Category: Inteligência Artificial

Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

Nova ferramenta deve ajudar a encontrar perfis mais compatíveis (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Facebook Namoro passou a contar com recursos de IA que refinam a busca por parceiros e reduzem a fadiga do deslize.
Entre as novidades estão o Meet Cute, que sugere um “par surpresa” semanal, e o Dating Assistant, que automatiza parte das interações.
As novidades chegam primeiro aos EUA e Canadá, ainda não sem previsão de chegada a outras regiões, incluindo o Brasil.

A Meta anunciou nessa segunda-feira (22/09) a chegada de novos recursos baseados em inteligência artificial em seu serviço de relacionamentos, o Facebook Namoro. As ferramentas foram desenvolvidas para evitar a “fadiga do deslize” — um tipo de esgotamento gerado pela navegação contínua e muitas vezes frustrada por perfis em apps de relacionamento.

Segundo a empresa, as novidades chegam primeiro para usuários nos Estados Unidos e Canadá para atender a uma demanda entre o público mais jovem (entre 18 e 29 anos), e serão implementadas de forma gradual. Ainda não há informações de quando serão disponibilizadas em outras regiões, incluindo o Brasil.

Assistente de IA para refinar a busca

A ideia é facilitar a formação de conexões (matches) com o Dating Assistant, um novo assistente de bate-papo integrado à aba “Correspondências” do serviço, reduzindo a dependência do modelo de deslizar perfis para a direita ou esquerda.

A ferramenta utiliza IA generativa para oferecer ajuda personalizada aos usuários. Seu diferencial é a capacidade de processar comandos em linguagem natural, permitindo buscas que vão além dos filtros tradicionais como altura, idade ou nível de escolaridade.

Interface do novo assistente de IA do Facebook Namoro (imagem: divulgação/Meta)

Conforme detalhado pela Meta, um usuário pode, por exemplo, inserir um comando como “Encontre uma garota do Brooklyn na área de tecnologia”. A partir dessa instrução, a IA refina a busca e apresenta perfis que se alinham a critérios mais específicos e subjetivos. Além de otimizar a procura por parceiros, o assistente também pode sugerir ideias para encontros ou oferecer dicas para aprimorar o perfil do próprio usuário.

A segunda novidade é o Meet Cute, funcionalidade que mostra automaticamente ao usuário um “par surpresa” por semana. A seleção é feita com base em um algoritmo de correspondência personalizado, que analisa as informações e preferências de cada perfil.

Ao receber a sugestão, o usuário tem a opção de iniciar uma conversa com a pessoa indicada ou dispensar a combinação. A Meta descreve a ferramenta como “ideal para quem está cansado de deslizar e procura uma maneira nova e fácil de expandir seu grupo de candidatos a encontros”. Os usuários que não desejarem participar poderão desativar o recurso a qualquer momento nas configurações.

Contexto de reformulação

Ferramentas visam engajar principalmente os jovens (imagem: divulgação/Meta)

A aposta em IA para aprimorar o serviço de namoro se insere no movimento do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, para tornar o Facebook mais “culturalmente influente”, conforme aponta o site The Verge. A estratégia inclui outras iniciativas, como o incentivo à produção de vídeos na plataforma e a intensificação do combate a spam.

A ideia de encontros “às cegas”, porém, não é nova, e remete a funções como o Crazy Blind Date, lançado pelo OkCupid ainda em 2013. O app de namoro pertence ao Match Group, empresa dona do Tinder.

Os principais concorrentes do Facebook Namoro também já implementaram IA. O próprio Tinder, líder do segmento, utiliza IA para selecionar as melhores fotos para o perfil do usuário e oferece uma seção de Top Picks, que cria uma lista de perfis com alta compatibilidade para reduzir o esforço de busca.

O Bumble, por sua vez, emprega IA há anos em ferramentas de segurança, como a que detecta imagens indesejadas, e mais recentemente passou a oferecer recursos que ajudam a redigir o perfil e a iniciar conversas.
Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso
Fonte: Tecnoblog

Depois de investir na Intel, Nvidia vai injetar US$ 100 bilhões na OpenAI

Depois de investir na Intel, Nvidia vai injetar US$ 100 bilhões na OpenAI

Nvidia vai investir US$ 100 bilhões na OpenAI (imagem: reprodução/Nvidia)

Resumo

Nvidia investirá até US$ 100 bilhões na OpenAI para apoiar avanço da inteligência artificial, incluindo a construção de infraestrutura com 10 gigawatts de energia;

Parceria permitirá que OpenAI utilize chips da Nvidia para expandir sua tecnologia de IA, enquanto Nvidia ganha participação em uma das líderes do setor;

Acordo segue o recente anúncio de uma parceria entre Nvidia e Intel, com foco em chips para datacenters e PCs.

