É fake: telefone fixo da Vivo continua funcionando após 31 de dezembro
É fake: telefone fixo da Vivo continua funcionando após 31 de dezembro
Vivo prevê investimentos de R$ 4,5 bilhões (imagem via IA: Thássius Veloso/Tecnoblog)
Resumo
O telefone fixo da Vivo continuará funcionando após 31 de dezembro de 2025, apesar dos boatos.
A Vivo migra do regime de concessão para o modelo de autorização, eliminando certas obrigações e investindo R$ 4,5 bilhões em infraestrutura.
A infraestrutura de cobre será desativada gradualmente, mas o serviço de voz fixa continuará em regiões sem concorrência até, pelo menos, 2028.
Diversas páginas no Instagram dedicaram as últimas semanas a noticiar falsamente que o telefone fixo da Vivo acaba neste dia 31 de dezembro. De acordo com os boatos, a empresa focaria apenas em telefonia móvel e banda larga por fibra óptica a partir de 2026. Tudo não passa, porém, de um grande mal-entendido sobre as novas regras do setor.
Na verdade, a Vivo (assim como outras prestadoras de telefonia) está passando por uma mudança do ponto de vista regulatório. Em 11 de abril de 2025, a operadora e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) assinaram um acordo oficializando a migração do regime de concessão para o modelo de autorização. A medida impacta diretamente o Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) no estado de São Paulo.
Como será o regime de autorização?
Na prática, a mudança significa maior flexibilidade no fornecimento de um serviço que tem caído em desuso. O modelo de autorização remove obrigações pesadas que existiam desde a privatização, em 1998. A migração extingue a necessidade de manter e expandir a infraestrutura de orelhões (Telefones de Uso Público) e a obrigação de universalização, que exigia a instalação de linhas fixas em qualquer localidade, independentemente da viabilidade econômica ou demanda.
Por outro lado, a Vivo assumiu compromissos bilionários para efetivar essa transição. A empresa deverá investir cerca de R$ 4,5 bilhões em obrigações de interesse público. Esse montante será destinado à construção de redes de transporte de alta capacidade (backbone) em regiões desatendidas, além da expansão da cobertura móvel com tecnologia 4G ou superior em rodovias e localidades sem conectividade.
Slide detalha fim de regime de concessão na Vivo (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)
Ainda durante a apresentação dos resultados financeiros do primeiro trimestre, a companhia detalhou os próximos passos da mudança em São Paulo:
Migração de clientes de voz fixa da rede de cobre para tecnologias modernas, permitindo uma melhoria na qualidade do serviço e a liberação de ativos imobiliários e de infraestrutura.
Investimento em projetos nos próximos cinco a dez anos, focados na expansão da cobertura móvel e rede de fibra.
Manutenção do serviço de voz fixa em lugares onde a empresa é a operadora de “último recurso” até, pelo menos, 2028.
Qual o impacto para o consumidor final?
Apesar de pouca coisa mudar neste último dia de 2025, é importante notar que a Vivo poderá, no futuro, desligar o serviço de telefonia fixa nas localidades em que houver concorrência ampla. O compromisso assinado com a Anatel prevê a manutenção deste serviço somente nas regiões em que há apenas a Vivo, sem nenhuma outra opção de telefonia cabeada ou competitividade local.
Para o usuário residencial comum, o telefone fixo continua funcionando normalmente via fibra óptica ou rede móvel (WLL), mas a infraestrutura baseada nos antigos fios de cobre será progressivamente desativada. O objetivo é converter o custo de manutenção de uma rede obsoleta em investimentos para o 5G e fibra.
É fake: telefone fixo da Vivo continua funcionando após 31 de dezembro
É fake: telefone fixo da Vivo continua funcionando após 31 de dezembro
Fonte: Tecnoblog

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