Category: Telecomunicações

Anatel altera regras de serviços de telecomunicações; veja o que mudou

Anatel altera regras de serviços de telecomunicações; veja o que mudou

RGC anterior estava vigente desde 2014 (imagem: reprodução/Freepik)

Resumo

Novo regulamento da Anatel estabelece etiqueta padrão com informações essenciais e cria repositório obrigatório de planos.
Ofertas só podem ter reajuste anual, extinção deve ser comunicada com 30 dias de antecedência e migração não gera nova fidelização.
Operadoras podem suspender serviços por inadimplência após 15 dias; normas são mais flexíveis para prestadoras de pequeno porte.

O novo Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC) começou a valer nesta segunda-feira (01/09). O texto foi atualizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e traz mudanças nos direitos dos consumidores e nas obrigações das operadoras.

Entre os pontos alterados, estão um novo repositório para cadastrar ofertas, a obrigatoriedade de etiquetas padrão com as principais informações do serviço, novos prazos para suspensão por inadimplência e comunicação antecipada para extinção de planos.

Anatel começou discussão de novas regras em 2023 (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Além das novas regras, a agência lançou um portal com explicações sobre diversos itens dos serviços, como cobranças, atendimento e cancelamento, entre outros.

O RGC vigorava desde 2014 e teve mudanças aprovadas em 2023, mas foi adiado em um ano. No fim de 2024, a Anatel anulou alguns itens do texto a pedido das operadoras.

Etiqueta padrão e repositório de ofertas

A principal inovação do novo RGC é a chamada etiqueta padrão. Ela traz informações como franquia de dados móveis, roaming, minutos para ligações, preço, fidelização, multa e critérios de reajuste. Todas as operadoras serão obrigadas a divulgar essa etiqueta junto a seus planos.

Outra novidade é que os planos terão códigos e serão cadastrados em um repositório de ofertas, que poderá ser usado para fiscalização e transparência. Antes, a Anatel não mantinha nenhum registro do tipo.

Ofertas, reajustes e migrações

Curiosamente, o novo regulamento traz uma definição explícita do que é uma oferta. Segundo o texto, ela se refere apenas ao serviço principal, deixando de lado serviços e produtos acessórios. Uma oferta vendida separadamente não pode ser custar mais do que um combo, que inclui outros serviços.

Além disso, o RGC passou a permitir reajustes das ofertas a cada 12 meses, em uma data-base definida pelas próprias operadoras. Os contratos também podem ser revistos, mas não de maneira unilateral. A Anatel precisa autorizar alterações de preço ou condições.

Caso uma oferta seja extinta, a operadora será obrigada a comunicar a decisão com 30 dias de antecedência. Depois disso, caso não se manifeste, o cliente poderá ser migrado automaticamente para uma oferta com características e preço similares, sem que haja nova fidelização.

Inadimplência ou falta de créditos

O RGC define ainda que as operadoras podem suspender contratos 15 dias depois de notificar o consumidor sobre a existência de pagamentos vencidos ou término dos créditos.

A linha poderá ficar suspensa por mais 60 dias, com acesso apenas a serviços de emergência e ao atendimento da própria operadora. Passado esse período, a prestadora poderá rescindir o contrato.

Novidades regulatórias

A atualização do regulamento trouxe a possibilidade de ofertar uma oferta exclusivamente digital, sem canais de atendimento telefônico ou presencial. Isso precisa estar explícito na etiqueta padrão.

Além disso, o RGC tem regras diferentes para as chamadas prestadoras de pequeno porte, com menos de 5% de participação de mercado. Elas têm menos obrigações em relação às grandes teles, principalmente no que diz respeito à comunicação com clientes.

Com informações do Convergência Digital e do Teletime
Anatel altera regras de serviços de telecomunicações; veja o que mudou

Anatel altera regras de serviços de telecomunicações; veja o que mudou
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: Novos planos do Vivo Easy começam a valer hoje; veja os preços

Exclusivo: Novos planos do Vivo Easy começam a valer hoje; veja os preços

Vivo Easy Lite começa em R$ 20 por mês no plano anual (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Vivo lança o Vivo Easy Lite com planos mensais e anuais; valores iniciam em R$ 20 mensais para 15 GB de internet.
O plano anual oferece fidelidade de 12 meses com desconto de cerca de 30%, debitado mensalmente no cartão de crédito.
O Vivo Easy Lite inclui chamadas e SMS para todas as operadoras, desconto de 50% no Cinemark e R$ 50 de Vale Bônus; clientes antigos continuam nos planos prévios.

A Vivo reformulou o Vivo Easy e passou a comercializar nesta segunda-feira (1º) os novos planos, que preveem assinatura mensal ou anual com desconto. A operadora confirmou as informações ao Tecnoblog com exclusividade. O pacote mais simples, com franquia de internet de 15 GB, custa a partir de R$ 20 por mês.

Os clientes que optarem pela assinatura anual terão desconto de R$ 15 por mês, o que pode representar até 30% do valor cheio do plano, a depender da opção escolhida. A informação já começou a circular entre os clientes da Vivo e foi visualizada pelo leitor João Augusto, que nos contou da novidade. O pagamento é no cartão de crédito.

Agora, os gigabytes não acumulam mais de um mês para o outro. Com isso, o Easy Lite caminha para a mecânica de pré-pago, já que os planos contam com pagamento mensal, ao contrário do Vivo Easy clássico, em que os clientes adquiriam determinado pacote e poderiam usufruí-lo por um tempo – às vezes, ao longo de anos.

As modalidades anteriores do Easy foram encerradas para novos clientes.

