Category: Telecomunicações

AOL anuncia o fim definitivo da internet discada

AOL anuncia o fim definitivo da internet discada

Um dos antigos CDs da AOL (imagem: Flickr/Patrick Lauke)

Resumo

AOL encerrará seu serviço de internet discada nos EUA em 30 de setembro de 2025, após 34 anos de operação.
Serviço de dial-up começou em 1991 e será encerrado devido à natural migração de clientes para opções de internet banda larga.
A AOL atuou no Brasil de 1999 a 2006, mas saiu do país devido, em grande parte, à concorrência acirrada de provedores locais.

Em tempos de banda larga por todos os lados, causa espanto que serviços de internet discada (dial-up) ainda existam. Pois saiba que a AOL é um dos provedores que oferecem esse tipo de acesso nos Estados Unidos. Mas isso vai mudar: a empresa vai deixar de oferecer internet discada em breve.

Quem nasceu na década de 1990, ou antes, conviveu com o auge da internet discada. Nessa modalidade de serviço, um modem deve ser conectado a uma linha telefônica fixa.

A conexão é estabelecida quando o equipamento “liga” para o número do provedor. O procedimento gera uma sequência de ruídos de acesso discado que não sai da memória de quem acessava a internet dessa forma.

Certamente, ninguém sente falta dessa modalidade. A conexão discada, quando ativada, impede o uso da linha telefônica para chamadas. Além disso, a velocidade de acesso é baixíssima, não passando de 56 Kb/s (kilobits por segundo). Sem contar que não é incomum a conexão cair.

O fim da internet discada na AOL

A partir de 30 de setembro de 2025, a AOL não oferecerá mais o seu serviço de internet discada nos Estados Unidos. Consequentemente, o discador AOL Dialer e o navegador AOL Shield serão descontinuados. A decisão foi comunicada em uma página de ajuda da empresa e descoberta pelo site PCGamer.

A razão é óbvia: no decorrer dos anos, os clientes dessa modalidade migraram para serviços mais avançados. Em 2015, quando serviços de banda larga já eram dominantes, a AOL ainda registrava cerca de 1,5 milhão de clientes de internet discada. Hoje, estima-se que esse número esteja na casa dos “milhares de clientes” (o que ainda é espantoso).

Em linhas gerais, os usuários atuais de linha discada estão baseados em áreas rurais que têm pouco ou nenhum acesso à internet via fibra óptica ou redes móveis, por exemplo. E, sim, esse cenário é realidade nos Estados Unidos, mesmo com o país sendo a economia mais forte do mundo.

Mas, aos poucos, essas áreas vão sendo atendidas por opções de banda larga. Regiões que não são alcançadas por opções convencionais podem se beneficiar dos serviços de acesso à internet via satélite, com a Starlink dominando esse segmento.

Na AOL, a modalidade de dial-up começou a ser oferecida em 1991. O serviço será encerrado após 34 anos de operação, portanto.

Modem interno de internet discada, capaz de alcançar 56 Kb/s (imagem: Everton Favretto/Tecnoblog)

A AOL já atuou no Brasil

Quem usou internet discada no Brasil deve se lembrar que a AOL manteve operações no país por alguns anos. A AOL Brasil, como era chamada, iniciou as suas atividades em 1999 distribuindo disquetes e CDs que ofereciam um navegador próprio da empresa e um período gratuito de uso de seu serviço de internet discada.

Essa estratégia deu resultado nos Estados Unidos, mas não no Brasil. Por aqui, a AOL teve que enfrentar a concorrência agressiva de provedores locais, como UOL e Terra, além dos numerosos serviços de internet discada gratuitos, como iG, BOL, BRFree, Cidade Internet e tantos outros.

Sem obter o sucesso esperado, a AOL saiu do Brasil em 2006.
AOL anuncia o fim definitivo da internet discada

AOL anuncia o fim definitivo da internet discada
Fonte: Tecnoblog

Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site

Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site

Ligga se formou a partir da Copel Telecom, do Paraná (imagem: divulgação)

Resumo

Nelson Tanure estaria negociando a venda da Ligga Telecom por cerca de R$ 2,5 bilhões.
Empresa deve investir mais de R$ 1 bilhão até 2029 para cumprir obrigações do 5G.
Ligga ampliou cobertura com aquisições, mas registrou prejuízo no 1º trimestre de 2025.

O empresário Nelson Tanure estaria buscando compradores para a Ligga Telecom, operadora de telecomunicações adquirida por ele em 2020. A companhia foi colocada à venda por cerca de R$ 2,5 bilhões, segundo apuração do InvestNews, valor semelhante ao desembolsado na época da privatização da antiga Copel Telecom, no Paraná.

O movimento acontece enquanto a empresa se prepara para cumprir obrigações de infraestrutura de rede 5G, que demandarão mais de R$ 1 bilhão em investimentos até 2029. A venda está sendo conduzida pelo banco de investimentos Rothschild & Co.

Mudança na gestão e pressões financeiras

As negociações pela venda da Ligga acontecem poucos meses depois de Tanure renunciar ao cargo no conselho de administração da empresa, o que foi interpretado por analistas como um sinal de afastamento da gestão.

Desde sua privatização, a Ligga incorporou operadoras como Sercomtel, Horizons e Nova Fibra, o que ampliou sua cobertura no Paraná e em regiões estratégicas.

Em paralelo, a empresa também buscou fortalecer sua presença institucional: em 2023, fechou um contrato de R$ 200 milhões para nomear o estádio do Athletico Paranaense. O acordo, no entanto, foi encerrado em junho de 2025, após disputas entre as partes.