Por mais que os consumidores vejam a Nvidia como uma empresa que desenvolve placas de vídeo para jogos, o principal negócio da companhia atualmente é a inteligência artificial. Prova disso é que a Nvidia revelou um plano para investir até US$ 100 bilhões na OpenAI, o nome por trás do ChatGPT.

O acordo prevê a implantação de uma gigantesca infraestrutura de pelo menos 10 gigawatts (suficiente para fornecer energia para cerca de 8 milhões de residências nos Estados Unidos) para treinar e executar a próxima geração de modelos de IA da OpenAI.

Os detalhes dessa parceria ainda estão sendo elaborados, mas já se sabe que as soluções correspondentes ao primeiro gigawatt, que consistem principalmente em datacenters e fornecimento de energia, deverão ser implantados no segundo semestre de 2026.

Isso deixa claro que esta é uma parceria de longo prazo. De fato, no anúncio oficial, Nvidia e OpenAI informam que o investimento de até US$ 100 bilhões (R$ 534 bilhões na conversão direta) será feito de modo progressivo.

A intenção, um tanto óbvia, é a de que essa seja uma relação “ganha-ganha”. De um lado, a parceria permitirá à OpenAI ter acesso a uma infraestrutura de ponta, que inclui os chips avançados da Nvidia para processamento de tarefas de IA, para desenvolver a sua tecnologia. No outro, a Nvidia terá uma participação em uma das companhias que lideram o setor.

Os CEOs das duas companhias comentaram o acordo:

A Nvidia e a OpenAI têm se impulsionado mutuamente há uma década, desde o primeiro supercomputador DGX até o avanço do ChatGPT. Este investimento e a parceria em infraestrutura marcam o próximo salto — implementando 10 gigawatts para impulsionar a próxima era da inteligência.

Jensen Huang, CEO da Nvidia

Jensen Huang, CEO da Nvidia (imagem: divulgação/Nvidia)

Tudo começa com a computação. A infraestrutura computacional será a base da economia do futuro, e utilizaremos o que estamos construindo com a Nvidia para trazer mais avanços em IA e capacitar pessoas e empresas com eles de modo escalonado.

Sam Altman, CEO da OpenAI

Sam Altman, CEO da OpenAI (imagem: reprodução/OpenAI)

Acordo chega após parceria da Nvidia com a Intel

O acordo com a OpenAI foi revelado menos de uma semana depois de a Nvidia anunciar uma parceria com a Intel. Nela, a Nvidia investirá US$ 5 bilhões na Intel na forma de compra de ações desta última.

Nvidia e Intel trabalharão em conjunto no desenvolvimento de soluções com arquitetura x86 direcionadas a datacenters, bem como na criação de chips para PCs que reúnem CPUs x86 e GPUs RTX.
Depois de investir na Intel, Nvidia vai injetar US$ 100 bilhões na OpenAI

Depois de investir na Intel, Nvidia vai injetar US$ 100 bilhões na OpenAI
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT é testado em ataque para roubar dados do Gmail

ChatGPT é testado em ataque para roubar dados do Gmail

ChatGPT foi usado em teste de ataque para extrair dados de emails (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Pesquisadores da Radware realizaram o ataque Shadow Leak, que usou injeção de prompts para extrair dados do Gmail.
A vulnerabilidade explorava a ferramenta Deep Research do ChatGPT, permitindo a execução de instruções ocultas para acessar dados sigilosos.
O problema, comunicado à OpenAI em junho, já foi resolvido, mas também poderia comprometer serviços como o Outlook e Google Drive.

É possível usar o ChatGPT como aliado em ataques para extrair dados sensíveis do Gmail. Foi o que pesquisadores de segurança da Radware conseguiram demonstrar com um ataque de injeção de prompts. A falha já foi corrigida pela OpenAI, mas permitiu extrair dados da caixa de entrada sem que os usuários percebessem.

O ataque recebeu o nome de Shadow Leak e foi divulgado na última semana pela empresa de segurança cibernética. A técnica explorava agentes de IA — sistemas capazes de executar tarefas sem supervisão contínua, como navegar na web, acessar documentos e interagir com e-mails após autorização do usuário.

Como o ataque funcionava?

O método consistia em usar uma técnica conhecida como “injeção de prompt”. Trata-se de inserir instruções ocultas para que o agente siga comandos de um invasor sem que o usuário tenha consciência disso.

