Category: Telecomunicações

Operadora brasileira leva prêmio de 5G mais rápido do mundo

Operadora brasileira leva prêmio de 5G mais rápido do mundo

5G comercial foi implementado no Brasil em julho de 2022 (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Vivo lidera mundialmente em velocidade média de download no 5G em países de grande porte, segundo a Opensignal.
Claro e TIM aparecem em segundo e terceiro lugar entre operadoras em velocidade do 5G.
Nos EUA, a T-Mobile lidera em cobertura de sinal, enquanto no Japão a AU é destaque em qualidade 5G para jogos.

A Opensignal, empresa de métricas de redes móveis, divulgou nesta quarta-feira (01/10) os vencedores do 5G Global Awards 2025, seu ranking anual de desempenho. O estudo coloca a Vivo na liderança mundial em velocidade média de download no 5G, com 362,1 Mb/s — a maior do planeta entre operadoras que atuam em países de grande porte.

Segundo a Opensignal, o resultado foi obtido a partir de bilhões de medições coletadas diretamente nos smartphones dos usuários, entre 1º de janeiro e 28 de junho de 2025. A análise reflete a experiência real de uso, não apenas dados laboratoriais.

Brasil domina o pódio mundial do 5G

Claro e TIM aparecem em 2º e 3º lugar no ranking (imagem: reprodução/Opensignal Limited)

Além da Vivo, Claro e TIM também aparecem com destaque, ocupando o segundo e o terceiro lugares, respectivamente. Isso significa que, entre os mercados de grandes áreas terrestres, as três operadoras de 5G mais rápidas do mundo são brasileiras.

Em mercados menores, a sul-coreana KT ficou com a primeira colocação, registrando média de 470,7 Mb/s. Operadoras do Catar, Guatemala e Singapura também se destacam entre os líderes globais de desempenho em 5G na categoria.

A premiação também reconheceu outras categorias: a T-Mobile, nos EUA, ficou em primeiro lugar em cobertura 5G entre países de grande território, enquanto a AU, do Japão, lidera na qualidade do sinal para jogos. Os resultados estão detalhados no site da Opensignal.
Operadora brasileira leva prêmio de 5G mais rápido do mundo

Operadora brasileira leva prêmio de 5G mais rápido do mundo
Fonte: Tecnoblog

iFood lança chip de telefonia para entregadores do app

iFood lança chip de telefonia para entregadores do app

iFood Chip oferece 15 GB de internet por mês (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

iFood lança chip com 15 GB, WhatsApp e Waze ilimitados por R$ 25 mensais.
Serviço ocorre em parceria com a Surf Telecom e roda na rede da TIM.
Uber também oferece chip similar para motoristas, com 9 GB por R$ 15 e benefícios extras.

Os entregadores do iFood passam a contar, a partir de hoje, com um serviço de telefonia por meio do iFood Chip. A novidade se dá por meio de uma parceria com a Surf Telecom, uma operadora móvel virtual que utiliza a rede da TIM. Os profissionais terão franquia básica de 15 GB, Waze e WhatsApp ilimitados por R$ 25 mensais.

Este novo serviço se dá na modalidade de pré-pago. Ou seja, os assinantes terão um período de 30 dias para utilizar o serviço, antes de fazer a renovação com mais créditos. O diretor de impacto social do iFood, Johnny Borges, explicou que os entregadores gastam R$ 50 em média com telefonia por mês. “Nosso intuito é gerar economia direta no bolso e mais autonomia no dia a dia dos profissionais parceiros.”

O iFood Chip poderá ser instalado no smartphone tanto via SIM card quanto e-SIM.

A implementação se dará em etapas:

A partir de hoje: entregadores da categoria Super Diamante recebem o serviço de graça, com bônus de 5 GB

Outubro: entregadores da categoria Ouro podem adquirir o serviço

Novembro em diante: todos os entregadores podem adquirir o serviço

Ou seja, o iFood Chip se torna um mecanismo para estimular que mais pessoas façam entregas e participem da plataforma, pois terão a chance de recebê-lo de graça caso sua reputação aumente no programa de vantagens do iFood.

Cartela com chip físico do iFood (imagem: divulgação)

O link para solicitar o plano será enviado pelo aplicativo e, ao acessá-lo, o entregador precisará apenas preencher um breve cadastro para receber o chip em casa.

O iFood não está sozinho entre as empresas da chamada gig economy que decidiram ofertar telecomunicações para os trabalhadores cadastrados. No Brasil, a Uber oferece o Uber Chip, que habilita a rede de telefonia também da TIM para os motoristas cadastrados. O pacote inclui acesso liberado ao app Uber Driver, onde os motoristas encontram suas corridas, bem como ao Waze e ao WhatsApp. Também tem ligações ilimitadas e 100 SMS.

O Uber Chip com franquia básica de 9 GB custa a partir de R$ 15. O app de transporte dá bônus para os motoristas em categorias superiores. Por exemplo, aqueles na Diamante levam mais 3 GB de internet.
iFood lança chip de telefonia para entregadores do app

iFood lança chip de telefonia para entregadores do app
Fonte: Tecnoblog

O que é broadcast? Entenda como funciona a transmissão de sinal de TV e rádio

O que é broadcast? Entenda como funciona a transmissão de sinal de TV e rádio

Conheça os pontos positivos e negativos do broadcast (imagem: Antonino Visalli/Unsplash)

Broadcast é a transmissão de sinais de áudio e vídeo para um público amplo. Essa tecnologia permite que a mesma mensagem chegue a diversos receptores ao mesmo tempo, utilizando ondas eletromagnéticas, cabos ou a internet.

