Category: Finanças

Receita: fintechs agora devem seguir regras de transparência dos bancos

Receita: fintechs agora devem seguir regras de transparência dos bancos

Receita Federal: fintechs agora devem seguir regras de transparência dos bancos (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Fintechs agora devem enviar dados regularmente à Receita via sistema e-Financeira, como já fazem os bancos;

Decisão veio após operações policiais identificarem uso de fintechs por organizações criminosas para lavagem de dinheiro;

As novas regras entram em vigor imediatamente, com a publicação da instrução no Diário Oficial da União.

Como parte de um esforço para coibir práticas de lavagem de dinheiro no Brasil, a Receita Federal adotou medidas que obrigam as chamadas fintechs a seguirem as mesmas regras dos bancos no que diz respeito ao fornecimento de informações que ajudam a identificar crimes contra a ordem tributária.

A Instrução Normativa RFB Nº 2.278, que trata das medidas, foi publicada na edição desta sexta-feira (29/08) do Diário Oficial da União.

Basicamente, o documento determina que as instituições sujeitas à instrução enviem informações regularmente à Receita Federal por meio do e-Financeira, sistema que os bancos já utilizam para reportar aberturas ou fechamentos de contas, transferências de dinheiro, pagamentos via cartões, entre outras movimentações financeiras.

A decisão foi tomada após a Polícia Federal e a Receita Federal deflagrarem as operações Carbono Oculto, Quasar e Tank nesta semana para combater atividades criminosas que usavam fintechs para realizar lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. A própria Receita Federal explica:

Fintechs têm sido utilizadas para lavagem de dinheiro nas principais operações do crime organizado, porque há um vácuo regulamentar, já que elas não têm as mesmas obrigações de transparência e de fornecimento de informações a que se submetem todas as instituições financeiras do Brasil há mais de 20 anos.

O crime organizado sabe disso e aproveita essa brecha para movimentar, ocultar e lavar seu dinheiro sujo.

Vale esclarecer que fintechs são empresas que fazem uso da tecnologia para oferecer serviços e produtos financeiros dos mais diversos tipos.

Prédio da Polícia Federal (imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Receita já havia tentado aplicar transparência às fintechs

Na mesma nota, a Receita Federal afirmou que uma instrução normativa foi publicada em 2024 para condicionar as fintechs a obrigações de transparência e fornecimento de dados financeiros, mas que uma onda de desinformação na internet forçou o órgão a revogar as medidas.

Na ocasião, as redes sociais ficaram repletas de mensagens que afirmavam principalmente que as normas anunciadas pela Receita Federal tinham o objetivo de gerar uma “taxação de Pix”.

A Instrução Normativa RFB Nº 2.278 tem artigos mais claros e diretos, de modo a evitar que o documento seja alvo de uma nova onda de desinformação, explica a Receita.

As determinações do órgão entram em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, ou seja, a partir de hoje.
Receita: fintechs agora devem seguir regras de transparência dos bancos

Receita: fintechs agora devem seguir regras de transparência dos bancos
Fonte: Tecnoblog

Pix ganha novas regras para devolver dinheiro de golpes; veja o que muda

Pix ganha novas regras para devolver dinheiro de golpes; veja o que muda

Pix conta com Mecanismo Especial de Devolução (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Banco Central publicou a resolução 493, que atualiza o regulamento do Pix e amplia o Mecanismo Especial de Devolução (MED).

Usuários poderão contestar transações diretamente pelo app de bancos e fintechs, sem precisar do atendimento ao cliente.

O MED vai rastrear valores obtidos ilegalmente e compartilhar dados entre instituições; mudanças entram em vigor entre outubro de 2025 e fevereiro de 2026.

O Pix terá um mecanismo facilitado para contestar transações e rastreará recursos para localizar o dinheiro obtido mediante golpes, fraudes e transferências sob coação. Essas novidades estão presentes na resolução 493, publicada pelo Banco Central nessa quinta-feira (28/08).

O texto atualiza o Regulamento do Pix para aprimorar o chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED) e expandir suas possibilidades de uso. Essa era uma demanda da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) desde 2024.

O que muda na devolução do Pix?

Basicamente, duas dinâmicas da devolução foram alteradas.

Bancos, fintechs e demais empresas deverão disponibilizar uma função para contestar transações por Pix sem necessidade de interação humana.

O MED vai identificar possíveis caminhos do dinheiro obtido ilegalmente, e essas informações serão compartilhadas entre os bancos envolvidos, permitindo a devolução em até 11 dias após a contestação.

Atualmente, é necessário entrar em contato com o atendimento ao cliente para solicitar devolução. Além disso, o MED só consegue “checar” se o dinheiro está na conta que recebeu o valor diretamente da vítima; se ele foi transferido ou sacado, não é possível ressarcir o cliente. Segundo o BC, o rastreamento também ajudará a identificar e desativar contas usadas em fraudes.

Quando isso passa a valer?

Em nota, o Banco Central anunciou que o novo caminho para contestação de transações será disponibilizado a partir de 1º de outubro de 2025. Já o rastreamento será facultativo a partir de 23 de novembro de 2025, tornando-se obrigatório em 2 de fevereiro de 2026.

Com informações do Banco Central e do Estadão Conteúdo/UOL
Pix ganha novas regras para devolver dinheiro de golpes; veja o que muda

Pix ganha novas regras para devolver dinheiro de golpes; veja o que muda
Fonte: Tecnoblog

Nubank revela novo cartão Ultravioleta, com 2,2 pontos por dólar e salas VIP

Nubank revela novo cartão Ultravioleta, com 2,2 pontos por dólar e salas VIP

Cartão de crédito Ultravioleta garante 2,2 pontos por dólar gasto ou 1,25% de cashback (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Nubank Ultravioleta passa a oferecer 2,2 pontos por dólar ou 1,25% de cashback em compras tradicionais. Os valores sobem para 9 pontos e 5%, respectivamente, em compras no Nu Viagens.
Cartão de crédito tem IOF zerado em compras internacionais.
Acesso ao cartão está mais caro. Clientes atuais têm condições especiais por 12 meses.

Os seletos clientes do cartão de crédito Nubank Ultravioleta Mastercard Black passam a contar com um novo rol de benefícios, em mais um movimento em direção ao segmento de alta renda. Por exemplo, a pontuação está mais generosa e o IOF fica zerado em todas as compras internacionais. Em contrapartida, o acesso está mais caro e a empresa encerrou a aplicação com 200% do CDI.

Além disso, o Nubank explicou que o cliente poderá escolher a mecânica de pontos ou cashback. A partir daí, o recebimento se torna instantâneo e o saldo também é atualizado em tempo real. O anúncio ocorre num evento em São Paulo, com a presença do Tecnoblog.

Livia Chanes é CEO do Nubank (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A CEO Livia Chanes contou que a operação brasileira dobrou o número de clientes Ultravioleta no ano passado, sem entregar os números absolutos. Ela disse que estudos foram feitos para determinar que, nesta reformulação, o cartão de crédito premium contemple as necessidades de viajantes habituais.

Benefícios do novo programa Ultravioleta

A vice-presidente e gerente-geral Aly Ahearn listou os seguintes benefícios da nova geração do Ultravioleta. Alguns deles são novidades, enquanto outros foram preservados.

Recompensa em compras tradicionais: 2,2 pontos por dólar gasto ou 1,25% de cashback

Recompensa em compras no serviço Nu Viagens: 9 pontos por dólar gasto ou 5% de cashback

IOF zerado em compras internacionais

Acesso à internet móvel, com franquia de 10 GB por ano e cobertura em mais de 150 países; o acesso não tem data de expiração

Acesso ilimitado (titular e acompanhantes) ao Lounge Ultravioleta no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo

4 acessos gratuitos (mais dependentes) por ano a mais de 1,7 mil salas VIP da rede Priority Pass

4 cartões adicionais gratuitos

Integração com programas de milhas Azul Fidelidade, Latam Pass e Smiles, com paridade de 1/1

Os usuários poderão visualizar os saldos em pontos ou cashback, e decidir caso a caso a forma de utilizá-los.

