Category: Meta AI

Meta pede ao Cade o fim da investigação contra a Meta AI

Meta pede ao Cade o fim da investigação contra a Meta AI

Meta também é investigada por ANPD e Senacon (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Meta enviou uma resposta ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pedindo o fim do procedimento preparatório contra ela. A investigação foi aberta após pedido do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), devido ao uso de dados pessoais para treinamento de inteligência artificial. As advogadas que representam a empresa dizem que as alegações são infundadas.

O Idec apresentou pedidos à ANPD, ao Cade e à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Vale lembrar que o Cade é o órgão que cuida das questões de concorrência no Brasil. As questões de privacidade são tratadas majoritariamente pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Ela proibiu o uso dos dados de brasileiros para treinamento da IA.

Mark Zuckberg apresenta Meta AI, em evento realizado em setembro de 2023 (Imagem: Reprodução/Meta)

Na quarta-feira da semana passada (17), a própria Meta suspendeu todas as suas ferramentas de IA generativa. Com isso, a Meta AI não chegou ao Brasil na última terça (23), quando foi lançada em mais 22 países.

Meta aponta “contexto dinâmico” na IA

Na notificação enviada ao Cade, os argumentos do Instituto vão na linha de que o treinamento da IA com dados de usuários criaria um problema de concorrência. A Meta discorda e considera que o Idec não definiu adequadamente qual seria este mercado em que ela teria domínio.

“É importante notar que as alegações do Idec fornecem tão poucas informações que qualquer tentativa de contestar os argumentos é limitada pelo simples fato de que eles praticamente inexistem”, escrevem as advogadas.

No documento apresentado ao Cade, a Meta argumenta que o contexto de desenvolvimento da IA é “extremamente dinâmico”, devido a “entradas frequentes de vários players com diferentes portes, incluindo big techs e startups”. A companhia defende que sua IA tem código aberto, o que pode incentivar outras empresas a desenvolverem produtos deste tipo. Por isso, a Meta nega que sua posição seja dominante no mercado.

O documento também busca refutar a tese de que nenhuma empresa conseguiria competir com a Meta, pelo simples fato de ela ter acesso a mais dados pessoais do que suas concorrentes.

A gigante das redes sociais aponta o ChatGPT como “mais notório large language model (LLM) do mundo” e sua desenvolvedora, a OpenAI, como prova de que é possível competir sem ter os dados dos usuários de Facebook e Instagram. A Meta também indica a startup francesa Mistral e a empresa sul-coreana Naver como exemplos de que não há domínio de mercado.
Meta pede ao Cade o fim da investigação contra a Meta AI

Meta pede ao Cade o fim da investigação contra a Meta AI
Fonte: Tecnoblog

WhatsApp testa botão para gerar imagens com IA

WhatsApp testa botão para gerar imagens com IA

Acesso à Meta AI no WhatsApp está disponível apenas em alguns países (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O WhatsApp pode ganhar uma ferramenta para gerar imagens usando inteligência artificial sem precisar sair de uma conversa. Um novo botão chamado “Imagine”, com o logo da Meta AI, está sendo testado. Ele ficaria nas opções de anexos — aquelas que aparecem ao tocar o ícone de clipe, ao lado do campo para escrever a mensagem.

A ferramenta surgiu na versão 2.24.12.4 do WhatsApp para Android, ainda em fase beta. A funcionalidade ainda está em desenvolvimento e não foi liberada para os usuários. O site WABetaInfo conseguiu acessá-la no código do app.

Botão Imagine aparece ao lado de fotos, áudios, enquetes e mais (Imagem: Reprodução / WABetaInfo)

A Meta AI está disponível apenas em alguns países, para usuários selecionados. Ela funciona como uma conversa própria, dentro do WhatsApp e de outros mensageiros da empresa. Em conversas em grupo, é possível mencioná-la, usando “@”, mas não dá para fazer isso em conversas individuais.

É aí que o botão “Imagine” pode ajudar. Sem ele, o usuário precisaria ir até a conversa com a Meta AI, gerar a imagem e voltar para o chat anterior. Com a opção nos anexos, dá para fazer isso dentro da conversa.

