Category: Inteligência Artificial

YouTube testa locutores gerados por IA em rádios e playlists

YouTube testa locutores gerados por IA em rádios e playlists

YouTube ganhou programa de recursos experimentais (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O YouTube testa locutores de IA no YouTube Music para contar histórias e curiosidades sobre músicas.
O recurso é parte do YouTube Labs e está disponível apenas para alguns assinantes Premium nos EUA.
O Google e concorrentes, como o Spotify, exploram apresentadores virtuais em serviços de música e outras plataformas.

O YouTube está realizando testes para colocar locuções geradas por inteligência artificial em estações de rádio e mixes do YouTube Music. Segundo a plataforma de streaming, os apresentadores vão contar histórias, revelar curiosidades e fazer comentários divertidos sobre as músicas favoritas do usuário.

O recurso é o primeiro do YouTube Labs, nome que a empresa deu para seu recém-lançado programa de recursos experimentais. Ele é exclusivo para assinantes do plano Premium. Mesmo assim, o cadastro não garante acesso: os locutores só foram disponibilizados a um pequeno número de usuários nos Estados Unidos.

Google e concorrentes apostam em apresentadores virtuais

Colocar a IA para falar é uma das apostas do Google para essa tecnologia. Um grande exemplo disso é o NotebookLM, ferramenta voltada a estudos que é capaz de transformar cadernos, artigos, anotações e outros materiais em um podcast sobre o assunto, com direito a dois apresentadores conversando.

O recurso fez sucesso e o Google tem planos para colocar uma ferramenta semelhante nos resultados de busca, transformando as páginas mais relevantes da pesquisa em um resumo falado.

Voltando aos serviços de música, o YouTube Music não é o primeiro a recorrer à tecnologia para simular um apresentador. Em agosto de 2023, o Spotify apresentou o DJ X, recurso que cria playlists e contextualiza as escolhas, explicando em áudio o motivo da seleção.

Mesmo mídias mais tradicionais bêm fazendo seus testes com a IA. Na Polônia, uma estação de rádio demitiu seus jornalistas e colocou apresentadores virtuais na programação. A Off Radio Krakow abandonou a ideia após críticas — um abaixo-assinado pelo fim do experimento conseguiu 23 mil assinaturas em cerca de uma semana.

Com informações do YouTube e do Verge
YouTube testa locutores gerados por IA em rádios e playlists

YouTube testa locutores gerados por IA em rádios e playlists
Fonte: Tecnoblog

Samsung: “Vamos duplicar o acesso dos brasileiros à inteligência artificial”

Samsung: “Vamos duplicar o acesso dos brasileiros à inteligência artificial”

Gustavo Assunção é vice-presidente sênior da Samsung (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

Samsung quer levar inteligência artificial a 400 milhões de usuários até 2025, com foco no Brasil, onde produtos acessíveis começam a ganhar IA.
O Galaxy A17 5G se destaca ao incluir o Gemini Live, ferramenta de IA para tarefas cotidianas.
A Motorola e a Apple também estão investindo em IA, com recursos diferenciados, mas a Samsung acredita que a IA deve ser acessível a todos os públicos.

A Samsung possui uma meta ousada para 2025: levar a inteligência artificial para 400 milhões de pessoas no planeta. Já no Brasil, a proposta é ainda mais impactante: a fabricante, líder de mercado, puxa para si o papel de democratizar o acesso a essa tecnologia.

O vice-presidente sênior da Samsung no país, Gustavo Assunção, contou em entrevista ao Tecnoblog que os lançamentos feitos nas últimas semanas servem de canhão para que mais pessoas possam usar Galaxy AI, Gemini Live e outras ferramentas nativas. De cada dez telefones da marca comercializados no país, cinco integram os modelos mais básicos da linha Galaxy A.

Dos flagships para a linha básica

São exatamente estes produtos que começam a contar com inteligência artificial. O Galaxy A17 5G, por exemplo, ganha uma tecla física que dá acesso rápido ao Gemini Live, ferramenta que vê e ouve o que está acontecendo ao seu redor para te ajudar nas mais variadas tarefas. Ele responde dúvidas e interage contigo.

“Com este movimento, a Samsung duplica o acesso a essa tecnologia. Você começa a ver o poder da escala”, afirma o dirigente da maior indústria de smartphones do Brasil. Ele explica ainda que parceiros como Google e Microsoft também marcam presença.