No primeiro trimestre deste ano, a Ligga registrou prejuízo líquido de R$ 15,3 milhões, uma alta de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, a receita líquida cresceu 18%, totalizando R$ 160,6 milhões. O Ebitda ajustado chegou a R$ 85,4 milhões, uma alta de 35%. A dívida líquida, por sua vez, subiu ligeiramente para R$ 871,7 milhões, com alavancagem de cerca de 2,5 vezes o Ebitda.

Quem pode se interessar pela Ligga?

A possível venda da Ligga ocorre em um mercado de telecomunicações cada vez mais consolidado, com grandes operadoras retomando planos de expansão via aquisição. A Vivo, por exemplo, está em negociações para comprar a Desktop, enquanto empresas como Unifique, Brisanet e Alloha seguem como os principais provedores regionais de internet.

Além disso, as redes neutras — que fornecem infraestrutura de fibra para diferentes operadoras — continuam avançando. Casos como a V.tal, que já esteve em negociação com Tanure, e a FiBrasil, da Vivo, mostram o interesse do setor nesse tipo de ativo.

No caso da Ligga, os compromissos assumidos no leilão do 5G de 2021 são um ponto central: a operadora detém licenças para atuar em regiões como Paraná, São Paulo e estados da Região Norte. Para cumprir as metas estabelecidas pela Anatel, será necessário instalar cerca de 800 antenas em 300 cidades entre 2026 e 2029, ampliando a cobertura da empresa para quase metade da população brasileira.

Com informações do InvestNews
Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site

Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site
Fonte: Tecnoblog

Anatel autoriza exclusividade entre Nubank e Claro

Anatel autoriza exclusividade entre Nubank e Claro

NuCel ganhou chip físico de telefonia em julho de 2025 (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Anatel autorizou que Nubank e Claro mantenham exclusividade no NuCel.
Serviço funciona como MVNO, com atendimento do Nubank e rede da Claro.
Planos partem de 20 GB por R$ 45 e agora têm chips físicos além do eSIM.

O Conselho Diretor da Anatel decidiu que o Nubank e a Claro podem manter um acordo de exclusividade. As duas empresas estão juntas no NuCel, serviço de telefonia anunciado pelo banco digital no ano passado, conforme revelado em primeira mão pelo Tecnoblog.

Com a decisão, divulgada hoje pela Agência Nacional de Telecomunicações, as duas companhias podem continuar com o arranjo do serviço, que possui 44,4 mil acessos. O NuCel existe como uma operadora virtual de telefonia móvel, MVNO na sigla em inglês. O atendimento é do Nubank e a rede é da Claro.

Inicialmente, a área técnica da própria agência concluiu que as duas companhias não poderiam ter um contrato de exclusividade. Em tese, isso habilitaria que o Nubank buscasse outros parceiros no setor de telecomunicações. Ele comercializa os serviços do NuCel principalmente pelo aplicativo oficial Nubank no smartphone.

Por sua vez, a Claro entrou na Anatel solicitando que o vínculo de exclusividade fosse reconhecido. Na prática, o Conselho Diretor pacificou a questão.

Sede da Anatel em Brasília (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Não são conhecidos os detalhes do acordo entre Nubank e Claro. Não é possível saber, por exemplo, quanto uma paga para a outra ou se há compartilhamento da receita proveniente do serviço de telecomunicações. O NuCel tem a proposta de simplificar o setor, tanto que são apenas três planos: 20 GB por R$ 45, 25 GB por R$ 55 e 35 GB por R$ 70.

O NuCel anunciou em julho a adoção de chips físicos de telefonia. Até então, o serviço era ofertado apenas para clientes cujos smartphones são compatíveis com eSIM, o chip virtual.

