Category: Telecomunicações

Lei de Porto Alegre exige visitas técnicas de operadoras com hora marcada

Lei de Porto Alegre exige visitas técnicas de operadoras com hora marcada

Visita técnica deverá ocorrer com hora marcada em Porto Alegre (Imagem: Lucas Braga / Tecnoblog)

Você provavelmente já precisou marcar uma visita técnica com sua operadora de telecomunicações e teve que ficar à disposição durante um longo tempo. Uma lei em Porto Alegre quer mudar essa situação, e obriga que as teles realizem seus serviços com hora marcada.

A lei foi proposta pelo vereador João Bosco Vaz (PDT) em outubro de 2023, e foi aprovada pela Câmara Municipal de Porto Alegre. O texto veda o agendamento de atendimentos técnicos domiciliares por turno, devendo as operadoras cumprir hora marcada.

A medida vale para operadoras de telefonia, internet e TV a cabo. De acordo com o autor da lei, os clientes deixam de comparecer ao trabalho ou realizar tarefas importantes para esperar uma visita técnica no turno marcado, que pode ocorrer entre 8h e 12h ou 13h às 17h.

“Não há um mínimo de previsibilidade na prestação do serviço de assistência técnica, que, ressalte-se, é conjugado à prestação de serviço principal”, diz Vaz na justificativa do projeto. O vereador também ressalta para situações em que os clientes esperam por todo o turno sem que a visita técnica aconteça.

Com a lei em vigor, as operadoras deverão marcar os agendamentos domiciliares com hora certa, e o cliente deverá escolher o horário que melhor lhe atender. Com isso, será possível optar pelo atendimento às 8h, às 9h ou às 10h, por exemplo.

Lei exigirá melhor planejamento das operadoras

Lei de Porto Alegre é válida para operadoras de telefonia, TV e internet (Imagem: Ralph Ravi/Unsplash)

O autor da lei reconhece que a exigência para marcação de horários demandará maior planejamento das operadoras, podendo inclusive exigir a ampliação do número de técnicos.

“(…) Não é possível que o ônus da espera e da má prestação recaia todo sobre os clientes. O Interesse da coletividade deve preponderar no caso em questão”, diz o vereador.

As operadoras terão prazo de 30 dias para cumprimento da nova legislação. Em caso de descumprimento, as teles poderão ser multadas em mil UFMs — cifra equivalente a R$ 5,5 mil no ano de 2024.

Por ser uma lei municipal, essa obrigação é válida apenas no município de Porto Alegre (RS). Seria bom se as operadoras também expandissem esse tipo de atendimento para outras localidades, pois a falta de previsibilidade prejudica os planos dos consumidores.

Com informações: Agora, Câmara Municipal de Porto Alegre
Lei de Porto Alegre exige visitas técnicas de operadoras com hora marcada

Lei de Porto Alegre exige visitas técnicas de operadoras com hora marcada
Fonte: Tecnoblog

TIM ativa rede 5G em mais 17 cidades do Brasil; veja lista

TIM ativa rede 5G em mais 17 cidades do Brasil; veja lista

TIM expande cobertura 5G no Brasil (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A TIM deu mais um passo na expansão da sua rede 5G, e 17 novas cidades receberam cobertura da nova tecnologia. Nessa última leva, todos os municípios contemplados pertencem à região Nordeste, com adição em seis estados brasileiros.

Confira a lista de municípios que ganharam o 5G da TIM:

Alagoas: Arapiraca

Bahia: Itamaraju, Paulo Afonso, Santa Cruz Cabrália, Coração de Maria e Valença

Ceará: Aracati, Beberibe, Itapipoca e Sobral

Paraíba: Cabedelo

Piauí: Parnaíba

Rio Grande do Norte: Caicó, Extremoz e Mossoró

Para utilizar o 5G da TIM, basta que o cliente tenha um smartphone compatível, não sendo necessário contratar assinar um plano específico ou pagar taxa extra. A situação muda para o 5G SA (Standalone), que é restrito para assinantes do pós-pago TIM Black que contratarem um pacote adicional.

No Brasil, a TIM é a operadora com o maior número de municípios cobertos com 5G, com rede ativa em 495 cidades. No Nordeste, a tele tem serviços de quinta geração em 82 municípios com mais de 1.200 antenas. Vale lembrar que a região também conta com atuação da Brisanet, que está construindo sua rede do zero e já atende 144 cidades.

O cenário muda quando se fala de clientes 5G. De acordo com dados de agosto da Anatel, a Vivo lidera o mercado, com 13,17 milhões de linhas, seguida por Claro (11,74 milhões) e TIM (8,3 milhões). O pódio também se repete considerando todas as tecnologias, e a TIM detém 23,7% do mercado.

5G ainda engatinha no Brasil

Operadoras precisam expandir antenas de 5G (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

De acordo com o Teleco, o 5G está disponível em 799 municípios brasileiros por ao menos uma operadora. Trata-se de um número muito superior aos compromissos de cobertura firmados no leilão da Anatel, que determina atendimento apenas para capitais até o ano de 2024.

Desde que cumpram os compromissos de cobertura, as operadoras ficam livres para avançar com o 5G de acordo com a sua estratégia. A frequência de 3,5 GHz já está liberada em mais de 4 mil municípios brasileiros.

Ainda há um longo caminho para que o 5G se expanda de fato no Brasil. A Anatel registra que apenas 12,7% dos smartphones são compatíveis com as redes de quinta geração. Além disso, um estudo da Opensignal aponta que os celulares brasileiros passam apenas 11% do tempo conectado no 5G. Há uma grande discrepância com a Índia, que mantém a taxa de 52,1%.
TIM ativa rede 5G em mais 17 cidades do Brasil; veja lista

TIM ativa rede 5G em mais 17 cidades do Brasil; veja lista
Fonte: Tecnoblog

Claro reformula Prezão: confira os novos planos pré-pagos a partir de R$ 15

Claro reformula Prezão: confira os novos planos pré-pagos a partir de R$ 15

Prezão da Claro ganha reformulação e planos têm até 12 GB de internet (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Claro reformulou seu portfólio do pré-pago e o novo Prezão conta com quatro diferentes opções, com benefícios que variam de acordo com a recarga. Todos os planos custam R$ 1 por dia, embora os clientes tenham apenas pacotes para 15, 20, 25 ou 30 dias.