Confira os preços do Vivo Easy Lite

Nós elaboramos a seguinte tabela com os preços do Easy Lite:

Franquia mensalAssinatura anualAssinatura mensal15 GBR$ 20 por mês / R$ 240 por anoR$ 3520 GBR$ 30 por mês / R$ 360 por anoR$ 4525 GBR$ 40 por mês / R$ 480 por anoR$ 55

O pagamento anual repete o que nos acostumamos a ver em serviços digitais como Netflix, Globoplay e outros streamings. Ao assumir o compromisso por 12 meses, o valor ainda é debitado mensalmente, mas você recebe o desconto de cerca de 30%. Em outras palavras, é uma fidelidade.

De acordo com o regulamento, o serviço pode ser cancelado caso o assinante não faça a renovação da oferta num prazo de 30 dias. Isso deve impactar principalmente os usuários da assinatura mensal.

Vivo Easy Lite prevê pagamento no cartão de crédito (imagem: reprodução)

“Um ano inteiro de benefícios”

A diretora de marketing da Vivo, Flávia Carneiro, disse que a operadora está “redefinindo” o jeito de contratar planos móveis. “Com o Easy Lite, o cliente faz uma única escolha e garante um ano inteiro de benefícios, com economia de até 30%, pagamento parcelado no cartão e uma experiência digital”, declarou a executiva em nota à imprensa.

De acordo com Flávia, é uma “virada de chave” no mercado.

O Vivo Easy Lite contempla ligações e mensagens SMS para todas as operadoras do país, desconto de 50% em ingressos do Cinemark e recompensa mensal de R$ 50 no Vale Bônus.

Flávia Carneiro é diretora de marketing da Vivo (imagem: divulgação)

Fim das outras modalidades do Easy

A Vivo nos explicou que os atuais clientes do Easy nas modalidades Prime e Monte do Seu Jeito continuarão a ser atendidos normalmente, com as características e benefícios atuais. Ao mesmo tempo, ela determinou que não serão feitas novas adesões. Em outras palavras, quem já tem está garantido, e quem não tem precisará contratar o novo Easy Lite.

Em meados de agosto, o Tecnoblog noticiou a alta de preços no Vivo Easy Prime. A modalidade mais simples passou a R$ 38 por mês, com direito a 6 GB de internet.

E os gigas que acumulam?

Conforme comentamos acima, o novo Easy acaba com o benefício dos gigas que se acumulavam para os meses seguintes, de forma indefinida. Este era um dos atributos mais elogiados pelos clientes, em especial entre as pessoas que têm Wi-Fi na maior parte do tempo e, por isso, não usam tanta internet móvel.

O Correios Celular e a Laricel continuam sendo opções para quem busca um plano de telefonia móvel com essa característica. No entanto, elas acumulam somente por um mês.
Exclusivo: Novos planos do Vivo Easy começam a valer hoje; veja os preços

Exclusivo: Novos planos do Vivo Easy começam a valer hoje; veja os preços
Fonte: Tecnoblog

China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora

China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora

China emprega diversas táticas para controlar e censurar internet (foto: Philip Jägenstedt/Flickr)

Resumo

China bloqueou temporariamente conexões HTTPS e ficou isolada da internet global por mais de uma hora.
Grande Firewall fechou a porta 443, levantando suspeitas de falha técnica ou erro de configuração.
Coincidência com queda de tráfego no Paquistão aumenta o mistério.

A China ficou desconectada da internet global por pouco mais de uma hora na quarta-feira (20/08). O país passou a bloquear todas as conexões com sites de fora do país.

O incidente foi detectado pelo grupo ativista Great Firewall Report, que monitora a censura na internet chinesa. De acordo com a organização, o Grande Firewall — como é chamado o conjunto de sistemas que controla as conexões com outros países — praticamente fechou a porta 443 do TCP, usado no tráfego HTTPS.

“Entre aproximadamente 0h34 e 1h48 (no horário de Pequim, UTC+8), o Grande Firewall da China (GFW) exibiu um comportamento anômalo, injetando pacotes TCP RST+ACK forjados para interromper todas as conexões na porta TCP 443”, explicou o Great Firewall Report.

O que é o Grande Firewall?

Nome do Grande Firewall veio da Muralha da China (foto: Severin.stalder/Wikimedia Commons)

O Grande Firewall é o nome dado a um conjunto de ações e tecnologias empregadas pela China para controlar a internet em seu território. Esse nome é um jogo de palavras com Great Wall of China, como a Muralha da China é conhecida nos países de língua inglesa.

Apesar de não haver detalhes públicos, pesquisadores identificaram, ao longo dos anos, diversas táticas usadas pelo governo chinês para limitar o acesso a sites e censurar assuntos.

Entre elas, estão bloqueio de IPs, filtragem de URL, redirecionamento de DNS, inspeção de pacotes de dados, certificados SSL falsificados e ataques com pacotes TCP forjados. O episódio do dia 20 de agosto foi desse último tipo.

Por que a China se desconectou do resto do mundo?

O motivo para o incidente não está claro. Como observa o site The Register, esse tipo de bloqueio costuma acontecer quando o governo quer censurar eventos externos, mas não houve nenhum evento relevante acontecendo durante o período de desconexão.

Por isso, o Great Firewall Report acredita que o corte na internet teve motivos técnicos. O grupo escreve que o incidente pode ter sido causado por “um novo dispositivo no Grande Firewall ou um dispositivo conhecido operando em um estado novo ou desconfigurado”.

O Register lembra que não seria a primeira vez que o sistema de censura apresenta falhas ou vulnerabilidades. Autoridades americanas, inclusive, acreditam que os setores burocráticos responsáveis pelo Grande Firewall estão com orçamentos reduzidos.

A situação fica ainda mais intrigante porque o Paquistão passou por uma queda enorme no tráfego local horas antes do incidente envolvendo a porta 443 na China.