Anatel autoriza exclusividade entre Nubank e Claro

Anatel autoriza exclusividade entre Nubank e Claro
Fonte: Tecnoblog

O que é uma MVNO? Entenda o funcionamento das operadoras móveis virtuais

O que é uma MVNO? Entenda o funcionamento das operadoras móveis virtuais

Operadoras móveis virtuais disponibilizam chips próprios, mas usam infraestrutura de outras operadoras (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)As MVNOs são operadoras móveis virtuais que utilizam toda a infraestrutura das operadoras convencionais para funcionar. Com autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), elas podem oferecer pacotes diferenciados e específicos para cada tipo de público ou segmento, de acordo com os objetivos da marca.Essas operadoras móveis virtuais podem ser classificadas em três tipos: MVNO Full, MVNO Light e MVNO Brand Reseller. Cada modelo possui atribuições distintas, que vão desde a autonomia total na execução dos serviços até a revenda de soluções de uma operadora sob outra marca.Entenda, a seguir, como funciona uma operadora móvel virtual, as diferenças entre os tipos e alguns exemplos no Brasil.O que é uma MVNO?MVNO, do inglês Mobile Virtual Network Operator, é uma operadora de rede móvel virtual que oferece serviços de telefonia móvel sem possuir infraestrutura própria de rede, como antenas ou espectro de frequência.Essas empresas fecham acordos comerciais com operadoras móveis tradicionais para utilizar sua infraestrutura de rede, como sinal e cobertura, ficando responsável apenas pelo atendimento, comercialização e faturamento do serviço.Como funciona uma MVNO?O funcionamento de uma operadora móvel virtual (MVNO) é feito a partir da autorização ou credenciamento da empresa pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).Além disso, a MVNO deve solicitar uma parceria comercial com uma operadora móvel, como Claro, TIM ou Vivo — que será responsável por toda a infraestrutura de comunicação –, e define qual tipo de público deseja atender, quais planos serão oferecidos e toda a identidade de marca, por exemplo.Ou seja, as operadoras móveis tradicionais fornecem toda a infraestrutura para os serviços móveis que serão usados pelo cliente final, como chamadas telefônicas, internet móvel (4G e 5G) e envio de SMS.Enquanto isso, a MVNO será responsável por vender planos, gerenciar sistemas de cobrança (caso seja uma MVNO Full), fazer o relacionamento com o cliente. NuCel é uma MVNO do Nubank (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)Quais são os tipos de MVNO?As operadoras de rede móvel virtual (MVNO) podem ser divididas entre os seguintes tipos:MVNO Full: tipo autônomo de MVNO que é capaz de ter total controle da operação, mesmo com a falta de infraestrutura própria. Uma MVNO Full é responsável pela emissão dos cartões SIM, autenticação e gerenciamento de usuários e pelas chamadas, mensagens e troca de dados;MVNO Light: tipo de MVNO que compartilha os serviços de comunicação com as operadoras. As MVNOs Light controlam apenas a relação com clientes, o marketing e a venda de pacotes. São empresas que tentam se aproximar de determinado público para oferecer serviços de telecomunicações;MVNO Brand/Brand Reseller: modelo responsável apenas por revender serviços de comunicação de outra MVNO, emprestando sua marca. Toda a operação ainda é feita pela operadora parceira.Quais são as principais operadoras móveis virtuais no Brasil?Diversas empresas oferecem serviços de telecomunicação no Brasil por meio de MVNOs. Veja abaixo as principais operadoras móveis virtuais:Surf Telecom: utiliza a infraestrutura da TIM na oferta dos serviços. Surf Telecom é uma plataforma que permite que outras empresas ofereçam serviços de comunicação como operadoras móveis virtuais;Brisanet: opera com rede própria no Nordeste e atua como MVNO com a TIM em áreas onde não há cobertura. Atua também em outras regiões como MVNO utilizando a Vivo;Datora: primeira empresa a ser autorizada como uma MVNO no Brasil; utiliza infraestrutura da TIM, Vivo e Claro;NuCell: operadora móvel virtual do Nubank; usa serviços de infraestrutura da Claro;Intercel: serviço de telecomunicação do Banco Inter que usa infraestrutura da Vivo;Correios Celular: MVNO dos Correios que usa a infraestrutura da Surf Telecom/TIM;Maga+: operadora móvel virtual do Magazine Luiza que funciona em parceria com a Claro;LariCel: MVNO da atriz Larissa Manoela; é operado pela Dry Telecom em parceria com a Surf Telecom e TIM.Hypecon: MVNO da Datora que possibilita usar TIM ou Vivo.Quais são as vantagens de uma MVNO?Usar uma MVNO como operadora oferece as seguintes vantagens:Ofertas mais acessíveis: uma operadora móvel virtual é capaz de oferecer pacotes e planos mais acessíveis aos usuários do que uma operadora tradicional. Como as MVNOs não precisam investir em infraestrutura, as empresas podem baratear os valores em busca de uma maior oferta de clientes;Serviço personalizado: algumas MVNOs oferecem serviços personalizados a seus clientes, como planos específicos para cada nicho, além de um melhor relacionamento com o cliente em caso de necessidade de atendimento;Flexibilidade: é comum encontrarmos operadoras móveis virtuais que oferecem planos sem fidelidade. Dessa forma, o usuário pode trocar de MVNO sem precisar pagar multa, caso não se adapte.Quais são as desvantagens de uma MVNO?No entanto, as operadoras móveis virtuais podem apresentar algumas limitações no serviço. Confira algumas desvantagens:Cobertura: as MVNOs podem sofrer com a cobertura das operadoras tradicionais, já que toda a infraestrutura é utilizada em parceria. Dessa forma, seus clientes podem ficar sem sinal caso haja interrupção nos serviços. Além disso, algumas regiões do Brasil podem não ter acesso à conexão de dados de qualidade, como 4G ou 5G;Limitações em pacotes: apesar de oferecer pacotes mais acessíveis aos usuários, as MVNOs podem não trazer pacotes extras ou adicionais, dependendo da empresa. Isso pode frustrar usuários acostumados com operadoras móveis convencionais;Falta de loja física: por se tratar de uma operadora virtual, usuários com pouco acesso ao digital podem enfrentar problemas no atendimento. Operadoras tradicionais como Vivo, Claro e TIM ainda possuem lojas físicas, diferente das MVNOs.Qual é a diferença entre MVNO e MNO?MVNO, do inglês Mobile Virtual Network Operator, é uma operadora de rede virtual capaz de oferecer serviços de telefonia sem ter infraestrutura própria. As MVNOs fazem acordos comerciais com as MNOs (Mobile Network Operator, em inglês), que são as operadoras tradicionais, como Vivo e Claro, por exemplo.A diferença entre as duas é que enquanto as MNOs têm infraestrutura própria para oferecer pacotes, as MVNOs necessitam de tecnologia de outras empresas para funcionar.Qual é a diferença entre MVNE e MVNA?A MVNE (Mobile Virtual Network Enabler) é uma empresa que auxilia no funcionamento das MVNOs, oferecendo suporte, plataformas e ferramentas para as operadoras virtuais. É ela que cuida de toda a sua infraestrutura, enquanto as MVNOs podem se preocupar apenas com marketing e relacionamento com clientes.Já uma MVNA (Mobile Virtual Network Aggregator) é uma facilitadora de operadoras móveis virtuais. Ela faz a conexão entre as MVNOs e as MNOs, comprando grande quantidade de serviço das operadoras físicas e vendendo para as operadoras virtuais.MVNOs podem oferecer cobertura em áreas remotas?Sim, desde que as operadoras tradicionais tenham cobertura nessas regiões. Como uma MVNO usa parte da infraestrutura de grandes operadoras, como Vivo, Claro e TIM, áreas remotas podem sofrer com instabilidade e falta de sinal.Por isso, busque por operadoras virtuais específicas que ofereçam esse tipo de cobertura em áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos, caso tenha interesse na contratação.MVNOs oferecem conexão 5G?Sim. Grande parte das operadoras móveis virtuais (MVNOs) oferecem conexão 5G em seus pacotes de serviços.No entanto, a oferta de 5G disponível aos usuários pode variar de acordo com o contrato de serviços de cada MVNO com as operadoras tradicionais, como Vivo, Claro e TIM.Dessa forma, é importante checar se a sua MVNO oferece 5G em sua região antes de contratar, já que toda a infraestrutura da rede é usada de uma operadora móvel.O que é uma MVNO? Entenda o funcionamento das operadoras móveis virtuais

