Category: negócios

Amazon Brasil amplia oferta de produtos vendidos nos EUA

Amazon Brasil amplia oferta de produtos vendidos nos EUA

Amazon brasileira amplia oferta de produtos vendidos nos EUA (arte: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Amazon Brasil expandiu sua área de compras internacionais e incluiu mais de 40 milhões de produtos disponíveis nos EUA.
Compras feitas no site brasileiro podem ser pagas em reais, com opções como Pix, boleto, cartão de crédito e parcelamento.
Assinantes do Amazon Prime têm frete internacional gratuito em determinados itens, com preços que já incluem impostos, taxas de importação e conversão direta no site.

A versão brasileira da Amazon já permitia compras de produtos comercializados nos Estados Unidos. Essa opção acaba de ser ampliada: agora, mais de 40 milhões de produtos da Amazon americana podem ser comprados a partir da loja online no Brasil.

Esses produtos estão distribuídos em cerca de 35 categorias, como livros, roupas e artigos automotivos. Aliás, a primeira categoria chama a atenção por ser bastante ampla: mais de 26 milhões de livros físicos estão disponíveis por ali, de acordo com a própria Amazon.

Ainda segundo a companhia, as categorias também incluem seções dedicadas a marcas específicas, como Champion, Conair, Ninja e Carters.

Com a expansão da nossa Loja de Compras Internacionais, buscamos oferecer aos nossos clientes o acesso a um universo de produtos importados vendidos pela Amazon Estados Unidos, aliado à conveniência e confiabilidade que são marcas registradas da Amazon.

Daniel Mazini, presidente da Amazon Brasil

A companhia esclarece que as compras feitas em outras unidades da Amazon são identificadas com o selo “Compra Internacional”. Aliás, o site da Amazon tem uma seção específica para compras internacionais*.

Como é o pagamento de produtos internacionais na Amazon?

As compras internacionais feitas na Amazon brasileira são pagas em reais. Todas as modalidades de pagamento existentes por aqui podem ser usadas, como Pix, boleto bancário e cartão de crédito, inclusive com opção de parcelamento.

Os clientes da Amazon no Brasil podem ainda fazer compras internacionais de modo a acumular pontos ou cashback em programas locais, como Livelo e Meliuz, e no cartão de crédito da própria Amazon.

Assinantes do programa Amazon Prime podem ainda contar com frete internacional gratuito para determinados itens.

Área de compras internacionais da Amazon (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Os preços em dólar são convertidos para reais pela própria loja. Nesse sentido, vale destacar também que as compras seguem as regras do Programa Remessa Conforme.

Além disso, os valores são informados no site da Amazon já com impostos e taxas de importação calculadas, o que ajuda o consumidor a decidir se aquela compra vale a pena.

Como esse tipo de compra é internacional, o tempo de entrega tende a ser maior quando comparado a pedidos nacionais. Contudo, esse prazo costuma não ser superior a 30 dias.

*Nota de transparência: este é um link de afiliados; as compras feitas na loja a partir desse endereço geram uma pequena comissão para o Tecnoblog, mas não alteram os preços dos produtos.
Amazon Brasil amplia oferta de produtos vendidos nos EUA

Amazon Brasil amplia oferta de produtos vendidos nos EUA
Fonte: Tecnoblog

LinkedIn lista os 25 cargos que mais crescem no Brasil

LinkedIn lista os 25 cargos que mais crescem no Brasil

Ranking Empregos em Alta 2025 do LinkedIn mostra as tendências do mercado de trabalho (imagem: divulgação/LinkedIn)

Resumo

O LinkedIn divulgou a lista Empregos em Alta 2025 com os 25 cargos de maior crescimento no Brasil.
Diretor(a) de Receita, Engenheiro(a) de Segurança de Processo e Neuropsicólogo(a) ocupam as três primeiras posições no ranking.
Além de disponibilizar a lista, o LinkedIn Learning oferece cursos gratuitos sobre inteligência artificial, gestão de operações e sustentabilidade para ajudar profissionais a se prepararem.

