Category: São Paulo

Anatel sugere “habilitação digital” para uso de celulares no Brasil

Anatel sugere “habilitação digital” para uso de celulares no Brasil

Sugestão foi feita pelo gerente da Anatel em São Paulo (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O gerente da Anatel em São Paulo, Marcelo Scacabarozi, sugeriu criar uma “habilitação digital” para novos usuários de smartphones.
A proposta prevê cursos de segurança digital, com desbloqueio total do aparelho após a conclusão e possíveis descontos em planos como incentivo.
Ele também defendeu incluir educação em cibersegurança nas escolas, visando proteger especialmente crianças, idosos e famílias contra fraudes.

E se o usuário de um novo smartphone precisasse passar por um “curso” de habilitação digital antes do acesso completo ao aparelho? Essa foi a sugestão do gerente do escritório da Anatel em São Paulo, Marcelo Scacabarozi, nessa quinta-feira (02/10), durante a Futurecom, principal congresso de telecomunicações do país.

A ideia, segundo o especialista, é que o consumidor, ao ativar um novo smartphone, tenha a opção de passar por um curso rápido sobre segurança digital. O objetivo seria aumentar a segurança de públicos vulneráveis, como crianças, adolescentes e idosos.

Por isso, apenas após a conclusão do treinamento o usuário poderia desbloquear todas as funcionalidades do aparelho. Como incentivo, Scacabarozi citou até mesmo a possibilidade de gerar benefícios, como descontos nos planos de serviço oferecidos pelas operadoras.

Marcelo Scacabarozi é gerente do escritório da Anatel em São Paulo (imagem: reprodução/Alesp)

Sendo apenas uma ideia apresentada durante o evento, Scacabarozi não explora especificamente como essa habilitação seria aplicada nos smartphones ou se um usuário que já passou pelo processo em outro smartphone teria os acessos liberados em um dispositivo novo.

Ele também destacou as ações recentes do escritório da Anatel em São Paulo contra estações de celular piratas, conhecidas como “ERB fake”. Esses equipamentos bloqueiam o sinal do consumidor e disparam SMS maliciosos em massa para aplicar golpes.

Educação digital desde a escola

Scacabarozi reforça necessidade de educação digital nas escolas (imagem: Unsplash/Bruce Mars)

Durante sua apresentação, Scacabarozi argumentou que a geração adulta aprendeu a se defender de golpes “na prática”, muitas vezes após ser vítima de fraudes. Para o gerente da Anatel, é preciso quebrar esse ciclo vicioso.

A habilitação digital seria um dos caminhos para isso. Outra frente, segundo ele, seria a inclusão da disciplina de cibersegurança já na escola. Ambas as ações visam capacitar as famílias a navegarem de forma mais segura, protegendo principalmente crianças e adolescentes.

O especialista destacou que os segmentos mais vulneráveis da população são, justamente, os menos preparados para os desafios do ambiente online. Idosos, por exemplo, ainda têm grandes dificuldades com smartphones e o uso de apps, como revelou uma pesquisa recente do Procon-SP, e são suscetíveis a cair em golpes.

Para Scacabarozi, com a onipresença da tecnologia, é quase impossível para o cidadão comum ter certeza de que seus dados estão, de fato, seguros.

Google oferece algo parecido

Conscientização de segurança digital não faz parte da configuração dos smartphones (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Atualmente, as fabricantes de smartphones e empresas por trás dos sistemas operacionais incorporam apenas elementos básicos de segurança e privacidade no processo de configuração inicial.

Tanto no Android quanto no iOS, o foco maior é a proteção de dados sensíveis (acessos à localização, câmera, etc.) e a configuração de senhas para a proteção do dispositivo.

Já fora da pré-configuração dos aparelhos, ambos os sistemas também adotam práticas de controle dos pais. Entretanto, o Google oferece algo próximo à ideia de conscientização de Scacabarozi.

A gigante das buscas possui o programa Seja Incrível na Internet, produzido em parceria com especialistas em segurança digital e destinado às crianças. Nele, o Google disponibiliza conteúdos e ferramentas interativas para incentivar o “uso seguro” da internet.

