Category: negócios

Meta pode fazer nova rodada de demissões na semana que vem

Meta pode fazer nova rodada de demissões na semana que vem

Não é notícia repetida: a Meta estaria preparando uma rodada de demissões, a terceira desde o fim de 2022. Ela deve ocorrer na semana do dia 22 de maio, de acordo com informações internas obtidas, e pode afetar até 6 mil trabalhadores.

Meta para 2023: superar o trauma que foi 2022 (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O site Vox teve acesso à gravação de uma reunião em que Nick Clegg, presidente de relações internacionais da Meta, disse a funcionários que uma nova onda vai acontecer na semana que vem. O encontro teria acontecido na quinta-feira (18).

“São tempos de ansiedade e incerteza. Gostaria de ter um jeito fácil de dar um pouco de conforto. É incerto. Na verdade, cresceu minha admiração pelo jeito que todo mundo, apesar dessa incerteza, mostra resiliência e profissionalismo”, disse Clegg na gravação obtida.

Esta pode ser a terceira onda de demissões da Meta desde novembro de 2022, quando a empresa começou a fazer cortes em massa no seu quadro de funcionários. Naquela ocasião, cerca de 11 mil cargos foram eliminados.

Em março de 2023, Mark Zuckerberg reforçou que este seria o “ano da eficiência” da empresa. Em outras palavras: a companhia vai enxugar ainda mais seus gastos, com 10 mil demissões até o fim de maio. Apesar do comunicado, as datas exatas não haviam sido anunciadas.

Em março, recrutadores da empresa foram dispensados, indicando que as contratações foram congeladas. No mês seguinte, cerca de 4 mil pessoas foram demitidas, em sua maioria das equipes de tecnologia da Meta.

No áudio obtido, Clegg diz que a próxima rodada afetará todo mundo nas equipes de negócios. Como a Meta prometeu demitir 10 mil e já dispensou 4 mil, estima-se que o novo layoff pode afetar 6 mil empregados.

A data do layoff não foi anunciada — Clegg apenas explicou que os funcionários saberão na tarde anterior.

Procurada pela Vox, a Meta não quis comentar o assunto.

Google, Microsoft e Amazon também demitiram

A Meta não está sozinha nas demissões em larga escala. O Google dispensou 12 mil funcionários em janeiro de 2023. Já a Microsoft botou 10 mil na rua. Na Amazon, o número de demitidos chegou a 18 mil.

E a lista de layoffs vai além das big techs: a Xiaomi demitiu 10% de sua força de trabalho, a Dell mandou mais de 6 mil embora, a Disney dispensou 7 mil e encerrou seu setor de metaverso, e por aí vai.

Entre os motivos apontados para tantas demissões, estão a contratação exagerada nos primeiros anos da pandemia de COVID-19 — quando o comércio eletrônico, o uso de aplicativos e o consumo de mídia dispararam — e o cenário macroeconômico incerto, com inflação alta e desaceleração da economia.

Com informações: The Verge, Vox
Meta pode fazer nova rodada de demissões na semana que vem

Meta pode fazer nova rodada de demissões na semana que vem
Fonte: Tecnoblog

Camarão que dorme, a onda leva

Camarão que dorme, a onda leva

Qualquer empresa quer ser a maior em seu setor. Mas a supremacia pode ter um preço: a empresa se torna muito grande, e, com isso, perde o dinamismo. Talvez até se acomode um pouco. O resultado é uma dificuldade maior para inovar, pensar além do modelo de negócios que já dá certo. Então, quando um novo concorrente ou tecnologia disruptiva aparecem, o dominante acaba sendo pego de surpresa.

Camarão que dorme, a onda leva (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

No episódio de hoje, pegamos carona na situação de gigantes como Google e Meta para refletir sobre o que acontece quando uma empresa se torna grande demais. Acredite: passar muitos anos no topo tem lá os seus riscos. Dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Paulo Higa

Emerson Alecrim

Josué de Oliveira

Citado no episódio

Funcionários do Google não gostaram nada do anúncio do Bard

Créditos

Produção: Josué de Oliveira

Sonorização: Ariel Liborio

Edição: Raquel Igne

Arte da capa: Vitor Pádua

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Camarão que dorme, a onda leva

Camarão que dorme, a onda leva
Fonte: Tecnoblog

LinkedIn demite mais de 700 pessoas e encerrará app na China

LinkedIn demite mais de 700 pessoas e encerrará app na China

O LinkedIn anunciou na noite da segunda-feira (8), que irá demitir 716 funcionários e realizará mudanças no programa Global Business Organization (GBO). Além disso, a empresa também confirmou que seus esforços na China através do aplicativo InCareer serão descontinuados em agosto de 2023.

