Category: Brasil

LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento

LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento

Daniel Song lidera as operações da LG no Brasil e na América Latina (foto: divulgação)

Resumo

O crescimento da LG no mercado brasileiro em 2024 foi de 9% em dólares e 17% em reais, destacando-se nas vendas de TVs e information displays. A informação exclusiva vem do presidente Daniel Song.
A LG confirmou o lançamento de uma inédita TV OLED 4K de 97 polegadas no mercado brasileiro.
A empresa investirá US$ 250 milhões na construção de uma fábrica de geladeiras em Curitiba, prevista para 2026, com o objetivo de expandir a produção e possivelmente exportar para a Argentina.
A LG descartou parcelamentos superiores a 12 vezes nas vendas de televisores.

Apesar dos desafios, a LG comemora mais um ano de crescimento no mercado brasileiro. A empresa colocou a ordem na casa após resultado negativo em 2023, e de lá para cá disparou principalmente nas vendas de TVs e outras telas. Agora, aposta na construção de uma fábrica de geladeiras, que fica pronta nas cercanias de Curitiba daqui a um ano.

O presidente da LG no Brasil e América Latina, Daniel Song, nos recebeu para um café da manhã durante a CES 2025, maior feira de aparelhos eletrônicos do planeta. Ele me revelou a decisão de trazer uma inédita (e gigantesca) TV OLED 4K de 97 para o mercado doméstico. O preço – provavelmente muito elevado – é mantido em segredo. Song também descartou a venda de televisores em mais de 12 vezes.

Confira a entrevista nas linhas abaixo. O material foi editado para fins de clareza e brevidade.

Confira na entrevista LG no mercado brasileiro Atualizações de sistema em TVS Competição com marcas chinesas As traquitanas da CES

LG no mercado brasileiro

Thássius Veloso – Qual o balanço da LG no Brasil?

Daniel Song (LG) – Estou satisfeito porque tivemos um ano de 2024 excelente: crescemos 9% em dólares e 17% em reais, depois de dois anos difíceis. As principais fontes de crescimento foram as TVs e os information displays, aquelas telas que ficam em elevadores, consultórios, empresas etc. Ainda precisamos melhorar o desempenho de alguns produtos.

E qual a importância do B2B (a venda direta para outras empresas)?

O B2C ainda ocupa algo em torno de 80%, e B2B são os demais 20%. Futuramente, quero ver mais crescimento nos negócios que fazemos com outras empresas. Nós vamos entrar com força no mercado de publicidade. Hoje em dia, cada salão de cabeleireiro tem alguma tela por perto. Queremos ajudar a mostrar propaganda nesta tela, num formato de revenue share.

Haverá investimentos no país?

Hoje em dia, a nossa produção fica em Manaus principalmente por caisa das TVs e monitores. Decidimos construir uma nova fábrica de geladeiras perto de Curitiba, com investimento de cerca de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) e previsão de ficar pronta em 2026. Em algum momento, a lava e seca também deve entrar na produção. Isso nos permitirá competir melhor no país. Avaliamos até exportar para a Argentina.

Atualizações de sistema em TVS

TV OLED de 97 polegadas é apresentada na CES 2025 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Vocês anunciaram no ano passado que as TVs receberiam cinco anos de atualizações de sistema. O que foi levado em consideração para chegar à nova política?

Eu acho que nós precisamos comunicar mais fortemente para os consumidores o valor da plataforma webOS. Nós estamos focando não apenas em vender os aparelhos, mas também em mostrar o que eles solucionam. A qualidade de tela não é tudo.

Já decidiu quais TVs da CES vão para o Brasil?

Todos os modelos de 2025 vão desembarcar no Brasil. A nossa ideia é focar mais na tela grande, por isso teremos a QLED de 100 polegadas e a nova OLED 4K de 97 polegadas. O Brasil tradicionalmente prefere modelos de 32 e 43 polegadas por causa do tamanho dos apartamentos. Isso está mudando. Para você ter uma ideia, os produtos de 55 e 65 polegadas eram considerados enormes há dez anos.

Monitor híbrido fica tanto flat quanto curvo (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

As pessoas têm dinheiro para comprar esses produtos?

Nós apostamos no parcelamento. O brasileiro é diferente de outros países porque acaba comprando eletrônicos em 12 vezes. Quando pega um carro novo, parcela em 36 meses. As pessoas querem saber se o pagamento cabe no orçamento mensal da família. Por isso os produtos são caros, mas mesmo assim existe demanda.

No mercado de celular, por exemplo, existem alguns programas de pagamento que chegam a mais de 20 parcelas. Vocês pensam em fazer algo parecido com geladeiras e lavadoras?

Seria muito difícil.

Competição com marcas chinesas

Eu observei o aumento do interesse de marcas estrangeiras pelo mercado doméstico, como a Hisense, a Midea e a TCL. Como vocês pretendem enfrentar essa nova concorrência?

Os chineses costumam focar no mercado interno, mas hoje em dia ele está pouco interessante. Por isso também precisam exportar. A pergunta que eu faço é em relação aos benefícios destes produtos para o consumidor brasileiro. Tudo bem, todo mundo inicialmente leva em consideração o preço, mas depois é preciso considerar também as tecnologias de cada aparelho.

