Category: Telecomunicações

Maioria dos brasileiros está feliz com telecom; 10% passam raiva

Maioria dos brasileiros está feliz com telecom; 10% passam raiva

Empresas de telefonia tem avaliação positiva dos consumidores (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A 10ª pesquisa da Anatel sobre a satisfação dos clientes revela que a maioria dos brasileiros está satisfeita com os serviços de telecomunicações, embora 10% estejam insatisfeitos.
O serviço melhor avaliado é o de celular pré-pago, com nota média de 7,88 nas operadoras Algar, Claro, Tim e Vivo.
Já as prestadoras regionais BrSuper, Tely e Unifique têm as melhores avaliações em internet fixa.

A Anatel publicou nessa quinta-feira (13/03) os resultados da sua mais recente pesquisa de satisfação dos clientes com as telecoms do país. A Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida, que está em sua 10ª edição, mostra que a maioria dos brasileiros está feliz com os serviços de suas operadoras. Porém, 10% deles estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos com as provedoras.

Quais são as telecoms mais bem avaliadas em internet fixa?

As três maiores notas de satisfação dos clientes com internet fixa são de operadoras regionais: BrSuper (Minas Gerais, nota 8,65), Tely (Nordeste, nota 8,15) e Unifique (Sul, nota 8,13). Essas três também são as únicas que tiveram uma nota superior a 8 no quesito.

Tabela com empresas pesquisadas mostra média das notas em cada serviço prestado (imagem: divulgação)

As telecoms brasileiras com operação nacional (Claro, Oi, Tim e Vivo) tiveram as seguintes notas de satisfação em internet fixa:

Claro — 7,05

Oi — 7,33

Tim — 6,69

Vivo — 7,84

Embora ainda esteja presente na pesquisa, a Oi vendeu sua operação de internet fixa para a V.Tal em novembro de 2023. Na segunda-feira (10/03), a V.Tal informou que a Oi Fibra se tornará Nio. A Oi está em recuperação judicial pela segunda vez na sua história, mas segue fornecendo telefonia fixa e TV via satélite.

Quais são os serviços mais bem avaliados pelos clientes?

Dos cinco serviços avaliados pela Anatel (internet fixa, celular pós-pago, pré-pago, telefonia fixa e TV por assinatura), o maior índice de satisfação está no celular pré-pago, com nota de 7,88 na média das prestadoras — Algar, Claro, Tim e Vivo são as únicas da pesquisa que fornecem esses serviços. Na soma de insatisfação de todos os produtos, temos 10% dos clientes infelizes com os serviços prestados.

Tabela da Anatel mostra porcentagem do nível de satisficação dos consumidores com serviços das telecom (imagem: divulgação)

Na sequência temos celular pós-pago, telefonia fixa, TV por assinatura e internet fixa. Vale lembrar que nem todas as telecoms pesquisadas fornecem esses serviços. Unifique, por exemplo, possui planos de telefonia fixa e TV a cabo, enquanto a Valenet não fornece este último produto.

A pesquisa da Anatel também avalia a qualidade de indicadores do serviço: informação ao consumidor, funcionamento, cobrança/recarga, atendimento telefônico, atendimento digital e atendimento presencial. Em todos os cinco serviços, o atendimento telefônico recebeu a menor nota.

Pesquisa avaliou qualidade de indicadores dos serviços, com atendimento telefônico tendo a pior nota em todos os produtos (imagem: divulgação)

Melhoria na qualidade dos serviços?

Os dez anos de pesquisas de satisfação da Anatel mostram que houve um crescimento da avaliação positiva dos consumidores. Isso sugere que as telecoms melhoraram os seus serviços nesse período.

Dez edições da pesquisa mostram que houve evolução na satisfação com os serviços das telecoms (imagem: divulgação)

Na tabela da evolução da média da satisfação, vemos quais serviços ganharam e quais perderam posições nos dez anos de pesquisa. O celular pré-pago foi o serviço mais bem avaliado na primeira pesquisa e termina o decênio na mesma posição.

Já a internet fixa segue o serviço com a menor nota de satisfação dos cinco avaliados. A telefonia fixa, que teve a segunda melhor nota em 2015, termina o decênio na quarta posição.

Com informações da Anatel
Maioria dos brasileiros está feliz com telecom; 10% passam raiva

Maioria dos brasileiros está feliz com telecom; 10% passam raiva
Fonte: Tecnoblog

5.5G: setor discute chegada ao Brasil de rede com downlink de 10 Gb/s

5.5G: setor discute chegada ao Brasil de rede com downlink de 10 Gb/s

Downlink deve chegar a 10 Gb/s no 5.5G (foto: Lucas Braga/Tecnoblog)

Resumo

A Huawei divulgou um documento sobre o 5G-A, com prefácio do ministro das Comunicações e introdução do presidente da Anatel.
O 5G-A, baseado no Release 18, traz maior velocidade, menor latência e inteligência de rede em relação ao 5G atual.
Claro, TIM e Vivo realizaram testes com o 5G-A, e os smartphones compatíveis com o 5G atual também funcionarão na nova rede.

A tecnologia 5G ainda está sendo instalada no Brasil, mas as empresas do setor não perdem tempo: já discutem a chegada do 5.5G. Entre as vantagens, há a previsão de velocidades mais altas, com downlink de 10 Gb/s e uplink de 1 Gb/s.

O chamado 5G Advanced (ou 5G-A) se tornou objeto de um relatório divulgado pela Huawei nesta segunda-feira (03). O documento foi apresentado na Mobile World Congress, maior feira de telecomunicações do planeta, que acontece na Espanha com a presença do Tecnoblog.

O que é 5G-A?

O 5G-A ou 5G Advanced é considerado a próxima etapa do 5G, rede móvel de quinta geração. Ele deve agregar maior velocidade, menor latência e inteligência de rede para atender demandas emergentes de conectividade.

Hoje em dia, os equipamentos de rede e softwares de telecomunicações no Brasil seguem o Release 16, conjunto de regras estipuladas pelo grupo internacional que desenvolve a telefonia móvel.