LinkedIn (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

As informações vieram diretamente de Ryan Roslansky, CEO do LinkedIn, em um e-mail para os colaboradores, que depois foi publicado na página de notícias da empresa. No texto, o líder afirma que mais demissões ocorreram na companhia no início de 2023 do que em todo ano de 2022.

Segundo o CEO, os cortes aconteceram devido a “mudanças no comportamento do cliente e crescimento mais lento da receita”.

Ademais, o Global Business Organization (GBO), que é uma “organização de negócios e networking liderada por estudantes, dedicada a formar líderes com mentalidade global nos negócios e na sociedade” irá sofrer uma reorganização. O LinkedIn fará alterações na agilidade, no alinhamento dos times e na maneira de trabalhar.

Por fim, as demissões também estão ligadas ao encerramento do app de empregos InCareer, propriedade do LinkedIn, na China. De acordo com Ryan Roslansky, “embora o programa tenha obtido algum sucesso no ano passado, ela também enfrentou uma concorrência acirrada e um clima macroeconômico desafiador no país asiático”.

Usuários do aplicativo têm até o dia 9 de agosto para baixarem seus dados, que serão deletados no mesmo mês.

App do InCareer na China (Imagem: Reprodução / South China Morning Post)

Novas vagas serão abertas

Mesmo com a demissão de 716 funcionários (4% de toda a força de trabalho da marca), o LinkedIn mantém o otimismo.

No planejamento para a reestruturação de suas áreas, a empresa afirmou que vai abrir 250 novas vagas de emprego a partir do dia 15 de maio em “segmentos específicos das operações”. Isso inclui oportunidades no gerenciamento de negócios e contas, por exemplo.

Encerrando a carta para as equipes, Ryan Roslansky, disse que a próxima década “talvez seja a mais importante que experimentamos até agora”. O CEO ressaltou o crescimento da tecnologia de inteligência artificial e as mudanças que ela fará no mundo. Vale lembrar que a marca anunciou o uso de IA para redigir mensagens para recrutadores e também para auxiliar o usuário a escrever o seu próprio perfil no LinkedIn.

O líder considera que o LinkedIn será essencial em ajudar “membros e clientes a navegarem pelas mudanças para acessar oportunidades econômicas”.

A companhia continuará a administrar os gastos, enquanto investe em áreas estratégicas de crescimento. Contudo, as próximas semanas, segundo o CEO, serão direcionadas para dar suporte aos colaboradores que foram impactados pelas mudanças.

Com informações: TechRadar.
LinkedIn demite mais de 700 pessoas e encerrará app na China

LinkedIn demite mais de 700 pessoas e encerrará app na China
Fonte: Tecnoblog

Para as gigantes da tecnologia, o entretenimento é essencial

Para as gigantes da tecnologia, o entretenimento é essencial

Em novembro de 2022, a Bloomberg reportou que a Amazon estaria disposta a gastar US$ 1 bilhão para exibir filmes no cinema. O plano seria lançar de 12 a 15 produções por ano na tela grande, número semelhante ao de estúdios tradicionais, como a Paramount.

Para as gigantes da tecnologia, o entretenimento é essencial (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Há pouco mais de um mês, o mesmo veículo noticiou que a Apple tem um plano semelhante, inclusive no valor do investimento. A empresa já tem alguns filmes grandes em produção, como os novos trabalhos de Martin Scorsese e Ridley Scott, diretores com sólida carreira e reputação em Hollywood.

A presença dessas empresas no cenário do entretenimento não é novidade: Prime Video e Apple TV+ brigam por espaço no mercado de streaming já há alguns anos. Ainda assim, o movimento em direção aos cinemas chama a atenção. Afinal, estamos falando de Big Techs, empresas que nem de longe precisam da receita com conteúdo em vídeo.

