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Meta e Spotify criam grupo para fazer lobby contra Apple e Google

Meta e Spotify criam grupo para fazer lobby contra Apple e Google

Meta e demais empresas têm histórico de brigas com Apple e Google (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Meta, Spotify, Garmin e Match Group (dona do Tinder) formaram uma coalizão para pressionar Apple e Google por mudanças nas regras de distribuição de apps nos EUA.
O grupo defende checagem de idade dos usuários e condições mais justas nas lojas de aplicativos, especialmente em relação a taxas e concorrência.
A coalizão vai colaborar com o Departamento de Justiça dos EUA nos processos contra a Apple e Google por práticas anticompetitivas.

Meta, Spotify, Garmin e Match Group (dona do Tinder) se uniram para formar a Coalition for a Competitive Mobile Experience (Coalizão por uma Experiência Móvel Competitiva, em tradução livre). O grupo pretende brigar por melhores condições para distribuir seus aplicativos e serviços — e brigar, aqui, significa brigar com Apple e Google.

Entre os objetivos da aliança estão obrigar Apple e Google a assegurar a compatibilidade de seus produtos com dispositivos e softwares concorrentes, e garantir que as lojas de aplicativos das duas empresas ofereçam condições justas para apps de outras companhias.

Grande parte dessa atuação ocorrerá nos Estados Unidos. A CCME vai colaborar com o Departamento de Justiça nos processos contra Apple e Google por práticas anticompetitivas.

“Estas empresas têm, em comum, a dependência do ecossistema móvel para servir seus clientes”, disse o diretor da coalizão, Brandon Kressin. “Elas reconhecem que são mais fortes unidas, especialmente ao ir contra companhias tão poderosas quanto o duopólio”, completou.

Vale lembrar que algumas destas empresas têm um longo histórico de brigas contra Apple e Google. O Spotify, por exemplo, já questionou as taxas cobradas pela App Store, enquanto a Meta acusa a fabricante do iPhone de fazer “privacy washing”.

Qual será a primeira batalha do grupo?

A CCME vai pressionar legisladores nos EUA para que Apple e Google sejam obrigadas a verificar a idade dos usuários, uma posição defendida pela Meta desde 2023.

Em Utah, nos EUA, alguns apps só poderão ser baixados após verificação de idade (foto: zhenzhong liu/Unsplash)

Como explica a Bloomberg, a necessidade de checar a idade traz o risco financeiro de uma “avalanche” de processos judiciais e os altos custos de desenvolver um sistema complexo para lidar com os dados pessoais de menores de idade. Por isso, faz sentido que o grupo liderado pela Meta queira que lojas de aplicativos impeçam menores de idade de baixar apps específicos.

O tema da verificação de idade está em alta nos EUA. No estado de Utah, parlamentares aprovaram uma lei nos moldes defendidos pela CCME, obrigando as plataformas e lojas a verificar a idade dos usuários, obter autorização dos pais e compartilhar essas informações com desenvolvedores. Em outros estados, há iniciativas semelhantes, bem como no Congresso dos Estados Unidos.

Do outro lado, o Google criticou iniciativas do tipo. Em março de 2025, a companhia afirmou em seu blog que a lei de Utah era “preocupante”, já que a obrigaria a compartilhar informações sobre menores de idade com milhões de desenvolvedores. A empresa ainda acusou a Meta de querer transferir a responsabilidade de proteger as crianças.

Com informações da Bloomberg e do The Verge
Meta e Spotify criam grupo para fazer lobby contra Apple e Google

Meta e Spotify criam grupo para fazer lobby contra Apple e Google
Fonte: Tecnoblog

Os argumentos da Apple para encerrar inquérito no Cade

Os argumentos da Apple para encerrar inquérito no Cade

Entidades dizem que Apple tem práticas anticompetitivas na implementação do Apple Pay (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Apple está na mira do Cade. O órgão brasileiro responsável por zelar pela livre concorrência de mercado abriu um inquérito para apurar supostas práticas anticompetitivas no Apple Pay, recurso de pagamentos presente no iPhone e outros aparelhos da companhia. Na segunda-feira (28), a Apple apresentou os argumentos e pediu que o caso não siga em frente.