Usuário pode pedir ao Gemini Live para identificar uma planta (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

“Nós estamos levando a IA para aparelhos mais acessíveis e chegando à base da pirâmide. Até então, as funções se concentravam no topo dessa mesma pirâmide.” Não por acaso, a suíte de IA foi lançada no começo de 2024, junto com o Galaxy S, e depois chegou tanto aos dobráveis quanto a produtos intermediários.

E as rivais da Samsung?

Os sul-coreanos não estão sozinhos nesta corrida. Por aqui, a Motorola também oferta produtos com Moto AI, nome da plataforma com ferramentas integradas ao telefone, como busca, sistema de anotações e resumo das notificações do dia.

Já a Apple, muito forte no segmento premium, ainda patina na inclusão de recursos avançados. Mesmo assim, ela oferece em português a ferramenta que reescreve mensagens em variados estilos ou o printscreen capaz de sugerir novas ações a partir do conteúdo na tela do aparelho.

Avanço no hardware

Gustavo reconhece que nem todas as funções modernas estarão presentes nos produtos de entrada, como o gravador de voz com transcrição automática. Por outro lado, ele acredita que o hardware dos telefones mais básicos vem avançando para habilitar, por exemplo, o Circule para Pesquisar, ferramenta que captura o conteúdo na tela e faz uma pesquisa na internet.

Galaxy A17 5G está entre os lançamentos recentes da sul-coreana (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Esse, aliás, é o recurso de inteligência artificial com maior adesão entre os consumidores da Samsung. Outras ferramentas bem avaliadas pelo público nacional são a edição avançada de fotos, com direito a remover pessoas ou adicionar novos elementos, e a tradução automática, seja em páginas da web ou na fala das pessoas por perto.

“Nós temos um papel muito importante de educar o consumidor sobre esta nova tecnologia”, diz ele ao longo da conversa comigo. Gustavo acredita que a Samsung tem o dever de retribuir o prestígio que recebe dos clientes no Brasil, seja por meio de inovação, com produtos mais modernos, seja pelo acesso a essas tecnologias, o que inclui mecanismos de pagamento mais flexíveis.
Samsung: “Vamos duplicar o acesso dos brasileiros à inteligência artificial”

Samsung: “Vamos duplicar o acesso dos brasileiros à inteligência artificial”
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT ganha recurso que antecipa tarefas e faz pesquisas por você

ChatGPT ganha recurso que antecipa tarefas e faz pesquisas por você

ChatGPT Pulse foi anunciado hoje (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O ChatGPT Pulse foi anunciado nesta quinta-feira (25) como um recurso que antecipa tarefas e realiza pesquisas.
A ferramenta gera boletins diários personalizados e pode combinar o histórico de conversas com informações de serviços externos, como o Google Agenda.
Ainda em fase de testes, o Pulse está disponível no app móvel para assinantes Pro e será liberado gradualmente aos demais usuários.

O ChatGPT ganhou nesta quinta-feira (25/09) o Pulse, novo recurso que funciona como uma espécie de boletim diário personalizado. A ferramenta faz pesquisas em segundo plano e reúne informações que podem ser úteis, como recomendações de atividades, acompanhamento de temas recorrentes ou até lembretes de compromissos.

A proposta é que, em vez de esperar por perguntas, o ChatGPT passe a agir de forma proativa, oferecendo conteúdos que dialogam com o histórico de conversas, feedbacks diretos e, caso o usuário permita, dados de serviços como Gmail e Google Agenda. A OpenAI espera acelerar a produtividade e tornar a IA mais integrada à rotina de quem a utiliza.

Como funciona o ChatGPT Pulse?

O Pulse é apresentado como uma prévia de um futuro em que o ChatGPT deixa de ser apenas um chatbot reativo para se tornar um assistente que antecipa necessidades.

Durante a noite, o sistema faz uma pesquisa assíncrona baseada no histórico do usuário e em orientações fornecidas diretamente. No dia seguinte, organiza as descobertas em cartões visuais que podem ser lidos rapidamente ou explorados em mais detalhes.

A OpenAI cita alguns exemplos: sugestões de jantar, ideias de treinos ou o acompanhamento de temas profissionais já discutidos com a IA no passado. Para quem conecta aplicativos externos, como o Google Agenda, o recurso pode propor agendas de reuniões, lembrar de aniversários ou indicar restaurantes em viagens próximas.

