Category: Inteligência Artificial

ChatGPT terá acesso grátis a modelo de raciocínio o3-mini

ChatGPT terá acesso grátis a modelo de raciocínio o3-mini

ChatGPT(Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI lançou, nesta sexta-feira (31/01), o modelo de inteligência artificial o3-mini, e usuários do plano gratuito do ChatGPT poderão testar o recurso de pensamento lógico da ferramenta.

O o3-mini é a mais recente iteração da família “o” da empresa, dedicada a tecnologias que simulam a capacidade de raciocínio, prometendo se sair melhor em pedidos que envolvem programação, ciências e matemática. Segundo a companhia, o o3-mini deve ser mais “potente” e “acessível”.

ChatGPT poderá “pensar” antes de responder (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

A companhia anuncia seu novo modelo ao fim de uma semana em que a chinesa DeepSeek causou impacto no setor tecnológico, com a Nvidia perdendo quase US$ 600 bilhões de valor de mercado em um dia e a própria OpenAI acusando a DeepSeek de “destilar” seus modelos de IA.

Quem poderá usar o o3-mini?

A OpenAI vai liberar o modelo o3-mini para quase todos os usuários do ChatGPT nesta sexta (31/01). Quem não paga, porém, terá acesso limitado, apenas para conhecer o produto. Para isso, basta clicar no botão “Reason”.

A OpenAI destaca que é a primeira vez que um modelo de raciocínio é disponibilizado para clientes do plano grátis. Coincidência ou não, o DeepSeek também dá acesso gratuito ao R1, seu modelo de raciocínio lógico.

DeepSeek chegou ao topo das listas de apps mais baixados em janeiro de 2025 (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Assinantes dos planos pagos Plus e Team terão um limite maior de uso, com 150 pedidos por dia, e usuários do plano Pro ganharão uso ilimitado. Os pacotes Enterprise e Edu receberão o novo modelo apenas na semana que vem.

Para que serve o o3-mini?

A OpenAI diz que o o3-mini, assim como outros modelos de raciocínio, se saem melhor em tarefas que envolvem ciências, matemática e programação.

Assim como seu antecessor, o o1-mini, e concorrentes (como o DeepSeek R1), as IAs deste tipo simulam um pensamento lógico, checando se suas respostas estão corretas antes de apresentá-las ao usuário. Por isso, elas levam mais tempo para atender aos pedidos.

Quais são as novidades do o3-mini?

De acordo com a desenvolvedora do ChatGPT, em “questões difíceis do mundo real”, o o3-mini comete “grandes erros” com uma frequência 39% menor que o o1-mini, e produz respostas mais “claras” e 24% mais rápidas.

Outra diferença importante não é tecnológica, mas sim comercial. O acesso ao o3-mini via API será 63% mais barato que o de o1-mini, custando US$ 1,10 por milhão de tokens de entrada e US$ 4,40 de saída. Apesar disso, ainda são valores mais altos que os da DeepSeek, que cobra, respectivamente, US$ 0,14 e US$ 2,19.

Com informações da OpenAI, TechCrunch e Wired
ChatGPT terá acesso grátis a modelo de raciocínio o3-mini

ChatGPT terá acesso grátis a modelo de raciocínio o3-mini
Fonte: Tecnoblog

Google começa a liberar Gemini 2.0 Flash para todo mundo

Google começa a liberar Gemini 2.0 Flash para todo mundo

Google começa a liberar Gemini 2.0 Flash para todo mundo (imagem: divulgação/Google)

O Google finalizou janeiro liberando o modelo de inteligência artificial Gemini 2.0 Flash para todo mundo que usa o aplicativo móvel do Gemini ou a sua versão web. A nova versão promete ajudar o usuário a lidar melhor com tarefas que envolvem escrita ou aprendizado, por exemplo.

O Gemini segue uma dinâmica de funcionamento ligeiramente diferente na comparação com o ChatGPT, o Copilot ou o recém-chegado DeepSeek. Em linhas gerais, basta abrir esses serviços e começar a interagir com eles. O Gemini também é assim, mas dá mais abertura para que o usuário defina o modelo de IA que servirá de base para essa interação.