A Hisense oferece dois anos de garantia em algumas TVs, enquanto o padrão de mercado é metade disso: apenas um ano. Seria possível ampliar essa política na LG?

Eles usam essa tática para chamar a atenção do mercado. A garantia é um fator para a decisão de compra, mas não é o mais importante. Os clientes sabem que os produtos da LG duram muito. Eles confiam na nossa marca. Fizemos investimentos massivos em 30 anos de mercado.

Então a competição com elas não é uma preocupação?

Cada marca está oferecendo um valor diferente por meio da sua comunicação, sua expressão de mercado. Os produtos chineses são bons. Na LG, nós temos os melhores produtos e ainda oferecemos a solução completa. Também somos uma marca consolidada e vamos trabalhar para conquistar recorrência junto ao consumidor.

Então, em resumo, os concorrentes são bem-vindos?

É uma decisão deles. Pode vir qualquer pessoa, eu vou fazer o meu trabalho.

As traquitanas da CES

Nós vimos alguns aparelhos bem diferentes na CES, como a maleta Stand by Me: é uma TV que dá para levar para qualquer lugar. Como foram as vendas no país?

A Stand By Me é um grande sucesso no mercado coreano porque os clientes viajam, dormem no carro e assistem TV. Por aqui quase não vendeu. São Paulo é muito perigosa e as pessoas não querem dormir fora. São vários fatores.

Então o lançamento no Brasil é uma estratégia de marketing?

Sem dúvida, até porque é um produto muito caro. Nós queremos mostrar a capacidade de inovação da LG. O consumidor pensa “uau, que coisa interessante!”.

Daniel Song concede entrevista durante a CES 2025 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Thássius Veloso viajou aos Estados Unidos a convite da LG
LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento

LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento
Fonte: Tecnoblog

Alienware anuncia volta do notebook gamer Area-51, com fabricação no Brasil

Alienware anuncia volta do notebook gamer Area-51, com fabricação no Brasil

Novo notebook Area-51 tem sistema de refrigeração aprimorado (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

A Dell anunciou a volta da série Area-51, da Alienware, sua marca voltada para o público gamer. O notebook combina design diferenciado e alta potência. Ele será fabricado no Brasil, algo inédito para a linha, chegando ao mercado nacional ainda em 2025.

Vale lembrar que, no mesmo evento, a Dell anunciou a aposentadoria das marcas tradicionais de notebooks, como XPS, Inspiron, Latitude e outras. Do lado não-gamer da empresa, haverá apenas três linhas: Dell, Dell Pro e Dell Pro Max.

Area-51 ficou ausente do portfólio da Alienware nos últimos anos (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Quais são as principais características do Area-51?

O Alienware 16 Area-51 conta com potência total de 280 W, sendo 175 W de potência gráfica e 105 W de perfil de design térmico. A placa gráfica é uma GeForce RTX Série 50, e a CPU, um Intel Core Ultra 9 275HX. Para garantir que este conjunto tenha um desempenho estável, a Dell aperfeiçoou a refrigeração, conseguindo entregar um fluxo de ar 37% maior com 15% menos barulho.

A tela do Area-51 tem 16 polegadas e resolução QHD+, com proporção 16:10 e taxa de atualização de 240 Hz. A webcam oferece resolução 4K, suporte a HDR e detector de presença. Em áudio, há quatro alto-falantes que oferecem som espacial no padrão Dolby Atmos.

Design inspirado na aurora boreal

A linha Area-51 estreou em 1998 e ficou marcada pelas escolhas de design diferenciadas — como sugere o nome, quase sempre inspiradas em temas alienígenas. Para o modelo de 2025, a Dell se inspirou na aurora boreal, com acabamento escuro no alumínio anodizado, iluminação imprevisível no recuo da parte traseira e ventoinhas com luzes RGB.

Em algumas configurações, há uma janela na parte inferior do notebook, que permite ver o interior do aparelho. As luzes acendem durante a inicialização, e a máquina conta com um novo efeito sonoro ao ligar.

Area-51 será fabricado no Brasil pela primeira vez

A linha Area-51 ficou ausente do portfólio da Alienware nos últimos anos. Ela retorna em 2025 com fabricação no Brasil, pela primeira vez na história da linha. Tomas Berny, gerente de produto gaming da Dell, diz que a fabricação local é um salto na oferta para o mercado nacional, que permitirá “atender aos games entusiastas e aqueles que sempre querem estar um passo à frente”.

Por enquanto, não há data para chegada ao mercado, nem preço. A Dell afirma que as configurações serão anunciadas quando o lançamento estiver mais próximo.

O jornalista viajou a Nova York (EUA) a convite da Dell
Alienware anuncia volta do notebook gamer Area-51, com fabricação no Brasil

Alienware anuncia volta do notebook gamer Area-51, com fabricação no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Veja os 20 celulares da Motorola que vão receber o Android 15

Veja os 20 celulares da Motorola que vão receber o Android 15

Android 15 chega ao Moto G54 neste ano (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

Pelo menos 20 celulares da Motorola receberão o Android 15, incluindo modelos das linhas Edge, Razr e Moto G.
O Android 15 introduz uma gaveta de aplicativos horizontal, espaço seguro com biometria e IA contra roubos.
A segurança é reforçada pelo Moto Secure, que bloqueia o telefone se acessórios vestíveis indicarem uma remoção abrupta.

