Category: Inteligência Artificial (IA)

Alexa monitora preços e compra sozinha quando produto fica mais barato

Alexa monitora preços e compra sozinha quando produto fica mais barato

Amazon apresenta Alexa+ durante evento em Nova York (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A Alexa Plus pode agora monitorar preços e realizar compras automáticas quando um item fica mais barato nos EUA e Canadá.
A Amazon introduziu a interface “Compras Essenciais” para dispositivos com tela, permitindo rastreamento de entregas e histórico de pedidos.
Os novos recursos de compra da Alexa Plus ainda não estão disponíveis no Brasil.

A Amazon lançou novas funcionalidades de compras para a Alexa Plus, versão da assistente virtual turbinada com IA generativa. Uma atualização recente para usuários nos Estados Unidos e Canadá permite que ela monitore preços e até faça compras automáticas quando um item fica mais barato.

A ideia é centralizar a gestão de pedidos e ofertas. Em fase de testes desde junho, os novos recursos possibilitam monitorar produtos no carrinho de compras ou na lista de desejos.

Um consumidor pode, por exemplo, ser notificado caso um eletrônico fique abaixo de um valor estipulado. A assistente pode, então, concluir a transação sozinha quando o preço atingir o limite desejado, utilizando o endereço de entrega e o método de pagamento cadastrados na conta Amazon.

Embora a automação prometa conveniência para aproveitar ofertas relâmpago, a própria empresa alerta para a necessidade de cautela para não ter surpresas na fatura do cartão.

Como funciona o novo hub de compras?

Para organizar essas novas interações, a Amazon introduziu uma seção de Compras Essenciais (Shopping Essentials) nos dispositivos Alexa com tela, como o Echo Show 15 e o Echo Show 21.

Este painel funciona como um centro de comando. Ao utilizar comandos de voz como “Alexa, onde estão minhas compras?” ou “Abrir Compras Essenciais”, o usuário acessa uma tela que exibe o rastreamento de entregas em tempo real, o histórico de pedidos recentes, listas de compras e itens salvos.

Nova tela também permite finalizar compras manualmente (imagem: reprodução/Amazon)

Outra nova função é a capacidade de adicionar itens a um pedido já realizado, além de gerar recomendações personalizadas de presentes baseadas na descrição do destinatário ou da ocasião, organizando as sugestões por categorias na tela do dispositivo.

Disponibilidade e mercado brasileiro

É importante ressaltar que a Alexa Plus e seus novos recursos de compra automática ainda não estão disponíveis no Brasil e não possuem data prevista de lançamento.

Por aqui, o foco da discussão recente foi outro. Clientes notaram um aumento na exibição de publicidade nas telas dos dispositivos Echo Show. Em resposta a questionamentos do Tecnoblog, a country manager da Alexa no Brasil, Talita Bruzzi Taliberti, afirmou que a exibição de anúncios é fundamental para manter a sustentabilidade do negócio e cobrir custos operacionais. Ela também disse que a Amazon está atenta aos comentários dos consumidores.
Alexa monitora preços e compra sozinha quando produto fica mais barato

Alexa monitora preços e compra sozinha quando produto fica mais barato
Fonte: Tecnoblog

Europa começa a investigar efeito “Google Zero”

Europa começa a investigar efeito “Google Zero”

Europa começa a investigar efeito “Google Zero” (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

União Europeia investiga se Google usa conteúdo de terceiros para treinar modelos de IA sem oferecer compensações;

Autoridades europeias querem entender impacto do Modo IA sobre tráfego de sites e canais no YouTube;

Apuração também analisa se prática prejudica rivais de inteligência artificial.

O Google está sob investigação na Europa, mais uma vez. A motivação do momento são as preocupações da Comissão Europeia sobre um possível uso desproporcional, por parte da companhia, de conteúdo de sites e canais no YouTube para alimentar modelos de IA, causando o chamado efeito “Google Zero”.

A expressão “Google Zero” foi cunhada em 2024 por Nilay Patel, do The Verge, como forma de identificar um cenário em que o buscador deixa de direcionar usuários para serviços web externos, e passa a apresentar respostas produzidas por IA generativa em suas próprias páginas. Com isso, portais, sites independentes, blogs e afins recebem “zero” acessos.