Quanto custa o pré-pago da Claro?

Confira abaixo as opções do novo Prezão da Claro:

R$ 15: 5 GB de internet, válidos por 15 dias

R$ 20: 8 GB de internet e 2 GB para YouTube, válidos por 20 dias

R$ 25: 10 GB de internet e 2 GB para YouTube, válidos por 25 dias

R$ 30: 12 GB de internet e 3 GB para YouTube, válidos por 30 dias

Além dos planos acima, a Claro continua comercializando as seguintes opções:

Prezão Free Fire: R$ 34,99, com 12 GB de internet, 5 GB para Free Fire, válidos por 1 mês

Prezão TikTok: R$ 34,99, com 12 GB de internet e 5 GB para TikTok, válidos por 1 mês

Todos os planos permitem ligações ilimitadas para qualquer operadora do Brasil usando o 21, bem como Claro Música e WhatsApp ilimitado (inclusive para chamadas de voz e vídeo). Os pacotes também dão acesso aos apps Skeelo (livros digitais) e Claro TV+ (com filmes e séries).

Clientes que recarregarem menos de R$ 15 serão tarifados no Prezão Diário. Nesse caso, é cobrado R$ 2,19 por dia, com direito a 200 MB de internet móvel, WhatsApp sem descontar da franquia, ligações ilimitadas para números Claro e 10 minutos em chamadas para outras operadoras.

Anteriormente, a Claro comercializava o Prezão apenas com opções quinzenais ou mensais, sem pacotes intermediários para 20 ou 25 dias. O plano mensal permanece praticamente idêntico (eram 15 GB + 3 GB para YouTube por R$ 29,99), mas a versão quinzenal custava R$ 17 com 8 GB de internet.

Prezão da Claro vale a pena?

Considerando que você precisa utilizar o celular todos os dias do mês, a recarga de R$ 30 é a que mais faz sentido, tanto pela validade como pela quantidade de internet. Em comparação com a concorrência, o plano da Claro é interessante e tem um bom custo-benefício:

A Vivo comercializa o Vivo Pré com 10 GB de internet e 5 GB para YouTube por R$ 30, válidos por 30 dias. O pacote dá acesso ao WhatsApp sem descontar da franquia, incluindo chamadas de voz e vídeo.

A TIM oferece o TIM Pré XIP com 13 GB por R$ 30, válidos por 30 dias, sendo que o cliente recebe R$ 3 de volta no Pix caso realize a recarga via aplicativo. O serviço inclui WhatsApp ilimitado (exceto chamadas de voz e vídeo) e assinatura do Amazon Prime Video versão celular.

Para quem precisa de mais dados móveis, vale a pena conferir o plano digital Claro Flex. A versão de entrada custa R$ 39,99 por mês e dá acesso a 15 GB de internet com WhatsApp ilimitado, além de uma franquia de 5 GB para utilizar com YouTube, Instagram, TikTok, Facebook, X (Twitter) e Waze.
Claro reformula Prezão: confira os novos planos pré-pagos a partir de R$ 15

Claro reformula Prezão: confira os novos planos pré-pagos a partir de R$ 15
Fonte: Tecnoblog

O que é IP? Saiba para que serve o endereço de protocolo da internet

O que é IP? Saiba para que serve o endereço de protocolo da internet

Endereços IP identificam dispositivos conectados à internet (Imagem: Igor Shimabukuro/Tecnoblog)

O IP (Protocolo de Internet) é o conjunto de regras que define como as informações serão transmitidas entre dispositivos conectados em rede. Além disso, o IP é o protocolo que permite a comunicação e o roteamento de dados com base nos endereços atibuidos por serviços como o DHCP.

Com o auxílio de servidores DNS e do Protocolo de Controle de Transmissão (TCP), o IP atua na transferência de dados de um ponto a outro localizando a rota mais eficiente para envio dos pacotes de dados.

Vale destacar que existem vários tipos de IP, como IPv4, IPv6, IP Público e IP Privado. A segmentação é baseada em critérios de formato e usabilidade.

A seguir, entenda o que é e como funciona o IP, e confira diferenças entre os tipos de Protocolo de Internet.

ÍndiceO que é IP?Quantos números tem um endereço IP?Para que serve o IP?Como funciona o IP?Quais são os tipos de endereço IP?Qual é a diferença entre IPv4 e IPv6?Qual é a diferença entre IP Fixo e IP Dinâmico?Qual é a diferença entre IP Público e IP Privado?Qual é a diferença entre IP e TCP?Qual é a diferença entre IP e DNS?É possível saber qual é meu endereço IP?Tem como proteger meu IP de um ataque hacker?Posso alterar o endereço IP do meu computador ou celular?

O que é IP?

IP é a sigla do termo “Internet Protocol” (ou “Protocolo de Internet“, em tradução livre), que refere-se ao conjunto de regras responsável por definir como as informações são transmitidas entre dispositivos conectados em rede.

Quantos números tem um endereço IP?

A quantidade de números de um endereço IP pode variar, dependendo da versão do Protocolo de Internet adotada. Um endereço IPv4 é composto por um conjunto de quatro números de 0 a 255 (chamados de octetos) separados por pontos, resultando em uma combinação como “192.168.0.1“, por exemplo.

Já endereços IPv6 são formados por oito segmentos de quatro dígitos ou letras, separados pelo caractere especial “:”. Cada segmento corresponde a um valor hexadecimal entre 0000 e FFFF, surgindo um endereço como “2001:0db8:85a3:0000:0000:8a2e:0370:7334“.

Para que serve o IP?

O IP serve para estabelecer a transferência de pacotes de dados entre dispositivos conectados à internet. É ele que vai definir o roteamento e endereçamento eficiente das informações, de modo a habilitar a comunicação entre dispositivos e garantir que os dados cheguem ao destino.