Com informações da Anatel
Anatel sugere “habilitação digital” para uso de celulares no Brasil

Anatel sugere “habilitação digital” para uso de celulares no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Vitória da 99 e Uber: TJ-SP decide que São Paulo não pode proibir mototáxi

Vitória da 99 e Uber: TJ-SP decide que São Paulo não pode proibir mototáxi

99Moto em São Paulo (imagem: Emerson Alecrim/Camila Satie/Tecnoblog)

Resumo

TJ-SP derrubou proibição do mototáxi em São Paulo, favorecendo o retorno dos serviços 99Moto e Uber Moto à cidade;

A decisão permite que a Prefeitura de São Paulo regule, mas não proíba a modalidade;

A Prefeitura de São Paulo irá recorrer da decisão; por ora, serviços seguem suspensos.

Em declaração expedida na quarta-feira (03/09), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) considerou inconstitucional o decreto da Prefeitura de São Paulo que proíbe serviços de mototáxi no município. A decisão favorece o retorno dos serviços 99Moto e Uber Moto à capital paulista.

Embora a 99 e a Uber não tratem serviços de transporte por moto a partir de aplicativos especificamente como mototáxis, o Decreto nº 62.144 proíbe o uso de motocicletas para transporte individual remunerado de passageiros em São Paulo e, portanto, afeta os serviços de ambas as empresas.

99 e Uber tentaram implementar seus serviços de transporte de pessoas por moto em São Paulo em 2023, mas ambas as operações foram mantidas por pouco tempo em razão, justamente, da proibição imposta pelo município.

No início de 2025, as duas companhias tentaram restabelecer os serviços 99Moto e Uber Moto em São Paulo, e seguem em batalhas judiciais com a Prefeitura de São Paulo desde então.

Em linhas gerais, a administração do prefeito Ricardo Nunes (MDB) entende que o tráfego intenso de veículos na capital paulista torna perigoso e complexo o transporte de passageiros por meio de motos, vindo daí o principal argumento para a restrição.

Mas, na recente decisão do TJ-SP, a Prefeitura de São Paulo foi considerada apta a regulamentar os serviços de mototáxi, mas não a proibir a modalidade. O TJ-SP entende que esse tipo de decisão cabe ao governo federal:

Cabe, ao fim, ressalvar a competência municipal para ordenação do trânsito e do tráfego urbanos, mas a regulamentação do serviço de transporte individual de aluguel não compreende a competência para a suspensão da atividade.

Desembargador Ricardo Dip, relator do caso

Por conta disso, a Prefeitura de São Paulo passa a ter um prazo de 90 dias para regulamentar o transporte remunerado de pessoas por moto na cidade. O município ainda pode recorrer da decisão.

Uber Moto (imagem: divulgação/Uber)

Associação que representa 99 e Uber se manifesta

Em nota enviada ao Tecnoblog, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa a 99 e a Uber, declarou o seguinte sobre a decisão do TJ-SP:

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) avalia que a decisão de hoje (3/9) do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (…) configura um avanço para garantir os direitos da população da cidade e das empresas do setor, além de um importante passo para que a atividade seja regulamentada no município.

O entendimento do TJ reitera o que foi sempre defendido pela Amobitec: que compete às prefeituras regulamentar e fiscalizar a atividade, mas não proibir.

Prefeitura de São Paulo irá recorrer

Também em nota enviada ao Tecnoblog, a Prefeitura de São Paulo afirmou que irá recorrer da decisão:

A Prefeitura de São Paulo informa que vai recorrer da decisão. A gestão municipal ressalta que a lei estadual 18.156/2025 dá aos municípios, incluindo a capital paulista, autonomia para proibir mototáxi na cidade.

Além disso, a lei federal 12.587/2012 é muito clara em seus artigos 11, 11 A e 11B ao não autorizar o transporte de passageiros em motos (Categoria A) e apenas o de carros (Categoria B).

No momento, 99Moto e Uber Moto seguem suspensos na capital paulista.
Vitória da 99 e Uber: TJ-SP decide que São Paulo não pode proibir mototáxi

Vitória da 99 e Uber: TJ-SP decide que São Paulo não pode proibir mototáxi
Fonte: Tecnoblog

Mercado Livre quer virar farmácia e vender remédios online

Mercado Livre quer virar farmácia e vender remédios online

Com negócio, Mercado Livre pretende vender fármacos na plataforma (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Mercado Livre anunciou a compra da farmácia em São Paulo, visando entrar no setor de medicamentos online
Aquisição depende de aprovação do Cade.
Negócio busca superar barreiras regulatórias, permitindo que o Mercado Livre venda medicamentos online através de uma farmácia física licenciada.