O funcionamento do broadcast se baseia na emissão de um sinal a partir de um único ponto para múltiplos receptores. Um remetente envia os dados (áudio, vídeo), captados por antenas ou decodificadores, que os convertem novamente em som e imagem para o consumo.

O uso mais comum do broadcast é na TV e no rádio, mas a tecnologia também é utilizada em eventos ao vivo pela internet (lives) ou em redes corporativas para distribuir informações. Ela permite que milhões de pessoas recebam o mesmo conteúdo em tempo real.

A seguir, entenda melhor o conceito de broadcast, para que serve a tecnologia e como ela funciona. Também saiba os pontos fortes e fracos desse modo de transmissão de sinais.

ÍndiceO que é broadcast?O que significa broadcast?Para que serve o broadcast?Como funciona o broadcast?Qual é a história do broadcast?Quais são as vantagens do broadcast?Quais são as desvantagens do broadcast?Existem alternativas ao modo broadcast?Qual é a diferença entre broadcast e live broadcast?Qual é a diferença entre broadcast e broadband?

O que é broadcast?

Broadcast é a tecnologia de transmissão de conteúdo de áudio e vídeo de um único ponto para múltiplos receptores, alcançando inúmeras pessoas. Isso inclui mídias tradicionais, como televisão e rádio, e plataformas digitais como streaming, distribuindo informações, entretenimento e publicidade para o público.

O que significa broadcast?

O termo inglês “Broadcast” pode ser traduzido para o português como “transmissão” ou “comunicação”. Ele se refere ao ato de transmitir um programa ou alguma informação por meio de rádio ou televisão.

O broadcast pode ser feito a partir de pequenos estúdios (imagem: DLXMedia/Unsplash)

Para que serve o broadcast?

O broadcast possibilita transmitir conteúdo para um público amplo e simultâneo, usando mídias como TV, rádio e streaming. Sua função é propagar informações e entretenimento de forma rápida, alcançando diversas pessoas ao mesmo tempo, independentemente de onde elas estejam.

Além disso, o broadcast é uma ferramenta de publicidade que fortalece a presença de uma marca, constrói comunidades e conta histórias de forma envolvente. Ao criar uma conexão emocional com o público, as transmissões tornam a mensagem mais memorável e ajudam a diferenciar uma marca no mercado.

Como funciona o broadcast?

O broadcast funciona como uma forma de radiodifusão de conteúdo, enviando a mesma informação simultaneamente para múltiplos receptores. Esse processo começa na fonte, que gera o conteúdo, e o distribui por meio de canais como ondas eletromagnéticas ou redes digitais, atingindo um público amplo em tempo real.

Essa transmissão pode ocorrer de forma analógica (TV e rádio) ou digital, usando a infraestrutura da internet. No broadcast tradicional, os sinais são enviados por antenas, enquanto em redes digitais, o conteúdo trafega por cabos ou Wi-Fi, permitindo que a mesma informação chegue a dispositivos como televisores e smartphones.

A essência do broadcast é a eficiência na distribuição de um sinal “um-para-todos”, eliminando a necessidade de conexões individuais. O receptor somente precisa sintonizar o canal/estação ou acessar o serviço para receber a transmissão, sem a necessidade de um pedido de conteúdo prévio.

As transmissões de imagem e som podem ocorrer a partir de ondas eletromagnéticas transmitidas por antenas (imagem: Stephan Hinni/Unsplash)

Qual é a história do broadcast?

A história do broadcast começa no século XIX com o telégrafo sem fio, que permitiu as primeiras comunicações à distância. No início do século XX, o rádio surgiu como o primeiro meio de massa, e logo a televisão se popularizou, transformando a forma como as pessoas consumiam notícias e entretenimento.

A TV se tornou um meio poderoso de comunicação, operando inicialmente com tecnologia analógica. A expansão do cabo permitiu uma programação mais segmentada, oferecendo mais opções aos espectadores e mudando o cenário da mídia globalmente.

A revolução digital marcou o início de uma nova era, melhorando a qualidade de som e imagem na rádio e na TV. Já a chegada da internet impulsionou o streaming de dados, democratizando ainda mais o acesso às informações e transformando a indústria.

Com o surgimento do streaming, o conteúdo passou a ser entregue sob demanda, competindo com a programação linear e tradicional. Essa nova dinâmica de consumo forçou a indústria a se adaptar, focando em plataformas e serviços que atendem às preferências individuais dos usuários.

O futuro aponta para a TV 3.0, que promete integrar a transmissão aberta com personalização do streaming, oferecendo uma experiência híbrida. Esse modelo representa a próxima grande etapa na evolução do broadcast, unindo o sinal tradicional com as possibilidades da internet.

Considerada como “TV do futuro”, TV 3.0 será o novo padrão para TV digital aberta no Brasil (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Quais são as vantagens do broadcast?