Mas os modelos de IA não geram conteúdo por conta própria. Eles precisam ser treinados e alimentados com bases de dados gigantescas. É aí que a investigação da União Europeia ganha forma: autoridades do bloco querem descobrir se o Google está violando regras de concorrência ao usar conteúdo de terceiros para alimentar mecanismos de IA sem oferecer contrapartidas.

Um dos aspectos da investigação é o Modo IA, que é mostrado em destaque nas buscas do Google, fazendo sites que aparecem nos resultados das pesquisas terem, em muitos casos, um número reduzido de acessos.

A Comissão Europeia investigará até que ponto o Modo IA e as Visões Gerais de IA do Google se baseiam em conteúdo de terceiros sem oferecer compensações e sem dar possibilidade de os editores recusarem essa abordagem para não terem suas páginas removidas do buscador.

Modo IA na busca do Google (imagem: reprodução/Google)

Europa também investiga se concorrentes em IA estariam sendo prejudicados

Além de descobrir as possíveis consequências para produtores e distribuidores de conteúdo, a Comissão Europeia quer saber se a estratégia em questão deixa concorrentes do Google no campo da inteligência artificial em desvantagem, como diz este trecho do comunicado oficial sobre o assunto:

A investigação verificará, principalmente, se o Google está prejudicando a concorrência ao impor termos e condições injustas a editores e criadores de conteúdo, ou ao conceder a si mesmo acesso privilegiado a esse conteúdo, colocando desenvolvedores de modelos de IA concorrentes em desvantagem.

Neste ponto, é válido esclarecer que o YouTube tem termos de uso que permitem que o Google acesse livremente o conteúdo publicado na plataforma para treinamento de IA.

A inteligência artificial está trazendo inovações notáveis e muitos benefícios para pessoas e empresas em toda a Europa, mas esse progresso não pode ocorrer à custa dos princípios fundamentais das nossas sociedades.

É por isso que estamos investigando se o Google pode ter imposto termos e condições injustos a editores e criadores de conteúdo, colocando desenvolvedores de modelos de IA concorrentes em desvantagem, em violação das regras de concorrência da União Europeia.

Teresa Ribera, vice-presidente executiva de concorrência da Comissão Europeia

Não há prazo ou previsão para a investigação ser concluída.
Europa começa a investigar efeito “Google Zero”

Europa começa a investigar efeito “Google Zero”
Fonte: Tecnoblog

Dell e Lenovo preparam aumento de preços devido à alta da memória RAM; veja datas

Dell e Lenovo preparam aumento de preços devido à alta da memória RAM; veja datas

Aumento nos valores da cadeia de produção devem impactar preços a partir deste mês (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Dell e Lenovo devem aumentar os preços devido à escassez de componentes e alta demanda de memórias RAM por servidores de IA.
HP, LG e Samsung também revisarão preços de tablets e PCs com IA devido ao impacto nos custos de memória.
Dell prevê aumento de 15% a 20% nos preços a partir de dezembro, enquanto Lenovo deve ajustar preços em 1º de janeiro de 2026.

Grandes fabricantes de computadores estão se preparando para elevar os preços dos produtos devido ao aumento nos custos de componentes de memória. Os primeiros reajustes já devem impactar o mercado entre o final deste ano e o início de 2026.

Segundo fontes da indústria, ouvidas pelo portal especializado em pesquisa de mercado Trend Force, Dell e Lenovo já começaram a notificar clientes sobre as mudanças.

O aumento de preços é atribuído à escassez de suprimentos e à demanda por servidores de inteligência artificial, que consomem grandes quantidades de memória DRAM de alto desempenho.

Com a prioridade das fabricantes de chips voltada para o setor, o segmento de PCs convencionais e notebooks enfrenta um “aperto” no fornecimento e, consequentemente, custos mais altos. O valor de componentes, como memórias DDR5, saltou cerca de 70% em relação ao ano passado.

Quando os aumentos na Dell e Lenovo chegam?

