Category: negócios

Intel vende subsidiária após 10 anos por metade do preço que pagou

Intel vende subsidiária após 10 anos por metade do preço que pagou

Intel está em crise financeira (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Intel vendeu 51% da Altera para o Silver Lake por US$ 4,46 bilhões; a subsidiária havia sido comprada em 2015 por US$ 17 bilhões.
A venda faz parte de uma reestruturação liderada pelo novo CEO Lip-Bu Tan, com o objetivo de reduzir custos e focar em engenharia.
Em 2024, a Altera registrou um prejuízo operacional de US$ 615 milhões, agravado pela cara transição da produção de chips para fábricas da Intel.

A Intel anunciou a venda de 51% de sua subsidiária Altera, que atua no setor de chips programáveis. Este foi o primeiro movimento marcante do novo CEO da Intel, Lip-Bu Tan, contratado para tirar a companhia da crise. Na negociação, o fundo de capital privado Silver Lake pagará US$ 4,46 bilhões, e a empresa passará a operar de forma independente.

A Altera foi comprada pela Intel em 2015, pelo valor de US$ 17 bilhões. O novo negócio significa que a empresa está avaliada em US$ 8,75 bilhões. Sem considerar a inflação, isso representa metade da quantia desembolsada há dez anos. Corrigindo os valores, a queda é ainda maior.

CEO Lip-Bu Tan prometeu uma nova Intel (imagem: YouTube/Intel)

Venda da Altera ajuda a aliviar crise da Intel

A venda da Altera já era esperada desde 2024, como parte dos esforços para cortar custos. Ela permitirá à Intel receber algum dinheiro e ganhar fôlego para enfrentar sua crise, como observa a Reuters. Além disso, a Altera teve um prejuízo operacional de US$ 615 milhões em 2024, o que significa menos dinheiro queimado daqui para frente.

Nem mesmo as boas perspectivas para o setor de chips programáveis (também conhecidos pela sigla FPGA) fizeram a Intel mudar de ideia. Segundo o TechCrunch, estima-se que este mercado pode dobrar de tamanho até 2029.

A Intel transferiu a produção de chips da Altera para suas próprias fábricas — anteriormente, a companhia encomendava componentes da taiwanesa TSMC. Segundo a Reuters, a transição foi longa e cara, o que levou a Altera a perder terreno no setor de chips programáveis. Quem se beneficiou disso foi sua concorrente Xilinx, posteriormente comprada pela AMD.

Novo CEO quer que a Intel se concentre em engenharia

Em março de 2025, Lip-Bu Tan, novo CEO da Intel, anunciou que vai priorizar pesquisa e desenvolvimento em engenharia. Analistas de mercado e investidores entenderam isso como um foco maior no “core business” da companhia.

“O anúncio de hoje reflete nosso compromisso com a melhoria do foco, a redução da nossa estrutura de despesas e o fortalecimento do nosso balanço financeiro”, disse Tan em um comunicado.

A empresa enfrenta uma grave crise financeira, chegando a registrar US$ 16,6 bilhões de prejuízo somente no terceiro trimestre de 2024, após anos investindo em negócios que não se converteram em lucro, como a fabricação de chips projetados por outras empresas.

Com informações da Reuters e TechCrunch
Intel vende subsidiária após 10 anos por metade do preço que pagou

Intel vende subsidiária após 10 anos por metade do preço que pagou
Fonte: Tecnoblog

Apple teria enviado 1,5 milhão de iPhones aos EUA para evitar tarifaço

Apple teria enviado 1,5 milhão de iPhones aos EUA para evitar tarifaço

Apple tenta diminuir o impacto das tarifas de Trump sobre os iPhones (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

Apple enviou 1,5 milhão de iPhones produzidos na Índia para os EUA em uma operação para evitar as novas tarifas de importação, segundo a Reuters.
A logística envolveu cinco aviões transportando 600 toneladas de aparelhos em apenas três dias.
Para isso, a big tech manteve a linha de produção na Índia funcionando aos domingos, em um crescimento temporário de 20%, e pressionou as autoridades locais para agilizar os trâmites alfandegários.

No fim de março, a Apple teria fretado pelo menos cinco aviões para enviar iPhones produzidos na Índia aos Estados Unidos para escapar do “tarifaço” do presidente Donald Trump contra dezenas de países. Mas quantos iPhones foram transportados? Agora temos uma estimativa: cerca de 1,5 milhão de unidades.