O broadcast oferece várias vantagens importantes para os usuários. Algumas delas são:

Amplo alcance: atinge um público massivo em diferentes áreas geográficas e demográficas, permitindo que uma única mensagem chegue a milhões de pessoas ao mesmo tempo;

Acesso democrático: acessível para um vasto espectro demográfico, oferecendo uma comunicação inclusiva. Mesmo em áreas remotas, o broadcast pode ser a única fonte de informação e entretenimento disponível;

Imediatismo: é uma ferramenta eficaz para transmitir notícias de última hora e alertas de emergência, garantindo que as informações cheguem ao público de forma instantânea e permitindo uma resposta rápida;

Conexão emocional e comunitária: a natureza íntima das mídias como o rádio ou a TV pode criar uma forte conexão emocional com o público. Essa proximidade promove um maior senso de comunidade e torna as mensagens mais envolventes;

Conscientização e educação pública: desempenha um papel importante na educação e conscientização sobre questões sociais, de saúde pública, ambientais e políticas. Ao ser uma fonte de informação confiável, o broadcast contribui para a formação de uma população mais informada e engajada.

Quais são as desvantagens do broadcast?

Apesar dos diversos pontos positivos, estes são os pontos fracos do broadcast:

Alto custo e complexidade: a infraestrutura de transmissão (torres, antenas, satélites) exige um investimento financeiro considerável e recursos técnicos especializados;

Falta de segmentação: em alguns casos, o conteúdo transmitido é direcionado a um público amplo e genérico. Isso dificulta a segmentação precisa de nichos de mercado, públicos-alvo específicos ou grupos demográficos;

Comunicação unidirecional: é essencialmente uma comunicação de mão única. Não há um canal de feedback imediato, impedindo a interação direta ou a coleta de dados sobre a resposta do público em tempo real;

Vulnerabilidade a interferências: fatores como condições climáticas adversas e obstruções físicas podem enfraquecer ou interromper o sinal de algumas transmissões, afetando a qualidade e a consistência do serviço;

Latência: mesmo em transmissões digitais, há um processamento entre a captura e a exibição do conteúdo. Essa latência pode ser um problema significativo para eventos ao vivo ou em aplicações que exigem comunicação em tempo real.

Apesar do broadcast fazer a mensagem a chegar a inúmeras pessoas, sua segmentação pode ser mais difícil de ser realizada (imagem: Mike Meeks/Unsplash)

Existem alternativas ao modo broadcast?

Sim, existem diferentes modos de transmissão de sinal além do broadcast. Alguns deles são:

Unicast: transmissão direta e privada de um remetente para um único destinatário. É usado para conexões ponto a ponto, como o acesso a um site, o download de um arquivo ou uma chamada de vídeo;

Multicast: envia um único fluxo de dados para um grupo de destinatários específicos de forma simultânea. Essa modalidade é ideal para serviços de streaming de vídeo, jogos online e videoconferências em grupo;

Anycast: permite que o mesmo endereço IP seja compartilhado por múltiplos servidores em diferentes locais. O tráfego é roteado automaticamente para o servidor mais próximo, melhorando a velocidade e a confiabilidade dos serviços;

Geocast: envia informações para um grupo de destinatários localizados em uma área geográfica específica. É muito usado para sistema de alerta de trânsito ou notificações de emergência baseadas na localização do dispositivo.

Qual é a diferença entre broadcast e live broadcast?

Broadcast é um termo da telecomunicações usado para se referir ao envio de conteúdo de áudio, vídeo ou dados para um público. Esse conteúdo pode ser tanto ao vivo quanto pré-gravado, como um filme na TV ou um programa de rádio já editado.

Já o live broadcast é um tipo específico de broadcast, onde o conteúdo é transmitido em tempo real, à medida que o evento acontece. Isso cria um senso de imediatismo, como em um jogo de futebol ou um noticiário que está sendo transmitido no exato momento.

Qual é a diferença entre broadcast e broadband?

Broadcast é a transmissão de um único sinal de fonte para múltiplos receptores simultaneamente, como uma transmissão de rádio ou TV. O mesmo conteúdo é enviado para todos os aparelhos de uma só vez, mas sem a possibilidade do receptor enviar algo de volta.

Broadband é a transmissão de dados em alta velocidade por meio de múltiplos canais em uma mesma rede. Ele permite uma comunicação interativa de duas vias, onde o receptor pode tanto receber informações quanto enviar dados.
O que é broadcast? Entenda como funciona a transmissão de sinal de TV e rádio

O que é broadcast? Entenda como funciona a transmissão de sinal de TV e rádio
Fonte: Tecnoblog

O que é Direct-to-Device (D2D)? Veja como funciona e quais celulares são compatíveis

O que é Direct-to-Device (D2D)? Veja como funciona e quais celulares são compatíveis

Tecnologia D2D promete levar sinal a áreas não cobertas por meios terrestres (Imagem: Kevin Stadnyk/Unsplash)

Direct-to-Device (D2D) é uma tecnologia de comunicação sem fio entre satélites de baixa órbita e aparelhos. Essa comunicação direta com dispositivos móveis envolve a transmissão de sinais de rádio, de rede móvel, bem como de alertas de emergência.

O funcionamento do D2D baseia-se no uso de espectros MSS ou LMS para a comunicação dos satélites com os dispositivos. O serviço pode ser extremamente útil em regiões onde o sinal de torres terrestres não chega.

