Microsoft quer acabar com a confusão das portas USB-C nos notebooks
Microsoft quer acabar com a confusão das portas USB-C nos notebooks
Porta USB-C em um notebook Dell XPS 13 (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
Resumo
O WHCP para Windows 11 padroniza as funções das portas USB-C em notebooks e tablets, assegurando compatibilidade para dados, energia e vídeo.
Esse tipo de certificação torna obrigatórios recursos antes opcionais, garantindo as mesmas capacidades nas portas USB-C de novos dispositivos.
As definições do WHCP aplicam-se exclusivamente a equipamentos recém-lançados, padronizando envio e recebimento de dados, fornecimento de energia e transmissão de vídeo.
As portas USB-C podem ter funções diferentes no PC. Uma pode transmitir apenas dados enquanto outra permite, além disso, conexão com monitores, por exemplo. Isso é tão comum que a própria Microsoft anunciou uma solução para acabar com tamanha confusão: o WHCP para Windows 11.
Não é uma tecnologia nova ou uma “gambiarra” de software. WHCP é a sigla em inglês para “Programa de Compatibilidade de Hardware do Windows”. Trata-se de uma espécie de certificação que está sendo atualizada para garantir ao usuário que o computador que ele está comprando tenha portas USB-C padronizadas, ou seja, que oferecem as mesmas capacidades entre si.
Para isso, o WHCP transforma em obrigatório recursos que, hoje, são opcionais. A ideia é permitir que, independentemente da porta USB-C escolhida no notebook, o usuário possa transferir dados, recarregar um dispositivo externo ou transmitir vídeos.
Ugan S., gerente sênior de produtos da Microsoft, explicou que ele próprio acabou se confundindo com as portas USB-C: “conectei meu monitor 4K à porta USB-C de um notebook novo. A tela não ligou e fiquei coçando a cabeça”. A porta escolhida por ele naquele momento não suportava transmissão de vídeo.
Galaxy Book 4 Edge com portas USB-C e HDMI (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
Como o WHCP resolve a confusão das portas USB-C?
O WHCP exigirá que notebooks e tablets baseados no Windows 11 façam todas as suas portas USB-C serem compatíveis com envio e recebimento de dados, fornecimento de energia elétrica e transmissão de vídeo. Com isso, o usuário não terá mais que tentar descobrir quais portas funcionam com o recurso que ele precisa.
Haverá exigências funcionais de acordo com a versão da tecnologia USB usada em cada porta (USB 3.x ou USB4):
USB 3: entre 5 Gb/ e 20 Gb/s, até 7,5 W, pelo menos uma tela
USB4 (assim mesmo, escrito tudo junto): 40 Gb/s ou 80 Gb/s, até 15 W (ou 7,5 W para tablets), pelo menos duas telas a 4K e 60 Hz
O aspecto da alimentação elétrica deverá ser garantido via padrão USB Power Delivery. Para conexões de tela, é preciso haver suporte à especificação DisplayPort Alt-Mode. Portas USB-C com USB4 devem ser ainda compatíveis com Thunderbolt 3.
Tabela de compatibilidade do USB-C no WHCP para Windows 11 (imagem: reprodução/Microsoft)
Há alguns poréns aqui. Para começar, as definições para USB-C do WHCP são válidas apenas para equipamentos novos. Faz sentido: modificar computadores já existentes é inviável, pois exigiria atualizações no nível do hardware.
Além disso, a novidade é direcionada a notebooks e tablets com Windows 11. Não há garantias de que a padronização será seguida em placas-mãe para desktops ou miniPCs, por exemplo. De todo modo, este não deixa de ser um avanço.
Microsoft quer acabar com a confusão das portas USB-C nos notebooks
Microsoft quer acabar com a confusão das portas USB-C nos notebooks
Fonte: Tecnoblog
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