Empresários e autoridades participam de lançamento na MWC 2025 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)a

Já o 5G-A leva em consideração o Release 18, com novas funcionalidades que resultam numa rede mais robusta e estável, segundo os especialistas.

De acordo com a Huawei, testes já foram realizados pela Claro, TIM e Vivo. O próximo passo seria a adequação do setor ao novo formato. Os smartphones compatíveis com o 5G atual também serão compatíveis com a futura rede 5G-A

O caminho do 5G-A no Brasil

O documento divulgado pela Huawei defende o desenvolvimento imediato do 5G-A no país. O white paper tem prefácio do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e introdução do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, Carlos Baigorri.

Confira abaixo as seis tendências identificadas pela gigante de telecomunicações:

Novo modelo de negócios. As operadoras poderão migrar de planos com maior volume de dados para modelos baseados na experiência do usuário (como estabilidade de conexão e baixa latência), especialmente para clientes de alto valor.

Conteúdo artificial. O conteúdo gerado com apoio de ferramentas de inteligência artificial deve nos próximos anos e representar 20% do tráfego da internet móvel em 2030.

Redes privadas. Setores como energia, saúde, transporte e mineração vão exigir redes privadas e garantias de SLA para operação segura e eficiente.

100 bilhões. O 5G-A deve ampliar a adoção do IoT, tornando a conectividade mais barata e eficiente em termos energéticos. Os principais destaques incluem câmeras de vigilância HD, sensores industriais e dispositivos pessoais conectados.

Muito mais automação. As redes de telefonia precisarão de mais automação e IA, de modo que possam lidar com a gestão preditiva. A ideia é garantir a experiência do usuário e a eficiência operacional.

Energia sustentável. No desenvolvimento do 5G-A, o setor deverá focar na eficiência do consumo de energia. O consumo de energia das redes 5G representa apenas 20% do verificado na tecnologia 4G, e a tendência é que a próxima geração seja ainda mais eficaz para reduzir custos e atender demandas da agenda ESG.

O relatório técnico não dá um prazo para que as conversas aconteçam. No entanto, recomenda que a avaliação do 5.5G seja feita o quanto antes, para que o país não deixe essa onda passar. Experiências com 5G-A já ocorrem na China e no Oriente Médio, incluindo países como Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Kuwait

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5.5G: setor discute chegada ao Brasil de rede com downlink de 10 Gb/s

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Fonte: Tecnoblog

Internet pela rede elétrica: entenda como funciona e as vantagens dessa tecnologia

Internet pela rede elétrica: entenda como funciona e as vantagens dessa tecnologia

Tecnologia Powerline perite utilizar internet via rede elétrica (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A tecnologia PLC, popularmente conhecida como Powerline, consegue aproveitar as tomadas pré-existentes para transmitir internet pela energia elétrica entre diferentes cômodos de uma mesma residência, numa rede local.

Além disso, é possível ter uma conexão mais estável com um maior custo-benefício comparado à outras tecnologias, desde que a rede elétrica esteja em boas condições. Veja, a seguir, detalhes sobre o funcionamento, vantagens e desvantagens de ter internet via rede elétrica.

ÍndiceO que é internet via rede elétrica?Como funciona a internet pela rede elétrica?Quais são as vantagens da internet via rede elétrica?Quais são as desvantagens da internet pela rede elétrica?Dá para usar internet via rede elétrica no Brasil?É possível configurar uma internet pela rede elétrica em casa?Dá para usar internet pela rede elétrica em apartamentos?É possível usar internet pela rede elétrica para jogos online e streaming?Qual é a diferença entre internet via rede elétrica e internet fibra óptica?Qual é a diferença entre Powerline e G.hn ?Qual é a diferença entre internet via rede elétrica e internet via satélite?

O que é internet via rede elétrica?

A internet via rede elétrica é uma tecnologia que permite que você compartilhe uma conexão de banda larga existente através da rede elétrica de um imóvel, sem necessidade de utilizar Wi-Fi ou cabo de rede Ethernet. A tecnologia funciona através da PLC, sigla para Power Line Communication ou comunicação via rede elétrica.

Como funciona a internet pela rede elétrica?

O funcionamento da internet pela rede elétrica se baseia na necessidade de ter um par de adaptadores compatíveis com a tecnologia Powerline.

Os adaptadores Powerline se assemelham a uma fonte de alimentação elétrica, mas que possuem uma ou mais portas Ethernet. Um dos equipamentos Powerline deve ficar junto ao modem ou roteador de internet banda larga, plugado através de um cabo de rede convencional.

Exemplo de internet via rede elétrica utilizando adaptadores Powerline (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O segundo adaptador Powerline deve ser conectado próximo ao outro dispositivo que você deseja utilizar, como um computador, smart TV ou até mesmo outro roteador Wi-Fi. Assim como no equipamento principal, a conexão também é feita via cabo de rede utilizando a saída RJ-45.

Algumas fabricantes oferecem soluções de Powerline com Wi-Fi integrado, útil para expandir o sinal de internet sem fio em locais da casa onde o roteador principal não atinge. No entanto, alguns equipamentos contém apenas saída para cabo de rede, com porta RJ-45.

Quais são as vantagens da internet via rede elétrica?

Existem diversas vantagens sobre a utilização da tecnologia Powerline:

Facilidade de instalação: basta conectar os adaptadores Powerline na mesma rede elétrica para estabelecer uma conexão, sem necessidade de passar fios e cabos. Pode ser útil para alimentar dispositivos de Internet das Coisas em áreas onde não há tubulação disponível para cabos de rede, por exemplo.

Velocidade nominal: as velocidades nominais da internet via rede elétrica podem atingir a casa de 1 Gb/s com o padrão HomePlug AV2. No entanto, não espere atingir tal taxa de transferência, ainda que o desempenho possa ser melhor que Wi-Fi.

Estabilidade: as redes powerline costumam ser estáveis, garantindo menores latências e confiabilidade que conexões sem fio.

Expansão: é possível ligar mais de dois adaptadores Powerline com padrão HomePlug no mesmo circuito, facilitando a expansão para novos pontos de rede. O limite de adaptadores extras varia de acordo com a capacidade de cada equipamento.