O banco digital prometeu cotações de câmbio competitivas e spread zerado em mais de 40 moedas, por meio de sua conta global. Também disse que as primeiras campanhas de transferência bonificada com outros programas de milhas devem ser divulgadas a partir de amanhã (20).

Nubank detalha as novidades do cartão Ultravioleta durante evento em São Paulo (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Quanto custa o Ultravioleta?

As novidades do cartão Nubank Ultravioleta estão atreladas a custos mais altos. Novos clientes deverão pagar a nova mensalidade R$ 89. A isenção é oferecida a clientes com gastos mensais de R$ 8 mil ou investimentos de R$ 50 mil.

O banco digital decidiu manter as condições dos atuais clientes pelos próximos 12 meses. Ou seja, a mensalidade fica em R$ 49 e as isenções, ao alcançar R$ 5 mil e R$ 50, respectivamente. Aly Ahearn disse que é um gesto para valorizar consumidores que estão no Ultravioleta há mais tempo.

O rendimento automático de 200% do CDI foi encerrado. Segundo Aly Ahearn, o formato anterior era um incentivo para que as pessoas preservassem o dinheiro e não realizassem mais viagens. Segundo cálculos do banco digital, o cashback de 1,25% será mais vantajoso para nove em cada dez consumidores.

Thássius Veloso viajou para São Paulo a convite do Nubank.
Nubank revela novo cartão Ultravioleta, com 2,2 pontos por dólar e salas VIP

Nubank revela novo cartão Ultravioleta, com 2,2 pontos por dólar e salas VIP
Fonte: Tecnoblog

O que é CBDC? Saiba como funcionam as moedas emitidas por bancos centrais

O que é CBDC? Saiba como funcionam as moedas emitidas por bancos centrais

CBDCs são moedas digitais emitidas por bancos centrais (imagem: Reprodução)

Central Bank Digital Currency (CBDC) é uma versão digital da moeda fiduciária de um país, emitida e controlada pelos Bancos Centrais. Ela visa modernizar os sistemas de pagamento, oferecendo uma alternativa digital ao dinheiro físico e promovendo a inclusão financeira.

As CBDCs são divididas em duas categorias principais: as moedas digitais de varejo, acessíveis ao público geral, e as moedas digitais de atacado, restritas a instituições financeiras. Ambas buscam otimizar as transações e reduzir custos operacionais.

O funcionamento de uma CBDC envolve os Bancos Centrais emitindo e gerenciando a moeda digital, que pode ser baseada ou não em tecnologia blockchain. A distribuição ocorre por meio de bancos comerciais, garantindo a segurança e a integração com o sistema financeiro.

Entenda melhor o que são CBDCs, para que servem as moedas digitais e seus benefícios. Também saiba a diferença entre uma moeda digital, uma moeda tradicional e uma criptomoeda.

ÍndiceO que é CBDC?O que significa CBDC?Para que serve uma CBDC?Como funcionam as CBDCsQuais são os tipos de CBDCs?Quais são exemplos de CBDCs?O Brasil tem uma CBDC?Quais são os benefícios da CBDC?Quais são as limitações da CBDC?Qual é a diferença entre CBDC e moeda tradicional?Qual é a diferença entre CBDC e criptomoeda?

O que é CBDC?

Central Bank Digital Currency, ou CBDC, é uma moeda digital oficial emitida pelo Banco Central de um país, funcionando como uma versão eletrônica da moeda fiduciária. A CBDC tem seu valor fixo e equivalente à moeda tradicional, oferecendo um meio de pagamento digital seguro e regulado para promover a inclusão financeira.

O que significa CBDC?

CBDC é a sigla em inglês para Central Bank Digital Currency, ou Moeda Digital de Banco Central. Ela se refere a forma de dinheiro emitida e regulamentada por um Banco Central, existindo exclusivamente em formato digital.

CBDC visam facilitar o meio de pagamento digital e promover a inclusão financeira (imagem: Growtika/Unsplash)

Para que serve uma CBDC?

Uma CBDC pode servir a diversos propósitos, dependendo dos objetivos de cada Banco Central. Em geral, ela busca proporcionar maior privacidade, conveniência, acessibilidade e segurança nas transações financeiras para empresas e consumidores.

A versão digital da moeda fiduciária também visa reduzir os custos de manutenção de um sistema financeiro complexo e de transações internacionais. Além disso, ela oferece opções mais econômicas para indivíduos que usam métodos alternativos de transferência de dinheiro.

Por fim, a CBDC atua na mitigação dos riscos associados à alta volatilidade das criptomoedas. Ela contribui para a estabilidade econômica geral e beneficia consumidores e empresas ao fornecer um meio digital seguro.

Como funcionam as CBDCs

As CBDCs são emitidas e reguladas diretamente pelo Banco Central, podendo ser distribuídas pelos bancos comerciais ou independentemente. Elas funcionam como um passivo do BC, oferecendo uma alternativa digital segura e confiável ao dinheiro físico e aos depósitos bancários tradicionais.

A infraestrutura por trás das CBDCs pode ser centralizada ou usar uma Tecnologia de Registro Distribuído (DLT), como a tecnologia blockchain, para registrar transações. Isso permite que as operações sejam processadas de forma rápida e segura, com os usuários acessando os fundos por meio de uma carteira digital.

A integração com sistemas como o Open Finance aprimora a interoperabilidade e a facilidade de uso das CBDCs. Essa conectividade simplifica uma série de ações financeiras e pagamentos, permitindo fluxos de dados mais eficientes.

Com essas características, as CBDCs prometem modernizar o sistema financeiro, tornando-o mais acessível e inovador. Elas representam um passo significativo na evolução do dinheiro, adaptando-o à era digital.

As CBDCs podem operar dentro de uma blockchain, como as criptomoedas (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Quais são os tipos de CBDCs?

Existem dois tipos principais de CBDCs, cada um com características de uso e público-alvo:

Varejo (Retail): destinadas ao público geral, incluindo consumidores e empresas, para pagamentos diários. Podem ser baseadas em tokens, oferecendo mais privacidade, ou em contas, exigindo identificação para as transações;

Atacado (Wholesale): projetadas para uso entre instituições financeiras, como bancos comerciais, para grandes transações interbancárias. Funcionam de forma similar às reservas mantidas em um Banco Central, podendo ser influenciadas por políticas monetárias.

Quais são exemplos de CBDCs?

Conforme os dados do Atlantic Council, apenas três países lançaram oficialmente suas próprias CBDCs: as Bahamas com o Sand Dollar (2020), a Nigéria com o eNaira (2021) e a Jamaica com o JAM-DEX (2022). Todas essas iniciativas visam expandir o acesso e a eficiência dos pagamentos domésticos.

Além desses, outros países estão em fases avançadas de pesquisa, desenvolvimento ou projetos-piloto das próprias CBDCs. Alguns exemplos são a China (e-CNY), Índia (Rúpia Digital), Rússia (Rublo Digital), União Europeia (Euro Digital) e a União Monetária do Caribe Ocidental (DCash).

O Brasil tem uma CBDC?

Não, o Brasil ainda não possui uma CBDC totalmente implementada. No entanto, o Banco Central do Brasil está em fase avançada de desenvolvimento do Drex, versão digital do Real, que está atualmente em projeto-piloto.