Pelo menos 20 celulares da Motorola vão receber o Android 15, nova versão do sistema para smartphones. Alguns modelos começaram a receber a novidade ainda em dezembro. Agora, o Tecnoblog traz a lista oficial com todos os smartphones contemplados pela novidade. São aparelhos desde os mais simples até os produtos de ponta, como os dobráveis da marca Razr.

A empresa trata o assunto como uma verdadeira vitória: “somos os primeiros a oferecer o Android 15 no Brasil”, disse o gerente de produto Marcelo Daou numa outra ocasião. A companhia sai na frente da Samsung, por exemplo, que tem atuado no desenvolvimento da One UI 7, mas que só deve apresentar a relação oficial (e brasileira) de produtos contemplados após a chegada do Galaxy S25, prevista para daqui a três semanas.

Quais celulares da Motorola vão receber o Android 15?

Confira a lista de aparelhos fornecida pela Motorola ao Tecnoblog:

Motorola Edge:

Edge 30 Ultra

Edge 40 e Edge 40 Neo

Edge 50, Edge 50 Neo, Edge 50 Pro, Edge 50 Fusion e Edge 50 Ultra

Motorola Razr:

Razr 40 e Razr 40 Ultra

Razr 50 e Razr 50 Ultra

Moto G:

Moto G34 5G

Moto G35 5G

Moto G54 5G

Moto G55 5G

Moto G75 5G

Moto G84 5G

Moto G85 5G

Outros:

ThinkPhone

A fabricante não divulgou o cronograma de atualizações. Nós apuramos que a ideia é implementar a novidade de forma veloz, para que o comprador perceba maior agilidade da Motorola nesta seara. Não custa lembrar: a empresa enfrentou críticas por anos devido à política de novas versões de sistema. São no máximo três anos, por exemplo, contra sete oferecidos pelos rivais coreanos.

O que tem no Android 15?

Foi-se o tempo em que os sistemas para telefone davam grandes saltos ano após ano. No caso do Android 15, os consumidores terão uma gaveta de aplicativos organizada na horizontal, um espaço seguro com biometria para acesso a apps e mais inteligência artificial para o telefone em caso de roubo.

Proteção contra roubo no Android 15 (imagem: divulgação/Google)

Os executivos da Motorola destacam funções de segurança ofertadas por meio da marca Moto Secure. Um dos novos ajustes utiliza acessórios vestíveis – como fones de ouvido – para determinar se o smartphone foi retirado do consumidor. Em caso positivo, o Android da Motorola também bloqueia a tela do telefone.
Veja os 20 celulares da Motorola que vão receber o Android 15

Veja os 20 celulares da Motorola que vão receber o Android 15
Fonte: Tecnoblog

Retrô 2024: fim dos apps ilimitados, operadora do Nubank, 5G e muito mais

Retrô 2024: fim dos apps ilimitados, operadora do Nubank, 5G e muito mais

Telecomunicações (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

2024 foi um ano agitado para as telecomunicações. O período foi marcado por importantes movimentações das operadoras de telefonia, como o fim das redes sociais ilimitadas em planos de celular. O 5G continuou em expansão, mas continua longe de ser onipresente como o 4G. A Anatel intensificou o combate ao spam telefônico, com duras penalidades para quem descumprir as regras.

Durante esse período, importantes decisões foram tomadas, como a migração do regime de concessão para autorização das empresas de telefonia fixa que eram estatais. A crise da Oi continuou, e a operadora vendeu sua carteira de clientes de fibra óptica para focar em serviços corporativos.

Nas linhas a seguir, confira sete destaques sobre o universo das telecomunicações em 2024.

Veja nesta retrospectiva O fim das redes sociais ilimitadas nos planos móveis O Nubank lançou sua própria operadora móvel A Oi Fibra não é mais da Oi Combate ao telemarketing abusivo ganha mais força O 5G ainda precisa crescer (muito) Operadoras se consolidam como hubs de conteúdo O fim das concessões de telefonia fixa

O fim das redes sociais ilimitadas nos planos móveis

Um dos acontecimentos mais marcantes no cenário de telecomunicações de 2024 foi a reformulação das ofertas de celular. Em fevereiro, a Claro lançou o novo portfólio do controle e pós-pago, e os planos deixaram de incluir redes sociais ilimitadas em prol de uma franquia dedicada para esses apps. Em março, o mesmo movimento se repetiu no Claro Flex.

A Claro deu o primeiro passo e criou a tendência, pois em outubro a TIM reformulou as ofertas do controle e pós-pago, que também deixaram de ter acesso sem descontar da franquia. Agora, o serviço conta com um pacote de dados limitado para Instagram, Facebook e X (antigo Twitter). A tele ainda comercializa algumas poucas ofertas com open bar de redes sociais.