O Protocolo de Internet também possibilita que o seu dispositivo seja identificado com um endereço IP (uma espécie de “CPF” do aparelho conectado à rede). Essa identificação permite que o seu dispositivo seja encontrado na rede e faça comunicação com outros aparelhos também conectados.

Como funciona o IP?

Inicialmente, o dispositivo conectado à rede consulta um servidor DNS para descobrir o endereço de IP atribuído ao outro aparelho ou sistema. A etapa é similar ao processo de busca em uma agenda para descobrir o endereço residencial de um destinatário no envio de uma carta.

Com o endereço de IP identificado, o Protocolo de Controle de Transmissão (TCP) segmenta os dados a serem enviados ou requisitados pelo dispositivo, a fim de uma transferência de informações mais eficiente. Neste processo, o TCP também garante a confiabilidade e a integridade dos dados transferidos entre dispositivos.

O Protocolo de Internet é responsável pelo envio de dados ao destino correto (Imagem: Glenn Carstens-Peters/Unsplash)

O Protocolo de Internet então reúne os segmentos TCP em pacotes, identificando os dispositivos de origem e destino pelos respectivos endereços de IP obtidos na consulta ao servidor DNS. O IP também faz o roteamento dos pacotes para assegurar o envio dos dados e a comunicação entre os dispositivos conectados.

Importante mencionar que o IP é essencial para que dispositivos em rede se comuniquem, mas sua atuação ocorre de forma conjunta com outros protocolos, servidores e sistemas.

Quais são os tipos de endereço IP?

Há diversos tipos de endereços de IP, classificados com base em critérios como versão, localidade e usabilidade. E dentre os principais tipos de endereço IP estão:

IPv4: formato de endereço IP mais antigo, composto por quatro conjunto de octetos (números de 0 a 255) separados por pontos;

IPv6: formato mais atual de endereços IP, estruturado por oito segmentos de quatro valores hexadecimais (entre 0000 e FFFF) separados pelo caractere especial “:”;

IP Fixo: tipo de endereço IP que se mantém o mesmo ao longo do tempo, e que geralmente é configurado de forma manual;

IP Dinâmico: endereço que pode sofrer alterações periódicas à cada conexão, costumeiramente atribuído pelo servidor DHCP;

IP Público: tipo de IP atribuído ao seu roteador de rede, que fica visível na internet e permite que seus dispositivos se comuniquem com outros aparelhos e sistemas conectados;

IP Privado: IP que identifica dispositivos (computadores, celulares e tablets, por exemplo) conectados a uma rede local.

Qual é a diferença entre IPv4 e IPv6?

O IPv4 é baseado em um formato de endereço IP de 32 bits, composto por quatro conjunto de octetos (números de 0 a 255) separados por pontos. Por ser uma versão mais antiga, o IPv4 apresenta mais complexidade na configuração, devido à necessidade de tradução de endereço de rede (NAT).

Já o IPv6 consiste em uma versão mais atual de endereços IP, com formato de 128 bits e composição baseada em oito segmentos de quatro valores hexadecimais (entre 0000 e FFFF) separados pelo caractere especial “:”. Esse tipo de endereço IP conta com configuração automática, e tem suporte a mais recursos de segurança.

Além dos formatos, a principal diferença entre IPv4 e IPv6 diz respeito à capacidade de endereçamento: o IPv4 tem se mostrado insuficiente devido ao limite de acomodação próximo a 4,3 bilhões de endereços, enquanto o IPv6 tem capacidade quase ilimitada ao suportar mais de 1×10^36 endereços.

Qual é a diferença entre IP Fixo e IP Dinâmico?

O IP Fixo é um endereço IP que não se altera ao longo do tempo, geralmente usado em servidores e dispositivos que são frequentemente acessados, e para serviços VPN. Sua configuração costuma ser manual e mais complexa, e a contratação do serviço frente ao provedor de internet é mais cara. Além disso, o IP Fixo é mais suscetível a ataques, pois não muda com frequência, facilitando o rastreamento.

Provedores de internet oferecem serviços para IP Fixo ou Dinâmico (Imagem: Compare Fibre/Unsplash)

Já o IP Dinâmico consiste no endereço de IP que se altera frequentemente (quando o roteador reinicia, por exemplo), e é comumente visto para uso doméstico. A contratação do IP Dinâmico é mais acessível, e a geração dos endereços acontece de forma automática, fornecida pelo servidor DHCP do provedor de internet.

Qual é a diferença entre IP Público e IP Privado?

O IP Público consiste no endereço fornecido pelo provedor de internet para identificar o roteador no ambiente online. O IP Público fica visível na rede para que o dispositivo consiga trocar informações com servidores e outros aparelhos conectados à internet.

Já o IP Privado diz respeito ao endereço que identifica cada um dos dispositivos conectados à mesma rede. Atribuídos pelo roteador, os IPs Privados não são expostos na internet como os IPs Públicos, e têm uma camada extra de segurança por funcionarem como identificadores de uma rede local.

Dá para saber se um IP é público ou privado?

Sim. Tratando-se do tipo IPv4, IPs privados têm combinações de números entre as faixas 10.0.0.0 e 10.255.255.255 (Classe A), 172.16.0.0 e 172.31.255.255 (Classe B), e 192.168.0.0 e 192.168.255.255 (Classe C). Ou seja, você saberá que seu IP é privado se o endereço estiver contemplado em alguma dessas faixas.

Já IPs públicos do tipo IPv4 correspondem a endereços IP que não estão entre os intervalos dos IPs privados. Por exemplo: é possível saber que o endereço IP 172.64.32.15 é publico porque ele não está entre as faixas de classe A, B ou C usadas pelos IPs privados.

A identificação de IPs públicos ou privados do tipo IPv6 é mais complicada, e pode ser necessário consultar o seu provedor de internet. Mas de modo geral, endereços privados se encontram nas faixas FE80::/10, FC00::/7 e FD00::/8, enquanto IPs privados usam outras faixas.

Qual é a diferença entre IP e TCP?