Esse tipo de ataque já foi usado em diferentes contextos, desde manipulação de avaliações até golpes financeiros. As instruções podem ser escondidas no HTML do e-mail de forma imperceptível para humanos, como fontes minúsculas ou em um texto branco sobre fundo branco.

Shadow Leak foi executado diretamente na infraestrutura em nuvem da OpenAI (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No caso do Shadow Leak, o alvo foi a ferramenta Deep Research, recurso da OpenAI integrado ao ChatGPT e lançado neste ano. Os pesquisadores enviaram um e-mail contendo um prompt malicioso para uma conta do Gmail que tinha acesso ao agente. Assim que o usuário ativava o Deep Research, a armadilha era acionada: o sistema encontrava as instruções escondidas, que ordenavam a busca por mensagens de RH e dados pessoais, enviando as informações secretamente para os golpistas. O usuário não notava nada de anormal.

Segundo a Radware, executar esse ataque exigiu muitos testes até chegar a um resultado viável. “Esse processo foi uma montanha-russa de tentativas fracassadas, obstáculos frustrantes e, finalmente, uma descoberta”, escreveram os pesquisadores.

Outros serviços em risco

Serviços integrados ao Deep Research, como o Outlook, também poderiam ser afetados (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Um aspecto que chamou atenção é que, diferentemente da maioria dos ataques de injeção de prompts, o Shadow Leak foi executado diretamente na infraestrutura em nuvem da OpenAI. Isso fez com que a extração de dados ocorresse sem deixar rastros visíveis para as defesas tradicionais de segurança cibernética.

A Radware destacou ainda que a vulnerabilidade poderia afetar não apenas o Gmail, mas também outros serviços conectados ao Deep Research, como Outlook, GitHub, Google Drive e Dropbox.

De acordo com a empresa, “a mesma técnica pode ser aplicada a esses conectores adicionais para extrair dados empresariais altamente sensíveis, como contratos, notas de reunião ou registros de clientes”.

A falha foi comunicada à OpenAI em junho e já recebeu correção. Ainda assim, os pesquisadores reforçam que ataques desse tipo mostram como a evolução de agentes de IA traz benefícios, mas também abre novas superfícies de risco para usuários e empresas.

Com informações do The Verge
ChatGPT é testado em ataque para roubar dados do Gmail

ChatGPT é testado em ataque para roubar dados do Gmail
Fonte: Tecnoblog

Zoom terá avatares realistas de IA para videochamadas

Zoom terá avatares realistas de IA para videochamadas

Zoom já usa avatar de IA em vídeos curtos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Zoom lançará avatares realistas de IA para videochamadas, permitindo que usuários participem sem aparecer na câmera.
A ferramenta estará disponível para o Zoom Workplace em dezembro, com autenticações ao vivo para evitar fraudes e avisos de avatar de IA na tela.
O CEO Eric Yuan prevê um futuro com clones digitais de IA para participar de reuniões em nome dos usuários.

O aplicativo de reuniões Zoom anunciou uma ferramenta para criar um avatar realista do usuário com auxílio de inteligência artificial. A ideia é que ele funcione como um “filtro” em videochamadas, para que a pessoa possa participar sem a necessidade se arrumar.

Para criar o avatar, o usuário precisará tirar uma foto diretamente no app ou fazer o upload de uma imagem salva. Depois, o programa se encarregará de transformá-la em um modelo de vídeo.

O usuário, então, poderá participar da chamada como faria normalmente, mas em vez de sua imagem ser exibida, o que vai aparecer é o personagem de IA. Ele será capaz de reproduzir até mesmo movimentos e expressões faciais, bem como “vestir” diferentes roupas para ocasiões profissionais.

Segundo a desenvolvedora, o recurso deve ser disponibilizado para usuários da plataforma colaborativa Zoom Workplace em dezembro. O software terá “autenticações ao vivo pela câmera” para garantir que o usuário não esteja se passando por outra pessoa. Além disso, haverá um aviso na tela para indicar que a imagem se trata de um avatar de IA.

CEO do Zoom vislumbra um futuro com “clones de IA”

O Zoom aposta muito em inteligência artificial. Desde outubro de 2024, o aplicativo oferece uma ferramenta de avatares mais simples, que funciona apenas para mensagens curtas pré-gravadas, sem participar ao vivo das reuniões.

Um dos grandes entusiastas do assunto é Eric Yuan, CEO e fundador da empresa. Em maio de 2025, bem antes do anúncio da ferramenta, ele participou de uma reunião com investidores usando um avatar de IA.