Pelo menos é o que relata a Reuters. De acordo com o veículo, os aviões transportaram 600 toneladas de carga, o que equivale aos mencionados 1,5 milhão de iPhones. Até então, a quantidade de unidades enviadas da Índia para os Estados Unidos era um detalhe não estimado.

Para conseguir um volume tão grande de produtos, a Apple contratou mais funcionários e manteve a sua linha de produção na Índia funcionando aos domingos, o que resultou em um aumento temporário de 20% na fabricação local, explicam as fontes ouvidas pela Reuters.

Mas a companhia também precisou acelerar os envios. Os relatos são de que os voos foram realizados em um intervalo de apenas três dias durante a última semana de março. Para dar conta de um volume tão grande de carga em tão pouco tempo, a Apple pressionou autoridades para acelerar o desembaraço aduaneiro.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (imagem: Gage Skidmore/Flickr)

Objetivo é escapar do “tarifaço” de Trump

A Apple foi procurada, mas não comentou o assunto. Fontes consultadas pela Reuters reforçam aquilo que nos soa óbvio: esse é um esforço da companhia para escapar das tarifas de importação anunciadas pelo governo dos Estados Unidos no início do mês contra dezenas de países.

O presidente americano Donald Trump afirma que as decisões visam “libertar” os Estados Unidos do domínio de produtos estrangeiros. Contudo, o “tarifaço”, como o movimento tem sido chamado, vem se mostrando problemático para diversas companhias americanas.

No caso da Apple, grande parte de seus produtos é fabricada na China e na Índia. Este último país foi tarifado em 26%, mas se beneficia de uma suspensão de 90 dias da cobrança determinada por Trump nesta semana. Mas com a China há uma guerra tarifária que já fez a alíquota de importação imposta pelos Estados Unidos chegar a 125%.

Não é de causar espanto que a Apple esteja tomando medidas desesperadas, por assim dizer.
Apple teria enviado 1,5 milhão de iPhones aos EUA para evitar tarifaço

Apple teria enviado 1,5 milhão de iPhones aos EUA para evitar tarifaço
Fonte: Tecnoblog

Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos

Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos

Embarcamos para os Estados Unidos e visitamos a sede da Microsoft (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

No ano em que comemora 50 anos de história, a Microsoft convidou jornalistas de 20 países para conhecer de perto sua sede em Redmond, nos arredores de Seattle, nos EUA. O Tecnoblog foi o único representante do Brasil nessa visita exclusiva ao vasto campus da empresa, que mais parece uma cidade. São 125 prédios, 47 mil pessoas circulando diariamente e até um sistema interno de transporte, com micro-ônibus e um serviço semelhante ao Uber, exclusivo para funcionários.

Durante a visita, conhecemos o departamento de arquivos da Microsoft, onde a história da empresa é cuidadosamente preservada em disquetes e versões antigas do Flight Simulator. Passamos também pelo Laboratório de Inclusão, dedicado ao desenvolvimento de tecnologias acessíveis, e descobrimos até colmeias espalhadas pelo campus — iniciativa para contribuir com a polinização da vegetação local.

Dê play no vídeo abaixo e confira o vlog especial

De Albuquerque ao mundo

A história da companhia fundada por Bill Gates e Paul Allen começa em 1975, em Albuquerque, no Novo México. A Microsoft mantém um acervo cuidadosamente preservado, com caixas e discos da Encarta, disquetes, versões antigas do Flight Simulator e outros marcos da empresa. Cada item é armazenado com pelo menos três cópias.

Paul Allen (in memoriam) e Bill Gates, os fundadores da Microsoft (imagem: reprodução/Paulallen.com)

Há documentos que relembram o lançamento do Windows 95 e seu icônico botão Iniciar, quando a Microsoft repensou a forma de interagir com o computador, além da relação de parceria e rivalidade com a Apple — que, nos anos 1980, chegou a comprar softwares da Microsoft, antes da concorrência entre as duas crescer com o avanço do Windows.

Silêncio, inclusão, cibersegurança e… colmeias

Sala anecoica é tão silenciosa que algumas pessoas conseguem ouvir os batimentos do coração (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

No Laboratório de Inclusão, cerca de 4 mil pessoas colaboram anualmente no desenvolvimento de produtos mais acessíveis. Um dos destaques é o controle adaptado para jogadores com mobilidade reduzida, projetado com foco em ergonomia, compatibilidade e usabilidade — da peça até o design da embalagem.