IA também vai fazer figurinhas no WhatsApp

A Meta AI ainda não está disponível no Brasil, mas já é possível usar recursos de inteligência artificial para algumas tarefas no WhatsApp. Nas últimas semanas, o mensageiro ganhou uma ferramenta para criar figurinhas usando IA.

Figurinhas geradas por IA no WhatsApp em português (imagens: Thiago Mobilon/Thássius Veloso/Tecnoblog)

No menu de figurinhas, um novo botão “Usar IA” está disponível. Ao tocar nele, o usuário pode descrever qual a imagem desejada. O WhatsApp, então, dá quatro opções — é possível enviar e salvar qualquer uma delas ou pedir para refazer, com outra descrição.

O gerador de figurinhas com IA está sendo liberado gradualmente, tanto para Android quanto para iOS.

Com informações: WABetaInfo
WhatsApp testa botão para gerar imagens com IA

WhatsApp testa botão para gerar imagens com IA
Fonte: Tecnoblog

WhatsApp deve permitir envio de imagens e vídeos em HD por padrão

WhatsApp deve permitir envio de imagens e vídeos em HD por padrão

Fotos enviadas com qualidade HD chegaram no app em agosto, mas ainda precisam ser ativada na hora de envio (Imagem: Divulgação/WhatsApp)

O WhatsApp liberou na sua versão beta para Android a opção de enviar fotos e vídeos em alta resolução por padrão. O site WABetaInfo, especializado em rastrear recursos do aplicativo, encontrou esta novidade na última segunda-feira. O recurso está disponível nas configurações do app de mensagens, no menu Armazenamento e Dados.

Essa novidade é uma evolução da opção de enviar imagens em alta resolução (HD) no aplicativo. O WhatsApp liberou essa função em agosto de 2023, entregando uma solução nativa e oficial para o envio de fotos e vídeos em HD. Antes disso, os usuários usavam métodos alternativos para enviar uma imagem de alta resolução.

Enviar imagens em HD por padrão

Como mostra a captura de tela do WABetaInfo, os usuários poderão ativar a opção de enviar imagens em alta resolução por padrão nas configurações do WhatsApp. O recurso está disponível na seção “Armazenamento e Dados”.

Recurso de ativar por padrão envio de mídia em alta qualidade no beta do WhatsApp (Imagem: Reprodução/WABetaInfo)

O print não mostra, mas podemos deduzir pelo nome do recurso “Media upload quality” que haverá um novo submenu para ativar esse padrão. Atualmente, essa seção conta com o submenu “Download automático de mídia”, na qual você pode definir como o WhatsApp funcionará ao baixar mídias recebidas.

Fazendo o paralelo entre o download e upload, é altamente provável que você também possa escolher como o WhatsApp atuará ao enviar uma imagem em HD no Wi-Fi, dados móveis e em roaming — assim como temos no submenu para baixar mídias.

Usando o português bem direto, essa opção de enviar imagens em HD no WhatsApp será uma mão na roda. Salvo quando você está usando a rede móvel ou com uma conexão ruim, é muito provável que você queira enviar e receber fotos na melhor qualidade possível. Não há previsão de quando o recurso será lançado oficialmente.

Com informações: SamMobile e WABetaInfo
WhatsApp deve permitir envio de imagens e vídeos em HD por padrão

WhatsApp deve permitir envio de imagens e vídeos em HD por padrão
Fonte: Tecnoblog

WhatsApp Beta recebe recurso de IA generativa da Meta

WhatsApp Beta recebe recurso de IA generativa da Meta

WhatsApp (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O WhatsApp Beta para Android incorporou a funcionalidade de IA generativa da Meta, disponível para usuários do programa de testes, permitindo o envio de prompts diretamente pelo aplicativo.
A integração da Meta AI no WhatsApp facilita a interação do usuário com a inteligência artificial, oferecendo a possibilidade de fazer perguntas e solicitar sugestões de mensagens de forma rápida e sem necessidade de trocar de aplicativo.
Na versão 2.24.7.14 do WhatsApp Beta para Android, os usuários podem enviar prompts para a Meta AI diretamente do campo de busca, agilizando o processo de uso da IA sem ter que procurar por contatos ou mensagens.
A Meta AI, que opera com o modelo de linguagem Llama 2, promete não só melhorar a experiência no WhatsApp, mas também está planejada para integrar outros serviços da Meta, incluindo o Instagram.