O Mercado Livre pode em breve começar a vender medicamentos em sua plataforma. A empresa anunciou a compra de uma farmácia em São Paulo, em um movimento que pode marcar sua entrada em um dos mercados mais regulados — e lucrativos — do Brasil.

Segundo apuração do jornal O Globo, a empresa alvo é a Target (Cuidamos Farma Ltda.), localizada no bairro do Jabaquara, na Zona Sul da capital paulista. A farmácia pertence à Memed, uma startup de prescrição de receitas digitais.

A transação ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em comunicado enviado à imprensa, a companhia confirma a “possível aquisição de uma empresa que comercializa medicamentos”.

Estratégia para vender remédios

O movimento do Mercado Livre visa superar uma barreira regulatória. Atualmente, a legislação brasileira impõe uma série de restrições à venda de medicamentos online, exigindo que ela seja atrelada a uma farmácia física licenciada e com um farmacêutico responsável.

Ao adquirir uma farmácia, mesmo que de pequeno porte, a gigante do e-commerce pode obter a licença necessária para operar no setor. À revista Exame, analistas classificam a jogada como uma “maneira inteligente de contornar obstáculos regulatórios”. A loja física, nesse cenário, funcionaria como um projeto-piloto e um pequeno centro de distribuição.

A compra está sendo realizada através da K2I Intermediação, uma subsidiária da Kangu, empresa de logística adquirida pelo Meli em 2021.

Reação da concorrência

Venda de medicamentos online é permitida desde 2020 (Imagem: Roberto Sorin / Unsplash)

A entrada do Mercado Livre agita um setor que movimenta mais de R$ 200 bilhões por ano. Segundo a Exame, a notícia teve efeito imediato no mercado financeiro: no dia da divulgação, as ações da RD Saúde (antiga Raia Drogasil), uma das maiores redes do país, chegaram a cair 6%.

A movimentação acontece em um momento de discussões sobre a flexibilização da venda de medicamentos no Brasil. Atualmente, tramita no Congresso o projeto de lei 2.158/2023, que autoriza supermercados a venderem medicamentos isentos de prescrição, ainda que mantenha a obrigação de um farmacêutico presente durante o funcionamento.
Mercado Livre quer virar farmácia e vender remédios online

Mercado Livre quer virar farmácia e vender remédios online
Fonte: Tecnoblog

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Agente da Anatel na operação Fantasma da Rede (imagem: reprodução/Anatel)

Resumo

Anatel e DEIC/SP desmantelaram central clandestina de TV e internet na Zonal Leste de São Paulo;
No local foram encontrados roteadores não certificados ou com homologação vencida e infraestrutura de call center usada para suporte técnico aos clientes;
Operação Fantasma da Rede resultou na apreensão de equipamentos e na prisão de dois envolvidos.

Fantasma da Rede. Esse é o nome de uma ação realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de São Paulo (DEIC/SP) que resultou no desmantelamento de uma rede pirata de TV por assinatura na Zonal Leste de São Paulo (SP).

As investigações levaram as autoridades, na terça-feira (12/08), a um sobrado que aparentava ser residencial, mas que, na verdade, abrigava uma central de telecomunicações clandestina. O serviço era operado por um provedor local que também oferecia planos de acesso à internet.

De acordo com a Anatel, os agentes encontraram, no local, vários equipamentos para a prestação dos serviços. Entre eles estavam roteadores não certificados ou com homologação vencida e até uma infraestrutura de call center para prestação de suporte técnico aos clientes.

Tanto os serviços de TV por assinatura quanto de acesso à internet foram interrompidos com respaldo judicial. Estima-se que a empresa, que não teve o seu nome divulgado, tinha cerca de 30.000 clientes na região em que operava.

A ação também resultou na apreensão dos equipamentos encontrados no sobrado. Além disso, duas pessoas ligadas ao provedor foram presas. Uma foi liberada pouco tempo depois, mas a outra continuou detida por determinação judicial.

Ainda como parte da operação Fantasma da Rede realizada na terça-feira, as autoridades cumpriram ordens judiciais para identificar e interromper serviços não autorizados de TV por assinatura em outros locais.

A Anatel explica o porquê da ação:

Além da violação de direitos autorais, a atividade configura crime contra a ordem econômica e pode estar associada a práticas de receptação qualificada e lavagem de dinheiro, com indícios de envolvimento de organizações criminosas.

Sede da Anatel em Brasília (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Anatel atua contra serviços irregulares de telecomunicações

Operações como essa não são isoladas. Com auxílio de autoridades policiais, a Anatel tem atuado contra serviços de telecomunicações que operam de modo irregular ou sem as devidas autorizações.