O LinkedIn divulgou, nesta quarta-feira (15/01), a lista Empregos em Alta 2025. O material, criado a partir de dados exclusivos da plataforma, aponta as 25 posições que devem ter maior crescimento no mercado de trabalho brasileiro neste ano.

Para isso, a equipe do LinkedIn Economic Graph analisou as milhões de vagas iniciadas por usuário entre 1º de janeiro de 2022 e 31 de julho de 2024. Os números ajudaram a calcular a taxa de crescimento para cada cargo e prever as tendências do mercado.

Direitor(a) de Receita é um dos cargos de destaque no setor de marketing, segundo o LinkedIn (imagem: Smartworks Coworking/Unsplash)

Foco em operações estratégicas, saúde mental e sustentabilidade

O cargo de Diretor(a) de Receita aparece em primeiro lugar no Empregos em Alta do LinkedIn. O profissional atua na liderança de equipes de marketing e vendas, visando ampliar as oportunidades de crescimento de uma empresa.

As posições de Engenheiro(a) de Segurança e Processo e de Neuropsicólogo(a) ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente. Um resultado que mostra a busca por profissionais que possam colaborar com as dinâmicas estruturais e estratégicas das empresas e lidar com as questões comportamentais e humanas.

A lista do LinkedIn também mostra a recuperação nos setores de Turismo e Eventos. Por exemplo, os cargos de Assistente de Eventos (4º) e Agente de Viagens (18º) confirmam o aquecimento do mercado de entretenimento.

Outras posições em ascensão são: Psicólogo(a) Pediátrico(a) (6º), Especialista em Geração de Leads (7º), Assistente Social (8º), Analista de Saúde (12°), Líder de Gerenciamento de Projetos (15º) e Analista de Sustentabilidade (25º). 

Agentes de Viagem voltam a ser destaque em lista de tendências do LinkedIn (imagem: Kelsey Knight/Unsplash)

Lista Empregos em Alta 2025

Confira o ranking completo de posições em alta no Brasil, conforme o LinkedIn Economic Graph:

Diretor(a) de Receita

Engenheiro(a) de Segurança de Processo

Neuropsicólogo(a)

Assistente de Eventos

Assistente de Patologia

Psicólogo(a) Pediátrico(a)

Especialista em Geração de Leads

Assistente Social

Analista de Centro de Operações de Segurança

Bibliotecário(a)

Especialista em Folha de Pagamento

Analista de Saúde

Executivo(a) de Desenvolvimento de Negócios

Técnico(a) em Audiovisual

Líder de Gerenciamento de Projetos

Executivo(a) de Vendas

Engenheiro(a) de Produção

Agente de Viagens

Engenheiro(a) de Custos

Especialista em Operações Logísticas

Coordenador(a) de Segurança do Trabalho

Mecânico(a) de Aeronaves

Especialista em Precificação

Representante de Marketing de Campo

Analista de Sustentabilidade

Cursos gratuitos do LinkedIn Learning

“Nosso objetivo com a lista é ajudar os profissionais a entenderem as tendências e a se prepararem para as oportunidades, seja para consolidar suas posições nas áreas em que já atuam ou para planejar uma transição de carreira. Neste sentido, é importante que os profissionais foquem no aprendizado contínuo, adaptação e competências em temas como inteligência artificial, sustentabilidade e gestão”, cita Guilherme Odri, editor-chefe do LinkedIn Notícias Brasil.

Junto à lista, o LinkedIn Learning disponibilizou cursos gratuitos para os profissionais que desejam ampliar suas habilidades. Entre as opções disponíveis estão: Como incorporar a IA generativa na sua estratégia de negócios, Fundamentos da gestão de operações e Fundamentos da sustentabilidade.

Com informações de LinkedIn.
LinkedIn lista os 25 cargos que mais crescem no Brasil

LinkedIn lista os 25 cargos que mais crescem no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Apple continua proibida de vender o iPhone 16 na Indonésia

Apple continua proibida de vender o iPhone 16 na Indonésia

iPhone 16 numa loja da Apple nos Estados Unidos (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

O iPhone 16 continua banido na Indonésia.
Apesar de a empresa acertar um acordo de US$ 1 bilhão para a construção de uma fábrica de AirTags no país, o governo local considerou a medida insuficiente para a liberação.
A fábrica não justifica certificação para a venda do iPhone 16, segundo o ministro da indústria da Indonésia.
Até o momento, a construção da fábrica está mantida, com expectativa de inauguração da unidade em 2026.

