo. No entanto, o Tecnoblog verificou que o novo fluxo já está disponível para usuários da versão estável do aplicativo no Brasil, tanto no celular (iPhone e Android) quanto na versão para desktop.

O que mudou?

Anteriormente, usuários precisavam descrever problema e aguardar uma resposta no chat (Imagem: Reprodução/WhatsApp)

Até então, era preciso passar por uma etapa extra, conforme você vê na imagem acima. Os usuários precisavam formular a pergunta e, frequentemente, anexar capturas de tela para explicar a situação antes mesmo de a conversa começar.

Agora, o usuário poderá abrir o chat de suporte diretamente, sem a obrigação de preencher um formulário ou enviar arquivos assim que iniciar a solicitação. Portanto, o aplicativo simplificou o processo para entrar em contato com o suporte.

É importante lembrar que, ao iniciar uma conversa com o suporte, as primeiras respostas costumam ser geradas por uma inteligência artificial da Meta. Ela age como um FAQ, oferecendo soluções rápidas para problemas mais comuns, dado o grande volume de usuários da plataforma.

Na página sobre a ferramenta, o próprio WhatsApp alerta, no entanto, que as respostas da IA podem ser “imprecisas ou inapropriadas”. Por isso, o próprio bot informa que “atendentes humanos estão monitorando” a conversa e podem pode assumir o atendimento a qualquer momento. Não fica claro, porém, quais os critérios para que isso ocorra de forma prioritária.

Para acessar a função, o caminho continua o mesmo: na tela de Configurações, vá até a opção “Ajuda” e clique em “Central de Ajuda”. Ao rolar até o fim da página, você encontra a opção para iniciar o chat com o suporte. No computador, é possível acessar o chatbot seguindo os mesmos passos.

Lembrando que, em casos onde não é possível utilizar o suporte via app, outro canal disponível é pelo e-mail support@whatsapp.com.

Com informações de WABetaInfo
WhatsApp facilita contato com a equipe de suporte técnico

WhatsApp facilita contato com a equipe de suporte técnico
Fonte: Tecnoblog

Samsung: Galaxy AI estará em 400 milhões de dispositivos até o fim do ano

Samsung: Galaxy AI estará em 400 milhões de dispositivos até o fim do ano

Galaxy AI deve aparecer em mais aparelhos da Samsung (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A Samsung planeja integrar a Galaxy AI em 400 milhões de dispositivos até o fim do ano, incluindo smartphones, tablets e smartwatches.
A adoção é expressiva: 70% dos usuários do Galaxy S25 já utilizam funções de IA no dia a dia, segundo dados da fabricante.
Anteriormente, a Samsung revelou que os recursos de IA que vêm de fábrica nos aparelhos serão gratuitos para sempre.

A Samsung quer levar a Galaxy AI, sua plataforma de inteligência artificial integrada, para mais de 400 milhões de dispositivos em todo o mundo — entre smartphones, tablets e smartwatches — até o fim deste ano. A nova meta foi anunciada pela sul-coreana durante o Galaxy AI Forum 2025.

Segundo a fabricante, a IA nativa dos aparelhos Galaxy vem recebendo novas funções e está sendo expandida para modelos lançados em anos anteriores. Com isso, a Samsung sinaliza que a Galaxy AI deve se tornar cada vez mais central na experiência dos usuários da marca.

Essa aposta é reforçada por dados de uso divulgados pela própria empresa, que indicam um maior interesse dos consumidores por recursos de IA. Ainda assim, os números contrastam com o que costuma pesar mais na escolha de um novo celular, ao menos no mercado brasileiro.

Uso cresce, mas não decide compra

Galaxy AI cresceu entre usuários dos topo de linha da Samsung (imagem: reprodução/Samsung)

As funções do Galaxy AI já fazem parte do dia a dia de boa parte dos usuários, segundo levantamento da Samsung. Uma pesquisa feita em parceria com a Symmetry Research revela que, para 47% dos consumidores, as rotinas seriam prejudicadas sem as ferramentas de IA, enquanto 45% usam comandos de voz com a mesma frequência que digitam.

Os dados da própria fabricante mostram que a adoção é ainda maior entre donos dos Galaxy S25: mais de 70% utilizam ativamente recursos como o “Circular para Buscar”, o “Assistente de Fotos” e o “Assistente de Notas”.