Dell pode subir valores já em dezembro (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

De acordo com as fontes, a Dell emitiu um alerta de aumento de preços e a expectativa é que os valores subam entre 15% e 20%, com a possibilidade das novas tabelas entrarem em vigor já neste mês.

O movimento corrobora declarações recentes de executivos da empresa. Em novembro, o COO da Dell, Jeff Clarke, afirmou à Bloomberg que “nunca viu os custos de chips de memória subirem tão rápido”, destacando que as despesas estavam escalando em todas as linhas de produtos da marca.

Lenovo mudará preços a partir da virada do ano (foto: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

A Lenovo, por sua vez, adotou um cronograma ligeiramente diferente, mas com o mesmo objetivo. A fabricante chinesa começou a informar seus parceiros comerciais que todas as cotações e preços atuais expirarão em 1º de janeiro de 2026.

Em comunicado, obtido pelos analistas através de fontes do setor, a empresa citou dois fatores principais para a decisão: a intensificação da escassez de memória e a rápida integração de tecnologias de IA, que exigem hardware mais robusto.

A recomendação da Lenovo aos clientes é antecipar os pedidos para garantir os valores atuais e evitar custos adicionais no próximo ano.

PCs com IA devem sofrer grande reajuste

PCs com IA serão particularmente afetados (imagem: divulgação/Microsoft)

Os preços elevados do componente devem impactar mais empresas, como HP, LG e Samsung. As três companhias também já estariam revisando os preços dos produtos para o próximo ano, incluindo tablets e PCs com IA.

Esses dispositivos focados em IA, relembra o jornal sul-coreano Chosun, devem ser ainda mais afetados pelos preços das memórias. Isso porque a configuração mínima de RAM de PCs focados em inteligência artificial é 16 GB e prioriza-se o uso de SSDs de alto desempenho.

O efeito cascata é tanto que prejudicará até mesmo fornecedoras de processadores, como Intel, AMD e Qualcomm. As empresas pretendiam expandir o fornecimento de CPUs para AI PCs, mas devem desacelerar a produção de chips com a queda na quantidade de produtos.
Dell e Lenovo preparam aumento de preços devido à alta da memória RAM; veja datas

Dell e Lenovo preparam aumento de preços devido à alta da memória RAM; veja datas
Fonte: Tecnoblog

Google testa IA que reescreve títulos de notícias com tom enganoso

Google testa IA que reescreve títulos de notícias com tom enganoso

Em fase experimental, Google substitui manchetes jornalísticas por versões distorcidas feitas por IA (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Google tem testado o uso de IA para reescrever manchetes no Discover, causando alguns erros factuais.
Manchetes alteradas podem distorcer temas e confundir leitores, afetando a credibilidade dos sites de notícias.
Veículos estão preocupadas com o impacto na audiência e receita, e a falta de um meio direto para reportar problemas ao Google.

Um novo experimento do Google tem causado estranhamento entre os usuários e preocupação em sites jornalísticos. A empresa passou a usar inteligência artificial para reescrever manchetes do Google Discover, área com recomendação de conteúdo que tem particular importância no Android.

O recurso, identificado por reportagem do The Verge, substitui o título original por uma versão que muitas vezes não corresponde ao conteúdo real da matéria.

O fenômeno tem levantado alertas porque o Discover é hoje um dos principais canais de tráfego para sites de notícias. Alterar manchetes sem controle editorial pode distorcer temas sensíveis, confundir leitores e reduzir a credibilidade de quem produziu a informação.

O que está acontecendo com as manchetes?

Experimento do Google troca manchetes de veículos por frases chamativas feitas por IA (imagem: reprodução/The Verge)

Segundo o The Verge, alguns títulos exibidos no Discover não têm qualquer relação com o texto original. Um exemplo foi a matéria do 9to5Google intitulada “Não compre um carregador sem fio Qi2 de 25W esperando velocidades mais rápidas – compre o mais lento”. No Discover, porém, o card aparecia como “Qi2 deixa Pixels mais lentos”, sugerindo uma afirmação que a reportagem não faz.

Algo semelhante ocorreu com uma matéria do Ars Technica, cujo título original foi transformado pelo Google em “Preço do Steam Machine revelado”, apesar de o texto não trazer os valores, que nem sequer foram divulgados. Em outros casos, o resultado foi apenas sem sentido.