O que pode estaria por trás dessa investida rumo aos cinemas?

O ouro está nos serviços

Amazon e Apple são empresas muito diferentes. A primeira se fez no varejo, mas também se dá muito bem no segmento de computação em nuvem; a segunda lança alguns dos dispositivos mais potentes e cobiçados do mercado. Mas ambas têm algo em comum: a forte ênfase em serviços.

Amazon e Apple oferecem pacotes de serviços e benefícios a um valor fixo mensal: o Prime e o Apple One. E os streamings de ambas, é claro, estão inclusos na assinatura, assim como outras opções de entretenimento, como música e podcasts.

Uma vez que esse assinante é conquistado, o conteúdo em vídeo se torna um elemento que o mantém no programa. Afinal, você quer assistir à próxima temporada de The Boys e Ted Lasso. Estabelecida uma relação de afeto com essas produções, o usuário pensa duas vezes antes de cancelar.

Serviços de streaming (Imagem: Nicolas J Leclercq/Unsplash)

Do ponto de vista de negócios, portanto, o streaming reforça a lógica de um ecossistema que te dá inúmeros incentivos para ficar. Pela mesma razão, faz sentido lançar produções cada vez mais caras, estampando nomes conhecidos em Hollywood: o usuário é atraído pela promessa de entretenimento de qualidade. E, veja só, ainda tem frete grátis e um aplicativo de exercícios.

Dessa forma, torna-se fundamental fortalecer a sua marca junto ao público que enxerga valor em produções cinematográficas. A estratégia das Big Techs nos cinemas não tem tanto a ver com cinema, e sim com garantir novos assinantes.

Mas esse é um olhar frio, focado unicamente em negócios. Há outras formas de encarar a questão.

A tecnologia não é o bastante

No Tecnocast 285, o crítico de cinema PH Santos destacou outro aspecto importante nessa história de empresas de tecnologia investindo pesado no audiovisual.

Amazon e Apple são referência em inovação e qualidade no varejo e em gadgets, respectivamente. Essa reputação já está mais do que estabelecida. Mas PH sugere que o entretenimento oferece um caminho ainda mais eficiente para fortalecê-las enquanto marcas.

O ponto é que a tecnologia, por mais presente que esteja em nossas vidas, perde para filmes, séries, games e outros meios quando se trata do imaginário dos consumidores.

Do que a pessoa se lembra mais no geral: do primeiro iPhone que ela teve ou da primeira vez que ela assistiu Matrix? Há quanto tempo Matrix acompanha essa pessoa na vida dela? (…) Quantos de nós, se eu falo aqui de Dragon Ball Z, não bate um sentimento ultranostálgico? E se Apple também não está começando a fabricar essa grande percepção de marca aliada ao imaginário dentro da cultura pop?

A Apple aqui é apenas um exemplo, já que, para as demais Big Techs, o processo descrito por PH seria muito desejável. Deixar de ser visto apenas como um grande conglomerado que fornece tecnologia e adquirir uma dimensão simbólica atrelada aos interesses e afetos do público. Tudo mediado pelo entretenimento.

Matrix (Netflix / Divulgação)

Aqui, além do aceno de Amazon e Apple para o cinema, podemos citar o boato de que a Microsoft estaria interessada em comprar a Netflix. E, voltando ao exemplo da Apple, não é de hoje que se comenta sobre a possibilidade da Maçã adquirir outro gigante de mídia: a Disney.

Empresas de tecnologias querem conquistar usuários com um ecossistema diverso de produtos e serviços, mas parecem estar enxergando que, para isso, precisam ser vistas para além da tecnologia. Precisam atingir os usuários onde o iPhone e o frete grátis não conseguem: no imaginário.

Afinal, como nos lembra PH Santos:

Nós estamos assistindo TV, escutando rádio, consumindo música, filmes, séries, programas, talk shows etc. há mais tempo do que usamos smartphones. Nós estamos vivendo a arte e o entretenimento há mais tempo do que a gente se comunica com pessoas à distância. (…) Talvez tenha um valor nisso. E talvez essas empresas vejam valor nisso também.