O IP (ou Protocolo de Internet) consiste no conjunto de regras para definir como os pacotes de dados serão transferidos entre dispositivos conectados, com atuação no endereçamento dos aparelhos e na definição de rota para garantir que a informação chegue ao destino correto.

O Protocolo de Controle de Transmissão (TCP) também participa na transmissão de informação do Protocolo de Internet, mas foca na segmentação e organização dos dados, além de assegurar a integridade das informações e a entrega dos dados.

O TCP é como um carteiro que assegura a entrega dos dados ao IP correto (Imagem: ROMAN ODINTSOV/Pexels)

Em um analogia superficial, pode-se comparar o IP aos endereços das casas, e o TCP ao carteiro que garante a entrega das cartas nas residências corretas.

Qual é a diferença entre IP e DNS?

O IP é responsável por endereçar e identificar dispositivos conectados à rede. Essa atuação é necessária para atribuir os endereços dos dispositivos no ambiente online, e garantir que os dados sejam transferidos para o destino correto.

Enquanto isso, o DNS funciona como uma agenda telefônica, com o objetivo de catalogar os IPs de dispositivos conectados, além de converter endereços numéricos em nomes legíveis (e vice-versa). E é por conta do DNS que você escreve os nomes dos sites no campo de URL ao invés de digitar números de IP.

É possível saber qual é meu endereço IP?

Sim. É possível descobrir o seu IP privado na conexão local ao abrir as configurações de rede de seu aparelho (dispositivos móveis ou computador), e buscar pelo conjunto de números relacionados a “IPv4”. A descoberta também pode ser feita via Prompt de Comando ou Terminal nos PCs, por meio de comandos específicos.

Já para descobrir qual é o seu IP público, a maneira mais fácil envolve acessar sites que informam o seu endereço na internet, como o MeuIP. Esses serviços vão informar rapidamente o seu IP Público, que é o endereço de identificação de seus dispositivos na internet conectados à uma mesma rede.

Tem como proteger meu IP de um ataque hacker?

Sim. Você pode usar serviços de proxy ou navegadores específicos para esconder seu IP. Esses serviços funcionam como um intermediador entre você e a internet, e disponibilizam IPs próprios ao invés do seu para registros nas páginas acessadas.

Outra alternativa consiste em usar um serviço de VPN: o uso da ferramenta atribuirá um IP virtual ao seu dispositivo conectado para ocultar o endereço IP público verdadeiro e criptografar a conexão.

Serviços de VPN auxiliam na proteção de seu IP na internet (Imagem: Privecstasy/Unsplash)

Vale também utilizar um firewall para bloquear tráfegos de rede indesejados, e configurar medidas de segurança do seu roteador para maior proteção à rede e aos dispositivos conectados.

Posso alterar o endereço IP do meu computador ou celular?

Sim, mas os processos podem variar dependendo do seu tipo de IP. Quem tem IP Fixo pode alterar o IP do PC ou do celular ao solicitar a mudança de endereço para o provedor de internet. Outra alternativa consiste no uso de uma VPN que, apesar de não trocar o IP Fixo, vai atribuir um IP virtual diferente durante a navegação.

Para os contratantes de IPs dinâmicos, a solução mais fácil consiste em resetar o roteador ou desconectar e reconectar o aparelho à rede para atribuir um novo endereço ao dispositivo. Também é possível alterar o IP Dinâmico manualmente ao acessar o Prompt de Comando do computador e inserir comandos específicos.
O que é IP? Saiba para que serve o endereço de protocolo da internet

O que é IP? Saiba para que serve o endereço de protocolo da internet
Fonte: Tecnoblog

6G atinge taxa de transmissão 5.000 vezes maior que 5G

6G atinge taxa de transmissão 5.000 vezes maior que 5G

Teste realizado por universidade inglesa conseguiu taxa de transmissão de 938 Gb/s (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A University College de Londres (UCL) conseguiu atingir uma taxa de transmissão de dados de 938 Gb/s com a rede 6G. Esse valor é 5.000 vezes maior que a taxa atingida pelo 5G. Os testes foram liderados por Zhixin Liu, professor do departamento de eletrônica e engenharia elétrica da universidade.

Para atingir essa taxa de transmissão, ou a velocidade como chamamos popularmente, a equipe liderada por Liu utilizou uma maior faixa de espectro de frequência. A rede 6G operou entre as faixas de 5 GHz e 150 GHz. Os pesquisadores também utilizaram uma técnica inovadora que combinou ondas de rádio e luz (ondas eletromagnéticas).

Por que o 6G atinge velocidades tão altas?

A proposta da rede 6G é atender a futura demanda das cidades inteligentes. Por isso, grandes centros e grandes metrópoles (como São Paulo e Nova York) precisam de conexões com altas taxas de transmissão de dados. O objetivo é que o 6G supere a velocidade de 1 Tbps.

6G estará nos celulares do futuro, mas indústria e cidades inteligentes serão os principais usuários (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Por mais que a alta taxa de transmissão do 6G seja ótima para o usuário comum, quem se beneficiará com isso é a indústria. A capacidade dessa conexão também permite que os sinais refletidos sejam reaproveitados.

Por exemplo, ele pode detectar o movimento de um objeto mesmo que não haja nenhum sensor. Imagine uma quilômetros de uma rodovia com antenas 6G. Esse uso da rede poderia detectar um possível acidente e enviar os dados rapidamente para um posto da PRF ou concessionária da via.

Naturalmente, o 6G também é uma evolução do 5G, que tem como foco a Internet das Coisas. Itens desse tipo se beneficiarão da nova conexão.

A técnica usada para atingir 938 Gb/s também é destaque. Combinar essas duas formas de ondas é difícil pois exige uma sincronização entre os dois tipos de ondas.

Absurdamente mais rápido que as operadoras do Brasil

Velocidade do 6G de teste da UCL supera em muito a internet mais rápida do Brasil, mas país está se preparando para a tecnologia (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Essa velocidade de internet de 938 Gb/s supera em muito os maiores planos do Brasil. Das três maiores provedoras do país, a TIM oferta um plano de internet com fibra com 2 Gb/s. Claro e Vivo possuem planos de 1 Gb/s.