Quando o usuário toca em “Ver mais”, aparece a explicação de que o card foi “gerado com IA, que pode cometer erros”. Apesar disso, um porta-voz do Google afirmou ao The Verge que se trata de um “pequeno experimento”:

“Essas capturas de tela mostram um pequeno experimento de interface do usuário para um subconjunto de usuários do Discover. Estamos testando um novo design que altera o posicionamento das manchetes existentes para facilitar a compreensão dos detalhes do tópico antes que os usuários explorem links na web”

Mallory De Leon, gerente de comunicação do Google

Por que isso causa preocupação?

Para as publicações, o teste agrava uma relação já tensa com o Google. Mudanças no Discover têm forte impacto em audiência e receita, e a mudança de títulos com IA amplia o risco de desinformação — que recai sobre o veículo, não sobre o Google.

Outro ponto crítico é que o Discover não oferece, hoje, uma forma direta de reportar o problema ao Google. O usuário pode classificar o card como “clickbait”, mas isso reduz a visibilidade da matéria do veículo, penalizando justamente quem não criou o título enganoso.
Google testa IA que reescreve títulos de notícias com tom enganoso

Google testa IA que reescreve títulos de notícias com tom enganoso
Fonte: Tecnoblog

Google revela como os brasileiros buscaram por IA em 2025

Google revela como os brasileiros buscaram por IA em 2025

Busca do Google (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Brasileiros pesquisaram por ferramentas de IA como Nano Banana e Manus.
Houve interesse em usar IA para criar sites, animar fotos e aumentar imagens.
Google destacou buscas por IA, mas não incluiu o ChatGPT.

A temporada de retrospectivas continua com a revelação dos assuntos mais populares da busca do Google. Em 2025, a empresa contou ao Tecnoblog que os brasileiros pesquisaram muito sobre inteligência artificial – desde as ferramentas, passando também por métodos para utilizar melhor esta nova tecnologia. Nas duas listagens a seguir, confira em primeira mão os tópicos que estiveram em alta durante o período.

Buscas sobre IA que mais cresceram

Gemini

Deepseek

Veo 3

NotebookLM

Grok

Pixverse

Flow

Manus

Blackbox

Nano Banana

Note que a lista não inclui o ChatGPT, serviço que se tornou sinônimo de IA. A equipe do Google me explicou que isso se deve ao fato de a plataforma da OpenAI já ser muito popular em 2024, enquanto os dados divulgados hoje se referem aos tópicos que ganharam mais relevância ao longo dos meses.

Buscas em alta de procedimentos com IA

Fazer foto com IA

Criar música com IA grátis

Criar site com IA

Criar vídeo com IA gratuito

Animar fotos com IA

Aumentar imagem com IA

Criar fluxograma com IA

Gravador de voz com IA

Criar aplicativo com IA

Gerar slides com IA

Google revela como os brasileiros buscaram por IA em 2025

Google revela como os brasileiros buscaram por IA em 2025
Fonte: Tecnoblog

Google Drive agora usa IA para mostrar resumos das pastas

Google Drive agora usa IA para mostrar resumos das pastas

Google integrou o Gemini ao Drive (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Google Drive passou a usar a IA Gemini para gerar resumos automáticos do conteúdo das pastas.
O recurso deve exibir resumos do que há dentro das pastas sem a necessidade de abrir cada um dos documentos.
Por enquanto, a novidade está disponível apenas em inglês e já é acessível para usuários de organizações com Lançamento Rápido.

O Google lançou ontem (02/12) um novo recurso no Drive que utiliza o Gemini para gerar resumos automáticos sobre o conteúdo de cada pasta. A novidade aparece como uma evolução dos antigos “lembretes” exibidos no topo da página, trazendo agora uma visão geral dos arquivos armazenados.

Segundo o comunicado, a ideia é que a IA ajude usuários a entender rapidamente o que há dentro das pastas, sem precisar abrir cada um dos documentos. Para quem trabalha com muitos arquivos e versões, o recurso atua como um atalho de organização, oferecendo ainda um painel lateral para análises mais profundas.