O usuário também pode orientar o tipo de conteúdo que deseja receber, pedindo, por exemplo, um resumo de eventos locais às sextas-feiras ou dicas para aprender uma nova habilidade.

ChatGPT Pulse cria resumos diários (imagem: divulgação)

Já está disponível?

O ChatGPT Pulse está em fase de testes para assinantes do plano Pro, e apenas no aplicativo móvel. A OpenAI afirma que a expansão ocorrerá em etapas, chegando primeiro para quem assina o Plus e depois para toda a base de usuários.

A empresa reconhece que o recurso tem imperfeições e pode sugerir informações desatualizadas ou que não façam sentido em alguns contextos. No entanto, garante que a ferramenta foi desenhada para evoluir durante o uso e com feedbacks dos usuários.

Com informações da OpenAI e do Engadget
ChatGPT ganha recurso que antecipa tarefas e faz pesquisas por você

ChatGPT ganha recurso que antecipa tarefas e faz pesquisas por você
Fonte: Tecnoblog

Microsoft cria programa no Windows para testar novos recursos de IA

Microsoft cria programa no Windows para testar novos recursos de IA

Microsoft quer tornar o Windows um ambiente mais integrado com recursos de inteligência artificial (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Microsoft anunciou o Windows AI Labs para testar recursos de IA em aplicativos nativos do Windows, como parte do programa Windows Insider.
O Windows AI Labs busca validar a usabilidade, interesse dos usuários e viabilidade de mercado de novas ferramentas de IA, com retorno rápido sobre seu uso prático.
Aplicativos como Bloco de Notas, Ferramenta de Captura e Paint receberão funções de IA, alinhando-se à estratégia de integrar IA no Windows.

A Microsoft anunciou a criação do Windows AI Labs, um programa que permitirá que as pessoas testem recursos de inteligência artificial em aplicativos nativos do Windows. A iniciativa foi confirmada após referências ao projeto aparecerem em versões de pré-lançamento do Microsoft Paint, dentro do programa Windows Insider.

A empresa confirmou ao site The Verge que a proposta é acelerar a validação de novas ferramentas com foco em inteligência artificial, avaliando a recepção do público antes de uma liberação mais ampla. Isso inclui verificar não apenas a usabilidade, mas também o interesse dos usuários e a viabilidade de mercado das novidades em desenvolvimento.

O que é o Windows AI Labs?

Em declaração ao The Verge, Mike Harsh, diretor de produto da Microsoft, explicou que “o Windows AI Lab é um programa-piloto de aceleração para validar novas ideias de recursos de IA no Windows”. Ele destacou ainda que a iniciativa busca retorno rápido sobre o uso prático e a relevância das ferramentas entre os usuários.

Embora o Paint tenha sido o primeiro app a mostrar os sinais do novo programa, ainda não está claro quais funções baseadas em IA serão testadas nele. O aplicativo vem recebendo atualizações importantes, como suporte a camadas, transparência e a possibilidade de salvar projetos em formato “.paint”.

A expectativa é que futuras versões tragam ferramentas de IA parecidas com as que a Adobe vem implementando no Photoshop.

Quais apps do Windows estão recebendo funções de IA?

Adesivo gerado por IA no Paint do Windows 11 (imagem: reprodução/Microsoft)

Outros aplicativos do Windows 11 vêm ganhando novidades impulsionadas por inteligência artificial. A Microsoft já confirmou, por exemplo, que o Bloco de Notas terá um recurso capaz de gerar ou complementar textos automaticamente, inicialmente disponível apenas para participantes do Windows Insider.

A Ferramenta de Captura e o próprio Paint também estão na lista de apps que terão funções adicionais baseadas em IA.

Essas atualizações seguem a estratégia de transformar o Windows num ambiente mais integrado com recursos de inteligência artificial, somando-se a outras iniciativas, como o Copilot no sistema operacional e a incorporação de recursos inteligentes em aplicativos de produtividade.

O Windows AI Labs, portanto, surge como um espaço de experimentação, no qual a Microsoft poderá entender melhor quais recursos realmente fazem sentido para o dia a dia do usuário antes de disponibilizá-los em larga escala.