Avatar de IA de Eric Yuan apresentou investimentos do Zoom em IA (imagem: reprodução)

E isso pode ser só o começo. Yuan acredita que, no futuro, as pessoas terão clones digitais, baseados em modelos personalizados de IA. Esses clones poderiam participar de reuniões e enviar ao humano um resumo do que foi discutido.

“Toda manhã, quando eu acordar, uma IA vai me dizer, ‘Eric, você tem cinco reuniões hoje. Você não precisa participar de quatro dessas cinco. Você só precisa participar de uma. Você pode mandar uma de suas versões digitais [para as outras reuniões]’”, explicou Yuan ao podcast Decoder em junho de 2024.

Enquanto os clones não chegam, pelo menos poderemos participar de videochamadas usando pijama, sem pentear o cabelo ou fazer a barba.

Com informações do Zoom, do Verge e do TechCrunch
Zoom terá avatares realistas de IA para videochamadas

Zoom terá avatares realistas de IA para videochamadas
Fonte: Tecnoblog

Microsoft vai forçar a instalação do 365 Copilot no Windows

Microsoft vai forçar a instalação do 365 Copilot no Windows

Microsoft 365 reúne Word, Excel e outros aplicativos de produtividade da empresa (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Microsoft vai instalar automaticamente o 365 Copilot em PCs com o pacote de apps do Microsoft 365.
A instalação começará a aparecer a partir de outubro, exceto na Área Econômica Europeia, onde a Microsoft precisou seguir regras locais.
O Copilot funcionará como hub central para recursos de IA no Microsoft 365, que abrange Word, Excel, PowerPoint e outros apps de produtividade.

A Microsoft confirmou que o 365 Copilot será instalado de forma automática em computadores Windows com o pacote de aplicativos do Microsoft 365. A medida começa a valer em outubro de 2025 para usuários fora da Área Econômica Europeia (EEA) e deve ser concluída até meados de novembro.

Segundo a companhia, o app do assistente de IA funcionará como um ponto central para acessar recursos de inteligência artificial integrados ao pacote de produtividade, que inclui Word, Excel e PowerPoint. Com a mudança, a empresa pretende facilitar a descoberta das funções do Copilot e ampliar o acesso a elas diretamente no Windows.

Instalação será automática

De acordo com a Microsoft, o 365 Copilot será incluído no menu Iniciar do Windows e estará habilitado por padrão. Apesar disso, administradores de TI poderão impedir a instalação automática por meio do Microsoft 365 Apps Admin Center, acessando as configurações de dispositivos e desmarcando a opção de habilitação do app.

A empresa também recomendou que equipes de suporte técnico e helpdesks corporativos sejam informados sobre a alteração antes do início da distribuição, para reduzir confusões e possíveis chamados de suporte. Outro detalhe é que, em alguns casos, o ícone do aplicativo já pode aparecer no menu Iniciar mesmo que o app já esteja presente no sistema, dando a impressão de que nada foi alterado.

O 365 Copilot será instalado em segundo plano, sem interromper o uso do dispositivo, e estará disponível no aplicativo web, desktop para Windows e macOS, além das versões para Android e iOS.

A imposição não será aplicada a países da Área Econômica Europeia, onde a Microsoft precisou adotar políticas diferentes devido às exigências regulatórias locais.

Por que a mudança?

Microsoft 365 Copilot será incluído no menu Iniciar do Windows (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Microsoft afirma que o motivo é simplificar o acesso aos recursos de IA do Microsoft 365 e incentivar seu uso no ambiente de trabalho. “Este aplicativo fornece um ponto centralizado para acessar experiências do Copilot e recursos com inteligência artificial em todo o Microsoft 365″, diz um comunicado da empresa. “A mudança simplifica o acesso ao Copilot e garante que os usuários possam descobrir e interagir facilmente com funcionalidades que aumentam a produtividade”.

Vale lembrar que não é a primeira ação desse tipo: no mês passado, a Microsoft anunciou que, até o fim de setembro, integrará agentes do Copilot diretamente na barra lateral do Edge e permitirá que administradores fixem o app na barra de tarefas do Windows.

Com informações da Microsoft e do Bleeping Computer
Microsoft vai forçar a instalação do 365 Copilot no Windows

Microsoft vai forçar a instalação do 365 Copilot no Windows
Fonte: Tecnoblog

Documento que defende uso ético da IA na educação cita fontes inexistentes

Documento que defende uso ético da IA na educação cita fontes inexistentes

IA não é tão confiável em contextos acadêmicos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O relatório “Education Accord” de Terra Nova e Labrador, no Canadá, cita pelo menos 15 fontes inexistentes, incluindo um filme fictício chamado “Schoolyard Games”.
Existe a suspeita de que a IA tenha sido usada na elaboração do documento, pois modelos de linguagem podem criar informações falsas, em um fenômeno conhecido como “alucinação”.
Especialistas expressam preocupações sobre a confiabilidade do documento devido às citações inventadas.