O que é uma MVNO? Entenda o funcionamento das operadoras móveis virtuais
Fonte: Tecnoblog

O que são cabos submarinos? Veja como funcionam esses meios de transmissão

O que são cabos submarinos? Veja como funcionam esses meios de transmissão

Saiba como funcionam os cabos submarinos e a importância deles para a telecomunicação (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Cabos submarinos são uma parte essencial das telecomunicações globais, permitindo a conexão entre continentes inteiros. Eles são longos cabos submersos, principalmente no leito do oceano, projetados para a transmissão de dados e, em alguns casos, de energia.

Esses cabos são essenciais para o dia a dia, pois transportam grande parte do tráfego da internet mundial. Sem eles, a comunicação global e o acesso a sites, serviços de streaming e redes sociais seriam inviáveis.

A tecnologia dos cabos submarinos é baseada em fibra óptica, que usa pulsos de luz para transmitir dados em alta velocidade. Repetidores localizados em pontos estratégicos ao longo do cabo amplificam o sinal, garantindo que a informação chegue ao destino sem perda de qualidade.

A seguir, conheça mais sobre os cabos submarinos, a história dessa tecnologia essencial para a comunicação e suas vantagens. Também entenda como é a estrutura dos cabos submersos e quantos existem no mundo.

O que são cabos submarinos?

Cabos submarinos são cabos de fibra óptica instalados no fundo do mar, que usam pulsos de luz para transmitir informações em alta velocidade. Eles têm um papel importante na telecomunicação, transportando mais de 95% do tráfego de dados mundial, conectando continentes, facilitando a comunicação global e de diferentes atividades essenciais.

Para que servem os cabos submarinos?

Os cabos submarinos são a base da internet, transmitindo a maior parte dos dados do mundo entre os continentes e sendo essencial para a economia global. Eles permitem a comunicação instantânea, o comércio eletrônico e a troca de informações em alta velocidade, sustentando redes sociais, streaming de vídeo e operações financeiras internacionais.

Além de dados, os cabos também transportam eletricidade, interligando redes de energia de diferentes países e conectando plataformas de energia offshore à terra. Essa dupla função os torna uma infraestrutura vital para transmissão de energia, o avanço da ciência marinha e até mesmo para operações de defesa militar.

Os cabos submarinos são instalados no fundo dos oceanos (imagem: Reprodução/Telecom Review Africa)

Qual é a estrutura de um cabo submarino?

Cabos submarinos são formados por múltiplas camadas projetadas para proteger os dados e o próprio cabo. No centro, os cabos submarinos de fibra óptica têm fibras de vidro para transmitir dados rapidamente, enquanto os cabos de energia incluem condutores de cobre para eletricidade.

A camada seguinte, de polietileno, isola as fibras ou condutores e protege contra a entrada de água. A armadura, feita de fios de aço, é fundamental para suportar a tensão e a pressão nas profundezas do oceano e forma os cabos submarinos por dentro.

O cabo ainda recebe uma cobertura de cobre ou alumínio para proteção contra vazamento de sinal e entrada de água. Uma proteção de polietileno ou material similar envolve tudo para oferecer mais resistência a danos externos.

Em áreas de alto risco, uma blindagem de fios de aço galvanizado pode ser adicionada para proteger contra âncoras de navios e redes de pesca. Essa proteção extra garante que a comunicação global não seja interrompida por ameaças externas.

Um cabo submarino é formado por diversas camadas que protege a fibra óptica (imagem: Reprodução/TeleGeography)

Como funcionam os cabos submarinos

Os cabos submarinos são instalados no leito do oceano por navios especializados, conectando estações de terra. Esses edifícios servem como ponto de transição entre a parte submarina e a infraestrutura de redes em terra.

Esses cabos feitos de fibra óptica transmitem informações com pulsos de luz por meio de finos fios de vidro. Essa tecnologia permite alta velocidade de envio de dados combinada com maior confiabilidade na entrega.

Durante o caminho da transmissão, repetidores são instalados periodicamente para evitar que o sinal enfraqueça em grandes distâncias. Reforçando a transferência rápida dos dados e com baixa latência.

Geralmente, os cabos submarinos pertencem a consórcios formados por empresas de telecomunicações, provedores de internet e big techs. Essa colaboração permite que eles compartilhem os altos custos de instalação e manutenção, além de dividirem a capacidade de transmissão.

Quais são as capacidades dos cabos submarinos?

Os cabos submarinos são essenciais para a internet global e possuem amplas capacidades para transmissão de dados. Algumas características importantes são:

Capacidade de dados: a maioria dos cabos modernos pode transmitir mais de 200 terabits por segundo (Tbps); 

Transmissão via fibra óptica: usam transmissão via fibra óptica para mover dados a velocidade próximas à da luz, garantindo conexões rápidas e de baixa latência em longas distâncias;

Redundância e resiliência: a rede global é projetada com rotas alternativas para garantir que, se um cabo for danificado, o tráfego possa ser redirecionado sem interrupções significativas;

Vida útil: são projetados com infraestrutura robusta, capazes de resistir à pressão extrema do fundo do mar e durar mais de 25 anos, mas podem ser danificados por âncoras e terremotos;

Alcance global: cobrem distâncias de milhares de quilômetros, conectando continentes inteiros, tornando a comunicação e o comércio globais possíveis.

