Category: Internet

Amazon Kuiper turbina rede de satélites com lasers no espaço

Amazon Kuiper turbina rede de satélites com lasers no espaço

Receptor da internet via satélite (Imagem: Divulgação/Amazon)

Criado em 2019, o Projeto Kuiper é uma iniciativa da Amazon para fornecer banda larga via satélite para os lugares mais remotos da Terra. Recentemente, a big tech anunciou que está adotando uma tecnologia de laser para ampliar a velocidade das transmissões.

Os engenheiros da gigante do e-commerce desenvolveram o recurso de links ópticos inter-satélites (OISLs, na sigla em inglês). Assim, eles criaram uma rede mesh de links cruzados capaz de atingir velocidades de até 100 gigabits por segundo (GB/s).

Engenheiros da Amazon realizaram diversos ajustes para as conexões OISLs do satéltes do Projeto Kuiper (Imagem: Divulgação/Amazon)

A Amazon lançou dois protótipos de satélites do Projeto Kuiper com a tecnologia OISLs na órbita baixa da Terra em outubro deste ano. Após um mês de testes, os engenheiros constataram as altas velocidades na transmissão de dados.

“Os testes demonstraram a capacidade de estabelecer um único link bidirecional entre dois satélites. Os dados iniciais indicam que o projeto será capaz de manter ligações cruzadas entre vários satélites ao mesmo tempo. Um recurso importante para uma rede mesh de próxima geração no espaço”, destacou a big tech em nota.

Conforme a Amazon, o formato OISLs é cerca de 30% mais rápido do que as transmissões de dados via cabos de fibra óptica terrestres. Para estabelecer a “conexão a laser”, os satélites precisam estar a uma distância de até 2.600 km. 

Para mais, os engenheiros tiveram que minimizar a propagação da luz para estabilizar o sinal. Bem como, foi necessário calcular qualquer evento adicional que pudesse ter efeito sobre as peças no espaço.

Implantação em larga escala a partir de 2024

A Amazon anunciou que expandirá o Projeto Kuiper a partir do primeiro semestre de 2024. A primeira fase envolverá a produção de novos satélites com a tecnologia OISLs. Também foi confirmado que os testes iniciais com clientes ocorrerão na segunda metade do ano.

Como dito, o objetivo da big tech é ter uma “malha óptica” capaz de entregar conexão rápida em qualquer parte do planeta. Além disso, o serviço se compromete a transmitir os dados de forma segura para civis, empresas e órgãos governamentais.

Foguete com satélite preparado para lançamento (Imagem: Divulgação/Amazon)

“Isso é importante para aqueles que procuram evitar arquiteturas de comunicação que possam ser interceptadas ou bloqueadas. Então, esperamos disponibilizar os recursos para clientes do setor público que desejam mover e enviar dados de locais remotos para o destino desejado”, cita Ricky Freeman, vice-presidente da Kuiper Government Solutions.

Curiosamente, a Amazon tem um acordo com a SpaceX para o lançamento dos satélites do Projeto Kuiper. Vale lembrar que a empresa aeroespacial de Elon Musk é dona do serviço de internet via satélite Starlink.

Com informações: Amazon e Engadget
Amazon Kuiper turbina rede de satélites com lasers no espaço

Amazon Kuiper turbina rede de satélites com lasers no espaço
Fonte: Tecnoblog

De quem é a culpa quando os resultados do Google não nos ajudam?

De quem é a culpa quando os resultados do Google não nos ajudam?

O Google é o dominante absoluto nas buscas, mas isso não significa que todos estejam satisfeitos com sua performance.

De quem é a culpa quando os resultados do Google não nos ajudam? (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Nos últimos anos, uma insatisfação tem sido ventilada em artigos de opinião de veículos importantes. A New Yorker, por exemplo, narra a dificuldade de encontrar experiências legítimas sobre produtos em meio às inúmeras sugestões de compra e anúncios de e-commerces.