Um exemplo recente vem de uma ação da Anatel a e Polícia Federal contra uma “gatonet” no Paraná e Distrito Federal.

Ainda com relação a esse assunto, nesta semana, a Anatel emitiu um alerta sobre o malware Bad Box 2.0, identificado em TV boxes clandestinos. Estima-se que mais de 1,5 milhão de equipamentos estejam infectados pela ameaça, com grande parte deles estando em uso no Brasil.
Anatel desmantela mais uma central de TV pirata

Anatel desmantela mais uma central de TV pirata
Fonte: Tecnoblog

Anatel desativa mais uma antena falsa usada para golpes via SMS

Anatel desativa mais uma antena falsa usada para golpes via SMS

Criminosos usavam ERB clandestino para aplicar golpe das milhas falsas (foto: divulgação/Anatel)

Resumo

A Anatel desativou uma ERB clandestina usada para golpes em São Paulo. A investigação teve início em 10 de julho e a desativação ocorreu no dia seguinte.
O equipamento foi encontrado em um apartamento na Zona Sul de São Paulo, após relatos de mensagens suspeitas e degradação do sinal.
A vulnerabilidade no 2G é explorada para realizar esses golpes, com algumas versões do Android já oferecem recursos para proteção.

A Anatel encontrou e desativou mais uma estação rádio-base (ERB) clandestina, usada para envio de SMS fraudulentos para aplicar golpes. Essa é a quinta vez que um equipamento do tipo é localizado em São Paulo (SP).

Segundo o órgão, a investigação começou em 10 de julho, e o desligamento ocorreu no dia seguinte. O equipamento estava em uma área residencial próxima ao Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista.

A entidade explica que uma degradação no sinal de telefonia móvel na área próxima à “ERB fake” foi um indício para começar as investigações. Outra pista foram os diversos relatos de mensagens suspeitas, supostamente enviadas por um banco.

Em uma imagem divulgada pela agência, é possível ler o conteúdo de uma mensagem, que informa que pontos do cartão de crédito estariam para vencer e direciona para um link malicioso.

Agentes da Anatel percorreram a região e identificaram o sinal clandestino. A antena estava em um apartamento no 13º andar de um condomínio residencial próximo à Avenida dos Bandeirantes. Policiais civis entraram no imóvel, desativaram o sinal e apreenderam os equipamentos.

Aparelho transmitia mensagens de SMS falsas (imagem: divulgação/Anatel)

Bandidos já usaram até “carro do golpe”

Este é o quinto caso de ERB clandestina usada para golpes na capital paulista. Em janeiro de 2025, a Anatel e a Polícia Civil encontraram uma antena em um apartamento próximo à Marginal Pinheiros, na Zona Sul da cidade.

Os criminosos não usam apenas apartamentos para instalar as antenas. Em julho de 2024, a Polícia Militar prendeu um homem que dirigia um Jeep Renegade com uma ERB clandestina. Ao passar por ruas congestionadas, os motoristas de carros a até cinco metros de distância recebiam SMS fraudulentos.

Falha no 2G permite ataques

As ERBs clandestinas se aproveitam de vulnerabilidades de segurança nas redes 2G, que não exigem autenticação entre a torre da operadora e o aparelho. O equipamento usa a mesma frequência das empresas de telefonia, fazendo com que os clientes percam conexão com a rede verdadeira e se conectem à falsa. Assim, é possível distribuir SMS para tentar fisgar vítimas.

A falha é conhecida há bastante tempo e já existem formas de se proteger. O Android 12, lançado em 2021, já contava com um recurso para desativar a conexão a redes 2G. Já o Android 16 tem em seu código uma notificação para quando o celular se conectar a uma rede sem criptografia, um indício de que ele está ligado a uma antena fake.

Com informações da Anatel
Anatel desativa mais uma antena falsa usada para golpes via SMS

Anatel desativa mais uma antena falsa usada para golpes via SMS
Fonte: Tecnoblog

Suspeito de ataque hacker a bancos é preso pela Polícia Civil

Suspeito de ataque hacker a bancos é preso pela Polícia Civil

Homem foi preso após investigação do Deic (imagem: Kevin Horvat/Unsplash)

Resumo

A Polícia Civil de São Paulo prendeu João Nazareno Roque, funcionário da C&M Software suspeito de facilitar o ataque hacker contra o sistema do Banco Central.
Roque teria fornecido senha a hackers e permitido acesso pelo seu próprio computador.
Ele teria recebido R$ 5 mil para liberar o acesso e, depois, mais R$ 10 mil para ajudar a criar um sistema para desvios.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nessa quinta-feira (03/07) o homem acusado de facilitar um dos maiores ataques hackers já registrados contra o sistema financeiro nacional. Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o alvo é João Nazareno Roque, funcionário da C&M Software (CMSW) — empresa que conecta sistemas de bancos e fintechs ao Pix do Banco Central.