Primeiro, é preciso entender o contexto do processo. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica coletou contribuições sobre o mercado de sistemas de pagamentos por aproximação em dispositivos móveis com sistema operacional iOS – com ênfase no sistema da própria Apple.

Apple Pay tokeniza cartão de crédito e realiza pagamento por aproximação (imagem: divulgação)

A entidade levou em consideração principalmente as falas do Banco Central (Bacen), da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da associação Zetta, que representa Nubank, Mercado Livre, PicPay, Neon, Will Bank, Cloudwalk, Unico e outras 20 empresas.

O acesso ao NFC está em jogo, função essencial para realizar os pagamentos por aproximação. A Febraban declarou que é “tecnicamente possível” que o dono do sistema operacional estabeleça barreiras ao NFC por terceiros, o que limitaria seu uso. “É este o caso da Apple”.

A resposta da Apple

Apple Brasil pede ao Cade arquivamento de inquérito administrativo (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Agora, a gigante de Cupertino apresenta suas primeiras declarações. O extenso documento ao Cade traz uma série de detalhamentos e variados anexos. O resumo é o seguinte:

A Apple argumenta que não possui posição dominante no Brasil, citando que apenas 10% dos brasileiros usam iPhones.

Foi elaborada a plataforma NFC & SE (Secure Element), que estaria aberta a desenvolvedores terceiros desde 2024, inclusive no Brasil.

As empresas do setor poderiam utilizar a ferramenta, desde que passem por um processo de credenciamento e paguem as devidas taxas.

A Apple alega que este mercado é dinâmico, repleto de opções, e que a estrutura do Apple Pay não causa dano ao consumidor nem exclusão de concorrentes.

Faz referência a ações e compromissos com autoridades internacionais, como o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Comissão Europeia, enfatizando que não concluíram pela prática de infração.

A Apple ainda argumenta, na resposta ao Cade, que a suposta restrição de apps de pagamento de terceiros “degradaria a experiência geral do usuário, reduziria o valor percebido dos dispositivos e limitaria a capacidade da Apple de comercializá-los”. Em outras palavras, os consumidores teriam menos motivos para optar por um iPhone.

Pode cobrar?

Outro ponto essencial é a cobrança das empresas interessadas em usar a plataforma NFC & SE, como bancos e meios de pagamento. A Apple alega que cobra uma “taxa modesta”, com contratos padronizados, sem importar o tamanho do parceiro. “Não há nada na legislação brasileira que impeça a Apple de cobrar uma taxa por seus serviços.”

O documento anexado aos autos tem trechos restritos. Não é possível saber, portanto, quais são os valores praticados pela companhia quando negocia o acesso ao Apple Pay.

“Diante do exposto, a Apple requer o arquivamento deste inquérito administrativo”, encerra a resposta elaborada pelo escritório Grinberg Cordovil, de São Paulo.

Sem integração com o Pix

O Apple Pay atualmente não contempla pagamentos com Pix, sistema que caiu no gosto do brasileiro. Não é possível fazer o Pix por aproximação, tal qual ocorre no Android, quando o pagamento é iniciado na tela da Carteira do Google e imediatamente o valor é debitado da conta do consumidor.

Seria necessário aderir ao Apple Pay para oferecer algo similar. O Tecnoblog apurou que alguns bancos têm interesse nisso e até iniciaram diálogo com a Apple. Além disso, a ferramenta do NFC & SE estaria tecnicamente pronta para acomodar essa funcionalidade.

Função de Pix por aproximação na Carteira do Google (imagem: reprodução)

Só faltaria combinar os termos comerciais, já que o Pix não custa nada para o cliente final e todos do ecossistema já se acostumaram com isso, ao passo que a remuneração do Apple Pay necessitaria de negociações adicionais, uma vez que a gigante da tecnologia não abre mão da sua remuneração.

Quais os próximos passos?

O processo no Cade ainda está na fase inicial de instrução. Ou seja, trata-se de um procedimento administrativo, não de uma ação judicial. A Apple já apresentou sua manifestação preliminar, incluindo traduções de documentos originalmente em inglês. Agora, a Superintendência-Geral do Cade deve analisar a resposta da empresa e possíveis manifestações de terceiros. O próximo passo pode incluir pedidos de esclarecimentos adicionais. Ao final, a Superintendência recomendará o arquivamento do caso ou seu envio ao Tribunal do Cade para julgamento.