Embarcações especializadas são usadas para a instalação dos cabos submarinos (imagem: Reprodução/Quora)

Qual é a história dos cabos submarinos?

A história dos cabos submarinos é marcada por três eras de evolução tecnológica. A primeira era começou em 1850 com o primeiro cabo submarino telegráfico entre a Inglaterra e a França, conectando as nações de forma inédita.

Em 1858, um cabo telegráfico transatlântico foi instalado entre Londres e a América do Norte, reduzindo o tempo de comunicação de semanas para horas. Esses cabos foram essenciais para a comunicação global entre os continentes.

A segunda era, em meados do século XX, trouxe os cabos coaxiais para transmissões telefônicas. O primeiro cabo transatlântico desse tipo, instalado em 1956, permitiu chamadas de voz com a ajuda de repetidores para ampliar o sinal.

A era atual, a partir da década de 1980, é dominada por cabos de fibra óptica que iniciaram o período da internet global de alta velocidade. Esses cabos de internet no mar mudaram a transmissão de dados e, em 1988, o primeiro cabo transatlântico de fibra óptica conectou Estados Unidos, Reino Unido e França.

Quantos cabos submarinos existem no mundo?

Conforme o Submarine Cable Map, há mais de 650 sistemas de cabos submarinos globalmente. Os dados do mapa de cabos submarinos indicam que existem 570 operacionais e 81 em desenvolvimento.

Esse número crescente revela o maior registro de implantação de cabos nas últimas duas décadas. As informações também evidenciam a expansão contínua da infraestrutura de telecomunicações.

Quantos cabos submarinos existem no Brasil?

O Brasil possui 15 cabos submarinos de internet ativos, cruciais para as telecomunicações do país. Essa infraestrutura é essencial para conectar o país a outros continentes e garantir o fluxo de dados em escala global.

Fortaleza (CE) é um hub estratégico nesse sistema, sendo um dos maiores centros de conexão costeira do mundo. Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP) também são pontos de chegada fundamentais para cabos submarinos, fortalecendo a rede nacional.

Mapa mundial de cabos submarinos (imagem: Reprodução/TeleGeography)

Quais são as vantagens dos cabos submarinos?

Estes são os pontos fortes de cabos submarinos:

Alta velocidade e baixa latência: transportam dados quase à velocidade da luz, proporcionando conexões mais rápidas e confiáveis para comunicações de longa distância;

Maior capacidade e largura de banda: projetados para suportar grandes volumes de tráfego, atendem à crescente demanda por dados, como streaming de vídeo e serviços de nuvem;

Conectividade global aprimorada: conectam continentes, países e ilhas remotas, permitindo uma comunicação e troca de dados ininterruptas em escala mundial;

Resiliência e estabilidade: oferecem uma conexão consistente e são menos suscetíveis a interferências ambientais do que satélites;

Custo-benefício a longo prazo: apesar do alto custo inicial de instalação, a capacidade e a vida útil dos cabos submarinos os tornam uma solução mais econômica para o transporte de dados em comparação com alternativas de satélite.

Quais são as desvantagens dos cabos submarinos?

Estes são os pontos fracos de cabos submarinos:

Impacto ambiental: o processo de instalação pode afetar temporariamente os ecossistemas marinhos. Enquanto o descarte ao fim da vida útil representa um desafio ambiental, pois muitos materiais não são totalmente recicláveis;

Custo elevado: a construção, instalação, manutenção e reparo de cabos submarinos são extremamente caros, exigindo investimentos bilionários e equipes altamente especializadas;

Vulnerabilidade a desastres: apesar das proteções, podem ser danificados por eventos naturais imprevisíveis, como terremotos, tsunamis, deslizamentos de terra subaquáticos e correntes marítimas intensas;

Danos acidentais: a pesca de arrasto, as âncoras de navios e outras atividades humanas são uma das principais causas de danos, podendo romper os cabos e afetar a transmissão de dados;

Riscos de segurança: são alvos potenciais para sabotagem, tanto física quanto cibernética, representando uma ameaça à segurança nacional e à estabilidade das redes de comunicação;

Reparos complexos e demorados: a localização e o reparo de cabos danificados são processos desafiadores e lentos, que dependem de navios especializados, condições climáticas favoráveis e podem levar semanas para serem concluídos.

Qual é a diferença entre cabo submarino e cabo terrestre?

Os cabos submarinos são projetados para interligar continentes e países através de oceanos e mares, sendo a base para a internet global. Eles precisam de uma proteção robusta para resistir à corrosão, à pressão da água e danos físicos, o que os torna caros e complexos de instalar.

Os cabos terrestres são usados para distribuição de dados e energia em terra, conectando cidades, empresas e residências à rede. Embora mais acessíveis e mais simples de instalar, eles necessitam de proteção contra fatores ambientais, como roedores, estresse mecânico e condições climáticas adversas.

Qual é a diferença entre cabo submarino e satélite?

Os cabos submarinos são cabos físicos instalados no fundo do oceano, conectando continentes. A principal vantagem é a alta velocidade e a baixa latência, sendo essencial para o tráfego de dados e as telecomunicações globais.