A seguir, saiba o que é Direct-to-Device, entenda sobre seu funcionamento, e confira vantagens e desvantagens da tecnologia.

ÍndiceO que é Direct-to-Device (D2D)?Para que serve a conexão Direct-to-Device (D2D)?Como funciona o Direct-to-Device (D2D)?Quais dispositivos são compatíveis com o Direct-to-Device (D2D)?Quais celulares são compatíveis com o Direct-to-Device (D2D)?Quais são as vantagens do Direct-to-Device (D2D)?Quais são as desvantagens do Direct-to-Device (D2D)?Qual é a diferença entre Direct-to-Device e comunicação por rede tradicional?Qual é a diferença entre Direct-to-Device e Direct-to-Cell?

O que é Direct-to-Device (D2D)?

Direct-to-Device (D2D) é uma tecnologia de comunicação sem fio direta entre satélites de baixa órbita (LEO) e dispositivos móveis (como smartphones e aparelhos IoT), sem necessariamente depender de intermediários como torres de celular e outros tipos de infraestruturas terrestres.

A expressão “Direct-to-Device” pode ser traduzida como “Direto para o Dispositivo”, e refere-se à comunicação direta com dispositivos pelos satélites mais próximos à Terra.

Para que serve a conexão Direct-to-Device (D2D)?

A tecnologia Direct-to-Device tem a função de permitir com que satélites de baixa órbita consigam enviar sinais de rádio, rede de internet ou avisos de emergência diretamente a dispositivos móveis.

Além disso, o D2D é visto como uma forma de complementar a infraestrutura terrestre de telecomunicações. Isso porque os satélites podem ser usados como alternativa para alcançar regiões em que os sinais das torres de celular não chegam, habilitando conexões de dispositivos móveis mesmo em áreas remotas.

Como funciona o Direct-to-Device (D2D)?

O conceito geral do Direct-to-Device envolve a comunicação direta de satélites de baixa órbita com dispositivos móveis. Mas para esse processo, pode-se usar dois espectros de frequência: Serviço Móvel por Satélite (MSS) ou Serviço Móvel Terrestre (LMS), incluindo o espectro para Telecomunicações Móveis Internacionais (TIM) terrestres.

No espectro MSS, o D2D utiliza as bandas L e S. Como esse espectro é reservado para serviços satelitais, há menos interferências na transferência de dados como voz, dados móveis (internet via satélite) e comunicação IoT. Em muitos casos, não há necessidade de estruturas regulatórias adicionais para o funcionamento do serviço.

Nesse molde, o sinal vai do satélite diretamente para o dispositivo, sem intermediários.

Apenas satélites de baixa órbita podem utilizar a tecnologia D2D (Imagem: Divulgação/Telefónica)

Já no espectro LMS, o Direct-to-Device funciona como um complemento às redes móveis terrestres, e os satélites funcionam como uma “torre de celular no espaço”, usando faixas das operadoras móveis. E no caso, operadores de satélites precisam fazer parcerias com operadoras de rede móvel (MNOs) para o compartilhamento do espectro.

Apesar de o sinal também partir do satélite para o dispositivo nesse modelo, o tráfego passa pelo controle terrestre das operadoras.

Quais dispositivos são compatíveis com o Direct-to-Device (D2D)?

Dispositivos compatíveis com Direct-to-Device incluem smartphones, dispositivos IoT, carros e wearables, desde que tenham suporte para comunicação satelital (tratando-se de MSS) ou aos padrões globais LTE e 5G (tratando-se de LMS).

O selo de compatibilidade com Non-Terrestrial Networks (NTN) também é um indicador de suporte ao D2D.

Quais celulares são compatíveis com o Direct-to-Device (D2D)?

Celulares com suporte a comunicação Non-Terrestrial Networks (NTN), padrão LTE ou 5G são compatíveis com a tecnologia Direct-to-Device.

Em testes de conexão satélite-celular no Brasil, a Anatel utilizou os smartphones Moto G4 Plus (Motorola), Galaxy S22 (Samsung) e iPhone 13 (Apple). Outros modelos como Moto razr 2025, Galaxy A15 5G, e Google Pixel 9 também são compatíveis com D2D.

Vale destacar que alguns modelos podem trazer certas limitações de uso, como a capacidade somente de trocar SMS, mas sem envio de fotos. Esses detalhes de compatibilidade devem variar de acordo com o serviço Direct-to-Device oferecido.

iPhone 13 Mini é um exemplo de smartphone compatível com D2D (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Quais são as vantagens do Direct-to-Device (D2D)?

A conexão D2D apresenta algumas vantagens de uso, principalmente para atender a áreas remotas. As vantagens do Direct-to-Device incluem:

Expansão na cobertura de sinal: o D2D pode ser uma solução para regiões em que o sinal terrestre não chega;

Independência de operação: no espectro MSS, o Direct-to-Device habilita a transferência direta de sinal para dispositivos, sem intermédio de infraestruturas terrestres;

Sem necessidade de configurações: se o dispositivo for compatível com D2D, o usuário não terá de executar nenhuma configuração extra para usar a tecnologia;

Alternância entre redes: aparelhos podem mudar da conexão terrestre para a D2D, de acordo com a disponibilidade de sinal.

