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Apple reconhece que outros produtos não serão lucrativos como o iPhone

Apple reconhece que outros produtos não serão lucrativos como o iPhone

iPhone é o maior sucesso da Apple e a big tech sabe que será difícil repetir o feito com novos dispositivos (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Apple publicou no relatório de resultados financeiros que novos produtos podem não ser lucrativos como o iPhone. Essa nota da big tech integra a parte do relatório sobre os riscos aos seus negócios. A Apple iniciou a aposta em dois novos mercados em 2024, lançando o headset VR Apple Vision Pro e a sua IA generativa Apple Intelligence.

O relatório enviado para a SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, é uma das etapas da apresentação de resultados financeiros trimestrais. A última apresentação desse tipo ocorreu na semana passada, após o lançamento do Mac Mini, iMac e MacBook Pro com o processador M4. Essa nota, pelo que apuramos, é a primeira vez em que a big tech reconhece a dificuldade de repetir o sucesso do iPhone em outros segmentos.

Por que a Apple divulgou essa informação?

Apple Vision Pro tem hardware de ponta, ainda que com bateria externa, mas está em mercado já consolidado (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O objetivo do relatório é ser transparente com investidores sobre o cenário e apostas de mercado da big tech. Ao entrar em novos mercados, a Apple enfrenta novos desafios e pode competir com empresas mais experientes — ainda que ela seja uma referência em tecnologia.

O cenário mais difícil para a big tech (fazendo uma rápida análise) pode ser o de headsets VR. O Apple Vision tem hardwares topo de linha, mas chegou com um preço inicial de US$ 3.499 (R$ 20.127,30), bem mais caro que os concorrentes, e está em um mercado mais competitivo, com marcas consolidadas como a Quest. Para complicar, o segmento VR ainda é nichado.

Com a Apple Intelligence, que possui integração com o ChatGPT, a situação parece ser mais vantajosa. Ainda que a Apple tenha lançado sua IA para celulares depois da Samsung, sua maior concorrente, esse produto ainda é novo e o público está se acostumando com essa novidade. A big tech espera lançar seu próprio LLM nos próximos anos.

iPhone é o principal produto da Apple

Barra azul representa receita com iPhone, enquanto Macs são apenas a quarta maior fonte de receita da Apple (Imagem: Reprodução/Apple)

Para a surpresa de ninguém, o iPhone é o principal produto da Apple, sendo o dispositivo mais vendido do portfólio da marca há mais de uma década. Por exemplo, ainda que os Macs tenham uma alta qualidade, eles ficam longe das vendas do iPhone, como mostra a tabela acima, divulgada na apresentação de resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024.

O iPhone revolucionou o mercado de celulares e abriu a era dos smartphones em 2007. A Apple se manteve como referência no segmento e o dispositivo virou seu principal produto.

Relembre o lançamento do iPhone 16

Com informações: Financial Times, TechCrunch e Apple Insider
Apple reconhece que outros produtos não serão lucrativos como o iPhone

Apple reconhece que outros produtos não serão lucrativos como o iPhone
Fonte: Tecnoblog

Apple investe US$ 1,1 bi para expandir serviço via satélite no iPhone

Apple investe US$ 1,1 bi para expandir serviço via satélite no iPhone

Apple adquire 20% da Globalstar e faz investimentos na empresa de satélite (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple abriu sua carteira novamente, e dessa vez a gigante de Cupertino adquiriu 20% da Globalstar. A empresa atua no setor de comunicação via satélite, e é a atual fornecedora do serviço SOS de emergência que está disponível desde o iPhone 14.

A participação de 20% na Globalstar equivale a US$ 400 milhões. No entanto, a Apple irá investir US$ 1,1 bilhão na expansão da capacidade de satélite da companhia. Os detalhes foram revelados em um relatório enviado para a SEC, agência americana responsável pela fiscalização e regulação do mercado financeiro.