Não se sabe se há relação entre os eventos, mas participantes de um fórum sobre censura na internet apontam que o governo paquistanês estaria implementando sua própria versão do Grande Firewall. O uso de equipamentos chineses pode ser uma explicação para um mesmo bug nos dois países.

Com informações do Great Firewall Report e do Register
China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora

China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora
Fonte: Tecnoblog

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Agente da Anatel na operação Fantasma da Rede (imagem: reprodução/Anatel)

Resumo

Anatel e DEIC/SP desmantelaram central clandestina de TV e internet na Zonal Leste de São Paulo;
No local foram encontrados roteadores não certificados ou com homologação vencida e infraestrutura de call center usada para suporte técnico aos clientes;
Operação Fantasma da Rede resultou na apreensão de equipamentos e na prisão de dois envolvidos.

Fantasma da Rede. Esse é o nome de uma ação realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de São Paulo (DEIC/SP) que resultou no desmantelamento de uma rede pirata de TV por assinatura na Zonal Leste de São Paulo (SP).

As investigações levaram as autoridades, na terça-feira (12/08), a um sobrado que aparentava ser residencial, mas que, na verdade, abrigava uma central de telecomunicações clandestina. O serviço era operado por um provedor local que também oferecia planos de acesso à internet.

De acordo com a Anatel, os agentes encontraram, no local, vários equipamentos para a prestação dos serviços. Entre eles estavam roteadores não certificados ou com homologação vencida e até uma infraestrutura de call center para prestação de suporte técnico aos clientes.

Tanto os serviços de TV por assinatura quanto de acesso à internet foram interrompidos com respaldo judicial. Estima-se que a empresa, que não teve o seu nome divulgado, tinha cerca de 30.000 clientes na região em que operava.

A ação também resultou na apreensão dos equipamentos encontrados no sobrado. Além disso, duas pessoas ligadas ao provedor foram presas. Uma foi liberada pouco tempo depois, mas a outra continuou detida por determinação judicial.

Ainda como parte da operação Fantasma da Rede realizada na terça-feira, as autoridades cumpriram ordens judiciais para identificar e interromper serviços não autorizados de TV por assinatura em outros locais.

A Anatel explica o porquê da ação:

Além da violação de direitos autorais, a atividade configura crime contra a ordem econômica e pode estar associada a práticas de receptação qualificada e lavagem de dinheiro, com indícios de envolvimento de organizações criminosas.

Sede da Anatel em Brasília (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Anatel atua contra serviços irregulares de telecomunicações

Operações como essa não são isoladas. Com auxílio de autoridades policiais, a Anatel tem atuado contra serviços de telecomunicações que operam de modo irregular ou sem as devidas autorizações.

Um exemplo recente vem de uma ação da Anatel a e Polícia Federal contra uma “gatonet” no Paraná e Distrito Federal.

Ainda com relação a esse assunto, nesta semana, a Anatel emitiu um alerta sobre o malware Bad Box 2.0, identificado em TV boxes clandestinos. Estima-se que mais de 1,5 milhão de equipamentos estejam infectados pela ameaça, com grande parte deles estando em uso no Brasil.
Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata
Fonte: Tecnoblog

AOL anuncia o fim definitivo da internet discada

AOL anuncia o fim definitivo da internet discada

Um dos antigos CDs da AOL (imagem: Flickr/Patrick Lauke)

Resumo

AOL encerrará seu serviço de internet discada nos EUA em 30 de setembro de 2025, após 34 anos de operação.
Serviço de dial-up começou em 1991 e será encerrado devido à natural migração de clientes para opções de internet banda larga.
A AOL atuou no Brasil de 1999 a 2006, mas saiu do país devido, em grande parte, à concorrência acirrada de provedores locais.

Em tempos de banda larga por todos os lados, causa espanto que serviços de internet discada (dial-up) ainda existam. Pois saiba que a AOL é um dos provedores que oferecem esse tipo de acesso nos Estados Unidos. Mas isso vai mudar: a empresa vai deixar de oferecer internet discada em breve.

Quem nasceu na década de 1990, ou antes, conviveu com o auge da internet discada. Nessa modalidade de serviço, um modem deve ser conectado a uma linha telefônica fixa.

A conexão é estabelecida quando o equipamento “liga” para o número do provedor. O procedimento gera uma sequência de ruídos de acesso discado que não sai da memória de quem acessava a internet dessa forma.

Certamente, ninguém sente falta dessa modalidade. A conexão discada, quando ativada, impede o uso da linha telefônica para chamadas. Além disso, a velocidade de acesso é baixíssima, não passando de 56 Kb/s (kilobits por segundo). Sem contar que não é incomum a conexão cair.

O fim da internet discada na AOL

A partir de 30 de setembro de 2025, a AOL não oferecerá mais o seu serviço de internet discada nos Estados Unidos. Consequentemente, o discador AOL Dialer e o navegador AOL Shield serão descontinuados. A decisão foi comunicada em uma página de ajuda da empresa e descoberta pelo site PCGamer.

A razão é óbvia: no decorrer dos anos, os clientes dessa modalidade migraram para serviços mais avançados. Em 2015, quando serviços de banda larga já eram dominantes, a AOL ainda registrava cerca de 1,5 milhão de clientes de internet discada. Hoje, estima-se que esse número esteja na casa dos “milhares de clientes” (o que ainda é espantoso).

Em linhas gerais, os usuários atuais de linha discada estão baseados em áreas rurais que têm pouco ou nenhum acesso à internet via fibra óptica ou redes móveis, por exemplo. E, sim, esse cenário é realidade nos Estados Unidos, mesmo com o país sendo a economia mais forte do mundo.

