Category: Inteligência Artificial

Microsoft libera GPT-4 Turbo no Copilot gratuito

Microsoft libera GPT-4 Turbo no Copilot gratuito

Microsoft Copilot, IA generativa de busca da Microsoft, agora tem o GPT mais avançado da OpenAI (Imagem: Reprodução/Microsoft)

A Microsoft liberou o modelo de linguagem GPT-4 Turbo para o Copilot, sua IA generativa de busca. A informação foi confirmada por Mikhail Parakhin, diretor de serviços e propaganda da big tech, em sua conta no X/Twiter. O GPT-4 Turbo é o modelo de linguagem grande (LLM, sigla em inglês) usado pelo ChatGPT Plus, versão paga da IA da OpenAI.

Com essa novidade, usuários do Bing e do Copilot passam a ter acesso gratuito a versão mais atualizada da LLM GPT. O GPT-4 Turbo promete resultados melhores nas respostas e resoluções de tarefas. Mas a maior vantagem é para a Microsoft, já que o consumo de energia desse LLM é menor que a versão GPT-4.

Usuários podem escolher qual versão usar

Copilot só confirma uso de GPT-4 Turbo se você perguntar com jeitinho; se perguntar qual LLM ele usa, ele não responde (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Mikhail Parakhin explicou em sua publicação no X/Twitter que os usuários do Copilot poderão selecionar qual versão do LLM GPT querem usar. Em resposta a um usuário, Parakhin informou que o GPT-4 Turbo está disponível para os estilos de conversa Criativo e Preciso. Quem quiser usar a versão não-Turbo, basta seguir com as conversas no estilo Equilibrado.

Antes de liberar o GPT-4 Turbo para os usuários gratuitos, apenas os assinantes do Microsoft 365 tinham acesso a esse modelo de linguagem. A assinatura custa R$ 110/mês e dá acesso ao Copilot Pro.

Fora uma LLM mais avançada, esta versão paga da IA conta com recursos extras para atividades profissionais e pode ser acessado diretamente dos programas da Microsoft, como o Word ou Excel.

O GPT-4 Turbo chamou a atenção no fim de dezembro, quando usuários passaram a reclamar de uma “preguiça” da IA. Este LLM tem uma capacidade de processamento de respostas quatro vezes maior que a versão não-Turbo. Sua base de conhecimento é a mais atualizada, contendo informações até dezembro de 2023.

Com informações: NeoWin
Microsoft libera GPT-4 Turbo no Copilot gratuito

Microsoft libera GPT-4 Turbo no Copilot gratuito
Fonte: Tecnoblog

Google treina IA para jogar videogame como um ser humano comum

Google treina IA para jogar videogame como um ser humano comum

Agente de IA Sima não é treinado para vencer jogos, diz Google DeepMind (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Google DeepMind, braço da empresa dedicado à pesquisa em inteligência artificial, revelou o agente de IA Sima, treinado para aprender a jogar videogames e entender comandos em linguagem natural. A ideia é que o jogador humano tenha um parceiro virtual para comandar um personagem secundário.

Sima é uma sigla em inglês para “agente escalável, ensinável e multimundo”. O agente que leva este nome pode usar inteligência artificial para aprender a jogar qualquer jogo, mesmo os de mundo aberto ou sem um caminho linear. Além de entender instruções em linguagem natural, ele consegue reconhecer imagens e compreender cenários em 3D.

Sima consegue pular cercas, pegar objetos, cortar árvores e disparar em alvos (Imagem: Reprodução / Google DeepMind)

O Google não tem intenção de usar o Sima para substituir adversários ou inimigos nos games. Na verdade, a ideia é que ele sirva como um companheiro para os jogadores humanos, controlando personagens secundários.

IA executa tarefas básicas em games

“O Sima não é treinado para vencer, mas sim para entender o jogo e fazer o que você pede”, diz Tim Harley, pesquisador do Google DeepMind. O agente consegue executar cerca de 600 tarefas básicas, como virar, subir escadas ou abrir menus. É diferente das IAs capazes de vencer campeões mundiais, por exemplo.