A Anatel abriu em maio uma consulta pública para as primeiras etapas de implementação do 6G no Brasil — ainda que essa tecnologia só estreie em 2030 ou depois. Essa consulta pública estuda compreender a estrutura necessária para usar a rede no país.

Com informações: Tom’s Hardware e Interesting Engineering
6G atinge taxa de transmissão 5.000 vezes maior que 5G

6G atinge taxa de transmissão 5.000 vezes maior que 5G
Fonte: Tecnoblog

Sinal de 5G avança pouco e só aparece em 11% do tempo no Brasil

Sinal de 5G avança pouco e só aparece em 11% do tempo no Brasil

Disponibilidade do sinal 5G no Brasil é de apenas 11% do tempo (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Opensignal divulgou um novo relatório sobre a evolução do 5G, e os celulares do Brasil conseguem se manter conectados às redes de quinta geração em apenas 11% do tempo. O estudo compara o mercado brasileiro com a Índia, que atinge disponibilidade mais alta e menores velocidades de download.

Em abril, a Opensignal havia divulgado que o sinal de 5G aparecia em apenas 10% do tempo nos celulares do Brasil. Seis meses se passaram e o indicador teve pouca melhora, com incremento de apenas 1 ponto percentual.

A taxa de disponibilidade 5G da Índia é significativamente mais alta, uma vez que os celulares se mantém conectado nas redes de quinta geração durante 52,1% do tempo. Por outro lado, as velocidades no Brasil são maiores.

Estudo compara disponibilidade e velocidade do 5G entre Brasil e Índia (Imagem: Reprodução/Opensignal)

Por que a disponibilidade de sinal 5G é baixa no Brasil?

A discrepância do cenário entre Brasil e Índia é grande, e o relatório da Opensignal aponta que a estratégia de uso do espectro pode ser um dos motivos.

No Brasil, 99% das medições indicam que o smartphone está conectado em frequências mais altas, como 3,5 GHz, e apenas 1% em outros espectros. No caso da Índia, 16% das conexões foram feitas utilizando 700 MHz. Quanto menor a frequência, maior o alcance do sinal.

Claro, TIM e Vivo utilizam a frequência de 700 MHz principalmente com a tecnologia 4G, garantindo melhor cobertura em ambientes internos (como prédios e subsolos, por exemplo). Esse espectro também é útil para atender estradas e vilarejos, uma vez que a banda permite atingir maior alcance com menos antenas.

Índia utiliza espectros mais baixos no 5G, que garantem maior cobertura (Imagem: Reprodução/Opensignal)

Existem desvantagens em usar a frequência de 700 MHz no 5G. Quanto menor a frequência, menor a velocidade de acesso. Quando se trata de download, o Brasil sai muito melhor no comparativo: a média nacional é de 349 Mb/s, enquanto a Índia registrou 243,3 Mb/s.

O estudo também mostra queda na velocidade média do 5G indiano enquanto a disponibilidade aumenta. No Brasil, a Opensignal aponta maior estabilidade no download, mas é mínima a variação na taxa de disponibilidade 5G. Outros fatores também devem ser considerados para a piora no desempenho da Índia, como a alta densidade populacional e disponibilidade limitada de backhaul de fibra óptica.

5G chega a 799 municípios do Brasil

Para melhorar a taxa de disponibilidade do 5G, as teles brasileiras precisam ampliar a cobertura nas cidades onde já atuam. De acordo com o Teleco, a tecnologia de quinta geração está disponível em 799 municípios brasileiros por pelo menos uma operadora.

Falando em cidades cobertas com 5G, a TIM lidera o mercado com serviço disponível em 495 municípios. A Vivo aparece no segundo lugar, com 394 localidades, seguida por Claro (268), Brisanet (144) e Algar (33).

Ainda há um longo caminho para a expansão do 5G, uma vez que a tecnologia 4G está presente em 5,5 mil cidades. Vale lembrar que ter uma cidade coberta não significa que o sinal chega a toda a sua área de extensão.

Ao arrematar as frequências do 5G, as operadoras firmaram compromissos de cobertura que se estendem até 2030. Todas as teles estão em conforme com o cronograma.
Sinal de 5G avança pouco e só aparece em 11% do tempo no Brasil

Sinal de 5G avança pouco e só aparece em 11% do tempo no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Claro fatura R$ 12,4 bilhões com alta em planos pós-pagos e internet fixa

Claro fatura R$ 12,4 bilhões com alta em planos pós-pagos e internet fixa

Claro teve aumento de 8% na receita líquida (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Resumo

A Claro gerou R$ 12,4 bilhões em receita total no 3º trimestre de 2024, alta de 8% em relação ao mesmo período de 2023.
A Claro possui 88,3 milhões de linhas celulares, com 53,2 milhões em planos pós-pago e 25 milhões em planos pré-pago.
No segmento de banda larga fixa, a Claro mantém a liderança, com 41,6 milhões de domicílios cobertos em 512 municípios e 2,3 milhões de contratos a partir de 500 Mb/s.

A Claro Participações divulgou seus resultados financeiros para o 3º trimestre de 2024. A operadora gerou receita de R$ 12,4 bilhões, alta de 8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques, a Claro comemora o bom desempenho em banda larga, celular pós-pago e o plano digital Claro Flex.

Confira abaixo os principais indicadores financeiros da Claro para o 2º trimestre de 2024 e o comparativo com o mesmo período do ano anterior.

Indicador2º trimestre de 20242º trimestre de 2023DiferençaReceita líquida totalR$ 12,39 bilhõesR$ 11,48 bilhões+8%Receita de serviços móveisR$ 6,62 bilhõesR$ 6,03 bilhões+9,8%Receita de serviços fixosR$ 5,15 bilhõesR$ 4,95 bilhões+4,1%EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)R$ 5,68 bilhõesR$ 4,92 bilhões+13%

Por ser uma companhia de capital fechado no Brasil, a Claro não divulga o lucro líquido como as concorrentes Vivo, TIM e Oi. O EBITDA, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, saltou 13% no ano, e a margem EBITDA cresceu 2 pontos percentuais em comparação com trimestre do ano anterior.

