Category: Streaming

Twitch: streamers podem banir usuários de verem suas transmissões

Twitch: streamers podem banir usuários de verem suas transmissões

A Twitch divulgou nesta semana o lançamento da ferramenta para streamers banirem usuários de assistirem as suas transmissões ao vivo. O recurso chegará para todos os usuários nos próximos dias. A novidade foi anunciada no Patch Notes, vídeo mensal em que a Twitch anuncia novas funções na plataforma.

Twitch permitirá que streamers bloqueiem usuários de assistir suas streamings (Imagem: Caspar Camille Rubin/Unsplash)

Até o momento, os criadores de conteúdo da plataforma só podem banir usuários de comentar nos chats. Esta medida não agradava os streamers, que queriam outro método para impedir que “usuários mala” continuassem acessando suas lives. E o pedido foi finalmente atendido — mas tem vários “poréns”.

Usuários podem ser banidos de assistir transmissões ao vivo

Previsto para chegar em setembro, a ferramenta banirá os usuários de assistirem às transmissões ao vivo na Twitch — apenas. Vamos explicar bem isso daqui: quem for bloqueado pelo criador de conteúdo será capaz de continuar consumindo o conteúdo que fica salvo após a live (VOD), clipes e “melhores momentos” (highlights).

E sim, como você pode ter suspeitado, o banimento só vale quando o usuário está logado em sua conta. Quem sair do perfil ou abrir uma janela anônima pode assistir normalmente a transmissão do streamer que o bloqueou.

Banimento não impedirá que usuários desloguem da conta para assistir aos streamers que lhe bloquearam (Imagem: Ronaldo Gogoni/Tecnoblog)

No Patch Notes, foi explicado que a Twitch tem planos de lançar um bloqueio com base no IP do usuário banido. Todavia, a plataforma de streaming ao vivo não deu um prazo para quando isso chegará aos criadores de conteúdo. A companhia também resolverá, no futuro, o “problema” dos usuários banidos continuarem acessando as VODs, clipes e highlights.

A ferramenta de banimento pode ser usada tanto pelo streamer como pelos administradores do chat. Importante ressaltar: o “ban hammer” de acompanhar as streamings também bloqueia a possibilidade de usar o chat.

Com informações: The Verge e Tech Crunch
Twitch: streamers podem banir usuários de verem suas transmissões

Twitch: streamers podem banir usuários de verem suas transmissões
Fonte: Tecnoblog

Disney também quer dar basta ao compartilhamento de senhas

Disney também quer dar basta ao compartilhamento de senhas

A Disney é mais uma empresa que planeja acabar com o compartilhamento de senha no seu streaming. Bob Iger, CEO da companhia, informou que a companhia está “explorando caminhos” para resolver a situação de compartilhamento de contas. Segundo Iger, as mudanças no termo de uso do Disney+ chegam ainda em 2023.

Disney+ planeja seguir passos da Netflix e combater compartilhamento de contas (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

A declaração do chefão da empresa foi feita na última quarta-feira (9), durante a apresentação dos resultados financeiros do segundo trimestre do ano. Iger informou que a Disney também desenvolverá “táticas” para aumentar a monetização do seu serviço de streaming em 2024. Talvez a Netflix já tenha “spoilado” essa tal tática.

Contas compartilhadas incomodam a Disney

Sem apresentar números, Bob Iger informou que há uma quantidade significante de contas compartilhadas, algo que também chamamos de senhas compartilhadas. A fala do CEO da Disney veio após ser perguntado sobre quantos usuários realizam a prática. Iger afirma que a Disney tem “capacidade técnica” para monitorar os logins dos assinantes.

Todavia, apesar de iniciar a mudança da política de compartilhamento de contas ainda em 2023, o sistema para combater esse problema só deve chegar no ano que vem. E, visto o que fez a Netflix, podemos imaginar como será essa ferramenta anti-compartilhamento.

Disney+ será mais cruel com compartilhamento de contas ainda neste ano, mas ferramenta para dificultar a prática só chega em 2024 (Imagem: Gabrielle Lancellotti/Tecnoblog)

Para barrar esse comportamento dos usuários, a Netflix criou um plano para quem compartilha a senha — e que chegou no Brasil em maio. Através do IP dos dispositivos e identificação da rede de internet, a empresa identifica possíveis perfis que não moram na mesma residência que o titular da conta.

Por cada perfil extra, é cobrado R$ 12,90 de quem não mora com o “verdadeiro” assinante da conta. Já que Iger informou que a Disney tem ferramentas para monitorar os logins, não é nada maluco imaginar que ela adotará esse método de cobrança. Ainda mais que isso não prejudicou a concorrente, pelo contrário: a Netflix ganhou 5,9 milhões de assinantes no segundo trimestre.