Microsoft cria programa no Windows para testar novos recursos de IA

Microsoft cria programa no Windows para testar novos recursos de IA
Fonte: Tecnoblog

Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

Nova ferramenta deve ajudar a encontrar perfis mais compatíveis (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Facebook Namoro passou a contar com recursos de IA que refinam a busca por parceiros e reduzem a fadiga do deslize.
Entre as novidades estão o Meet Cute, que sugere um “par surpresa” semanal, e o Dating Assistant, que automatiza parte das interações.
As novidades chegam primeiro aos EUA e Canadá, ainda não sem previsão de chegada a outras regiões, incluindo o Brasil.

A Meta anunciou nessa segunda-feira (22/09) a chegada de novos recursos baseados em inteligência artificial em seu serviço de relacionamentos, o Facebook Namoro. As ferramentas foram desenvolvidas para evitar a “fadiga do deslize” — um tipo de esgotamento gerado pela navegação contínua e muitas vezes frustrada por perfis em apps de relacionamento.

Segundo a empresa, as novidades chegam primeiro para usuários nos Estados Unidos e Canadá para atender a uma demanda entre o público mais jovem (entre 18 e 29 anos), e serão implementadas de forma gradual. Ainda não há informações de quando serão disponibilizadas em outras regiões, incluindo o Brasil.

Assistente de IA para refinar a busca

A ideia é facilitar a formação de conexões (matches) com o Dating Assistant, um novo assistente de bate-papo integrado à aba “Correspondências” do serviço, reduzindo a dependência do modelo de deslizar perfis para a direita ou esquerda.

A ferramenta utiliza IA generativa para oferecer ajuda personalizada aos usuários. Seu diferencial é a capacidade de processar comandos em linguagem natural, permitindo buscas que vão além dos filtros tradicionais como altura, idade ou nível de escolaridade.

Interface do novo assistente de IA do Facebook Namoro (imagem: divulgação/Meta)

Conforme detalhado pela Meta, um usuário pode, por exemplo, inserir um comando como “Encontre uma garota do Brooklyn na área de tecnologia”. A partir dessa instrução, a IA refina a busca e apresenta perfis que se alinham a critérios mais específicos e subjetivos. Além de otimizar a procura por parceiros, o assistente também pode sugerir ideias para encontros ou oferecer dicas para aprimorar o perfil do próprio usuário.

A segunda novidade é o Meet Cute, funcionalidade que mostra automaticamente ao usuário um “par surpresa” por semana. A seleção é feita com base em um algoritmo de correspondência personalizado, que analisa as informações e preferências de cada perfil.

Ao receber a sugestão, o usuário tem a opção de iniciar uma conversa com a pessoa indicada ou dispensar a combinação. A Meta descreve a ferramenta como “ideal para quem está cansado de deslizar e procura uma maneira nova e fácil de expandir seu grupo de candidatos a encontros”. Os usuários que não desejarem participar poderão desativar o recurso a qualquer momento nas configurações.

Contexto de reformulação

Ferramentas visam engajar principalmente os jovens (imagem: divulgação/Meta)

A aposta em IA para aprimorar o serviço de namoro se insere no movimento do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, para tornar o Facebook mais “culturalmente influente”, conforme aponta o site The Verge. A estratégia inclui outras iniciativas, como o incentivo à produção de vídeos na plataforma e a intensificação do combate a spam.

A ideia de encontros “às cegas”, porém, não é nova, e remete a funções como o Crazy Blind Date, lançado pelo OkCupid ainda em 2013. O app de namoro pertence ao Match Group, empresa dona do Tinder.

Os principais concorrentes do Facebook Namoro também já implementaram IA. O próprio Tinder, líder do segmento, utiliza IA para selecionar as melhores fotos para o perfil do usuário e oferece uma seção de Top Picks, que cria uma lista de perfis com alta compatibilidade para reduzir o esforço de busca.

O Bumble, por sua vez, emprega IA há anos em ferramentas de segurança, como a que detecta imagens indesejadas, e mais recentemente passou a oferecer recursos que ajudam a redigir o perfil e a iniciar conversas.
Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso
Fonte: Tecnoblog

Depois de investir na Intel, Nvidia vai injetar US$ 100 bilhões na OpenAI

Depois de investir na Intel, Nvidia vai injetar US$ 100 bilhões na OpenAI

Nvidia vai investir US$ 100 bilhões na OpenAI (imagem: reprodução/Nvidia)

Resumo

Nvidia investirá até US$ 100 bilhões na OpenAI para apoiar avanço da inteligência artificial, incluindo a construção de infraestrutura com 10 gigawatts de energia;

Parceria permitirá que OpenAI utilize chips da Nvidia para expandir sua tecnologia de IA, enquanto Nvidia ganha participação em uma das líderes do setor;

Acordo segue o recente anúncio de uma parceria entre Nvidia e Intel, com foco em chips para datacenters e PCs.