Aumento de gastos por usuário e portabilidade impulsionam móvel

O serviço móvel é o carro-chefe da Claro e teve receita de R$ 6,62 bilhões, alta de 9,8% em relação ao mesmo período de 2023. A operadora afirma que o bom desempenho foi gerado por vários fatores, incluindo a liderança na portabilidade, crescimento no pós-pago e aumento do preço médio por usuário (ARPU).

A tele possui a vice-liderança no mercado brasileiro de telefonia móvel com 33,7% dos clientes, cujo pódio é ocupado pela Vivo. A Claro encerrou o trimestre com 88,3 milhões de linhas celulares, com adições líquidas via portabilidade de 610 mil linhas recebidas.

Plano digital Claro Flex cresceu 51,6% em número de usuários (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

Do total de linhas, 53,2 milhões de clientes utilizam planos pós-pago ou controle, que geram maior receita mensal e maior recorrência de gastos. O pré-pago também cresceu e atingiu 25 milhões de contratos.

O plano digital Claro Flex também trouxe um impacto significativo no balanço da Claro, com crescimento de base de 51,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A operadora não detalha quantas linhas utilizam esse plano, no entanto.

Falando de cobertura, a Claro atua com serviços móveis em 4,8 mil municípios brasileiros, atrás da Vivo e TIM. A operadora atua com tecnologia 5G em 265 municípios, enquanto o 4G atende 4.602 cidades.

Claro cresce em clientes com planos a partir de 500 Mb/s

No segmento residencial, a Claro mantém a liderança no serviço de banda larga fixa no Brasil e comemora 59,8 mil adições líquidas positivas em comparação com o ano anterior. A tele também cresceu no segmento de velocidades a partir de 500 Mb/s, com aumento de 2,3 milhões de contratos no último ano.

Claro lidera mercado brasileiro de banda larga fixa (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

A maioria dos clientes de banda larga da Claro utilizam tecnologia de cabos coaxiais, e o serviço via fibra óptica atende apenas 16,2% dos usuários. Considerando todos os padrões, o serviço fixo da Claro tem cobertura para 41,6 milhões de domicílios em 512 municípios.

Falando do serviço de TV a cabo ou satélite, a Claro teve queda de 11% no número de assinantes. No entanto, esses números não levam em conta o serviço Claro TV+, aposta da operadora que funciona via streaming e não se enquadra como serviço tradicional de TV por assinatura regulado pela Anatel.

Em julho, a operadora havia revelado ter ultrapassado a marca de 1 milhão de clientes na plataforma online. A operadora recentemente reformulou as ofertas do Claro TV+ Box, que agora incluem opções com Netflix, Max, Globoplay e Apple TV+ sem alteração no preço mensal.
Claro fatura R$ 12,4 bilhões com alta em planos pós-pagos e internet fixa

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Fonte: Tecnoblog

Anatel processa TIM por má-fé e obtém vitória no DF

Anatel processa TIM por má-fé e obtém vitória no DF

TIM queria cobrar franquia mensal de dispositivos IOT (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A TIM foi condenada por litigância de má-fé ao abrir múltiplos processos sobre a cobrança de franquia mensal para dispositivos IoT.
A operadora pagará uma multa de 10 salários mínimos, equivalente a pouco mais de R$ 14 mil, após decisão judicial favorável à Anatel.
A Anatel, representada pela AGU, bloqueou a tentativa da TIM de impor a cobrança, e a decisão reforça que práticas semelhantes não serão toleradas.

A Agência Nacional de Telecomunicações venceu a TIM num processo judicial que envolve má-fé da operadora. A agência reguladora questionava a conduta da TIM em abrir diversas ações na Justiça para tratar de um mesmo assunto, o que se caracteriza como litigância de má-fé.

A TIM foi condenada a pagar dez salários mínimos para a Anatel, o equivalente a pouco mais de R$ 14 mil. “O simbolismo da decisão indica que esse comportamento não passará despercebido e não será tolerado pelo Judiciário”, declarou a agência em nota à imprensa.

A TIM queria cobrar franquia mensal das MVNOs que oferecessem serviços para dispositivos de M2M e IoT. Após a Anatel barrar este formato de negócio, a operadora começou os variados processos, que se tornaram alvo da recente decisão judicial.

A Anatel foi representada pela Advocacia Geral da União, órgão apropriado para casos assim.

O Tecnoblog tenta contato com a TIM para saber se a empresa pretende recorrer da decisão. O processo número 1100814-17.2023.4.01.3400 está atualmente na 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal.

Anatel processa TIM por má-fé e obtém vitória no DF

Anatel processa TIM por má-fé e obtém vitória no DF
Fonte: Tecnoblog

Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro

Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro

Resumo

A Anatel apreendeu uma TV box MXQ Pro 4K não homologada que interferia no 4G da Claro em Poá (SP).
O dispositivo gerava sinais na frequência de 742 MHz, prejudicando a banda de subida do 4G da operadora.
O proprietário recebeu uma advertência, mas não foi multado.
O Tecnoblog obteve acesse à documentação do caso em primeira mão.

TV Box sem homologação da Anatel gerava interferências (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Uma das atribuições da Anatel é fiscalizar o uso indevido do espectro, pois a emissão de radiofrequências de forma indiscriminada pode prejudicar outros serviços sem fio. Uma inspeção trouxe uma situação inusitada: uma TV box não-homologada estava gerando interferências no 4G da Claro. O aparelho foi apreendido pela agência, segundo documentos visualizados pelo Tecnoblog.

O caso aconteceu no município de Poá (SP). Uma fiscalização foi efetuada pela Anatel em maio de 2024, após a Claro relatar interferências prejudiciais em uma estação rádio-base localizada num município vizinho.

Os técnicos da agência constataram o problema utilizando um equipamento que faz a análise do espectro em tempo real. O dispositivo identificou sinais constantes na frequência de 742 MHz, que ficavam ainda mais evidentes quando se aproximavam de um prédio residencial.