Quais são as desvantagens do Direct-to-Device (D2D)?

A tecnologia D2D traz diversos desafios de uso, especialmente voltados para questões regulatórias. Dentre as principais desvantagens do Direct-to-Device, estão:

Desafios regulatórios: a tecnologia D2D depende de regulamentações específicas em regiões, de modo a adequar o uso do espectro de cada nação;

Questões de compatibilidade: dispositivos mais antigos podem não ser compatíveis com a tecnologia Direct-to-Device;

Capacidade limitada: as capacidades do D2D no espectro MMS ainda são limitadas, mais focadas em trocas de mensagem SMS, alertas, e envios de localização;

Interrupções durante uso: pode haver interrupções no sinal por conta da movimentação de satélites, o que interfere na experiência de conectividade de dispositivos.

Qual é a diferença entre Direct-to-Device e comunicação por rede tradicional?

O Direct-to-Device é uma tecnologia de comunicação direta entre satélites de baixa órbita e dispositivos móveis como smartphones e aparelhos IoT. O serviço não necessariamente depende de infraestrutura terrestre, e pode transmitir sinal para áreas não cobertas pelas torres de telecomunicações tradicionais.

Já a comunicação por rede tradicional utiliza infraestrutura física das operadoras (como torres e backhaul) para a transmissão de sinal para os aparelhos. Como consequência, regiões sem torres próximas tendem a não receber sinal.

Qual é a diferença entre Direct-to-Device e Direct-to-Cell?

Direct-to-Device (D2D) é uma tecnologia de comunicação entre satélites de baixa órbita e diversos aparelhos, como smartphones, carros e dispositivos IoT. O D2D abrange tanto o espectro MSS (que é independente de infraestrutura física) quanto o espectro LMS, que usa faixas das operadoras móveis e é conhecido como Direct-to-Cell.

Já o Direct-to-Cell (D2C) consiste em um tipo de D2D, mas cuja comunicação de satélites é voltada para smartphones. Esse tipo de tecnologia utiliza as mesmas faixas usadas pelas operadoras móveis, e por isso exige a colaboração entre operadoras de satélites e MNOs para uso compartilhado do espectro
O que é Direct-to-Device (D2D)? Veja como funciona e quais celulares são compatíveis

O que é Direct-to-Device (D2D)? Veja como funciona e quais celulares são compatíveis
Fonte: Tecnoblog

Anatel impõe Não Me Perturbe a todas as operadoras de telefonia

Anatel impõe Não Me Perturbe a todas as operadoras de telefonia

Site da Anatel permite bloquear ligações de telemarketing (Imagem: Breakingpic/Pexels)

Resumo

Anatel determinou que todas as operadoras, incluindo as de pequeno porte, adotem a plataforma Não Me Perturbe em até 60 dias.
O sistema permite que consumidores bloqueiem ligações de telemarketing de telecom e de ofertas de crédito consignado.
A decisão ocorre após o fim da obrigatoriedade do prefixo 0303, que será substituído por chamadas autenticadas contra fraudes.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que todas as operadoras de telecomunicações do Brasil devem adotar a plataforma Não Me Perturbe, usada por consumidores para sinalizar que não querem receber ligações de telemarketing dos setores de TV, internet, telefonia e serviços financeiros.

A plataforma Não Me Perturbe já era adotada por empresas signatárias do Sistema de Autorregulação das Telecomunicações (Sart). Basicamente, a lista é formada pelas maiores operadoras do Brasil, incluindo Algar, Claro, Ligga, Sky, TIM e Vivo.

Com a mudança, todas as companhias de serviços de telecomunicações ficarão obrigadas a aderir ao sistema, incluindo as prestadoras de pequeno porte (PPP). O prazo para isso é de 60 dias.

O que é o Não Me Perturbe?

Lançado em 2019, o Não Me Perturbe sinaliza para as empresas que aquele cliente não quer receber ofertas de produtos e serviços das operadoras (telefone, celular, TV e internet). Adicionalmente, instituições financeiras passaram a usar o cadastro, evitando chamadas para oferecer empréstimo consignado e cartão de crédito consignado aos números presentes no registro.

A Anatel ressalta que continuam liberadas as ligações para confirmar dados, prevenir fraudes, fazer cobranças e reter solicitações de portabilidade.

Fim do 0303 e migração para chamadas autenticadas

Telemarketing abusivo incomoda brasileiros há anos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A obrigatoriedade do Não Me Perturbe chega poucas semanas após a Anatel acabar com outra regra, que exigia que empresas de telemarketing usassem o prefixo 0303. A decisão gerou várias críticas à agência.

Cristiana Camarate, conselheira substituta da Anatel, explicou ao Tecnoblog que a obrigatoriedade não se justificava mais diante do spoofing e das centrais telefônicas falsas. Por isso, a agência aposta na autenticação de chamadas, por meio do programa Origem Verificada, ainda em implementação e sem data para ser lançado.