Charlie Warzel, colunista do The Atlantic, ecoa o sentimento. Para ele, no Google atual é mais difícil encontrar respostas diretas e confiáveis. Em outras palavras, dá mais trabalho garimpar os resultados úteis.

Uma pesquisa da Semrush com foco nos Estados Unidos traduz em números a frustração de parte dos usuários. Segundo o levantamento, 27,6% das pesquisas precisam de refinamento, sejam mudanças nos termos pesquisados ou acréscimo de outros.

Uma conclusão possível a partir deste dado é que os resultados apresentados não estão cumprindo sua função básica: ajudar o usuário. Portanto, quase 30% dos usuários precisariam tentar de novo.

Talvez seja pouco para bater o martelo de que o Google está pior. Mas também não se trata de um número pequeno. Ainda mais numa época em que o próprio Google admite que parte do público mais jovem prefere fazer buscas em redes de vídeos curtos.

Mas, se os resultados do Google realmente estão menos úteis, de quem é a culpa? Um grupo é frequentemente apontado como o responsável: os profissionais de SEO.

Arruinando a internet

O significado básico de SEO é search engine optimization, ou otimização para motores de busca. Quem trabalha com isso tenta fazer com que sites obtenham um ranqueamento melhor na busca, aparecendo entre os resultados mais relevantes.

O SEO faz parte da estratégia de qualquer canal de conteúdo que queira ser encontrado. Um site existe para ser lido, e quanto mais acima nas buscas ele aparecer, maiores as chances de alcançar esse objetivo.

No Tecnocast 317, conversamos com Pedro Dias, consultor técnico de SEO. Ele elencou as principais modalidades de SEO, que vão desde o conteúdo em si — palavras-chave, títulos instigantes, organização da informação — às otimizações no código dos sites.

Em essência, as técnicas são apenas boas práticas, e, se tudo der certo, o Google irá recompensar quem as executa. Como todos os produtores de conteúdo esperam por isso, a tendência é que grande parte dos sites pratique alguma forma de SEO.

Por essa razão, é possível que muitos sites acabem semelhantes entre si. As mesmas técnicas e conteúdos vão sendo reproduzidas internet afora, criando a impressão de que o SEO gera uma uniformização da web.

É daí que vem a concepção de que o SEO estaria “arruinando a internet”, como esboçado num polêmico artigo do The Verge publicado em novembro. E, consequentemente, o SEO também atrapalharia a vida de quem só quer encontrar alguma coisa simples no Google.

A defesa do SEO

Para Pedro Dias, essa visão é incorreta. Segundo ele, o SEO se torna um alvo fácil basicamente por ser o elemento comum à maioria dos sites.

A existência de técnicas para performar melhor no Google não significa que o SEO determine o conteúdo publicado. Cabe aqui aquela distinção clássica entre ferramenta e usuário. O SEO é a ferramenta; ela não define o que os publishers colocarão no ar.

Dias bate nessa tecla ao falar sobre notícias, por exemplo.

O SEO pode dar alguns direcionamentos de como conseguir emplacar isso (uma notícia), mas, no fundo, é porque o jornalista que fazer aquela matéria pra ganhar cliques e vender publicidade.

O foco dos criadores deveria ser a formulação de conteúdos úteis para o leitor, e o SEO entra em cena para impulsioná-los. O fato de muitos aplicarem a ferramenta a conteúdos de baixa qualidade não é culpa da ferramenta em si.

A fama ruim do SEO também está relacionada a profissionais que se vendem como especialistas, mas, na prática, exploram erros no algoritmo do Google. Essas táticas até podem fazer com que sites tenham um bom desempenho nas buscas, mas não se tratam de boas práticas, apenas pontos cegos que o Google ainda não consertou.

A questão é que o Google está frequentemente fazendo melhorias em seu algoritmo, de modo que as artimanhas nunca dão certo por muito tempo. O que acontece em seguida é que o erro é corrigido, o tráfego do site cai, e os maus profissionais da área vão em busca de uma nova trapaça.