O sinal gerou interferências no espectro utilizado pelo 4G da Claro. A operadora detém uma licença que compreende o intervalo de 738 a 742 MHz, e se refere à banda de subida da frequência de 700 MHz.

TV box foi apreendida e usuário recebeu advertência

MXQ Pro 4K foi apreendida pela Anatel por gerar interferências (Imagem: Reprodução/Anatel)

Com autorização do zelador do prédio, os técnicos conseguiram localizar o apartamento que gerava a interferência. O proprietário permitiu o acesso da equipe, e o analisador de espectro identificou sinal ainda mais intenso quando aproximado de uma TV box ligada.

A TV vox em questão tinha o modelo MXQ Pro 4K, e o equipamento não era homologado pela Anatel. Ao desligar o produto, a fiscalização identificou que a interferência cessou. Sendo assim, os técnicos fizeram a apreensão cautelar do dispositivo e de sua respectiva fonte de alimentação.

Analisador de espectro localizou interferência emitida por TV Box (Imagem: Reprodução/Anatel)

Os agentes da Anatel autuaram o proprietário, e explicaram sobre os processos administrativos. Em despacho decisório, o gerente regional do estado de São Paulo decidiu aplicar por conceder uma advertência pela infração, sem aplicação de multa.

Essa não é a primeira vez que a agência faz esse tipo de operação: uma clínica veterinária em Lauro de Freitas (BA) foi multada em R$ 440 por uso de uma câmera IP sem homologação que causava interferências no 4G da Vivo. Os equipamentos também foram apreendidos.
Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro

Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro
Fonte: Tecnoblog

O que é TCP/IP? Saiba como funcionam os protocolos de comunicação da internet

O que é TCP/IP? Saiba como funcionam os protocolos de comunicação da internet

Saiba mais sobre os procolos TCP/IP e como eles são importantes para o funcionamento da Internet (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O protocolo TCP/IP é a linguagem fundamental que permite a comunicação entre dispositivos na internet. Esse conjunto de regras define como os dados são formatados, enviados, recebidos, garantindo que diferentes sistemas possam se comunicar de forma eficiente.

A arquitetura TCP/IP é organizada em quatro camadas: Aplicação, Transporte, Internet e Acesso à Rede. Cada camada possui funções específicas, como interação com programas, comunicação entre as máquinas e a transmissão física dos dados.

Flexível, o modelo TCP/IP permite a conexão de redes heterogêneas. Além dos protocolos principais, a arquitetura é complementada com outros protocolos de internet, como o HTTP (transferência de páginas web), FTP (transferência de arquivos) e SMTP (envio de e-mails).

Conheça mais sobre o protocolo TCP/IP, seu funcionamento e outros detalhes.

ÍndiceO que é TCP/IP?Como surgiu o TCP/IP?Como funciona o TCP/IP?Quais são as camadas do TCP/IP?Quais são os principais protocolos que usam TCP/IP?Quais são as vantagens do TCP/IP?Quais são as desvantagens do TCP/IP?Os protocolos TCP/IP são seguros?Qual é a diferença entre os modelos TCP/IP e OSI?Qual é a diferença entre TCP e IP?Qual é a diferença entre TCP e UDP?

O que é TCP/IP?

O modelo TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) é a base da comunicação em redes de computadores, como a Internet. Esse conjunto de protocolos define como os dados são divididos em pacotes, enviados e remontados.

Basicamente, o Protocolo de Controle de Transmissão (TCP) é responsável por garantir que os dados cheguem ao destino de forma correta e completa. Já o Protocolo de Internet (IP) tem a função de endereçar os dispositivos na rede para a entrega dos dados.

Como surgiu o TCP/IP?

O modelo TCP/IP surgiu na década de 1970, como resultado de pesquisas do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Desenvolvido pelos pesquisadores Vinton Cerf e Robert Kahn, o objetivo do conjunto de protocolos era criar uma ampla rede de comunicação descentralizada e capaz de resistir a ataques e falhas.

A ARPANET, rede de computadores criada para conectar centros de pesquisa e militares, foi a primeira a usar o protocolo TCP/IP. Por conta da flexibilidade e capacidade de interconectar diferentes redes, o modelo se tornou o padrão para a comunicação na internet.

Como funciona o TCP/IP?

O protocolo TCP/IP atua para permitir a comunicação entre dispositivos na internet.

Para isso, a estrutura de rede divide a informação em pequenos pacotes com “instruções” sobre o remetente, o destinatário e a sequência em que deve ser remontado. Então, os pacotes são reorganizados ao chegar ao destino e formam a mensagem original.

O processo é dividido em quatro camadas com protocolos complementares. Cada camada executa uma ação específica, como a interação com os programas, a divisão dos dados em pacotes e o controle de fluxo.

Quais são as camadas do TCP/IP?

Conheça e entenda o funcionamento das camadas do modelo TCP/IP:

Camada de Aplicação: onde os dados são preparados para serem enviados pela rede conforme os protocolos padrões (exemplo: HTTP para páginas web, SMTP para e-mail);

Camada de Transporte: o TCP divide os dados em pacotes e garante a entrega confiável ao destinatário. Em alguns modelos, o protocolo UDP também atua nessa camada, oferecendo o envio rápido de dados sem confirmação de entrega. O TCP também sincroniza a conexão entre dispositivos e realiza o controle de fluxo;

Camada de Internet (ou Rede): o IP é o principal protocolo dessa camada, responsável por endereçar e rotear os pacotes pela rede;

Camada de Acesso à Rede (ou Enlace): essa camada cuida da transmissão física dos dados através da rede, usando protocolos como Ethernet e Wi-Fi.

Divisão das camadas do modelo TCP/IP (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Quais são os principais protocolos que usam TCP/IP?

Os protocolos TCP/IP são a linguagem fundamental da internet, responsável por conectar dispositivos e permitir a troca de informações. Então, as camadas do Protocolo TCP/IP atuam com protocolos específicos.