Com informações da Anatel e do G1
Anatel impõe Não Me Perturbe a todas as operadoras de telefonia

Anatel impõe Não Me Perturbe a todas as operadoras de telefonia
Fonte: Tecnoblog

Internet via satélite no seu celular

Internet via satélite no seu celular

A internet via satélite no celular é um modelo que vem atraindo investimentos no mundo todo. O principal nome nesse mercado é a Starlink, mas outros players vêm atuando, com mais satélites sendo lançados e parcerias estabelecidas com operadoras de telecom. Projeções indicam que, em 2026, o setor irá movimentar US$ 15 bilhões de dólares. Será o início do sonho da conexão ininterrupta?

Internet via satélite no seu celular (imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

No episódio de hoje, batemos um papo sobre a internet via satélite direct to device (DTD), quem é o público-alvo desse modelo e qual será sua função no cenário mais amplo de conectividade mundial. Dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Josué de Oliveira

Thássius Veloso

Lucas Braga

Atenção: vaga de Produtor(a) Audiovisual para trabalhar no Tecnocast!

Veja a descrição da vaga e confira se você tem o perfil que o Tecnocast precisa: ⁠https://tecnoblog.net/vaga/produtora-de-podcast/

Créditos

Produção: Josué de Oliveira

Edição e sonorização: Ariel Liborio

Arte da capa: Vitor Pádua

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Internet via satélite no seu celular

Internet via satélite no seu celular
Fonte: Tecnoblog

Anatel altera regras de serviços de telecomunicações; veja o que mudou

Anatel altera regras de serviços de telecomunicações; veja o que mudou

RGC anterior estava vigente desde 2014 (imagem: reprodução/Freepik)

Resumo

Novo regulamento da Anatel estabelece etiqueta padrão com informações essenciais e cria repositório obrigatório de planos.
Ofertas só podem ter reajuste anual, extinção deve ser comunicada com 30 dias de antecedência e migração não gera nova fidelização.
Operadoras podem suspender serviços por inadimplência após 15 dias; normas são mais flexíveis para prestadoras de pequeno porte.

O novo Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC) começou a valer nesta segunda-feira (01/09). O texto foi atualizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e traz mudanças nos direitos dos consumidores e nas obrigações das operadoras.

Entre os pontos alterados, estão um novo repositório para cadastrar ofertas, a obrigatoriedade de etiquetas padrão com as principais informações do serviço, novos prazos para suspensão por inadimplência e comunicação antecipada para extinção de planos.

Anatel começou discussão de novas regras em 2023 (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Além das novas regras, a agência lançou um portal com explicações sobre diversos itens dos serviços, como cobranças, atendimento e cancelamento, entre outros.

O RGC vigorava desde 2014 e teve mudanças aprovadas em 2023, mas foi adiado em um ano. No fim de 2024, a Anatel anulou alguns itens do texto a pedido das operadoras.

Etiqueta padrão e repositório de ofertas

A principal inovação do novo RGC é a chamada etiqueta padrão. Ela traz informações como franquia de dados móveis, roaming, minutos para ligações, preço, fidelização, multa e critérios de reajuste. Todas as operadoras serão obrigadas a divulgar essa etiqueta junto a seus planos.

Outra novidade é que os planos terão códigos e serão cadastrados em um repositório de ofertas, que poderá ser usado para fiscalização e transparência. Antes, a Anatel não mantinha nenhum registro do tipo.

Ofertas, reajustes e migrações

Curiosamente, o novo regulamento traz uma definição explícita do que é uma oferta. Segundo o texto, ela se refere apenas ao serviço principal, deixando de lado serviços e produtos acessórios. Uma oferta vendida separadamente não pode ser custar mais do que um combo, que inclui outros serviços.

Além disso, o RGC passou a permitir reajustes das ofertas a cada 12 meses, em uma data-base definida pelas próprias operadoras. Os contratos também podem ser revistos, mas não de maneira unilateral. A Anatel precisa autorizar alterações de preço ou condições.

Caso uma oferta seja extinta, a operadora será obrigada a comunicar a decisão com 30 dias de antecedência. Depois disso, caso não se manifeste, o cliente poderá ser migrado automaticamente para uma oferta com características e preço similares, sem que haja nova fidelização.

Inadimplência ou falta de créditos

O RGC define ainda que as operadoras podem suspender contratos 15 dias depois de notificar o consumidor sobre a existência de pagamentos vencidos ou término dos créditos.

A linha poderá ficar suspensa por mais 60 dias, com acesso apenas a serviços de emergência e ao atendimento da própria operadora. Passado esse período, a prestadora poderá rescindir o contrato.

Novidades regulatórias

A atualização do regulamento trouxe a possibilidade de ofertar uma oferta exclusivamente digital, sem canais de atendimento telefônico ou presencial. Isso precisa estar explícito na etiqueta padrão.

Além disso, o RGC tem regras diferentes para as chamadas prestadoras de pequeno porte, com menos de 5% de participação de mercado. Elas têm menos obrigações em relação às grandes teles, principalmente no que diz respeito à comunicação com clientes.

Com informações do Convergência Digital e do Teletime
Anatel altera regras de serviços de telecomunicações; veja o que mudou

Anatel altera regras de serviços de telecomunicações; veja o que mudou
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: Novos planos do Vivo Easy começam a valer hoje; veja os preços

Exclusivo: Novos planos do Vivo Easy começam a valer hoje; veja os preços

Vivo Easy Lite começa em R$ 20 por mês no plano anual (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Vivo lança o Vivo Easy Lite com planos mensais e anuais; valores iniciam em R$ 20 mensais para 15 GB de internet.
O plano anual oferece fidelidade de 12 meses com desconto de cerca de 30%, debitado mensalmente no cartão de crédito.
O Vivo Easy Lite inclui chamadas e SMS para todas as operadoras, desconto de 50% no Cinemark e R$ 50 de Vale Bônus; clientes antigos continuam nos planos prévios.