Custo-benefício: o preço dos adaptadores Powerline é acessível em comparação com roteadores mesh.

Compatibilidade: equipamentos Powerline de diferentes fabricantes são compatíveis entre si, desde que utilizem o mesmo padrão de comunicação como HomePlug AV ou HomePlug AV2.

Quais são as desvantagens da internet pela rede elétrica?

Apesar de ser uma tecnologia prática e atrativa, utilizar o Powerline para ter internet pela rede elétrica tem algumas desvantagens:

Interferências: os adaptadores Powerline podem sofrer interferências de sinal causadas por equipamentos com motores ligados no mesmo circuito, como aparelhos de ar condicionado, máquina de lavar roupa, bombas d’água, aspirador de pó etc.

Desempenho: a velocidade utilizando Powerline pode ser comprometida dependendo do estado da rede elétrica e distância entre os adaptadores.

Disponibilidade: a tecnologia Powerline não é muito popular, e a disponibilidade de dispositivos compatíveis à venda no mercado não é alta.

Dá para usar internet via rede elétrica no Brasil?

Não existe nenhum provedor de internet via rede elétrica disponível no Brasil. É possível, no entanto, utilizar a tecnologia Powerline para criar uma rede local, utilizando a infraestrutura elétrica da sua casa para transmitir internet sem depender de cabos de rede ou Wi-Fi.

Adaptador de rede com tecnologia Powerline (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

No passado, diversas concessionárias de energia fizeram testes da tecnologia PLC com objetivo de aproveitar a rede elétrica para comercializar serviços de banda larga, mas nenhuma iniciativa desse tipo prosperou. Atualmente, o mercado é dominado por conexões via fibra óptica ou cabo coaxial.

É possível configurar uma internet pela rede elétrica em casa?

Sim, você mesmo pode configurar uma rede Powerline na sua casa. Os adaptadores ou extensores de sinal são comercializados no varejo. A instalação dos equipamentos não é difícil – em alguns casos, não é necessário sequer configurar.

Para isso, você deverá ter ao menos dois equipamentos Powerline. O primeiro deve ser ligado junto ao modem ou roteador de internet da sua operadora de banda larga, enquanto o segundo equipamento poderá ser ligado em outra tomada elétrica próximo ao dispositivo que deseja conectar.

Dá para usar internet pela rede elétrica em apartamentos?

Sim, é possível utilizar a internet por rede elétrica normalmente em apartamentos.

A ressalva é que os dados trafegam no mesmo circuito — ou seja, em locais onde há apenas um medidor de energia para todas as unidades (comum em algumas kitnets), o sinal da rede fica disponível para todas as tomadas.

É possível usar internet pela rede elétrica para jogos online e streaming?

Sim, você pode utilizar a tecnologia PLC para jogos online ou serviços de streaming. Nesse caso, basta utilizar um adaptador Powerline plugado ao modem ou roteador da sua operadora e outro ligado ao computador, videogame, smart TV ou outro dispositivo.

O adaptador Powerline converte o sinal de dados trafegado na rede elétrica para uma porta Ethernet, permitindo conectar qualquer dispositivo que aceite cabo de rede com conector RJ-45. Em alguns casos, a utilização via Powerline pode permitir uma conexão mais rápida de internet em comparação com Wi-Fi.

Qual é a diferença entre internet via rede elétrica e internet fibra óptica?

A internet fibra óptica é um dos meios de comunicação que permite a comunicação de dados através de luz utilizando um cabo próprio. A tecnologia pode ser utilizada tanto para conexão à internet como em aplicações locais corporativas. Trata-se do meio de transmissão mais utilizado no Brasil por provedores de banda larga.

A principal diferença entre internet via fibra óptica e internet via rede elétrica é que não é possível contratar acesso o acesso via rede elétrica, ainda que houvesse tentativas para isso no passado. Essa tecnologia está disponível para utilização em redes locais, sendo possível compartilhar uma conexão à internet que chega até a residência utilizando outros meios (como fibra óptica ou cabo coaxial).

Qual é a diferença entre Powerline e G.hn?

G.hn é um dos protocolos utilizados pela tecnologia Powerline, assim como HomePlug AV. O padrão G.hn é mais moderno, com velocidades que podem ultrapassar a casa de 2 Gb/s e permite a utilização de até 16 adaptadores simultâneos.

Outra diferença é que o protocolo G.hn também pode ser utilizado em outros tipos de rede além de eletricidade, como cabos coaxiais ou telefônicos. No entanto, não há equipamentos com G.hn disponíveis à venda no Brasil.

Qual é a diferença entre internet via rede elétrica e internet via satélite?

A internet via satélite é uma das formas de conexão à internet, assim como fibra óptica ou cabo coaxial. O sinal é trafegado via uma antena parabólica, que deve ser posicionada no lado externo da residência, com visada direto para o céu.

Já a rede elétrica pode ser utilizada como meio de transmissão de dados utilizando a infraestrutura de cabos elétricos de uma residência. No momento, não há provedores que fornecem conexão à internet utilizando rede elétrica. No passado, algumas empresas e companhias elétricas apostaram nessa tecnologia para comercializar acesso à internet, mas a tecnologia não teve sucesso e foi adotada apenas para comunicação local.
Internet pela rede elétrica: entenda como funciona e as vantagens dessa tecnologia

Internet pela rede elétrica: entenda como funciona e as vantagens dessa tecnologia
Fonte: Tecnoblog

Opensignal: Vivo tem melhor download; TIM e Claro ganham no sinal 5G

Opensignal: Vivo tem melhor download; TIM e Claro ganham no sinal 5G

Relatório da Opensignal mensura qualidade de rede da Claro, TIM e Vivo (arte: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Claro e TIM oferecem a melhor disponibilidade de sinal 5G no Brasil, segundo um novo relatório da Opensignal.
A Vivo se destaca na experiência de download, com uma média de 40,2 Mb/s no ranking de experiência geral.
Já em termos de confiabilidade, a Claro liderou com 829 pontos, seguida pela TIM (828) e Vivo (826).