De acordo com o documento, a Globalstar deverá fornecer os serviços de conectividade para a Apple em uma nova rede de satélite, incluindo uma nova constelação e expansão da infraestrutura terrestre. A fabricante do iPhone também terá direito de utilização de 85% da capacidade da companhia.

Essa não é a primeira vez que a Apple investe na Globalstar. Em 2022, próximo ao lançamento do iPhone 14, a empresa aportou US$ 450 milhões. Em 2023, a companhia também se comprometeu a financiar uma nova frota de satélites de baixa órbita (LEO), com pagamento de US$ 252 milhões.

Vale lembrar que a Apple concorre com a Starlink quando se fala de comunicação em locais remotos. A companhia do Elon Musk testa o padrão Direct-to-Device (D2D), com sinal 4G emitido pelos satélites. No Brasil, a Anatel liberou a operadora de satélite AST Mobile a efetuar testes com a tecnologia.

Como funciona o iPhone via satélite?

A Apple oferece conectividade via satélite desde o iPhone 14, e o serviço inicialmente era restrito para localização pela rede Buscar ou emergências — ou seja, não era possível navegar na internet, enviar mensagens ou fazer ligações.

Conectividade via satélite está disponível a partir do iPhone 14 (Imagem: Reprodução / Apple)

Com a chegada do iOS 18, a capacidade de comunicação via satélite foi expandida. Além de permitir serviços de emergência, usuários do iPhone agora podem enviar mensagens via SMS ou iMessage, permitindo a comunicação em locais onde o Wi-Fi ou sinal de celular terrestre não chega.

No lançamento do iPhone 14, a Apple prometeu a conectividade via satélite gratuita pelo período de dois anos. No entanto, a companhia estendeu esse período por mais um ano, com previsão de cobrança nos períodos seguintes. O preço do serviço ainda não foi publicamente revelado.

A conectividade via satélite da Apple ainda não está disponível no Brasil. O serviço foi inicialmente lançado nos Estados Unidos, mas foi posteriormente expandido para Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Espanha, França, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Nova Zelândia, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suíça.

Com informações: The Verge
Apple investe US$ 1,1 bi para expandir serviço via satélite no iPhone

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Fonte: Tecnoblog

Em crise, Dropbox vai demitir mais de 500 funcionários

Em crise, Dropbox vai demitir mais de 500 funcionários

Dropbox no iPhone (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Faz tempo que o Dropbox está em uma fase ruim, mas, infelizmente, a situação só tem piorado. Prova disso é que Drew Houston, fundador e CEO da companhia, anunciou uma restruturação que culminará na demissão de aproximadamente 20% da força de trabalho global do Dropbox.

Isso significa que 528 dropboxers (como os funcionários do Dropbox são chamados) serão desligados das unidades da empresa em todo o mundo. O objetivo é cortar gastos em áreas em que o Dropbox fez muitos investimentos e, ao mesmo tempo, ter uma equipe mais “enxuta e eficiente”, explica o executivo em carta aberta.

Houston também afirma que o Dropbox está passando por um momento de transição. Isso porque, de acordo com o executivo, o negócio de compartilhamento e sincronização de arquivos da companhia amadureceu, o que dá a entender que crescer nesse segmento está cada mais difícil.

O Dropbox vem, então, apostando em novos produtos, como o Dash, uma plataforma online focada em empresas que oferece busca auxiliada por inteligência artificial, integração com aplicativos de terceiros, recursos para governança de dados, entre outros. É essa mudança de foco que Houston chama de transição.

Mas, apesar da aposta em novos produtos, o Dropbox permanece em situação desfavorável. “Continuamos a ter uma demanda mais fraca e ventos contrários amplos contra nosso negócio principal [compartilhamento e sincronização de dados].

De fato, tem sido cada vez mais difícil para o Dropbox se manter no mercado. A concorrência com serviços como Google Drive, Microsoft OneDrive e Box é cada vez mais acirrada.

Como destaca o TechCrunch, o Dropbox teve apenas 63 mil novos clientes em seu último trimestre fiscal, quase nada se levarmos em conta que a empresa tem uma base com 18 milhões de usuários registrados.