Redes sociais deixam de ser ilimitadas em novos planos (Imagem: terimakasih0/Pixabay)

Nada mudou na Vivo, que não oferecia acesso liberado a aplicativos como Instagram, Facebook, TikTok e Twitter em suas ofertas. No controle, a tele até comercializa uma franquia exclusiva para esses apps, mas é limitada e precisa ser contratada separadamente do plano principal.

Se você tem um plano antigo, fique atento para possíveis mudanças: se você decidir aumentar o pacote ou adquirir um aparelho com desconto, por exemplo, poderá se reenquadrar no portfólio atual e perder as redes sociais ilimitadas. Faça as contas de quanto você consome com esses aplicativos para entender se uma migração poderá trazer prejuízo.

O curioso é que o WhatsApp permanece ilimitado nas operadoras, seja no pré-pago, controle ou pós-pago. Sabe-se lá quanto tempo isso ainda vai durar.

O Nubank lançou sua própria operadora móvel

O Nubank é uma das maiores instituições financeiras do Brasil, e resolveu dar um novo passo em 2024 com o lançamento da NuCel. A operadora móvel virtual foi revelada ao público em outubro, mas os leitores do Tecnoblog souberam com exclusividade em abril.

A NuCel é uma operadora virtual — ou seja, o Nubank não criou sua infraestrutura própria de antenas. O serviço é oferecido em parceria com a Claro, mas toda a comercialização e suporte será feita pela instituição financeira.

Apesar do lançamento, a NuCel ainda não está disponível para contratação pelo público geral, e apenas clientes convidados podem adquirir o serviço. Os planos do Nubank não são muito interessantes, e as operadoras convencionais costumam oferecer opções com melhor custo-benefício.

Até hoje, o setor de operadoras virtuais não ganhou relevância significativa no mercado: 95,6% das linhas móveis brasileiras são da Claro, TIM e Vivo. No entanto, quase 100 milhões de brasileiros utilizam o aplicativo do Nubank, que será a porta de entrada para a nova empresa de telefonia.

A Oi Fibra não é mais da Oi

A Oi é uma figurinha repetida nas retrospectivas do último ano, e em 2024 não é diferente. Ainda em crise e enfrentando sua segunda recuperação judicial, a operadora vendeu sua carteira de clientes de banda larga por fibra óptica para a V.tal.

A V.tal é uma empresa que surgiu a partir da Oi, mas é controlada por um fundo do banco BTG Pactual. A companhia opera uma rede neutra de fibra óptica, e aluga essa infraestrutura para operadoras comercializarem o serviço de internet fixa sem a necessidade de construir a rede do zero. Entre os clientes da V.tal estão empresas como Oi, TIM, Claro, Sky e provedores regionais.

Venda da Oi Fibra recebeu aprovação pelo Cade (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Com a venda da carteira de clientes, a V.tal atuará no mercado B2C (venda a consumidores finais) pela primeira vez. Para garantir que continuará como uma empresa neutra, a companhia promete que terá uma espécie de muralha ética, com CNPJs, gestão e governanças separadas em sua frente de atacado e varejo.

O negócio de R$ 5,6 bilhões já foi aprovado pela Anatel e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A Oi Fibra tem cerca de 4,3 milhões de assinantes, com presença em todos os estados do Brasil.

Com a venda da Oi Fibra, a Oi continuará no mercado com serviços de telecom e TI para o mercado corporativo, além de telefonia fixa para consumidores finais. A empresa ainda tenta vender sua unidade de TV por assinatura via satélite, e descontinuou sua operação de IPTV.

Combate ao telemarketing abusivo ganha mais força

A pauta de combate às ligações de telemarketing abusivo não é nova, mas a Anatel continuou atuando para coibir as chamadas de spam em 2024.

Em setembro, a Anatel determinou que as operadoras coibissem a utilização de múltiplos números na hora de fazer ligações. Com isso, empresas de telemarketing terão maior rastreabilidade das chamadas telefônicas.

Além de combater o telemarketing abusivo, a Anatel também tomou medidas para coibir fraudes de telefonia. A agência colocou em vigor um limite de números 0800 por CNPJ. Esse prefixo começou a ser utilizado com frequência por criminosos com o golpe da chamada falsa de banco.

Telemarketing abusivo incomoda brasileiros há anos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Ainda que tenha surtido algum efeito, o combate ao telemarketing abusivo e golpes telefônicos provavelmente será eterno. Um dos problemas sem resolução definitiva é o spoofing numérico, em que o chamador manipula qual o número irá aparecer no identificador de chamadas. Golpistas e callcenters adotaram a prática para tentar ganhar confiança do recebedor.

Para o próximo ano, há boas promessas para reduzir o spam telefônico. A partir de abril de 2025, todas as empresas que realizarem mais de 10 mil chamadas diárias deverão adotar o prefixo 0303. Além disso, deve entrar em vigor o Origem Verificada, que exibe na tela do celular o nome, logo e motivo da ligação de chamadores identificados. É uma solução muito bem-vinda, exceto para milhões de clientes da Claro.

O 5G ainda precisa crescer (muito)

O 5G começou a ser implementado no Brasil em 2022. Cá estamos no final de 2024, e os dados mais recentes da Anatel mostram que 14% dos dispositivos móveis são compatíveis com a tecnologia. O 4G ainda lidera o mercado com folga, com 71,8% de participação.