É aí que o Gemini 2.0 Flash entra em cena. Esse modelo não é tão avançado quanto as versões Pro, por exemplo, mas promete ser versátil o suficiente para as tarefas mais cotidianas.

Como usar o Gemini 2.0 Flash?

O Google está liberando o Gemini 2.0 Flash para todo mundo que usa o app do serviço no Android, iPhone ou, ainda, a sua versão web, automática e gratuitamente. É possível escolher o modelo no topo do aplicativo. Se a versão 2.0 ainda não aparece para você, é só aguardar pela atualização.

Gemini 2.0 Flash na versão web (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

A novidade vem para substituir o Gemini 1.5 Flash, embora a companhia afirme que essa versão, bem como o Gemini 1.5 Pro, ainda estarão disponíveis por algum tempo. Vale lembrar que o Google anunciou o Gemini 2.0 Flash em dezembro de 2024, mas em fase experimental.

Embora a liberação para todo mundo tenha começado agora, naquele período, a companhia já destacava que o Gemini 2.0 Flash é superior em relação ao Gemini 1.5 Flash em aspectos como geração de códigos de programação e capacidade de fornecer respostas corretas.

De modo complementar, o Google também está atualizando o recurso de geração de imagens do Gemini por meio da implementação do modelo Imagen 3, que “fornece detalhes e texturas mais interessantes e segue instruções com mais precisão para ajudar a dar vida à sua visão criativa”.
Google começa a liberar Gemini 2.0 Flash para todo mundo

Google começa a liberar Gemini 2.0 Flash para todo mundo
Fonte: Tecnoblog

Microsoft coloca modelo de IA da DeepSeek no Azure e no GitHub

Microsoft coloca modelo de IA da DeepSeek no Azure e no GitHub

Microsoft anunciou integração com modelos da DeepSeek, mas investiga se empresa copiou modelos da OpenAI (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Microsoft anunciou que o modelo de IA DeepSeek R1 estará disponível nas plataformas Azure AI Foundry e GitHub.
Após o sucesso repentino do chatbot da DeepSeek, a big tech rapidamente incluiu o modelo, apesar das suspeitas de que a startup chinesa teria extraído indevidamente dados da OpenAI.
A Microsoft também planeja lançar versões “destiladas” do DeepSeek R1 para PCs com certificação Copilot+.

A Microsoft anunciou, nesta quarta-feira (29/01), que o modelo de inteligência artificial R1, da DeepSeek, estará disponível nas plataformas profissionais Azure AI Foundry e no GitHub. Além disso, a companhia prometeu que haverá versões “destiladas” da tecnologia para computadores com o selo Copilot+.

O Azure AI Foundry é uma plataforma de computação em nuvem que oferece diversos serviços de inteligência artificial, com acesso a APIs de mais de 1.800 modelos de variados tipos. Já o GitHub é uma plataforma para desenvolvedores. Nela, a Microsoft incluirá recursos adicionais e guias para integrar o DeepSeek R1 aos aplicativos criados por profissionais.

Por que esta integração é relevante?

O movimento da Microsoft chama a atenção por dois motivos. Um deles é que a empresa foi rápida para incluir o DeepSeek R1 entre os modelos disponíveis no Azure AI Foundry e no GitHub. Vale dizer que o R1 tem código aberto.

O outro é que a própria Microsoft revelou ter identificado um movimento de extração indevida de grandes volumes de dados da OpenAI. Agora, a gigante de Redmond investiga se o caso tem ligação com a DeepSeek. Vale lembrar que a Microsoft é uma das principais investidoras da OpenAI.

DeepSeek chegou ao topo das listas de apps mais baixados em janeiro de 2025 (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Nesta quarta-feira (29/01), a desenvolvedora do ChatGPT disse ter encontrado evidências de que a companhia chinesa usou técnicas de “destilação”, ou seja, treinou seus modelos a partir de perguntas e respostas de outros modelos — no caso, modelos da OpenAI.

Qual o próximo passo do DeepSeek R1 na Microsoft?