Mas, aos poucos, essas áreas vão sendo atendidas por opções de banda larga. Regiões que não são alcançadas por opções convencionais podem se beneficiar dos serviços de acesso à internet via satélite, com a Starlink dominando esse segmento.

Na AOL, a modalidade de dial-up começou a ser oferecida em 1991. O serviço será encerrado após 34 anos de operação, portanto.

Modem interno de internet discada, capaz de alcançar 56 Kb/s (imagem: Everton Favretto/Tecnoblog)

A AOL já atuou no Brasil

Quem usou internet discada no Brasil deve se lembrar que a AOL manteve operações no país por alguns anos. A AOL Brasil, como era chamada, iniciou as suas atividades em 1999 distribuindo disquetes e CDs que ofereciam um navegador próprio da empresa e um período gratuito de uso de seu serviço de internet discada.

Essa estratégia deu resultado nos Estados Unidos, mas não no Brasil. Por aqui, a AOL teve que enfrentar a concorrência agressiva de provedores locais, como UOL e Terra, além dos numerosos serviços de internet discada gratuitos, como iG, BOL, BRFree, Cidade Internet e tantos outros.

Sem obter o sucesso esperado, a AOL saiu do Brasil em 2006.
AOL anuncia o fim definitivo da internet discada

AOL anuncia o fim definitivo da internet discada
Fonte: Tecnoblog

Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site

Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site

Ligga se formou a partir da Copel Telecom, do Paraná (imagem: divulgação)

Resumo

Nelson Tanure estaria negociando a venda da Ligga Telecom por cerca de R$ 2,5 bilhões.
Empresa deve investir mais de R$ 1 bilhão até 2029 para cumprir obrigações do 5G.
Ligga ampliou cobertura com aquisições, mas registrou prejuízo no 1º trimestre de 2025.

O empresário Nelson Tanure estaria buscando compradores para a Ligga Telecom, operadora de telecomunicações adquirida por ele em 2020. A companhia foi colocada à venda por cerca de R$ 2,5 bilhões, segundo apuração do InvestNews, valor semelhante ao desembolsado na época da privatização da antiga Copel Telecom, no Paraná.

O movimento acontece enquanto a empresa se prepara para cumprir obrigações de infraestrutura de rede 5G, que demandarão mais de R$ 1 bilhão em investimentos até 2029. A venda está sendo conduzida pelo banco de investimentos Rothschild & Co.

Mudança na gestão e pressões financeiras

As negociações pela venda da Ligga acontecem poucos meses depois de Tanure renunciar ao cargo no conselho de administração da empresa, o que foi interpretado por analistas como um sinal de afastamento da gestão.

Desde sua privatização, a Ligga incorporou operadoras como Sercomtel, Horizons e Nova Fibra, o que ampliou sua cobertura no Paraná e em regiões estratégicas.

Em paralelo, a empresa também buscou fortalecer sua presença institucional: em 2023, fechou um contrato de R$ 200 milhões para nomear o estádio do Athletico Paranaense. O acordo, no entanto, foi encerrado em junho de 2025, após disputas entre as partes.

No primeiro trimestre deste ano, a Ligga registrou prejuízo líquido de R$ 15,3 milhões, uma alta de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, a receita líquida cresceu 18%, totalizando R$ 160,6 milhões. O Ebitda ajustado chegou a R$ 85,4 milhões, uma alta de 35%. A dívida líquida, por sua vez, subiu ligeiramente para R$ 871,7 milhões, com alavancagem de cerca de 2,5 vezes o Ebitda.

Quem pode se interessar pela Ligga?

A possível venda da Ligga ocorre em um mercado de telecomunicações cada vez mais consolidado, com grandes operadoras retomando planos de expansão via aquisição. A Vivo, por exemplo, está em negociações para comprar a Desktop, enquanto empresas como Unifique, Brisanet e Alloha seguem como os principais provedores regionais de internet.

Além disso, as redes neutras — que fornecem infraestrutura de fibra para diferentes operadoras — continuam avançando. Casos como a V.tal, que já esteve em negociação com Tanure, e a FiBrasil, da Vivo, mostram o interesse do setor nesse tipo de ativo.

No caso da Ligga, os compromissos assumidos no leilão do 5G de 2021 são um ponto central: a operadora detém licenças para atuar em regiões como Paraná, São Paulo e estados da Região Norte. Para cumprir as metas estabelecidas pela Anatel, será necessário instalar cerca de 800 antenas em 300 cidades entre 2026 e 2029, ampliando a cobertura da empresa para quase metade da população brasileira.

Com informações do InvestNews
Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site

Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site
Fonte: Tecnoblog

Anatel autoriza exclusividade entre Nubank e Claro

Anatel autoriza exclusividade entre Nubank e Claro

NuCel ganhou chip físico de telefonia em julho de 2025 (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Anatel autorizou que Nubank e Claro mantenham exclusividade no NuCel.
Serviço funciona como MVNO, com atendimento do Nubank e rede da Claro.
Planos partem de 20 GB por R$ 45 e agora têm chips físicos além do eSIM.

O Conselho Diretor da Anatel decidiu que o Nubank e a Claro podem manter um acordo de exclusividade. As duas empresas estão juntas no NuCel, serviço de telefonia anunciado pelo banco digital no ano passado, conforme revelado em primeira mão pelo Tecnoblog.

Com a decisão, divulgada hoje pela Agência Nacional de Telecomunicações, as duas companhias podem continuar com o arranjo do serviço, que possui 44,4 mil acessos. O NuCel existe como uma operadora virtual de telefonia móvel, MVNO na sigla em inglês. O atendimento é do Nubank e a rede é da Claro.

Inicialmente, a área técnica da própria agência concluiu que as duas companhias não poderiam ter um contrato de exclusividade. Em tese, isso habilitaria que o Nubank buscasse outros parceiros no setor de telecomunicações. Ele comercializa os serviços do NuCel principalmente pelo aplicativo oficial Nubank no smartphone.