Lembra que a Apple foi proibida de vender o iPhone 16 na Indonésia pouco depois do lançamento da linha? Pois bem, o bloqueio continua neste início de 2025. Embora a companhia tenha anunciado medidas para encerrar o embate, as autoridades do país entendem que elas não são suficientes.

A proibição foi baseada em um regulamento da Indonésia que prevê que smartphones comercializados localmente por companhias estrangeiras tenham pelo menos 35% de componentes produzidos dentro do próprio país.

Como a Apple não atende a esse regulamento, a companhia tentou estabelecer acordos com o governo indonésio para converter essa obrigação em investimentos locais.

O acordo mais recente previa um valor equivalente a pouco mais de US$ 100 milhões em investimentos para pesquisa e desenvolvimento, mas os repasses da Apple para esse fim teriam ficado em US$ 95 milhões. Esse teria sido um dos fatores que motivaram o bloqueio das vendas do iPhone 16 na Indonésia.

Apple prometeu fábrica na Indonésia, mas…

De acordo com Agus Gumiwang Kartasasmita, ministro da indústria da Indonésia, a Apple propôs investimentos no país que chegam a US$ 1 bilhão para solucionar o problema. O montante envolve a construção de uma fábrica de rastreadores AirTag na ilha de Batam, pertencente ao país.

iPhone 16 numa loja da Apple nos Estados Unidos (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Embora o governo tenha dado sinal verde para a construção dessa fábrica, Kartasasmita declarou que o acordo não é suficiente para a liberação das vendas do iPhone 16 no país, visto que a unidade fabril não produzirá componentes para a linha de celulares.

Não há base para o ministério emitir uma certificação de produção local como forma de a Apple ter permissão para comercializar o iPhone 16, pois não há relação direta [da fábrica com a linha].

Agus Gumiwang Kartasasmita, ministro da indústria da Indonésia

Apesar disso, o plano para a construção da fábrica está mantido, pelo menos por parte do governo indonésio. A expectativa é a de que a unidade seja inaugurada em 2026.

A Apple foi procurada, mas não revelou o que fará a partir de agora para tentar vender o iPhone 16 na Indonésia de modo oficial.

Com informações da Reuters
Apple continua proibida de vender o iPhone 16 na Indonésia

Apple continua proibida de vender o iPhone 16 na Indonésia
Fonte: Tecnoblog

LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento

LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento

Daniel Song lidera as operações da LG no Brasil e na América Latina (foto: divulgação)

Resumo

O crescimento da LG no mercado brasileiro em 2024 foi de 9% em dólares e 17% em reais, destacando-se nas vendas de TVs e information displays. A informação exclusiva vem do presidente Daniel Song.
A LG confirmou o lançamento de uma inédita TV OLED 4K de 97 polegadas no mercado brasileiro.
A empresa investirá US$ 250 milhões na construção de uma fábrica de geladeiras em Curitiba, prevista para 2026, com o objetivo de expandir a produção e possivelmente exportar para a Argentina.
A LG descartou parcelamentos superiores a 12 vezes nas vendas de televisores.

Apesar dos desafios, a LG comemora mais um ano de crescimento no mercado brasileiro. A empresa colocou a ordem na casa após resultado negativo em 2023, e de lá para cá disparou principalmente nas vendas de TVs e outras telas. Agora, aposta na construção de uma fábrica de geladeiras, que fica pronta nas cercanias de Curitiba daqui a um ano.

O presidente da LG no Brasil e América Latina, Daniel Song, nos recebeu para um café da manhã durante a CES 2025, maior feira de aparelhos eletrônicos do planeta. Ele me revelou a decisão de trazer uma inédita (e gigantesca) TV OLED 4K de 97 para o mercado doméstico. O preço – provavelmente muito elevado – é mantido em segredo. Song também descartou a venda de televisores em mais de 12 vezes.