Espaço do Dropbox (imagem: reprodução/Dropbox)

“Assumo toda a responsabilidade por esta decisão”

Na carta, O CEO do Dropbox declarou:

Como CEO, assumo toda a responsabilidade por esta decisão [as demissões] e pelas circunstâncias que a levaram, e lamento sinceramente por aqueles que forem impactados por esta mudança.

(…) Estamos fazendo cortes mais significativos em áreas onde estamos investindo demais ou tendo um desempenho baixo, ao mesmo tempo em que planejamos uma estrutura de equipe mais enxuta e eficiente no geral.

Drew Houston, CEO do Dropbox

Apesar da criticidade da decisão, Houston dá a entender que o Dropbox não está “morto”. No entanto, a empresa só revelará mais detalhes sobre as suas novas estratégias em 2025.
Em crise, Dropbox vai demitir mais de 500 funcionários

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Fonte: Tecnoblog

Google enfrenta a maior multa de todos os tempos: US$ 2,5 decilhões

Google enfrenta a maior multa de todos os tempos: US$ 2,5 decilhões

Google não oferece mais serviços na Rússia (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Resumo

O Google enfrenta uma multa de US$ 2,5 decilhões na Rússia.
O valor resulta de 17 processos de jornais russos bloqueados pelo buscador desde 2020.
A Justiça da Rússia deve encontrar dificuldades em cobrar o valor, devido à falência da subsidiária do Google no país.

O Google está enfrentando a provável maior multa de todos os tempos. Segundo um jornal da Rússia, a big tech possui uma dívida de US$ 2,5 decilhões (um número seguido de 33 zeros) com a Justiça daquele país. Esse valor é resultado de processos abertos por jornais que são ligados ao Kremlin e que foram bloqueados pelo buscador.

Como o Google atingiu uma multa desse valor?

A subsidiária do Google na Rússia começou a ter problemas com a Justiça em 2020, quando bloqueou os canais do Tsargrad TV (canal de TV com posição pró-Putin) e da RIA FAN (mídia estatal). Os veículos entraram com ações pedindo o desbloqueio. Ficou decidido que a multa em caso de descumprimento dobraria a cada semana.

Mais 15 veículos de imprensa processaram o Google pelo mesmo motivo, com os novos casos surgindo após o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia. E como a matemática é quase mágica, a soma das multas atingiu esse valor estratosférico.

Sundar Pichai, CEO do Google, teria que fazer mágica para pagar a multa (Imagem: Reprodução/Google)

O Google vai negociar a dívida?

A Justiça russa terá uma difícil tarefa de cobrar o Google. Primeiro, porque a subsidiária no país teve a falência decretada por causa dos processos. Segundo, porque a big tech não deve voltar a operar na Rússia – pelo menos enquanto não houver uma mudança de governo.

Decilhões de dólares

As boas práticas do jornalismo dizem que devemos sempre converter uma moeda estrangeira para a moeda nacional. Porém, imagine multiplicar 2,5 decilhões por 5,75, que é o câmbio do dólar frente ao real nesta terça-feira (dia 29/10). É dinheiro infinito até mesmo para a Nvidia e a Apple, as empresas mais valiosas do mundo.

Mas bem, segue a conta feita pelo Bing.

Conversão de US$ 2,5 decilhões para Reais gera número em notação científica (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Com informações: RBC, The Moscow Times e Android Headlines
Google enfrenta a maior multa de todos os tempos: US$ 2,5 decilhões

Google enfrenta a maior multa de todos os tempos: US$ 2,5 decilhões
Fonte: Tecnoblog

Nubank revela a operadora de telefonia NuCel; saiba os preços

Nubank revela a operadora de telefonia NuCel; saiba os preços

Resumo

O Nubank lançou a operadora de telefonia NuCel, com planos a partir de R$ 45/mês e testes já em andamento com clientes.
A NuCel opera como MVNO, utilizando a infraestrutura da Claro, e oferece planos com 15 GB, 20 GB e 35 GB.
Os planos incluem WhatsApp ilimitado e voz ilimitada; a ativação é feita pelo aplicativo do Nubank em cerca de 2 minutos.