Segundo o G1, Roque teria permitido o acesso de criminosos a sistemas sigilosos usando seu próprio computador. O ataque veio a público na quarta-feira (02/07) e afetou pelo menos seis instituições financeiras.

Entenda o caso

A fraude veio à tona depois que a BMP, cliente da C&M Software, registrou um boletim de ocorrência relatando desvios milionários. A própria C&M também notificou o Banco Central (BC) sobre um ataque. 

Ainda não há confirmação oficial do valor total desviado, mas a estimativa é de algo em torno de R$ 800 mil e R$ 1 bilhão. A polícia bloqueou uma conta com R$ 270 milhões, que teria sido usada para receber o dinheiro. O BC também não informou o nome de todas as instituições afetadas.

O suspeito disse à polícia que recebeu R$ 5 mil em maio deste ano para liberar o acesso aos hackers e outros R$ 10 mil para ajudar a criar um sistema que permitisse os desvios, ainda de acordo com o G1. Ele teria trocado de celular a cada 15 dias para evitar que fosse rastreado.

Roque contou que foi abordado por WhatsApp para fornecer o login e a senha que abriram a porta para a invasão ao sistema de pagamentos instantâneos da CMSW.

A prisão aconteceu no bairro City Jaraguá, na Zona Norte da capital paulista. A investigação ainda apura a extensão dos prejuízos e outros envolvidos no esquema.

A C&M atua como uma ponte para que bancos menores e fintechs se conectem aos sistemas do BC e realizem operações como o Pix. Para isso, a empresa opera contas de reservas, que funcionam como uma espécie de conta corrente mantida pelas instituições financeiras dentro do BC, usada para processar e liquidar transações. 

Logo após o ataque, o Banco Central suspendeu o acesso das instituições afetadas aos sistemas operados pela C&M. A suspensão, que era total, foi revisada e virou uma suspensão parcial.

Com informações do G1
Suspeito de ataque hacker a bancos é preso pela Polícia Civil

Suspeito de ataque hacker a bancos é preso pela Polícia Civil
Fonte: Tecnoblog

Huawei retorna ao Brasil e aposta em celular de R$ 33 mil

Huawei retorna ao Brasil e aposta em celular de R$ 33 mil

O CEO da Huawei no Brasil, Andy Fang, apresenta o preço do Mate XT (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A Huawei oficializa seu retorno ao mercado de smartphones no Brasil com dois modelos dobráveis, o Mate X6 e o Mate XT.
A companhia traz inovação com o formato trifold no Mate XT, tentando competir com Apple e Samsung no segmento premium.
Após cinco anos fora do mercado brasileiro, a Huawei volta com aparelhos de ponta e desiste do mercado intermediário e básico.

A gigante chinesa Huawei oficializa hoje, num grande evento em São Paulo, o retorno ao mercado de smartphones, com preços que chegam a R$ 32.999. A empresa anuncia a chegada de “produtos inovadores”, conforme o convite do encontro com parceiros comerciais, jornalistas e influenciadores. O Tecnoblog marca presença. A ideia da empresa é disputar espaço com a Apple e a Samsung no lucrativo segmento de aparelhos de ponta.

Para tanto, a companhia traz ao Brasil dois celulares dobráveis poderosos: o Huawei Mate X6 e o Huawei Mate XT. Este último é o destaque da vez, tendo em vista o inédito formato trifold, o que o coloca à frente de dispositivos Galaxy. Você já sabe, mas não custa lembrar: a Apple não oferece nenhum telefone dobrável no momento (apesar dos rumores).

Cinco anos depois…

Huawei retorna ao mercado brasileiro de celulares (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Huawei passou cinco anos fora do mercado de celulares no país. A saída se deu após as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos, que impactaram os negócios da companhia chinesa no mundo todo. Ainda assim, ela manteve os investimentos e as vendas de itens de telecomunicações, por exemplo, para operadoras de telefonia e outros clientes.