A Opensignal divulgou um novo relatório de experiência de rede móvel no Brasil. As operadoras Claro e TIM dividiram o pódio pela disponibilidade de sinal 5G, enquanto a Vivo apresentou melhor experiência de download.

Vivo lidera experiência de download, e Claro ganha no upload

Quando se trata da velocidade de download, a Vivo leva a vantagem: a operadora atingiu média de 40,2 Mb/s no ranking de experiência geral, contra 37,4 Mb/s da Claro e 34,5 Mb/s da TIM.

O pódio também se repete ao falar da experiência de download 5G: a Vivo é a operadora mais rápida, com média de 365,1 Mb/s, seguido por 354,5 Mb/s da Claro e 328,7 Mb/s na TIM.

Na experiência geral de upload — velocidade de envio —, a Claro se sai melhor, com média de 9,6 Mb/s, praticamente empatada com a Vivo, que alcançou 9,5 Mb/s. A TIM figura no 3º lugar, com média de 8,3 Mb/s.

A experiência de upload no 5G repete o mesmo pódio dos indicadores gerais: a Claro alcançou o 1º lugar, com 31 Mb/s, seguida por Vivo (28,8 Mb/s) e TIM (26,7 Mb/s).

Claro e TIM empatam na disponibilidade de 5G

Outro indicador importante do estudo da Opensignal é a taxa de disponibilidade do 5G, que indica a proporção de tempo que os usuários com dispositivo compatível se conectam a uma rede de quinta geração.

Nesse indicador, as medições indicam empate entre Claro e TIM na disponibilidade 5G, com 13,2% cada uma. A Vivo figura no 3º lugar, com 12,5%.

TIM e Claro lideram disponibilidade de sinal 5G no Brasil (imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

Em qualquer um dos casos, a taxa de disponibilidade 5G é muito baixa e os dispositivos ainda dependem muito de outras tecnologias, como o 4G. Na disponibilidade geral, que leva em conta também o 4G, a TIM leva vantagem com 96,5%, seguida por Vivo (96%) e Claro (95,7%).

O Brasil encerrou o ano de 2024 com tecnologia 5G disponível em 962 cidades brasileiras. A TIM lidera a cobertura, com 607 municípios atendidos, seguida por Vivo (504), Claro (287) e Brisanet (144). No entanto, um município é considerado como coberto mesmo que nem toda a sua extensão tenha sinal disponível, o que impacta nos resultados da Opensignal.

TIM é a operadora mais consistente, e Claro é a mais confiável

Além de cobertura e velocidade, a pesquisa da Opensignal também traz outros indicadores. A qualidade consistente indica se a rede é boa o suficiente para executar ações comuns de usuário e é baseada em resultados de download, upload, latência, jitter, perda de pacotes e tempo ao primeiro byte. A TIM obteve a melhor pontuação, com 68,3, seguida por Vivo (65,9) e Claro (64).

Já a confiabilidade mensura a capacidade dos usuários se conectarem e concluir tarefas básicas. A Claro teve o melhor resultado, com 829 pontos, à frente da TIM (828) e Vivo (826).

Além desses indicadores, a Opensginal também mede a experiência de jogos, vídeo e vídeo ao vivo, tanto no ranking geral como na rede 5G. A TIM foi a operadora mais premiada, com 1º lugar em sete categorias, seguida por Claro (cinco categorias) e Vivo (três categorias).

As medições foram feitas pela Opensignal entre 1º de outubro a 29 de dezembro de 2024. Os resultados estão detalhados no estudo completo.
Opensignal: Vivo tem melhor download; TIM e Claro ganham no sinal 5G

Opensignal: Vivo tem melhor download; TIM e Claro ganham no sinal 5G
Fonte: Tecnoblog

Aplicativo Meu TIM é reformulado com novo visual e mais funções

Aplicativo Meu TIM é reformulado com novo visual e mais funções

TIM reformula app de gerencimento de serviços (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Após um longo tempo sem atualizações, a TIM reformulou seu aplicativo para clientes. O Meu TIM ganhou redesign e ficou mais moderno e conta com novos recursos, com navegabilidade mais prática e integração com Open Finance para facilitar o pagamento da fatura.

O novo Meu TIM foi lançado aos poucos, num modelo de soft launch, e agora atinge toda a base de clientes. De acordo com a operadora, o app registra 70 milhões de acessos mensais, e é utilizado por cerca de 25% da base de clientes.

Design mais moderno e Open Finance

O maior impacto do novo Meu TIM é o design, que ficou mais moderno e limpo. A tela inicial agora mostra o total de internet disponível — anteriormente, a operadora exibia diferentes franquias, incluindo bônus, o que podia ser confuso para o consumidor. Ainda é possível ver o uso detalhado, para melhor monitoramento.

Um dos pilares do novo Meu TIM é a integração com o Open Finance, que facilita o pagamento da fatura graças às conexões com qualquer banco. “Ao integrar a tecnologia de ponta e facilitar o acesso através do Open Finance para o pagamento de faturas, simplificamos a interação dos clientes com nossos serviços e garantimos que eles estejam sempre à frente das tendências de mercado”, afirma Bruno Vasconcellos, diretor de relacionamento ao cliente da TIM.

Novo Meu TIM ganhou redesign e novas funcionalidades (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

O Meu TIM também ganhou sinalização proativa sobre o status da rede na região em caso de falhas ou manutenções. O app também conta com uma seção de atendimento ao cliente, onde é possível enviar solicitações, reclamações ou sugestões.

Além disso, existem outras funcionalidades no Meu TIM, mas que variam conforme o serviço contratado junto a operadora. Por exemplo:

Clientes do pré-pago TIM Pré XIP, por exemplo, podem realizar a recarga com cashback no Pix.

Usuários da banda larga TIM Ultrafibra poderão solicitar visita técnica caso precisem de suporte com a internet fixa.

Assinantes dos planos TIM Black Família conseguem gerenciar as linhas dependentes e acompanhar o uso de internet de cada membro do plano.

Clientes de planos controle e pós-pago podem utilizar o TIM Mais, programa de fidelidade que oferece benefícios e experiências conforme o nível de relacionamento (como tempo na base da operadora, por exemplo).