Como funcionam os resumos do Gemini no Drive?

Assim que o usuário abre uma pasta, o Drive passa a exibir a seção “Insights do Gemini”, que apresenta um resumo automático do conteúdo baseado nos arquivos presentes ali. Esse painel substitui a antiga área de sugestões rápidas, ampliando sua função: em vez de apenas indicar ações, ele antecipa informações relevantes sobre os documentos.

Ao clicar em “Explorar com o Gemini”, o usuário será levado ao painel lateral, onde pode visualizar um resumo mais extenso e seguir fazendo perguntas adicionais sobre a pasta. Essa interface é a mesma que já aparece em outras partes do Workspace — como Docs, Sheets e Slides — e funciona como uma central de consulta.

É possível, por exemplo, pedir explicações sobre o teor dos arquivos ou identificar o que mudou desde a última visualização. O painel também conta com botões de avaliação para que o usuário indique se o resumo foi útil, permitindo que o sistema ajuste futuros resultados.

Recurso atua como um atalho de organização nas pastas do Google Drive (gif: reprodução/Google)

Já está disponível?

Por enquanto, o recurso está disponível apenas em inglês. Usuários de organizações cujo administrador de TI escolheu a opção de Lançamento Rápido já começaram a receber a função. O restante terá o recurso distribuído de forma estendida a partir de terça-feira (09/12).

Para empresas, administradores do Workspace precisam habilitar a personalização padrão dos recursos inteligentes no console de administração. Para quem já usa essas funções, os resumos aparecem ativados por padrão — mas podem ser recolhidos manualmente. Também é possível desativar tudo em definitivo ao desligar os recursos inteligentes, ainda que isso limite outras funções do Gemini no Drive.

A novidade chega para assinantes do Google Workspace Business Standard e Plus, Enterprise Standard e Plus, além de usuários com Google One AI Premium e Google AI Pro para estudantes.

Com informações do Android Police
Google Drive agora usa IA para mostrar resumos das pastas

Google Drive agora usa IA para mostrar resumos das pastas
Fonte: Tecnoblog

Android terá alerta na tela para ligações urgentes

Android terá alerta na tela para ligações urgentes

Nova ferramenta exige discador oficial do Google para funcionar (imagem: reprodução/Google)

Resumo

Google introduziu o recurso Call Reason no Android, permitindo sinalizar chamadas urgentes, visíveis no histórico de chamadas.
A funcionalidade está em beta e requer o app Telefone do Google.
A empresa também anunciou ferramentas de segurança para detectar fraudes em mensagens e filtros no Google Mensagens para grupos indesejados.

O Google anunciou novas atualizações para o sistema Android e introduziu recursos de comunicação, segurança e personalização. Entre as novidades, está a ferramenta Call Reason (motivo da chamada, em tradução livre), que permite sinalizar a urgência da ligação.

Atualmente em fase beta, o recurso permite que, ao discar para um contato salvo, o usuário selecione a opção “urgente”. O destinatário visualizará esse alerta na tela do celular e, caso a chamada não seja atendida, uma notificação de urgência permanecerá visível no histórico, incentivando o retorno da ligação.

O anúncio ocorreu nesta terça-feira (3).

Quais celulares são compatíveis?

GIF mostra funcionamento da ferramenta Call Reason (imagem: reprodução/Google)

A ferramenta está vinculada ao Telefone do Google, o aplicativo de discagem padrão da empresa. Segundo informações do Google Brasil, a funcionalidade será liberada para todos os idiomas globalmente, mas a disponibilidade depende de o app estar instalado no smartphone.

Aparelhos da linha Google Pixel, assim como modelos recentes da Motorola, Xiaomi (versões globais), Nokia (HMD) e Asus, utilizam o discador do Google nativamente. Esses dispositivos, portanto, receberão a novidade automaticamente via atualização.

No Brasil, o impacto tende a ser menor já que a maior vendedora de smartphones é a Samsung, que utiliza um app próprio de Telefone. No entanto, o Android permite a instalação do Telefone do Google em praticamente qualquer dispositivo. Usuários interessados podem baixá-lo gratuitamente na loja oficial e configurá-lo como o discador padrão.