Nos últimos anos, a Huawei também voltou a vender dispositivos eletrônicos como relógios, fones de ouvido e tablets. A cereja do bolo serão os smartphones a partir de agora.

Tecnologia elevada, preços também

Os dois novos modelos possuem alta tecnologia e são destinados ao público com disposição para gastar. Eles rodam sistema EMUI, baseado no Android, e são capazes de executar aplicativos em APK (também de Android).

O Mate XT Ultimate Design fica fechado, com tela de 6,4″, mas também pode abrir para display de 7,9″ ou ainda de 10,2″. Em outras palavras, é como se a pessoa tivesse um telefone, tablet ou notebook no bolso. Quando totalmente aberto, tem espessura de 3,6 milímetros. O preço sugerido é de R$ 32.999, segundo o CEO da Huawei no Brasil, Andy Fang.

Já o Huawei Mate X6 segue formato que lembra o Galaxy Fold, entre outros modelos dobrados em duas partes. Ele possui tela interna de 7,93″. A arquitetura é mais durável e conta com alta recepção de sinal, segundo Murillo Marques, gerente de produto da companhia. Ele custa R$ 22.999.

Note que o retorno da companhia não inclui smartphones intermediários em formato tradicional, como os da linha Pura, com as melhores câmeras do mercado nos últimos anos. Também não há smartphones básicos, que custam menos. A Huawei se retirou deste segmento e também se desfez da marca Honor, que atuava na categoria de entrada e se transformou numa empresa independente.

Histórico no Brasil e loja física

Cintia Lima é diretora de relações públicas da Huawei (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A diretora de relações públicas Cintia Lima enfatizou que a Huawei está no Brasil há 27 anos. Entre os pilares da companhia estão a segurança dos produtos, o respeito ao meio ambiente e o impacto social. “A tecnologia tem que estar disponível para todos. Tech 4 All é a nossa ferramenta para isso”, declarou a executiva. De acordo com ela, 510 mil pessoas em 850 escolas pelo mundo são beneficiadas pelas iniciativas do conglomerado.

Ainda de acordo com o CEO no país, o próximo passo será a loja física da Huawei por aqui. A fabricante não informou qual cidade será contemplada.

Thássius Veloso viajou para São Paulo a convite da Huawei

Huawei retorna ao Brasil e aposta em celular de R$ 33 mil

Huawei retorna ao Brasil e aposta em celular de R$ 33 mil
Fonte: Tecnoblog

Jovi estreia no Brasil com o novo smartphone V50; confira o preço

Jovi estreia no Brasil com o novo smartphone V50; confira o preço

Jovi V50 é o primeiro smartphone da marca no Brasil (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A nova marca Jovi apresenta no Brasil seu primeiro smartphone, o Jovi V50, com foco em fotografia, resultado da parceria com a Zeiss.
O aparelho possui sistema triplo de câmeras de 50 MP, processador Snapdragon 7 Gen, 12 GB de RAM, armazenamento de 512 GB e tela AMOLED de 6,77 polegadas.
A versão Lite conta com processador MediaTek Dimensity 6.300, 8 GB de RAM, 256 GB de armazenamento e um sistema de câmeras simplificado, sem tecnologia Zeiss.

A nova marca Jovi traz ao mercado brasileiro seu primeiro smartphone, o Jovi V50, com a proposta de tirar fotos incríveis. Para tanto, a companhia aposta forte na parceria com a Zeiss, conhecida por desenvolver tecnologias de lentes e câmeras. O Jovi V50 tem preço sugerido de R$ 4.999 por aqui. A fabricante dá dois anos de garantia e três novas versões de sistema Android.

O lançamento ocorre nesta noite, num evento em São Paulo, com a presença do Tecnoblog. Além deste modelo, o Jovi V50 Lite também chega ao Brasil por R$ 3.199.

O que tem no Jovi V50?

O Jovi V50 foi apresentado no mercado global há cerca de dois meses com o nome de Vivo V50. Estamos falando de um smartphone intermediário premium, ou seja, algumas características são dignas de produtos de ponta, enquanto outras podem ser consideradas mais básicas para os padrões atuais.

O destaque vai para o sistema de câmera, que salta aos olhos devido ao módulo de fotografia na traseira do aparelho. Ele é bem diferente do que estamos acostumados, inspirado nos relógios de alta joalheria, de acordo com a Jovi.