O Nubank apresenta nesta manhã a operadora de telefonia móvel Nucel, numa aposta de levar os serviços amigáveis aos consumidores para um novo setor. Os preços começam em R$ 45/mês. O movimento foi antecipado pelo Tecnoblog há mais de seis meses. Agora oficial, o projeto se inicia com testes que já estão sendo realizados junto a clientes do Nubank.

“A gente deixa de ser uma aplicação financeira e passa a ser uma aplicação de life style”, afirmou a CEO do Nubank, Livia Chanes, num evento nesta terça-feira (dia 29/10). A empresa promete um “jeito inteligente” de se conectar.

O que é Nucel?

NuCel é a marca de telefonia do Nubank (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

NuCel é o nome da nova operadora de telefonia do Nubank, que ficou famoso pelo cartão de crédito roxinho e que agora oferece uma série de serviços financeiros.

Ela existe no formato MVNO, ou seja, é uma operadora virtual. Isso significa que o Nubank não possui torres de telefonia nem qualquer parte da infraestrutura de rede, mas contrata estas funcionalidades de outra empresa de telecomunicações. É o mesmo modelo da LariCel, a marca de telefonia da atriz Larissa Manoela que se aproxima dos 10 mil clientes.

Quais os preços do serviço móvel do Nubank?

O Nubank divulgou três opções de planos da NuCel:

15 GB por R$ 45/mês

20 GB por R$ 55/mês

35 GB por R$ 75/mês

Todos os planos incluem WhatsApp ilimitado, voz ilimitada, acesso ao aplicativo do Nubank e uma caixinha com rendimento de 120% do CDI. Por outro lado, a NuCel não oferece roaming internacional.

Os clientes do Nubank Ultravioleta e do Nubank+ vão receber 10 GB de bônus.

Ativação fácil e sem letras miúdas

A NuCel vai ganhar uma aba no aplicativo do Nubank, utilizado por quase 100 milhões de brasieiros. Toda a experiência de contratação ocorre diretamente pelo aplicativo, em cerca de 2 minutos, de acordo com o diretor-geral Paulo Barbosa. A cobrança é feita diretamente na fatura do cartão de crédito.

Os adeptos da NuCel precisarão ter um smartphone com tecnologia eSIM, o chip virtual que virou tendência no setor de telefonia. O chip físico será adicionado no futuro, segundo a CEO.

A NuCel utiliza a rede da Claro, inclusive com a cobertura do 5G. Livia Chanes explicou que a parceria ocorre no modelo de revenue share.

O diretor-geral da NuCel, Paulo Barbosa, disse que o novo serviço não terá letras miúdas. Ele prometeu maior transparência do que nas demais empresas do setor, até porque esta é uma das maiores críticas dos clientes de telecomunicações.

Paulo Barbosa e Livia Chanes, do Nubank (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Inter também oferece telefonia

O banco Inter também vende planos próprios de celular, anteriormente sob a marca InterCel, por meio de uma parceria com a Vivo.

Alguns pacotes têm preços competitivos, como o de 14 GB por R$ 30/mês. É necessário ser cliente Inter para realizar a contratação. O assinante recebe o chip de telefonia em casa.

O jornalista Thássius Veloso viajou para São Paulo a convite do Nubank
Nubank revela a operadora de telefonia NuCel; saiba os preços

Nubank revela a operadora de telefonia NuCel; saiba os preços
Fonte: Tecnoblog

Amazon também vai usar energia nuclear para inteligência artificial

Amazon também vai usar energia nuclear para inteligência artificial

Amazon é mais uma big tech a investir em energia nuclear para a sua operação de data centers e IA (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O papa é pop e a inteligência artificial é nuclear. Depois da Microsoft e do Google, agora é a vez da Amazon anunciar seu investimento em energia nuclear para o desenvolvimento de IAs. A big tech tem planos de iniciar o uso dessa energia a partir de 2030.