Não há um prazo fixo para que o Cade se manifeste. A Superintendência-Geral pode levar semanas ou até meses para concluir a análise.
Os argumentos da Apple para encerrar inquérito no Cade

Os argumentos da Apple para encerrar inquérito no Cade
Fonte: Tecnoblog

iFood aumenta taxa mínima dos entregadores de moto para R$ 7,50

iFood aumenta taxa mínima dos entregadores de moto para R$ 7,50

iFood é a maior empresa brasileira de delivery (foto: divulgação)

Resumo

O iFood aumentou a taxa mínima para entregadores: bicicleta de R$ 6,50 para R$ 7,00 e moto ou carro para R$ 7,50.
Novo limite de 4 km para rotas de bicicleta e ampliação do seguro pessoal para 30 dias de cobertura por Incapacidade Temporária.
Estudo da Fipe calcula impacto de R$ 110,7 bilhões na economia brasileira gerado pela plataforma.

O iFood anunciou hoje um aumento nas taxas mínimas pagas aos entregadores da plataforma, potencial reflexo da paralisação realizada em 31 de março. Os valores cresceram acima da inflação e dependem do modal escolhido. Confira a evolução das taxas mínimas abaixo:

Bicicleta: aumentou de R$ 6,50 para R$ 7,00 (7,7%)

Moto ou carro: aumentou de R$ 6,50 para R$ 7,50 (15,4%)

Os novos valores entram em vigor para os mais de 360 mil entregadores em 1º de junho.

Preço dos pedidos não vai subir

O iFood explica ao Tecnoblog que os clientes não vão pagar mais pelos pedidos. “O iFood desenvolveu as mudanças com foco na valorização dos entregadores, mantendo o equilíbrio do ecossistema que envolve consumidores, entregadores e parceiros comerciais.”

A empresa ainda reforça que não cobra nenhuma comissão dos entregadores. Cerca de 60% dos pedidos realizados na plataforma são entregues diretamente pelos próprios estabelecimentos.

O iFood levou em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 2024, de 4,77%. “Estamos sempre ouvindo nossos entregadores e buscando entender suas necessidades para oferecer soluções reais que impactem positivamente seu trabalho. Este novo pacote é resultado direto desse diálogo, com o objetivo de aumentar seus ganhos e garantir que sua experiência na plataforma seja cada vez melhor”, declarou o diretor de Impacto Social, Johnny Borges, em nota à imprensa.

Ainda de acordo com o iFood, o reajuste acumulado para os dois modais foi de 41,2% e 31,8%, respectivamente, entre 2021 e 2025, números também acima dos principais indicadores de inflação do período.

O iFood reportou receita de US$ 1,2 bilhão no ano passado, uma alta de 22% frente a 2023. A empresa não informa o lucro do período – e nem é obrigada a fazê-lo, já que não está listada em bolsa.

Mais melhorias do iFood para entregadores

A plataforma também apresentou as seguintes melhorias:

Limite de 4 quilômetros para rotas de bicicleta, de modo que haja mais conforto e melhor distribuição de serviço entre os entregadores. O iFood ressalta que poderão haver casos pontuais de rotas maiores por causa de “particularidades regionais”.

No seguro pessoal, a cobertura diária da Incapacidade Temporária (DIT) foi ampliada de 7 para 30 dias.

O valor de indenização por morte ou invalidez total aumentou de R$ 100 mil para R$ 120 mil.

Um estudo encomendado pelo iFood e realizado pela Fipe em 2023 estimou impacto de R$ 110,7 bilhões na economia brasileira. Este valor vai desde comércio e agricultura até educação e saúde privadas. O mesmo documento estipula que cada R$ 1.000 gastos nos estabelecimentos do iFood resultam em outros R$ 1.390 na economia.
iFood aumenta taxa mínima dos entregadores de moto para R$ 7,50

iFood aumenta taxa mínima dos entregadores de moto para R$ 7,50
Fonte: Tecnoblog

Autoridades investigam se TP-Link é uma ameaça à segurança dos EUA

Autoridades investigam se TP-Link é uma ameaça à segurança dos EUA

DoJ investiga se a TP-Link representa uma ameaça à segurança nacional (imagem: reprodução/TP-Link)

Resumo

O Departamento de Justiça dos EUA investiga se a TP-Link praticou preços predatórios para dominar o mercado de equipamentos de rede.
Autoridades também analisam se a companhia, de origem chinesa, representa algum risco à segurança nacional.
Responsável por 65% dos roteadores domésticos no país, a TP-Link afirma não ter sido acionada oficialmente e diz estar pronta para cooperar.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) está investigando a TP-Link. As autoridades americanas querem saber se a companhia, de origem chinesa, praticou concorrência desleal e se, de algum modo, pode representar uma ameaça à segurança do país, dada a sua popularidade por lá.