No já citado artigo do The Verge, este tipo de profissional é tomado como a regra. Se por um lado é verdade que tais práticas de fato estragam a internet, é bastante discutível que elas representem de modo justo as pessoas que atuam na área.

O Google está mesmo pior?

Sobre a suposta piora nos resultados do Google, Pedro Dias convida a uma reflexão sobre o que esperamos da ferramenta.

As nossas expectativas do Google são as mesmas ou são maiores? (…) Pra gente, qualidade e o que supera as nossas expectativas é sempre algo novo, algo que a gente nunca viu antes. (…) E a nossa ambição de querer sempre algo melhor leva a gente a querer que os serviços que a gente usa evoluam de acordo com a nossa expectativa. E muitas vezes isso não acontece.

Dias aponta que o Google faz constantes aprimoramentos na busca. Mas em pouco tempo o usuário se acostuma com eles, de modo que as expectativas estão sempre crescendo.

Este pode ser um dos motivos da impressão de piora nos resultados de busca: o Google ainda não fez a próxima modificação que nos deixará satisfeitos (por ora).

Além disso, cabe apontar que as reclamações em relação ao Google são recorrentes. Em resposta a elas, a empresa faz atualizações em seu algoritmo. Uma das mais famosas foi a Panda, ocorrida em 2011, que chegou a impactar quase 12% dos resultados de pesquisa.

A Panda penalizou sites que criavam conteúdo de baixa qualidade em massa, beirando o spam. O objetivo, claro, era fazer com que essas páginas bombassem nas buscas. Enquanto isso, os sites faturavam alto com publicidade.

Na época, diversas publicações batiam nesse problema. A Business Insider sentenciou que “o algoritmo do Google foi arruinado”, enquanto o TechCrunch declarava que “precisamos de um novo Google.” A Panda chegou para endereçar essas queixas.

Outro exemplo bastante conhecido foi a Penguin, de 2012, que atingiu sites que faziam trocas de links para obter melhor ranqueamento; e o Mobile Friendly Update, de 2015, que penalizou páginas não otimizadas para o mobile.

Não se trata de dizer que o Google não tem falhas, apenas que, ao longo de sua história, ele se mostrou atento às queixas de seus usuários. E que, muito provavelmente, o ciclo de insatisfações manterá o seu curso — até a próxima mudança.
De quem é a culpa quando os resultados do Google não nos ajudam?

De quem é a culpa quando os resultados do Google não nos ajudam?
Fonte: Tecnoblog

Threads é finalmente lançado na União Europeia

Threads é finalmente lançado na União Europeia

Usuários da União Europeia não conseguiam entrar no Threads nem com VPN (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A rede social Threads, da Meta, está disponível para usuários na União Europeia, cinco meses após seu lançamento no resto do mundo. Além disso, as pessoas que vivem nos países do bloco poderão acessar a plataforma sem perfil, uma opção que não existe nos outros países.

A novidade foi anunciada por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, em um post no próprio Threads. Com isso, a rede passa a estar disponível para as 448 milhões de pessoas que vivem na União Europeia. Até então, o acesso à plataforma era bloqueado até mesmo usando VPN.

Assim, o Threads, resposta da Meta ao X/Twitter, ganha um pouco de espaço para crescer em número de usuários. O app chegou fazendo muito barulho e quebrando recordes, mas logo nas primeiras semanas, as métricas não se mostraram sustentáveis.

Ligações fortes entre Threads e Instagram foram um dos motivos da demora (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Meta estava com medo das leis da UE

O motivo para a demora foi regulatório. Em entrevista ao Verge, Adam Mosseri, CEO do Instagram, apontou as “complexidades para cumprir algumas das leis que entrarão em vigor no ano que vem [2024]”.

Apesar de não mencionar pelo nome, Mosseri provavelmente estava se referindo ao Digital Markets Act (também conhecido como DMA e Regulamento de Mercados Digitais). A nova lei passará a valer em março de 2024 e visa combater abusos e concorrência desleal das gigantes da tecnologia, como a própria Meta, o Google, a Apple e a Amazon, entre outras.