Confira a entrevista nas linhas abaixo. O material foi editado para fins de clareza e brevidade.

Confira na entrevista LG no mercado brasileiro Atualizações de sistema em TVS Competição com marcas chinesas As traquitanas da CES

LG no mercado brasileiro

Thássius Veloso – Qual o balanço da LG no Brasil?

Daniel Song (LG) – Estou satisfeito porque tivemos um ano de 2024 excelente: crescemos 9% em dólares e 17% em reais, depois de dois anos difíceis. As principais fontes de crescimento foram as TVs e os information displays, aquelas telas que ficam em elevadores, consultórios, empresas etc. Ainda precisamos melhorar o desempenho de alguns produtos.

E qual a importância do B2B (a venda direta para outras empresas)?

O B2C ainda ocupa algo em torno de 80%, e B2B são os demais 20%. Futuramente, quero ver mais crescimento nos negócios que fazemos com outras empresas. Nós vamos entrar com força no mercado de publicidade. Hoje em dia, cada salão de cabeleireiro tem alguma tela por perto. Queremos ajudar a mostrar propaganda nesta tela, num formato de revenue share.

Haverá investimentos no país?

Hoje em dia, a nossa produção fica em Manaus principalmente por caisa das TVs e monitores. Decidimos construir uma nova fábrica de geladeiras perto de Curitiba, com investimento de cerca de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) e previsão de ficar pronta em 2026. Em algum momento, a lava e seca também deve entrar na produção. Isso nos permitirá competir melhor no país. Avaliamos até exportar para a Argentina.

Atualizações de sistema em TVS

TV OLED de 97 polegadas é apresentada na CES 2025 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Vocês anunciaram no ano passado que as TVs receberiam cinco anos de atualizações de sistema. O que foi levado em consideração para chegar à nova política?

Eu acho que nós precisamos comunicar mais fortemente para os consumidores o valor da plataforma webOS. Nós estamos focando não apenas em vender os aparelhos, mas também em mostrar o que eles solucionam. A qualidade de tela não é tudo.

Já decidiu quais TVs da CES vão para o Brasil?

Todos os modelos de 2025 vão desembarcar no Brasil. A nossa ideia é focar mais na tela grande, por isso teremos a QLED de 100 polegadas e a nova OLED 4K de 97 polegadas. O Brasil tradicionalmente prefere modelos de 32 e 43 polegadas por causa do tamanho dos apartamentos. Isso está mudando. Para você ter uma ideia, os produtos de 55 e 65 polegadas eram considerados enormes há dez anos.

Monitor híbrido fica tanto flat quanto curvo (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

As pessoas têm dinheiro para comprar esses produtos?

Nós apostamos no parcelamento. O brasileiro é diferente de outros países porque acaba comprando eletrônicos em 12 vezes. Quando pega um carro novo, parcela em 36 meses. As pessoas querem saber se o pagamento cabe no orçamento mensal da família. Por isso os produtos são caros, mas mesmo assim existe demanda.

No mercado de celular, por exemplo, existem alguns programas de pagamento que chegam a mais de 20 parcelas. Vocês pensam em fazer algo parecido com geladeiras e lavadoras?

Seria muito difícil.

Competição com marcas chinesas

Eu observei o aumento do interesse de marcas estrangeiras pelo mercado doméstico, como a Hisense, a Midea e a TCL. Como vocês pretendem enfrentar essa nova concorrência?

Os chineses costumam focar no mercado interno, mas hoje em dia ele está pouco interessante. Por isso também precisam exportar. A pergunta que eu faço é em relação aos benefícios destes produtos para o consumidor brasileiro. Tudo bem, todo mundo inicialmente leva em consideração o preço, mas depois é preciso considerar também as tecnologias de cada aparelho.

A Hisense oferece dois anos de garantia em algumas TVs, enquanto o padrão de mercado é metade disso: apenas um ano. Seria possível ampliar essa política na LG?

Eles usam essa tática para chamar a atenção do mercado. A garantia é um fator para a decisão de compra, mas não é o mais importante. Os clientes sabem que os produtos da LG duram muito. Eles confiam na nossa marca. Fizemos investimentos massivos em 30 anos de mercado.