É o que afirma a Bloomberg, que relembra que a investigação contra a TP-Link começou no fim de 2024, ainda sob a administração Biden, e foi mantida no atual governo de Donald Trump.

A TP-Link é uma das maiores fornecedoras de equipamentos de rede do mundo, principalmente no segmento doméstico, embora também atenda a empresas e governos. Estima-se que, somente nos Estados Unidos, a companhia responda por 65% do mercado de roteadores domésticos.

Por que a TP-Link está sendo investigada?

De acordo com a Bloomberg, O DoJ quer descobrir se a TP-Link implementou uma política de preços predatória para conquistar uma ampla fatia do mercado.

Essa política consistiria em oferecer preços anormalmente baixos, mesmo que isso resulte em prejuízo financeiro, para obter espaço no mercado e aumentar a precificação quando concorrentes estiverem com baixa capacidade competitiva.

As autoridades americanas também querem descobrir se a TP-Link tem algum tipo de ligação com o governo chinês e se, com isso, poderia representar uma ameaça à segurança nacional, por meio da coleta de dados sobre cidadãos americanos, por exemplo.

Nesse sentido, as autoridades verificam se a suposta prática monopolista prejudicou a capacidade de empresas sobre as quais não pesam desconfianças sobre a segurança nacional de vender roteadores ou outros equipamentos de rede nos Estados Unidos.

TP-Link se dispõe a colaborar com investigações nos EUA (foto: Lucas Braga/Tecnoblog)

O que diz a TP-Link?

Em nota ao Tom’s Hardware, a TP-Link informou que ainda não recebeu nenhum contato do DoJ:

Até o momento, a TP-Link Systems Inc. não recebeu nenhuma requisição do Departamento de Justiça sobre esses assuntos. Como uma empresa com sede nos Estados Unidos, a TP-Link opera com a máxima integridade e transparência, e está pronta para cooperar totalmente com quaisquer investigações governamentais, caso elas surjam.

O apontamento de “empresa com sede nos Estados Unidos” diz respeito ao fato de, em 2024, a TP-Link ter se dividido juridicamente em duas entidades, uma com sede na Califórnia, a outra com sede na China.

Talvez a TP-Link já estivesse considerando que uma investigação do tipo seria iniciada e, para se antecipar ao problema, criou a unidade nos Estados Unidos. O problema é que a divisão americana mantém operações na China, ainda segundo a Bloomberg.

Vale destacar que a TP-Link não foi acusada de nada. De acordo com o veículo, a companhia está apenas sob investigação, e esse processo levar meses ou até anos para ser concluído.

Se, eventualmente, alguma acusação pesar sobre a TP-Link, a companhia poderá ser multada ou até banida dos Estados Unidos, a exemplo do que aconteceu com a Huawei.
Autoridades investigam se TP-Link é uma ameaça à segurança dos EUA

Autoridades investigam se TP-Link é uma ameaça à segurança dos EUA
Fonte: Tecnoblog

Apple quer mudar produção de iPhones da China para a Índia até 2026

Apple quer mudar produção de iPhones da China para a Índia até 2026

Produção de iPhones na Índia deve aumentar até 2026 (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Apple pretende transferir a montagem de iPhones dos EUA da China para a Índia até 2026, por questões tarifárias, geopolíticas e para diversificar sua cadeia de suprimentos.
Hoje, 20% dos iPhones já são montados na Índia, mas os planos são de dobrar a produção anual para 80 milhões de unidades já no ano que vem.
A fabricação nos EUA é inviável por falta de engenheiros especializados, enquanto a China segue essencial no fornecimento de componentes.