Por sua vez, a Claro entrou na Anatel solicitando que o vínculo de exclusividade fosse reconhecido. Na prática, o Conselho Diretor pacificou a questão.

Sede da Anatel em Brasília (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Não são conhecidos os detalhes do acordo entre Nubank e Claro. Não é possível saber, por exemplo, quanto uma paga para a outra ou se há compartilhamento da receita proveniente do serviço de telecomunicações. O NuCel tem a proposta de simplificar o setor, tanto que são apenas três planos: 20 GB por R$ 45, 25 GB por R$ 55 e 35 GB por R$ 70.

O NuCel anunciou em julho a adoção de chips físicos de telefonia. Até então, o serviço era ofertado apenas para clientes cujos smartphones são compatíveis com eSIM, o chip virtual.

Anatel autoriza exclusividade entre Nubank e Claro

Anatel autoriza exclusividade entre Nubank e Claro
Fonte: Tecnoblog

O que é uma MVNO? Entenda o funcionamento das operadoras móveis virtuais

O que é uma MVNO? Entenda o funcionamento das operadoras móveis virtuais

Operadoras móveis virtuais disponibilizam chips próprios, mas usam infraestrutura de outras operadoras (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)As MVNOs são operadoras móveis virtuais que utilizam toda a infraestrutura das operadoras convencionais para funcionar. Com autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), elas podem oferecer pacotes diferenciados e específicos para cada tipo de público ou segmento, de acordo com os objetivos da marca.Essas operadoras móveis virtuais podem ser classificadas em três tipos: MVNO Full, MVNO Light e MVNO Brand Reseller. Cada modelo possui atribuições distintas, que vão desde a autonomia total na execução dos serviços até a revenda de soluções de uma operadora sob outra marca.Entenda, a seguir, como funciona uma operadora móvel virtual, as diferenças entre os tipos e alguns exemplos no Brasil.O que é uma MVNO?MVNO, do inglês Mobile Virtual Network Operator, é uma operadora de rede móvel virtual que oferece serviços de telefonia móvel sem possuir infraestrutura própria de rede, como antenas ou espectro de frequência.Essas empresas fecham acordos comerciais com operadoras móveis tradicionais para utilizar sua infraestrutura de rede, como sinal e cobertura, ficando responsável apenas pelo atendimento, comercialização e faturamento do serviço.Como funciona uma MVNO?O funcionamento de uma operadora móvel virtual (MVNO) é feito a partir da autorização ou credenciamento da empresa pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).Além disso, a MVNO deve solicitar uma parceria comercial com uma operadora móvel, como Claro, TIM ou Vivo — que será responsável por toda a infraestrutura de comunicação –, e define qual tipo de público deseja atender, quais planos serão oferecidos e toda a identidade de marca, por exemplo.Ou seja, as operadoras móveis tradicionais fornecem toda a infraestrutura para os serviços móveis que serão usados pelo cliente final, como chamadas telefônicas, internet móvel (4G e 5G) e envio de SMS.Enquanto isso, a MVNO será responsável por vender planos, gerenciar sistemas de cobrança (caso seja uma MVNO Full), fazer o relacionamento com o cliente. NuCel é uma MVNO do Nubank (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)Quais são os tipos de MVNO?As operadoras de rede móvel virtual (MVNO) podem ser divididas entre os seguintes tipos:MVNO Full: tipo autônomo de MVNO que é capaz de ter total controle da operação, mesmo com a falta de infraestrutura própria. Uma MVNO Full é responsável pela emissão dos cartões SIM, autenticação e gerenciamento de usuários e pelas chamadas, mensagens e troca de dados;MVNO Light: tipo de MVNO que compartilha os serviços de comunicação com as operadoras. As MVNOs Light controlam apenas a relação com clientes, o marketing e a venda de pacotes. São empresas que tentam se aproximar de determinado público para oferecer serviços de telecomunicações;MVNO Brand/Brand Reseller: modelo responsável apenas por revender serviços de comunicação de outra MVNO, emprestando sua marca. Toda a operação ainda é feita pela operadora parceira.Quais são as principais operadoras móveis virtuais no Brasil?Diversas empresas oferecem serviços de telecomunicação no Brasil por meio de MVNOs. Veja abaixo as principais operadoras móveis virtuais:Surf Telecom: utiliza a infraestrutura da TIM na oferta dos serviços. Surf Telecom é uma plataforma que permite que outras empresas ofereçam serviços de comunicação como operadoras móveis virtuais;Brisanet: opera com rede própria no Nordeste e atua como MVNO com a TIM em áreas onde não há cobertura. Atua também em outras regiões como MVNO utilizando a Vivo;Datora: primeira empresa a ser autorizada como uma MVNO no Brasil; utiliza infraestrutura da TIM, Vivo e Claro;NuCell: operadora móvel virtual do Nubank; usa serviços de infraestrutura da Claro;Intercel: serviço de telecomunicação do Banco Inter que usa infraestrutura da Vivo;Correios Celular: MVNO dos Correios que usa a infraestrutura da Surf Telecom/TIM;Maga+: operadora móvel virtual do Magazine Luiza que funciona em parceria com a Claro;LariCel: MVNO da atriz Larissa Manoela; é operado pela Dry Telecom em parceria com a Surf Telecom e TIM.Hypecon: MVNO da Datora que possibilita usar TIM ou Vivo.Quais são as vantagens de uma MVNO?Usar uma MVNO como operadora oferece as seguintes vantagens:Ofertas mais acessíveis: uma operadora móvel virtual é capaz de oferecer pacotes e planos mais acessíveis aos usuários do que uma operadora tradicional. Como as MVNOs não precisam investir em infraestrutura, as empresas podem baratear os valores em busca de uma maior oferta de clientes;Serviço personalizado: algumas MVNOs oferecem serviços personalizados a seus clientes, como planos específicos para cada nicho, além de um melhor relacionamento com o cliente em caso de necessidade de atendimento;Flexibilidade: é comum encontrarmos operadoras móveis virtuais que oferecem planos sem fidelidade. Dessa forma, o usuário pode trocar de MVNO sem precisar pagar multa, caso não se adapte.Quais são as desvantagens de uma MVNO?No entanto, as operadoras móveis virtuais podem apresentar algumas limitações no serviço. Confira algumas desvantagens:Cobertura: as MVNOs podem sofrer com a cobertura das operadoras tradicionais, já que toda a infraestrutura é utilizada em parceria. Dessa forma, seus clientes podem ficar sem sinal caso haja interrupção nos serviços. Além disso, algumas regiões do Brasil podem não ter acesso à conexão de dados de qualidade, como 4G ou 5G;Limitações em pacotes: apesar de oferecer pacotes mais acessíveis aos usuários, as MVNOs podem não trazer pacotes extras ou adicionais, dependendo da empresa. Isso pode frustrar usuários acostumados com operadoras móveis convencionais;Falta de loja física: por se tratar de uma operadora virtual, usuários com pouco acesso ao digital podem enfrentar problemas no atendimento. Operadoras tradicionais como Vivo, Claro e TIM ainda possuem lojas físicas, diferente das MVNOs.Qual é a diferença entre MVNO e MNO?MVNO, do inglês Mobile Virtual Network Operator, é uma operadora de rede virtual capaz de oferecer serviços de telefonia sem ter infraestrutura própria. As MVNOs fazem acordos comerciais com as MNOs (Mobile Network Operator, em inglês), que são as operadoras tradicionais, como Vivo e Claro, por exemplo.A diferença entre as duas é que enquanto as MNOs têm infraestrutura própria para oferecer pacotes, as MVNOs necessitam de tecnologia de outras empresas para funcionar.Qual é a diferença entre MVNE e MVNA?A MVNE (Mobile Virtual Network Enabler) é uma empresa que auxilia no funcionamento das MVNOs, oferecendo suporte, plataformas e ferramentas para as operadoras virtuais. É ela que cuida de toda a sua infraestrutura, enquanto as MVNOs podem se preocupar apenas com marketing e relacionamento com clientes.Já uma MVNA (Mobile Virtual Network Aggregator) é uma facilitadora de operadoras móveis virtuais. Ela faz a conexão entre as MVNOs e as MNOs, comprando grande quantidade de serviço das operadoras físicas e vendendo para as operadoras virtuais.MVNOs podem oferecer cobertura em áreas remotas?Sim, desde que as operadoras tradicionais tenham cobertura nessas regiões. Como uma MVNO usa parte da infraestrutura de grandes operadoras, como Vivo, Claro e TIM, áreas remotas podem sofrer com instabilidade e falta de sinal.Por isso, busque por operadoras virtuais específicas que ofereçam esse tipo de cobertura em áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos, caso tenha interesse na contratação.MVNOs oferecem conexão 5G?Sim. Grande parte das operadoras móveis virtuais (MVNOs) oferecem conexão 5G em seus pacotes de serviços.No entanto, a oferta de 5G disponível aos usuários pode variar de acordo com o contrato de serviços de cada MVNO com as operadoras tradicionais, como Vivo, Claro e TIM.Dessa forma, é importante checar se a sua MVNO oferece 5G em sua região antes de contratar, já que toda a infraestrutura da rede é usada de uma operadora móvel.O que é uma MVNO? Entenda o funcionamento das operadoras móveis virtuais