Parte do treinamento da IA foi feita com vídeos de gameplay gravados por humanos, acompanhados por descrições em linguagem natural do que estava acontecendo na tela. Estes clipes eram curtos, com menos de 10 segundos, para não tornar a tarefa muito complexa para o robô.

Ele entende, por exemplo, que “siga em frente” quase sempre significa apertar o botão “W” do teclado, porque esta tecla faz o personagem andar para frente em muitos jogos. Até mesmo algumas tarefas mais complexas foram executadas com sucesso, como “vá até a nave”.

O Sima foi testado com No Man’s Sky, Teardown, Valheim e Goat Simulator 3, entre outros jogos. Segundo o Google, o agente não precisa de uma API ou de acesso ao código do game para jogá-lo; ele usa apenas as imagens do jogo para saber o que fazer. “Este é o modelo que os humanos usam para jogar videogame há 50 anos”, dizem os pesquisadores.

Com informações: Google DeepMind, Ars Technica, The Verge
Google treina IA para jogar videogame como um ser humano comum

Google treina IA para jogar videogame como um ser humano comum
Fonte: Tecnoblog

Midjourney bane contas ligadas ao Stable Diffusion após caso de botnet

Midjourney bane contas ligadas ao Stable Diffusion após caso de botnet

Midjourney acusa rival do ramo de IA generativa de imagens de data scraping (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Midjourney, empresa criadora de uma IA generativa de imagem, acusa a sua concorrente Stability AI de organizar uma operação de data scraping (raspagem de dados) em seu serviço. Segundo a Midjourney, a sua rival, desenvolvedora do Stable Diffusion, utilizou uma botnet para coletar dados de prompts e imagens geradas pela sua IA. A ação de data scraping, ocorrida no dia 6 de março, causou uma queda dos serviços por quase 24 horas.

Uma investigação interna da Midjourney aponta que o ataqueda botnet foi realizada por duas contas ligadas a funcionários da Stability AI. Como consequência dessa investigação, todos os perfis dos empregados da concorrente foram banidos por tempo indeterminado do Midjourney. A empresa também atualizou sua política de uso, incluindo que funcionários de concorrentes serão banidos em casos de “automação agressiva” ou causar queda do serviço.

Stability AI se defende das acusações

Midjourney apontou o dedo para a Stability AI, que se pronunciou sobre o caso (Imagem: Vitor Pádua & Midjourney/Tecnoblog)

No X/Twitter, Emad Mostaque, CEO da Stability AI, se defendeu da acusação dizendo que a empresa não ordenou nenhuma ação contra a Midjourney. Mostaque ainda informou que a sua companhia abriu uma investigação interna sobre o caso. O CEO da Stability aproveitou a situação para destacar que o modelo SD3, usado pelo Stable Diffusion, é o melhor do mercado — em outras palavras, disse que não teria por que raspar dados de um serviço pior.

David Holz, fundador do Midjourney, respondeu a Mostaque no X/Twitter, comunicando que enviara informações para ajudá-lo na investigação interna.

O suposto ataque de botnet ao Midjourney ocorreu no dia 2 de março, derrubando a IA por quase 24 horas. Já no dia 6, a empresa publicou uma nota em seu Discord informando que a causa da queda era um ataque originário de contas pagas. Nessa nota, a Midjourney já acusava funcionários da Stability AI.

Com informações: The Verge
Midjourney bane contas ligadas ao Stable Diffusion após caso de botnet

Midjourney bane contas ligadas ao Stable Diffusion após caso de botnet
Fonte: Tecnoblog

Projeto brasileiro é finalista de concurso no SXSW 2024

Projeto brasileiro é finalista de concurso no SXSW 2024

Projeto criado por instituto brasileiro faz tradução em tempo real da Língua Brasileira de Sinais (Imagem: Divulgação/CESAR)

O Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR), um centro de inovação sem fins lucrativos, chegou à final da premiação de Inteligência Artificial da SXSW 2024 — um dos principais eventos de inovação, cultura tech e mídia do mundo. Em parceria com a Lenovo, o CESAR desenvolveu um tradutor simultâneo de LIBRAS, a Língua Brasileira de Sinais. Neste ano, o SXSW (sigla para South by Southwest) será realizado entre 8 e 16 de março.