O Drex se diferencia de uma CBDC tradicional por ser uma moeda digital acessível apenas por meio de intermediários financeiros autorizados. Ela tem o objetivo de facilitar transações seguras com ativos digitais, usando a tecnologia de registro distribuído (DLT).

Moeda digital brasileira, o Drex foi oficializado pelo Banco Central em agosto de 2023 (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Quais são os benefícios da CBDC?

As CBDCs oferecem diversas vantagens para consumidores e empresas, aprimorando o sistema financeiro de várias maneiras:

Inclusão financeira: ampliam o acesso a serviços financeiros para pessoas sem conta bancária ou financeiramente excluídas, promovendo maior participação econômica;

Eficiência dos pagamentos: fornecem uma forma digital e segura de dinheiro do Banco Central, agilizando transações para empresas e consumidores;

Redução dos custos de infraestrutura: diminuem a dependência de infraestruturas caras que conectam consumidores a bancos centrais, otimizando o sistema;

Transações internacionais eficientes: facilitam pagamentos internacionais mais rápidos e com custos reduzidos, impulsionando o comércio global;

Rastreabilidade aprimorada: simplificam processos como a arrecadação de impostos, tornando as transações digitais mais transparentes e rastreáveis;

Estímulo ao crescimento econômico: contribuem para o desenvolvimento econômico ao tornar as transações financeiras mais eficientes e acessíveis;

Privacidade e segurança reforçados: podem aumentar a proteção dos dados dos usuários por meio de uma infraestrutura pública, frequentemente baseada em blockchain.

Quais são as limitações da CBDC?

Apesar do amplo potencial, as CBDCs possuem questões que representam desafios e riscos significativos:

Privacidade: a natureza centralizada pode levar a uma vigilância governamental excessiva, levantando preocupações sobre a privacidade financeira dos usuários, mesmo com a intenção de combater crimes;

Segurança: as CBDCs são alvos potenciais para ciberataques, fraudes e roubos como outras formas de dinheiro digital, exigindo sistemas de segurança robustos;

Impacto econômico: a introdução de uma moeda digital pode impactar a política monetária, influenciando as taxas de juros, a disponibilidade de crédito e a estabilidade econômica geral, exigindo uma gestão cuidadosa;

Instabilidade financeira: o aumento repetindo na demanda para converter depósitos bancários em CBDC poderia desestabilizar o sistema financeiro tradicional;

Investimento técnico: a implementação de uma moeda digital requer um amplo investimento em infraestrutura tecnológica, incluindo sistema de TI, segurança cibernética e interoperabilidade com sistemas financeiros existentes;

Excesso de poder do Banco Central: as CBDCs poderiam conceder aos Bancos Centrais um controle sem precedentes sobre a economia e os cidadãos, levantando questões sobre os limites de sua autoridade e independência.

Qual é a diferença entre CBDC e moeda tradicional?

A CBDC é uma forma digital da moeda nacional de um país, emitida e controlada pelo Banco Central. Ela existe apenas em formato eletrônico, com o mesmo valor da moeda física, e visa modernizar pagamentos e impulsionar a inclusão financeira.

A moeda tradicional, ou fiduciária, é o dinheiro físico (cédulas e moedas) e as reservas bancárias que circulam em uma economia. Emitida pelo governo e controlada pelo Banco Central, ela serve como base do sistema financeiro.

Qual é a diferença entre CBDC e criptomoeda?

CBDC é uma versão digital da moeda fiduciária de um país, emitida e controlada diretamente pelo Banco Central. Ela oferece a mesma estabilidade e confiança da moeda física, mas em formato eletrônico para transações e transferências.

Criptomoedas são moedas digitais descentralizadas que operam em uma tecnologia de blockchain, permitindo transações diretas entre pares sem a necessidade de intermediários. A natureza descentralizada e a dinâmica de oferta e demanda podem levar a uma alta volatilidade em seu valor de mercado.
O que é CBDC? Saiba como funcionam as moedas emitidas por bancos centrais

O que é CBDC? Saiba como funcionam as moedas emitidas por bancos centrais
Fonte: Tecnoblog

O que é Pix? Entenda tudo sobre o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro

O que é Pix? Entenda tudo sobre o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro

Pix tornou-se o meio de pagamento mais popular do Brasil (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Pix é o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil criado pelo Banco Central, que permite transferências em tempo real e a qualquer hora do dia. Trata-se do principal meio de pagamentos usado em território brasileiro.

O funcionamento do Pix é baseado no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), que é a infraestrutura responsável por se comunicar com os sistemas das instituições de pagamentos, além de processar e liquidar as transações em tempo real.

Exemplos comuns de uso do Pix envolvem transferências cotidianas para familiares ou amigos, pagamentos de compras em lojas físicas ou digitais, ou mesmo quitação de contas fixas (como luz, gás, entre outras).

A seguir, entenda o que é Pix e uma chave Pix, veja formas para fazer ou receber um Pix, e confira os serviços, as vantagens e as desvantagens do sistema de pagamentos instantâneos.

ÍndiceO que é Pix?O que significa Pix?Quem criou o Pix?O que é chave Pix?Quais são os tipos de chave Pix?Para que serve o Pix?Quem pode fazer ou receber Pix?Quais são as principais instituições participantes do Pix?Consigo fazer ou receber Pix sem uma chave Pix?Como funciona o PixQuais são os limites do Pix?O Pix tem taxa de uso?Quais são as opções para fazer um Pix?1. Pagamentos por chaves Pix2. Pagamentos via dados bancários3. Pix por QR Code4. Pix Copia e Cola5. Pix por aproximaçãoQuais são as opções para receber um PixQuais são os serviços de Pix?Quais são as vantagens do Pix?Quais são as desvantagens do Pix?O Pix é seguro?Quais são os principais golpes envolvendo o Pix?Qual é a diferença entre Pix e outros meios de pagamento?

O que é Pix?

Pix é o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, que habilita transferências de recursos em ambiente digital em questão de segundos e a qualquer hora ou dia. Sua proposta é baseada em praticidade, rapidez e segurança para pagamentos ou transferências financeiras.

Importante destacar que o Pix se mantém como o principal meio de pagamento no Brasil desde 2022.

O que significa Pix?

O termo “Pix” é uma combinação das palavras “pagamentos instantâneos” com a letra “x”, usada para representar valores variáveis da matemática e fator de multiplicação. A adoção de um nome curto para a marca remete à algo simples e rápido, que são duas características importantes do meio de pagamento.

Além disso, o manual de marca do Banco Central também afirma que o Pix foi inspirado nas transações financeiras e no pixel (que remete à tecnologia), o que ajuda a explicar o significado do nome.

Ilustração do logo do Pix (Imagem: Divulgação/Banco Central)

Quem criou o Pix?

O Pix é um produto financeiro criado pelo Banco Central do Brasil. A concepção do meio de pagamento teve início em 2016, mas o processo de desenvolvimento começou a partir de 2018, durante a gestão de Ilan Goldfajn no BC. Já o lançamento oficial do Pix ocorreu em novembro de 2020, quando o BC era presidido por Roberto Campos Neto.

O que é chave Pix?

Chave Pix é uma identidade no ecossistema Pix, que facilita o reconhecimento de uma conta. Em outras palavras, a chave Pix é um apelido de sua conta bancária, que substitui os dados tradicionais referentes a agência e conta em pagamentos por Pix.

Logo, a principal função da chave Pix é de simplificar e agilizar as transferências: você poderá fazer um Pix rapidamente bastando inserir a chave Pix da pessoa para localizá-la no ecossistema, assim como terceiros poderão te fazer transferências Pix de maneira prática se você informar sua chave de identificação.

Quais são os tipos de chave Pix?