E sobre novas assinaturas, a Disney+ anunciou nos Estados Unidos um novo plano com Hulu por US$ 19,99 e aumento de preço no plano sem anúncios. O editor do Tecnoblog Thássius Veloso apurou com a empresa que não há previsão de alterar os preços no Brasil.

E você, Prime Video, vai seguir fiel à provocação?

Pouco depois da Netflix expandir para o Brasil a nova assinatura para contas compartilhadas com pessoas em diferentes residências, o Prime, streaming da Amazon, publicou no antigo Twitter uma provocação ao concorrente.

A imagem publicada em diversas contas do streaming no Twitter, em diferentes países, mostrava a tela de escolha de perfil do Prime. Os nomes dos seis perfis formavam a oração “Todos que tem uma senha <3” ao responder a pergunta “Quem está assistindo”, presente na tela inicial do streaming.

Com o sucesso da Netflix ao lançar um plano criticado e a Disney+ seguindo a tática, será que a Amazon se manterá fiel à provocação o vai queimar a língua? Aguardamos os próximos capítulos.

Com informações: The Verge
Disney também quer dar basta ao compartilhamento de senhas

Disney também quer dar basta ao compartilhamento de senhas
Fonte: Tecnoblog

Para as gigantes da tecnologia, o entretenimento é essencial

Para as gigantes da tecnologia, o entretenimento é essencial

Em novembro de 2022, a Bloomberg reportou que a Amazon estaria disposta a gastar US$ 1 bilhão para exibir filmes no cinema. O plano seria lançar de 12 a 15 produções por ano na tela grande, número semelhante ao de estúdios tradicionais, como a Paramount.

Para as gigantes da tecnologia, o entretenimento é essencial (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Há pouco mais de um mês, o mesmo veículo noticiou que a Apple tem um plano semelhante, inclusive no valor do investimento. A empresa já tem alguns filmes grandes em produção, como os novos trabalhos de Martin Scorsese e Ridley Scott, diretores com sólida carreira e reputação em Hollywood.

A presença dessas empresas no cenário do entretenimento não é novidade: Prime Video e Apple TV+ brigam por espaço no mercado de streaming já há alguns anos. Ainda assim, o movimento em direção aos cinemas chama a atenção. Afinal, estamos falando de Big Techs, empresas que nem de longe precisam da receita com conteúdo em vídeo.

O que pode estaria por trás dessa investida rumo aos cinemas?

O ouro está nos serviços

Amazon e Apple são empresas muito diferentes. A primeira se fez no varejo, mas também se dá muito bem no segmento de computação em nuvem; a segunda lança alguns dos dispositivos mais potentes e cobiçados do mercado. Mas ambas têm algo em comum: a forte ênfase em serviços.

Amazon e Apple oferecem pacotes de serviços e benefícios a um valor fixo mensal: o Prime e o Apple One. E os streamings de ambas, é claro, estão inclusos na assinatura, assim como outras opções de entretenimento, como música e podcasts.

Uma vez que esse assinante é conquistado, o conteúdo em vídeo se torna um elemento que o mantém no programa. Afinal, você quer assistir à próxima temporada de The Boys e Ted Lasso. Estabelecida uma relação de afeto com essas produções, o usuário pensa duas vezes antes de cancelar.

Serviços de streaming (Imagem: Nicolas J Leclercq/Unsplash)

Do ponto de vista de negócios, portanto, o streaming reforça a lógica de um ecossistema que te dá inúmeros incentivos para ficar. Pela mesma razão, faz sentido lançar produções cada vez mais caras, estampando nomes conhecidos em Hollywood: o usuário é atraído pela promessa de entretenimento de qualidade. E, veja só, ainda tem frete grátis e um aplicativo de exercícios.

Dessa forma, torna-se fundamental fortalecer a sua marca junto ao público que enxerga valor em produções cinematográficas. A estratégia das Big Techs nos cinemas não tem tanto a ver com cinema, e sim com garantir novos assinantes.

Mas esse é um olhar frio, focado unicamente em negócios. Há outras formas de encarar a questão.

A tecnologia não é o bastante

No Tecnocast 285, o crítico de cinema PH Santos destacou outro aspecto importante nessa história de empresas de tecnologia investindo pesado no audiovisual.

Amazon e Apple são referência em inovação e qualidade no varejo e em gadgets, respectivamente. Essa reputação já está mais do que estabelecida. Mas PH sugere que o entretenimento oferece um caminho ainda mais eficiente para fortalecê-las enquanto marcas.

O ponto é que a tecnologia, por mais presente que esteja em nossas vidas, perde para filmes, séries, games e outros meios quando se trata do imaginário dos consumidores.