A Vivo reformulou o Vivo Easy e passou a comercializar nesta segunda-feira (1º) os novos planos, que preveem assinatura mensal ou anual com desconto. A operadora confirmou as informações ao Tecnoblog com exclusividade. O pacote mais simples, com franquia de internet de 15 GB, custa a partir de R$ 20 por mês.

Os clientes que optarem pela assinatura anual terão desconto de R$ 15 por mês, o que pode representar até 30% do valor cheio do plano, a depender da opção escolhida. A informação já começou a circular entre os clientes da Vivo e foi visualizada pelo leitor João Augusto, que nos contou da novidade. O pagamento é no cartão de crédito.

Agora, os gigabytes não acumulam mais de um mês para o outro. Com isso, o Easy Lite caminha para a mecânica de pré-pago, já que os planos contam com pagamento mensal, ao contrário do Vivo Easy clássico, em que os clientes adquiriam determinado pacote e poderiam usufruí-lo por um tempo – às vezes, ao longo de anos.

As modalidades anteriores do Easy foram encerradas para novos clientes.

Confira os preços do Vivo Easy Lite

Nós elaboramos a seguinte tabela com os preços do Easy Lite:

Franquia mensalAssinatura anualAssinatura mensal15 GBR$ 20 por mês / R$ 240 por anoR$ 3520 GBR$ 30 por mês / R$ 360 por anoR$ 4525 GBR$ 40 por mês / R$ 480 por anoR$ 55

O pagamento anual repete o que nos acostumamos a ver em serviços digitais como Netflix, Globoplay e outros streamings. Ao assumir o compromisso por 12 meses, o valor ainda é debitado mensalmente, mas você recebe o desconto de cerca de 30%. Em outras palavras, é uma fidelidade.

De acordo com o regulamento, o serviço pode ser cancelado caso o assinante não faça a renovação da oferta num prazo de 30 dias. Isso deve impactar principalmente os usuários da assinatura mensal.

Vivo Easy Lite prevê pagamento no cartão de crédito (imagem: reprodução)

“Um ano inteiro de benefícios”

A diretora de marketing da Vivo, Flávia Carneiro, disse que a operadora está “redefinindo” o jeito de contratar planos móveis. “Com o Easy Lite, o cliente faz uma única escolha e garante um ano inteiro de benefícios, com economia de até 30%, pagamento parcelado no cartão e uma experiência digital”, declarou a executiva em nota à imprensa.

De acordo com Flávia, é uma “virada de chave” no mercado.

O Vivo Easy Lite contempla ligações e mensagens SMS para todas as operadoras do país, desconto de 50% em ingressos do Cinemark e recompensa mensal de R$ 50 no Vale Bônus.

Flávia Carneiro é diretora de marketing da Vivo (imagem: divulgação)

Fim das outras modalidades do Easy

A Vivo nos explicou que os atuais clientes do Easy nas modalidades Prime e Monte do Seu Jeito continuarão a ser atendidos normalmente, com as características e benefícios atuais. Ao mesmo tempo, ela determinou que não serão feitas novas adesões. Em outras palavras, quem já tem está garantido, e quem não tem precisará contratar o novo Easy Lite.

Em meados de agosto, o Tecnoblog noticiou a alta de preços no Vivo Easy Prime. A modalidade mais simples passou a R$ 38 por mês, com direito a 6 GB de internet.

E os gigas que acumulam?

Conforme comentamos acima, o novo Easy acaba com o benefício dos gigas que se acumulavam para os meses seguintes, de forma indefinida. Este era um dos atributos mais elogiados pelos clientes, em especial entre as pessoas que têm Wi-Fi na maior parte do tempo e, por isso, não usam tanta internet móvel.

O Correios Celular e a Laricel continuam sendo opções para quem busca um plano de telefonia móvel com essa característica. No entanto, elas acumulam somente por um mês.
Exclusivo: Novos planos do Vivo Easy começam a valer hoje; veja os preços

Exclusivo: Novos planos do Vivo Easy começam a valer hoje; veja os preços
Fonte: Tecnoblog

China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora

China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora

China emprega diversas táticas para controlar e censurar internet (foto: Philip Jägenstedt/Flickr)

Resumo

China bloqueou temporariamente conexões HTTPS e ficou isolada da internet global por mais de uma hora.
Grande Firewall fechou a porta 443, levantando suspeitas de falha técnica ou erro de configuração.
Coincidência com queda de tráfego no Paquistão aumenta o mistério.

A China ficou desconectada da internet global por pouco mais de uma hora na quarta-feira (20/08). O país passou a bloquear todas as conexões com sites de fora do país.

O incidente foi detectado pelo grupo ativista Great Firewall Report, que monitora a censura na internet chinesa. De acordo com a organização, o Grande Firewall — como é chamado o conjunto de sistemas que controla as conexões com outros países — praticamente fechou a porta 443 do TCP, usado no tráfego HTTPS.