Existem quatro tipos de chave Pix, classificadas de acordo com o dado usado:

CPF ou CNPJ;

endereço de e-mail;

número de celular;

chave aleatória.

Pessoas Físicas (PFs) podem cadastrar até cinco chaves para cada conta, enquanto Pessoas Jurídicas (PJs) conseguem gerar até 20 chaves Pix por conta. Mas vale destacar que não é possível usar uma mesma chave Pix para contas diferentes.

Também é possível transferir uma chave Pix de uma instituição para outra por meio do Open Finance ou alterar o nome vinculado a uma chave. Para gerenciar ou ver suas chaves Pix cadastradas, basta acessar sua conta bancária e procurar pela opção dentro da área Pix.

Para que serve o Pix?

O Pix serve para melhorar a eficiência do mercado de pagamentos no Brasil, de modo geral. E o Banco Central lista alguns pontos importantes que explicam a função do Pix, bem como as motivações para a criação do sistema de pagamentos:

Reduzir custos de operação: o Pix tem a função de tornar os pagamentos mais acessíveis, uma vez que as operações de dinheiro em espécie e transações eletrônicas têm custos elevados;

Tornar pagamentos mais convenientes: o Pix traz praticidade e agilidade com pagamentos instantâneos, e não tem lacunas como o tempo de liquidação de boletos bancários ou falta de compatibilidade de operações de débito ou crédito;

Promover competição do mercado: a competição do mercado brasileiro fica mais acirrada, uma vez que o ecossistema Pix é distribuído de forma igualitária e reúne mais players do setor além dos bancos tradicionais;

Adequar-se às novas tendências: a criação do Pix também foi influenciada pela adesão de novas tecnologias, como smartphones, aplicativos, grandes conjuntos de dados, e ferramentas de biometria;

Incentivar a inovação: a inclusão digital e financeira são outros propósitos que motivaram a criação do Pix;

Melhorar a segurança nas transações: o Pix conta com mecanismos de segurança (como assinaturas digitais) para validar transações, e permite o rastreamento das transferências para fiscalizar e mitigar casos de lavagem de dinheiro.

O Pix tem diversas funções em prol da melhoria do sistema de pagamentos brasileiro (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Quem pode fazer ou receber Pix?

Qualquer Pessoa Física ou Pessoa Jurídica pode fazer e receber Pix, desde que tenha uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga em uma das instituições participantes do Pix.

Quais são as principais instituições participantes do Pix?

A lista de participantes ativos do Pix conta com mais de 900 players, incluindo bancos, cooperativas de crédito, fintechs, além de divisões ou instituições de pagamentos. Dentre as principais instituições, estão:

Banco Bradesco;

Banco BTG Pactual;

Banco do Brasil;

Banco Inter;

Banco Itaú;

Banco Original;

Banco Pan;

Banco Santander;

Banco XP;

C6 Bank;

Caixa Econômica Federal;

Cielo;

Galaxy Pay;

Google Pay;

Mercado Pago;

Nubank;

PagSeguro;

PicPay;

Shopee;

Sicoob;

Sicredi;

Stone.

Consigo fazer ou receber Pix sem uma chave Pix?

Sim, desde que você tenha conta em uma das instituições cadastradas no Pix. Para fazer ou receber uma transferência Pix sem uma chave Pix, basta que você ou a outra pessoa insira os dados bancários (número da agência e conta) na seção “Pix” do app bancário ou da página de internet banking.

É importante lembrar que a chave Pix é apenas um facilitador para identificar a conta da pessoa no ecossistema, mas não é um dado obrigatório. Logo, uma transferência Pix pode ser realizada mesmo que as duas partes não possuam uma chave Pix.

Como funciona o Pix

O Pix tem funcionamento centralizado no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), que consiste em uma infraestrutura para liquidação dos pagamentos instantâneos entre instituições no Brasil. É esse sistema que intermedia as transferências, enviando mensagens e solicitações para instituições do pagador e do recebedor.

Uma transferência Pix começa quando o prestador de serviços de pagamento (PSP) envia uma solicitação de pagamento ao SPI para dar andamento à operação. O SPI então bloqueia o montante na conta de pagamentos instantâneos (PI) do pagador, e envia uma mensagem com os dados de transferência para o PSP do recebedor.

Depois, o PSP do recebedor valida a conta do usuário recebedor, e solicita o prosseguimento da transferência ao SPI. Feito isso, o SPI diminui o saldo da Conta PI do pagador, e aumenta o saldo da Conta PI do PSP do recebedor. Os PSPs então enviam mensagens de confirmação após a transação ser concluída.

Importante destacar que certificados digitais validam as mensagens trocadas entre PSPs e SPI, de modo a confirmar identidades e evitar fraudes. E todo o processo ocorre em questão de segundos, o que proporciona agilidade para os pagamentos.

Fluxo com liquidação imediata da ordem de pagamento do Pix (Imagem: Divulgação/Banco Central do Brasil)

Quais são os limites do Pix?

As regras do Pix relacionadas a limitações variam de acordo com modalidade, horário, e determinações do Banco Central ou das instituições financeiras. Não há limite mínimo para transações Pix, mas as limitações implicam no valor máximo das operações:

Limite em valoresPeríodoRecebedor (PF)igual ao limite diário para TEDdas 6h às 20hRecebedor (PF)até R$ 1.000 das 20h às 6h (pode ser ajustado das 22h às 6h)Recebedor (PJ)igual ao limite diário para TED, a menos que o usuário solicite outro valorPix Saque/Pix Troco (participantes)até R$ 3.000 por transaçãodas 6h às 20hPix Saque/Pix Troco (participantes)até R$ 1.000 por transaçãodas 20h às 6hPix Saque/Pix Troco (usuários)entre R$ 1.000 e R$ 3.000 por períododas 6h às 20hPix Saque/Pix Troco (usuários)até R$ 1.000 por períododas 20h às 6h (pode ser ajustado das 22h às 6h)Pix Agendadoigual ao limite diário para TEDpor diaPix Agendadoaté R$ 1.000,00, quando o agendamento for programado para o dia seguintedas 20h às 24hPix Automáticoigual ao limite diário para TEDpor dia

A tabela acima deve considerar algumas observações ressaltadas pelo BC:

caso a instituição não ofereça TED, os limites não podem ser menores que os das transferências entre contas da entidade (a menos que o usuário solicite);

para o Pix Troco, o limite se aplica apenas ao valor em espécie fornecido;

valores de transações com Pix não são considerados no limite do Pix Agendado e Pix Automático;

os horários podem se referir ao domicílio do usuário ou horário de Brasília (a critério do participante).

Além disso, é importante destacar que instituições podem estabelecer limites máximos distintos, baseados em seus próprios critérios de mitigação de fraudes e prevenção à lavagem de dinheiro. E os usuários podem solicitar ajustes dos limites estabelecidos pelas instituições participantes, se necessário.

O Pix tem taxa de uso?

Sim. O Banco Central informa que transações Pix podem ser tarifadas se forem configuradas como situações de compra, a exemplo dos seguintes casos:

se PFs, MEIs ou EIs receberem mais de 30 Pix por mês;

se PFs, MEIs ou EIs receberem Pix por QR Code dinâmico;

se PFs, MEIs ou EIs receberem Pix de outra empresa;

recebimento de pagamentos em uma conta de uso exclusivamente comercial (definida em contrato);

se PJs pagarem ou receberem com Pix.

Quais são as opções para fazer um Pix?

Há diversas formas de se fazer um Pix, desde que você tenha acesso ao aplicativo ou internet banking de sua instituição financeira ou carteira digital. Você pode fazer Pix pelas seguintes maneiras:

1. Pagamentos por chaves Pix

Pagamentos a partir da inserção da chave Pix (CPF/CNPJ, e-mail, telefone celular ou chave aleatória) da pessoa ou estabelecimento.