Os satélites oferecem conectividade a partir do espaço, orbitando a Terra para transmitir sinais de forma sem fio. Embora sejam ideais para cobrir áreas remotas e de difícil acesso, oferecem latência mais alta e menor largura de banda em comparação com os cabos submarinos.
O que são cabos submarinos? Veja como funcionam esses meios de transmissão

O que são cabos submarinos? Veja como funcionam esses meios de transmissão
Fonte: Tecnoblog

Anatel vai responsabilizar marketplaces por venda de produtos irregulares

Anatel vai responsabilizar marketplaces por venda de produtos irregulares

Anatel vem intensificando cobrança de medidas contra produtos irregulares (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Anatel atualizou seu regulamento para responsabilizar marketplaces pela venda de produtos não homologados no Brasil.
Plataformas como Amazon e Mercado Livre passam a responder com os vendedores em casos de infrações.
A medida, segundo a agência, segue o entendimento do STF e retira a proteção antes garantida pelo Marco Civil da Internet.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) atualizou seu regulamento de homologação e, entre outras alterações, passará a incluir os marketplaces na cadeia de responsabilidade. Com isso, um entendimento já adotado pela agência se torna uma regra para o mercado.

Ao longo dos últimos anos, o órgão tem cobrado que plataformas de varejo colaborem na fiscalização de produtos não homologados, como celulares, baterias, TV boxes e drones, entre muitos outros. Em alguns casos, a disputa tomou proporções maiores: a agência chegou a entrar com uma ação judicial para bloquear os sites da Amazon e do Mercado Livre, por exemplo. O pedido foi negado.

O que muda com o novo regulamento?

Celulares precisam de homologação da agência para venda no Brasil (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

“Na prática, marketplaces como Mercado Livre, Amazon, Shopee, Magalu, entre outros, passam a responder solidariamente com os vendedores por infrações relacionadas à oferta de produtos irregulares, normatizando um entendimento já adotado em decisões da Anatel”, escreve a Anatel em seu site.

Desde 2021, a Anatel pede que marketplaces exijam dos vendedores a inclusão de códigos de homologação de produtos ao cadastrar as mercadorias. Agora, isso passa a ser uma norma da agência. “A medida inclui a obrigação de divulgar o código de homologação nos anúncios e de verificar a regularidade dos itens ofertados”, diz o comunicado.

A Anatel afirma ainda que a decisão está “fundamentada em pareceres jurídicos da Advocacia-Geral da União e alinhada ao entendimento do Supremo Tribunal Federal”. Além disso, a mudança entende que os marketplaces não estão protegidos pelo Marco Civil da Internet, o que poderia considerá-los como plataformas e isentá-los de responsabilidade, mas sim que eles se encaixam no papel de fornecedores, devendo responder ao Código de Defesa do Consumidor.

Em nota, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) considerou a atualização do regulamento como “um avanço fundamental para coibir o mercado irregular de celulares no Brasil”.

Com informações da Anatel e do Tele Síntese
Anatel vai responsabilizar marketplaces por venda de produtos irregulares

Anatel vai responsabilizar marketplaces por venda de produtos irregulares
Fonte: Tecnoblog

Teste revela operadoras com 5G mais rápido do Brasil; veja resultado

Teste revela operadoras com 5G mais rápido do Brasil; veja resultado

Ookla usa dados coletados por usuários em app de velocidade de teste (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A empresa Ookla divulgou, nesta segunda-feira (04/08), os resultados de seu levantamento periódico sobre a qualidade da internet 5G no Brasil. Os dados se referem ao primeiro semestre de 2025 e foram coletados em condições reais, a partir de aparelhos de usuários do app Speedtest. São mais de 82 milhões de medições.

A Claro tem o 5G mais rápido do Brasil, segundo a pesquisa. A operadora teve mediana de 473,56 Mb/s em downloads no primeiro semestre de 2025, e 32,34 Mb/s em uploads. Não é a primeira vez que a empresa tem bom desempenho nestas métricas.

Claro, TIM e Vivo são as maiores operadoras de telefonia do país (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Entre as concorrentes, a Vivo vem em segundo lugar, com 430,17 Mb/s e 23,23 Mb/s, respectivamente. A TIM fica em terceiro, com 386,13 Mb/s e 21,61 Mb/s.

A Ookla transformou esses dados em uma pontuação, dando peso de 70% para download, 20% para upload e 10% para latência. O resultado foi 71,75 para Claro, 66,60 para Vivo e 65,22 para TIM.

OperadoraDownload (mediana)Upload (mediana)PontuaçãoClaro473,56 Mb/s32,34 Mb/s71,75Vivo430,17 Mb/s23,23 Mb/s66,60TIM386,17 Mb/s21,61 Mb/s65,22

Vale observar que a Ookla usa a mediana, isto é, o valor “do meio” entre os dados levantados, o que evita que medições fora da curva, sejam elas muito altas ou muito baixas, influenciem o resultado.

Qual a melhor operadora para vídeo, jogos e navegação?

A Ookla usa os dados coletados para avaliar aplicações específicas do 5G, como vídeo, jogos e navegação na web. A Claro saiu vencedora em todos eles.

Os testes consideram tempo necessário para iniciar a reprodução de vídeo, ocorrência de interrupções, qualidade de transmissão em full HD e tempo de carregamento de páginas. No placar geral, a pontuação de velocidade tem 50% do peso; a de vídeo, 25%; e a de web, 25%.

OperadoraVelocidadeVídeoWebGeralClaro71,7578,4495,7079,41Vivo66,6078,0293,1676,09TIM65,2277,8795,2975,90

O levantamento inclui ainda dados relativos a desempenho em jogos, apesar de este quesito não contar na pontuação geral. Mais uma vez, a Claro é líder, com 89,27, seguida pela Vivo (87,55) e pela TIM (86,55).
Teste revela operadoras com 5G mais rápido do Brasil; veja resultado

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Fonte: Tecnoblog

TIM considera vender rede neutra de fibra óptica

TIM considera vender rede neutra de fibra óptica

Resumo

TIM avalia vender rede neutra de fibra óptica para investidores.
Santander assessora estruturação da operação.
Empresa manteria 25% da nova companhia e seguiria usando a rede.