No mesmo comunicado, a Microsoft afirmou que, em breve, consumidores poderão usar versões “destiladas” do DeepSeek R1 em PCs com a certificação Copilot+, com execução local. Este “selo” identifica computadores que cumprem certos requisitos para bom desempenho em tarefas de IA, como 16 GB de RAM e NPU de 40 TOPS ou mais.

Por versões “destiladas”, entenda modelos menores derivados do R1, mais adequados para rodar com recursos limitados. A Microsoft não deu mais detalhes de como seriam estes modelos.

Com informações da Microsoft, Verge, TechCrunch e Reuters
Microsoft coloca modelo de IA da DeepSeek no Azure e no GitHub

Microsoft coloca modelo de IA da DeepSeek no Azure e no GitHub
Fonte: Tecnoblog

Nova IA da Alibaba promete superar DeepSeek e ChatGPT

Nova IA da Alibaba promete superar DeepSeek e ChatGPT

IA Qwen2, da Alibaba, ganha nova atualização (imagem: Divulgação/Alibaba)

A Alibaba anunciou, nesta quarta-feira (29), a nova versão do seu modelo de inteligência artificial: o Qwen 2.5-Max. Conforme a empresa de tecnologia chinesa, a nova IA é superior ao recente fenômeno DeepSeek e ao popular ChatGPT da OpenAI.

“O Qwen 2.5-Max supera quase todos os aspectos do GPT-4o, DeepSeek-V3 e Llama-3.1-405B [da Meta]”, destaca o anúncio sobre a nova IA publicado na conta oficial da empresa na rede social chinesa WeChat.

O modelo de código aberto da Alibaba mantém o foco na experiência de IA generativa. Em destaque, a nova versão deve aprimorar as ferramentas de texto para vídeo e aumentar a competitividade com outras empresas que investem na tecnologia.

Alibaba antecipa lançamento de modelo de IA para competir com a DeepSeek (imagem: Reprodução/Free Malaysian Today)

Curiosamente, a Alibaba está lançando o Qwen 2.5-Max no primeiro dia do Ano Novo Lunar. A data é um importante feriado do calendário chinês, quando grande parte dos chineses estão de folga e aproveitando momentos de descanso com a família.

Entretanto, a rápida ascensão da DeepSeek deve ter apressado os planos da revelação do modelo de IA da big tech. Lembrando que o sucesso da startup chinesa tem mexido tanto com as empresas do Vale do Silício quanto com as companhias asiáticas.

A estreia do modelo R1 da DeepSeek, no último dia 20 de janeiro, afetou diretamente as ações da Nvidia. A IA que usa menos dados e tem menor custo também colocou em xeque os investimentos bilionários feitos pelas empresas norte-americanas OpenAI e Microsoft.

Entre os concorrentes domésticos, a chinesa ByteDance, dona do TikTok, anunciou uma atualização do seu principal modelo de IA no dia 22 de janeiro. Testes de benchmark indicam que a IA tem um desempenho superior ao o1 da OpenAI ao atender e responder a instruções complexas.

DeepSeek deseja atingir a Inteligência Artificial Geral (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Em busca da Inteligência Artificial Geral

Em entrevista ao portal chinês Waves em julho de 2024, o fundador da DeepSeek Lian Wenfeng disse que o objetivo da startup é atingir a Inteligência Artificial Geral (AGI). Isso significa um modelo de sistema autônomo que supera os humanos na maioria das tarefas “economicamente valiosas”.

Além disso, Wenfeng pontuou que as big tech chinesas não têm potencial para se adequar ao futuro da indústria de IA devido aos altos custos e o formato de liderança vertical. Vale dizer que a startup tem uma operação enxuta, composta por jovens graduados e doutorandos das principais universidades chinesas.

“Grandes modelos fundamentais exigem inovação contínua, as capacidades dos gigantes da tecnologia têm seus limites”, declarou Wenfeng ao Waves.