Segurança e mais IA

O pacote de novidades também apresenta novas ferramentas focadas na segurança e acessibilidade. O recurso Circule para Pesquisar agora usa IA para analisar o conteúdo da tela em busca de potenciais golpes. Ao verificar mensagens de texto ou chats suspeitos, o sistema indica a probabilidade de fraude.

Circle to Search ganhou função para verificar segurança de mensagens (imagem: reprodução/Google)

Nas mensagens de texto via Google Mensagens (padrão também nos aparelhos da Samsung), a empresa implementou novos filtros para grupos indesejados. Ao ser adicionado por um número desconhecido, o usuário receberá um alerta com dicas de segurança e opções rápidas para sair do grupo, bloquear o contato e denunciar spam com um único toque.

Utilizando processamento local, o sistema agora também gera legendas em tempo real que descrevem não só a fala, mas a intensidade e a emoção do interlocutor, além de identificar sons ambientes como aplausos.

Google liberou legendas em vídeos ao vivo (imagem: reprodução/Google)

O Google também reestruturou como as notificações são gerenciadas, juntando mensagens longas e conversas em grupo e oferecendo um resumo do conteúdo. Alertas de baixa prioridade, como promoções e avisos de redes sociais, também serão silenciados automaticamente para reduzir distrações.

As configurações de controle parentais, por sua vez, foram migradas para um menu dedicado nas configurações principais do aparelho. Além disso, o sistema expandiu o suporte para ícones temáticos e introduziu uma opção forçada de “tema escuro” para aplicativos que não possuem essa configuração nativa.

Além disso, o Google incluiu a fixação de guias importantes no Chrome para Android e novas combinações de adesivos no “Emoji Kitchen”, do teclado Gboard.
Android terá alerta na tela para ligações urgentes

Android terá alerta na tela para ligações urgentes
Fonte: Tecnoblog

Empresas de IA abrem processo contra WhatsApp no Brasil

Empresas de IA abrem processo contra WhatsApp no Brasil

Startups temem nova regra no WhatsApp (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

As startups Luzia e Zapia, que atuam no desenvolvimento de chatbots, protocolaram no Cade pedido de medida preventiva contra a Meta.
A ação ocorre após a plataforma atualizar os termos do WhatsApp Business, proibindo empresas de IA de operarem a partir de janeiro de 2026.
Segundo as companhias, a medida visa beneficiar a Meta AI e contraria a postura da big tech nos últimos anos.

As startups Luzia e Zapia, que atuam no desenvolvimento de chatbots de inteligência artificial, protocolaram no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) um pedido de medida preventiva contra a Meta. As empresas afirmam que uma nova política do WhatsApp pode restringir de forma determinante a atuação de agentes independentes no setor.

A informação foi publicada pelo blog Pipeline, do jornal Valor Econômico. O movimento ocorre após a Meta atualizar os termos do WhatsApp Business, impondo limitações específicas a empresas classificadas como “desenvolvedoras de IA”. A autoridade concorrencial instaurou um procedimento preparatório e deu o prazo de 8 de dezembro para que a Meta apresente esclarecimentos.

Entenda o caso

Na revisão das regras, a Meta determinou que companhias cujo produto principal seja inteligência artificial — e não apenas o uso auxiliar dessa tecnologia — estarão proibidas de operar o WhatsApp Business Solution a partir de janeiro de 2026.

Com isso, contas de negócios baseados em IA poderão ser desativadas. Para as companhias Luzia e Zapia, essa alteração ameaça a continuidade das operações de ambos os serviços, que atendem milhões de usuários pelo próprio app de mensagens.

As startups afirmam, no documento enviado ao Cade, que a medida tende a favorecer o Meta AI, assistente nativo da plataforma. Elas argumentam que a restrição contraria a postura da big tech nos últimos anos, período em que a empresa incentivou a integração de soluções de IA com o WhatsApp.

O CEO da Luzia, Álvaro Martínez, afirmou que ao site que o objetivo “não é antagonizar a Meta, mas garantir que as autoridades entendam claramente o que essa decisão significa para os operadores independentes e para a concorrência nos serviços de IA no Brasil e além”.