Já no Centro de Cibercrimes, a Microsoft monitora ataques digitais e combate à pirataria em parceria com governos, incluindo o Brasil. Por questões de segurança, o acesso ao local é restrito, mas ameaças recebem codinomes baseados em fenômenos naturais — os ataques atribuídos à Rússia, por exemplo, são chamados de Blizzard.

Abelhas polinizadoras dão mel (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Uma das curiosidades do campus é a presença de colmeias espalhadas entre os prédios, que contribuem para a polinização da vegetação local — os visitantes recebem um potinho do mel produzido ali. Outra curiosidade são as casas na árvore, usadas como salas de reunião.

A sede da empresa foi pensada para que as pessoas trabalhem bem e com conforto. Hoje, a Microsoft vai além dos softwares clássicos, e tem apostado forte em IA — com os dispositivos Copilot+ —, ampliado sua atuação em computação em nuvem com o Azure e investido em áreas estratégicas de segurança cibernética.

Thássius Veloso viajou para os Estados Unidos a convite da Microsoft
Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos

Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos
Fonte: Tecnoblog

Intel revive marca icônica e resgata campanha que impulsionou a empresa

Intel revive marca icônica e resgata campanha que impulsionou a empresa

“Intel Inside” popularizou a empresa no mundo todo (imagem: reprodução/Intel)

Resumo

A Intel renovou a campanha “Intel Inside” com o slogan “Esse é o poder do Intel Inside” e uma nova identidade visual no evento Vision 2025.
Nos anos 1990, “Intel Inside” consolidou a marca globalmente, associando a empresa a inovação e desempenho.
O novo CEO Lip-Bu Tan prometeu uma Intel de volta às “raízes”, com foco em engenharia e IA.

A Intel apresentou sua nova identidade visual de estratégia de marketing durante o evento Vision 2025, em Las Vegas. Com o slogan “Esse é o poder da Intel Inside”, apresentado em um vídeo, a empresa atualiza a icônica campanha “Intel Inside”, que popularizou a companhia nos anos 1990.

Passado de volta?

Segundo o diretor de marketing da Intel, Brett Hannath, a nova plataforma de marca se baseia no conceito de que “a Intel acende a grandeza interior” — seja nos funcionários, clientes, consumidores ou parceiros. 

A “Intel Inside” liderou o marketing da Intel nos anos 1990, e ajudou a moldar a forma como os processadores eram vendidos. Com o adesivo nos PCs e o famoso jingle de cinco notas, a estratégia consolidou a marca globalmente, tornando a Intel sinônimo de inovação e desempenho.

A campanha popularizou processadores como Pentium e Celeron, que marcaram uma geração de usuários. Nos anos 2000, a estratégia evoluiu com a plataforma Centrino, voltada para mobilidade e conectividade, e posteriormente com a linha Core (i3, i5 e i7).

Agora, a Intel parece querer recuperar o tempo perdido e afastar a ideia de que seria uma nova Nokia, após uma sequência de resultados financeiros negativos — incluindo o maior prejuízo de sua história — e a aposentadoria do ex-CEO, Pat Gelsinger.

CEO promete uma Intel “raiz” de novo

No primeiro dia do Vision 2025, o novo CEO da Intel, Lip-Bu Tan, reforçou o compromisso de tornar a empresa mais focada em engenharia e aberta à IA. 

“Sob a minha liderança, a Intel retornará às nossas raízes como uma empresa que coloca a engenharia em primeiro lugar”, afirmou Tan.

Sua missão não é nada fácil: tirar a Intel da crise iniciada em 2024, que vai além das dificuldades financeiras e toca na identidade da companhia. A nova campanha é um reflexo disso — uma tentativa de recuperar a imagem de inovação que a Intel já teve.

Com informações da Intel e Tom’s Hardware
Intel revive marca icônica e resgata campanha que impulsionou a empresa

Intel revive marca icônica e resgata campanha que impulsionou a empresa
Fonte: Tecnoblog

Novo CEO promete: uma Intel “raiz” vem aí

Novo CEO promete: uma Intel “raiz” vem aí

Lip-Bu Tan prometendo uma nova Intel (imagem: reprodução/Intel)

Resumo

O novo CEO da Intel, Lip-Bu Tan, afirmou que a empresa voltará a priorizar pesquisa e desenvolvimento em engenharia e IA.
A Intel pode expandir a arquitetura x86 para além de PCs e servidores, adaptando-a para aplicações específicas em dispositivos móveis.
Segundo Tan, a empresa pretende colaborar com os Estados Unidos para reduzir a dependência de países asiáticos em tecnologia.