Com informações da Reuters.
Nova IA da Alibaba promete superar DeepSeek e ChatGPT

Nova IA da Alibaba promete superar DeepSeek e ChatGPT
Fonte: Tecnoblog

DeepSeek apresenta Janus-Pro-7B, novo gerador de imagens de IA

DeepSeek apresenta Janus-Pro-7B, novo gerador de imagens de IA

DeepSeek promete abalar mercado de IA novamente com novo LLM para geração de imagens (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

A DeepSeek lançou nesta semana o Janus-Pro-7B, seu modelo de IA generativa de imagens. Segundo a empresa, com dados de benchmarkings, o desempenho da sua IA para imagens supera concorrentes como Dall-E 3 da OpenAI e Stable Diffusion da Stable AI. O Janus-Pro-7B é uma atualização do Janus, lançado pela DeepSeek no passado — e mostrando um grande salto de desempenho.

O modelo de imagem generativa da DeepSeek pode ser baixado no Hugging Face, uma espécie de GitHub para projetos de inteligência artificial e machine learning. É necessário ter um certo conhecimento de programação para rodar o Janus-Pro-7B, visto que ele não é disponibilizado em uma interface fácil de ser usada como DeepSeek, ChatGPT e Copilot.

DeepSeek mostrou comparitivo entre primeira versão do Janus e Janus-Pro-7B (imagem: divulgação)

Além de gerar imagens, o Janus-Pro-7B é capaz de analisar arquivos visuais. Essa funcionalidade é similar ao que faz o Gemini Live e o Google Lens, permitindo que você traduza um texto ou compreenda aquele placa com uma fonte de péssima legibilidade.

Como o Janus-Pro-7B foi treinado?

Segundo a Reuters, que teve acesso à parte da documentação técnica do Janus-Pro-7B, parte do treinamento do modelo usou 72 milhões de imagens sintéticas de alta qualidade. A equipe da DeepSeek então combinou a análise dessas fotos geradas por IA com dados reais.

A empresa destaca que esse método permite a criação de imagens mais realistas e mais ricas em detalhes.

O que é a DeepSeek?

A DeepSeek é uma empresa de inteligência artificial chinesa que está abalando o mercado dessa tecnologia. A empresa afirma que desenvolveu a sua IA generativa gastando menos de US$ 6 milhões (R$ 36 milhões). Esse valor é muito inferior aos US$ 100 milhões (R$ 600 milhões) captados pela OpenAI para desenvolver o LLM GPT-4.

LLM R1 da DeepSeek balançou as estruturas do mercado de IA e derrubou ações de empresas americanas (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

O LLM usado pela DeepSeek é o R1, que teve seu código aberto. A empresa chinesa diz que o desempenho do modelo está no mesmo nível dos LLM da OpenAI e Anthropic (criadora do Claude). Porém, assim como as IAs continuam engatinhando (apesar dos avanços nos últimos anos), os sistemas de benchmarking não são padronizados, o que afeta a confiabilidade de testes — não é como pegar uma GPU e rodar o 3DMark.

Esses relatos de menor custo na fabricação fez cair as ações de diversas empresas americanas, principalmente da Nvidia. A fabricante é a maior fornecedora de placas aceleradoras para o desenvolvimento de IAs, o que a tornou uma das empresas mais valiosas do ramo.

Com a possibilidade de gerar LLMs mais baratos levantada pela DeepSeek, o mercado entendeu que a Nvidia pode não ter todo esse poderio no ramo de placas para IAs.

Com informações de Live Science e Reuters
DeepSeek apresenta Janus-Pro-7B, novo gerador de imagens de IA

DeepSeek apresenta Janus-Pro-7B, novo gerador de imagens de IA
Fonte: Tecnoblog

DeepSeek é alvo de ataque cibernético em larga escala

DeepSeek é alvo de ataque cibernético em larga escala

DeepSeek promete rivalizar com ChatGPT e Gemini (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A DeepSeek relatou um ataque cibernético em larga escala nesta segunda-feira (27/01), logo após alcançar o primeiro lugar entre os apps mais baixados da App Store nos EUA.
Em consequência do ataque, a empresa suspendeu temporariamente o cadastro de novos usuários, mas retomou as inscrições nesta terça-feira (28/01), exibindo uma mensagem de congestionamento no registro.
A startup chinesa revelou que o DeepSeek recebeu um investimento de US$ 6 milhões e usou 2 mil chips H800 da Nvidia para treinar seu modelo de “raciocínio” R1.
A notícia provocou uma queda de 17% nas ações da Nvidia, resultando em uma perda de cerca de US$ 600 bilhões em valor de mercado.