A cobertura 5G também está crescendo. A consultoria Teleco registra que o sinal na frequência de 3,5 GHz está disponível em 842 municípios brasileiros, um grande salto frente ao ano de 2023, que encerrou com 316 cidades.

5G está disponível em 11% do tempo em celulares brasileiros (Imagem: Lucas Braga / Tecnoblog)

No entanto, ainda há muito espaço para o crescimento da cobertura 5G, visto que ter uma cidade considerada como coberta não significa que toda a sua extensão tem cobertura. Um estudo divulgado pela Opensignal em outubro mostra que os smartphones passam apenas 11% do tempo conectado nas redes de quinta geração.

Operadoras se consolidam como hubs de conteúdo

As operadoras de telefonia querem ir além de vender serviços de telecomunicação, e apostam na comercialização de conteúdo para ampliar as receitas e gerar valor ao consumidor. Em 2024, as teles intensificaram esse trabalho.

Em março, a Claro liberou o Globoplay sem custo extra para todos os clientes de TV por assinatura e banda larga com velocidade a partir de 350 Mb/s. Não é necessário trocar de plano: basta fazer o login no serviço de streaming e vincular a conta com a operadora.

Operadoras apostam em apps de streaming (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A concorrência não deixou passar: em setembro, a Vivo liberou o Amazon Prime de graça por até um ano para clientes de banda larga e telefonia móvel. Após o período de gratuidade é necessário pagar a mensalidade habitual.

Em outubro, a TIM reformulou o portfólio e passou a integrar serviços de streaming no plano controle, que geralmente são mais acessíveis. O cliente pode escolher entre Netflix, Disney+, Paramount+, YouTube Premium, Amazon Prime Video e Deezer, dependendo do plano escolhido.

Outra grata surpresa em 2024 foi o Claro TV+, serviço de IPTV com canais ao vivo. Por R$ 119,90 mensais o cliente tem direito a um “super bundle” com assinatura da Netflix, Globoplay, Max e Apple TV+.

Não custa lembrar: apesar de as operadoras entrarem mais neste campo, a sensação geral é de que os streamings ficaram piores em 2024 – por inúmeros motivos.

O fim das concessões de telefonia fixa

2024 tem um importante marco na história das telecomunicações do Brasil: a Anatel aprovou a adaptação do regime de concessão de telefonia fixa da Oi, e a Vivo também passa por um processo similar. Com essa mudança, as teles poderão atuar no modelo de autorização, que exige menos obrigações regulatórias.

Oi deixará de ser concessionária de telefonia fixa no Brasil (Imagem: Barbara Eckstein/Flickr)

O regime de concessão atingiu principalmente Oi e Vivo, as duas maiores operadoras formadas em 1998 a partir da privatização das redes de telefonia fixa. Como concessionárias, as teles tinham como obrigação expandir e democratizar a telefonia pelo Brasil.

No entanto, a telefonia fixa perdeu o fôlego com a popularização dos celulares e da internet. Enquanto isso, as prestadoras tinham que cumprir metas de universalização, que incluíam até mesmo a manutenção dos orelhões que ninguém mais usa. As concessionárias também são obrigadas a manter o serviço, mesmo em regiões onde não é financeiramente atrativo.

Em crise, a Oi é a operadora mais afetada, uma vez que detém a concessão em praticamente todo o Brasil, com exceção de São Paulo (cuja concessionária é a Vivo) e algumas microrregiões. Para se tornar autorizada, a tele se comprometeu a manter o serviço de telefonia fixa até 2028 em localidades onde não existem alternativas, além de investir R$ 5,8 bilhões para levar internet a 4 mil escolas e construir novos datacenters.
Retrô 2024: fim dos apps ilimitados, operadora do Nubank, 5G e muito mais

Retrô 2024: fim dos apps ilimitados, operadora do Nubank, 5G e muito mais
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: Samsung homologa todos os Galaxy S25 no Brasil

Exclusivo: Samsung homologa todos os Galaxy S25 no Brasil

Galaxy S25 Ultra será o sucessor do Galaxy S24 Ultra (foto) e está autorizado a ser vendido no Brasil após homologação da Anatel (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A linha Galaxy S25 (base, Plus e Ultra) foi totalmente homologada pela Anatel, indicativo de que o aparelho pode ser vendido no Brasil.
Todos os modelos têm suporte a dois chips de telefonia. O S25 base deve continuar sem a tecnologia UWB.
Parte da produção é local, em Manaus e Campinas. Outra parte vem de fábricas no Vietnã e na Coreia do Sul.

A Anatel homologou nos últimos dias toda a linha de celulares Samsung S25: Galaxy S25 (base), Galaxy S25 Plus e Galaxy S25 Ultra. Com a certificação da agência, a fabricante está autorizada a vender os smartphones no Brasil. Conforme apurado pelo Tecnoblog, até o momento não há sinal de um quarto celular – o possível S25 Slim.

Os celulares homologados têm os seguintes números de modelo:

SM-S931B/DS (Galaxy S25)

SM-S936B/DS (Galaxy S25 Plus)

SM-S938B/DS (Galaxy S25 Ultra)

O “DS” no final de cada código indica que todos eles têm suporte a dois chips. Os documentos revelam que o Galaxy S25 “sem sobrenome” seguirá sem suporte para a rede sem fio do tipo UWB (Ultra Wideband).