No entanto, esses números não refletem exatamente o peso da IA como fator de compra de um celular — pelo menos no Brasil. De acordo com a pesquisa anual do Mobile Time, inteligência artificial aparece como prioridade para apenas 3% dos consumidores na hora de escolher um novo smartphone.

O Galaxy AI ganhou destaque com o lançamento da linha Galaxy S24, trazendo recursos como tradução simultânea de chamadas, resumo de textos, reescrita inteligente de mensagens e edição de fotos com preenchimento generativo — uma das funções mais exploradas pela Samsung no marketing.

Além disso, os usuários têm acesso há outras funcionalidades mais robustas graças à parceria entre Samsung e Google, que promove a integração da IA da gigante das buscas, o Gemini, ao ecossistema da sul-coreana.

IA grátis para sempre?

Gemini já possui grande integração com a One UI (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Com o plano de expansão da Samsung, muito se fala sobre a democratização da inteligência artificial. Mas os usuários de todos os 400 milhões de dispositivos conseguirão manter o acesso às ferramentas com o tempo? Diz a Samsung que sim, pelo menos para alguns recursos.

De acordo com informações obtidas pelo Android Police antes do Galaxy Unpacked deste ano, evento em que foram lançados os Galaxy Z Fold 7 e Z Flip 7, algumas funções permanecerão gratuitas para sempre: aquelas que já vêm no aparelho por padrão.

A incerteza fica por conta dos recursos mais avançados do Gemini. Fora dos smartphones da Samsung, o Google já adota uma estratégia de reservar seus recursos de IA mais potentes para quem paga por planos premium — algo que pode se repetir no ecossistema Galaxy.

Com informações de Business Wire
Samsung: Galaxy AI estará em 400 milhões de dispositivos até o fim do ano

Samsung: Galaxy AI estará em 400 milhões de dispositivos até o fim do ano
Fonte: Tecnoblog

Facebook também vai barrar conteúdo inautêntico criado por IA

Facebook também vai barrar conteúdo inautêntico criado por IA

Plataforma vai reduzir alcance e monetização de quem copia conteúdo alheio (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Meta anunciou medidas mais rígidas no Facebook para limitar monetização e alcance de contas que publiquem conteúdo repetido ou sem autoria clara.
A nova política deve conter o abuso de IA e materiais de baixa qualidade, como vídeos genéricos com narração automatizada.
Criadores que descumprirem as regras poderão perder monetização e visibilidade.

São dias difíceis para quem tenta ganhar dinheiro fácil com conteúdo reaproveitado na internet. A Meta anunciou nessa segunda-feira (14/07) que vai endurecer as regras contra “conteúdo não original” no Facebook, seguindo um movimento similar ao do YouTube.

Nos próximos meses, contas que publicarem repetidamente vídeos, imagens ou textos criados por terceiros — sem contexto, comentários ou qualquer outra adição que agregue valor ao conteúdo — poderão ter o alcance reduzido e perder o direito à monetização.

Embora a Meta não cite diretamente a inteligência artificial generativa no comunicado, a mudança deve ajudar a conter o avanço do chamado AI slop — o excesso de conteúdo automatizado, repetitivo e de baixa qualidade que vem se espalhando pelas redes.

O que a Meta vai combater?

Perfis que imitarem criadores ou copiarem conteúdos serão penalizados (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No comunicado, a Meta fez questão de diferenciar o compartilhamento legítimo das simples cópias que não trazem valor. Segundo a empresa, a nova regra não deve penalizar usuários que participam de trends, criam vídeos de reação com comentários ou adicionam toque pessoal ao conteúdo de terceiros.

Os alvos são contas que “reutilizam ou reaproveitam o conteúdo de outro criador repetidamente sem creditá-lo, tirando vantagem de sua criatividade e trabalho duro”. Alguns exemplos citados pela Meta são:

Simplesmente “costurar” clipes de outros vídeos sem adicionar uma narrativa ou comentário original;

Adicionar apenas uma marca d’água a um conteúdo que não é seu;

Publicar vídeos muito curtos que oferecem pouco valor ao espectador;

Reutilizar conteúdo de outros aplicativos com a marca d’água visível.

Mesmo sem ter mencionado a IA, observa o TechCrunch, conteúdos de baixa qualidade, como vídeos genéricos com narração automatizada, podem se encaixar na definição de “conteúdo não original” e virar um dos alvos da nova política.