União Europeia apertou o cerco contra big techs (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

No caso específico do Threads, especula-se que a ligação da nova rede com o Instagram poderia criar problemas para a Meta, já que o DMA inclui regras contra o favorecimento de serviços da mesma empresa.

Essa ligação já foi mais forte: não era possível deletar a conta do Threads sem deletar também a do Instagram, por exemplo, o que mudou em novembro. Mesmo assim, ainda é necessário ter uma conta no Instagram para publicar ou interagir com posts na rede.

O modo de acesso sem login também parece uma maneira de evitar problemas legais. Com ele, o usuário consegue visualizar um feed gerado por algoritmo e buscar contas. Aparentemente, não é possível pesquisar posts específicos.

A chegada à União Europeia não foi a única novidade do Threads. Na quarta-feira (13), Mark Zuckerberg anunciou que a plataforma começou a testar a integração com serviços que também usam o protocolo ActivityPub. Isso pode permitir que, no futuro, usuários do Threads possam interagir com publicações em redes como Mastodon e Bluesky.

Com informações: TechCrunch, The Verge
Threads é finalmente lançado na União Europeia

Threads é finalmente lançado na União Europeia
Fonte: Tecnoblog

O SEO estragou a internet?

O SEO estragou a internet?

Os resultados do Google estão piorando? Muita gente acredita que sim. E haveria, inclusive, um culpado para essa queda na qualidade: o famigerado SEO. As técnicas de otimização para busca teriam resultado numa multidão de sites idênticos, com conteúdo genérico e pouco útil. Mas será mesmo que a experiência do Google está pior? E seriam os profissionais de SEO os responsáveis?

O SEO estragou a internet? (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

No episódio de hoje, conversamos com Pedro Dias, consultor técnico em SEO. Ele nos ajuda a entender as diversas maneiras de otimização de conteúdo para buscas, e se elas estão, de fato, estragando a web. Dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Josué de Oliveira

Pedro Dias

Citado no episódio

The people who ruined the internet, texto do The Verge que inspirou o episódio

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Créditos

Produção: Josué de Oliveira

Edição e sonorização: Ariel Liborio

Arte da capa: Vitor Pádua

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O SEO estragou a internet?

O SEO estragou a internet?
Fonte: Tecnoblog

Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico

Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico

Número de downloads ainda está abaixo de setembro (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O número de downloads diários do Threads cresceu de 350 mil, no início do novembro, para 620 mil, em 23 de novembro. Essa quantidade está longe do 1 milhão do começo de setembro, mas já mostra uma reação da rede social da Meta.

Os dados são da empresa de inteligência Apptopia e consideram novas instalações feitas na App Store, usada pelo iPhone, e no Google Play, usado pelos aparelhos com Android.

A Apptopia acredita que a alta recente nos downloads do Threads se deve ao fato de a Meta estar fazendo propaganda de seu app.

Threads está em alta no iOS e no Android (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Outra boa notícia para a empresa é que o Threads está crescendo fora dos EUA. A Índia foi o país com maior número de novos downloads, com 11,2%. Os EUA vêm em segundo, com 7,4%.

Threads fez sucesso, mas caiu logo em seguida

O Threads teve um começo impressionante. Lançado em julho, ele quebrou o recorde de menor tempo para chegar a 100 milhões de downloads: apenas cinco dias. A marca pertencia ao ChatGPT, que levou dois meses para alcançar este número.

Nas semanas seguintes, porém, o burburinho em torno do Threads foi diminuindo, assim como o interesse pela rede. Passados 15 dias do lançamento, o número de usuários ativos já era 70% menor, e o tempo gasto no app era quatro vezes menor.

A Meta tomou algumas medidas para tentar evitar a saída de usuários. A rede social foi lançada ainda bastante crua, então vieram melhoras de usabilidade e uma versão web. Além disso, o Instagram, rede “irmã” do Threads, passou a recomendar publicações da plataforma.