A startup chinesa DeepSeek relatou ter sofrido um ataque cibernético de larga escala nesta segunda-feira (27/01). Pouco antes, no mesmo dia, o aplicativo de inteligência artificial da companhia atingiu o primeiro lugar entre os apps mais baixados da App Store nos Estados Unidos, provocando impactos no mercado financeiro.

A ação levou a empresa a suspender temporariamente o cadastro de novos usuários nessa segunda — quem já tinha um login e senha, por outro lado, podia entrar e usar o chatbot normalmente. Nesta terça-feira (28/01), a DeepSeek mostra um aviso em sua homepage, dizendo que o registro pode estar congestionado e que, em caso de erro ou indisponibilidade, os interessados devem aguardar e tentar novamente.

Cadastro foi liberado, mas DeepSeek avisa que pode haver erros (imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Por enquanto, não há mais informações sobre o ataque, como quem estaria por trás da ação ou quais os métodos utilizados.

O que é o DeepSeek?

O DeepSeek é um assistente virtual com inteligência artificial, criado pela startup chinesa de mesmo nome. Ele funciona de modo similar ao ChatGPT, ao Gemini e a outros softwares do tipo, entendendo pedidos dos usuários em linguagem natural, sem que eles precisem seguir uma estrutura pré-definida.

A IA se popularizou na última semana, após o lançamento do aplicativo para Android e iOS e do modelo de “raciocínio” R1, que promete ter uma capacidade maior para lidar com questões complexas, testando diferentes abordagens para chegar a uma solução.

DeepSeek lembra outros chatbots com IA (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

O DeepSeek é totalmente gratuito, enquanto OpenAI e Google cobram pelo acesso a modelos de IA mais avançados. Por outro lado, o assistente da startup chinesa não conta com alguns recursos já presentes nos concorrentes, como uma memória para armazenar informações sobre o usuário e suas preferências, que poderia ser consultada para dar respostas mais adequadas.

Por que o DeepSeek gerou tanto impacto?

A startup DeepSeek afirma que gastou cerca de US$ 6 milhões e usou 2 mil chips H800, da Nvidia, para treinar o modelo R1. Caso estes números sejam verdadeiros, isso representa um custo muito mais baixo e um uso de hardware muito menor que os de empresas como OpenAI, Google, Meta e Anthropic.

Para o mercado, isso leva à possibilidade de que menos chips dedicados à IA sejam vendidos nos próximos anos — afinal, pode existir uma forma mais eficiente de desenvolver a tecnologia, sem depender de tanto poder de processamento. Essa é uma má notícia para o setor de semicondutores.

A empresa mais afetada foi a Nvidia, com queda de 17% no preço das ações na segunda-feira (27/01), apagando cerca de US$ 600 bilhões de seu valor de mercado. A companhia teve uma recuperação parcial de cerca de 7% nesta terça-feira (28/01), mas ainda está valendo 7,7% menos que no começo do ano.

Com informações da Associated Press, Android Authority e CNBC
DeepSeek é alvo de ataque cibernético em larga escala

DeepSeek é alvo de ataque cibernético em larga escala
Fonte: Tecnoblog

Meta AI vai usar Reels que você viu para personalizar respostas

Meta AI vai usar Reels que você viu para personalizar respostas

Meta AI funciona no WhatsApp, Messenger, Instagram e Facebook (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Meta anunciou que seu chatbot com inteligência artificial, a Meta AI, poderá usar dados do Facebook e do Instagram para dar respostas mais adequadas aos pedidos. Além disso, a ferramenta terá uma memória para armazenar detalhes sobre o usuário, como preferências alimentares e interesses.