Todos os três modelos serão vendidos com o carregador EP-TA800 ou EP-TA800B na caixa — ambos com 25 W de potência. Porém, o Galaxy S25 Ultra suportaria velocidade de carregamento de até 45 W, conforme rumores mais recentes. Parte dos celulares vendidos no Brasil será fabricada em Manaus e Campinas, com outra parte importada de fábricas do Vietnã e Coreia do Sul.

Quando a linha Galaxy S25 será lançada no Brasil?

Suposto convite do primeiro Galaxy Unpacked de 2025 mostra silhueta de quatro celulares (imagem: reprodução/Evan Blass)

Segundo rumores, a linha Galaxy S25 será apresentada no dia 22 de janeiro. A Samsung lança os seus topos de linha no Brasil na mesma data do anúncio global. Uma suposta arte do convite do primeiro Galaxy Unpacked de 2025 foi divulgada pelo leaker Evan Blass.

A arte também sugere a possibilidade do lançamento de quatro celulares, sendo que o quarto modelo seria o Galaxy S25 Slim. Até o momento, esse aparelho não foi homologado pela Anatel. Contudo, um rumor afirma que as vendas desse celular serão iniciadas depois das vendas dos três modelos principais (S25, S25 Plus e S25 Ultra).

Entre as novidades da linha Galaxy S25 estão uma possível nova cor para o S25 Ultra, o jet black — preto fosco. Essa cor foi usada pela última vez no Galaxy S10, lançado em 2019. Na época, o tom era vendido com o nome preto-prisma.

O visual do Galaxy S25 Plus e Galaxy S25 Ultra já aparecem em supostos vazamentos. Os celulares não são muito diferentes dos seus antecessores, sendo que a principal mudança está no anel das lentes (mais grosso) e na área da antena para 5G mmWave.

No vídeo: lembre o lançamento do Galaxy S24

Exclusivo: Samsung homologa todos os Galaxy S25 no Brasil

Exclusivo: Samsung homologa todos os Galaxy S25 no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Entenda a resposta do Google para o dólar a R$ 6,40

Entenda a resposta do Google para o dólar a R$ 6,40

Google exibe cotações de moedas em tempo real (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A busca do Google informou a cotação do dólar a R$ 6,40 durante a manhã de hoje (25/12). Seria um erro? O Tecnoblog apurou que a empresa trata o caso como a flutuação natural da moeda americana – até porque, por mais que a bolsa brasileira esteja fechada devido ao feriado, a negociação continua em outros países.

Tanto é assim que, ao selecionar a exibição completa, é possivel visualizar o preço da moeda americana nas últimas 24 horas. Uma fonte no Google nos disse que o serviço é ininterrupto.

Histórico do dólar comercial nas últimas 24 horas (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

De onde vêm os dados do Google Finance?

As informações sobre o dólar comercial são provenientes do fornecedor Morningstar, uma empresa baseada em Chicago, nos Estados Unidos. O Google explica que trabalha com os parceiros globais “para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações”.

O dólar a R$ 6,40 chamou a atenção das autoridades. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta tarde que irá apurar junto ao Banco Central uma “possível informação incorreta” na página do Google, segundo reportagem da CNN.
Entenda a resposta do Google para o dólar a R$ 6,40

Entenda a resposta do Google para o dólar a R$ 6,40
Fonte: Tecnoblog

Galaxy S25 no Brasil: Anatel aprova as baterias que faltavam

Galaxy S25 no Brasil: Anatel aprova as baterias que faltavam

Galaxy S24 Plus já contava com bateria de 4.900 mAh (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A Anatel aprovou as baterias dos celulares Galaxy S25 e S25 Plus, mantendo capacidade similar à geração S24.
Todas as variantes do Galaxy S25 deverão incluir chips Snapdragon 8 Elite, fabricados pela Qualcomm.
O Galaxy S25 deve ser lançado em 22 de janeiro de 2025, apresentando mudanças no design, como cantos arredondados no modelo Ultra e aros mais grossos nas lentes do S25 Plus.

A Samsung homologou duas novas baterias junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Os modelos EB-BS931ABY e EB-BS936ABY devem equipar os celulares Galaxy S25 e o Galaxy S25 Plus, respectivamente, que devem ser lançados em janeiro de 2025.

Na terça-feira passada (dia 10/12), o Tecnoblog noticiou que a bateria do Galaxy S25 Ultra havia passado na Anatel. O componente é identificado pelo código EB-BS938ABY. O processo de autorização dos aparelhos é independente, e os smartphones ainda não estão liberados para venda no Brasil.

Homologação foi solicitada pela filial brasileira da Samsung (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Baterias da linha S25 continuam com o mesmo tamanho

A documentação registrada na Anatel traz a informação de que as baterias do Galaxy S25 e S25 Plus contam com capacidades típicas de 3.885 mAh e 4.755 mAh, respectivamente. São números praticamente idênticos aos dos componentes do S24 e do S24 Plus — há uma diferença de somente 5 mAh no modelo base, o que não faz nenhuma diferença, na prática.