2. Pagamentos via dados bancários

Transferências a partir da inserção dos dados bancários (como agência e conta) da pessoa ou estabelecimento, ao invés de usar chaves Pix.

3. Pix por QR Code

Pagamentos via Pix a partir da leitura de QR Codes, sejam eles do tipo estático (quando o pagador precisa definir o valor da transação) ou do tipo dinâmico (código exclusivos gerados para cada transferência).

4. Pix Copia e Cola

Transações que permitem ao usuário copiar e colar o código gerado para a transferência na seção Pix de sua instituição financeira.

5. Pix por aproximação

Tipo de transação Pix que usa a tecnologia NFC de dispositivos móveis para habilitar pagamentos Pix sem fio, a partir de apps de banco ou de carteiras digitais.

Quais são as opções para receber um Pix

Para receber um Pix, basta informar sua chave Pix para o pagador para que ele insira os dados na hora da operação. Se preferir, você também pode criar um QR Code e mostrá-lo ao pagador, que poderá fazer a transferência ao ler o código ou pelo método Pix Copia e Cola.

O recebimento de Pix também é válido para quem não tem chave Pix. Para estes casos, o pagador deverá inserir manualmente os dados bancários da conta do recebedor.

Quais são os serviços de Pix?

O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos que conta com serviços diversificados para atender a diferentes necessidades. Os principais serviços do Pix abrangem:

Pix tradicional: modalidade tradicional do Pix, que habilita transferências e pagamentos instantâneos a Pessoas Físicas ou Pessoas Jurídicas;

Pix Copia e Cola: serviço que dá prosseguimento a uma transferência ou pagamento via Pix por meio de um código gerado pelo recebedor;

Pix Saque: serviço em que o usuário faz um Pix para um estabelecimento autorizado pelo BC, e retira o montante da transferência em dinheiro físico;

Pix Troco: modalidade em que o pagamento de uma compra é feito via Pix de valor maior, e o troco é recebido em dinheiro físico;

Pix Cobrança: instrumento que permite cobranças via Pix QR Code ou Pix Copia e Cola, tanto para pagamentos imediatos quanto para pagamentos com vencimentos em datas futuras;

Pix Parcelado: modalidade de pagamento em que o pagador divide o valor total do Pix em parcelas mensais, enquanto o recebedor recebe o montante total de uma vez;

Pix Agendado: recurso em que você programa uma única vez um pagamento para uma data futura;

Pix por aproximação: serviço que usa a tecnologia NFC de dispositivos móveis para habilitar pagamentos Pix por aproximação, por meio de apps bancários ou de uma carteira digital autorizada pelo BC;

Pix Automático: recurso para pagamentos automáticos via Pix de contas recorrentes (como energia, internet, gás, entre outras);

Mecanismo Especial de Devolução (MED): mecanismo do Pix usado para facilitar devoluções em casos de fraudes, de modo a aumentar as possibilidades de a vítima reaver o dinheiro;

Pix no Crédito: modalidade em que a transferência ou pagamento Pix é cobrado na fatura do cartão de crédito ao invés de ser debitado de forma imediata.

Há diversos tipos de serviço do Pix para diferentes necessidades de uso (Imagem: Bruno Peres/Agência Brasil)

Quais são as vantagens do Pix?

O Pix possui diversas vantagens de uso, que o tornaram o principal meio de pagamento do Brasil. Dentre os principais benefícios do meio de pagamento, estão:

Rapidez nas transações: transferências e pagamentos via Pix são concluídos em questões de segundos, devido à agilidade do sistema;

Operação contínua: o Pix é um serviço que funciona 24 horas por dia e sete dias por semana (inclusive nos feriados);

Ampla integração: mais de 900 instituições financeiras participam do Pix e disponibilizam o meio de pagamento;

Funcionamento simplificado: a experiência para transferências e recebimentos Pix é intuitiva e simplificada, de modo a facilitar o uso por usuários sem familiaridade com tecnologia;

Custo zero em muitos casos: grande parte das operações Pix é gratuita;

Múltiplos serviços: há diversos serviços relacionados ao Pix para transferências, pagamentos e até saques;

Baixa barreira de entrada: para usar o Pix, basta ter uma conta em uma instituição bancária que participa do programa Pix.

Quais são as desvantagens do Pix?

O Pix também tem algumas desvantagens de uso, a exemplo de:

Exploração por golpistas: o Pix é alvo de golpistas e cibercriminosos, principalmente tratando-se de fraudes de engenharia social;

Limites em transferências: operações via Pix podem ter algumas limitações influenciadas por valor das transferências, período do dia, tipo de conta (PF ou PJ), bem como a instituição financeira utilizada;

Tarifas de uso em certos casos: algumas operações Pix podem ser tarifadas em situações específicas;

Falta de opções para cancelamento: não há maneira de cancelar um Pix após a transação, você precisará usar o MED ou entrar em contato com a pessoa que recebeu a operação por engano para tentar reaver o dinheiro;

Dependência de internet: o Pix depende da internet para validar as solicitações e concluir as transferências ou pagamentos.

O Pix é seguro?

Sim. O funcionamento do Pix envolve diversos sistemas de segurança, como a autenticação do usuário para início da transação, validações por certificados digitais, e criptografia do tráfego das informações para assegurar as operações.

Além disso, o desenho tecnológico do Pix permite que todas as operações sejam rastreáveis, ou seja, tanto as contas pagadoras quanto as recebedoras podem ser mapeadas.

Mas apesar disso, o Pix não está imune a golpes: cibercriminosos e golpistas cada vez mais aprimoram técnicas para enganar vítimas, e roubar dinheiro.

Quais são os principais golpes envolvendo o Pix?

Golpes envolvendo Pix são principalmente baseados em técnicas de engenharia social, com o intuito de enganar a vítima e fazer com que ela efetue as ações. Os principais golpes de Pix incluem:

QR Code adulterado: golpe em que cibercriminosos alteram o QR Code de um pagamento ou doação por códigos QR próprios, com o intuito de embolsarem o valor das transferências;

Falso comprovante: fraude feita por pagadores, que criam ou editam um comprovante Pix falso para alegação de que o pagamento já foi realizado;

Pix errado: golpistas mandam um Pix na conta da vítima e solicitam ressarcimento via Mecanismo Especial de Devolução, com o objetivo de receberem o valor dobrado caso a vítima devolva o valor por uma nova transferência;

Pix multiplicador: golpe com a falsa promessa de que um Pix de determinado valor enviado será multiplicado e devolvido;

Falso atendimento: fraude em que golpistas se passam pelo suporte técnico da instituição bancária e induzem vítimas a fazer um Pix para testar o funcionamento do sistema ou de uma chave Pix.

Pix também é explorado para golpes e fraudes, assim como os demais meios de pagamento (Imagem: Guilherme Reis/Tecnoblog)

Qual é a diferença entre Pix e outros meios de pagamento?

Uma das principais diferenças entre Pix e demais meios de pagamento está na velocidade das transações. As operações via Pix ocorrem de maneira imediata (em questões de segundos), e não dependem de horas ou dias para a liquidação como ocorre em TED, DOC ou boletos bancários.

Outro grande diferencial do Pix refere-se à ampla disponibilidade: o sistema do Pix funciona 24 horas por dia e sete dias por semana, inclusive em feriados. Já transferências do tipo TED ou DOC costumam funcionar somente até às 17h e 22h, respectivamente, com variações de instituição para instituição.

Além disso, transferências Pix que não envolvam questões comerciais costumam ser gratuitas, enquanto outros tipos de pagamento envolvem tarifas específicas, principalmente entre instituições bancárias diferentes.