A Meta já vinha agindo para conter esse tipo de abuso. No primeiro semestre de 2025, a big tech diz ter desativado 10 milhões de contas falsas que se passavam por criadores de conteúdo e aplicado sanções a mais de 500 mil contas por comportamento de spam no Facebook — práticas que ganharam força com o uso de IA.

Quais serão as punições?

Aplicativo indicará se há algo de errado no conteúdo (imagem: reprodução/Meta)

As contas que violarem essa nova política enfrentarão consequências no bolso e no alcance, o que já costuma ocorrer em alguns casos. A Meta removerá os infratores dos programas de monetização do Facebook por um determinado período e reduzirá a distribuição de todos os seus posts na plataforma.

E se você pensou “mas isso já acontece”, lembrando a prática de shadow banning nas plataformas da Meta, haverá uma diferença. A big tech anunciou um novo painel de “insights por postagem”, que os criadores vejam o motivo pelo qual determinado conteúdo pode estar sendo penalizado.

Reels terá redirecionamento para quem publicou o conteúdo original (imagem: reprodução/Meta)

Outra consulta possível será a do status de monetização e distribuição de cada postagem individual diretamente no painel de suporte da conta profissional. O objetivo, segundo a Meta, é dar mais clareza e permitir ajustes antes que penalizações mais severas sejam aplicadas.

Além de punir os copiadores, a Meta diz que está desenvolvendo uma ferramenta para dar mais visibilidade aos criadores originais. Assim, quando um conteúdo for republicado, a plataforma poderá inserir um link automático apontando para o post original, o que deve ajudar a redirecionar visualizações para quem criou o conteúdo primeiro.

Com informações de TechCrunch e The Verge
Facebook também vai barrar conteúdo inautêntico criado por IA

Facebook também vai barrar conteúdo inautêntico criado por IA
Fonte: Tecnoblog

Uso de IA pode atrapalhar desenvolvedores e atrasar tarefas, mostra estudo

Uso de IA pode atrapalhar desenvolvedores e atrasar tarefas, mostra estudo

Inteligência artificial pode ser mais útil no início de projetos (ilustração: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Resumo

Ferramentas de IA podem aumentar o tempo de execução de tarefas de desenvolvedores experientes.
Expectativas de ganho de produtividade com IA não se confirmaram, com um aumento de 19% no tempo gasto.
O estudo é limitado, com um número reduzido de participantes e baixa experiência com o Cursor Pro.

Uma pesquisa da organização sem fins lucrativos METR indicou que ferramentas de inteligência artificial podem levar desenvolvedores experientes a perder tempo, contrariando as expectativas deles próprios.

O estudo foi realizado no início de 2025 e envolveu 16 profissionais com pelo menos cinco anos de experiência em projetos open-source. Eles tiveram que realizar 246 tarefas reais em repositórios de código para os quais contribuem regularmente.

Tempo gasto esperando a IA gerar código foi apontado como um dos fatores do atraso (foto: Xavier Cee/Unsplash)

Os desenvolvedores foram separados em dois grupos, sendo que um podia usar ferramentas avançadas de IA, como o Cursor Pro, e o outro, não. As tarefas foram atribuídas aleatoriamente.

Antes de realizar as tarefas, os participantes do grupo com autorização para usar IA precisaram responder qual era a expectativa de economia de tempo, e apontaram para uma redução de 24%, em média. O resultado, porém, foi bem diferente. Eles levaram 19% mais tempo do que o grupo que não podia usar IA.

Depois do teste, os pesquisadores questionaram os participantes do grupo com IA para saber como eles achavam que tinham se saído. Curiosamente, a percepção deles mesmos apontava para uma redução de 20% no tempo gasto, bem diferente da realidade.

Por que a IA atrapalhou os desenvolvedores?

Os responsáveis pelo estudo gravaram as telas durante as tarefas e puderam entender melhor o que aconteceu. Um dos pontos encontrados é que, ao usar as ferramentas de IA, os desenvolvedores perderam tempo escrevendo prompts, esperando o processamento e revisando o código gerado.

Além disso, a inteligência artificial ainda tem dificuldades para lidar com bases de código grandes e complexas, como as que foram usadas no teste, o que exigiu mais revisões e correções.

Mesmo assim, é bom saber que o estudo tem limitações, e os próprios autores pedem cautela antes de tirar qualquer conclusão definitiva. O número de desenvolvedores envolvidos é pequeno, e apesar de 94% dos participantes relatarem o uso de LLMs durante o trabalho para tarefas de programação, só 56% tinham experiência com o Cursor.