Por mais que os consumidores vejam a Nvidia como uma empresa que desenvolve placas de vídeo para jogos, o principal negócio da companhia atualmente é a inteligência artificial. Prova disso é que a Nvidia revelou um plano para investir até US$ 100 bilhões na OpenAI, o nome por trás do ChatGPT.

O acordo prevê a implantação de uma gigantesca infraestrutura de pelo menos 10 gigawatts (suficiente para fornecer energia para cerca de 8 milhões de residências nos Estados Unidos) para treinar e executar a próxima geração de modelos de IA da OpenAI.

Os detalhes dessa parceria ainda estão sendo elaborados, mas já se sabe que as soluções correspondentes ao primeiro gigawatt, que consistem principalmente em datacenters e fornecimento de energia, deverão ser implantados no segundo semestre de 2026.

Isso deixa claro que esta é uma parceria de longo prazo. De fato, no anúncio oficial, Nvidia e OpenAI informam que o investimento de até US$ 100 bilhões (R$ 534 bilhões na conversão direta) será feito de modo progressivo.

A intenção, um tanto óbvia, é a de que essa seja uma relação “ganha-ganha”. De um lado, a parceria permitirá à OpenAI ter acesso a uma infraestrutura de ponta, que inclui os chips avançados da Nvidia para processamento de tarefas de IA, para desenvolver a sua tecnologia. No outro, a Nvidia terá uma participação em uma das companhias que lideram o setor.

Os CEOs das duas companhias comentaram o acordo:

A Nvidia e a OpenAI têm se impulsionado mutuamente há uma década, desde o primeiro supercomputador DGX até o avanço do ChatGPT. Este investimento e a parceria em infraestrutura marcam o próximo salto — implementando 10 gigawatts para impulsionar a próxima era da inteligência.

Jensen Huang, CEO da Nvidia

Jensen Huang, CEO da Nvidia (imagem: divulgação/Nvidia)

Tudo começa com a computação. A infraestrutura computacional será a base da economia do futuro, e utilizaremos o que estamos construindo com a Nvidia para trazer mais avanços em IA e capacitar pessoas e empresas com eles de modo escalonado.

Sam Altman, CEO da OpenAI

Sam Altman, CEO da OpenAI (imagem: reprodução/OpenAI)

Acordo chega após parceria da Nvidia com a Intel

O acordo com a OpenAI foi revelado menos de uma semana depois de a Nvidia anunciar uma parceria com a Intel. Nela, a Nvidia investirá US$ 5 bilhões na Intel na forma de compra de ações desta última.

Nvidia e Intel trabalharão em conjunto no desenvolvimento de soluções com arquitetura x86 direcionadas a datacenters, bem como na criação de chips para PCs que reúnem CPUs x86 e GPUs RTX.
Depois de investir na Intel, Nvidia vai injetar US$ 100 bilhões na OpenAI

Depois de investir na Intel, Nvidia vai injetar US$ 100 bilhões na OpenAI
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT é testado em ataque para roubar dados do Gmail

ChatGPT é testado em ataque para roubar dados do Gmail

ChatGPT foi usado em teste de ataque para extrair dados de emails (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Pesquisadores da Radware realizaram o ataque Shadow Leak, que usou injeção de prompts para extrair dados do Gmail.
A vulnerabilidade explorava a ferramenta Deep Research do ChatGPT, permitindo a execução de instruções ocultas para acessar dados sigilosos.
O problema, comunicado à OpenAI em junho, já foi resolvido, mas também poderia comprometer serviços como o Outlook e Google Drive.

É possível usar o ChatGPT como aliado em ataques para extrair dados sensíveis do Gmail. Foi o que pesquisadores de segurança da Radware conseguiram demonstrar com um ataque de injeção de prompts. A falha já foi corrigida pela OpenAI, mas permitiu extrair dados da caixa de entrada sem que os usuários percebessem.

O ataque recebeu o nome de Shadow Leak e foi divulgado na última semana pela empresa de segurança cibernética. A técnica explorava agentes de IA — sistemas capazes de executar tarefas sem supervisão contínua, como navegar na web, acessar documentos e interagir com e-mails após autorização do usuário.