O Pix também se diferencia em termos de praticidade, já que as operações podem ser feitas diretamente de smartphones e não dependem de um cartão ou cédula física. E o funcionamento do Pix reduz a exposição de dados bancários, uma vez que a chave Pix pode substituir dados como agência e conta.
O que é Pix? Entenda tudo sobre o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro

O que é Pix? Entenda tudo sobre o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro
Fonte: Tecnoblog

Suspeito de ataque hacker a bancos é preso pela Polícia Civil

Suspeito de ataque hacker a bancos é preso pela Polícia Civil

Homem foi preso após investigação do Deic (imagem: Kevin Horvat/Unsplash)

Resumo

A Polícia Civil de São Paulo prendeu João Nazareno Roque, funcionário da C&M Software suspeito de facilitar o ataque hacker contra o sistema do Banco Central.
Roque teria fornecido senha a hackers e permitido acesso pelo seu próprio computador.
Ele teria recebido R$ 5 mil para liberar o acesso e, depois, mais R$ 10 mil para ajudar a criar um sistema para desvios.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nessa quinta-feira (03/07) o homem acusado de facilitar um dos maiores ataques hackers já registrados contra o sistema financeiro nacional. Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o alvo é João Nazareno Roque, funcionário da C&M Software (CMSW) — empresa que conecta sistemas de bancos e fintechs ao Pix do Banco Central.

Segundo o G1, Roque teria permitido o acesso de criminosos a sistemas sigilosos usando seu próprio computador. O ataque veio a público na quarta-feira (02/07) e afetou pelo menos seis instituições financeiras.

Entenda o caso

A fraude veio à tona depois que a BMP, cliente da C&M Software, registrou um boletim de ocorrência relatando desvios milionários. A própria C&M também notificou o Banco Central (BC) sobre um ataque. 

Ainda não há confirmação oficial do valor total desviado, mas a estimativa é de algo em torno de R$ 800 mil e R$ 1 bilhão. A polícia bloqueou uma conta com R$ 270 milhões, que teria sido usada para receber o dinheiro. O BC também não informou o nome de todas as instituições afetadas.

O suspeito disse à polícia que recebeu R$ 5 mil em maio deste ano para liberar o acesso aos hackers e outros R$ 10 mil para ajudar a criar um sistema que permitisse os desvios, ainda de acordo com o G1. Ele teria trocado de celular a cada 15 dias para evitar que fosse rastreado.

Roque contou que foi abordado por WhatsApp para fornecer o login e a senha que abriram a porta para a invasão ao sistema de pagamentos instantâneos da CMSW.

A prisão aconteceu no bairro City Jaraguá, na Zona Norte da capital paulista. A investigação ainda apura a extensão dos prejuízos e outros envolvidos no esquema.

A C&M atua como uma ponte para que bancos menores e fintechs se conectem aos sistemas do BC e realizem operações como o Pix. Para isso, a empresa opera contas de reservas, que funcionam como uma espécie de conta corrente mantida pelas instituições financeiras dentro do BC, usada para processar e liquidar transações. 

Logo após o ataque, o Banco Central suspendeu o acesso das instituições afetadas aos sistemas operados pela C&M. A suspensão, que era total, foi revisada e virou uma suspensão parcial.

Com informações do G1
Suspeito de ataque hacker a bancos é preso pela Polícia Civil

Suspeito de ataque hacker a bancos é preso pela Polícia Civil
Fonte: Tecnoblog

Nubank fora do ar? Dinheiro das caixinhas não cai na conta, dizem clientes

Nubank fora do ar? Dinheiro das caixinhas não cai na conta, dizem clientes

Investimentos não funcionam corretamente na manhã de quarta (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Clientes do Nubank relatam que o dinheiro resgatado das caixinhas não caiu na conta. Segundo os usuários, os valores retirados desde terça-feira (17/06) sumiram dos investimentos, mas não apareceram no saldo. As reclamações aparecem no X (antigo Twitter), no Instagram e no DownDetector (site que monitora problemas em serviços.

Notícia urgente
O Tecnoblog está apurando o problema nas caixinhas do Nubank e atualizará este texto com mais informações.

Segundo o DownDetector, os relatos envolvendo o Nubank começaram na manhã de quarta-feira (18/06), com um pico por volta das 10h.

DownDetector identificou reclamações na manhã de 18/06 (imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Entre os relatos encontrados no X, alguns clientes dizem que os depósitos feitos nas caixinhas também demoraram para entrar. O maior volume de casos, porém, é mesmo envolvendo os resgates.

Meu dinheiro está preso na Caixinha Turbo da Nubank, que supostamente tem resgate imediato, mas a Nubank não me permite sacar. Impressionante!@nubank— Anacrf (@Anafreitas1456) June 18, 2025

Alô, @nubank poderia fazer o favor de liberar o dinheiro da minha “Caixinha” e aparecer com o dinheiro que guardei a mais e sumiu?Se eu precisasse pra amanhã, semana que vem, eu solicitaria depois e não agora.— Luís Guilherme (@LClaroGuilherme) June 18, 2025

Clientes também recorreram aos comentários de publicações do Nubank no Instagram para expor sua insatisfação.

No Instagram, clientes reclamam do dinheiro que não entrou nas caixinhas ou não saiu delas (imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)
Nubank fora do ar? Dinheiro das caixinhas não cai na conta, dizem clientes

Nubank fora do ar? Dinheiro das caixinhas não cai na conta, dizem clientes
Fonte: Tecnoblog

Pix Automático: Claro, TIM e Vivo confirmam nova forma de pagamento

Pix Automático: Claro, TIM e Vivo confirmam nova forma de pagamento

Claro, TIM e Vivo vão aderir ao Pix Automático (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Claro, TIM e Vivo vão disponibilizar a opção de Pix Automático para os seus clientes.

O Pix Automático é uma modalidade de pagamento recorrente e começou a funcionar oficialmente nessa segunda-feira (16/06).

As operadoras ainda não informaram prazo ou previsão para a disponibilidade.

O Pix Automático começou a funcionar em 16 de junho e, com isso, várias empresas estão anunciando planos para aderir à modalidade. Entre elas estão as três maiores operadoras de telecomunicações do Brasil: em breve, Claro, TIM e Vivo vão permitir que clientes façam pagamentos recorrentes via Pix.

É o que revela a Mobile Time. De acordo com o veículo, as três operadoras têm projetos para implementar o Pix Automático, embora nenhuma delas tenha informado em quais serviços a modalidade será ofertada.

Mas, pela lógica, o Pix Automático deverá ser oferecido como opção de pagamento a clientes de planos móveis pós-pago ou controle, bem como àqueles que assinam planos de internet fixa ou TV.

A razão disso é que, por ser uma modalidade de pagamento recorrente, o Pix Automático pode ser oferecido como uma alternativa ao cartão de crédito, ao débito automático em conta e até aos boletos.

Nenhuma operadora deu prazo ou previsão de disponibilidade do Pix Automático, porém. À Mobile Time, as três companhias declararam:

Claro: a operadora informou que o Pix Automático está “em fase de desenvolvimento e testes” e que “compartilhará a novidade com seus clientes assim que disponível”;

TIM: “o desenvolvimento da solução está em andamento, com a expectativa de lançamento em breve (…). A equipe responsável está trabalhando em parceria com instituições financeiras para garantir uma experiência segura e eficiente”;

Vivo: “a adesão ao Pix Automático representa mais um avanço no propósito da Vivo de facilitar a vida digital dos clientes. Ao incorporar essa nova funcionalidade, que terá sua disponibilização iniciada em breve, a companhia amplia o acesso a soluções que aliam praticidade, segurança e autonomia (…)”.

Pix Automático permite pagamentos recorrentes (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O que é o Pix Automático?