Um documento com planos educacionais do governo da província de Terra Nova e Labrador, no Canadá, está no centro de uma polêmica: pelo menos 15 fontes citadas como referências não existem, o que levanta suspeitas de que ferramentas de inteligência artificial foram usadas na escrita.

O relatório, intitulado “Education Accord”, tem mais de 400 páginas e levou 18 meses para ser elaborado. Ironicamente, entre suas sugestões de medidas pedagógicas, ele inclui a capacitação de alunos e educadores com “conhecimentos básicos de IA, incluindo ética, privacidade de dados e uso responsável da tecnologia”.

Quais são as fontes falsas no documento?

O documento cita um filme produzido pela National Film Board do Canadá chamado “Schoolyard Games”, mas, segundo a entidade, esse filme simplesmente não existe. Curiosamente, um filme com esse mesmo nome é mencionado em um guia de escrita da Universidade de Vitória (Canadá). É um exemplo fictício, para ensinar como formatar citações corretamente.

Documento inclui uso ético de IA entre recomendações pedagógicas (foto: Stocksnap/Pixabay)

Aaron Tucker, professor assistente da Universidade Memorial de Terra Nova, disse não ter conseguido encontrar várias fontes citadas, mesmo procurando no Google, na biblioteca da instituição e em outros bancos de dados acadêmicos.

“Se [o relatório] foi feito por IA, eu não sei, mas inventar fontes é um sinal revelador do uso de inteligência artificial”, diz Tucker, que pesquisa a história da tecnologia no Canadá.

Por que as fontes falsas levantam suspeitas sobre o uso de IA?

Chatbots de IA, apesar de suas capacidades impressionantes de escrita, pesquisa e programação, podem “alucinar”, termo usado para descrever quando um robô cria um resultado aparentemente coerente, mas falso. Um tipo comum é justamente inventar informações, e isso é ainda mais acentuado quando se trata de nomes de obras como livros, artigos, filmes e discos, entre outros.

Isso acontece porque a IA generativa se baseia em modelos de linguagem em larga escala (LLMs), que são treinados para reconhecer padrões em quantidades enormes de textos, mas nem sempre são capazes de identificar se uma informação é verdadeira ou não.

Ao pedir para uma IA listar artigos científicos, por exemplo, ela pode muito bem combinar palavras que geralmente se encaixam em um título de artigo científico, sem que aquele artigo realmente exista.

Esse tipo de problema não afeta apenas o meio acadêmico. A tecnologia também não é boa o suficiente para tarefas jurídicas, já que, da mesma forma, alucina na hora de citar leis, antecedentes e jurisprudências.

“Erros acontecem. Citações inventadas são uma situação totalmente diferente, que basicamente destrói a confiabilidade do material”, avalia Josh Lepawsky, professor que presidiu o conselho consultivo para elaboração do documento. Ele deixou o cargo em janeiro, dizendo que se tratava de um “processo cheio de falhas”, com recomendações “de cima para baixo”.

Karen Goodnough, professora da Universidade Memorial de Terra Nova e uma das responsáveis pelo material, disse à CBC News que seu grupo está investigando e verificando as referências.

Com informações da CBC News e do Ars Technica
Documento que defende uso ético da IA na educação cita fontes inexistentes

Documento que defende uso ético da IA na educação cita fontes inexistentes
Fonte: Tecnoblog

Microsoft testa IA no Windows 11 para editar imagens sem apps

Microsoft testa IA no Windows 11 para editar imagens sem apps

Windows 11 testa edições de imagem no Explorador de Arquivos (ilustração: Guilherme Reis/Tecnoblog)

Resumo

Microsoft está testando no Windows 11 o recurso Ações de IA, que permite editar imagens no Explorador de Arquivos.
A função permite remover fundo, desfocar e excluir objetos sem acessar apps.
Novidade já pode ser testada via programa Windows Insiders na Build 27938, mas ainda não há previsão de chegada à versão estável do sistema.

A Microsoft começou a testar novos recursos de inteligência artificial integrados ao Explorador de Arquivos do Windows 11. A novidade, batizada de Ações de IA, permite que os usuários realizem edições em imagens diretamente pelo menu (acessado com o botão direito do mouse), sem a necessidade de abrir um aplicativo.