O WhatsApp Beta para Android recebeu o recurso de IA generativa da Meta. Quem participa do programa de testes já pode usar a Meta AI — nome nada criativo, porém muito direto — no aplicativo de mensagens. Esta funcionalidade está localizada na parte superior do WhatsApp.

A integração do Meta AI com o WhatsApp permite que os usuários enviem prompts mais rapidamente. Assim, o usuário pode fazer alguma pergunta, pedir sugestões de mensagens para falar com o contatinho ou ideais de mensagens de feliz aniversário — tudo sem mudar de aplicativo.

Meta AI direto no campo de busca do WhatsApp

Outra novidade visualizada na versão 2.24.7.14 do WhatsApp Beta para Android é a opção de enviar prompts direto do campo de busca. Logo, ao invés de pesquisar por algum contato ou mensagem, o usuário pode fazer diretamente uma pergunta para a Meta AI. Tal qual o fato de evitar a troca de apps, é uma função que acelera o uso da inteligência artificial.

Meta AI no campo de busca da versão beta do WhatsApp para Android (Imagem: Reprodução/WABetaInfo)

O funcionamento da Meta AI não parece (pelo menos por enquanto) estar integrado à digitação da mensagem. O Samsung Galaxy AI, por exemplo, tem uma ferramenta que ajuda a escrever mensagens e corrigir textos.

A Meta AI utiliza o Llama 2, segunda geração do modelo de linguagem desenvolvido pela empresa de Mark Zuckerberg. A IA generativa foi anunciada em setembro de 2023 e terá um aplicativo próprio.

No entanto, um grande diferencial desta inteligência artificial será a integração com os serviços da Meta. Fora o uso da Meta AI no WhatsApp, a empresa já anunciou que o Instagram também se beneficiará desta novidade. A big tech também criou a Emu, uma IA generativa de imagens.

Com informações: WABetaInfo e Phone Arena
WhatsApp Beta recebe recurso de IA generativa da Meta

WhatsApp Beta recebe recurso de IA generativa da Meta
Fonte: Tecnoblog

Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum

Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum

Em março de 2022, uma reportagem do The Washington Post revelou que o Facebook teria contratado uma firma de consultoria para lançar uma campanha difamatória contra o TikTok. Era um momento tenso para a empresa, que, pela primeira vez em sua história, registrava perda de usuários.

As redes sociais podem estar acabando, mas o Facebook, não (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A ideia da campanha era associar o TikTok a desafios e trends perigosas, criando uma imagem problemática para a empresa. O objetivo, é claro, era colocar algum empecilho no caminho do aplicativo de vídeos, provável destino dos usuários que abandonavam o Facebook.

O caso parecia indicar uma empresa desesperada, sem saber como preservar a relevância de seu principal produto. O TikTok, por sua vez, era o novo acontecimento no universo das mídias sociais. Um inesperado concorrente que evidenciava a falta de inovação do Facebook.

Só que muita coisa mudou de lá para cá. Os resultados financeiros mais recentes da Meta apresentam números sólidos. E isso inclui também o Facebook, que, diferente do cenário de 2022, cresceu em número de usuários.

No ano em que comemora seu vigésimo aniversário, a rede de Mark Zuckerberg mostra que ainda está bem viva.

Sinônimo de rede social

O Tecnocast 321 teve como tema os 20 anos do Facebook. Um dos pontos abordados na conversa foi a maneira como a plataforma conseguiu se definir como um sinônimo de rede social.

É claro que o Facebook não foi o primeiro site onde era possível criar um perfil, adicionar amigos, mandar recados e outras funções semelhantes. Antecessores como o Friendster e o Myspace já apresentavam essas funcionalidades. Isso sem falar no Orkut, queridinho entre os brasileiros.

Mas o jeito como o Facebook conseguiu concentrá-las num só lugar e expandir o aspecto social da rede é que o tornou o principal exemplar desse tipo de plataforma. Em dado momento, a quantidade de recursos disponíveis tornava difícil para qualquer outro concorrente oferecer algo que o Facebook já não tivesse.

Feed com atualizações, grupos fechados, páginas que podiam ser seguidas para acompanhar conteúdos específicos, chat, aniversários, eventos. Esse conjunto de elementos formava um ecossistema onde o usuário tinha inúmeros motivos para ficar.