A Apple pretende transferir a montagem dos iPhones vendidos nos Estados Unidos da China para a Índia até o final de 2026. Segundo a Bloomberg, a big tech está acelerando um processo de mudança iniciado na pandemia, quando a produção foi paralisada em sua principal fábrica chinesa. Agora, a medida é impulsionada pelas tarifas e incertezas políticas do governo Trump em relação à China.

Por que a Apple quer sair da China?

Apple acelera saída da China para evitar novas tarifas nos EUA (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A estratégia faz parte de um esforço mais amplo da Apple para diversificar sua cadeia de suprimentos. Atualmente, 20% dos iPhones da Apple — ou um em cada cinco — já são produzidos na Índia, mas a China segue como a principal base de fabricação da big tech.

Contudo, a mudança de rota ganhou força com a política comercial do presidente dos EUA, Donald Trump, que aplicou tarifas elevadas sobre produtos vindos da China — chegando a 145% em alguns casos. 

Para atender à demanda dos EUA, a Índia terá que produzir mais de 60 milhões de iPhones por ano. De acordo com o Financial Times, a Apple já trabalha para dobrar sua produção local, hoje em 40 milhões de unidades, e alcançar 80 milhões até 2026.

Recentemente, Trump excluiu celulares e computadores de tarifaço contra a China, mas os produtos do país asiático ainda estão sujeitos a uma tarifa adicional de 20% nas importações.

Mesmo com a montagem sendo transferida para fora da China, boa parte dos componentes dos iPhones ainda é fornecida por empresas chinesas, o que mantém a dependência da cadeia de suprimentos do país.

Na Índia, a maior parte da produção de iPhones acontece na fábrica da Foxconn. A Tata Electronics, que comprou as operações locais da Wistron e também gerencia unidades da Pegatron, é outro fornecedor-chave da Apple. A Bloomberg informou que ambas as empresas já estão investindo na expansão da capacidade de fabricação.

Por que a Apple não fabrica iPhones nos EUA?

A Apple organiza sua fabricação no exterior porque não tem como fabricar os iPhones nos EUA por falta de profissionais. Isso foi dito por Steve Jobs, fundador da empresa, e recentemente reiterado por Tim Cook, atual CEO. Ambos afirmaram que os EUA não têm a quantidade necessária de engenheiros especializados no maquinário usado na montagem dos dispositivos.

Em 2017, Cook explicou que a China não é mais o local ideal para produzir produtos com mão de obra barata, mas que permanecia atrativa pela grande quantidade de profissionais especializados em engenharia de ferramentas. “Nos Estados Unidos, você não consegue preencher uma sala. Na China, você preenche vários campos de futebol”, afirmou.

Com informações da Bloomberg e Financial Times
Apple quer mudar produção de iPhones da China para a Índia até 2026

Apple quer mudar produção de iPhones da China para a Índia até 2026
Fonte: Tecnoblog

Google ameaça funcionários de demissão caso não voltem ao presencial

Google ameaça funcionários de demissão caso não voltem ao presencial

Google vem abandonando política de home office adotada durante a pandemia (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Google está exigindo trabalho híbrido com pelo menos três dias presenciais por semana para funcionários que moram até 80 km de um escritório, de acordo com a CNBC.
Quem recusar o modelo será demitido em um programa de saída voluntária, com suporte para realocação a quem aceitar se mudar.
Funcionários remotos aprovados fora do raio de 80 km podem manter o trabalho remoto, mas só terão mudança de cargo se adotarem o modelo híbrido.

O Google está ameaçando demitir funcionários que não voltarem para o trabalho presencial. A informação foi publicada pelo canal americano CNBC, que teve acesso aos documentos enviados aos empregados da big tech. Segundo o canal, funcionários que receberam o aviso tiveram autorização da empresa para o trabalho remoto.

Em resposta à CNBC, uma porta-voz do Google explicou que a decisão está ligada a equipes individuais, não às mudanças no posicionamento da empresa sobre o home office. Entretanto, a porta-voz destacou que a big tech defende que a colaboração presencial é uma parte importante da inovação e resolução de problemas complexos.

Como é a política de trabalho presencial do Google?

Como explicou a porta-voz, funcionários das equipes que estão pedindo o retorno presencial terão que trabalhar no mínimo três dias da semana nos escritórios do Google. Na prática, o trabalho deixa de ser home office/remoto para ser híbrido. A nova política de local de trabalho se aplica aos empregados que moram perto dos escritórios da big tech.