Como o ataque funcionava?

O método consistia em usar uma técnica conhecida como “injeção de prompt”. Trata-se de inserir instruções ocultas para que o agente siga comandos de um invasor sem que o usuário tenha consciência disso.

Esse tipo de ataque já foi usado em diferentes contextos, desde manipulação de avaliações até golpes financeiros. As instruções podem ser escondidas no HTML do e-mail de forma imperceptível para humanos, como fontes minúsculas ou em um texto branco sobre fundo branco.

Shadow Leak foi executado diretamente na infraestrutura em nuvem da OpenAI (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No caso do Shadow Leak, o alvo foi a ferramenta Deep Research, recurso da OpenAI integrado ao ChatGPT e lançado neste ano. Os pesquisadores enviaram um e-mail contendo um prompt malicioso para uma conta do Gmail que tinha acesso ao agente. Assim que o usuário ativava o Deep Research, a armadilha era acionada: o sistema encontrava as instruções escondidas, que ordenavam a busca por mensagens de RH e dados pessoais, enviando as informações secretamente para os golpistas. O usuário não notava nada de anormal.

Segundo a Radware, executar esse ataque exigiu muitos testes até chegar a um resultado viável. “Esse processo foi uma montanha-russa de tentativas fracassadas, obstáculos frustrantes e, finalmente, uma descoberta”, escreveram os pesquisadores.

Outros serviços em risco

Serviços integrados ao Deep Research, como o Outlook, também poderiam ser afetados (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Um aspecto que chamou atenção é que, diferentemente da maioria dos ataques de injeção de prompts, o Shadow Leak foi executado diretamente na infraestrutura em nuvem da OpenAI. Isso fez com que a extração de dados ocorresse sem deixar rastros visíveis para as defesas tradicionais de segurança cibernética.

A Radware destacou ainda que a vulnerabilidade poderia afetar não apenas o Gmail, mas também outros serviços conectados ao Deep Research, como Outlook, GitHub, Google Drive e Dropbox.

De acordo com a empresa, “a mesma técnica pode ser aplicada a esses conectores adicionais para extrair dados empresariais altamente sensíveis, como contratos, notas de reunião ou registros de clientes”.

A falha foi comunicada à OpenAI em junho e já recebeu correção. Ainda assim, os pesquisadores reforçam que ataques desse tipo mostram como a evolução de agentes de IA traz benefícios, mas também abre novas superfícies de risco para usuários e empresas.

Com informações do The Verge
ChatGPT é testado em ataque para roubar dados do Gmail

ChatGPT é testado em ataque para roubar dados do Gmail
Fonte: Tecnoblog

Zoom terá avatares realistas de IA para videochamadas

Zoom terá avatares realistas de IA para videochamadas

Zoom já usa avatar de IA em vídeos curtos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Zoom lançará avatares realistas de IA para videochamadas, permitindo que usuários participem sem aparecer na câmera.
A ferramenta estará disponível para o Zoom Workplace em dezembro, com autenticações ao vivo para evitar fraudes e avisos de avatar de IA na tela.
O CEO Eric Yuan prevê um futuro com clones digitais de IA para participar de reuniões em nome dos usuários.

O aplicativo de reuniões Zoom anunciou uma ferramenta para criar um avatar realista do usuário com auxílio de inteligência artificial. A ideia é que ele funcione como um “filtro” em videochamadas, para que a pessoa possa participar sem a necessidade se arrumar.

Para criar o avatar, o usuário precisará tirar uma foto diretamente no app ou fazer o upload de uma imagem salva. Depois, o programa se encarregará de transformá-la em um modelo de vídeo.

O usuário, então, poderá participar da chamada como faria normalmente, mas em vez de sua imagem ser exibida, o que vai aparecer é o personagem de IA. Ele será capaz de reproduzir até mesmo movimentos e expressões faciais, bem como “vestir” diferentes roupas para ocasiões profissionais.

Segundo a desenvolvedora, o recurso deve ser disponibilizado para usuários da plataforma colaborativa Zoom Workplace em dezembro. O software terá “autenticações ao vivo pela câmera” para garantir que o usuário não esteja se passando por outra pessoa. Além disso, haverá um aviso na tela para indicar que a imagem se trata de um avatar de IA.