O módulo inclui um poderoso flash/lanterna capaz de iluminar uma boa porção da cena. O chamado Aura Light ainda funciona com duas temperaturas de cor. Isso acaba sendo uma vantagem para quem leva o telefone aos compromissos noturnos e depende de um ring light ou equipamento similar para garantir boas imagens.

Sistema de câmeras é o destaque do aparelho (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Além disso, o V50 sai de fábrica com ferramentas de inteligência artificial que melhoram os registros – tanto diurnos quanto noturnos. O destaque vai para o sistema que melhora a iluminação. Isso não é exatamente novo, já existe na indústria há anos, mas promete ir além no produto da Jovi.

Dê uma olhada no sistema fotográfico:

Principal: 50 MP com f/1.88 e OIS

Ultra wide: 50 MP com f/2.0

Frontal: 50 MP com f/2.0

O diretor de produto André Varga nos explica que o aparelho deve ter particular apelo entre os consumidores jovens, que já estão na profissão há alguns anos e finalmente podem ter um smartphone mais avançado.

Jovi V50 sai de fábrica com ferramentas de inteligência artificial (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Falemos agora da ficha técnica. O Jovi V50 aposta no processador Snapdragon 7 Gen, da Qualcomm, um octa-core de 4 nanômetros e clock máximo de 2,63 GHz. Conta ainda com memória RAM (LPDDR4X) de 12 GB e armazenamento de 512 GB. Este modelo não tem slot para cartão de memória.

Sua tela AMOLED tem 6,77 polegadas, com resolução Full HD+ (2392 × 1080 pixels) e taxa de atualização entre 60 Hz e 120 Hz. Em outras palavras, tem o que se espera de um bom telefone em 2025, apesar de não incluir um Quad HD, por exemplo.

Jovi V50 tem uma tela AMOLED de 6,77 polegadas (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Já a bateria, considerada ampla para os padrões atuais, traz 6.000 mAh e recarga rápida de 90 W.

O modelo roda o Funtouch OS 15, sistema da Vivo Mobile baseado no Android 15. Ele permite ampla personalização de cores e formas. Para além disso, funciona como um tradicional sistema de smartphone.

O Jovi V50 chega ao mercado nas cores vermelho e preto acetinado. Os modelos contam com internet 5G.

Allan Feng, CEO da Jovi, faz apresentação em São Paulo (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Jovi V50 Lite também desembarca no Brasil

A companhia chinesa aproveitou o evento em São Paulo para também anunciar o lançamento do Jovi V50 Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão mais simples por um preço mais em conta.

O Vivo V50 Lite no exterior (na foto) deu origem ao Jovi V50 Lite (imagem: divulgação)

O Tecnoblog revelou os preparativos para a versão Lite em primeira mão ainda em março. O aparelho adota processador MediaTek Dimensity 6.300, memória RAM de 8 GB e armazenamento de 256 GB.

Todas as demais especificações técnicas não se comparam com o V50 padrão. Por exemplo, o módulo de câmeras não traz a assinatura da Zeiss e registra imagens na ultra wide com apenas 8 MP. Este modelo desembarca por R$ 3.199.

Os produtos são fabricados numa parceria com a GBR em Manaus.

Thássius Veloso viajou para São Paulo a convite da Jovi
Jovi estreia no Brasil com o novo smartphone V50; confira o preço

Jovi estreia no Brasil com o novo smartphone V50; confira o preço
Fonte: Tecnoblog

99Moto e Uber Moto são suspensos mais uma vez em São Paulo

99Moto e Uber Moto são suspensos mais uma vez em São Paulo

99Moto já foi lançado e suspenso em São Paulo outras vezes (imagem: Emerson Alecrim/Camila Satie/Tecnoblog)

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu mais uma vez os serviços de transporte de passageiros por motos da Uber e da 99 em São Paulo (SP). A nova decisão vem um dia após as duas empresas conseguirem liberação para esse tipo de atividade.

A decisão do desembargador Eduardo Gouvêa, da 7ª Câmara de Direito Público, também recomenda que a Prefeitura de São Paulo regulamente a atividade em 90 dias. Ele que a suspensão é uma medida de cautela, considerando a complexidade do caso e o risco ao trânsito, valendo apenas até um julgamento definitivo da ação.

Uber Moto também tenta lançamento na capital paulista (imagem: divulgação/Uber)

Suspensão um dia após liberação

Na quinta-feira (15/05), o juiz Josué Vilela Pimentel, da 8ª Vara da Fazenda Pública do TJ-SP, declarou inconstitucional o decreto municipal que proíbe o 99Moto e o Uber Moto. Ele considerou que a Prefeitura pode regulamentar e fiscalizar serviços de transporte, mas não pode vetar a atividade, já que ela tem base legal federal.