Os acordos firmados pela Amazon envolvem a Energy Northwest e a X-Energy. A primeira é um consórcio público do estado de Washington, onde fica uma das sedes da big tech. Já a X-Energy é uma startup que desenvolve reatores modulares pequenos (SMR em inglês) — uma concorrente da Kairos Power, que produzirá os SMR do Google.

A X-Energy anunciou que recebeu US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) em sua última rodada de investimentos. A startup divulgou no comunicado que esse valor foi “ancorado pela Amazon”, o que indica que a big tech foi a maior investidora. A Universidade de Michigan e a gestora de ativos Ares Management também colocaram dinheiro na X-Energy.

Amazon unindo o útil ao agradável com parcerias

X-Energy desenvolverá reatores para Energhy Northwest (Imagem: Divulgação/Amazon)

Os acordos divulgados pela Amazon são complementares. A Energy Northwest terá quatro SMR produzidos com sua tecnologia. No futuro, a X-Energy entregará mais reatores para a operação na usina do consórcio. A meta é operar com 12 SMR e gerar 960 MW de energia na planta da Energy Northwest.

A parceria entre Amazon e X-Energy também prevê a criação de outras usinas em diferentes partes dos EUA, visando gerar 5 GW de energia até 2039. Essas unidades serão criadas em regiões chaves e visam atendar uma demanda crescente de energia. Não a demanda da população, mas do desenvolvimento de inteligência artificial — ainda que não deixe isso explícito.

Assim como o Google e a Microsoft (que usará energia gerada na Usina de Three Mile Island), a Amazon possui planos de zerar a emissão de carbono na sua operação. Com a evolução das IAs, as big techs aumentam o gasto energético em seus data centers.

Usina de Three Mile Island fornecerá energia para a Microsoft (Imagem: Divulgação/Constellation)

Por consequência, a emissão de carbono cresce. Apesar d os debates sobre energia nuclear, ela é uma fonte limpa do ponto de vista de geração energética, já que não emite gases do efeito estufa (a cadeia de produção da usina, mineração e tratamento do urânio são outros 500).

Amazon, Google e Microsoft já embarcaram no uso de energia nuclear para seus data centers e desenvolvimento de IA. Agora só faltam Apple e Meta.

Com informações: The Verge e TechCrunch
Amazon também vai usar energia nuclear para inteligência artificial

Amazon também vai usar energia nuclear para inteligência artificial
Fonte: Tecnoblog

Claro fatura R$ 12,4 bilhões com alta em planos pós-pagos e internet fixa

Claro fatura R$ 12,4 bilhões com alta em planos pós-pagos e internet fixa

Claro teve aumento de 8% na receita líquida (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Resumo

A Claro gerou R$ 12,4 bilhões em receita total no 3º trimestre de 2024, alta de 8% em relação ao mesmo período de 2023.
A Claro possui 88,3 milhões de linhas celulares, com 53,2 milhões em planos pós-pago e 25 milhões em planos pré-pago.
No segmento de banda larga fixa, a Claro mantém a liderança, com 41,6 milhões de domicílios cobertos em 512 municípios e 2,3 milhões de contratos a partir de 500 Mb/s.

A Claro Participações divulgou seus resultados financeiros para o 3º trimestre de 2024. A operadora gerou receita de R$ 12,4 bilhões, alta de 8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques, a Claro comemora o bom desempenho em banda larga, celular pós-pago e o plano digital Claro Flex.

Confira abaixo os principais indicadores financeiros da Claro para o 2º trimestre de 2024 e o comparativo com o mesmo período do ano anterior.