A tecnologia do tradutor simultâneo do CESAR identifica e contextualiza os gestos da linguagem de sinais. Com isso, pode traduzir o que foi comunicado pela pessoa e entregar o conteúdo em texto ou em áudio. Tudo em português, claro, já que LIBRAS é uma linguagem de sinais do país. Cada nação conta com sua própria língua gestual.

Projeto teve 5 anos de desenvolvimento

Desenvolvimento da tecnologia demorou cinco anos e teve apoio da Lenovo (Imagem: Divulgação/CESAR)

Como explicou o CESAR no comunicado à imprensa, o desenvolvimento do tradutor simultâneo de linguagem de sinais levou cinco anos. A Lenovo, fabricante chinesa de eletrônicos, foi uma das parceiras do projeto e injetou US$ 4 milhões (R$ 19 milhões) na sua criação. A tecnologia desenvolvida pelo CESAR é o único case latino-americano a chegar na fase final das premiações do SXSW 2024.

Estamos muito felizes pelo reconhecimento deste projeto, que tem um papel tão especial para a inclusão de pessoas com deficiência. Nosso objetivo sempre foi trazer inovação de ponta para nossos parceiros e contribuir significativamente para a aprimoração e inovação de produtos e serviços, por meio do uso da tecnologia.Eduardo Peixoto, CEO do CESAR.

Tecnologia é mais uma a ampliar acessibilidade

O projeto do CESAR é mais uma tecnologia voltada para aumentar a acessibilidade para brasileiros que dependem da LIBRAS para se comunicar. Segundo o último censo do IBGE, 5% da população do Brasil possui alguma deficiência, sendo que 2,7 milhões possuem surdez profunda.

Para quem ficou interessado em outros recursos voltado para o aprendizado da LIBRAS, apps como Hand Talk ou a página do dicionário da LIBRAS, desenvolvido pelo INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) podem ajudá-lo a aprender gestos para o dia a dia.
Projeto brasileiro é finalista de concurso no SXSW 2024

Projeto brasileiro é finalista de concurso no SXSW 2024
Fonte: Tecnoblog

Gemini: Google pausa ferramenta de IA após críticas

Gemini: Google pausa ferramenta de IA após críticas

Gerador de imagens do Gemini foi suspenso com menos de um mês desde o seu lançamento (Imagem: Divulgação/Google)

O Google decidiu interromper a ferramenta de geração de imagens de pessoas do Gemini, sua inteligência artificial generativa. O motivo são os erros historicamente imprecisos de algumas ilustrações e as subsequentes críticas dos usuários.

Por exemplo, um prompt de “soldados alemães na segunda guerra” resultou em artes com soldadas asiáticas. Também apresentou pessoas não brancas num comando relacionado aos chamados Founding Fathers dos Estados Unidos, ou seja, os principais líderes políticos da declaração da independência. Eram todos homens e brancos.

Google está trabalhando em solução

Em teste, Gemini gerou imagem imprecisa de soldados da Alemanha na Segunda Guerra Mundial (Imagem: Reprodução/TheVerge)

Ao interromper a ferramenta que cria imagens de pessoas no Gemini, o Google também informou que está trabalhando para resolver a situação. A big tech comentou que espera que o serviço esteja de volta em breve.

Quem quiser gerar imagens de outros assuntos, como paisagens, cenários, produtos ou retomar a moda das versões Pixar, pode seguir usando o Gemini sem problemas.

O gerador de imagens do Gemini foi lançado em fevereiro de 2024, pouco antes da empresa adotar o novo nome e encerrar de vez o Bard. Ele é a resposta do Google para os serviços fornecidos pela OpenAI e Microsoft.

A primeira é criadora do Dall-E, enquanto a big tech fundada por Bill Gates usou a parceria com a OpenAI para levar a criação por IA de imagens ao Copilot (antigo Bing Chat).