A memória da Meta AI estava em testes desde o ano passado. Agora, o recurso será disponibilizado inicialmente no Facebook, Messenger e WhatsApp para Android e iOS nos Estados Unidos e no Canadá. Não há previsão de chegada a outros mercados, como o Brasil.

Meta AI vai “decorar” informações de conversas (imagem: divulgação)

Como a Meta AI vai usar informações de Facebook e Instagram?

A Meta usará as informações coletadas do Facebook e do Instagram para dar respostas mais adequadas. No exemplo dado pela empresa, caso o usuário pergunte o que fazer no fim de semana, a Meta AI pode usar a localização cadastrada no perfil do Facebook para dar recomendações naquele lugar.

Isso também vale para interações com conteúdo: se você viu reels de artistas country, diz a Meta, o chatbot pode recomendar um show de música country.

Como funciona a memória da Meta AI?

A memória da Meta AI armazena informações sobre o usuário obtidas durante as conversas. Estas informações podem ser as principais de uma mensagem escrita, mas também podem ser detalhes mencionados durante o bate-papo com a IA.

No exemplo dado pela Meta, a pessoa pede uma receita para o café da manhã, e a Meta AI sugere omelete. O usuário, então, diz ser vegano, e a inteligência artificial armazena esta informação na memória. Futuramente, quando tiver que recomendar alimentos, o chatbot saberá desta preferência. Os usuários poderão acessar a memória e apagar as informações indesejadas.

O recurso de memória da IA, porém, não é uma novidade. O ChatGPT conta com uma ferramenta idêntica há quase um ano.

Questionada pelo Verge, a Meta disse que, no momento, não oferecerá opções para desativar estes recursos. “Acreditamos que as melhores experiências são personalizadas”, disse o porta-voz da companhia.

Com informações da Meta, Verge e TechCrunch
Meta AI vai usar Reels que você viu para personalizar respostas

Meta AI vai usar Reels que você viu para personalizar respostas
Fonte: Tecnoblog

ANPD proíbe coleta de íris da World ID em troca de dinheiro

ANPD proíbe coleta de íris da World ID em troca de dinheiro

Tools for Humanity foi proibida pela ANPD de pagar pela coleta de íris (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibiu a Tools for Humanity (TFH), empresa responsável pela World ID, de coletar a íris de pessoas no Brasil. Em comunicado na sua página, a ANPD destacou que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que o consentimento para o tratamento de dados sensíveis, como a íris, precisa ser livre e espontâneo. A medida entrou em vigor no sábado (25).

A Coordenação-Geral de Fiscalização (CFG) da ANPD entende que a oferta de pagamento interfere na livre manifestação de vontade do indivíduo em fornecer um dado sensível. O órgão entende que essa proposta influencia também as pessoas em potencial de vulnerabilidade.

Quais outras medidas tomadas pela ANPD contra a TFH?

Além da proibição do pagamento, que custa R$ 600 e é pago parcelado, a ANPD exigiu que a Tools for Humanity aponte em seu site o encarregado pelo tratamento de dados pessoais. Conforme o artigo 5º, inciso VIII da LGPD, empresas que tratam dados precisam indicar um profissional que será o contato entre o controlador (pessoa física ou jurídica que decide o que fazer com os dados), titulares dos dados e ANPD.

Orbe da World escaneia íris e rosto do ser humano (imagem: divulgação)

A CFG também considerou grave o fato da TFH não permitir a exclusão dos dados biométricos coletados e nem a revogação do consentimento. Segundo o órgão, isso também influenciou na decisão de proibir o pagamento pela coleta de íris. Como revelou a Folha de São Paulo, em alguns pontos de coleta, funcionários da TFH aceitavam as condições de uso no lugar das pessoas que teriam as íris coletadas.

Coleta de íris pela World ID se tornou polêmica

A polêmica da coleta de íris pela World ID cresceu nos últimos dias, quando mais de 400 mil brasileiros já haviam cedido a gravação da íris. Com a repercussão do caso, a ANPD publicou uma nota na semana passada informando que a TFH opera sob fiscalização especial desde novembro, seguindo regras mais rigorosas.