Os pesquisadores também reconhecem que outros estudos indicaram que o uso de ferramentas de IA pode acelerar o fluxo de trabalho de engenheiros de software.

Por fim, como comenta o Decoder, talvez os principais ganhos de produtividade com a inteligência artificial não sejam em projetos complexos, mas sim em novos empreendimentos ou em situações que precisem de prototipagem rápida. Em situações assim, as ferramentas do chamado “vibe coding” podem dar um bom pontapé inicial.

Com informações do TechCrunch e do Decoder
Uso de IA pode atrapalhar desenvolvedores e atrasar tarefas, mostra estudo

Uso de IA pode atrapalhar desenvolvedores e atrasar tarefas, mostra estudo
Fonte: Tecnoblog

Galaxy AI: Samsung garante que alguns recursos serão gratuitos para sempre

Galaxy AI: Samsung garante que alguns recursos serão gratuitos para sempre

Galaxy Z Flip 7 e Z Fold 7 contam com recursos da Galaxy AI (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A Samsung confirmou que funções básicas da Galaxy AI, como Edição Generativa e Transcrição de Chamadas, serão sempre gratuitas.
O Google pode decidir cobrar por seus recursos baseados no Gemini que atualmente são gratuitos.
Em 2024, executivo disse que recursos pagos poderiam surgir no futuro, mas apenas se houvesse demanda por funcionalidades mais avançadas.

A Samsung deu mais informações sobre uma possível cobrança para acesso a recursos da Galaxy AI. Segundo a companhia, os recursos desenvolvidos de maneira independente, com modelos próprios de inteligência artificial, permanecerão gratuitos para sempre.

A informação foi obtida pelo Android Police durante uma reunião antes do evento Unpacked, em que a empresa sul-coreana lançou os dobráveis Galaxy Z Fold 7 e Z Flip 7, bem como a nova geração de sua linha de relógios inteligentes, o Galaxy Watch 8.

Galaxy AI fez sua estreia no S24 (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Esse é um assunto que causa confusão desde o lançamento da Galaxy AI, em janeiro de 2024, junto com o Galaxy S24. Em entrevista ao Tecnoblog, Gustavo Assunção, vice-presidente de dispositivos móveis da Samsung no Brasil, disse que não havia planos para cobrança.

Naquele mesmo mês, TM Roh, presidente da divisão de smartphones da Samsung, deixou no ar que a companhia poderia cobrar o acesso a recursos mais avançados, se houvesse consumidores dispostos a pagar por isso.

Quais recursos da Galaxy AI continuarão gratuitos?

Segundo o Android Police, a resposta da Samsung foi que “recursos que vêm no aparelho por padrão” nunca serão cobrados. Isso inclui ferramentas como Eliminador de Ruído, Edição Generativa, Transcrição de Chamadas, Assistente de Escrita, Intérprete e Zoom Nightography, entre outras.

Como nota o SamMobile, o que fica de fora disso são os recursos oferecidos pelo Google, com base nos modelos de IA do Gemini. Por enquanto, eles são gratuitos, mas a gigante das buscas pode decidir restringir alguns deles.

Fora dos smartphones, o Google adotou uma estratégia de reservar ferramentas mais potentes aos planos pagos, como o AI Pro e o AI Ultra, que custam R$ 96,99 e R$ 1.209,90 mensais, respectivamente.

O AI Pro (anteriormente chamado Gemini Advanced) vem como “brinde” ao comprar um Galaxy S25: a Samsung oferece seis meses grátis do pacote.

Com informações do Android Police e do SamMobile
Galaxy AI: Samsung garante que alguns recursos serão gratuitos para sempre

Galaxy AI: Samsung garante que alguns recursos serão gratuitos para sempre
Fonte: Tecnoblog

Supercomputador brasileiro Santos Dumont recebe atualização e suporte à IA

Supercomputador brasileiro Santos Dumont recebe atualização e suporte à IA

Projeto utiliza tecnologias da Nvidia, Intel e AMD (imagem: reprodução/Sistema de Computação Petaflópica do SINAPAD)

O supercomputador brasileiro Santos Dumont, operado pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) no Rio de Janeiro, recebeu uma grande atualização na sua capacidade de processamento. A máquina agora atinge 18,85 petaflops (quadrilhões de operações por segundo), um aumento de aproximadamente 575% em relação à especificação original de 2015.