Lip-Bu Tan assumiu o cargo de CEO da Intel há apenas duas semanas, mas já fez a sua primeira aparição pública na nova posição. No primeiro dia do evento Vision 2025, realizado nesta segunda-feira (31/03), o executivo prometeu fazer da Intel uma companhia focada em engenharia e mais aberta à IA.

O novo CEO tem uma missão complicada pela frente: tirar a Intel da crise que a companhia mergulhou em 2024. Mais do que uma crise financeira, a companhia enfrenta uma crise de identidade.

Outrora símbolo de inovação, a Intel é vista atualmente como uma companhia atrasada em inteligência artificial e com dificuldades em desenvolver chips que aliam alto desempenho com eficiência energética.

Tan está ciente dos desafios, por isso, tratou de adotar um tom tranquilizador e, ao mesmo tempo, confiante em seu discurso. Começou por descrever a sua trajetória acadêmica e profissional como que para dizer que é capacitado para as responsabilidades que o cargo de CEO da Intel exige.

Neste ponto, vale destacar que Lip-Bu Tan é bacharel em física pela Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, e mestre em engenharia nuclear pelo MIT.

No âmbito profissional, o destaque fica para o período entre 2009 e 2021, quando Lip-Bu Tan atuou como CEO da Cadence Design Systems, empresa especializada em soluções computacionais avançadas. Entre 2022 e 2024, o executivo também foi membro do conselho de administração da Intel.

Como vai ser a nova Intel prometida por Tan?

Em primeiro lugar, Lip-Bu Tan destacou que a Intel voltará a ser uma companhia que prioriza a pesquisa e o desenvolvimento. “Sob a minha liderança, a Intel retornará às nossas raízes como uma empresa que coloca a engenharia em primeiro lugar”, destacou.

Tan promete fazer a Intel trabalhar com um design de sistema orientado por IA como forma de acelerar o desenvolvimento de arquiteturas de computação.

Nesse sentido, a companhia espera desenvolver novas soluções baseadas na arquitetura x86 para atender à crescente demanda por aplicações que lidam com cargas de trabalho muito específicas. Isso sugere que a Intel quer fazer a arquitetura x86 ir muito além dos PCs e servidores — talvez algo focado em dispositivos móveis?

Lip-Bu Tan, o novo CEO da Intel (imagem: divulgação/Intel)

Isso não quer dizer que outros segmentos ficarão de lado. Por exemplo, a Intel ainda pretende ser referência em fundição, isto é, em ser capaz de produzir chips avançados em larga escala não apenas para si própria, como também para outras companhias.

Esse aspecto faz parte dos planos do governo dos Estados Unidos de depender menos de países asiáticos no âmbito tecnológico. Não por acaso, Tan declarou estar ansioso para “trabalhar com a administração Trump em nossos objetivos em comum”.

Na parte final de seu discurso, Tan disse o seguinte:

Estamos aqui para atendê-lo e ganhar sua confiança. Não ficaremos satisfeitos até que cumpramos consistentemente nossas promessas no prazo, na qualidade, para exceder as suas expectativas. Estamos profundamente comprometidos com a jornada.

Lip-Bu Tan, CEO da Intel

O executivo não forneceu detalhes sobre como pretende alcançar tudo isso. É compreensível, afinal, ele está há apenas duas semanas no cargo de CEO da Intel. Certamente, Lip-Bu Tan precisará de mais tempo para elaborar um plano mais detalhado para, então, efetivamente partir para a ação.

Fiquemos de olho.
Novo CEO promete: uma Intel “raiz” vem aí

Novo CEO promete: uma Intel “raiz” vem aí
Fonte: Tecnoblog

Entregadores de iFood, 99, Uber e outros apps fazem paralisação

Entregadores de iFood, 99, Uber e outros apps fazem paralisação

iFood é o foco da manifestação, mas outras empresas e poder público também são alvos (imagem: divulgação/iFood)

Entregadores que trabalham por aplicativos (como iFood, 99 e Uber) anunciaram uma paralisação que deve durar entre segunda e terça-feira (31/03 e 01/04). A categoria demanda um aumento nas taxas pagas.