O que é uma MVNO? Entenda o funcionamento das operadoras móveis virtuais
Fonte: Tecnoblog

O que são cabos submarinos? Veja como funcionam esses meios de transmissão

O que são cabos submarinos? Veja como funcionam esses meios de transmissão

Saiba como funcionam os cabos submarinos e a importância deles para a telecomunicação (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Cabos submarinos são uma parte essencial das telecomunicações globais, permitindo a conexão entre continentes inteiros. Eles são longos cabos submersos, principalmente no leito do oceano, projetados para a transmissão de dados e, em alguns casos, de energia.

Esses cabos são essenciais para o dia a dia, pois transportam grande parte do tráfego da internet mundial. Sem eles, a comunicação global e o acesso a sites, serviços de streaming e redes sociais seriam inviáveis.

A tecnologia dos cabos submarinos é baseada em fibra óptica, que usa pulsos de luz para transmitir dados em alta velocidade. Repetidores localizados em pontos estratégicos ao longo do cabo amplificam o sinal, garantindo que a informação chegue ao destino sem perda de qualidade.

A seguir, conheça mais sobre os cabos submarinos, a história dessa tecnologia essencial para a comunicação e suas vantagens. Também entenda como é a estrutura dos cabos submersos e quantos existem no mundo.

O que são cabos submarinos?

Cabos submarinos são cabos de fibra óptica instalados no fundo do mar, que usam pulsos de luz para transmitir informações em alta velocidade. Eles têm um papel importante na telecomunicação, transportando mais de 95% do tráfego de dados mundial, conectando continentes, facilitando a comunicação global e de diferentes atividades essenciais.

Para que servem os cabos submarinos?

Os cabos submarinos são a base da internet, transmitindo a maior parte dos dados do mundo entre os continentes e sendo essencial para a economia global. Eles permitem a comunicação instantânea, o comércio eletrônico e a troca de informações em alta velocidade, sustentando redes sociais, streaming de vídeo e operações financeiras internacionais.