Com a nova função, ao clicar com o botão direito em um arquivo de imagem (JPG, JPEG ou PNG), o usuário terá opções como remover o fundo, apagar objetos ou aplicar um efeito de desfoque.

Segundo a Microsoft, a ideia é que a IA permita “interagir mais profundamente com seus arquivos”, aproveitando ferramentas de edições e funcionalidades do Copilot sem interromper o que o usuário está fazendo.

Participantes do programa Windows Insiders com a Build 27938 instalada receberão o recurso gradualmente. Ainda não há previsão de quando a funcionalidade chegará para todos os usuários da versão estável do Windows 11.

Como funcionam as Ações de IA?

De acordo com a publicação da Microsoft, as Ações de IA devem otimizar o fluxo de trabalho dos usuários. A lista completa de ações testadas também inclui uma ferramenta para realizar uma busca reversa de imagens utilizando o Bing.

Para acessar as novas funções, o usuário só precisa clicar com o botão direito do mouse em uma imagem compatível e selecionar a opção “Ações de IA”. A partir daí, basta escolher a edição desejada. Entre elas estão funções que muitos usuários, hoje, já recorrem a sites na internet, como remover o fundo, ferramenta de desfoque e apagar objetos da imagem.

Ações de IA serão feitas diretamente pelo menu (imagem: reprodução/Microsoft)

Junto com as “Ações de IA”, a build de testes do Windows 11 também introduz um novo menu em Configurações > Privacidade e segurança > Geração de texto e imagem. Nessa área, os usuários poderão ver quais aplicativos de terceiros utilizaram recentemente os modelos de IA generativa do Windows e controlar quais deles têm permissão para usá-los, oferecendo mais transparência e controle sobre o uso da tecnologia.

Windows tenta emplacar IA

A maior integração do Windows e outros serviços da Microsoft com IA vem sendo testada há alguns meses. Em maio, a Microsoft já havia anunciado novos agentes de IA para os PCs Copilot+ equipados com Snapdragon, capazes de alterar configurações do Windows a partir de comandos de linguagem natural. Já no mês passado, Pavan Davuluri, chefe da divisão, previu que a interação do usuário com o sistema operacional deve depender menos do mouse e teclado no futuro.

Mas nem tudo são flores e alguns investimentos em IA pela empresa acabaram gerando críticas. Neste ano, por exemplo, a empresa lançou o Windows Recall, uma ferramenta exclusiva de PCs Copilot+ que faz capturas de tela frequentemente para criar índices de navegação do usuário. Entretanto, desde o anúncio em 2024, especialistas em segurança digital e desenvolvedores criticam a nova empreitada da big tech, sugerindo possíveis violações de dados sensíveis.

Por outro lado, ferramentas de IA para edição de imagens são sempre bem recebidas pelos usuários. Em agosto, o Google, concorrente da Microsoft neste cenário, anunciou o lançamento do modelo nano banana para o Gemini, que permite editar imagens (incluindo remover fundo e objetos na imagem) mantendo a consistência dos elementos da foto.

Com informações de Bleeping Computer
Microsoft testa IA no Windows 11 para editar imagens sem apps

Microsoft testa IA no Windows 11 para editar imagens sem apps
Fonte: Tecnoblog

Circule para Pesquisar, do Google, ganha tradução contínua ao rolar a tela

Circule para Pesquisar, do Google, ganha tradução contínua ao rolar a tela

Circle to Search vem recebendo atualizações constantes (imagem: divulgação)

Resumo

O Google atualizou o Circule para Pesquisar no Android, permitindo tradução contínua ao rolar a tela.
A função é ativada pressionando o botão de início e selecionando “rolar e traduzir”.
A atualização começa nos dispositivos Galaxy da Samsung, com expansão gradual para outros.

O Google anunciou uma melhoria na ferramenta Circule para Pesquisar, que facilita a busca por informações a partir de gestos como circular, destacar ou tocar na tela do celular. A novidade está na tradução: agora os usuários poderão ver o conteúdo traduzido de forma contínua enquanto rolam a página ou alternam entre aplicativos.

Segundo a empresa, a tradução é uma das funções mais utilizadas dentro da ferramenta, especialmente em contextos como postagens de redes sociais escritas em outro idioma ou consultas rápidas a cardápios durante viagens. Até então, era necessário reiniciar o processo toda vez que o usuário avançava na página ou mudava de tela.

O que muda com a atualização?