Segundo o UOL, vídeos convocando entregadores para a paralisação (também chamada de “breque”) têm circulado ao longo das últimas semanas nas redes sociais. Alguns deles alcançaram milhões de visualizações. Junior Freitas, um dos líderes do movimento em São Paulo, diz que a iniciativa visa não só pressionar as empresas, mas também o poder público.

Restrições para distância de entregas de bicicleta é uma das reivindicações (foto: Paolo Feser/Unsplash)

Na capital paulista, o protesto vai se dirigir à sede do iFood — apesar de o movimento reivindicar melhores condições de todas as plataformas, as lideranças consideram que o iFood é a mais importante delas, com seus valores servindo de base para os concorrentes.

A manifestação está prevista para acontecer em 59 cidades, sendo 19 capitais: Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Maceió (AL), Recife (PE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Fortaleza (CE), São Luís (MA), Belém (PA), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Goiânia (GO), Cuiabá (MT) e Brasília (DF).

O que querem os entregadores?

A categoria faz quatro exigências:

Mínimo de R$ 10 por corrida

Aumento da remuneração por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50

Limitação da atuação de bicicletas a um raio de 3 km

Pagamento integral de pedidos agrupados na mesma rota

O que dizem as empresas?

Em nota, a Amobitec (associação que inclui iFood, 99, Uber, Zé Delivery) afirmou que as empresas estão em diálogo com os entregadores e apoiam a regulamentação do trabalho intermediado por plataformas. A entidade menciona que a remuneração média de um entregador cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024 e chegou a uma média de R$ 31,33 por hora, segundo uma pesquisa do Cebrap.

De acordo com a reportagem do UOL, o iFood enviou um email aos entregadores, argumentando que, ao longo dos três últimos anos, aumentou os valores do quilômetro rodado e da taxa mínima. A empresa também pediu que o movimento seja pacífico e não tenha bloqueios a estabelecimentos ou trabalhadores que não apoiam a manifestação.

Com informações do UOL
Entregadores de iFood, 99, Uber e outros apps fazem paralisação

Entregadores de iFood, 99, Uber e outros apps fazem paralisação
Fonte: Tecnoblog

Quem é a Wiz, empresa adquirida pelo Google por valor recorde

Quem é a Wiz, empresa adquirida pelo Google por valor recorde

Google adquiriu Wiz por US$ 32 bilhões (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Google anunciou a aquisição da Wiz, startup de segurança cibernética, por US$ 32 bilhões.
Fundada em 2020, a Wiz se destaca por sua segurança baseada em simulações digitais e integração com infraestruturas de nuvem.
A compra pode enfrentar desafios regulatórios nos EUA, além de uma disputa judicial com a Orca Security, que acusa a startup de uso indevido de patentes.

O Google anunciou na última terça-feira (18/03) a compra da Wiz, startup de segurança cibernética, por US$ 32 bilhões (cerca de R$ 181,6 bilhões). Essa é a maior aquisição da história da big tech, parte de uma estratégia para fortalecer o Google Cloud e reduzir a distância em relação à Amazon e Microsoft no setor de computação em nuvem.

Atualmente, a Microsoft e a Amazon dominam esse mercado. Em 2024, as duas empresas registraram, no setor, receitas de US$ 105,4 bilhões e US$ 107,6 bilhões, respectivamente, enquanto o Google faturou US$ 43 bilhões no mesmo período. Com a crescente demanda por infraestrutura para IA, a big tech agora tenta reduzir a distância em relação às concorrentes.

O que é a Wiz?

Wiz foi avaliada em US$ 12 bilhões em maio de 2024 (imagem: divulgação/Wiz)

A Wiz é uma startup de segurança cibernética, fundada em janeiro de 2020 por quatro veteranos das Forças Armadas de Israel, incluindo o CEO Assaf Rappaport. Ela rapidamente se destacou no mercado à medida que a pandemia impulsionou a migração em massa de empresas para a nuvem.

Esse cenário contribuiu para que a Wiz se tornasse uma das startups de crescimento mais acelerado do mundo. Com sede em Nova York, a empresa foi avaliada em US$ 12 bilhões em maio de 2024.

Parte da equipe executiva da Wiz já havia fundado a Adallom em 2012, que foi vendida para a Microsoft em 2015 por US$ 320 milhões e posteriormente integrada ao Microsoft Defender for Cloud Apps.