No meio do caminho, a plataforma fazia experiências. Ajustes no feed; novos recursos, como o Facebook 360º (quem lembra?); e até mesmo uma tentativa de competir com a Twitch através do Facebook Gaming.

Site do Facebook (Imagem: Austin Distel/Unsplash)

Vários desses experimentos falhavam, e plataforma os deixava de lado. Na prática, eram tentativas de acrescentar ao que a rede já tinha de sólido. Mesmo quando coisas novas fracassavam, o de sempre continuava funcionando — e trazendo os usuários de volta.

Outro ponto que fortalecia ainda mais o Facebook enquanto rede social era que, em determinado momento, todo mundo já estava lá. Seus amigos, familiares, colegas de faculdade. Ir para outro lugar fazia menos sentido num contexto como esse.

É claro que tamanha concentração de gente num único espaço trouxe seus problemas. E os problemas do Facebook, apesar de seu indiscutível sucesso, se multiplicaram ao longo de seus 20 anos.

Privacidade, bolhas e desinformação

Por melhores que sejam os números reportados — 3.07 bilhões de usuários mensais e 2.11 bilhões de usuários diários —, é inegável que o Facebook de hoje tem um problema de imagem. Os inúmeros escândalos na plataforma são responsáveis por isso.

O mais famoso de todos é o da Cambridge Analytica, quando a empresa de consultoria política teve acesso a dados de 50 milhões de usuários. Tudo devido a permissões dadas a aplicativos externos. De posse dessas informações, foi possível disparar propaganda política direcionada.

A reputação da empresa saiu manchada, e continuaria assim devido a outros casos envolvendo falhas de privacidade. Outro ponto sensível foi a desinformação, que, segundo pesquisadores, recebia muito mais engajamento na plataforma do que histórias e matérias de fontes fidedignas.

A imagem do Facebook como um local cheio de fake news é herdada de eleições recentes, quando a circulação desse tipo de conteúdo se tornou lugar-comum na rede. Isso pôde ser verificado tanto no contexto das últimas eleições americanas quanto nas eleições brasileiras mais recentes.

Notificação para quem interagiu com fake news sobre COVID-19 (Imagem: Divulgação/Facebook)

Da mesma forma, passou-se a questionar mais o papel dos algoritmos na criação de bolhas ideológicas, que reforçam as convicções dos usuários pela oferta reiterada de conteúdos com os quais a pessoa já concorda. Uma espécie de barreira que dificulta o contato com quem pensa diferente.

Estes problemas certamente fizeram o Facebook perder usuários. A saída de muitos nessa época, combinada à perda de usuários mais jovens nos anos recentes, ajudou a criar a noção de uma rede decadente, onde apenas os nossos pais estão.

Os números, no entanto, continuam contando outra história.

Onde está o foco de Mark Zuckerberg?

Em 2021, o metaverso foi apontado como o projeto principal da Meta. A empresa ganhou até um novo nome por conta disso. Mas é evidente que a ideia não ganhou a tração que Zuckerberg gostaria.

Agora, o criador do Facebook e CEO de sua empresa-mãe volta sua atenção para inteligência artificial. Nenhuma surpresa aí: é o que todos no mercado de tecnologia estão fazendo.

Antes disso, houve o lançamento do Threads, concorrente do Twitter. E ainda outros projetos ao longo dos últimos anos que capturaram a atenção de Zuckerberg, desde streaming de vídeo até a criação de uma criptomoeda.

Mark Zuckerberg (imagem: Reprodução/Facebook)

Uma matéria recente da Bloomberg descreve essas mudanças de foco do chefão da Meta como tentativas de criar algo maior que o Facebook, que possa fortalecer as perspectivas da empresa para o futuro.

No entanto, o Facebook segue sendo o produto mais popular da Meta. Por mais que o crescimento não seja tão acentuado quanto no passado e que usuários jovens estejam migrando para o TikTok, algo no Facebook ainda faz com que mais de 2 bilhões de pessoas o acessem todos os dias.

Num momento em que se fala sobre o fim das redes sociais, com novas formas de consumo de conteúdo tomando o lugar das antigas formas de interação on-line, a maior rede de todas mostra que não está nem perto do fim.
Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum

Aos 20 anos de idade, o Facebook não vai a lugar nenhum
Fonte: Tecnoblog