“Entre aproximadamente 0h34 e 1h48 (no horário de Pequim, UTC+8), o Grande Firewall da China (GFW) exibiu um comportamento anômalo, injetando pacotes TCP RST+ACK forjados para interromper todas as conexões na porta TCP 443”, explicou o Great Firewall Report.

O que é o Grande Firewall?

Nome do Grande Firewall veio da Muralha da China (foto: Severin.stalder/Wikimedia Commons)

O Grande Firewall é o nome dado a um conjunto de ações e tecnologias empregadas pela China para controlar a internet em seu território. Esse nome é um jogo de palavras com Great Wall of China, como a Muralha da China é conhecida nos países de língua inglesa.

Apesar de não haver detalhes públicos, pesquisadores identificaram, ao longo dos anos, diversas táticas usadas pelo governo chinês para limitar o acesso a sites e censurar assuntos.

Entre elas, estão bloqueio de IPs, filtragem de URL, redirecionamento de DNS, inspeção de pacotes de dados, certificados SSL falsificados e ataques com pacotes TCP forjados. O episódio do dia 20 de agosto foi desse último tipo.

Por que a China se desconectou do resto do mundo?

O motivo para o incidente não está claro. Como observa o site The Register, esse tipo de bloqueio costuma acontecer quando o governo quer censurar eventos externos, mas não houve nenhum evento relevante acontecendo durante o período de desconexão.

Por isso, o Great Firewall Report acredita que o corte na internet teve motivos técnicos. O grupo escreve que o incidente pode ter sido causado por “um novo dispositivo no Grande Firewall ou um dispositivo conhecido operando em um estado novo ou desconfigurado”.

O Register lembra que não seria a primeira vez que o sistema de censura apresenta falhas ou vulnerabilidades. Autoridades americanas, inclusive, acreditam que os setores burocráticos responsáveis pelo Grande Firewall estão com orçamentos reduzidos.

A situação fica ainda mais intrigante porque o Paquistão passou por uma queda enorme no tráfego local horas antes do incidente envolvendo a porta 443 na China.

Não se sabe se há relação entre os eventos, mas participantes de um fórum sobre censura na internet apontam que o governo paquistanês estaria implementando sua própria versão do Grande Firewall. O uso de equipamentos chineses pode ser uma explicação para um mesmo bug nos dois países.

Com informações do Great Firewall Report e do Register
China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora

China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora
Fonte: Tecnoblog

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Agente da Anatel na operação Fantasma da Rede (imagem: reprodução/Anatel)

Resumo

Anatel e DEIC/SP desmantelaram central clandestina de TV e internet na Zonal Leste de São Paulo;
No local foram encontrados roteadores não certificados ou com homologação vencida e infraestrutura de call center usada para suporte técnico aos clientes;
Operação Fantasma da Rede resultou na apreensão de equipamentos e na prisão de dois envolvidos.

Fantasma da Rede. Esse é o nome de uma ação realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de São Paulo (DEIC/SP) que resultou no desmantelamento de uma rede pirata de TV por assinatura na Zonal Leste de São Paulo (SP).

As investigações levaram as autoridades, na terça-feira (12/08), a um sobrado que aparentava ser residencial, mas que, na verdade, abrigava uma central de telecomunicações clandestina. O serviço era operado por um provedor local que também oferecia planos de acesso à internet.

De acordo com a Anatel, os agentes encontraram, no local, vários equipamentos para a prestação dos serviços. Entre eles estavam roteadores não certificados ou com homologação vencida e até uma infraestrutura de call center para prestação de suporte técnico aos clientes.

Tanto os serviços de TV por assinatura quanto de acesso à internet foram interrompidos com respaldo judicial. Estima-se que a empresa, que não teve o seu nome divulgado, tinha cerca de 30.000 clientes na região em que operava.

A ação também resultou na apreensão dos equipamentos encontrados no sobrado. Além disso, duas pessoas ligadas ao provedor foram presas. Uma foi liberada pouco tempo depois, mas a outra continuou detida por determinação judicial.

Ainda como parte da operação Fantasma da Rede realizada na terça-feira, as autoridades cumpriram ordens judiciais para identificar e interromper serviços não autorizados de TV por assinatura em outros locais.

A Anatel explica o porquê da ação:

Além da violação de direitos autorais, a atividade configura crime contra a ordem econômica e pode estar associada a práticas de receptação qualificada e lavagem de dinheiro, com indícios de envolvimento de organizações criminosas.

Sede da Anatel em Brasília (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Anatel atua contra serviços irregulares de telecomunicações

Operações como essa não são isoladas. Com auxílio de autoridades policiais, a Anatel tem atuado contra serviços de telecomunicações que operam de modo irregular ou sem as devidas autorizações.

Um exemplo recente vem de uma ação da Anatel a e Polícia Federal contra uma “gatonet” no Paraná e Distrito Federal.

Ainda com relação a esse assunto, nesta semana, a Anatel emitiu um alerta sobre o malware Bad Box 2.0, identificado em TV boxes clandestinos. Estima-se que mais de 1,5 milhão de equipamentos estejam infectados pela ameaça, com grande parte deles estando em uso no Brasil.
Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata
Fonte: Tecnoblog