Então a competição com elas não é uma preocupação?

Cada marca está oferecendo um valor diferente por meio da sua comunicação, sua expressão de mercado. Os produtos chineses são bons. Na LG, nós temos os melhores produtos e ainda oferecemos a solução completa. Também somos uma marca consolidada e vamos trabalhar para conquistar recorrência junto ao consumidor.

Então, em resumo, os concorrentes são bem-vindos?

É uma decisão deles. Pode vir qualquer pessoa, eu vou fazer o meu trabalho.

As traquitanas da CES

Nós vimos alguns aparelhos bem diferentes na CES, como a maleta Stand by Me: é uma TV que dá para levar para qualquer lugar. Como foram as vendas no país?

A Stand By Me é um grande sucesso no mercado coreano porque os clientes viajam, dormem no carro e assistem TV. Por aqui quase não vendeu. São Paulo é muito perigosa e as pessoas não querem dormir fora. São vários fatores.

Então o lançamento no Brasil é uma estratégia de marketing?

Sem dúvida, até porque é um produto muito caro. Nós queremos mostrar a capacidade de inovação da LG. O consumidor pensa “uau, que coisa interessante!”.

Daniel Song concede entrevista durante a CES 2025 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Thássius Veloso viajou aos Estados Unidos a convite da LG
LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento

LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento
Fonte: Tecnoblog

OpenAI vai se tornar uma empresa com fins lucrativos

OpenAI vai se tornar uma empresa com fins lucrativos

OpenAI começou como organização sem fins lucrativos, mas criou empresa para atrair investidores (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI detalhou, nesta sexta-feira (dia 27/12), seus planos para se tornar uma empresa com fins lucrativos. De acordo uma publicação em seu blog oficial, a ideia é transformar a entidade em uma corporação de benefício público (PBC, na sigla em inglês).

A OpenAI foi fundada em 2015 como uma organização sem fins lucrativos, para desenvolver a inteligência artificial de modo aberto. Em 2019, ela criou uma divisão com lucros limitados, como forma de atrair investidores — afinal de contas, desenvolver modelos de IA e treiná-los custa muito caro.

Sam Altman chegou a ser demitido do posto de CEO após discordâncias com representantes da organização sem fins lucrativos (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

No blog post publicado nesta sexta, a OpenAI diz que esta estrutura “não permite que o conselho considere diretamente os interesses de quem financia a missão e não permite que a organização sem fins lucrativos faça mais do que controlar o braço com fins lucrativos”.

A tensão entre as “duas” OpenAIs foi vista em novembro de 2023, quando o CEO Sam Altman foi demitido pelo conselho, por supostamente não comunicar suas decisões ao braço sem fins lucrativos. Ele foi recontratado poucos dias depois, e um novo conselho foi formado.

Como será a nova estrutura da OpenAI?

Com a nova estrutura proposta pelo conselho, a OpenAI “empresa” se tornará uma public benefit corporation (PBC). A OpenAI PBC vai controlar as operações e negócios da OpenAI.

A fundação sem fins lucrativos terá uma participação societária na empresa, mas não será mais a supervisora da companhia. Ela terá líderes e funcionários próprios para criar iniciativas de caridade nos setores de saúde, educação e ciência. Segundo o comunicado divulgado, um conselho financeiro independente vai avaliar a fatia da OpenAI PBC que será destinada à fundação OpenAI.

PBC é uma classificação existente nos Estados Unidos para empresas com fins lucrativos que também visam o bem da sociedade. Como a própria empresa destaca, a Anthropic e a xAI (fundada por Elon Musk) também são PBCs. Para se caracterizar como PBC, a OpenAI promete oferecer ações e usar seus lucros para garantir que a “inteligência artificial geral (AGI) beneficie toda a humanidade”.

A OpenAI pode ter que enfrentar desafios nos tribunais para concretizar esta transição. Elon Musk, que foi um dos cofundadores e principais doadores da OpenAI, entrou com um processo judicial no início de dezembro para impedir a conversão da empresa. Já a Meta pediu uma investigação sobre a mudança no modelo de negócios.