CEO do Zoom vislumbra um futuro com “clones de IA”

O Zoom aposta muito em inteligência artificial. Desde outubro de 2024, o aplicativo oferece uma ferramenta de avatares mais simples, que funciona apenas para mensagens curtas pré-gravadas, sem participar ao vivo das reuniões.

Um dos grandes entusiastas do assunto é Eric Yuan, CEO e fundador da empresa. Em maio de 2025, bem antes do anúncio da ferramenta, ele participou de uma reunião com investidores usando um avatar de IA.

Avatar de IA de Eric Yuan apresentou investimentos do Zoom em IA (imagem: reprodução)

E isso pode ser só o começo. Yuan acredita que, no futuro, as pessoas terão clones digitais, baseados em modelos personalizados de IA. Esses clones poderiam participar de reuniões e enviar ao humano um resumo do que foi discutido.

“Toda manhã, quando eu acordar, uma IA vai me dizer, ‘Eric, você tem cinco reuniões hoje. Você não precisa participar de quatro dessas cinco. Você só precisa participar de uma. Você pode mandar uma de suas versões digitais [para as outras reuniões]’”, explicou Yuan ao podcast Decoder em junho de 2024.

Enquanto os clones não chegam, pelo menos poderemos participar de videochamadas usando pijama, sem pentear o cabelo ou fazer a barba.

Com informações do Zoom, do Verge e do TechCrunch
Zoom terá avatares realistas de IA para videochamadas

Zoom terá avatares realistas de IA para videochamadas
Fonte: Tecnoblog

Microsoft vai forçar a instalação do 365 Copilot no Windows

Microsoft vai forçar a instalação do 365 Copilot no Windows

Microsoft 365 reúne Word, Excel e outros aplicativos de produtividade da empresa (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Microsoft vai instalar automaticamente o 365 Copilot em PCs com o pacote de apps do Microsoft 365.
A instalação começará a aparecer a partir de outubro, exceto na Área Econômica Europeia, onde a Microsoft precisou seguir regras locais.
O Copilot funcionará como hub central para recursos de IA no Microsoft 365, que abrange Word, Excel, PowerPoint e outros apps de produtividade.

A Microsoft confirmou que o 365 Copilot será instalado de forma automática em computadores Windows com o pacote de aplicativos do Microsoft 365. A medida começa a valer em outubro de 2025 para usuários fora da Área Econômica Europeia (EEA) e deve ser concluída até meados de novembro.

Segundo a companhia, o app do assistente de IA funcionará como um ponto central para acessar recursos de inteligência artificial integrados ao pacote de produtividade, que inclui Word, Excel e PowerPoint. Com a mudança, a empresa pretende facilitar a descoberta das funções do Copilot e ampliar o acesso a elas diretamente no Windows.

Instalação será automática

De acordo com a Microsoft, o 365 Copilot será incluído no menu Iniciar do Windows e estará habilitado por padrão. Apesar disso, administradores de TI poderão impedir a instalação automática por meio do Microsoft 365 Apps Admin Center, acessando as configurações de dispositivos e desmarcando a opção de habilitação do app.

A empresa também recomendou que equipes de suporte técnico e helpdesks corporativos sejam informados sobre a alteração antes do início da distribuição, para reduzir confusões e possíveis chamados de suporte. Outro detalhe é que, em alguns casos, o ícone do aplicativo já pode aparecer no menu Iniciar mesmo que o app já esteja presente no sistema, dando a impressão de que nada foi alterado.

O 365 Copilot será instalado em segundo plano, sem interromper o uso do dispositivo, e estará disponível no aplicativo web, desktop para Windows e macOS, além das versões para Android e iOS.

A imposição não será aplicada a países da Área Econômica Europeia, onde a Microsoft precisou adotar políticas diferentes devido às exigências regulatórias locais.

Por que a mudança?

Microsoft 365 Copilot será incluído no menu Iniciar do Windows (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Microsoft afirma que o motivo é simplificar o acesso aos recursos de IA do Microsoft 365 e incentivar seu uso no ambiente de trabalho. “Este aplicativo fornece um ponto centralizado para acessar experiências do Copilot e recursos com inteligência artificial em todo o Microsoft 365″, diz um comunicado da empresa. “A mudança simplifica o acesso ao Copilot e garante que os usuários possam descobrir e interagir facilmente com funcionalidades que aumentam a produtividade”.