Por que a Wiz atraiu o Google?

O Google se interessou pela Wiz devido à sua abordagem: em vez de exigir a instalação de softwares individuais em dispositivos, a Wiz opera remotamente — a plataforma da startup se conecta diretamente a diferentes infraestruturas de nuvem e ambientes de código.

Atualmente, a Wiz já atua como parceira estratégica do Google Cloud, que oferece serviços como Google Threat Intelligence e consultoria em segurança cibernética por meio de soluções SaaS. Com a aquisição, o Google Cloud deve fortalecer sua infraestrutura de segurança, ampliando o portfólio de ferramentas e plataformas da big tech.

Um dos diferenciais da Wiz é o uso de gêmeos digitais para simular ataques e identificar vulnerabilidades. Essa tecnologia cria réplicas virtuais de sistemas, processos ou objetos físicos, permitindo monitoramento e análise em tempo real.

Embora concorrentes como Palo Alto Networks e CrowdStrike ofereçam soluções semelhantes, a Wiz se diferencia pelo uso dessas simulações digitais, que permitem identificar, priorizar e neutralizar ameaças de forma mais eficiente, conforme destacou o The Verge.

A compra da Wiz é um risco?

Compra da Wiz pelo Google pode redobrar as atenções dos reguladores nos EUA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A aquisição da Wiz pelo Google envolve alguns riscos, incluindo uma disputa judicial com a concorrente Orca Security, que acusa a startup de “uso contínuo e não autorizado de tecnologias patenteadas”. Com o acordo, o Google herda o processo — uma longa batalha judicial poderia dificultar a integração da Wiz ao ecossistema da big tech.

Outra questão é que o Google, através da Alphabet — holding que controla a big tech —, já tentou adquirir a Wiz antes. No ano passado, uma oferta de US$ 23 bilhões (cerca de R$ 130,5 bilhões) chegou à mesa de negociações, mas as conversas foram interrompidas por preocupações de investidores e diretores da startup com possíveis obstáculos regulatórios.

Para evitar um novo impasse e não conseguir fechar o negócio de novo, a Alphabet concordou com uma taxa de rescisão reversa de US$ 3,2 bilhões, uma das mais altas já registradas, caso o negócio não se concretize por algum motivo.

Além disso, a compra pode atrair ainda mais o olhar dos reguladores dos EUA sobre um possível monopólio. O governo já investiga o Google por práticas anticompetitivas no mercado de publicidade digital e até defendeu a venda do navegador Chrome.

Como destacou o The Verge, o histórico de aquisições do Google ainda inclui alguns desfechos problemáticos. A compra da Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões em 2012, por exemplo, foi considerada um fracasso após a revenda para a Lenovo em 2014. Já a aquisição da Nest, em 2014, por US$ 3,2 bilhões, foi marcada por reestruturações conturbadas.

Com informações de Bloomberg, The Verge e O Globo
Quem é a Wiz, empresa adquirida pelo Google por valor recorde

Quem é a Wiz, empresa adquirida pelo Google por valor recorde
Fonte: Tecnoblog

Samsung usará seu próprio DOGE para analisar divisão do Exynos

Samsung usará seu próprio DOGE para analisar divisão do Exynos

Samsung sofre há anos com desempenho dos Exynos, mas agora quer entender o que acontece na divisão de SoCs (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Samsung iniciou uma auditoria interna para investigar problemas de desempenho no Exynos e na produção de chips.
Em 2024, a divisão responsável pelo Exynos registrou um prejuízo de 4 a 5 trilhões de won (aproximadamente R$ 19,9 bilhões).
A sul-coreana tem enfrentado dificuldades na execução de desempenho dos chips, enquanto tenta superar a TSMC.

A Samsung está tomando uma medida mais firme para entender os problemas do Exynos e da sua foundry, divisão responsável pela produção de chips. Segundo o jornal sul-coreano Chosun, a empresa iniciou uma auditoria nessas duas divisões. Esse processo é um dos primeiros realizados pelo Escritório de Diagnóstico de Gerência, uma espécie de DOGE da Samsung.

O DOGE é um órgão governamental dos EUA liderado por Elon Musk, cujo objetivo é revisar contratos, cortar gastos e gerar mais eficiência no governo. Quase o que o Escritório de Diagnóstico de Gerência faz. A auditoria da Samsung busca entender os motivos pelos quais, mesmo com investimentos bilionários, sua foundry não tem resultados satisfatórios nas litografias abaixo de 4 nm e por que o Exynos segue problemático.