Indicador2º trimestre de 20242º trimestre de 2023DiferençaReceita líquida totalR$ 12,39 bilhõesR$ 11,48 bilhões+8%Receita de serviços móveisR$ 6,62 bilhõesR$ 6,03 bilhões+9,8%Receita de serviços fixosR$ 5,15 bilhõesR$ 4,95 bilhões+4,1%EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)R$ 5,68 bilhõesR$ 4,92 bilhões+13%

Por ser uma companhia de capital fechado no Brasil, a Claro não divulga o lucro líquido como as concorrentes Vivo, TIM e Oi. O EBITDA, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, saltou 13% no ano, e a margem EBITDA cresceu 2 pontos percentuais em comparação com trimestre do ano anterior.

Aumento de gastos por usuário e portabilidade impulsionam móvel

O serviço móvel é o carro-chefe da Claro e teve receita de R$ 6,62 bilhões, alta de 9,8% em relação ao mesmo período de 2023. A operadora afirma que o bom desempenho foi gerado por vários fatores, incluindo a liderança na portabilidade, crescimento no pós-pago e aumento do preço médio por usuário (ARPU).

A tele possui a vice-liderança no mercado brasileiro de telefonia móvel com 33,7% dos clientes, cujo pódio é ocupado pela Vivo. A Claro encerrou o trimestre com 88,3 milhões de linhas celulares, com adições líquidas via portabilidade de 610 mil linhas recebidas.

Plano digital Claro Flex cresceu 51,6% em número de usuários (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

Do total de linhas, 53,2 milhões de clientes utilizam planos pós-pago ou controle, que geram maior receita mensal e maior recorrência de gastos. O pré-pago também cresceu e atingiu 25 milhões de contratos.

O plano digital Claro Flex também trouxe um impacto significativo no balanço da Claro, com crescimento de base de 51,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A operadora não detalha quantas linhas utilizam esse plano, no entanto.

Falando de cobertura, a Claro atua com serviços móveis em 4,8 mil municípios brasileiros, atrás da Vivo e TIM. A operadora atua com tecnologia 5G em 265 municípios, enquanto o 4G atende 4.602 cidades.

Claro cresce em clientes com planos a partir de 500 Mb/s

No segmento residencial, a Claro mantém a liderança no serviço de banda larga fixa no Brasil e comemora 59,8 mil adições líquidas positivas em comparação com o ano anterior. A tele também cresceu no segmento de velocidades a partir de 500 Mb/s, com aumento de 2,3 milhões de contratos no último ano.

Claro lidera mercado brasileiro de banda larga fixa (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

A maioria dos clientes de banda larga da Claro utilizam tecnologia de cabos coaxiais, e o serviço via fibra óptica atende apenas 16,2% dos usuários. Considerando todos os padrões, o serviço fixo da Claro tem cobertura para 41,6 milhões de domicílios em 512 municípios.

Falando do serviço de TV a cabo ou satélite, a Claro teve queda de 11% no número de assinantes. No entanto, esses números não levam em conta o serviço Claro TV+, aposta da operadora que funciona via streaming e não se enquadra como serviço tradicional de TV por assinatura regulado pela Anatel.

Em julho, a operadora havia revelado ter ultrapassado a marca de 1 milhão de clientes na plataforma online. A operadora recentemente reformulou as ofertas do Claro TV+ Box, que agora incluem opções com Netflix, Max, Globoplay e Apple TV+ sem alteração no preço mensal.
Claro fatura R$ 12,4 bilhões com alta em planos pós-pagos e internet fixa

Claro fatura R$ 12,4 bilhões com alta em planos pós-pagos e internet fixa
Fonte: Tecnoblog

Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil

Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil

Motorola e Ericsson têm disputa em corte do Reino Unido e na Justiça do Rio de Janeiro (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Motorola está em disputa judicial com a Ericsson no Reino Unido por licenciamento de patentes relacionadas ao 5G.
A Ericsson também processa a Motorola no Brasil, com possível envolvimento da Anatel para suspender a venda de produtos.
A Motorola afirma que continua comercializando smartphones 5G no Brasil; ela lançou seis novos modelos recentemente.
O esclarecimento foi feito com exclusividade ao Tecnoblog.