A TIM também promete outras atualizações que serão implementadas ao longo dos próximos meses — tudo de forma automática, sem precisar reinstalar o app. O aplicativo finalmente ganhou suporte a autenticação biométrica, algo que já existia nas versões das operadoras concorrentes.

Ainda falta gerenciamento de eSIM

O novo Meu TIM ainda não permite ativar eSIM em uma linha existente, funcionalidade disponível nos apps da Vivo e da Claro. No momento, a TIM oferece um portal para troca de chip, mas restringe o recurso para assinantes do pós-pago TIM Black.

Quem tem um plano controle ou pré-pago pode recorrer à migração integrada do iOS, mas usuários de Android somente conseguem acesso ao chip virtual caso se dirijam a uma loja própria da operadora.
Aplicativo Meu TIM é reformulado com novo visual e mais funções

Aplicativo Meu TIM é reformulado com novo visual e mais funções
Fonte: Tecnoblog

Polícia e Anatel apreendem antena de celular usada para aplicar golpes via SMS

Polícia e Anatel apreendem antena de celular usada para aplicar golpes via SMS

Criminosos criaram rede de celular clandestina para enviar SMS (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Anatel e a Polícia Civil de São Paulo apreenderam uma antena clandestina usada para fraudes via SMS na Zona Sul da capital.
Os criminosos criaram uma operadora falsa para enviar mensagens fraudulentas, interferindo nas redes de grandes operadoras.
Este é o terceiro caso em seis meses envolvendo equipamentos que simulam redes de operadoras na Grande São Paulo.

Os golpes por SMS parecem que não acabam nunca, e os criminosos estão cada vez mais espertos para atingir mais vítimas. Fiscais da Anatel, em conjunto com agentes da Polícia Civil de São Paulo, apreenderam equipamentos utilizados para criar uma rede de celular clandestina capaz de enviar de mensagens a celulares na região.

A operação ocorreu na quinta-feira (23/01), com cumprimento de mandado de busca e apreensão em um apartamento próximo à Marginal Pinheiros, na Zona Sul da cidade de São Paulo. A Anatel relata que as investigações foram iniciadas há cerca de 20 dias, após a reclamação de uma grande operadora por interferências na rede.

O trabalho de inteligência da Anatel utilizou monitoramento espectral, drones e drive-test para identificar a fonte emissora da interferência. Após a localização, foi-se expedido o mandado de busca e apreensão para acesso ao imóvel. Os equipamentos clandestinos foram apreendidos e seguirão para perícia técnica.

Como funciona o golpe da falsa antena de celular?

No local, foi encontrada uma estação rádio-base (ERB) falsa, que emite sinal de celular clandestino, concorrendo com as frequências de operadoras como Claro, TIM e Vivo.

Os celulares que passavam na região da se conectavam momentaneamente nessa antena e recebiam as SMSs de golpes fora das redes das grandes operadoras. As mensagens enviadas continham um link, com sites que roubavam dados de contas bancárias e cartões de crédito das vítimas.

Equipamento cria rede de celular clandestina para disparo de SMSs golpistas (imagem: reprodução/Anatel)

Essa não é a primeira vez que a Anatel apreende equipamentos que simulam a rede de uma operadora de celular com objetivo de enviar SMS de golpes: de acordo com a agência, esse é o terceiro episódio na Grande São Paulo em pouco mais de seis meses. Em julho de 2024, a polícia apreendeu o “carro do golpe”, que percorria vias congestionadas na cidade para disparar mensagens fraudulentas.

Além dos crimes relacionados aos golpes bancários, a utilização de equipamentos de rede clandestinos e sem certificação da agência é proibida e passível de autuação e multa. Também é crime manter atividade de telecomunicações clandestinas.
Polícia e Anatel apreendem antena de celular usada para aplicar golpes via SMS

Polícia e Anatel apreendem antena de celular usada para aplicar golpes via SMS
Fonte: Tecnoblog

Preço pago por internet móvel subiu 13% em um ano, diz Anatel

Preço pago por internet móvel subiu 13% em um ano, diz Anatel

Consumidores estão usando menos e pagando mais, segundo documento da Anatel (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Um relatório da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aponta que o preço médio do gigabyte consumido da internet móvel teve um aumento de 13,2% na comparação entre o terceiro trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024. O valor passou de R$ 5,18 para R$ 5,87.

Segundo o documento “Panorama Econômico-Financeiro de Telecomunicações”, o consumo médio por usuário caiu 2,7% ao comparar o terceiro trimestre de 2023 e de 2024, passando de 5,63 GB para 5,48 GB.

Vale notar que a metodologia da Anatel considera os dados efetivamente consumidos, não os contratados. Assim, a agência considera o quanto os clientes estão gastando, não o valor dos planos. Por exemplo: se o plano tem 10 GB, mas o cliente usa 8 GB, a conta vai considerar apenas 8 GB. Se o consumidor gasta menos e o plano não sofre reajustes, o preço pago por GB vai subir, nas contas do relatório.

Porém, mesmo com esta ressalva, outros dados indicam que os consumidores estão gastando mais com internet móvel. A receita média por usuário (isto é, o que as operadoras recebem dos clientes) chegou a R$ 31,11, maior valor dos últimos cinco relatórios, mantidos pela Anatel em seu site. No pré, esta cifra é de R$ 11,73, praticamente estável há algum tempo. Já no pós, ela vem crescendo e atingiu R$ 49,93.

Relatório mostra diferenças regionais da internet móvel

Custo do GB consumido varia de acordo com estado (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Panorama Econômico-Financeiro de Telecomunicações também lista quantias relativas a cada estado (ou Distrito Federal) do Brasil.

O estado em que o preço por GB consumido é mais alto é o Piauí, que desembolsa R$ 8,85 por cada GB efetivamente gasto. Já a Paraíba é onde se paga menos: R$ 4,44. O cenário é o mesmo de três meses atrás, quando a Anatel divulgou o relatório anterior.

Também é possível analisar os dados de receita média por usuário de telefonia móvel em cada entidade federativa. O Distrito Federal lidera neste quesito, e as operadoras têm, em média, R$ 41,11 recebidos por cliente. Na outra ponta, vem o Ceará, onde cada consumidor gera, em média, R$ 21,25.