Com informações: The Verge, Ars Technica, Axios
OpenAI vai se tornar uma empresa com fins lucrativos

OpenAI vai se tornar uma empresa com fins lucrativos
Fonte: Tecnoblog

Qualcomm não violou contrato com Arm, decide Justiça dos EUA

Qualcomm não violou contrato com Arm, decide Justiça dos EUA

Snapdragon X Elite usa CPU que gerou processo da Arm (Imagem: Divulgação/Qualcomm)

Um tribunal federal dos Estados Unidos decidiu que os processadores produzidos pela Qualcomm estão devidamente licenciados, conforme o contrato existente com a Arm. Como o júri não foi unânime, a Arm pode pedir um novo julgamento — e a empresa já declarou que fará isso.

Ainda que parcial, a vitória deixa menos nebuloso o futuro dos novos chips da Qualcomm, que usam a CPU Oryon, pivô da disputa entre as duas empresas.

Arm licencia sua tecnologia com fabricantes de chips (Imagem: Divulgação/Arm)

Maryellen Noreika, juíza do caso, recomendou que as duas empresas busquem uma mediação. “Eu não acho que nenhum dos dois lados teve uma vitória clara ou teria uma vitória clara se este caso fosse julgado novamente”, declarou a autoridade.

Nova CPU da Qualcomm está no centro da disputa

A Arm é dona de patentes dos chips de arquitetura Arm. A empresa licencia esta tecnologia para as empresas que desenvolvem chips, como a Qualcomm.

Em 2021, a Qualcomm comprou a startup Nuvia por US$ 1,4 bilhão. A tecnologia da empresa adquirida foi essencial para o desenvolvimento da CPU Oryon. Ela está presente nos SoCs (sistemas em chip) Snapdragon X Elite e X Plus, para computadores, bem como no Snapdragon 8 Elite, para smartphones.

A Arm questiona o uso desta CPU. Para a empresa, a Qualcomm precisaria de um novo acordo de licenciamento para usar as tecnologias da Nuvia. A fabricante de chips discorda e diz que o contrato vigente permite o uso das CPUs desenvolvidas pela startup.

Em outubro, a Arm ameaçou revogar a licença da Qualcomm, que ficaria impedida de vender chips para as fabricantes, afetando a fabricação e a venda de smartphones, tablets e computadores.

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A CPU Oryon é a grande aposta da Qualcomm para ganhar terreno no mercado de computadores. Em maio, a Microsoft anunciou a certificação Copilot+ PC, que indica que um computador está pronto para rodar os recursos de inteligência artificial do Windows.

Na ocasião, diversas fabricantes — como Samsung, Lenovo e Dell — anunciaram produtos com Snapdragon X Elite/Plus, além da própria Microsoft, com a linha Surface.

Com informações: Reuters
Qualcomm não violou contrato com Arm, decide Justiça dos EUA

Qualcomm não violou contrato com Arm, decide Justiça dos EUA
Fonte: Tecnoblog

Buser e a uberização das viagens de ônibus

Buser e a uberização das viagens de ônibus

A Uber já mostrou que é possível ter uma grande operação de transporte de passageiros sem ser dono de nenhum veículo. Mas como será que fica esse modelo aplicado ao transporte de ônibus?

Buser e a uberização das viagens de ônibus (Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Buser opera no Brasil desde 2017 conectando passageiros a empresas de fretamento. Nesse modelo, a viagem pode sair até 60% mais barato para o usuário, que não depende de rodoviárias para pegar seu ônibus. Mas a operação da startup é questionada na Justiça há anos, com acusações de concorrência desleal e falta de segurança.