Além de dados, os cabos também transportam eletricidade, interligando redes de energia de diferentes países e conectando plataformas de energia offshore à terra. Essa dupla função os torna uma infraestrutura vital para transmissão de energia, o avanço da ciência marinha e até mesmo para operações de defesa militar.

Os cabos submarinos são instalados no fundo dos oceanos (imagem: Reprodução/Telecom Review Africa)

Qual é a estrutura de um cabo submarino?

Cabos submarinos são formados por múltiplas camadas projetadas para proteger os dados e o próprio cabo. No centro, os cabos submarinos de fibra óptica têm fibras de vidro para transmitir dados rapidamente, enquanto os cabos de energia incluem condutores de cobre para eletricidade.

A camada seguinte, de polietileno, isola as fibras ou condutores e protege contra a entrada de água. A armadura, feita de fios de aço, é fundamental para suportar a tensão e a pressão nas profundezas do oceano e forma os cabos submarinos por dentro.

O cabo ainda recebe uma cobertura de cobre ou alumínio para proteção contra vazamento de sinal e entrada de água. Uma proteção de polietileno ou material similar envolve tudo para oferecer mais resistência a danos externos.

Em áreas de alto risco, uma blindagem de fios de aço galvanizado pode ser adicionada para proteger contra âncoras de navios e redes de pesca. Essa proteção extra garante que a comunicação global não seja interrompida por ameaças externas.

Um cabo submarino é formado por diversas camadas que protege a fibra óptica (imagem: Reprodução/TeleGeography)

Como funcionam os cabos submarinos

Os cabos submarinos são instalados no leito do oceano por navios especializados, conectando estações de terra. Esses edifícios servem como ponto de transição entre a parte submarina e a infraestrutura de redes em terra.

Esses cabos feitos de fibra óptica transmitem informações com pulsos de luz por meio de finos fios de vidro. Essa tecnologia permite alta velocidade de envio de dados combinada com maior confiabilidade na entrega.

Durante o caminho da transmissão, repetidores são instalados periodicamente para evitar que o sinal enfraqueça em grandes distâncias. Reforçando a transferência rápida dos dados e com baixa latência.

Geralmente, os cabos submarinos pertencem a consórcios formados por empresas de telecomunicações, provedores de internet e big techs. Essa colaboração permite que eles compartilhem os altos custos de instalação e manutenção, além de dividirem a capacidade de transmissão.

Quais são as capacidades dos cabos submarinos?

Os cabos submarinos são essenciais para a internet global e possuem amplas capacidades para transmissão de dados. Algumas características importantes são:

Capacidade de dados: a maioria dos cabos modernos pode transmitir mais de 200 terabits por segundo (Tbps); 

Transmissão via fibra óptica: usam transmissão via fibra óptica para mover dados a velocidade próximas à da luz, garantindo conexões rápidas e de baixa latência em longas distâncias;

Redundância e resiliência: a rede global é projetada com rotas alternativas para garantir que, se um cabo for danificado, o tráfego possa ser redirecionado sem interrupções significativas;

Vida útil: são projetados com infraestrutura robusta, capazes de resistir à pressão extrema do fundo do mar e durar mais de 25 anos, mas podem ser danificados por âncoras e terremotos;

Alcance global: cobrem distâncias de milhares de quilômetros, conectando continentes inteiros, tornando a comunicação e o comércio globais possíveis.

Embarcações especializadas são usadas para a instalação dos cabos submarinos (imagem: Reprodução/Quora)

Qual é a história dos cabos submarinos?

A história dos cabos submarinos é marcada por três eras de evolução tecnológica. A primeira era começou em 1850 com o primeiro cabo submarino telegráfico entre a Inglaterra e a França, conectando as nações de forma inédita.

Em 1858, um cabo telegráfico transatlântico foi instalado entre Londres e a América do Norte, reduzindo o tempo de comunicação de semanas para horas. Esses cabos foram essenciais para a comunicação global entre os continentes.

A segunda era, em meados do século XX, trouxe os cabos coaxiais para transmissões telefônicas. O primeiro cabo transatlântico desse tipo, instalado em 1956, permitiu chamadas de voz com a ajuda de repetidores para ampliar o sinal.

A era atual, a partir da década de 1980, é dominada por cabos de fibra óptica que iniciaram o período da internet global de alta velocidade. Esses cabos de internet no mar mudaram a transmissão de dados e, em 1988, o primeiro cabo transatlântico de fibra óptica conectou Estados Unidos, Reino Unido e França.

Quantos cabos submarinos existem no mundo?

Conforme o Submarine Cable Map, há mais de 650 sistemas de cabos submarinos globalmente. Os dados do mapa de cabos submarinos indicam que existem 570 operacionais e 81 em desenvolvimento.

Esse número crescente revela o maior registro de implantação de cabos nas últimas duas décadas. As informações também evidenciam a expansão contínua da infraestrutura de telecomunicações.

Quantos cabos submarinos existem no Brasil?

O Brasil possui 15 cabos submarinos de internet ativos, cruciais para as telecomunicações do país. Essa infraestrutura é essencial para conectar o país a outros continentes e garantir o fluxo de dados em escala global.

Fortaleza (CE) é um hub estratégico nesse sistema, sendo um dos maiores centros de conexão costeira do mundo. Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP) também são pontos de chegada fundamentais para cabos submarinos, fortalecendo a rede nacional.

Mapa mundial de cabos submarinos (imagem: Reprodução/TeleGeography)

Quais são as vantagens dos cabos submarinos?