A queda continuou. Segundo a Apptopia, o Threads tinha 1 milhão de downloads diários no começo de setembro; no começo de novembro, eram 350 mil. Este número subiu para cerca de 620 mil no dia 23.

Somando tudo, o Threads conseguiu 41 milhões de downloads desde 1º de setembro. O número é maior que o do X (antigo Twitter), seu principal concorrente (e inspiração). A rede social de Elon Musk teve 27 milhões de downloads no período.

Com informações: TechCrunch
Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico

Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico
Fonte: Tecnoblog

Google abre domínio .meme para registro

Google abre domínio .meme para registro

Keyboard Cat já tem seu domínio .meme (Imagem: Reprodução/YouTube)

Sites ligados à cultura de internet terão uma opção bem curiosa: o Google vai liberar o domínio .meme para registro. Interessados já podem pagar uma tarifa extra pelo acesso prévio. A partir do dia 5 de dezembro, os endereços estarão disponíveis para todos, mediante pagamento de uma taxa anual, como acontece com outros domínios.

Alguns sites já usam o domínio .meme. O mais famoso deles talvez seja o Know Your Meme, espécie de enciclopédia dos memes que circulam na internet. O site possui o domínio knowyour.meme. O Tenor, repositório de GIFs, também está disponível nos endereços find.meme e create.meme.

Outros sites relacionados a memes clássicos também usam a terminação: grumpycat.meme tem imagens do famoso gato rabugento, o keyboardcat.meme hospeda o famoso vídeo e o nyancat.meme traz a animação do gato cinza voador.

Nyan Cat, outro meme clássico, está no nyancat.meme (Imagem: Reprodução)

O acesso prévio foi disponibilizado pelo Google e está no endereço get.meme. Ele vai até 5 de dezembro, às 13h (horário de Brasília). A partir daí, a terminação está disponível em todos os serviços de registro.

Google cria domínios “diferentões”

O Google vem se destacando por criar domínios pouco convencionais. Em outubro, a empresa lançou o .ing, muito interessante para empresas e serviços em inglês.

O “ing” é uma terminação comum no idioma para substantivos de funções e atividades, adjetivos e verbos no gerúndio. Os endereços edit.ing (editando) e draw.ing (desenhando), por exemplo, já foram comprados por Adobe e Canva, respectivamente.

Além do .ing e do .meme, o Google Registry tem outros domínios pouco convencionais, como .new, .day, .dad e .boo.

Domínios rendem milhões a pequenos países

Algumas terminações de domínio específicas pertencem a países e acabam se tornando uma boa fonte de renda para eles.

Um clássico é o de Tuvalu, país de 11 mil habitantes que fica na região da Polinésia. Ele detém o .tv, usado por emissoras de todo o mundo

Venda de domínios se tornou importante para Anguilla (Imagem: Roy Googin/Wikimedia Commons)

Já o .ai, por exemplo, pertence a uma pequena ilha no Caribe, chamada Anguilla. Como a inteligência artificial está em alta, muitas empresas compraram domínios com AI (sigla em inglês para “artificial intelligence”). Com isso, Anguilla lucrou US$ 25 milhões em um ano.

Com informações: Google, The Verge
Google abre domínio .meme para registro

Google abre domínio .meme para registro
Fonte: Tecnoblog

84% das casas brasileiras têm acesso à internet, revela pesquisa

84% das casas brasileiras têm acesso à internet, revela pesquisa

Mais de 150 milhões de brasileiros acessam a internet (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A TIC Domicílios 2023, pesquisa promovida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), constatou que 84% dos lares brasileiros têm acesso à internet. Ou seja, equivalente a 64 milhões de casas. Após dois anos de estabilidade, o número significa um aumento de 4% comparado aos resultados de 2022.

Conforme os dados do estudo, isso está ligado ao crescimento significativo do acesso às redes em residências da classe C (de 87% em 2022 para 91% em 2023). As casas das classes DE também conquistaram mais acesso neste ano (de 60% para 67%).