A Motorola continua vendendo celulares com tecnologia 5G no Brasil, conforme a empresa esclareceu ao Tecnoblog com exclusividade. O tema entrou no radar da indústria depois de relatos de uma encrenca entre a fabricante de telefones e a Ericsson por causa do pagamento pelo uso de patentes.

A companhia americana – controlada pela chinesa Lenovo – realizou diversos lançamentos nos últimos meses, conforme você pode ver na listagem abaixo:

Moto G85 (04/07)

Motorola Razr 50 Ultra (17/07)

Motorola Edge 50 (11/09)

Motorola Edge 50 Neo (17/09)

Motorola Razr 50 (26/09)

Moto G55 (02/10)

A ideia é continuar trazendo novos modelos ao mercado. A maioria dos celulares da Motorola já conta com tecnologia 5G, que marca presença em centenas de cidades.

Ericsson vs Motorola no exterior

O esclarecimento a respeito deste tema tem como pano de fundo a disputa entre Motorola e Ericsson no Reino Unido. O assunto é bastante complexo, mas o resumo é de que as empresas estão se processando mutuamente por causa do licenciamento de tecnologias que fazem parte do 5G nos smartphones.

Na semana passada, a Veja publicou que a Ericsson também estaria processando a Motorola no território brasileiro, e que até mesmo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) poderia ser envolvida no caso. O objetivo seria barrar a comercialização dos aparelhos 5G enquanto a situação não é resolvida, de acordo com a revista.

Nós temos poucas informações porque o processo corre em segredo de Justiça e nenhuma das empresas envolvidas se pronunciou sobre ele. De toda forma, a declaração da Motorola ao Tecnoblog passa a mensagem de que nada muda no catálogo de telefones – o que deve tranquilizar os fãs da marca.
Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil

Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Após “atirar” para todo lado, Multilaser reduz portfólio e mira rentabilidade

Após “atirar” para todo lado, Multilaser reduz portfólio e mira rentabilidade

Produtos com a marca Multi (imagem: divulgação)

Resumo

A Multi vai reduzir seu portfólio de 5 mil para 3,5 mil produtos, cortando quatro categorias.
O número de marcas será reduzido de 20 para cerca de nove.
A empresa deve abrir mão de produtos que representam 10% do faturamento.
Dispositivos como TVs, computadores, roteadores e smartphones Oppo continuarão no catálogo.

O grupo de eletrônicos Multi está revendo todo o portfóflio: a ideia é reduzir de 5 mil para 3,5 mil produtos, de acordo com o CEO Alexandre Ostrowiecki. A antiga Multilaser pretende parar de vender ao menos quatro categorias de produtos, dentre eles os smartphones básicos.

Ostrowiecki revelou a estratégia em entrevista ao site de negócios Neofeed e as informações foram confirmadas pelo Tecnoblog. Na prática, o portfólio de 20 marcas deve cair para cerca de nove, segundo as estimativas mais recentes.

Ostrowiecki avalia que a Multi lançou muitos produtos com diversos modelos, várias opções de cor e, em alguns casos, a mesma faixa de preço. O corte de um terço dos SKUs (modelos únicos) deve impactar apenas 10% do faturamento. “Decidimos que era melhor focar nos 90% restantes do que atirar para todos os lados”, afirmou o executivo.

Produtos que devem sair de linha

Smartphones de entrada

Brinquedos para pets

Acessórios esportivos

Parte do portfólio de mouses (antes com 80 modelos)

Produtos que devem permanecer no catálogo

Televisores

Computadores

Roteadores

Motos elétricas (Watts)

Smartphones Oppo

Feature phones (telefones muito básicos)

Equipamentos de ginástica (Precor e Freemotion)

Utensílios domésticos leves (Up Home)

Democratização da tecnologia e síndrome de vira-lata

Alexandre Ostrowiecki é CEO da Multi, a antiga Multilaser (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Alexandre Ostrowiecki deu uma entrevista ao Tecnoblog em abril de 2024 na qual tratou dos mais variados assuntos. Ele explicou que a Multi tem o papel de democratizar o acesso a tecnologia. “Somos muito bem aceitos e líderes na parte de tablets, acessórios de PC, gaming, eletroportáteis, itens de saúde como o oxímetro e produtos baby”, disse o executivo.