Com a mudança, basta manter pressionado o botão de início ou a barra de navegação para ativar o Circule para Pesquisar, tocar no ícone “Traduzir” e selecionar a opção “rolar e traduzir”. Assim, o conteúdo é traduzido sem interrupções, inclusive quando o usuário passa de uma foto para outra em aplicativos como o Instagram.

A atualização começa a ser liberada esta semana para smartphones com sistema Android, inicialmente em alguns modelos da linha Galaxy, da Samsung. Outros dispositivos devem receber o recurso no futuro, de forma gradul..

Vale lembrar que o Circle to Search (na nomenclatura em inglês) é o recurso de inteligência artificial mais utilizado nos smartphones da Samsung, o que reforça a importância dessa melhoria para o público da marca.

Circle to Search do Google ganha nova atualização (imagem: divulgação/Google)

O que mudou no Circle to Search?

Desde que foi lançado, em 2024, o Circule para Pesquisar vem recebendo atualizações frequentes. No Unpacked de julho, por exemplo, o Google apresentou interações rápidas com números de telefone, links e endereços de email exibidos na tela.

Meses depois, a empresa ampliou a integração com o chamado modo de IA da busca, que permite explorar assuntos complexos e fazer perguntas adicionais sobre um assunto.
Circule para Pesquisar, do Google, ganha tradução contínua ao rolar a tela

Circule para Pesquisar, do Google, ganha tradução contínua ao rolar a tela
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: A parceria entre Claro e ChatGPT para promover IA no Brasil

Exclusivo: A parceria entre Claro e ChatGPT para promover IA no Brasil

Novos clientes da Claro terão acesso ao ChatGPT Plus (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Claro e OpenAI anunciam hoje uma parceria que trará o ChatGPT Plus gratuitamente para alguns clientes da operadora, por meio de vouchers.
O ChatGPT será incluído no Extra Play, a franquia adicional de internet móvel da Claro, para tornar a tecnologia acessível aos usuários.
A popularidade do ChatGPT no Brasil é crescente, com o país ocupando o top 3 global em termos de uso da ferramenta.

A Claro e a OpenAI anunciaram uma parceria que prevê benefícios especiais para os clientes da operadora de telefonia no uso do ChatGPT. A prestadora passará a considerar essa tecnologia como parte do Extra Play, franquia de internet móvel distinta da navegação tradicional. Hoje, as redes sociais já fazem parte dela.

Além disso, a Claro também tem planos de liberar a versão paga do ChatGPT, chamada de ChatGPT Plus, de graça para parte dos clientes. Isso deve ocorrer por meio de um voucher com duração de alguns meses.

Clientes de pós-pago combinado com fibra ótica terão quatro meses de acesso sem custo adicional.

Hoje, uma assinatura assim custa US$ 20, o que equivale a cerca de R$ 110.

Os demais detalhes serão anunciados num evento na manhã de hoje em São Paulo.

O CMO da Claro, Marcio Carvalho, nos conta que as duas empresas estabeleceram “uma relação de confiança” desde o início das conversas. Ambas estão “comprometidas em fazer a parceria dar certo”, o que inclui o esforço mercadológico.

Marcio Carvalho é CMO da Claro (foto: divulgação)

Ele também diz que o movimento conjunto dá mais “conforto” para que os clientes da Claro utilizem uma ferramenta digital que só cresceu nos últimos dois anos. De acordo com o CMO, as pessoas ainda estão se acostumando com a inteligência artificial generativa e descobrindo o que o ChatGPT é capaz de fazer.

O Brasil rapidamente se tornou um mercado com grande relevância para o ChatGPT, já que aqui são enviados 140 milhões de mensagens por dia. Estamos no top 3 global, segundo estimativa da própria OpenAI.

Os principais usos da ferramenta são redação e comunicação (20%); aprendizado e capacitação (15%); e programação, ciência de dados e matemática (6%).

Exclusivo: A parceria entre Claro e ChatGPT para promover IA no Brasil

Exclusivo: A parceria entre Claro e ChatGPT para promover IA no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Galaxy Tab S10 Lite é lançado no Brasil com S Pen na caixa por R$ 2.799

Galaxy Tab S10 Lite é lançado no Brasil com S Pen na caixa por R$ 2.799

Aparelho apareceu em vazamentos diversos nos últimos meses (imagem: divulgação/Samsung)

Resumo

O Galaxy Tab S10 Lite foi lançado no Brasil com preços a partir de R$ 2.799, disponível nas versões Wi-Fi e 5G.
Conta com chip Exynos 1380 e bateria de 8.000 mAh.
O tablet tem tela de 10,9 polegadas com 90 Hz, S Pen, capa protetora, Android 15, e oferece conectividade por Wi-Fi 6, Bluetooth 5.3 e suporte a 5G.
Disponível nas cores cinza e vermelho.