Consumo da banda larga fixa sobe

A Anatel também compartilhou dados relativos à banda larga fixa. Neste caso, o consumo médio de dados por usuário saltou de 318 GB, no terceiro trimestre de 2023, para 325 GB, no mesmo período de 2024, representando um aumento de 2,1%.

Como isso, o preço médio do GB consumido teve uma leve queda de 1,5%, passando de R$ 0,31 para R$ 0,30.

Com informações do Mobile Time
Preço pago por internet móvel subiu 13% em um ano, diz Anatel

Preço pago por internet móvel subiu 13% em um ano, diz Anatel
Fonte: Tecnoblog

Retrô 2024: fim dos apps ilimitados, operadora do Nubank, 5G e muito mais

Retrô 2024: fim dos apps ilimitados, operadora do Nubank, 5G e muito mais

Telecomunicações (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

2024 foi um ano agitado para as telecomunicações. O período foi marcado por importantes movimentações das operadoras de telefonia, como o fim das redes sociais ilimitadas em planos de celular. O 5G continuou em expansão, mas continua longe de ser onipresente como o 4G. A Anatel intensificou o combate ao spam telefônico, com duras penalidades para quem descumprir as regras.

Durante esse período, importantes decisões foram tomadas, como a migração do regime de concessão para autorização das empresas de telefonia fixa que eram estatais. A crise da Oi continuou, e a operadora vendeu sua carteira de clientes de fibra óptica para focar em serviços corporativos.

Nas linhas a seguir, confira sete destaques sobre o universo das telecomunicações em 2024.

Veja nesta retrospectiva O fim das redes sociais ilimitadas nos planos móveis O Nubank lançou sua própria operadora móvel A Oi Fibra não é mais da Oi Combate ao telemarketing abusivo ganha mais força O 5G ainda precisa crescer (muito) Operadoras se consolidam como hubs de conteúdo O fim das concessões de telefonia fixa

O fim das redes sociais ilimitadas nos planos móveis

Um dos acontecimentos mais marcantes no cenário de telecomunicações de 2024 foi a reformulação das ofertas de celular. Em fevereiro, a Claro lançou o novo portfólio do controle e pós-pago, e os planos deixaram de incluir redes sociais ilimitadas em prol de uma franquia dedicada para esses apps. Em março, o mesmo movimento se repetiu no Claro Flex.

A Claro deu o primeiro passo e criou a tendência, pois em outubro a TIM reformulou as ofertas do controle e pós-pago, que também deixaram de ter acesso sem descontar da franquia. Agora, o serviço conta com um pacote de dados limitado para Instagram, Facebook e X (antigo Twitter). A tele ainda comercializa algumas poucas ofertas com open bar de redes sociais.

Redes sociais deixam de ser ilimitadas em novos planos (Imagem: terimakasih0/Pixabay)

Nada mudou na Vivo, que não oferecia acesso liberado a aplicativos como Instagram, Facebook, TikTok e Twitter em suas ofertas. No controle, a tele até comercializa uma franquia exclusiva para esses apps, mas é limitada e precisa ser contratada separadamente do plano principal.

Se você tem um plano antigo, fique atento para possíveis mudanças: se você decidir aumentar o pacote ou adquirir um aparelho com desconto, por exemplo, poderá se reenquadrar no portfólio atual e perder as redes sociais ilimitadas. Faça as contas de quanto você consome com esses aplicativos para entender se uma migração poderá trazer prejuízo.

O curioso é que o WhatsApp permanece ilimitado nas operadoras, seja no pré-pago, controle ou pós-pago. Sabe-se lá quanto tempo isso ainda vai durar.

O Nubank lançou sua própria operadora móvel

O Nubank é uma das maiores instituições financeiras do Brasil, e resolveu dar um novo passo em 2024 com o lançamento da NuCel. A operadora móvel virtual foi revelada ao público em outubro, mas os leitores do Tecnoblog souberam com exclusividade em abril.

A NuCel é uma operadora virtual — ou seja, o Nubank não criou sua infraestrutura própria de antenas. O serviço é oferecido em parceria com a Claro, mas toda a comercialização e suporte será feita pela instituição financeira.

Apesar do lançamento, a NuCel ainda não está disponível para contratação pelo público geral, e apenas clientes convidados podem adquirir o serviço. Os planos do Nubank não são muito interessantes, e as operadoras convencionais costumam oferecer opções com melhor custo-benefício.

Até hoje, o setor de operadoras virtuais não ganhou relevância significativa no mercado: 95,6% das linhas móveis brasileiras são da Claro, TIM e Vivo. No entanto, quase 100 milhões de brasileiros utilizam o aplicativo do Nubank, que será a porta de entrada para a nova empresa de telefonia.

A Oi Fibra não é mais da Oi

A Oi é uma figurinha repetida nas retrospectivas do último ano, e em 2024 não é diferente. Ainda em crise e enfrentando sua segunda recuperação judicial, a operadora vendeu sua carteira de clientes de banda larga por fibra óptica para a V.tal.

A V.tal é uma empresa que surgiu a partir da Oi, mas é controlada por um fundo do banco BTG Pactual. A companhia opera uma rede neutra de fibra óptica, e aluga essa infraestrutura para operadoras comercializarem o serviço de internet fixa sem a necessidade de construir a rede do zero. Entre os clientes da V.tal estão empresas como Oi, TIM, Claro, Sky e provedores regionais.

Venda da Oi Fibra recebeu aprovação pelo Cade (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Com a venda da carteira de clientes, a V.tal atuará no mercado B2C (venda a consumidores finais) pela primeira vez. Para garantir que continuará como uma empresa neutra, a companhia promete que terá uma espécie de muralha ética, com CNPJs, gestão e governanças separadas em sua frente de atacado e varejo.

O negócio de R$ 5,6 bilhões já foi aprovado pela Anatel e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A Oi Fibra tem cerca de 4,3 milhões de assinantes, com presença em todos os estados do Brasil.