Com isso, temos a confirmação de que os três modelos do Galaxy S25 (base, Plus e Ultra) não terão alterações na capacidade das baterias em relação à geração anterior. As documentações relativas ao Ultra também apontavam uma capacidade nominal de 4.855 mAh, igual à do modelo de 2024.

Vale dizer que a capacidade nominal é uma espécie de mínimo garantido para as baterias. Nas fichas técnicas e anúncios, as marcas costumam usar a capacidade típica, uma média estimada dos componentes.

Dito isso, devemos ter:

Galaxy S25: 4.000 mAh

Galaxy S25 Plus: 4.900 mAh

Galaxy S25 Ultra: 5.000 mAh

O que dizem os rumores sobre o Galaxy S25?

O Galaxy S25 deve ser lançado no fim de janeiro — mais precisamente, se os leakers estiverem certos, no dia 22. Algumas informações sobre a nova geração linha premium da Samsung já circulam há algum tempo:

Todos os smartphones da linha Galaxy S25 deverão contar com chips Snapdragon 8 Elite, deixando de lado a linha Exynos, da própria Samsung, embarcada no S24 e no S24 Plus.

O Galaxy S25 e o S25 Plus devem trocar os sensores de câmera da Samsung por componentes da Sony. Já o Galaxy S25 Ultra pode receber um sensor de 200 MP ainda maior, fabricado pela própria empresa sul-coreana.

O Galaxy S25 Ultra deve voltar a ter cantos arredondados, como no S21 Ultra. As laterais podem ser retas.

O Galaxy S25 Plus teria um visual mais próximo à geração atual, mas com aros mais grossos nas lentes das câmeras.

Relembre o lançamento da linha Galaxy S24

Galaxy S25 no Brasil: Anatel aprova as baterias que faltavam

Galaxy S25 no Brasil: Anatel aprova as baterias que faltavam
Fonte: Tecnoblog

Apple Watch é liberado para detectar apneia do sono no Brasil

Apple Watch é liberado para detectar apneia do sono no Brasil

Apple Watch Ultra 2 é um dos modelos capazes de identificar sinais de apneia do sono (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O Apple Watch poderá ser usado no Brasil para detectar indícios de apneia do sono moderada e grave. O recurso já está presente no watchOS 11 e passa agora a ser disponibilizado para usuários do país.

A Apple obteve da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a licença para equipamentos médicos, aprovando o uso do Apple Watch para detectar esta condição de saúde. O recurso já estava liberado em mais de 150 países — Estados Unidos, Japão e membros da União Europeia fazem parte desta lista.

Apple Watch 9, lançado em 2023, também pode usar o recurso (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Entre os concorrentes, o Galaxy Watch da Samsung também tem a capacidade de detectar a apneia do sono. No entanto, ele só foi liberado pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos e da Coreia do Sul — no Brasil, a ferramenta ainda não está disponível.

Quais modelos do Apple Watch detectam apneia do sono?

O recurso foi anunciado com o Watch 10, mas está presente em mais modelos, desde que eles estejam rodando o watchOS 11:

Apple Watch 9

Apple Watch 10

Apple Watch Ultra 2

Como usar a detecção de apneia do sono?

Para ativar as notificações:

Abra o app Saúde no iPhone.

Toque na sua imagem de perfil no canto superior direito.

Vá até “Checklist de Saúde”.

Procure o item “Notificações de Apneia do Sono”.

Toque em “Configurar” e siga as instruções na tela.

Para acessar os dados:

Abra o app Saúde no iPhone.

Toque em “Explorar”.

Escolha “Respiração”. Os dados de distúrbios respiratórios devem aparecer na lista.

Como o Apple Watch detecta apneia do sono?

Para identificar possíveis quadros de apneia do sono, o Apple Watch usa o acelerômetro para detectar movimentos no pulso em momentos de interrupções na respiração. Caso elas aconteçam com frequência, isso pode ser um indício deste problema de saúde.

“A cada 30 dias, os dados de distúrbios respiratórios são analisados e o usuário recebe uma notificação se houver indícios consistentes de apneia do sono moderada a grave”, explica a Apple.

A empresa também ressalta que o Apple Watch não é um dispositivo médico; as pessoas que receberem a notificação devem procurar acompanhamento profissional para tratar adequadamente a apneia do sono.

Com informações: Apple, 9to5Mac
Apple Watch é liberado para detectar apneia do sono no Brasil

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Fonte: Tecnoblog

Produtoras de animes derrubam 15 sites brasileiros de pirataria

Produtoras de animes derrubam 15 sites brasileiros de pirataria

Sites distribuiam conteúdos japoneses de forma não autorizada e ganhavam receita com publicidade (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Uma ação da Content Overseas Distribution Association (CODA), grupo antipirataria e proteção de conteúdo do Japão, fechou 15 sites brasileiros de distribuição ilegal de animes. A operação, em nome das produtoras Toei Animation, Toho e Bandai Namco Filmworks, ocorreu no início de dezembro em cidades do estado de São Paulo.

Segundo a associação, os responsáveis pelas páginas de pirataria digital receberam visitas de advogados do grupo em seus endereços residenciais. A conversa direta visa ser mais incisiva do que o envio de comunicados pelos Correios solicitando o encerramento das atividades ilegais.