A expansão é o primeiro grande investimento realizado dentro do recém-lançado Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). O projeto de atualização foi desenvolvido e integrado pela Eviden (empresa do Grupo Atos), utilizando uma combinação de tecnologias da Nvidia, Intel e AMD, para ampliar a capacidade de uso em aplicações de IA.

Hardware para pesquisa em IA

Segundo o presidente do laboratório, Fábio Borges, além de ampliar a capacidade de processamento, a nova atualização tem como objetivo permitir “maior robustez nos cálculos destinados à pesquisa, especialmente com o uso de inteligência artificial”.

Para isso, o Santos Dumont foi dividido em cinco partições diferentes. Os blades (“gavetas” de servidores), contêm vários nós (computadores individuais trabalhando em conjunto), cada qual com uma configuração específica de hardware.

Todas as partições são baseadas na arquitetura BullSequena XH3000 da Eviden, sendo interconectadas por uma malha Nvidia Infiniband NDR de 400 Gb/s. Os principais componentes incluem:

Partição 1: 62 blades equipados com processadores Intel Xeon Scalable de 4ª geração e 4 GPUs Nvidia H100 por blade.

Partição 2: 20 blades totalizando 60 nós, cada um com 2 processadores AMD EPYC 9684X.

Partição 3: 36 blades equipados com 4 Superchips Nvidia Grace Hopper por blade.

Partição 4: 6 blades totalizando 18 nós, cada um com 2 APUs AMD Instinct MI300A.

Nós adicionais: 4 nós equipados com a CPU Nvidia Grace Superchip.

Foco em eficiência energética

Sistema de resfriamento foi atualizado para melhorar eficiência energética (imagem: reprodução/LNCC)

Para além do ganho de performance, a maior parte dos novos nós de processamento está instalada em uma configuração que visa eficiência energética: os seis racks ocupam mais de 7 m² e utilizam um sistema de resfriamento por líquido, que capta mais de 98% do calor gerado, segundo a Eviden.

A tecnologia usa água em temperatura ambiente (entre 26 ºC e 30ºC na entrada) para capturar o calor gerado por todos os componentes, incluindo processadores, GPUs, fontes e dispositivos de rede. De acordo com a empresa, o sistema é mais eficiente que a versão de 2015 do supercomputador, que dissipava cerca de 80% do calor por meio da água.

Plano Nacional para IA

O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) prevê um investimento de R$ 23 bilhões ao longo de quatro anos, visando garantir a soberania tecnológica do país quando se trata de inovação e uso de IA através da exploração da máquina.

O supercomputador — que chegou a ser desligado por falta de dinheiro para conta de luz quase uma década atrás — pode ser solicitado para uso por qualquer pesquisador ou instituição do país. A máquina ganhou ainda mais atenção durante a pandemia, quando fez parte do projeto que fez o sequenciamento do genoma da covid-19 em 2020.

Supercomputador brasileiro Santos Dumont recebe atualização e suporte à IA

Supercomputador brasileiro Santos Dumont recebe atualização e suporte à IA
Fonte: Tecnoblog

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

Um dos objetivos é frear a proliferação de conteúdo falso (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O YouTube vai atualizar suas políticas de monetização para combater conteúdos repetitivos ou falsos.
Criadores de conteúdo serão orientados sobre quais tipos de vídeos são elegíveis para monetização.
A mudança visa combater o fenômeno de vídeos gerados por IA, como os chamados “slop”.

Após anunciar uma nova repressão contra o uso de bloqueadores de anúncios, vem aí uma nova mudança no YouTube. A plataforma de vídeos do Google informou que vai atualizar suas políticas de monetização, o que pode impactar no bolso dos criadores de conteúdo.

A medida começa a valer na próxima terça-feira (15/07) e visa reprimir um fenômeno que ganhou espaço na plataforma: a monetização de vídeos considerados “não autênticos” e a proliferação de conteúdo de baixa qualidade gerado por IA.

O que isso significa para os criadores?

O plano é que as novas diretrizes esclareçam quais tipos de conteúdo são elegíveis ou não para monetização, auxiliando os criadores a compreenderem o que se enquadra na definição atual de conteúdo “não original”.

A mudança não deve limitar a monetização de formatos populares, como vídeos de reação ou aqueles que incorporam trechos de clipes de terceiros. Pelo menos é o que informou Rene Ritchie, chefe editorial e de contato com criadores do YouTube, em um vídeo.