Pix Automático é uma modalidade de pagamento recorrente que começou a funcionar em 16 de junho de 2025. A novidade pode ser usada para pagamentos de contas de água, energia elétrica, condomínio, serviços de telecomunicações, e assim por diante.

O cliente precisa autorizar a realização das transações uma única vez. Depois disso, o pagamento será executado periodicamente nas datas definidas no momento da contratação.

Trata-se de uma modalidade de pagamento muito parecida com o tradicional débito automático em conta bancária, com a diferença de que as operações são realizadas no sistema do Pix, tornando os pagamentos mais rápidos e fáceis de serem executados.
Pix Automático: Claro, TIM e Vivo confirmam nova forma de pagamento

Pix Automático: Claro, TIM e Vivo confirmam nova forma de pagamento
Fonte: Tecnoblog

O que é fintech? Conheça os tipos e serviços financeiros dessas instituições

O que é fintech? Conheça os tipos e serviços financeiros dessas instituições

Fintechs são empresas que utilizam tecnologias para desenvolver produtos financeiros (Imagem: Jonas Leupe/Unsplash)

Fintechs são empresas que fazem uso massivo de tecnologia para oferecer produtos e soluções voltadas ao mercado financeiro. A classificação “fintech” pode envolver tanto startups quanto empresas de grande porte que já são consolidadas.

Bancos digitais, instituições focadas em meios de pagamento, soluções para investimentos e plataformas de gestão financeira são alguns exemplos de fintechs.

Tratando-se de soluções financeiras, as fintechs podem oferecer produtos como linhas de crédito, serviços de Open Banking ou Open Finance, investimentos em ativos, e diversas outras operações voltadas ao mercado financeiro.

A seguir, entenda o que é fintech, conheça as modalidades dessas instituições, e confira suas vantagens e desvantagens.

ÍndiceO que é fintech?O que significa fintech?Para que servem as fintechs?Quais são os principais tipos de fintech?Quais serviços financeiros as fintechs oferecem?Quais são os principais exemplos de fintechs no Brasil?Quais são as entidade que regulam as fintechs no Brasil?Quais são as vantagens das fintechs?Quais são as desvantagens das fintechs?As fintechs são seguras?Qual é a diferença entre fintech e startup?Qual é a diferença entre fintech e banco digital?

O que é fintech?

Fintechs são empresas que utilizam tecnologia e inovações para oferecer soluções para o mercado financeiro. Muitas fintechs podem começar como startups, mas empresas já consolidadas também podem se enquadrar como fintechs, desde que foquem em produtos financeiros tecnológicos.

O que significa fintech?

O termo “fintech” é a abreviação de “financial tecnhnology”, que significa “tecnologia financeira” em tradução livre. A expressão se refere a empresas ou startups que desenvolvem soluções e produtos financeiros baseados em tecnologias.

Para que servem as fintechs?

As fintechs servem para facilitar, baratear e personalizar os serviços financeiros, que abrangem atividades de gestão, movimentação ou investimento de dinheiro. Tudo isso se torna possível por conta do uso intensivo da tecnologia, que é o ponto crucial das fintechs.

As tecnologias usadas permitem automatizar processos, que muitas vezes precisam ser resolvidos presencialmente em instituições bancárias tradicionais. Isso permite que usuários solicitem ou utilizem os serviços das fintechs de maneira online, diretamente pelo aplicativo ou site da instituição.

Fintechs reúnem serviços e produtos em seus próprios aplicativos (Imagem: Divulgação/C6 Bank)

Como o funcionamento das fintechs ocorre essencialmente de maneira online, essas instituições não costumam ter agências ou pontos físicos. Logo, as instituições têm menos custos (relacionados a aluguel do espaço, trabalho presencial, entre outros), o que possibilita baratear o custo de serviços financeiros.

E além disso, o uso intensivo de tecnologia facilita a portabilidade e o tratamento de dados dos usuários. Como consequência, fintechs podem criar produtos personalizados para seus clientes, com base nas preferências e dados de uso de seus consumidores.

Quais são os principais tipos de fintech?

Há diversos tipos de fintechs no mercado, com serviços ligados a diferentes áreas do setor financeiro. Dentre as principais categorias de fintechs, estão:

Neobanks: também chamadas de bancos digitais, são fintechs com funcionamento similar ao de bancos tradicionais, mas que operam exclusivamente ou majoritariamente de forma online;

Fintechs de pagamentos: empresas especializadas em facilitar transações financeiras por meios digitais (como QR Code ou Pix);

Fintechs de gestão financeira: negócios focados em auxiliar na administração e controle de gastos, incluindo recursos e dicas de educação financeira;

Fintechs de investimentos: fintechs voltadas para facilitar investimentos e aplicações, de maneira mais desburocratizada que a de bancos tradicionais;

Fintechs de câmbio: empresas que facilitam o envio e recebimento de dinheiro do exterior, incluindo serviços de conversão em outras moedas;

Fintechs de blockchain e bitcoin: fintechs que oferecem seviços de transações de criptomoedas, ativos digitais ou contratos inteligentes;

Fintechs de seguros: também chamadas de insurtechs, são serviços que ofertam contratações e gerenciamentos de seguros de diversos tipos;

Fintechs de crowdfunding: empresas digitais que conectam investidores e empreendedores, de modo a facilitar a captação de recursos;

Fintechs de negociação de dívidas: plataformas especializadas em auxiliar usuários na obtenção de renegociações ou melhores condições para situações de inadimplência.

Quais serviços financeiros as fintechs oferecem?

Fintechs podem oferecer diversos serviços financeiros tradicionais ou personalizados, muito em função do compartilhamento de dados regulado pelo Open Banking e Open Finance. Exemplos de serviços oferecidos por essas instituições contemplam:

Produtos financeiros: contas e carteiras digitais, cartões, empréstimos, linha de crédito, empréstimos;

Soluções de pagamentos: transferências nacionais ou internacionais, pagamentos digitais (como QR Code, pagamentos contactless ou transferências Pix) ou tradicionais, maquininhas de cartão;

Investimentos: aplicações e gestão de fundos de investimentos, criptomoedas e blockchhain, entre outros ativos;

Educação financeira: plataformas de gestão de riscos e de patrimônio, análise de dados financeiros e renegociação de dívidas;

Soluções de infraestrutura: produtos como Platform as a Service (PaaS), que são plataformas de computação em nuvem destinada a outras instituições financeiras;

Serviços de seguros: seguros de celular, de vida, do imóvel, entre outros.

Quais são os principais exemplos de fintechs no Brasil?

Há diversas fintechs operando no Brasil em diferentes segmentos da área financeira. A lista das principais instituições inclui nomes como:

Banco Inter: fintech da categoria neobanking, que oferece diversas soluções financeiras como um banco tradicional;

Nubank: neobank que é considerada a maior fintech da América Latina, que foca em serviços financeiros do setor bancário e inclui outros produtos do setor;

PagBank: instituição que oferece serviços de banco digital, bem como soluções de pagamentos e maquininhas de cartão;

PicPay: empresa do tipo neobanking, que oferece carteira digital e outros tipos de soluções bancárias e de investimentos;

Mercado Pago: banco digital que inclui produtos como carteira digital, link de pagamento, maquininhas de cartão e QR Code em seu portfólio de serviços;

C6 Bank: banco digital para pessoas físicas (PF) ou jurídicas (PF), com diversas soluções financeiras digitais;

Remessa Online: empresa tecnológica do setor financeiro focada em transferências internacionais de dinheiro;

Acordo Certo: fintech de negociação de dívidas, que faz uso da tecnologia para auxiliar clientes a encontrar, negociar e quitar inadimplências;

Cora: banco digital que oferece serviços financeiros para pequenas e médias empresas;

Creditas: plataforma digital com atuação como correspondente bancário e Sociedade de Crédito Direto para a contratação de empréstimos;

Mercado Bitcoin: plataforma de investimentos em ativos digitais, que inclui serviços para facilitar a vida financeira.