No episódio de hoje, conversamos com Giovani Ravagnani, diretor jurídico da Buser. Eles nos conta detalhes sobre a operação da empresa e explica os desafios – técnicos e jurídicos – de inovar no setor de transportes no Brasil. Dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Josué de Oliveira

Giovani Ravagnani

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Créditos

Produção: Josué de Oliveira

Edição e sonorização: Ariel Liborio

Arte da capa: Vitor Pádua

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Buser e a uberização das viagens de ônibus

Buser e a uberização das viagens de ônibus
Fonte: Tecnoblog

Kodak irá ampliar fábrica para atender demanda por filmes fotográficos

Kodak irá ampliar fábrica para atender demanda por filmes fotográficos

Kodak deverá ampliar capacidade de produção em fábrica nos EUA (Imagem: philm1310/Pixabay)

A Kodak irá interromper temporariamente as produções de filmes fotográficos. O fechamento da indústria na cidade de Rochester, nos Estados Unidos, é justificado pela necessidade de reformar a fábrica, que precisa ser atualizada para atender a crescente demanda pelo produto.

O fechamento da fábrica foi anunciada pelo CEO da Kodak, Jim Continental, durante a divulgação de resultados financeiros aos acionistas. Com os investimentos, a empresa espera modernizar a planta para continuar atendendo a demanda por filmes fotográficos e películas cinematográficas.

O aumento na demanda por filmes fotográficos não é tão recente: em 2022, a Kodak anunciou ter contratado mais de 300 pessoas para sua fábrica, e ainda buscava mais profissionais, incluindo técnicos de cinema. Nem parece ser a mesma empresa que entrou em falência em 2012.

Como a demanda da Kodak aumentou?

Ainda que os smartphones com câmera estejam cada vez mais onipresentes, existe espaço para materiais analógicos. Entre 2015 e 2019, a Kodak precisou mais do que dobrar sua produção de filmes fotográficos, anos após a demanda baixar com a expansão das câmeras digitais.

A fotografia analógica tem o seu lugar — ainda que como um hobby para muitas pessoas. É mais um dos casos de busca pela nostalgia, tal qual acontece com discos de vinil, fitas cassete e videogames antigos.

Kodak viu demanda por filmes analógicos dobrar entre 20215 e 2019 (Imagem: Juraj Varga/Pixabay)

Além disso, a Kodak também atende o mercado audiovisual com películas cinematográficas, utilizadas mesmo nos dias atuais por cineastas e fotógrafos em suas produções.

Um destaque recente foi o filme Oppenheimer, lançado em 2023 e capturado tanto em IMAX como em película de grande formato. A obra em material analógico tinha 17,7 km de extensão e um peso de 272 kg, e poucas salas de cinema no mundo tinham capacidade para reproduzir tamanho rolo do filme.

Com informações: Kosmofoto, The Verge
Kodak irá ampliar fábrica para atender demanda por filmes fotográficos

Kodak irá ampliar fábrica para atender demanda por filmes fotográficos
Fonte: Tecnoblog

Mozilla teme que afastar Chrome do Google prejudique navegadores menores

Mozilla teme que afastar Chrome do Google prejudique navegadores menores

Símbolo do navegador Mozilla Firefox (imagem: divulgação/Mozilla)

A proposta do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) de separar o Chrome do Google pode parecer benéfico para navegadores rivais, mas não é bem assim. Responsável pelo Firefox, a Mozilla alertou que browsers de menor alcance podem ser prejudicados se o Google tiver menos controle sobre o segmento.

Forçar o Google a vender o Chrome seria uma forma de combater supostas práticas monopolistas da companhia em buscas, no entendimento do DOJ. O problema é que essa medida faria parte de um pacote de mudanças, ou seja, não seria uma proposta isolada.

Entre as demais obrigações propostas pelo DOJ estaria proibir acordos para tornar o Google o buscador padrão de softwares de outras organizações. É esse aspecto que preocupa a Mozilla.

Não é difícil entender o motivo. O Google é o mecanismo de busca padrão do Firefox há anos. É por meio desse acordo que a Mozilla obtém a maior parte de sua receita financeira. Por causa disso, a companhia divulgou à imprensa o seguinte alerta:

Se implementada, a proibição de acordos de pesquisa com os demais navegadores, independentemente do tamanho e de seu modelo de negócio, afetará negativamente browsers independentes como o Firefox e terá efeitos prejudiciais para uma internet aberta e acessível.

Relação com a possível venda do Chrome

Se a Mozilla teme que uma decisão ou acordo judicial obrigue o Google a parar de fechar acordos com desenvolvedores outros navegadores, qual a relação desse aspecto com a possível venda do Chrome?