YouTube restringe conteúdo repetitivo e de IA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Ritchie afirmou que a mudança é uma “pequena atualização” das políticas já existentes e que o propósito é identificar de forma mais eficaz conteúdo produzido em massa ou repetitivo. Ele reiterou que esse material já não era elegível para monetização há anos, sendo frequentemente classificado pelos próprios espectadores como spam.

O impacto da inteligência artificial

O YouTube tem sido palco de um fenômeno que recebeu o apelido de “slop” de IA, termo que descreve mídias ou conteúdos de baixa qualidade produzidos por IA generativa. Exemplos incluem a sobreposição de vozes geradas por computador em fotos ou videoclipes, bem como a reapropriação de conteúdo por meio de ferramentas de conversão de texto em vídeo.

Casos de canais com milhões de inscritos dedicados a músicas geradas por IA e vídeos falsos criados usando a tecnologia foram denunciados pelo jornal inglês The Guardian, por exemplo.

Em um exemplo notável, uma série de vídeos sobre crimes reais que viralizou no YouTube foi identificada como inteiramente gerada por IA, segundo o site 404 Media. Além disso, em março, a imagem do CEO do YouTube foi utilizada em um golpe de phishing gerado por IA dentro da própria plataforma.

Com informações do YouTube, The Guardian e 404 Media
YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA
Fonte: Tecnoblog

Huawei é acusada de copiar IA da Alibaba por meio de denúncia anônima; empresa nega

Huawei é acusada de copiar IA da Alibaba por meio de denúncia anônima; empresa nega

Huawei é acusada de copiar modelo de linguagem de concorrente chinesa (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Huawei foi acusada por uma fonte anônima de ter copiado tecnologia de IA da Alibaba, usando o modelo Qwen 2.5-14B como base.
O Noah’s Ark Lab, laboratório de IA da Huawei, alega que o seu modelo foi desenvolvido de forma independente, com inovações próprias, e nega as acusações.
A disputa surge em meio à competição entre empresas chinesas por liderança em modelos de linguagem, após o sucesso do DeepSeek.

O laboratório de pesquisa de inteligência artificial da Huawei negou, no último fim de semana, que seu modelo de linguagem Pangu Pro Moe tenha seja derivado de tecnologias do Alibaba. A suspeita foi levantada após a publicação de um artigo técnico anônimo na plataforma GitHub, que acusava a Huawei de reutilizar o modelo Qwen 2.5-14B da rival chinesa.

A publicação, assinada por uma entidade chamada HonestAGI, aponta “correlações extraordinárias” entre os modelos e sugere que a Huawei não treinou seu sistema do zero, mas teria feito uma espécie de reaproveitamento (o upcycling), o que poderia configurar violação de direitos autorais e falsificação de dados técnicos. A acusação rapidamente repercutiu em comunidades de IA e na mídia chinesa.

O que está sendo contestado?

Segundo o artigo de HonestAGI, o Pangu Pro Moe apresentaria características tão similares ao Qwen 2.5 que seria improvável que tivesse sido desenvolvido de forma autônoma. A publicação cita a possibilidade de que a Huawei tenha inventado informações em seus relatórios técnicos, além de inflar o investimento declarado no treinamento do modelo.

O laboratório responsável pela IA, Noah’s Ark Lab, respondeu afirmando que o Pangu Pro Moe foi “desenvolvido e treinado de forma independente” e que o modelo traz “inovações significativas em sua arquitetura e recursos técnicos”. Também reforçou que esse é o primeiro modelo de larga escala construído inteiramente com os chips Ascend, da própria Huawei.

A Huawei declarou ainda que respeitou integralmente os requisitos de licenciamento de softwares de código aberto, embora não tenha especificado quais projetos teriam sido usados como base. O Alibaba, por sua vez, não comentou as acusações até a publicação desta matéria. Também não foi possível verificar quem está por trás da conta HonestAGI, autora do artigo original.

Por que isso importa para a disputa entre gigantes chinesas?

Huawei teria reutilizado o modelo Qwen 2.5-14B da rival Alibaba (imagem: reprodução/Free Malaysian Today)

A polêmica surge em meio a uma corrida acirrada entre grandes empresas chinesas para consolidar seus modelos de linguagem de grande porte (LLMs) no mercado — especialmente após o lançamento do modelo R1, da DeepSeek, que chamou atenção global pelo custo reduzido.