A decisão desta quinta-feira (dia 22/02) é um contratempo na corrida do Google para ganhar espaço no segmento.

Com informações: The Verge
Gemini: Google pausa ferramenta de IA após críticas

Gemini: Google pausa ferramenta de IA após críticas
Fonte: Tecnoblog

Especialistas querem interruptor físico para desligar as IAs

Especialistas querem interruptor físico para desligar as IAs

Pesquisadores propõem a criação de kill switches para inteligências artificiais (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Um grupo de pesquisadores publicou nesta semana um artigo no qual defendem um interruptor físico para desligar inteligências artificiais. O paper, publicado pela célebre Universidade de Cambridge, tem entre seus autores alguns membros da OpenAI, criadora do ChatGPT e principal empresa do ramo de IA generativa. A ideia dos cientistas é que o hardware dessa tecnologia conte com elementos físicos para interromper seu funcionamento — se necessário.

A proposta dos pesquisadores pode ser comparada como um kill switch para IA. Kill switch é o nome dado para botões ou outros mecanismos de segurança que desligam uma máquina em caso de emergências. Por exemplo, aquele grampo de esteiras das academias que devem ser presas a camiseta. Caso o corredor caia, o grampo puxa o cordão e desliga a máquina.

Kill switch para IAs é defendida até por membros da OpenAI

Entre os 19 autores do artigo, cinco são integrantes da OpenAI. A empresa é, na atualidade, a principal referência em inteligência artificial. A popularidade do ChatGPT e seus recursos, ainda que suscetível à falha e “preguicite”, cresceu rapidamente após o seu lançamento no fim de 2022 — seguido de uma queda em junho de 2023.

Cinco integrantes da OpenAI estão entre os 19 autores do artigo (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Essa ascensão do ChatGPT gerou uma corrida de IAs generativas e levantou o debate sobre possíveis riscos dessa tecnologia. Google lançou o Gemini (que antes se chamava Bard), a Meta lançou IA generativa para figurinhas, ferramentas de criação de fotos e vídeos estão ganhando mais espaço, Elon Musk saiu às compras para lançar sua própria IA, Samsung estreou a Galaxy AI na linha Galaxy S24, Tim Cook falou de IA no iPhone — você já deve ter entendido.

A proposta dos pesquisadores para solucionar possíveis problemas de segurança é incluir kill switches diretamente no hardware da IA. No artigo, os cientistas destacam que como há poucas fornecedoras de GPU (para não dizer que é basicamente a Nvidia nesse segmento), ficaria fácil controlar quem tem acesso a essa tecnologia, o que facilita também identificar o mal uso de IAs.

Pelo artigo, temos a impressão de que os pesquisadores defendem que é fácil aplicar o mecanismo de kill switch nas GPUs. Os cientistas sugerem que o botão de segurança no hardware permitirá que órgãos reguladores o ativem se identificarem alguma violação. Além do mais, o próprio kill switch poderia se ativar em caso de mal uso.

Os autores propõem também uma licença de operação para as empresas, que deveria ser renovada periodicamente para autorizar a pesquisa e desenvolvimento de IA — nada diferente do que ocorre com alvarás. Sem renovação, o sistema seria interrompido. Obviamente, essas propostas de controle remoto trazem outro risco: elas viram alvos de ciberataques.

Com informações: The Register
Especialistas querem interruptor físico para desligar as IAs

Especialistas querem interruptor físico para desligar as IAs
Fonte: Tecnoblog

Sora: OpenAI anuncia IA que transforma texto em vídeo de até 1 minuto

Sora: OpenAI anuncia IA que transforma texto em vídeo de até 1 minuto

Cena criada usando Sora é realística e rica em detalhes (Imagem: Reprodução/OpenAI)

A OpenAI anunciou sua primeira ferramenta para criação de vídeos de até um minuto de duração a partir de texto, chamada Sora. Segundo a empresa, esta inteligência artificial é capaz de gerar “cenas complexas com vários personagens” e “detalhes precisos do sujeito e do plano de fundo”.