Com a venda da Oi Fibra, a Oi continuará no mercado com serviços de telecom e TI para o mercado corporativo, além de telefonia fixa para consumidores finais. A empresa ainda tenta vender sua unidade de TV por assinatura via satélite, e descontinuou sua operação de IPTV.

Combate ao telemarketing abusivo ganha mais força

A pauta de combate às ligações de telemarketing abusivo não é nova, mas a Anatel continuou atuando para coibir as chamadas de spam em 2024.

Em setembro, a Anatel determinou que as operadoras coibissem a utilização de múltiplos números na hora de fazer ligações. Com isso, empresas de telemarketing terão maior rastreabilidade das chamadas telefônicas.

Além de combater o telemarketing abusivo, a Anatel também tomou medidas para coibir fraudes de telefonia. A agência colocou em vigor um limite de números 0800 por CNPJ. Esse prefixo começou a ser utilizado com frequência por criminosos com o golpe da chamada falsa de banco.

Telemarketing abusivo incomoda brasileiros há anos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Ainda que tenha surtido algum efeito, o combate ao telemarketing abusivo e golpes telefônicos provavelmente será eterno. Um dos problemas sem resolução definitiva é o spoofing numérico, em que o chamador manipula qual o número irá aparecer no identificador de chamadas. Golpistas e callcenters adotaram a prática para tentar ganhar confiança do recebedor.

Para o próximo ano, há boas promessas para reduzir o spam telefônico. A partir de abril de 2025, todas as empresas que realizarem mais de 10 mil chamadas diárias deverão adotar o prefixo 0303. Além disso, deve entrar em vigor o Origem Verificada, que exibe na tela do celular o nome, logo e motivo da ligação de chamadores identificados. É uma solução muito bem-vinda, exceto para milhões de clientes da Claro.

O 5G ainda precisa crescer (muito)

O 5G começou a ser implementado no Brasil em 2022. Cá estamos no final de 2024, e os dados mais recentes da Anatel mostram que 14% dos dispositivos móveis são compatíveis com a tecnologia. O 4G ainda lidera o mercado com folga, com 71,8% de participação.

A cobertura 5G também está crescendo. A consultoria Teleco registra que o sinal na frequência de 3,5 GHz está disponível em 842 municípios brasileiros, um grande salto frente ao ano de 2023, que encerrou com 316 cidades.

5G está disponível em 11% do tempo em celulares brasileiros (Imagem: Lucas Braga / Tecnoblog)

No entanto, ainda há muito espaço para o crescimento da cobertura 5G, visto que ter uma cidade considerada como coberta não significa que toda a sua extensão tem cobertura. Um estudo divulgado pela Opensignal em outubro mostra que os smartphones passam apenas 11% do tempo conectado nas redes de quinta geração.

Operadoras se consolidam como hubs de conteúdo

As operadoras de telefonia querem ir além de vender serviços de telecomunicação, e apostam na comercialização de conteúdo para ampliar as receitas e gerar valor ao consumidor. Em 2024, as teles intensificaram esse trabalho.

Em março, a Claro liberou o Globoplay sem custo extra para todos os clientes de TV por assinatura e banda larga com velocidade a partir de 350 Mb/s. Não é necessário trocar de plano: basta fazer o login no serviço de streaming e vincular a conta com a operadora.

Operadoras apostam em apps de streaming (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A concorrência não deixou passar: em setembro, a Vivo liberou o Amazon Prime de graça por até um ano para clientes de banda larga e telefonia móvel. Após o período de gratuidade é necessário pagar a mensalidade habitual.

Em outubro, a TIM reformulou o portfólio e passou a integrar serviços de streaming no plano controle, que geralmente são mais acessíveis. O cliente pode escolher entre Netflix, Disney+, Paramount+, YouTube Premium, Amazon Prime Video e Deezer, dependendo do plano escolhido.

Outra grata surpresa em 2024 foi o Claro TV+, serviço de IPTV com canais ao vivo. Por R$ 119,90 mensais o cliente tem direito a um “super bundle” com assinatura da Netflix, Globoplay, Max e Apple TV+.

Não custa lembrar: apesar de as operadoras entrarem mais neste campo, a sensação geral é de que os streamings ficaram piores em 2024 – por inúmeros motivos.

O fim das concessões de telefonia fixa

2024 tem um importante marco na história das telecomunicações do Brasil: a Anatel aprovou a adaptação do regime de concessão de telefonia fixa da Oi, e a Vivo também passa por um processo similar. Com essa mudança, as teles poderão atuar no modelo de autorização, que exige menos obrigações regulatórias.

Oi deixará de ser concessionária de telefonia fixa no Brasil (Imagem: Barbara Eckstein/Flickr)

O regime de concessão atingiu principalmente Oi e Vivo, as duas maiores operadoras formadas em 1998 a partir da privatização das redes de telefonia fixa. Como concessionárias, as teles tinham como obrigação expandir e democratizar a telefonia pelo Brasil.

No entanto, a telefonia fixa perdeu o fôlego com a popularização dos celulares e da internet. Enquanto isso, as prestadoras tinham que cumprir metas de universalização, que incluíam até mesmo a manutenção dos orelhões que ninguém mais usa. As concessionárias também são obrigadas a manter o serviço, mesmo em regiões onde não é financeiramente atrativo.

Em crise, a Oi é a operadora mais afetada, uma vez que detém a concessão em praticamente todo o Brasil, com exceção de São Paulo (cuja concessionária é a Vivo) e algumas microrregiões. Para se tornar autorizada, a tele se comprometeu a manter o serviço de telefonia fixa até 2028 em localidades onde não existem alternativas, além de investir R$ 5,8 bilhões para levar internet a 4 mil escolas e construir novos datacenters.
Retrô 2024: fim dos apps ilimitados, operadora do Nubank, 5G e muito mais

Retrô 2024: fim dos apps ilimitados, operadora do Nubank, 5G e muito mais
Fonte: Tecnoblog

Claro Flex lança novo plano com acesso à Netflix

Claro Flex lança novo plano com acesso à Netflix

Claro Flex lança novo plano com Netflix incluída (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

A Claro atualizou o Flex com mais uma opção de plano. Trata-se do pacote mais caro do portfólio, mas há uma razão para isso: além do serviço de celular, essa nova versão também inclui assinatura da Netflix embutida.