Mudança no WhatsApp Business determinou ação das startups (foto: Gabrielle Lancellotti/Tecnoblog)

O que diz o WhatsApp?

A Meta declarou que a API do WhatsApp não foi projetada para uso por chatbots de IA, alegando que isso poderia gerar “pressão severa” na infraestrutura técnica. A companhia reforça que negócios de varejo que utilizem IA para funções secundárias, como suporte automatizado, não serão impactados.

Ao Tecnoblog, o WhatsApp também afirma que as alegações das startups são “infundadas”.

“Rejeitamos essas alegações e as consideramos infundadas. A API do WhatsApp nunca foi projetada para ser usada por chatbots de IA, e fazê-lo colocaria uma pressão severa em nossos sistemas. A atualização recente não afeta as dezenas de milhares de empresas que oferecem suporte ao cliente e enviam atualizações relevantes, nem as empresas que utilizam o assistente de IA de sua escolha para conversar com seus clientes.”

– WhatsApp, em nota ao Tecnoblog

Como funcionam as startups?

Chatbot LuzIA no WhatsApp (imagem: reprodução/LuzIA)

As duas companhias atuam com assistentes que executam tarefas bastante difundidas no mercado — criação de imagens, transcrição de áudios, buscas rápidas e outras funções generalistas —, realizadas diretamente no WhatsApp, sem que o usuário precise acessar um app externo.

A Luzia, criada em Madri em 2023, direciona boa parte de sua operação ao público brasileiro. Segundo a empresa, são mais de 83 milhões de usuários no planeta, e o Brasil responde por aproximadamente metade desse volume.

Em maio, a startup recebeu um aporte de US$ 13,5 milhões (cerca de R$ 72 milhões) da Prosus, grupo que também é investidor do iFood. Com o investimento, a companhia ampliou sua presença local com a abertura de uma unidade em São Paulo.

A Zapia, por sua vez, nasceu no Uruguai pelas mãos de três fundadores e também tem o Brasil como principal mercado de expansão. Em abril, a empresa levantou US$ 7 milhões (R$ 37 milhões) — igualmente com participação da Prosus — para acelerar seu crescimento e desenvolver novos recursos.
Empresas de IA abrem processo contra WhatsApp no Brasil

Empresas de IA abrem processo contra WhatsApp no Brasil
Fonte: Tecnoblog

IA já é capaz de ocupar 11,7% dos empregos nos EUA, diz estudo

IA já é capaz de ocupar 11,7% dos empregos nos EUA, diz estudo

Estudo leva em consideração as habilidades exigidas dos trabalhadores americanos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A IA pode substituir 11,7% dos trabalhadores nos EUA, impactando US$ 1,2 trilhão em salários anuais.
O MIT usou o Project Iceberg e o Iceberg Index para avaliar a substituição de tarefas pela IA, analisando 32 mil habilidades em 923 ocupações.
A IA automatiza funções em recursos humanos, logística, finanças e administração, afetando áreas urbanas e rurais nos EUA.

A inteligência artificial já é capaz de realizar as tarefas de 11,7% dos trabalhadores do mercado dos Estados Unidos, principalmente em áreas como finanças, administração e serviços. São cargos que pagam, no total, US$ 1,2 trilhão em salários anuais (cerca de R$ 6,43 trilhões, em conversão livre).

Os números foram obtidos pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em parceria com o Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL), ligado ao Departamento de Energia do governo americano. “Basicamente, estamos criando um gêmeo digital da força de trabalho dos EUA”, diz Prasanna Balaprakash, diretor do ORNL e um dos líderes da pesquisa.

Como o MIT chegou a esse número?

O MIT criou o Project Iceberg e uma metodologia chamada Iceberg Index. Esse índice é calculado a partir de experimentos com a população e avalia como a IA pode redefinir tarefas, habilidades e fluxos de trabalho.

Inteligência artificial pode automatizar rotinas de escritório (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Para isso, ele considera mais de 32 mil habilidades em 923 ocupações. Cada um dos 151 milhões de trabalhadores é tratado como um agente individual, recebendo marcações relacionadas às suas habilidades. Dessa forma, o índice é capaz de avaliar se os sistemas de IA atuais são capazes de executar as mesmas tarefas.