Noutro polêmico momento da conversa comigo, ele disparou: ”Nós, brasileiros, temos um pouco da síndrome de vira-lata, que é achar que as coisas lá de fora vão ser automaticamente melhores. Será assim em alguns casos, mas em outros não.“ Vale a pena reler o bate-papo.
Após “atirar” para todo lado, Multilaser reduz portfólio e mira rentabilidade

Após “atirar” para todo lado, Multilaser reduz portfólio e mira rentabilidade
Fonte: Tecnoblog

OpenAI comunica saída de Mira Murati e mais dois executivos

OpenAI comunica saída de Mira Murati e mais dois executivos

Mira Murati comunicou sua saída da empresa em memorando aos funcionários (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI divulgou nesta quarta-feira (25) a saída de Mira Murati, diretora de tecnologia (CTO) da empresa. Além de Murati, mais dois executivos da companhia pediram as contas na data, incluindo Bob McGrew, diretor de pesquisa. Com a saída de Murati e McGrew, a OpenAI chega à marca de cinco desligamentos de diretores em 2024.

Em um memorando enviado aos funcionários da empresa, Murati cita que está saindo para “criar tempo e espaço” para fazer suas próprias explorações. A agora ex-CTO estava na OpenAI desde 2018 — antes mesmo do primeiro investimento da Microsoft. Outras fontes relatam que a criadora do ChatGPT quer se tornar uma empresa com fins lucrativos.

Saída de Mira Murati e outros executivos da OpenAI

Em uma publicação no X, o CEO e co-fundador Sam Altman da OpenAI explicou que a saída desses três executivos são independentes. Segundo o CEO, McGrew e Barret Zoph (vice-presidente de pesquisa) já haviam comunicado os planos se demitir da OpenAI.

Desta foto, apenas Sam Altman (camisa branca) e Jakub Pachocki (primeira à esquerda) seguem na companhia (Imagem: Reprodução/X/Twitter)

Altman explica que a decisão de Murati, informada na manhã de quarta-feira, foi um fator para adiantar a saída dos outros dois executivos. O CEO diz que a remoção dos três profissionais facilitará a reestruturação do quadro de direção da OpenAI.

Murati participou de momentos marcantes da empresa, como assumir o cargo de CEO após o “golpe de estado” que removeu Altman da presidência da OpenAI. Após a reversão do “golpe”, Murati retornou para o cargo de CTO. Em maio, a engenheira liderou a apresentação do LLM GPT-4o — o evento virou notícia por dias pelo fato da voz de IA ser parecida com a voz de Scarlett Johansson.

Neste ano, alguns co-fundadores da OpenAI também saíram da empresa. John Schulman trocou a companhia pela rival Anthropic, enquanto o presidente Greg Brockman anunciou um ano sabático. Ilya Sutskever também saiu da OpenAI neste ano — e há dúvidas se o desligamento foi ou não amigável.

Reestruturação da OpenAI deve permitir que Sam Altman passe a receber lucro de participação (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

OpenAI deve pagar lucros em reestruturação

A reestruturação também deve envolver uma troca no status econômico da OpenAI. Uma fonte da CNBC relatou que a empresa quer permitir o recebimento de lucros. Atualmente, a OpenAI é divindade em duas partes: a fundação sem fins lucrativo e uma pessoa jurídica com fins lucrativos — que recebe os investimentos que financiam o desenvolvimento tecnológico.

O que a OpenAI quer agora é fazer um upgrade na PJ com fins lucrativos, deixando-a mais atrativa para investidores. Com essa alteração, Sam Altman estaria elegível para receber lucros de participação — o CEO terá 7% de participação segundo a fonte da CNBC.

Com informações: The Verge e CNBC
OpenAI comunica saída de Mira Murati e mais dois executivos

OpenAI comunica saída de Mira Murati e mais dois executivos
Fonte: Tecnoblog