Para as gigantes da tecnologia, o entretenimento é essencial

Para as gigantes da tecnologia, o entretenimento é essencial
Fonte: Tecnoblog

Meta surpreende e receitas sobem 3% após sequência negativa

Meta surpreende e receitas sobem 3% após sequência negativa

Após meses de resultados desapontantes para os investidores, a Meta finalmente trouxe algumas boas notícias. O relatório financeiro do primeiro trimestre de 2023 mostrou uma alta de 3% nas receitas em comparação com o ano anterior. Até então, já eram três intervalos de queda. Porém, os custos aumentaram, e o lucro diminuiu.

Meta (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

As receitas da Meta foram de US$ 28,645 bilhões de janeiro a março de 2023, contra US$ 27,908 bilhões no mesmo período de 2022.

A expectativa dos analistas ouvidos pela Refinitiv era de US$ 27,650 bilhões — ou seja, uma queda em relação a 2022. O mercado reagiu bem, e as ações da Meta tiveram uma alta de 12%.

Outros bons resultados foram nos números de usuários. Em todos os apps da Meta — Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger — houve um crescimento de 5% em relação ao ano anterior, tanto nos usuários ativos mensalmente quanto nos ativos diariamente.

Gastos e lucros são o lado negativo

A volta do crescimento nas receitas foi a principal notícia, mas há números não tão bons.

As despesas da Meta tiveram crescimento de 10%. No primeiro trimestre de 2023, elas foram de US$ 21,418 bilhões. No mesmo período de 2022, elas foram de US$ 19,384 bilhões.

O lucro líquido também caiu: 24% menor em relação ao ano anterior. No primeiro trimestre de 2023, ele foi de US$ 5,709 bilhões, contra US$ 7,465 em 2022.

Demissões geram custos, mas animam investidores

Ironicamente, parte desse aumento de custos se deu por causa das demissões em massa: a Meta gastou US$ 1,14 bilhão com sua reestruturação. A empresa alerta que esses gastos podem chegar a US$ 5 bilhões ao longo de 2023.

A Meta tem 77.114 funcionários, 1% a menos que no ano passado. Esse número já reflete o layoff de novembro de 2022, mas ainda inclui os que foram e serão demitidos em 2023.

Mark Zuckerberg, CEO da empresa, vem dizendo que 2023 é o “ano da eficiência”.

Ele reforçou essa mensagem no comunicado aos investidores: “[a empresa] está se tornando mais eficiente para que possamos criar produtos melhores com mais rapidez e nos colocarmos em uma posição mais forte para concretizar nossa visão de longo prazo”.

Como nota a CNBC, desde fevereiro, quando surgiram notícias de mais demissões em massa, a Meta vem subindo na bolsa de valores. Em 2023, a alta já chega a 74%.

Isso, no entanto, ainda não foi suficiente para recuperar o tombo de dois terços no valor de mercado que a empresa sofreu em 2022.

Metaverso continua dando prejuízo

O metaverso foi a grande aposta de Mark Zuckerberg em 2021, quando a empresa antes conhecida como Facebook passou a se chamar Meta. De lá para cá, ele levou um puxão de orelha dos acionistas, que querem mais investimentos em inteligência artificial.

A Reality Labs — divisão da Meta responsável por desenvolver as tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada para o metaverso — teve um prejuízo de US$ 3,99 bilhões.

Está ruim, e vai piorar. Segundo a Meta, as perdas deste setor da empresa vão aumentar neste ano.

Com informações: Meta, CNBC, Reuters
Meta surpreende e receitas sobem 3% após sequência negativa

Meta surpreende e receitas sobem 3% após sequência negativa
Fonte: Tecnoblog

Windows e Xbox despencam, mas Microsoft lucra US$ 18 bilhões no início de 2023

Windows e Xbox despencam, mas Microsoft lucra US$ 18 bilhões no início de 2023

Nesta terça-feira (25), a Microsoft divulgou os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2023. No período, a companhia obteve receita de US$ 52,9 bilhões e lucro líquido de US$ 18,3 bilhões. São números bons, mas eles seriam melhores se as divisões de Windows e Xbox não tivessem decepcionado.