Estratégia envolve vender participação majoritária para investidores (ilustração: Vitor Pádua /Tecnoblog)

A operadora TIM pode vender um ativo estratégico de sua infraestrutura de fibra óptica: sua rede neutra. O movimento visa replicar o sucesso de operações similares já realizadas no setor de telecomunicações. Ela começou a ganhar força no início do segundo semestre de 2025, mas ainda enfrenta obstáculos regulatórios.

A informação surgiu durante a divulgação dos resultados financeiros da TIM no segundo trimestre, realizada na última quinta-feira (31). O lucro cresceu 25%, para R$ 976 milhões entre abril e junho.

O que é a rede neutra?

Uma rede neutra é uma infraestrutura de fibra óptica compartilhada que pode ser utilizada por múltiplas operadoras de internet, telefonia ou TV por assinatura. Em vez de cada empresa construir sua própria rede, um único provedor especializado constrói e mantém a rede neutra, alugando-a para outras empresas.

Isso permite que as operadoras reduzam custos, acelerem a expansão de seus serviços e se concentrem em atrair e atender seus clientes, enquanto o proprietário da rede neutra cuida da infraestrutura física.

Cabo de fibra óptica (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Segundo informações publicadas no portal Pipeline, a potencial transação envolve a alienação de uma fatia majoritária da rede neutra de fibra óptica da TIM, ou seja, a estrutura de cabos e equipamentos que permitem a oferta de serviços de banda larga fixa.

Players do mercado financeiro estariam negociando com a empresa. Entre os fundos que demonstraram interesse na aquisição, destacam-se a Brookfield, a I-Squared e a Digital Bridge, que já possuem histórico de aquisições no setor global de telecomunicações.

A reportagem ressalta, ainda, que a TIM já estaria trabalhando com assessores financeiros para estruturar a operação. A decisão final dependerá do valor ofertado e das condições de negócio. A expectativa é que a operadora crie uma nova empresa para abrigar a rede de fibra, que será potencialmente vendida, e mantenha uma participação minoritária, talvez de 25%.

A TIM também celebraria um contrato de longo prazo para continuar utilizando a rede, garantindo a continuidade de seus serviços. O principal desafio, no entanto, está em desvincular o ativo, que está ligado às operações de varejo.

Operadora busca replicar modelo de sucesso da Vivo, que vendeu sua rede para fundos de investimento (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Desafios e próximos passos

Apesar do interesse do mercado, o principal obstáculo para a TIM é a questão regulatória e a complexidade de separar a rede. Há um emaranhado de contratos de compartilhamento, acordos de uso de postes e outras questões operacionais que precisam ser resolvidas para que o ativo se torne um negócio independente e atraente para os investidores. A operadora também tem que garantir que a separação não afete a qualidade de seus serviços.A transação, se concretizada, poderá ter um impacto significativo no mercado de telecomunicações brasileiro, consolidando o modelo de negócio de infraestrutura compartilhada. A TIM, com a potencial venda, ganharia caixa extra para investir em outras inovações, como sua rede 5G, além de focar nas operações de varejo e na disputa por clientes no mercado de serviços móveis e fixos.

Com informações do Pipeline e Teletime
TIM considera vender rede neutra de fibra óptica

TIM considera vender rede neutra de fibra óptica
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: Operadora desmente rumor sobre Starlink grátis no Brasil

Exclusivo: Operadora desmente rumor sobre Starlink grátis no Brasil

Elon Musk é o acionista controlador da Starlink (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

T-Mobile explicou ao Tecnoblog que não há planos para disponibilizar a internet grátis da Starlink no Brasil.
A parceria com a Starlink oferece apenas acesso limitado nos Estados Unidos, sem custos adicionais, mas para planos avançados.
O serviço de internet via satélite T-Satellite está em fase beta nos EUA e é destinado a dispositivos compatíveis.

A operadora de telecomunicações T-Mobile, dos Estados Unidos, declarou com exclusividade ao Tecnoblog que a suposta internet grátis em parceria com a Starlink não será fornecida no Brasil. Por mais que alguns consumidores possuam smartphones compatíveis, não é possível captar o sinal por aqui.

Este tema gerou muita desinformação nos últimos dias, após perfis e sites brasileiros noticiarem manchetes como “Internet grátis da Starlink em celulares começa nesta quinta” ou “Starlink libera internet via satélite grátis”, porém sem explicar que a novidade vale apenas para clientes norte-americanos.

Qual a verdade sobre o assunto?

A T-Mobile, uma das maiores companhias de telefonia dos EUA, realmente fechou uma parceria com a Starlink, empresa de internet via satélite do empresário Elon Musk. Ela prevê o acesso à rede da Starlink, principalmente para atividades mais simples, como envio/recebimento de SMS ou ligações de emergência para o 911 (equivalente ao nosso 190).

Essa novidade só é possível porque smartphones mais recentes conseguem se comunicar diretamente com os satélites da Starlink, que ficam posicionados na órbita baixa da Terra (LEO). Ou seja, os dispositivos se conectam não à torre de telefonia em solo, como ocorre com a telefonia tradicional, mas sim aos equipamentos no espaço.

Para tanto, é preciso estar numa região descoberta, de modo que a conexão ocorra com sinal forte. A Starlink não funciona tão bem quando há obstáculos entre o telefone e o satélite.

T-Mobile explica o que o T-Satellite é capaz de fazer (imagem: reprodução)

O serviço se chama T-Satellite e permaneceu em estágio de testes, o chamado beta, por mais de um ano. Ele se vale do conceito de Direct to Cell (D2C).