A Sora deverá concorrer com modelos similares de Google (Lumiere) e Meta (Make-A-Video). Todos eles estão em fase de testes e não foram liberadas para os usuários.

A OpenAI promete que sua IA conseguirá criar personagens convincentes, que expressam emoções vibrantes — se a Sora realmente conseguir fazer isso, ela já está melhor que vários atores.

Na página do modelo, a OpenAI diz que a Sora tem a habilidade de entender o que o usuário pediu e compreende como as coisas mencionadas no texto “existem no mundo físico”. Além disso, ela cria várias cenas em um único vídeo, mantendo os personagens e o estilo visual.

Imagens com qualidade reduzida
Os vídeos da OpenAI foram convertidos para GIF e otimizados. Eles estão neste texto apenas para fins ilustrativos. Se você quiser ver com a qualidade original, acesse a página do modelo.

Modelo da OpenAI cria vídeo no estilo desejado pelo usuário (Imagem: Reprodução/OpenAI)

O site da OpenAI traz alguns vídeos de demonstração. Os resultados são bastante detalhados, visualmente satisfatórios e, quando exigido, realísticos.

Os prompts altamente específicos chamam a atenção. Um dos vídeos foi feito a partir do pedido de um zoom no olho de uma mulher de 24 anos, filmado em 70 mm, com cores vivas, durante a golden hour em Marrakech (Marrocos).

Em outro, o texto descrevia uma cena com um homem de 60 anos ponderando a história do Universo em um café de Paris (França), com o sujeito dando um sorriso discreto ao achar uma resposta para o mistério da vida.

Sora é capaz de seguir prompts bastante detalhados (Imagem: Reprodução/OpenAI)

Sora tem problemas típicos de IA

Nem tudo está funcionando perfeitamente, porém. A OpenAI admite que a Sora tem dificuldades em simular a parte física de uma cena complexa e nem sempre entende corretamente causas e efeitos. “Por exemplo, uma pessoa pode dar uma mordida em um biscoito, mas depois disso, o biscoito pode estar sem uma marca de mordida”, diz a página.

Outros problemas conhecidos são confusões espaciais, como trocar esquerda e direita, e entender eventos que ocorrem no decorrer do tempo, como seguir a trajetória de uma câmera.

Sora faz lobos surgirem e desaparecerem enquanto brincam (Imagem: Reprodução/OpenAI)

A OpenAI colocou em seu site alguns exemplos dos problemas. Há movimentos fisicamente implausíveis, animais e pessoas surgindo espontaneamente, uma bola de basquete atravessando o aro e furando a rede da cesta, uma cadeira de plástico excessivamente flexível e uma senhora que não consegue apagar as velas de seu bolo de aniversário.

A Sora ainda não vai funcionar em nenhum produto da OpenAI. Por enquanto, ela estará disponível apenas aos red teamers da empresa, que vão testar riscos e perigos. Artistas visuais, cineastas e designers também terão acesso à ferramenta para fazer comentários.

Com informações: OpenAI, Axios
Sora: OpenAI anuncia IA que transforma texto em vídeo de até 1 minuto

Sora: OpenAI anuncia IA que transforma texto em vídeo de até 1 minuto
Fonte: Tecnoblog

Mozilla anuncia leva de demissões e foco em IA com troca de CEO

Mozilla anuncia leva de demissões e foco em IA com troca de CEO

Mozilla anuncia uma reestruturação e mudança de foco em seus negócios (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Mozilla, empresa famosa pelo navegador Firefox, publicou um memorando para os seus funcionários no qual anuncia uma reestruturação. No texto, a empresa explica que, além de demitir umas dezenas de funcionários, cortará investimentos em alguns segmentos e juntará equipes para acelerar o desenvolvimento de sua IA generativa. As mudanças ocorrem dias depois do anúncio de Laura Chambers para o cargo de CEO na Fundação Mozilla.

Parte dessa reestruturação envolve a demissão de aproximadamente 60 funcionários. O número é “pequeno” quando comparado com os desligamentos das big techs, representa 5% do quadro de funcionários da Mozilla. No entanto, se o caso fosse no Brasil, já se enquadraria em demissão massa — cuja definição é o desligamento de vários funcionários ao mesmo tempo pelo mesmo motivo.