Fim do mistério: a Samsung anunciou oficialmente, nesta segunda-feira (1º), o lançamento do Galaxy Tab S10 Lite por preços a partir de R$ 2.799 no Brasil. O novo tablet intermediário da marca chega para suceder o popular Tab S6 Lite e, como os rumores indicavam, aposta em recursos de inteligência artificial.

Entre as principais especificações do dispositivo estão a tela de 10,9 polegadas com suporte a 90 Hz, o processador Exynos 1380 e a bateria de 8.000 mAh. O tablet já vem com a caneta S Pen e uma capa protetora, além de rodar o sistema Android 15 de fábrica.

O anúncio confirma uma série de vazamentos que vinham ocorrendo desde julho. O aparelho aparecia em certificações e vazamentos desde julho e, em meados de agosto, o Tecnoblog noticiou com exclusividade a homologação na Anatel da versão 5G, o que já liberava a comercialização no país.

Design familiar e tela fluida

Galaxy Tab S10 Lite possui tela de 10,9 polegadas e conjunto básico de câmeras (imagem: reprodução/Xpertpic)

O Galaxy Tab S10 Lite mantém a identidade visual de outros produtos da linha, com um corpo fino, de apenas 6,6 mm de espessura, e peso de 524 gramas. No Brasil, estará disponível em duas opções de cores: Cinza e Vermelho.

A parte frontal traz um painel TFT de 10,9 polegadas, com resolução de 2112 x 1320 pixels e taxa de atualização de 90 Hz. Para melhorar a visualização em diferentes ambientes, a Samsung inclui o recurso Vision Booster, que ajusta brilho e contraste automaticamente, alcançando picos de até 600 nits em locais externos.

Já o conjunto de câmeras segue o padrão básico de tablets intermediários: uma traseira de 8 MP, sem flash, e uma frontal de 5 MP. Ainda assim, o dispositivo suporta gravação de vídeos em Full HD a 30 FPS.

Ficha técnica tem Exynos 1380

O hardware do Tab S10 Lite confirma a maior parte dos rumores. Ele é equipado com o processador Exynos 1380, o mesmo do Galaxy Tab S9 FE, e oferece duas opções de memória e armazenamento: 6 GB de RAM com 128 GB de espaço e 8 GB de RAM com 256 GB. Ambas suportam microSD de até 2 TB.

A bateria, por sua vez, tem capacidade de 8.000 mAh, conforme adiantado por documentos da FCC dos EUA. Um ponto de atenção está no carregamento: embora rumores apontassem suporte a 45 W, o tablet aceita no máximo 25 W, e a Samsung inclui na caixa um carregador de apenas 15 W.

O tablet já vem com Android 15 e oferece conectividade atual, incluindo Wi-Fi 6, Bluetooth 5.3 e versão com suporte a 5G.

Galaxy AI segue como atrativo

Samsung segue apostando em seus recursos de IA (imagem: divulgação/Samsung)

Mais do que apenas o hardware, a Samsung aposta nas funcionalidades do Galaxy AI, o pacote de inteligência artificial da marca. Entre os destaques, está o Circule para Pesquisar com o Google, que permite buscar informações sobre qualquer coisa na tela de forma rápida.

A S Pen, que já acompanha o produto, tem sua utilidade ampliada por ferramentas de IA no Samsung Notes, como o Assistente de Caligrafia, que ajuda a organizar anotações manuscritas, e o Assistente Matemático, capaz de resolver equações.

A Samsung também destaca a integração com o ecossistema Galaxy, permitindo que o tablet funcione como uma segunda tela para notebooks da linha Galaxy Book ou que seja controlado pelo mesmo mouse e teclado, graças ao recurso Multicontrole.

Preço do Tab S10 Lite e disponibilidade

As versões 5G e Wi-Fi do Galaxy Tab S10 Lite estão disponíveis no Brasil a partir de hoje, diretamente no site oficial da Samsung. Estes são os preços divulgados pela fabricante:

128 GB (Wi-Fi): R$ 2.799

128 GB (5G): R$ 2.999

256 GB (Wi-Fi): R$ 3.199

256 GB (5G): R$ 3.399

As entregas estão programadas para começar no dia 5 de setembro.
Galaxy Tab S10 Lite é lançado no Brasil com S Pen na caixa por R$ 2.799

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Fonte: Tecnoblog