Ao vender a imagem da sua íris, os usuários recebem o pagamento em uma criptomoeda desenvolvida pela própria TFH, que tem entre seus fundadores Sam Altman, fundador da OpenAI. Essa criptomoeda é então convertida em reais e o valor pode ser sacado em parcelas por quem forneceu a íris.

A proposta da TFH em formar o World ID é criar um banco de dados para dar prova de humanidade às pessoas. Por exemplo, em uma entrevista de emprego online, o candidato teria sua íris verificada para provar que é ele participando da chamada e não um deep fake.

O Tecnoblog entrou em contato com a Tools for Humanity para saber o seu posicionamento sobre o caso. A notícia será atualizada quando a resposta for enviada.

Com informações de ANPD
ANPD proíbe coleta de íris da World ID em troca de dinheiro

ANPD proíbe coleta de íris da World ID em troca de dinheiro
Fonte: Tecnoblog

Deezer detecta e isola 10.000 músicas geradas por IA todos os dias

Deezer detecta e isola 10.000 músicas geradas por IA todos os dias

Deezer bloqueia 10.000 músicas falsas geradas via IA por dia (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Deezer implementou uma ferramenta que detecta diariamente cerca de 10.000 músicas geradas por IA.
Embora não revele detalhes sobre o funcionamento da tecnologia, a empresa afirma que o sistema “isola” essas faixas para evitar monetização indevida e não poluir o serviço de streaming.
A Deezer também planeja aprimorar o serviço para detectar deepfakes de voz e excluir músicas geradas por IA de recomendações algorítmicas e editoriais.

O uso malicioso de inteligência artificial não envolve apenas “fake news”. A IA também vem sendo usada para inundar plataformas de streaming de áudio com músicas fraudulentas. Para lidar com o problema, a Deezer implementou uma ferramenta que detecta faixas geradas por IA. A plataforma recebe 10.000 delas por dia.

A quantidade de músicas fraudulentas que a plataforma recebe diariamente é tão elevada que é impossível cada faixa ser verificada por um humano, daí a importância da tal ferramenta. Ela é baseada em uma tecnologia em desenvolvimento há um ano, mas que já é funcional. Tanto que, em dezembro de 2024, a Deezer solicitou o registro de duas patentes relacionadas à tecnologia.

Foi por meio dessa ferramenta que a Deezer descobriu que a sua plataforma recebe cerca de 10.000 músicas totalmente geradas por IA todos os dias. Isso equivale a 10% dos uploads diários executados no serviço.

É claro que a companhia não explica como a tecnologia funciona, mas conta que ela é capaz de identificar faixas baseadas em diversos modelos de IA generativa, como Suno e Udio (duas das mais populares ferramentas de geração de música por inteligência artificial da atualidade).

Ao Tecnoblog, a empresa informou que as músicas geradas por IA que são detectadas não são excluídas da plataforma no momento, mas “isoladas”, de modo a perderem as possibilidades de monetização.

Para a empresa, os resultados têm sido animadores:

À medida que a inteligência artificial continua a impactar cada vez mais o ecossistema musical, com uma quantidade crescente de conteúdo gerado por IA inundando plataformas de streaming como a Deezer, estamos orgulhosos de ter desenvolvido uma ferramenta de ponta que aumentará a transparência tanto para criadores quanto para fãs.

Alexis Lanternier, CEO da Deezer

Por que músicas geradas por IA são um problema?

Por vários motivos. Para começar, faixas geradas por IA podem ter como base obras de artistas legítimos e, com isso, violar leis de direitos autorais. Além disso, essas músicas podem ser geradas com o intuito de fazer a plataforma de streaming pagar pela reprodução delas.

Para completar, músicas geradas por IA podem acabar “poluindo” o serviço de streaming, de modo a tornar mais difícil a descoberta e reprodução de faixas de artistas legítimos.

Deezer pretende aprimorar tecnologia para identificar deepfake de voz (imagem: divulgação/Deezer)

Nesse sentido, a Deezer explica que a maior parte dessas músicas nunca é reproduzida em sua plataforma, mas que, apesar disso, elas podem “diluir” o catálogo e serem usadas em outros tipos de fraudes.