Na semana passada, a Mozilla contratou Laura Chambers para o cargo de CEO. Chambers passou por cargos de liderança no Airbnb e eBay. Antes de se tornar CEO na companhia, Chambers integrava o conselho da Mozilla.

Mozilla une equipes para desenvolvimento de IA

Mozilla.ai é um dos investimentos da empresa em inteligência artificial (Imagem: Reprodução/Mozilla)

No comunicado aos funcionários, a empresa revela que as equipes responsáveis pelo Pocket, Content e AI/Machine Learning serão unidas para apoiar o desenvolvimento da futura IA generativa do Firefox, navegador da Mozilla e seu produto mais conhecido. No memorando, publicado na íntegra pelo site TechCrunch, não fica claro se essa fusão trabalhará com a Fakespot, startups de IA adquirida pela Mozilla em 2023.

Além da Fakespot, a Mozilla criou a Mozill.ai, uma startup dentro da empresa. A Mozill.ai tem o objetivo de criar uma inteligência artificial de código aberto e “confiável” — no sentido de que não poderá ser usada para criar malwares ou conteúdo impróprio, como pornô deepfake. Até o momento, o Firefox só possui uma IA que apresenta análise de produtos em e-commerces.

Corte de gastos em outras áreas e fim do Hubs

A Mozilla divulgou no memorando que diminuirá os investimentos no mozilla.social (uma rede social dentro do Mastodon), na sua VPN, no Mozilla Relay (recurso de mascarar email) e Online Footprint Scrubber (ferramenta para remover pegadas digitais e anunciado na semana passada). Já o Hubs, um mundo virtual 3D acessado pelo navegador, será descontinuado.

Com informações: TechCrunch, AndroidHeadlines, Bloomberg e The Verge
Mozilla anuncia leva de demissões e foco em IA com troca de CEO

Mozilla anuncia leva de demissões e foco em IA com troca de CEO
Fonte: Tecnoblog

Microsoft testa inteligência artificial Copilot no Bloco de Notas

Microsoft testa inteligência artificial Copilot no Bloco de Notas

Copilot já é testado no Bloco de Notas do Windows 11 (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

As versões mais recentes do Windows 11 para usuários do programa de teste Windows Insider trazem uma atualização que introduz o Copilot no Bloco de Notas (Notepad). Com essa integração, o editor passa a ser capaz de explicar trechos de texto selecionados pelo usuário em uma linguagem amigável.

De certo modo, a novidade confirma o rumor de que o Notepad ganharia inteligência artificial. Soa como um exagero, afinal, a proposta do Bloco de Notas é ser um editor de textos leve e intuitivo. Nesse sentido, a lógica padrão é buscar um editor mais avançado, como o Word, se recursos mais avançados forem necessários.

Mas a proposta é interessante, pelo menos neste momento. O objetivo da atualização é permitir que o usuário acione o Copilot ao se deparar com um trecho de um texto que não compreende ou que lhe parece confuso.

O recurso pode ser útil se levarmos em conta que é comum logs de sistemas ou arquivos de instruções (muitas vezes chamados de “leiame.txt”) serem disponibilizados em formato TXT e, portanto, abrirem por padrão no Notepad.

Como o Copilot funciona no Bloco de Notas?

Basta selecionar o trecho de um texto no Bloco de Notas, clicar sobre a seleção com o botão direito do mouse e escolher a opção “Explain with Copilot” (“Explicar com o Copilot”). Uma alternativa é selecionar o texto e usar o atalho de teclado Ctrl + E.

De acordo com a Microsoft, a inteligência artificial da Microsoft analisará o trecho selecionado e apresentará uma explicação detalhada a respeito (pelo menos é o que se espera).

Copilot no Bloco de Notas do Windows 11 (imagem: divulgação/Microsoft)

Disponibilidade do Copilot no Bloco de Notas

No momento, o Copilot é um recurso experimental, disponível apenas nas versões mais recentes do Windows 11 nos canais Canary e Dev do programa Windows Insider.