Microsoft (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A receita de US$ 52,9 bilhões representa um aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2022 (US$ 49,6 bilhões). Nesse comparativo, o lucro líquido aumentou 9%, pulando de US$ 16,7 bilhões (2022) para US$ 18,3 bilhões (2023).

Divisões Windows e Xbox sofreram

Contudo, as vendas de PCs permaneceram desaceleradas depois de experimentar uma grande demanda nos meses mais críticos da pandemia. Como consequência, a receita da Microsoft com o Windows no mercado OEM (licenças fornecidas a fabricantes de PCs) caiu 28% na comparação ano a ano.

A queda na demanda por PCs também teve efeito sobre a divisão de dispositivos da Microsoft. Os portáteis Surface (não comercializados oficialmente no Brasil) e as linhas de acessórios (como teclados e mouses) da companhia tiveram queda de 30% nas vendas em relação ao primeiro trimestre de 2022.

Na divisão Xbox, a receita com consoles também despencou 30% no ano a ano. Já a receita com jogos para a plataforma teve queda de 4%. Pelo menos a área de serviços Xbox registrou alta de 3% na receita. Isso sugere um aumento no número de assinantes do Xbox Game Pass, embora a Microsoft não tenha revelado o tamanho atual dessa base.

Dell Inspiron 13 com Windows 11 (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Áreas de nuvens e serviços foram bem

Os resultados das áreas de nuvens e serviços evitaram um trimestre desastroso para a Microsoft. Os destaques vão paras as divisões Dynamics 365 e Azure, que tiveram aumento de receita ano a ano de 25% e 27%, respectivamente.

A divisão Microsoft 365 (inclui as ferramentas do Office) foi outro destaque. Aqui, a receita no primeiro trimestre de 2023 aumentou 14%. Isso é efeito, em grande parte, do crescimento da base de usuários, que pulou de 63,2 milhões de assinantes no final de 2022 para 65,4 milhões no último trimestre.

Até o LinkedIn teve um trimestre positivo. A receita da rede social, que pertence à Microsoft desde 2016, cresceu 8% no período.

Outra divisão que teve resultado positivo foi a de busca e anúncios, com aumento de receita de 10%. Aqui, é possível que a integração com o ChatGPT tenha servido para elevar o número de usuários do Bing. Resta saber se o bom desempenho será mantido nos próximos meses.

O relatório financeiro está no site da Microsoft. O documento diz respeito ao terceiro trimestre fiscal da Microsoft, que corresponde ao período encerrado em março de 2023.
Windows e Xbox despencam, mas Microsoft lucra US$ 18 bilhões no início de 2023

Windows e Xbox despencam, mas Microsoft lucra US$ 18 bilhões no início de 2023
Fonte: Tecnoblog

Magalu demite fundadores do Kabum por justa causa

Magalu demite fundadores do Kabum por justa causa

Em 2021, o Magazine Luiza comprou o Kabum, mas a transação foi parar nos tribunais, e a briga judicial parece longe de ter um desfecho. No mais recente episódio, os dois fundadores do e-commerce de informática e games foram demitidos por justa causa da varejista.

Magazine Luiza (Imagem: Divulgação)

As informações foram obtidas pelo jornal Valor Econômico. Segundo a publicação, Thiago e Leandro Ramos tiveram seus contratos com o Magalu suspensos por 30 dias antes da decisão de encerrá-los. Os dois eram contratados pela CLT no Magazine Luiza.

A demissão por justa causa se deu, de acordo com o jornal, porque os fundadores do Kabum estavam trabalhando para criar uma nova empresa, que seria concorrente do Magalu.

Thiago e Leandro Ramos negam. Eles moveram uma ação trabalhista, acusando a empresa de demissão por justa causa “imotivada”. Se isso for comprovado, o Magalu terá que fazer uma série de pagamentos aos fundadores do Kabum, como multas rescisórias, bônus e danos morais.

Na ação trabalhista, os advogados dos irmãos dizem que a demissão foi uma retaliação à ação judicial movida contra o Itaú BBA.

O Tecnoblog procurou o Kabum e o Magazine Luiza. O Kabum não respondeu ao e-mail enviado. Já o Magazine Luiza disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Venda foi parar na Justiça em fevereiro de 2023

O Magalu comprou o Kabum em julho de 2021 por R$ 3,5 bilhões, sendo R$ 1 bilhão à vista. A aquisição foi concluída em dezembro daquele ano. Em 2023, porém, o assunto voltou à tona.