Quais são os empregos em risco?

Segundo o MIT, a IA consegue automatizar funções de rotina em recursos humanos, logística, finanças e administração de escritórios. Os pesquisadores destacam que essas áreas geralmente são ignoradas nas previsões.

Graças ao Project Iceberg, é possível visualizar os dados no nível municipal, identificando cidades, condados e vilarejos dos EUA que podem ser mais impactados. Contrariando o senso comum, empregos em regiões rurais e interiores dos EUA também estão expostos à IA.

Os cientistas dizem que a parte mais importante da pesquisa é entender quais são as habilidades que já podem ser delegadas aos sistemas automatizados. Assim, responsáveis por políticas públicas podem trabalhar com diferentes cenários. Essa é uma forma de saber melhor para onde direcionar recursos financeiros e como preparar novas legislações sobre o tema.

Com informações da CNBC
IA já é capaz de ocupar 11,7% dos empregos nos EUA, diz estudo

IA já é capaz de ocupar 11,7% dos empregos nos EUA, diz estudo
Fonte: Tecnoblog

Bloco de Notas para Windows 11 vai suportar tabelas e mais IA

Bloco de Notas para Windows 11 vai suportar tabelas e mais IA

Bloco de Notas para Windows 11 vai suportar tabelas e mais IA (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Bloco de Notas passa a suportar tabelas a partir da barra de formatação;

Funções de escrita com IA agora exibem respostas em tempo real em PCs Copilot+;

Nesta fase inicial, recursos estão sendo liberados para testadores nos canais Canary e Dev do Windows 11.

O Bloco de Notas (Notepad) não é mais um simples editor de textos. A Microsoft continua adicionando recursos que tornam a ferramenta mais funcional (e também um pouco mais complexa). As novidades mais recentes são o suporte a tabelas nos textos e respostas de IA em tempo real.

Sobre o suporte a tabelas, trata-se de uma continuação dos recursos de formatação de texto que o Bloco de Notas do Windows 11 já oferece. Não por acaso, a função pode ser acessada justamente a partir da barra de formatação, no topo do aplicativo.

No menu correspondente, você pode definir a quantidade de colunas e linhas da tabela simplesmente selecionando um conjunto de células. Também é possível adicionar tabelas usando o suporte a markdown do Notepad.

Depois de inserida, a tabela pode ser editada para remoção ou adição de colunas e linhas.

Função de tabelas no Bloco de Notas do Windows 11 (imagem: reprodução/Microsoft)

E qual é o novo recurso de IA do Bloco de Notas?

Há quem acredite que, pelo fato de o Bloco de Notas ter a proposta de ser simples e leve, a ferramenta não deveria receber recursos de inteligência artificial generativa. Mas a Microsoft não tem a mesma opinião: as funções de escrever, reescrever e resumir textos com IA agora suportam resultados em tempo real.

Na prática, isso significa que, quando qualquer uma dessas opções for acionada, as respostas aparecerão mais rapidamente, de modo que o usuário não terá que aguardar o resultado completo ser apresentado todo de uma só vez.

Qual o impacto dessa novidade no dia a dia? Somente testando para saber. Mas a Microsoft destaca que, por ora, o recurso só está disponível em computadores Copilot+ (que têm uma NPU com 40 TOPS ou mais). Além disso, é necessário ter uma conta Microsoft para experimentar a funcionalidade.

Resposta de IA em tempo real no Notepad (imagem: reprodução/Microsoft)

Quando os novos recursos chegam ao Bloco de Notas?

Como de hábito, a Microsoft está introduzindo os novos recursos do Notepad nas versões do Windows 11 para os canais Canary e Dev do programa de testes Windows Insider. As novidades exigem a versão 11.2510.6.0 do editor de textos.

Após o feedback dos testadores é que a Microsoft deverá levar as novas funções para a versão final do Bloco de Notas.
Bloco de Notas para Windows 11 vai suportar tabelas e mais IA

Bloco de Notas para Windows 11 vai suportar tabelas e mais IA
Fonte: Tecnoblog