Por que a Samsung fará uma auditoria em duas divisões?

A Samsung LSI, setor que fabrica o Exynos e os sensores Isocell, e a sua foundy estão entregando resultados que não condizem com os enormes investimentos feitos nos últimos anos.

Samsung Galaxy S22 e sua versão com Exynos 2200 ficou bem abaixo da versão com Snapdragon 8 Gen 1 (foto: Darlan Helder/Tecnoblog)

Começando pelo Exynos, o caso mais conhecido. A Samsung produziu alguns processadores problemáticos recentemente. O Exynos 2200, por exemplo, teve um desempenho tão fraco que a linha Galaxy S22 não teve uma edição FE.

Isso ainda levou a Samsung LSI a abandonar o Exynos 2300 para focar em resolver problemas de desenvolvimento dos SoCs. O Exynos 2400 chegou em um bom nível, mas o Exynos 2500 não foi finalizado a tempo do S25.

No ano passado, a divisão LSI teve uma perda financeira entre 4 trilhões e 5 trilhões de won (R$ 19,9 bilhões). Os sensores Isocell, ainda que não aparentem ter problemas de desempenho, fizeram a fatia de mercado da Samsung nesse segmento cair para menos de 20% — a Sony segue líder indisputada.

O setor de fabricação de chips parece ser o caso mais grave. Em 2019, a Samsung prometeu que até 2030 a divisão receberá um investimento total de R$ 677,1 bilhões. Contudo, desde então, a foundry não reverteu esse valor em crescimento de mercado. O market share caiu de 19,1% para 8,2% no ano passado.

O sonho da Samsung é ser a maior fabricante de chips do mundo, mas está difícil superar a TSMC e conseguir um alto desempenho nas litografias de 4 nm e menores.

Com informações de SamMobile e Chosun
Samsung usará seu próprio DOGE para analisar divisão do Exynos

Samsung usará seu próprio DOGE para analisar divisão do Exynos
Fonte: Tecnoblog

Intel adia mais uma vez projeto de US$ 28 bilhões para fabricar chips

Intel adia mais uma vez projeto de US$ 28 bilhões para fabricar chips

Intel está em crise e sem CEO (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Intel adiou novamente a inauguração de sua fábrica de chips em Ohio, agora prevista para 2030-2031.
Enfrentando um momento de crise com prejuízos bilionários, a empresa cancelou 15 mil postos de trabalho em agosto de 2024.
A Intel pretende reduzir US$ 10 bilhões em gastos até 2025 e pode vender a Intel Foundry, já que não conseguiu fechar contratos para fabricar chips para terceiros.

A nova fábrica da Intel em Ohio, nos Estados Unidos, teve mais uma vez sua inauguração adiada. De acordo com a empresa, a nova expectativa é que a produção comece entre 2030 e 2031. O projeto, orçado em US$ 28 bilhões, foi anunciado em 2022 e tinha 2025 como horizonte para início das operações.

“Estamos adotando uma abordagem prudente para garantir que completaremos o projeto de maneira financeiramente responsável”, disse Naga Chandrasekaran, vice-presidente executivo da Intel, no comunicado sobre o adiamento.

“Continuaremos a construção em um ritmo mais lento, enquanto mantemos a flexibilidade para acelerar os trabalhos e o início das operações, caso a demanda dos consumidores justifique estas medidas”, explica Chandrasekaran. O projeto inclui ainda uma segunda fábrica, que só deve ficar pronta em 2031 e iniciar operações em 2032.

Qual a importância desta fábrica da Intel?

A Intel apresentou o projeto do campus de Ohio como o maior local de fabricação de semicondutores do mundo. A empresa estimava que as fábricas criariam, no mínimo, 3 mil empregos diretos e dezenas de milhares indiretos, em fornecedores e parceiros.

O CEO da Intel naquela época era Pat Gelsinger, que apostou alto no aumento da capacidade de produção. O complexo da companhia no Arizona, por exemplo, também recebeu US$ 20 bilhões para expansão.

Vale lembrar também o contexto daquela época. Os EUA investiram para trazer para o país a produção de semicondutores, por meio do Chips Act. A escassez de chips era uma das justificativas para estas decisões.

O que mudou na Intel desde então?