A Microsoft alerta que existe um bug ainda não corrigido que torna o recurso indisponível para alguns participantes do programa. Se for o seu caso, é necessário aguardar.

Não há previsão sobre quando o Copilot chegará oficialmente ao Notepad, até porque a liberação de novos recursos costuma ocorrer apenas depois de a Microsoft avaliar o feedback dos testadores e implementar ajustes, se necessário.

O Copilot não deve ser a única novidade de inteligência artificial que o Bloco de Notas receberá. O rumor que surgiu em janeiro fala de um recurso chamado Cowriter que ajudaria o usuário a gerar textos. Só é preciso paciência: a Microsoft ainda não confirmou se tem mesmo planos para essa ferramenta.
Microsoft testa inteligência artificial Copilot no Bloco de Notas

Microsoft testa inteligência artificial Copilot no Bloco de Notas
Fonte: Tecnoblog

Nvidia quer desenvolver chips customizados para empresas de IA

Nvidia quer desenvolver chips customizados para empresas de IA

Nvidia chegou a US$ 1,7 trilhão de valor de mercado, impulsionada por crescimento da IA (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Nvidia está criando uma unidade de negócios para receber outras empresas e criar chips sob medida em parceria com elas. Este braço da companhia poderia atender necessidades do setor de inteligência artificial, mas também montadoras de automóveis, empresas de telecomunicações e fabricantes de consoles. As informações são da agência de notícias Reuters, que falou com nove fontes com conhecimento dos planos da Nvidia.

A nova unidade seria uma forma de proteger seus negócios de outras empresas, já que a demanda por chips customizados vem crescendo com a popularização da inteligência artificial generativa. Microsoft, Meta e Amazon, por exemplo, estão desenvolvendo componentes caseiros para atender a este tipo de tarefa. Chips criados pelas próprias empresas podem ser mais baratos e gastar menos energia, resolvendo dois problemas do setor de IA.

ChatGPT é um dos maiores exemplos de IA generativa (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Segundo a Reuters, duas fontes disseram que representantes da Nvidia se reuniram com Amazon, Meta, Microsoft, Google e OpenAI, além de empresas automotivas, de telecomunicações e de games. Em 2022, a Nvidia anunciou um programa para integrar tecnologias proprietárias de outras empresas a seus chips, como forma de criar soluções customizadas. Desde então, a companhia não falou mais sobre esse assunto.

A Nvidia teve um crescimento impressionante em 2023, graças ao aumento da demanda por chips para treinar e rodar modelos de inteligência artificial. Ela tem uma fatia de 80% do mercado de chips de topo de linha para IA. Com isso, a companhia chegou a US$ 1 trilhão de valor de mercado em junho de 2023 e não parou por aí. Atualmente, esta cifra está em US$ 1,73 trilhão, após um crescimento de 40% só em 2024.

OpenAI está em busca de investimentos para chips

De acordo com a Reuters, o mercado financeiro estima que o setor de chips customizados valia cerca de US$ 30 bilhões em 2023. O crescimento em 2024 deve ficar na casa dos US$ 10 bilhões, e em 2025, acelerar para aproximadamente US$ 20 bilhões.

Além das informações sobre a nova unidade de negócios da Nvidia, outra reportagem aponta que Sam Altman, CEO e cofundador da OpenAI, está em busca de investimentos entre US$ 5 trilhões e US$ 7 trilhões para aumentar a capacidade global de produção de chips para IA. A apuração foi feita pelo Wall Street Journal.

As cifras impressionam, já que superam a soma dos valores de mercado de Apple e Microsoft. Para isso, Altman teria se reunido até com autoridades dos Emirados Árabes Unidos. O executivo tem uma visão bastante ousada para o futuro da IA. Ele também investiu em startups de energia nuclear, na esperança de reduzir os custos para rodar modelos de IA.

Com informações: Reuters, The Wall Street Journal
Nvidia quer desenvolver chips customizados para empresas de IA

Nvidia quer desenvolver chips customizados para empresas de IA
Fonte: Tecnoblog