Nubank é considerada a maior fintech do Brasil e da América Latina (Imagem: Divulgação/Nubank)

Quais são as entidade que regulam as fintechs no Brasil?

O Banco Central do Brasil (BCB), o Conselho Monetário Nacional (CMN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) são as principais entidades brasileiras responsáveis por fiscalizar, definir regras gerais e políticas, bem como regular as atividades das fintechs no país.

Mas vale destacar que as fintechs também precisam acatar com regras da Superintendência de Seguros Privados (Susep), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), e de outras entidades para atuar de forma legal no Brasil.

Quais são as vantagens das fintechs?

As operações baseadas em ambiente digital das fintechs resultam em diversos benefícios, incluindo uso facilitado e produtos personalizados. As principais vantagens de utilizar serviços das fintechs englobam:

Facilidade de uso: o uso digital de serviços das fintechs permite aos usuários acessar os serviços de forma facilitada, pelo celular, computador ou outros dispositivos móveis;

Baixa barreira de entrada: fintechs costumam ter menos requisitos de entrada para clientes em comparação com instituições financeiras tradicionais;

Produtos personalizados: o funcionamento online permite que dados, escolhas e preferências sejam mapeadas, o que resulta em produtos ou soluções personalizadas para cada cliente;

Custos reduzidos ou nulos: a ausência de agências físicas permite que fintechs reduzam o custo ou ofereçam gratuidade de serviços, a exemplo de cartões de crédito sem anuidade;

Suporte 24 horas: o funcionamento online faz com que grande parte das fintechs ofereça suporte online ou por telefone 24 horas por dia, devido à ausência de agências físicas;

Inovações contínuas: a tecnologia como centro das operações promove evolução contínua de inovações, o que habilita o aprimoramento e a descoberta de novas soluções tecnológicas.

Quais são as desvantagens das fintechs?

Fintechs podem apresentar limitações, especialmente pelas operações exclusivamente online. Algumas das principais desvantagens desse tipo de empresa incluem:

Falta de agências físicas: a falta de agências físicas das fintechs faz com que os usuários tenham que resolver problemas somente via telefone, e-mail ou suporte via aplicativos e plataformas;

Uso exclusivamente digital: o uso de produtos ou serviços de fintechs ocorre quase que 100% de forma digital, o que pode ser uma dificuldade para usuários sem tanta familiaridade com tecnologia;

Instabilidades estruturais: fintechs mais jovens podem não ter a mesma segurança institucional de companhias grandes já consolidadas, o que levanta riscos de falências ou cancelamentos de produtos e operações;

Instabilidades de servidores: devido ao uso quase que exclusivo por meios digitais, os serviços das fintechs podem ficar indisponíveis em casos de atualização ou instabilidades dos servidores.

As fintechs são seguras?

Sim. Fintechs são fiscalizadas e reguladas por diversas autarquias, e precisam atender aos requisitos de operação para manter as atividades. Além disso, essas empresas também focam em medidas de segurança cibernética para oferecer maior proteção aos seus serviços, devido ao funcionamento online.

Apesar disso, é válido destacar que fintechs mais jovens podem não apresentar a mesma segurança institucional que empresas de grande porte. Como consequência, a continuidade da operação ou de certos serviços não será garantida, caso a fintech não seja respaldada por uma boa estrutura.

Qual é a diferença entre fintech e startup?

Fintechs são empresas que se baseiam em Tecnologia da Informação (TI) para ofertar soluções e produtos voltados exclusivamente ao mercado financeiro. Em outras palavras, fintech é apenas um segmento dentro do conceito geral de startups.

Já startups são empresas jovens com alto potencial de crescimento, e que têm tecnologia e inovações como alicerces estruturais. Diferentemente de fintechs, startups podem oferecer soluções para as mais diversas áreas do mercado, e não precisam focar necessariamente no setor financeiro.

Qual é a diferença entre fintech e banco digital?

Fintechs contemplam empresas que fazem uso intensivo de tecnologias para ofertar diversas soluções ao mercado financeiro. Uma fintech pode oferecer serviços específicos de seguro ou investimentos, por exemplo, ou atuar com diversas soluções bancárias em uma única plataforma.

Já bancos digitais são um tipo específico de fintech, com funcionamento similar ao de um banco tradicional. Geralmente, bancos digitais não possuem agências físicas, e oferecem serviços como pagamentos, transferências, ofertas de crédito, cartões virtuais, entre outros produtos.

Em suma: todo banco digital é uma fintech, mas nem toda fintech é necessariamente um banco digital.
O que é fintech? Conheça os tipos e serviços financeiros dessas instituições

O que é fintech? Conheça os tipos e serviços financeiros dessas instituições
Fonte: Tecnoblog

Android ganha novas opções para fazer Pix usando Carteira do Google

Android ganha novas opções para fazer Pix usando Carteira do Google

Lens será uma das formas para iniciar Pix (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Usuários de smartphones Android poderão usar a Carteira do Google para fazer pagamento via Pix com ajuda do Chrome, do Lens e do Circule para Pesquisar.

Os anúncios foram feitos no evento Google For Brasil 2025, realizado em São Paulo (SP) nesta terça-feira (10/06). As modalidades se juntam ao Pix por Aproximação e às transferências usando chaves e QR Code.

Pix no Chrome para lojas online

Uma das novidades para o Pix na Carteira do Google é o pagamento de compras feitas pela internet dentro do navegador Chrome para Android.

Lojas online poderão integrar seus sistemas para facilitar os pagamentos. Dessa forma, ao clicar no botão para copiar o código Pix, o Android pode acessar rapidamente a Carteira do Google para fazer o pagamento, usando o dinheiro de uma das contas cadastradas.

Lojas terão integração com Pix na Carteira do Google (imagem: divulgação)

Um porta-voz do Google mencionou alguns varejistas que farão parte desse ecossistema já no lançamento: Amazon, Americanas, Magalu, Droga Raia e Drogarias Pacheco, entre outros.

Pix no Lens e no Circule para Pesquisar

Além do navegador, haverá mais formas de iniciar um Pix na Carteira do Android, usando o Google Lens e o Circule para Pesquisar.

Ao usar o Lens e apontar a câmera para um QR Code de Pix, o aplicativo reconhece a chave e exibe um botão para iniciar a transferência. O usuário, então, só precisa digitar valor, conferir dados e confirmar a operação. Este recurso será liberado para todos os aparelhos com Android 9 ou superior.

Google Lens vai identificar QR Code de chave Pix (imagem: divulgação)

Outra possibilidade é usar o Circule para Pesquisar, recurso baseado em inteligência artificial para fazer buscas a partir de elementos da tela do Android. A ferramenta poderá identificar chaves Pix presentes em mensagens, sites ou o que estiver aberto e iniciar a transferência.

Chaves Pix em mensagens, documentos e outros lugares serão localizadas pelo Circule para Pesquisar (imagem: divulgação)

Senha extra para mais segurança

Por fim, o Google também anunciou um PIN extra para dar mais proteção ao Pix na Carteira. Ao ser ativado, o usuário define uma senha de quatro dígitos numéricos. A partir de então, esta combinação será necessária para concluir transferências, mesmo após as camadas tradicionais de autenticação.

Carteira do Google poderá ter senha extra (imagem: divulgação)
Android ganha novas opções para fazer Pix usando Carteira do Google

Android ganha novas opções para fazer Pix usando Carteira do Google
Fonte: Tecnoblog