Bakashi.TV era o terceiro site ilegal de animes mais visitado do Brasil (Imagem: Reprodução/CODA)

O CODA revelou que os 15 sites combinados tiveram uma média mensal de 7,95 milhões de visitas entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2024. O grupo antipirataria também destacou como funcionava a operação dessas páginas para a distribuição do material.

“Os donos bloquearam o acesso de endereços de IP japoneses e criaram bloqueios regionais para evitar que a violação fosse descoberta por detentores de direitos japoneses. Então, eles distribuíam os animes para espectadores brasileiros com legendas em português e ganhavam receita com a publicidade de cada site”, revela a associação.

A Bakashi.TV, terceiro site de distribuição de animes pirata mais visitado do Brasil, foi uma das páginas removidas do ar durante a ação do CODA. Conforme os dados do SimilarWeb, o portal teve 9,3 milhões de visitas em outubro de 2024.

Outros portais, como animeshouse.net, subanimes.biz e onepiecex.com.br, também tiveram as operações encerradas. Contudo, não há informações sobre como o grupo antipirataria exerce o controle em relação aos domínios e os redirecionamentos das páginas.

O problema dos sites piratas na América Latina

Em nota, o CODA cita que a proliferação de sites piratas de conteúdo japonês se tornou um problema na América Latina nos últimos anos. Assim, o encerramento dessas páginas é essencial para que as empresas possam criar um mercado saudável com distribuição legítima.

“Esperamos que os fãs de conteúdo japonês, como mangá e anime, reconheçam que, ao aproveitar o conteúdo corretamente, o ecossistema de produções japonesas funcionará de maneira saudável e continuará a evoluir”, cita a nota do grupo antipirataria.

Com informações: CODA e Torrent Freak.
Produtoras de animes derrubam 15 sites brasileiros de pirataria

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Fonte: Tecnoblog

Contrabando de smartphone cai pela primeira vez em quatro anos, diz indústria

Contrabando de smartphone cai pela primeira vez em quatro anos, diz indústria

Celulares, notebooks e outros equipamentos sem homologação foram apreendidos pela Anatel (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A venda de celulares ilegais no Brasil caiu 23% em 2024, segundo a Abinee, com a previsão de 8,3 milhões de unidades comercializadas.
A Anatel fortaleceu a fiscalização contra vendas ilegais, ameaçando multar a Amazon e o Mercado Livre, onde 51% e 43% dos celulares anunciados não foram homologados, respectivamente.
A receita do mercado de smartphones aumentou 11% em 2024, chegando a R$ 226,7 bilhões, com expectativa de crescimento de 6% para 2025 e redução contínua do contrabando.

A venda de celulares ilegais caiu no Brasil pela primeira vez desde 2020, diz a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Cerca de 8,3 milhões de celulares piratas devem ser vendidos até o fim de 2024, uma redução de 2,6 milhões frente ao registrado em 2023 — ou seja, uma queda de 23%.

Por que houve queda na venda de celulares piratas?

O motivo dessa queda, como aponta Humberto Barbato, presidente da Abinee, é a ajuda da Anatel na fiscalização e aplicação de medidas contra a venda dos celulares contrabandeados. Em junho, a agência ameaçou multar a Amazon e Mercado Livre por permitirem o anúncio de smartphones ilegais em suas plataformas.

Celulares pirateados são vendidos por preços bem mais em conta que modelos que passaram pelo processo legal de importação e certificação(Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Segundo dados da Anatel, 51% dos celulares anunciados na Amazon e 43% destes vendidos pelo Mercado Livre não foram homologados. Os dois marketplaces tentaram reverter a possibilidade de multa, mas acabaram derrotados na Justiça.

Nos cálculos da Abinee, 25% dos smartphones vendidos no Brasil em 2023 foram contrabandeados ou produtos de descaminho. No código penal, uma das formas do crime de contrabando é a importação de mercadoria que depende de autorização de órgão público competente. Já o descaminho é o ato de não pagar os impostos devidos pela importação.

Cenário atual é promissor para fabricantes, com aumento nas vendas e maior fiscalização contra pirataria (ilustração: Vítor Pádua/Tecnoblog)

Além da Anatel, a Polícia Federal e a Receita Federal também tiveram uma atuação forte contra a venda de celulares ilegais. Entre as ações conjuntas dos dois órgãos estão a operação Corisco Turbo, que teve como alvo um grupo que lavou R$ 1,6 bilhão, e a Desabastecimento, que mirou uma associação criminosa que movimentou R$ 80 bilhões em três anos de funcionamento.

Crescimento no mercado de smartphones

A venda de celulares em cresceu 11% em 2024, revela a Abinee. Em 2023 houve uma queda de 6% nas vendas quando comparado com 2022. O crescimento significa mais R$ 226,7 bilhões no mercado de smartphones. Para 2025, a Abinee espera mais 6% de aumento na receita do setor, além de esperar que a venda de celulares ilegais siga caindo no Brasil.

Com informações do Tele Síntese

Contrabando de smartphone cai pela primeira vez em quatro anos, diz indústria

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Fonte: Tecnoblog