Camada de Aplicação:

HTTP (HyperText Transfer Protocol): usado para comunicação entre navegadores e servidores web, permitindo a transferência de páginas web e outros recursos.

HTTPS (HyperText Transfer Protocol Secure): uma versão segura do protocolo HTTP, usa criptografia para proteger as informações transmitidas;

FTP (File Transfer Protocol): permite a transferência de arquivos entre computadores;

SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): usado para o envio e recebimento de dados na comunicação entre servidores de e-mail;

POP3 (Post Office Protocol version 3) e IMAP (Internet Message Access Protocol): usados para receber e gerenciar e-mails em um servidor de correio;

DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol): atribui automaticamente endereços IP aos dispositivos conectados à rede, facilitando a configuração e a administração;

DNS (Domain Name System): traduz os nomes de domínio, como “www.tecnoblog.net”, em endereços IP numéricos, tornando mais fácil para os usuários acessarem sites.

Camada de Transporte:

TCP (Transmission Control Protocol): garante a entrega confiável e ordenada dos dados, estabelecendo conexões entre os dispositivos e retransmitindo pacotes perdidos;

UDP (User Datagram Protocol): permite o envio de dados com ampla velocidade, mas sem a verificação da entrega ou retransmissão de pacotes perdidos.

Camada de Rede:

IP (Internet Protocol): responsável por endereçar os pacotes e encaminhá-los pela rede, determinando a melhor rota para cada destino.

HTTP é o protocolo de comunicação usado para abrir sites da web (Imagem: Igor Shimabukuro/Tecnoblog)

Quais são as vantagens do TCP/IP?

O modelo TCP/IP apresenta diversas vantagens para a troca de dados em rede. Por exemplo:

Padronização: a utilização de padrões de protocolos abertos facilita a integração de diversos dispositivos e softwares;

Interoperabilidade: permite a comunicação entre diferentes tipos de equipamentos e redes, facilitando a cooperação entre diversos sistemas;

Flexibilidade: o modelo pode se adaptar a diversas necessidades devido ao suporte a múltiplos protocolos;

Escalabilidade: o protocolo pode ser usado em redes de diversos portes e categorias, incluindo redes locais (LANs) e de longa distância (WANs);

Confiabilidade: os recursos de verificação de erros e retransmissão oferecem transferência confiável de dados em situações de longas distâncias.

Quais são as desvantagens do TCP/IP?

Há alguns pontos do modelo TCP/IP vistos como desvantagens:

Complexidade: a configuração e gerenciamento de uma rede TCP/IP, especialmente em grande escala, pode ser complexa devido à quantidade de protocolos e configurações envolvidas;

Desempenho em redes pequenas: o protocolo, originalmente projetados para redes de longa distância, pode apresentar sobrecarga em redes menores, como LANs e PANs;

Segurança: apesar dos protocolos avançados, como SSL e TLS, o TCP/IP não tem uma base de segurança robusta, tornando-o vulnerável a diversos tipos de ataque;

Sobrecarga de dados: a preocupação com a confiabilidade da transmissão pode gerar sobrecarga considerável, impactando a eficiência em transmissões de pequenos pacotes ou em redes que demandam alta velocidade.

Os protocolos TCP/IP são seguros?

Os protocolos TCP/IP, embora sejam a base da comunicação na internet, não foram projetados com a segurança como prioridade principal. Isso os torna vulneráveis a diversos tipos de ataques, como negação de serviço, interceptação de pacotes e injeção de comandos.

Protocolos e ferramentas adicionais são essenciais para adicionar uma camada extra de segurança. O SSL/TLS, por exemplo, criptografa a comunicação entre dois dispositivos, garantindo a confidencialidade dos dados. Já as VPNs criam túneis seguros e criptografados, protegendo o tráfego de dados de intrusos.

Outras medidas, como firewalls, sistemas de detecção de intrusão e políticas de segurança robustas também são importantes para proteger as redes. É importante dizer que a segurança em redes é um campo em constante evolução, a adoção de práticas proativas é fundamental para proteger os sistemas de ameaças.

Ferramentas de VPN podem ajudar a reforçar a segurança ao usar redes com protocolos TCP/IP (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

Qual é a diferença entre os modelos TCP/IP e OSI?

O modelo TCP/IP é um conjunto de protocolos prático e implementado, que forma a espinha dorsal da Internet. Dividido em quatro camadas, a estrutura foca na interoperabilidade entre diferentes sistemas e tecnologias.

O modelo OSI é uma estrutura teórica mais abrangente, dividida em sete camadas. Ele serve como um modelo conceitual para entender a comunicação em redes de forma mais detalhada, mas é menos usada na prática.

Diferenças entre o modelo TCP/IP e o modelo OSI (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Qual é a diferença entre TCP e IP?

O TCP é o responsável por garantir que os dados enviados pela internet cheguem ao destino de forma correta e completa. Ele divide os dados em pequenos pacotes e verifica se todos chegaram ao destinatário. Se algum pacote se perder no caminho, o TCP solicitará o reenvio.

Já o IP determina o endereço para onde cada pacote deve ser encaminhado. Ele atribui a cada dispositivo conectado à internet um endereço IP único, que serve como um identificador.

Qual é a diferença entre TCP e UDP?

O TCP é um protocolo orientado à conexão que garante a entrega ordenada e íntegra dos dados. Ele estabelece a conexão entre os dispositivos antes de enviar os dados e verifica se todos os pacotes foram entregues corretamente. Por isso, é um protocolo ideal para aplicações de alta confiabilidade, como navegação na web, transferência de arquivos e e-mail.

O UDP é um protocolo sem conexão que prioriza a velocidade e a eficiência em vez da confiabilidade. Os dados são enviados em pacotes independentes, sem garantia de entrega. Ele é usado em aplicações de baixa latência ou que toleram perda de dados, como jogos online, transmissões de áudio e vídeo em tempo real e serviços de DNS.
O que é TCP/IP? Saiba como funcionam os protocolos de comunicação da internet

O que é TCP/IP? Saiba como funcionam os protocolos de comunicação da internet
Fonte: Tecnoblog