Estes são os pontos fortes de cabos submarinos:

Alta velocidade e baixa latência: transportam dados quase à velocidade da luz, proporcionando conexões mais rápidas e confiáveis para comunicações de longa distância;

Maior capacidade e largura de banda: projetados para suportar grandes volumes de tráfego, atendem à crescente demanda por dados, como streaming de vídeo e serviços de nuvem;

Conectividade global aprimorada: conectam continentes, países e ilhas remotas, permitindo uma comunicação e troca de dados ininterruptas em escala mundial;

Resiliência e estabilidade: oferecem uma conexão consistente e são menos suscetíveis a interferências ambientais do que satélites;

Custo-benefício a longo prazo: apesar do alto custo inicial de instalação, a capacidade e a vida útil dos cabos submarinos os tornam uma solução mais econômica para o transporte de dados em comparação com alternativas de satélite.

Quais são as desvantagens dos cabos submarinos?

Estes são os pontos fracos de cabos submarinos:

Impacto ambiental: o processo de instalação pode afetar temporariamente os ecossistemas marinhos. Enquanto o descarte ao fim da vida útil representa um desafio ambiental, pois muitos materiais não são totalmente recicláveis;

Custo elevado: a construção, instalação, manutenção e reparo de cabos submarinos são extremamente caros, exigindo investimentos bilionários e equipes altamente especializadas;

Vulnerabilidade a desastres: apesar das proteções, podem ser danificados por eventos naturais imprevisíveis, como terremotos, tsunamis, deslizamentos de terra subaquáticos e correntes marítimas intensas;

Danos acidentais: a pesca de arrasto, as âncoras de navios e outras atividades humanas são uma das principais causas de danos, podendo romper os cabos e afetar a transmissão de dados;

Riscos de segurança: são alvos potenciais para sabotagem, tanto física quanto cibernética, representando uma ameaça à segurança nacional e à estabilidade das redes de comunicação;

Reparos complexos e demorados: a localização e o reparo de cabos danificados são processos desafiadores e lentos, que dependem de navios especializados, condições climáticas favoráveis e podem levar semanas para serem concluídos.

Qual é a diferença entre cabo submarino e cabo terrestre?

Os cabos submarinos são projetados para interligar continentes e países através de oceanos e mares, sendo a base para a internet global. Eles precisam de uma proteção robusta para resistir à corrosão, à pressão da água e danos físicos, o que os torna caros e complexos de instalar.

Os cabos terrestres são usados para distribuição de dados e energia em terra, conectando cidades, empresas e residências à rede. Embora mais acessíveis e mais simples de instalar, eles necessitam de proteção contra fatores ambientais, como roedores, estresse mecânico e condições climáticas adversas.

Qual é a diferença entre cabo submarino e satélite?

Os cabos submarinos são cabos físicos instalados no fundo do oceano, conectando continentes. A principal vantagem é a alta velocidade e a baixa latência, sendo essencial para o tráfego de dados e as telecomunicações globais.

Os satélites oferecem conectividade a partir do espaço, orbitando a Terra para transmitir sinais de forma sem fio. Embora sejam ideais para cobrir áreas remotas e de difícil acesso, oferecem latência mais alta e menor largura de banda em comparação com os cabos submarinos.
O que são cabos submarinos? Veja como funcionam esses meios de transmissão

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Fonte: Tecnoblog

Anatel vai responsabilizar marketplaces por venda de produtos irregulares

Anatel vai responsabilizar marketplaces por venda de produtos irregulares

Anatel vem intensificando cobrança de medidas contra produtos irregulares (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Anatel atualizou seu regulamento para responsabilizar marketplaces pela venda de produtos não homologados no Brasil.
Plataformas como Amazon e Mercado Livre passam a responder com os vendedores em casos de infrações.
A medida, segundo a agência, segue o entendimento do STF e retira a proteção antes garantida pelo Marco Civil da Internet.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) atualizou seu regulamento de homologação e, entre outras alterações, passará a incluir os marketplaces na cadeia de responsabilidade. Com isso, um entendimento já adotado pela agência se torna uma regra para o mercado.

Ao longo dos últimos anos, o órgão tem cobrado que plataformas de varejo colaborem na fiscalização de produtos não homologados, como celulares, baterias, TV boxes e drones, entre muitos outros. Em alguns casos, a disputa tomou proporções maiores: a agência chegou a entrar com uma ação judicial para bloquear os sites da Amazon e do Mercado Livre, por exemplo. O pedido foi negado.

O que muda com o novo regulamento?

Celulares precisam de homologação da agência para venda no Brasil (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

“Na prática, marketplaces como Mercado Livre, Amazon, Shopee, Magalu, entre outros, passam a responder solidariamente com os vendedores por infrações relacionadas à oferta de produtos irregulares, normatizando um entendimento já adotado em decisões da Anatel”, escreve a Anatel em seu site.

Desde 2021, a Anatel pede que marketplaces exijam dos vendedores a inclusão de códigos de homologação de produtos ao cadastrar as mercadorias. Agora, isso passa a ser uma norma da agência. “A medida inclui a obrigação de divulgar o código de homologação nos anúncios e de verificar a regularidade dos itens ofertados”, diz o comunicado.

A Anatel afirma ainda que a decisão está “fundamentada em pareceres jurídicos da Advocacia-Geral da União e alinhada ao entendimento do Supremo Tribunal Federal”. Além disso, a mudança entende que os marketplaces não estão protegidos pelo Marco Civil da Internet, o que poderia considerá-los como plataformas e isentá-los de responsabilidade, mas sim que eles se encaixam no papel de fornecedores, devendo responder ao Código de Defesa do Consumidor.

Em nota, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) considerou a atualização do regulamento como “um avanço fundamental para coibir o mercado irregular de celulares no Brasil”.

Com informações da Anatel e do Tele Síntese
Anatel vai responsabilizar marketplaces por venda de produtos irregulares

Anatel vai responsabilizar marketplaces por venda de produtos irregulares
Fonte: Tecnoblog