Os últimos anos foram de crise na Intel, e a ordem agora é economizar. Em 2024, a empresa acumulou prejuízos bilionários, incluindo fechar o terceiro trimestre com resultado negativo de US$ 16,6 bilhões, o pior de sua história.

Os investimentos na Intel Foundry não deram certo, já que os contratos para fabricar chips para outras empresas nunca vieram. As falhas nos chips Core de 13ª e 14ª gerações contribuíram para piorar a imagem da empresa. A situação é tão crítica que Pat Gelsinger se aposentou em dezembro de 2024 e, até agora, o cargo de CEO não tem um ocupante oficial — David Zinsner e Michelle Johnston dividem o posto de forma interina.

Para tentar voltar ao caminho certo, a empresa fez 15 mil demissões em agosto de 2024, cancelou seu chip dedicado à inteligência artificial e simplificou seus planos. Com isso, ela pretende reduzir os gastos em US$ 10 bilhões em 2025. Mesmo assim, ainda existe a possibilidade de se desfazer da Intel Foundry, que ainda não justificou seus custos.

Com informações da Intel, Bloomberg e The Verge

Intel adia mais uma vez projeto de US$ 28 bilhões para fabricar chips

Intel adia mais uma vez projeto de US$ 28 bilhões para fabricar chips
Fonte: Tecnoblog

Amazon Brasil amplia oferta de produtos vendidos nos EUA

Amazon Brasil amplia oferta de produtos vendidos nos EUA

Amazon brasileira amplia oferta de produtos vendidos nos EUA (arte: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Amazon Brasil expandiu sua área de compras internacionais e incluiu mais de 40 milhões de produtos disponíveis nos EUA.
Compras feitas no site brasileiro podem ser pagas em reais, com opções como Pix, boleto, cartão de crédito e parcelamento.
Assinantes do Amazon Prime têm frete internacional gratuito em determinados itens, com preços que já incluem impostos, taxas de importação e conversão direta no site.

A versão brasileira da Amazon já permitia compras de produtos comercializados nos Estados Unidos. Essa opção acaba de ser ampliada: agora, mais de 40 milhões de produtos da Amazon americana podem ser comprados a partir da loja online no Brasil.

Esses produtos estão distribuídos em cerca de 35 categorias, como livros, roupas e artigos automotivos. Aliás, a primeira categoria chama a atenção por ser bastante ampla: mais de 26 milhões de livros físicos estão disponíveis por ali, de acordo com a própria Amazon.

Ainda segundo a companhia, as categorias também incluem seções dedicadas a marcas específicas, como Champion, Conair, Ninja e Carters.

Com a expansão da nossa Loja de Compras Internacionais, buscamos oferecer aos nossos clientes o acesso a um universo de produtos importados vendidos pela Amazon Estados Unidos, aliado à conveniência e confiabilidade que são marcas registradas da Amazon.

Daniel Mazini, presidente da Amazon Brasil

A companhia esclarece que as compras feitas em outras unidades da Amazon são identificadas com o selo “Compra Internacional”. Aliás, o site da Amazon tem uma seção específica para compras internacionais*.

Como é o pagamento de produtos internacionais na Amazon?

As compras internacionais feitas na Amazon brasileira são pagas em reais. Todas as modalidades de pagamento existentes por aqui podem ser usadas, como Pix, boleto bancário e cartão de crédito, inclusive com opção de parcelamento.

Os clientes da Amazon no Brasil podem ainda fazer compras internacionais de modo a acumular pontos ou cashback em programas locais, como Livelo e Meliuz, e no cartão de crédito da própria Amazon.

Assinantes do programa Amazon Prime podem ainda contar com frete internacional gratuito para determinados itens.

Área de compras internacionais da Amazon (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Os preços em dólar são convertidos para reais pela própria loja. Nesse sentido, vale destacar também que as compras seguem as regras do Programa Remessa Conforme.

Além disso, os valores são informados no site da Amazon já com impostos e taxas de importação calculadas, o que ajuda o consumidor a decidir se aquela compra vale a pena.

Como esse tipo de compra é internacional, o tempo de entrega tende a ser maior quando comparado a pedidos nacionais. Contudo, esse prazo costuma não ser superior a 30 dias.

*Nota de transparência: este é um link de afiliados; as compras feitas na loja a partir desse endereço geram uma pequena comissão para o Tecnoblog, mas não alteram os preços dos produtos.
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Fonte: Tecnoblog