Thiago e Leandro Ramos resolveram processar o Itaú BBA, contratado para assessorar a venda do e-commerce de informática. Eles acusam o banco de favorecer o Magazine Luiza, deixando de lado outras propostas.

Os fundadores dizem que o dono da Havan, Luciano Hang, os procurou ainda em 2020 e estava interessado na loja virtual.

Para os irmãos, o valor de R$ 3,5 bilhões oferecido pelo Magalu era impressionante, mas o contrato foi mal negociado e desvantajoso.

Um dos pontos do negócio é que R$ 2,5 bilhões foram pagos em ações do Magazine Luiza. Os papeis, porém, ficaram travados por 18 meses, e tiveram uma desvalorização de 86% no período.

Em nota divulgada em fevereiro de 2023, o Itaú BBA diz que “os acionistas do Kabum estavam absolutamente cientes de que poderia haver flutuação de valores no mercado acionário” e que foram eles os responsáveis por tomar decisões em relação a condições e cifras da aquisição.

Com informações: Valor Econômico, UOL
Magalu demite fundadores do Kabum por justa causa

Magalu demite fundadores do Kabum por justa causa
Fonte: Tecnoblog

Seagate é multada em US$ 300 milhões pelos EUA por enviar HDs à Huawei

Seagate é multada em US$ 300 milhões pelos EUA por enviar HDs à Huawei

Em 2019, o governo dos Estados Unidos, então sob comando de Donald Trump, proibiu empresas americanas de fazerem negócio com a Huawei. A Seagate descumpriu a restrição ao fornecer discos rígidos à companhia chinesa. A consequência veio agora: uma multa de US$ 300 milhões (equivalente a R$ 1,5 bilhão).

HD da Seagate (imagem: divulgação/Seagate)

A punição surge após uma investigação da Secretaria de Indústria e Segurança (BIS, na sigla em inglês), órgão ligado ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos.

O relatório da BIS aponta que, entre agosto de 2020 e setembro de 2021, a Seagate enviou 7,4 milhões de HDs à Huawei sem obter uma licença de exportação do governo americano.

As sanções foram aplicadas à Huawei em razão da alegada suspeita do governo americano de que a empresa pratica espionagem para a China, além de outras ações irregulares. Com base nisso, a Huawei passou a figurar na lista de organizações que ameaçam a segurança dos Estados Unidos.

Em agosto de 2020, as restrições comerciais à Huawei foram ampliadas. Depois disso, Western Digital e Toshiba pararam de fornecer discos rígidos à empresa chinesa.

Com a Seagate foi diferente. A companhia continuou enviando HDs à Huawei usando como argumento que, como esses produtos não eram oriundos de equipamentos feitos nos Estados Unidos, não estavam sujeito ao controle de exportações do governo americano.

Os 7,4 milhões de discos rígidos fornecidos geraram uma receita de US$ 1,1 bilhão para a Seagate.

Huawei na Mobile World Congress (imagem: Karlis Dambrans/Flickr)

Multa de US$ 300 milhões paga em parcelas

A multa de US$ 300 milhões é a maior já aplicada pela BIS em uma investigação não ligada a um processo criminal. O valor faz parte de um acordo entre o órgão e a Seagate, e corresponde ao dobro do lucro da empresa com a venda dos HDs.

Dave Mosley, CEO da Seagate, explicou a aceitação do acordo:

Apesar de acreditarmos que cumprimos todas as leis relevantes de controle de exportação quando fizemos as vendas dos discos rígidos, concluímos que nos comunicar com a BIS e resolver esse problema era a melhor ação a ser tomada.

Como parte do acordo, a Seagate pagará a multa em parcelas trimestrais de US$ 15 milhões ao longo de cinco anos, começando em 31 de outubro de 2023. A empresa também será submetida a uma auditoria.

O não pagamento das parcelas ou problemas relevantes encontrados na auditoria poderão levar o governo dos Estados Unidos a proibir que a Seagate exporte produtos.