O T-Satellite não é totalmente gratuito, como alardearam algumas postagens nas redes sociais. Na verdade, não há custo adicional para os clientes dos planos avançados da T-Mobile. Já assinantes de demais planos devem pagar uma taxa mensal de US$ 10, equivalente a R$ 56. Não custa lembrar: os Estados Unidos possuem um dos serviços de telecomunicações mais caros do mundo.

Onde tem T-Satellite?

A T-Mobile enfatizou na resposta ao Tecnoblog que o T-Satellite está disponível somente em território norte-americano.

O smartphone da pessoa precisa ter compatibilidade com a tecnologia. São dezenas de produtos que saíram nos últimos anos, a partir do iPhone 13 (Apple); Galaxy S21 e Galaxy A25 (Samsung); Moto Razr e Moto G de 2024 (Motorola); ou Pixel 9A (Google), apenas para citar alguns.

Por que não funciona no Brasil?

O T-Satellite foi projetado como um reforço para o serviço fornecido pela T-Mobile nos Estados Unidos. Ele tem foco nos americanos. Não há nenhuma informação oficial sobre a expansão para outros países.

Seria como se a Vivo, maior operadora brasileira, anunciasse o serviço de satélite sem custo adicional para clientes de planos do Vivo Total em território brasileiro. Na sequência, jornais da Argentina começassem a publicar notícias sobre um misterioso serviço de internet grátis por lá, dando a entender que bastaria ter um telefone compatível. O raciocínio não tem lógica alguma.

Aliás, tomamos conhecimento de uma pessoa que fez o teste: mora na fazenda, tem um iPhone 15, compatível com a conexão, e tentou captar o sinal da Starlink. “Não pegou nem urubu voando.”
Exclusivo: Operadora desmente rumor sobre Starlink grátis no Brasil

Exclusivo: Operadora desmente rumor sobre Starlink grátis no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Anatel e PF apreendem TV boxes ilegais e desmontam rede de gatonet

Anatel e PF apreendem TV boxes ilegais e desmontam rede de gatonet

Anatel e Polícia Federal apreenderam mais de R$ 125 mil em equipamentos (imagem: reprodução/Anatel)

Resumo

Operação PRAEDO, da Anatel e Polícia Federal, desmantelou um esquema de contrabando de TV boxes ilegais e bloqueou R$ 33 milhões dos suspeitos.
Foram cumpridos 12 mandados no Paraná e Distrito Federal, com apreensão de 140 aparelhos e identificação de um casal em Curitiba que administrava o site de vendas.
Os investigados respondem por contrabando, violação de direitos autorais, telecomunicações clandestinas e organização criminosa.

A Anatel e a Polícia Federal deflagraram ontem (29/07) a Operação PRAEDO, contra um esquema milionário de importação e venda de TV boxes ilegais, as chamadas “gatonets”. A ação mirou um esquema milionário com logística transnacional, que contrabandeava aparelhos pela fronteira e distribuía para todo o Brasil.

Foram 12 mandados de busca e apreensão cumpridos no Paraná e no Distrito Federal. Com isso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 33 milhões dos investigados, além do sequestro de bens, como veículos e imóveis, e a derrubada dos sites usados para vender os equipamentos.

A ação é mais um passo na ofensiva das autoridades contra a pirataria. Há poucos dias, o Procon do Rio de Janeiro multou o Google em R$ 14,2 milhões por anúncios de TV boxes irregulares.

Como funcionava o esquema?

Organização criminosa contrabandeava TV boxes pelo Paraguai (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Segundo a Anatel, a investigação começou a partir de uma denúncia de uma entidade no setor de comunicações. A PF identificou que um casal de Curitiba (PR) administrava um dos principais sites de venda dos aparelhos. Eles usavam empresas de fachada para lavar o dinheiro obtido com a prática.

Os aparelhos, sem homologação da Anatel, eram vendidos a R$ 899 a unidade e entravam no Brasil de forma clandestina, pela fronteira com o Paraguai em Foz do Iguaçu (PR). De lá, a mercadoria seguia para a capital paranaense, que funcionava como um centro de distribuição para todo o país.

As investigações apontam para um esquema bem estruturado, com divisão clara de tarefas para importadores, operadores de logística, intermediários financeiros e os vendedores que atuavam na internet. Apenas um dos casais investigados apresentou indícios de enriquecimento ilícito de aproximadamente R$ 5 milhões, com a compra de imóveis e veículos de luxo.

Durante a operação, os agentes da Anatel apreenderam 140 aparelhos de TV box de diversas marcas, como BTV, UniTv e Red Pro. O valor total dos equipamentos apreendidos é estimado em mais de R$ 125 mil. Os envolvidos são investigados pelos crimes de contrabando, violação de direitos autorais, desenvolvimento clandestino de atividades de telecomunicações e organização criminosa.

De acordo com o conselheiro da Anatel Alexandre Freire, líder do tema de combate à pirataria na agência, além de alimentarem um esquema criminoso milionário, esses aparelhos expõem o consumidor a conteúdos de baixa qualidade e sem segurança.

Pressão contra a pirataria

A Operação PRAEDO é mais um capítulo da pressão das autoridades brasileiras contra a pirataria de conteúdo audiovisual. Em 2024, o combate à TV box pirata por aqui chegou a receber um prêmio internacional — à época, foram mais de 7,6 milhões de produtos piratas apreendidos no Brasil.

A pressão vem também do judiciário. Em junho deste ano, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, fez um apelo para o Ministério Público investigar a venda desses produtos em grandes marketplaces, citando a concorrência desleal com serviços de streaming e TV por assinatura.

Com informações da Anatel
Anatel e PF apreendem TV boxes ilegais e desmontam rede de gatonet

Anatel e PF apreendem TV boxes ilegais e desmontam rede de gatonet
Fonte: Tecnoblog