Quadro da pesquisa TIC Domicílios 2023 mostra a porcentagem dos domicílios com acesso à internet dividido por classes sociais (Imagem: Divulgação/CGI.br)

Apesar do crescimento, país sofre com a exclusão digital

A pesquisa TIC Domicílios 2023 também indica o crescimento da proporção de usuários de internet no Brasil. O estudo revela que 84% dos brasileiros acessaram a rede nos últimos três meses. Isso representa cerca de 156 milhões de cidadãos.

Conforme o relatório, o dado pode ser ampliado se considerar as pessoas que disseram não estarem conectadas no período, mas afirmaram usar apps que necessitam de conexão. Com a “correção”, o número chega a 164 milhões de usuários – ou 88% da população do país.

Entretanto, 29 milhões de brasileiros estão desconectados. Desta parcela, 24 milhões são moradores de áreas urbanas, 17 milhões declaram ser pretos ou pardos e 17 milhões fazem parte das classes DE.

O estudo reflete a exclusão digital que atinge as periferias urbanas do Brasil. Conforme vários serviços passam a ser disponibilizados parcial ou exclusivamente online, grande parte da população é excluída devido à falta de acesso à tecnologia.

Quadro da pesquisa TIC Domicílios 2023 indica o perfil dos brasileiros que não usam de internet (Imagem: Divulgação/CGI.br)

Como os brasileiros acessam a internet em 2023

A TIC Domicílios 2023 ainda mostrou as formas mais usadas pelos brasileiros para acessar a internet. O celular é a plataforma usada por 99% das pessoas para se manterem conectadas, seguido pela televisão (58%) e computadores (42%).

O estudo revela que 58% dos cidadãos se conectam apenas pelo telefone. Sendo que o acesso exclusivo pelos dispositivos móveis é maior entre as mulheres (64%) do que homens (52%); e entre pretos (64%) e pardos (63%) do que entre brancos (49%).

Ainda com o foco no uso de celular, 60% dos brasileiros possuem plano pré-pago e 36% adotam plano pós-pago. Entre as pessoas da classe A, 97% usam tanto Wi-Fi quanto rede móvel. Já nas classes DE, 36% usam internet exclusivamente via Wi-Fi e 11% acessam apenas pela rede móvel.

“Neste ano, voltamos a observar um aumento de conectividade no país. Mas a TIC Domicílios também mostra que a qualidade desse acesso ainda é desigual entre a população, o que restringe o desenvolvimento de habilidades digitais e fruição plena dos benefícios que a internet tem a oferecer”, aponta Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br| NIC.br.

Com informações: CGI.br
84% das casas brasileiras têm acesso à internet, revela pesquisa

84% das casas brasileiras têm acesso à internet, revela pesquisa
Fonte: Tecnoblog

Tumblr prepara mudanças após rombo de US$ 100 milhões

Tumblr prepara mudanças após rombo de US$ 100 milhões

Tumblr terá uma operação mais enxuta para contornar os gastos (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Tumblr passará por grandes mudanças internas na virada para 2024. Um comunicado interno da Automattic, empresa que adquiriu a rede social em 2019, indica que a plataforma seguirá uma estratégia “menor e focada” a partir do próximo ano.

A mensagem com o título “Ou você ganha, ou você aprende” destaca que os esforços desde a aquisição da plataforma não trouxeram os resultados esperados. Então, grande parte da equipe de produtos e marketing serão “remanejados para outras divisões”.

Desde 2019, Tumblr tenta atrair de volta os antigos usuários (Imagem: Reprodução/Tumblr)

O comunicado interno do Tumblr veio a público em uma publicação feita por Andy Baio do Waxy.org na última quinta-feira (9). Mais tarde, Matt Mullenweg, CEO da Automattic e da rede social, confirmou o teor da mensagem e comentou alguns pontos.