Com informações: Reuters.
Seagate é multada em US$ 300 milhões pelos EUA por enviar HDs à Huawei

Seagate é multada em US$ 300 milhões pelos EUA por enviar HDs à Huawei
Fonte: Tecnoblog

Como a euforia deu origem a uma onda de demissões

Como a euforia deu origem a uma onda de demissões

O aumento da taxa de juros americana reverbera com força no setor de tecnologia. A partir desse aumento, houve uma mudança nas expectativas dos investidores, que passaram a exigir um retorno maior sobre o capital investido.

A onda de demissões nas empresas de tecnologia parece não ter fim (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Nessa nova realidade, as empresas precisam cortar custos ao máximo. É nesse contexto que observamos o fenômeno das demissões em massa em startups e Big Techs, em curso desde 2022. O cenário é angustiante: o número de trabalhadores dispensados chega às centenas de milhares.

No entanto, a subida nos juros não pode ser colocada como a única causa das demissões. É preciso considerar o papel das próprias empresas, a maneira como se portaram nos anos de pandemia, quando a situação econômica era mais favorável.

A economia traz à superfície problemas que ficavam escondidos, ou que talvez nem eram vistos como problemas. E o problema trazido à luz neste momento é a empolgação excessiva. Isso fica evidente quando notamos que, entre as empresas que agora demitem, muitas vinham contratando vorazmente até bem pouco tempo.

“Não aconteceu da maneira que eu esperava”

Numa conjuntura de juros mais baixos, os investidores se mostravam mais dispostos a arriscar. Foi o que aconteceu em 2020 e 2021, quando os bolsos dos fundos de venture capital se abriram para financiar uma ampla gama de negócios na área de tecnologia.

Com muito dinheiro fluindo, as empresas puderam se aprimorar em diversas áreas, incluindo aí a aquisição de talentos. O trabalho remoto ajudou nesse ponto: era possível contratar profissionais dos mais diversos lugares do mundo.

Uma vez que o digital se tornou a regra à medida que a pandemia prosseguia, os negócios que operavam nessa lógica naturalmente tiveram procura maior. Dos streamings às fintechs, passando pelo comércio eletrônico, plataformas de cursos on-line e redes sociais: a alta demanda justificava a chegada de novos colaboradores.

Não é à toa que, nesse momento de layoffs, vários comunicados de empresas remetem a esse momento de crescimento. Sundar Pichai, CEO do Google, disse o seguinte no anúncio da demissão de 12 mil colaboradores, em janeiro:

Nos últimos dois anos, vimos períodos de crescimento dramático. Para acompanhar e alimentar esse crescimento, contratamos para uma realidade econômica diferente da que enfrentamos hoje.

CEO do Google, Sundar Pichai (Reprodução)

Essa “realidade econômica diferente” tem a ver com inflação, aumento nas taxas de juros (nos EUA e em outros países), corte de gastos por parte do público e a guerra na Ucrânia; enfim, um conjunto complexo de fatores. As empresas apostavam que o crescimento se manteria após a pandemia, mas o tempo mostrou que estavam erradas.

Mark Zuckergerg, CEO da Meta, explica a questão da seguinte forma:

No início da Covid, o mundo mudou rapidamente para o online e o aumento do comércio eletrônico levou a um crescimento descomunal da receita. Muitas pessoas previram que seria uma aceleração permanente que continuaria mesmo após o fim da pandemia. Eu também, então tomei a decisão de aumentar significativamente nossos investimentos. Infelizmente, isso não aconteceu da maneira que eu esperava.

Agora a prioridade é eficiência…

No Tecnocast 283, brincamos com a seguinte situação: você está à frente de um negócio, e alguém diz que tem R$ 10 milhões de bobeira que deseja investir na sua empresa. Quem é que vai responder não para essa proposta?

Segundo Rodrigo Fernandes, especialista em finanças para negócios digitais, o sim para os R$ 10 milhões, mesmo sem necessidade de toda essa grana, tem a ver com a própria dinâmica do venture capital. Empresas que receberam esse tipo de investimento precisavam mostrar que estavam dando algum fim para ele.

Contratações podem se inserir nesse exato contexto. Mas a pergunta que deveria estar sendo feita é: a empresa precisa de tantos novos funcionários? Ou, dito de outra forma: há, efetivamente, onde aproveitá-los?