Apesar de ter sido proposta pelo DOJ, desmembrar o Chrome do Google é uma possibilidade considerada remota por analistas do mercado, dado que o navegador é um dos principais produtos da companhia.

Google Chrome (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Isso significa que outras medidas propostas pelo DOJ terão mais chances de avançar, entre elas, o fim dos acordos que colocam o Google como buscador padrão em outros navegadores.

É por isso que a Mozilla alegou que as medidas judiciais deveriam “abordar as barreiras à competição e facilitar um mercado que promova a competição e a escolha do consumidor”, ainda que sem explicar como isso seria feito.

Vale destacar que separar o Chrome do Google e as demais medidas propostas pelo DOJ visam combater supostas práticas monopolistas por parte da Alphabet (a controladora do Google), mas ainda não há nenhuma decisão nesse sentido. A expectativa é a de que o assunto só tenha um desfecho no final de 2025.

Com informações: PCMag, The Register

Mozilla teme que afastar Chrome do Google prejudique navegadores menores

Mozilla teme que afastar Chrome do Google prejudique navegadores menores
Fonte: Tecnoblog

Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA

Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA

Microsoft seria empresa sigilosa que firmou acordo com HarperCollins (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Microsoft teria firmado um acordo com a editora HarperCollins para usar livros do seu catálogo no treinamento de IA. O acordo envolve alguns títulos de não-ficção (o Copilot não lerá Senhor dos Anéis) e os autores terão a escolha de entrar ou não no contrato. Assim, caso algum autor seja contrário à proposta, ele pode negar o uso de sua obra para o treinamento de IA.

A confirmação do acordo veio da própria HarperCollins, que apenas cita ter assinado uma parceria com uma empresa de inteligência artificial. Fontes da Bloomberg afirmam que a empresa é a Microsoft — e o histórico dela reforça isso.

A big tech vem firmando parceria com veículos de notícias para treinamento de LLM e investindo em ferramentas de IA para esse mercado. O valor negociado entre a HarperCollins e Microsoft segue um segredo. Contudo, o autor Daniel Kibblesmith (responsável por levar o caso ao público) mostrou que ele receberia o pagamento único de US$ 2.500 (R$ 14.518) por título licenciado — com validade de três anos.

Copilot será treinado com alguns títulos publicados pela HarperCollins, confirma a empresa (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Como o acordo da HarperCollins e Microsoft foi revelado?

Kibblesmith revelou o caso ao publicar o email recebido do agenciador do seu livro informando sobre o acordo da HarperCollins e “uma grande empresa de IA”. A agência explica que a parceria entre as duas companhias envolve termos gerais e já estava fechado, impedindo que autores negociassem suas condições individualmente.

A agência também explica que centenas de autores aceitaram a proposta. O email ainda repete o que foi confirmado pela HarperCollins nesta semana, dizendo que a resposta para o acordo é apenas “sim ou não”.

O email revelado por Kibblesmith ainda mostra uma contradição na história. Em nota enviada ao The Guardian, a HarperCollins explica que apenas livros de não-ficção serão usados no treinamento. Porém, a editora pede o licenciamento do livro Santa’s Husband, um livro infantil.

Email recebido por Kibblesmith diz que livro infantil será usado no treinamento de IA (Imagem: Reprodução/Bluesky)

HarperCollins em nova controvérsia com IA

Essa não é a primeira “treta” da HarperCollins com IA. Em abril, a editora firmou um acordo com a ElevenLabs, empresa de áudio gerado por IA. A parceria permitirá que livros sejam transformados em audiobooks de outros idiomas mais rapidamente, além de gerar versões em línguas que não seriam contempladas pela HarperCollins por pouca demanda.

Por outro lado, o acordo levanta o tema de que isso prejudica dubladores. O uso desse serviço pode indicar que a editora, dona do direito de obras de grandes autores, como J.R.R. Tolkien e Agatha Christie, pare de investir em audiobooks com atores renomados.

Com informações: The Guardian e Bloomberg
Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA

Microsoft teria acordo com editora para usar livros em treinamento de IA
Fonte: Tecnoblog