Esse não é um problema exclusivo da Deezer, mas algo que atinge toda a indústria musical. Sobre esse aspecto, a companhia destaca um estudo conduzido pela CISAC (entidade que reúne autores e compositores) e a PMP Strategy, com participação de plataformas de streaming (incluindo a própria Deezer) que aponta que cerca de 25% da receita de artistas legítimos poderão ser comprometidos pela IA até 2028.

A Deezer promete continuar investindo em sua tecnologia para detectar conteúdo gerado por IA indevidamente. Um dos próximos objetivos é desenvolver um mecanismo capaz de identificar deepfakes de voz. E tem mais:

A IA generativa tem o potencial de impactar positivamente a criação e o consumo de música, mas seu uso deve ser orientado por responsabilidade e cuidado para proteger os direitos e a receita dos artistas e compositores. No futuro, nosso objetivo é desenvolver um sistema de marcação para conteúdo totalmente gerado por IA e excluí-lo das recomendações algorítmicas e editoriais.

Alexis Lanternier, CEO da Deezer

Deezer detecta e isola 10.000 músicas geradas por IA todos os dias

Deezer detecta e isola 10.000 músicas geradas por IA todos os dias
Fonte: Tecnoblog

OpenAI anuncia IA capaz de fazer compras e preencher formulários na web

OpenAI anuncia IA capaz de fazer compras e preencher formulários na web

OpenAI é responsável por ChatGPT, Dall-E e Sora (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A OpenAI apresentou, nesta quinta-feira (23/01) o Operator, agente com inteligência artificial capaz de “entrar na web e realizar tarefas por você”, nas palavras da desenvolvedora do ChatGPT. Com isso, ele pode fazer compras, reservar restaurantes, preencher formulários ou comprar ingressos para shows.

Na parte técnica, o Operator combina as capacidades de “visão” do GPT-4o com uma forma de raciocínio avançado, aprimorado por meio de aprendizagem e reforço. Assim, a IA “entende” o que está na tela e realiza as tarefas, como se estivesse usando um teclado e um mouse.

Operator descreve ações realizadas para concluir pedido do usuário (imagem: divulgação)

O que o Operator pode fazer?

Entre as possibilidades apresentadas por Sam Altman, CEO da OpenAI, estão “encontre ingressos para o próximo show na Sphere” e “encontre um restaurante com um ótimo happy hour para seis pessoas na próxima quarta-feira”.

Em uma demonstração, o Operator recebeu uma foto de uma lista de compras de supermercado escrita à mão, entrou no Instacart e realizou a compra.

Apesar disso, o agente pode travar; neste caso, o usuário precisa assumir o controle. Além disso, o humano pode interromper a ação a qualquer momento. O Operator também não vai preencher informações sensíveis, como dados de pagamento, login e senha, e pedirá confirmação para fazer reservas, enviar emails e outras tarefas.

A OpenAI diz estar trabalhando com empresas como Uber, DoorDash, Instacart e outras para que o Operator consiga resolver problemas reais, mas também respeite normas estabelecidas.

Inicialmente, o Operator está disponível como um “preview de pesquisa”, apenas nos Estados Unidos. Somente assinantes do ChatGPT Pro, que custa US$ 200 por mês (cerca de R$ 1.200, em conversão direta), poderão usar o agente.

Empresas apostam em agentes com IA

A chamada “IA agêntica” (tradução livre de “agentic AI”) é um dos assuntos em alta na tecnologia, e mais assistentes deste tipo devem surgir ao longo dos próximos meses. Google e Microsoft, por exemplo, já apresentaram soluções do tipo.

Nesta quarta-feira (23/01), durante o evento Unpacked, a Samsung anunciou que sua linha de smartphones Galaxy S25 usará o assistente Gemini, do Google, para realizar tarefas em diversos apps, do YouTube ao Samsung Notes.

Com informações do Verge, New York Times e Axios
OpenAI anuncia IA capaz de fazer compras e preencher formulários na web

OpenAI anuncia IA capaz de fazer compras e preencher formulários na web
Fonte: Tecnoblog