O novo Claro Flex com Netflix custa R$ 74,99 por mês. O plano inclui 20 GB de internet móvel, além de 5 GB exclusivos para serem utilizados com TikTok, Facebook, YouTube, Instagram, X (Twitter) e Waze. Ao contrário dos planos pós-pagos, a franquia extra não é válida para serviços de streaming.

Além do pacote de internet, o Claro Flex também inclui ligações ilimitadas para números de qualquer operadora do Brasil, bem como SMS à vontade para números Claro. O uso do WhatsApp não desconta da franquia, inclusive para chamadas de voz e vídeo.

A assinatura da Netflix é no plano Padrão com Anúncios, comercializada normalmente por R$ 20,90 por mês. Nesse pacote, é possível assistir conteúdos em resolução 1080p (Full HD) em até 2 dispositivos simultâneos e fazer downloads para assistir offline. Além dos intervalos comerciais, é importante ressaltar que nem todo o catálogo da Netflix fica disponível nessa versão e alguns conteúdos são restritos para pacotes mais caros.

Claro Flex inclui Netflix na versão com anúncios (Imagem: Igor Shimabukuro/Tecnoblog)

Toda a contratação do Claro Flex pode ser feita através do aplicativo do plano, e o pagamento pode ser feito via cartão de crédito, Pix, cartão de débito virtual da Caixa ou recarga de celular pré-pago. Quem utilizar o código VIRAFLEX10 ganha um desconto de R$ 10 no primeiro mês.

Uma das vantagens do Claro Flex é que não há fidelidade, e o cliente pode alterar ou cancelar o plano a qualquer momento sem pagar multa pelo cancelamento antecipado. O serviço também inclui assinatura do Skeelo, que dá acesso a um e-book best-seller por mês.

Vale a pena contratar o Claro Flex com Netflix?

O Claro Flex possui uma opção com 20 GB de internet e 5 GB para redes sociais, com custo mensal de R$ 54,99. Sendo assim, a diferença para a versão com Netflix é de R$ 20,00, enquanto o serviço de streaming pode ser contratado de forma avulsa por R$ 20,90.

Com a economia de R$ 0,90 por mês, é importante considerar se o plano de celular vale realmente a pena pela franquia de dados e serviços oferecidos. Comparando com planos controle da Claro e da concorrência, o custo-benefício do Claro Flex é bom e pode ser uma opção vantajosa.

Vale ficar de olho em promoções de operadoras em datas comemorativas, que ter bônus de internet móvel que melhora a franquia do plano e permite que você contrate um pacote mais barato com uma franquia similar. Para o Natal, o Claro Flex dá 10 GB extras; com isso, o plano de entrada fica com 25 GB de internet e 5 GB para redes sociais por R$ 44,90 mensais.

Também é importante considerar combos com banda larga fixa, que podem ser financeiramente mais atrativos do que a contratação avulsa dos serviços. Tanto a Claro como a Vivo oferecem um pacote com internet de 500 Mb/s e celular pós-pago por R$ 150 mensais. A franquia de internet é de 50 GB na Vivo, enquanto o pacote da Claro dá 25 GB livres e 25 GB para streamings e redes sociais.
Claro Flex lança novo plano com acesso à Netflix

Claro Flex lança novo plano com acesso à Netflix
Fonte: Tecnoblog

Anatel lança nova ferramenta de localização para situações de desastres

Anatel lança nova ferramenta de localização para situações de desastres

Advanced Mobile Location é um sistema mais preciso de localização e é ativado ao ligar para serviços de emergência (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Anatel divulgou nesta segunda-feira (16) o lançamento do Advanced Mobile Location (AML), novo sistema para localização de pessoas em emergência. O AML foi desenvolvido em parceria com as operadoras de telefonia, serviços de emergência, Apple e Google e não terá custo extra ao usuário. Segundo a Anatel, o novo recurso será mais preciso em entregar a localização de pessoas em áreas de riscos ou locais afetados por desastres.

Como a ferramenta da Anatel entrega uma localização mais precisa?

A nova ferramenta promete entregar uma localização mais precisa por utilizar, além das antenas de celular, dados oriundos de redes Wi-Fi, GPS e sensores integrados do smartphone. O AML entra em funcionamento quando o usuário liga para os números dedicados da polícia (190), serviço médico (192), bombeiros (193) ou outro serviço de emergência compatível.

Além de antenas, AML utiliza redes Wi-Fi, GPS e sensores do smartphone para determinar localização de pessoa que necessita de resgate (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Por falar em compatibilidade, usuários do Android precisam de um smartphone com a versão 5.0 ou mais nova do sistema operacional do Google. Já no iPhone, o iOS precisa estar na versão 18.2 (a mais recente liberada pela Apple) ou superior — ou seja, iPhone SE 2ª geração e XS para baixo não possui AML

No mais, nenhum outro aplicativo precisa ser instalado pelo usuário para o funcionamento da ferramenta de localização mais precisa. Luiz Carlos Baigorri, presidente da Anatel, destacou que a ferramenta é um exemplo do uso da tecnologia para a preservação da vida:

O novo recurso disponibilizado pelo Serviço de Localização de Emergência demonstra o compromisso da Anatel e de nossos parceiros em salvar vidas, utilizando a tecnologia para garantir respostas mais rápidas e precisas nos momentos em que cada segundo conta. Essa iniciativa reflete nosso empenho em integrar inovação, segurança e privacidade em benefício de toda a sociedade brasileira.

Luiz Carlos Baigorri, presidente da Anatel

Proteção sobre os dados de localização do usuário

Em resposta ao Tecnoblog, a Anatel informou que os dados de localização só são disponibilizados durante a chamada de emergência. O Google, em nota à imprensa, informou que a localização do usuário é enviada de forma segura e privada via SMS para o órgão de socorro. A Anatel garante que os dados de localização não são armazenados.

Com informações: Anatel
Anatel lança nova ferramenta de localização para situações de desastres

Anatel lança nova ferramenta de localização para situações de desastres
Fonte: Tecnoblog