Meet só de vez em quando: Google quer funcionários trabalhando presencial no mínimo três vezes por semana (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Contudo, os comunicados enviados aos funcionários explicam que quem não aceitar a nova forma de trabalho será demitido. Entre as equipes afetadas estão a de Serviços Técnicos e Operações de Pessoas — nome startupeiro do setor de recursos humanos do Google. Todos os empregados dessas equipes que moram até 80 km de distância de um escritório da big tech devem iniciar o trabalho híbrido.

O prazo para iniciar o novo formato de trabalho vai até junho deste ano. Quem não aceitar a ordem receberá um pacote de saída voluntária — não há informações sobre os benefícios desse pacote. O Google também está oferecendo uma ajuda de custo para empregados que aceitarem se mudar para até 80 km de distância de um escritório.

Os funcionários que tiveram o pedido de trabalho remoto aprovado e moram mais de 80 km de distância de escritórios do Google podem seguir no formato. Porém, mudanças de cargo só serão dadas para quem optar pelo modelo híbrido.

Layoff disfarçado?

A decisão do Google de demitir funcionários que não aceitarem o trabalho híbrido ou presencial parece um layoff disfarçado — ou um mini layoff. No início deste ano, a big tech ofereceu um programa de demissão voluntária para empregados remotos que não queriam aceitar o formato híbrido.

Em março, o Google fez a mesma proposta para funcionários das Operações de Pessoas e Plataformas e Dispositivos (setor responsável pelo Android, Chrome, Fitbit, Nest e outros). Mas nesse caso não houve contrapartida para voltar ao trabalho presencial. O Google está cortando gastos para ampliar o investimento em inteligência artificial.

Com informações da CNBC
Google ameaça funcionários de demissão caso não voltem ao presencial

Google ameaça funcionários de demissão caso não voltem ao presencial
Fonte: Tecnoblog

Intel pode demitir mais de 20 mil funcionários nessa semana

Intel pode demitir mais de 20 mil funcionários nessa semana

Corte de funcionários seria o segundo da Intel em menos de 12 meses (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Intel pode anunciar uma demissão em massa de mais de 20% dos seus funcionários, sugerem fontes ouvidas por jornais americanos. O layoff seria a primeira grande decisão do novo CEO, Lip-Bu Tan, para reestruturar a empresa. Nos últimos anos, a fabricante de chips vem passando pela pior crise financeira da sua história.

Quantos funcionários a Intel pode demitir nessa semana?

Segundo as fontes, a Intel pode demitir mais de 21 mil funcionários neste layoff (ou passaralho, no bom português brasileiro). Atualmente, a empresa possui em torno de 108.900 funcionários em todo o mundo. Esse número foi atualizado após o passaralho de agosto de 2024, quando 15 mil empregados foram cortados.

Segundo a Bloomberg, Tan espera que a demissão em massa fortaleça a sua estratégia de tornar a empresa mais enxuta e reforçar a sua visão de cultura: uma Intel mais voltada para a engenharia, pesquisa e produção.

Lip-Bu Tan promete uma nova Intel, voltada a sua raiz de engenharia (imagem: YouTube/Intel)

Por que a Intel vai realizar uma nova demissão em massa?

A decisão da Intel em realizar um novo layoff pode estar ligada à visão de negócios anunciada por Tan. Em março, durante sua primeira apresentação como CEO, ele apontou que quer retomar as raízes da Intel. Para Tan, a empresa precisa voltar a ser uma companhia que coloca a engenharia em primeiro lugar.

Assim, é provável que esse novo passaralho, o segundo no período de um ano, remova empregados de fora do setor de engenharia (o que aprendi ao trabalhar em startups é que isso significa cortar o marketing primeiro).

Há outra razão para realizar layoffs: investidores e stakeholders adoram demissões em massa. Na manhã desta quarta-feira, quando o rumor de novo passaralho já era noticiado, as ações da Intel subiram 3,5% no pré-mercado.

Ações da Intel derretaram a partir de julho de 2024, mas resultado ruim é resultado de avanço das rivais enquanto empresa dormia (imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

As ações da empresa abriram em US$ 20,77 (R$ 117,89) e, no momento em que esta notícia é escrita, elas estão cotadas em US$ 20,58 (R$ 116,81). No resultado dos últimos 12 meses, as ações da Intel perderam 43% do seu valor.