Existe uma pressão, às vezes implícita, às vezes explícita, de que esse capital tem que ser aplicado em alguma coisa. E aí, muitas vezes, a contratação vem primeiro, depois vem o projeto, depois de ter a contratação da equipe e ter o projeto é que vai se analisar realmente a viabilidade e o retorno daquele projeto… Muitas vezes, na ânsia de mostrar serviço, de mostrar que as coisas estão acontecendo, mostrar uma sede bonita e cheia de gente, a gente não para pra fazer conta com cuidado.

Claro que é mais fácil perceber isso pouco mais de dois anos no futuro do que no momento em que o erro era cometido. Ainda assim, é um tanto surreal que esse processo tenha ocorrido em tantas empresas.

Mark Zuckerberg (imagem: Reprodução/Facebook)

Agora, passada a euforia, a prioridade é gastar com mais eficiência. Não é por coincidência, a palavra aparece várias vezes no comunicado de Zuckerberg – o mesmo que mudou o nome de sua empresa para perseguir a ideia de metaverso e investiu bilhões na mesma, sem nenhum resultado sólido até então.

Prioridades mudam, como se vê.

E, no fim das contas, a parte mais afetada são os milhares de funcionários dispensados. Alguns se mudaram de país para assumir novos cargos, e agora enfrentam o risco de perder o visto de trabalho. Em pouquíssimo tempo, a conta da euforia descontrolada e das contratações pouco cuidadosas chegou. E são pessoas.
Como a euforia deu origem a uma onda de demissões

Como a euforia deu origem a uma onda de demissões
Fonte: Tecnoblog

Apple, enfim, entra na onda de demissões das big techs

Apple, enfim, entra na onda de demissões das big techs

A Apple resistiu o quanto pôde à onda de demissões em massa entre as gigantes da tecnologia, mas finalmente cedeu. A empresa vai mandar embora alguns funcionários e gerentes de suas equipes internas.

Linha completa de iPhones 14 na Apple Store Orchard Road, Singapura (Imagem: Divulgação / Apple)

Segundo Mark Gurman, jornalista da Bloomberg e uma das pessoas mais bem informadas sobre a Apple, os cortes são na área de varejo, mais precisamente nas chamadas equipes de desenvolvimento e preservação.

Estes cargos são responsáveis pela construção e manutenção de Apple Stores e outras instalações da marca em todo o mundo.

As pessoas demitidas destes cargos poderão tentar entrar em posições similares na empresa. Caso não consigam, terão uma compensação de quatro meses de salário, segundo pessoas com acesso a informações internas sobre o assunto.

Além disso, a Apple também vai fechar alguns cargos de gerência. Os funcionários dispensados poderão ser recontratados como contribuidores individuais, como chama a empresa. Caso não sejam, receberão uma compensação, mas ela será menor que a das equipes de desenvolvimento e preservação.

Meta, Microsoft, Google e Amazon demitiram milhares

Estes são os primeiros cortes de pessoal da Apple desde que a onda de demissões do setor começou, em meados do segundo semestre de 2022.

Até então, a Apple havia tomado medidas menos agressivas, como congelamento de contratações e mudanças no pagamento de bônus.

Mesmo assim, o número de funcionários dispensados deve ser pequeno, principalmente se comparado às dezenas de milhares mandados embora por Meta, Google, Microsoft e Amazon.

Um dos motivos para esse contraste entre a Apple e as outras é a administração mais conservadora em relação a riscos, sem investimentos “malucos” ou crescimento insustentável.

Durante 2020 e 2021, Google e Microsoft tiveram aumentos de 53% e 57% no quadro de funcionários, respectivamente. Enquanto isso, a empresa do iPhone teve um crescimento de apenas 20% em pessoal.

A Apple não emprega muitos esforços projetos mais ousados. Os dois mais conhecidos são o headset de realidade virtual e o carro da marca. Antes da pandemia, aliás, este segundo setor teve cortes de algumas centenas de pessoas.

Com informações: Bloomberg
Apple, enfim, entra na onda de demissões das big techs

Apple, enfim, entra na onda de demissões das big techs
Fonte: Tecnoblog