Conforme o executivo, a plataforma atuou nos últimos quatro anos com cerca de 200 colaboradores em tempo integral. Entretanto, o site tem um custo de mais de US$ 100 milhões acima da própria receita.

Mullenweng diz que as equipes estão realizando um excelente trabalho, mas o Tumblr não obteve o lucro esperado. Dessa maneira, a plataforma será obrigada a atuar de forma mais “tranquila e eficiente” com times menores.

“Isso é triste, mas também quero reconhecer o esforço de todos que tentaram e deram o seu melhor”, declarou o CEO. Conforme as informações, as mudanças internas devem acontecer até o final deste ano.

Matt Mullenweg, CEO do Tumblr e fundador do WordPress, comentou as dificuldades financeiras da rede social (Imagem: Divulgação/Matt Mullenweg)

História do Tumblr até aqui

O Tumblr foi criado pela dupla David Karp e Marco Arment no início de 2007. Logo, o microblog com suporte para texto, imagens, áudio e vídeo se tornou um sucesso entre usuários de diferentes idades.

A rede social foi adquirida pelo Yahoo por US$ 1,1 bilhão em 2013. Contudo, analistas citam que a negociação foi uma “hemorragia de dinheiro” para empresa de comunicação que apenas recuperou US$ 482 milhões do valor investido até 2016.

Em 2017, o Tumblr passou a fazer parte da Verizon após a gigante norte-americana das telecomunicações adquirir o Yahoo por US$ 4,48 bilhões. Então, a nova direção decidiu proibir conteúdo adulto, material que era comum na rede social. O resultado foi uma ampla queda nos acessos e, por consequência, na arrecadação.

A Verizon vendeu o Tumblr para a Automattic, empresa dona do WordPress, pelo suposto valor de US$ 3 milhões em 2019. Desde então, a plataforma tenta reconquistar o antigo público – e atrair os órfãos do Twitter – com diferentes ações. Entre elas, o retorno de imagens de “nudez artística” a partir de 2022.

Com informações: ArsTechnica
Tumblr prepara mudanças após rombo de US$ 100 milhões

Tumblr prepara mudanças após rombo de US$ 100 milhões
Fonte: Tecnoblog

Meta sinalizará anúncios políticos gerados por IA em 2024

Meta sinalizará anúncios políticos gerados por IA em 2024

Anunciantes que não cumprirem a regra da Meta poderão ser penalizados (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Nesta quarta-feira (8), a Meta revelou que os anunciantes do Facebook e do Instagram deverão informar quando um conteúdo foi alterado digitalmente ou por ferramentas de IA. A medida passará a valer a partir de 2024 para anúncios políticos, eleitorais ou questões sociais.

Imagens, vídeos e áudios considerados potencialmente enganosos – que mostrem uma pessoa realizando ou dizendo algo que nunca fez ou disse – deverão ser sinalizados. A regra também se aplica a materiais que retratem pessoas de forma realista (deep fakes) ou promovam eventos falsos.

Anúncios políticos serão verificados por grupos de checagem de fatos (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Conforme a Meta, os anunciantes não precisam informar quando um conteúdo foi criado digitalmente ou alterados de “maneira não inconsequente ou imaterial”. Isso inclui ajuste de tamanho ou corte de imagem e correção de cores.

Ademais, a big tech afirma que alertará os usuários do Facebook e do Instagram sobre os materiais alterados digitalmente ou com ferramentas de IA. Para isso, a plataforma terá um banco de dados de anúncios.

A Meta cita que grupos parceiros de verificação de fatos analisarão os anúncios veiculados nas redes sociais. Eles terão a função de classificar os materiais que promovem desinformação e sinalizar que os conteúdos foram alterados ou excluí-los.

“Se determinarmos que um anunciante não divulga um conteúdo conforme exigido, rejeitamos o anúncio e a falha repetida na divulgação poderá resultar em penalidades”, informa o blog da empresa.