A Prefeitura recorreu — e conseguiu uma vitória no TJ-SP. A decisão desta sexta-feira (16/05) suspende os efeitos da sentença de 1ª instância do dia anterior.

Briga entre apps e Prefeitura vem desde 2023

As empresas de transporte por aplicativo e a Prefeitura de São Paulo travam uma batalha judicial desde 2023, quando o prefeito Ricardo Nunes se antecipou e assinou um decreto suspendendo “utilização de motocicletas para transporte individual remunerado de passageiros por aplicativos”.

Em janeiro de 2025, o 99Moto anunciou sua estreia em São Paulo, e a Uber colocou o Uber Moto na rua na semana seguinte. As empresas se baseiam na Lei Federal nº 13.640, que autoriza a modalidade. Dias depois, o TJ-SP atendeu a um pedido da Prefeitura e suspendeu essa opção de transporte.

Com informações do G1
99Moto e Uber Moto são suspensos mais uma vez em São Paulo

99Moto e Uber Moto são suspensos mais uma vez em São Paulo
Fonte: Tecnoblog

99Moto e Uber voltam a São Paulo após nova decisão judicial

99Moto e Uber voltam a São Paulo após nova decisão judicial

99Moto em São Paulo (imagem: Emerson Alecrim/Camila Satie/Tecnoblog)

A 99Moto e o Uber Moto voltaram a operar na cidade de São Paulo (SP). Os dois serviços, rivais entre si, estavam suspensos na capital paulista desde o fim de janeiro, por decisão judicial. O retorno ocorre depois de a 8ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) derrubar a suspensão.

Na decisão mais recente, o juiz Josué Vilela Pimentel entendeu que a Prefeitura de São Paulo não deve proibir uma atividade econômica que tem respaldo em lei federal. A suspensão era baseada em uma ação civil pública movida pela prefeitura contra a 99 e a Uber.

Ainda no entendimento do juiz, cabe ao município regulamentar e fiscalizar serviços privados de transporte de passageiros, mas não de proibir a atividade se houver base legal federal.

A 99Moto e o Uber Moto são serviços que transportam passageiros a partir de motocicletas. A Prefeitura de São Paulo tentou barrar essa modalidade por entender que o tráfego intenso da capital paulista torna perigoso e complexo o transporte de passageiros por meio de motos.

Porém, para o juiz Pimentel, as previsões de aumento expressivo no número de acidentes se os serviços forem mantidos “não passam de mera especulação”.

Depois de a decisão ter sido apresentada, na quarta-feira (14), a 99Moto e o Uber Moto voltaram a operar na capital paulista. A 99 e a Uber tentaram reativar ambos os serviços na cidade em janeiro, mas foram barradas pela Prefeitura de São Paulo no mesmo mês.

Uber Moto está de volta a São Paulo (imagem: divulgação/Uber)

O que diz 99 e Uber dizem sobre a decisão?

Em nota ao Tecnoblog, a 99 celebrou o retorno da 99Moto:

O direito de escolher como ir e vir dos paulistanos foi assegurado novamente pela Justiça, e a 99Moto volta à cidade de São Paulo. Milhares de paulistanos poderão voltar a se aproveitar dos benefícios e eficiência deste modo de transporte, com a segurança oferecida pelas mais de 50 ferramentas de segurança e os preços acessíveis do serviço.

Bruno Rossini, diretor sênior da 99

Já a Uber destacou uma pesquisa realizada em Santo André (SP) que aponta que o número de acidentes de moto envolvendo transporte de passageiros é baixo, ficando em 5%. A companhia destacou ainda que, quando uma viagem via Uber Moto é realizada, “tanto o usuário como o motociclista parceiro têm acesso a uma série de recursos de segurança à disposição”.

Também em nota ao Tecnoblog, a Prefeitura de São Paulo revelou que irá recorrer da decisão:

O Tribunal de Justiça de São Paulo, por seu Órgão Especial, não declarou a inconstitucionalidade do Decreto Municipal. O Município de São Paulo irá recorrer da sentença, proferida nesta quarta-feira (14), que em momento algum autorizou o serviço de mototáxi, razão pela qual as medidas fiscalizatórias seguem sendo implementadas.

99Moto e Uber voltam a São Paulo após nova decisão judicial

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Fonte: Tecnoblog