Do que a pessoa se lembra mais no geral: do primeiro iPhone que ela teve ou da primeira vez que ela assistiu Matrix? Há quanto tempo Matrix acompanha essa pessoa na vida dela? (…) Quantos de nós, se eu falo aqui de Dragon Ball Z, não bate um sentimento ultranostálgico? E se Apple também não está começando a fabricar essa grande percepção de marca aliada ao imaginário dentro da cultura pop?

A Apple aqui é apenas um exemplo, já que, para as demais Big Techs, o processo descrito por PH seria muito desejável. Deixar de ser visto apenas como um grande conglomerado que fornece tecnologia e adquirir uma dimensão simbólica atrelada aos interesses e afetos do público. Tudo mediado pelo entretenimento.

Matrix (Netflix / Divulgação)

Aqui, além do aceno de Amazon e Apple para o cinema, podemos citar o boato de que a Microsoft estaria interessada em comprar a Netflix. E, voltando ao exemplo da Apple, não é de hoje que se comenta sobre a possibilidade da Maçã adquirir outro gigante de mídia: a Disney.

Empresas de tecnologias querem conquistar usuários com um ecossistema diverso de produtos e serviços, mas parecem estar enxergando que, para isso, precisam ser vistas para além da tecnologia. Precisam atingir os usuários onde o iPhone e o frete grátis não conseguem: no imaginário.

Afinal, como nos lembra PH Santos:

Nós estamos assistindo TV, escutando rádio, consumindo música, filmes, séries, programas, talk shows etc. há mais tempo do que usamos smartphones. Nós estamos vivendo a arte e o entretenimento há mais tempo do que a gente se comunica com pessoas à distância. (…) Talvez tenha um valor nisso. E talvez essas empresas vejam valor nisso também.

Para as gigantes da tecnologia, o entretenimento é essencial

Para as gigantes da tecnologia, o entretenimento é essencial
Fonte: Tecnoblog

Winamp é relançado, mas não do jeito que você pensa

Winamp é relançado, mas não do jeito que você pensa

Se você viveu a época em que Spotify e Apple Music não existiam, talvez guarde lembranças do Winamp. Lançado em 1997, o software foi o mais popular reprodutor de MP3 para Windows durante anos. Agora, o Winamp está de volta, mas com uma nova proposta: ser um agregador online de músicas e podcasts.

Winamp online (imagem: divulgação/Llama Group)

O player clássico continua existindo. Ele foi relançado em 2018 e, desde então, vem recebendo atualizações. Apesar de estarmos na era do streaming, o Winamp “normal” registra 83 milhões de usuários, 10,3% dos quais são brasileiros — somos a maior parcela. É o que afirma o Llama Group, responsável pelo software.

Mas a meta é alcançar uma base global de 250 milhões de usuários. É aí que a versão online entre em cena.

Um Winamp que não tem cara de Winamp

O novo Winamp não lembra em nada o reprodutor clássico. Não espere encontrar nele as skins personalizáveis ou o equalizador que caracterizam a versão original.

Na verdade, o Winamp online é uma plataforma de streaming, mas com uma dinâmica diferente: o usuário procura artistas ou produtores de conteúdo para se conectar. Para muitos deles, é necessário pagar uma assinatura mensal para usufruir das músicas ou podcasts.

Assinatura no Winamp online (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Alguns artistas e podcasts não cobram nada para dar acesso total ou parcial ao seu conteúdo. Outros cobram valores que começam em 1 dólar ou euro por mês para permitir acesso completo.

Na área Fanzone do serviço, os artistas e produtores podem oferecer recursos adicionais aos apoiadores, como lançamentos antecipados e, bom, NFTs.

Em troca, o Winamp fica com 15% das assinaturas, além de cobrar US$ 55 anuais de cada artista ou produtor após o primeiro ano na plataforma. É bem mais do que a média de 8% cobrada pelo Patreon, como ressalta a Fast Company.

Será que vinga?

O desafio é grande. Para começar, cada artista ou produtor de conteúdo interessado tem que se cadastrar na plataforma. Não espere, portanto, encontrar nomes como Metallica, Lady Gaga ou BTS (pelo menos por enquanto). O Winamp online está mais para um canal de apoio para a cena indie ou independente.

Winamp clássico e suas skins (imagem: reprodução/Winamp Skin Museum)

Além disso, com serviços como Spotify, Apple Music e Deezer cobrando valores relativamente módicos para dar acesso a milhões de músicas e podcasts, é difícil imaginar um número grande de usuários aderindo à ideia.

Talvez a proposta do novo Winamp fique mais interessante nos próximos meses. No terceiro trimestre, o Llama Group pretende lançar aplicativos da plataforma para iOS e Android, além de clientes para Windows e Mac no final de 2023. Também está nos planos uma integração com serviços como o Spotify.
Winamp é relançado, mas não do jeito que você pensa

Winamp é relançado, mas não do jeito que você pensa
Fonte: Tecnoblog