Vale lembrar que não é a primeira ação desse tipo: no mês passado, a Microsoft anunciou que, até o fim de setembro, integrará agentes do Copilot diretamente na barra lateral do Edge e permitirá que administradores fixem o app na barra de tarefas do Windows.

Com informações da Microsoft e do Bleeping Computer
Microsoft vai forçar a instalação do 365 Copilot no Windows

Microsoft vai forçar a instalação do 365 Copilot no Windows
Fonte: Tecnoblog

Documento que defende uso ético da IA na educação cita fontes inexistentes

Documento que defende uso ético da IA na educação cita fontes inexistentes

IA não é tão confiável em contextos acadêmicos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O relatório “Education Accord” de Terra Nova e Labrador, no Canadá, cita pelo menos 15 fontes inexistentes, incluindo um filme fictício chamado “Schoolyard Games”.
Existe a suspeita de que a IA tenha sido usada na elaboração do documento, pois modelos de linguagem podem criar informações falsas, em um fenômeno conhecido como “alucinação”.
Especialistas expressam preocupações sobre a confiabilidade do documento devido às citações inventadas.

Um documento com planos educacionais do governo da província de Terra Nova e Labrador, no Canadá, está no centro de uma polêmica: pelo menos 15 fontes citadas como referências não existem, o que levanta suspeitas de que ferramentas de inteligência artificial foram usadas na escrita.

O relatório, intitulado “Education Accord”, tem mais de 400 páginas e levou 18 meses para ser elaborado. Ironicamente, entre suas sugestões de medidas pedagógicas, ele inclui a capacitação de alunos e educadores com “conhecimentos básicos de IA, incluindo ética, privacidade de dados e uso responsável da tecnologia”.

Quais são as fontes falsas no documento?

O documento cita um filme produzido pela National Film Board do Canadá chamado “Schoolyard Games”, mas, segundo a entidade, esse filme simplesmente não existe. Curiosamente, um filme com esse mesmo nome é mencionado em um guia de escrita da Universidade de Vitória (Canadá). É um exemplo fictício, para ensinar como formatar citações corretamente.

Documento inclui uso ético de IA entre recomendações pedagógicas (foto: Stocksnap/Pixabay)

Aaron Tucker, professor assistente da Universidade Memorial de Terra Nova, disse não ter conseguido encontrar várias fontes citadas, mesmo procurando no Google, na biblioteca da instituição e em outros bancos de dados acadêmicos.

“Se [o relatório] foi feito por IA, eu não sei, mas inventar fontes é um sinal revelador do uso de inteligência artificial”, diz Tucker, que pesquisa a história da tecnologia no Canadá.

Por que as fontes falsas levantam suspeitas sobre o uso de IA?

Chatbots de IA, apesar de suas capacidades impressionantes de escrita, pesquisa e programação, podem “alucinar”, termo usado para descrever quando um robô cria um resultado aparentemente coerente, mas falso. Um tipo comum é justamente inventar informações, e isso é ainda mais acentuado quando se trata de nomes de obras como livros, artigos, filmes e discos, entre outros.

Isso acontece porque a IA generativa se baseia em modelos de linguagem em larga escala (LLMs), que são treinados para reconhecer padrões em quantidades enormes de textos, mas nem sempre são capazes de identificar se uma informação é verdadeira ou não.

Ao pedir para uma IA listar artigos científicos, por exemplo, ela pode muito bem combinar palavras que geralmente se encaixam em um título de artigo científico, sem que aquele artigo realmente exista.

Esse tipo de problema não afeta apenas o meio acadêmico. A tecnologia também não é boa o suficiente para tarefas jurídicas, já que, da mesma forma, alucina na hora de citar leis, antecedentes e jurisprudências.

“Erros acontecem. Citações inventadas são uma situação totalmente diferente, que basicamente destrói a confiabilidade do material”, avalia Josh Lepawsky, professor que presidiu o conselho consultivo para elaboração do documento. Ele deixou o cargo em janeiro, dizendo que se tratava de um “processo cheio de falhas”, com recomendações “de cima para baixo”.

Karen Goodnough, professora da Universidade Memorial de Terra Nova e uma das responsáveis pelo material, disse à CBC News que seu grupo está investigando e verificando as referências.

Com informações da CBC News e do Ars Technica
Documento que defende uso ético da IA na educação cita fontes inexistentes

Documento que defende uso ético da IA na educação cita fontes inexistentes
Fonte: Tecnoblog