Comissão Eleitoral Federal dos EUA deve criar regra semelhante para anúncios políticos em 2024 (Imagem: Ana Marques/Tecnoblog)

Preparação da Meta para as eleições presidenciais dos EUA

De acordo com Reuters, a Meta deve proibir que grupos políticos dos Estados Unidos usem a própria ferramenta de IA generativa de criação de anúncios. A plataforma permite criar diferentes versões de conteúdos com poucos toques.

Analistas apontam que a decisão da big tech de sinalizar os materiais políticos gerados por IA é uma preparação para as eleições presidenciais dos EUA em 2024. Vários legisladores já apresentaram projetos de lei que exigem que as campanhas indiquem o uso de IA em anúncios e outras peças digitais.

A Comissão Eleitoral Federal dos EUA, órgão que fiscaliza as campanhas eleitorais, também deve criar uma regra semelhante. As eleições presidenciais estadunidenses estão previstas para acontecer no dia 5 de novembro de 2024.

Vale citar que o Brasil terá eleições municipais no próximo ano. Portanto, as regras da Meta também devem influenciar as campanhas políticas que acontecerão no território brasileiro no 2º semestre.

Com informações: Meta e The Verge
Meta sinalizará anúncios políticos gerados por IA em 2024

Meta sinalizará anúncios políticos gerados por IA em 2024
Fonte: Tecnoblog

YouTube lança regras de recomendações de conteúdo para adolescentes

YouTube lança regras de recomendações de conteúdo para adolescentes

Exposição contínua a determinados temas pode afetar o desenvolvimento de adolescentes (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O YouTube anunciou, nesta quinta-feira (2), mudanças em relação às recomendações de conteúdos para usuários adolescentes. Em destaque, a plataforma limitará as sugestões repetidas de vídeos com temas que afetam o bem-estar de menores de 18 anos. A ação terá início nos Estados Unidos e deve chegar a mais países ao longo do próximo ano.

Materiais que possam desencadear problemas de imagem corporal, como comparação de características físicas e promoção de padrões de corpos, terão visualizações limitadas. O mesmo se aplica aos vídeos que tenham algum teor de “agressão social”.

Limitação de conteúdos tem a intenção de preservar a saúde mental de adolescentes (imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Conforme o YouTube, vídeos com os tópicos citados acima não são nocivos ao serem vistos de forma isolada. Entretanto, a exposição contínua a determinados materiais pode afetar a saúde mental de adolescentes.

Especialistas indicam que os jovens são mais propensos a criarem crenças negativas sobre si ao verem mensagens repetidas sobre padrões ideais. Assim, os conteúdos consumidos online podem ter grande impacto nessa fase de desenvolvimento.

As recomendações do YouTube são baseadas nos temas assistidos com maior frequência pelos usuários. Então, a plataforma teve o apoio do Comitê Consultivo do Google para revisar os padrões de sugestões de conteúdo para o público adolescente.

Jovens verão conteúdos de orientação ao pesquisar sobre assuntos sensíveis (Imagem: Divulgação/YouTube)

Outras novidades do YouTube

O YouTube reformulou o formato de avisos de “Faça uma Pausa” e “Hora de Dormir” para o público menor de 18 anos. Por exemplo, os lembretes serão mais frequentes e com maior apelo visual comparado ao padrão introduzido em 2018.

A plataforma também ampliará as ferramentas de ajuda aos jovens que pesquisarem por vídeos relacionados a suicídio, automutilação e transtornos alimentares. Os adolescentes verão sugestões de telefones de centros de apoio e recomendações de conteúdos sobre “autocompaixão” e demais temas positivos.

O YouTube afirma ter feito parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o grupo Common Sense Media para desenvolver os novos padrões para o público adolescente. Além disso, a empresa deseja produzir produtos educacionais para pais e filhos com orientações de hábitos seguros na internet.

Com informações: YouTube e TechCrunch
YouTube lança regras de recomendações de conteúdo para adolescentes

YouTube lança regras de recomendações de conteúdo para adolescentes
Fonte: Tecnoblog