O Qwen 2.5-14B, lançado em maio, faz parte de uma linha voltada ao uso em computadores e celulares, com aplicações mais voltadas ao consumidor final, incluindo assistentes virtuais semelhantes ao ChatGPT. Já os modelos da série Pangu, como o Pangu Pro Moe, têm foco em setores como administração pública, finanças e manufatura.

Apesar de ter entrado cedo na corrida dos LLMs com o lançamento do Pangu original em 2021, a Huawei vinha sendo vista como retardatária no segmento. A empresa liberou o código-fonte do Pangu Pro Moe no final de junho, permitindo que desenvolvedores usem a tecnologia gratuitamente, em uma tentativa de ampliar sua base de usuários.

Com informações da Reuters
Huawei é acusada de copiar IA da Alibaba por meio de denúncia anônima; empresa nega

Huawei é acusada de copiar IA da Alibaba por meio de denúncia anônima; empresa nega
Fonte: Tecnoblog

Executivo da Microsoft sugere que funcionários demitidos usem IA para desabafar

Executivo da Microsoft sugere que funcionários demitidos usem IA para desabafar

Matt Turnbull é produtor executivo da Microsoft (imagem: reprodução)

Resumo

Executivo do Xbox sugeriu IA para consolar demitidos em post no LinkedIn.
Publicação ocorreu após cortes na divisão de games da Microsoft, incluindo fechamento de estúdios.
Microsoft vai investir US$ 80 bilhões em IA, o que gerou críticas diante das demissões.

Que o LinkedIn às vezes se parece com um universo paralelo, isso todo mundo já sabe. Mas já imaginou ver um executivo da empresa que acaba de te demitir sugerindo que você use inteligência artificial para se consolar? Foi o que fez Matt Turnbull, produtor executivo do Xbox Game Studios, uma das divisões mais afetadas pela nova leva de demissões na Microsoft.

Em uma postagem na rede social, Turnbull sugeriu o uso de ferramentas de IA generativa, como o Copilot, para ajudar as pessoas a lidarem com os efeitos emocionais de uma demissão e refazerem seus currículos.

O executivo não direciona o post aos afetados pelos layoffs na big tech, mas vale lembrar que a divisão de games cancelou projetos e executou milhares de cortes de pessoal nos últimos meses. A política já resultou no fim de alguns estúdios, como Tango Gameworks – dos sucessos Hi-Fi Rush e The Evil Within – e Romero Games.

Prompts para realocação

Executivo publicou mensagem após confirmação de novo layoff na Microsoft (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No post, Turnbull reconheceu que os tempos eram difíceis, e então sugeriu alguns prompts para as pessoas pedirem conselhos ao chatbot.

As sugestões vão desde ajuda prática no desenvolvimento de novos currículos até dicas de networking. No fim do texto, contudo, o executivo apresenta um prompt para que ex-funcionários usem a IA como uma espécie de conselheira emocional.

Na seção “clareza emocional e confiança”, ele dá a seguinte sugestão: “Estou lutando com a síndrome do impostor após ser demitido. Você pode me ajudar a ressignificar essa experiência de uma forma que me lembre no que sou bom?”.

A mensagem terminava dizendo que a IA poderia ajudar os demitidos a “saírem do bloqueio mais rápido, com mais calma e mais clareza”. O post não caiu bem e o autor o apagou depois de um tempo.

Postagem de Matt Turnbull foi deletada (imagem: reprodução/@brandon.insertcredit.com)

Demissões e investimentos bilionários em IA

Nas redes sociais, críticos consideraram a fala de Turnbull um tanto desconectada da realidade, afinal, enquanto o executivo sugere a IA como um ombro amigo, a Microsoft está em meio a uma grande reestruturação impulsionada principalmente pela aposta em inteligência artificial. A empresa vai investir US$ 80 bilhões em infraestrutura para IA no próximo ano fiscal.

“Ele realmente pensou que postar isso seria uma boa ideia”, comentou Brandon Sheffield, diretor do estúdio indie Necrosoft Games, no BlueSky. “Depois de demitir milhares de pessoas, talvez não seja uma boa ideia sugerir que elas recorram àquilo que você está usando para substituí-las”, completou.

Com informações do The Verge e TechSpot

Executivo da Microsoft sugere que funcionários demitidos usem IA para desabafar

Executivo da Microsoft sugere que funcionários demitidos usem IA para desabafar
Fonte: Tecnoblog