O motivo para a queda nas finanças da Intel está ligado ao seu atraso nas tecnologias de IA. A Nvidia se tornou a principal fornecedora de chips para o desenvolvimento de inteligência artificial. Ao mesmo tempo, a AMD ganhou espaço no mercado de processadores doméstico e de servidores — auxiliada pelo desempenho fora do esperado dos chips da Intel.

Com informações de TechCrunch, Bloomberg e Oregonlive
Intel pode demitir mais de 20 mil funcionários nessa semana

Intel pode demitir mais de 20 mil funcionários nessa semana
Fonte: Tecnoblog

Amazon abre mais de 530 pontos de retirada de compras no Brasil

Amazon abre mais de 530 pontos de retirada de compras no Brasil

Amazon tem 532 pontos de retirada no país (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Amazon passa a oferecer 532 pontos de retirada de compras no Brasil, com previsão de expansão para mais de 3 mil até o fim de 2025
Os pontos funcionam em lojas, mercados, farmácias e outros comércios parceiros
Para retirar, o cliente escolhe um produto elegível, seleciona a opção “Retirada” no carrinho e define o local pelo mapa exibido

A Amazon anunciou hoje o início dos pontos de retirada, onde os consumidores poderão pegar suas encomendas sem depender da entrega diretamente em casa ou no trabalho. Inicialmente, a empresa conta com uma rede de 532 pontos em todos os estados do Brasil, inclusive nas capitais.

De acordo com a empresa, a ideia é expandir para mais de 3 mil pontos de retirada até o fim de 2025. O projeto ocorre em parceria com a empresa de logística Jadlog.

Os pontos de retirada ficam em lojas, mercados, farmácias e outros comércios. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, os funcionários do local passam por treinamento para garantir a qualidade da entrega e do atendimento.

Os itens são entregues no ponto de retirada e o consumidor tem prazo de dez dias para retirá-los. Caso isso não ocorra, os produtos são devolvidos para a Amazon e o reembolso é realizado.

Amigos e familiares poderão retirar a encomenda em nome do comprador. Será preciso indicar o nome dessa pessoa, que deverá assinar um documento e confirmar que está com os itens.

A Amazon repete uma fórmula já adotada por outras empresas. O Mercado Livre trabalha com pontos comerciais parceiros, onde os compradores podem retirar suas compras. A Shopee também oferece uma solução parecida. Esses postos de logística têm sido espaços bastante movimentados, pelo que tenho visto no Rio de Janeiro. Alguns deles trabalham com várias plataformas de vendas.

Como usar a opção de retirada na Amazon?

A Amazon divulgou os seguintes passos para escolher um ponto de retirada de compras:

Os clientes devem selecionar um produto elegível para essa modalidade.

Prossiga para a “Página do Produto” ou o “Carrinho” e, em seguida, escolha “Retirada” como método de entrega.

O mapa exibido permitirá a seleção dos Pontos de Retirada Amazon mais próximos à localização ou preferência do cliente.

Com informações da Folha de São Paulo
Amazon abre mais de 530 pontos de retirada de compras no Brasil

Amazon abre mais de 530 pontos de retirada de compras no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Este simpático robô te protege de bebidas muito quentes

Este simpático robô te protege de bebidas muito quentes

Robô portátil Nékojita FuFu é inspirado em um gatinho (imagem: reprodução/Yukai Engineering)

Resumo

Nékojita FuFu, criado pela Yukai Engineering, é um robô portátil que usa um ventilador com algoritmo que simula sopro humano para resfriar comidas e bebidas.
Ele é capaz de reduzir a temperatura de líquidos de 88 °C para 71 °C em até cinco minutos, segundo testes da empresa.
Disponível para compra via Kickstarter, o Nékojita FuFu custa a partir de 3.550 ienes (cerca de R$ 145) e pode ser entregue no Brasil.

A startup japonesa Yukai Engineering lançou o Nékojita FuFu, um robô portátil que ajuda a resfriar comidas e bebidas quentes. A novidade foi apresentada no início do ano na CES 2025, em Las Vegas, mas só agora está disponível para aquisição por cerca de R$ 145.

Como o Nékojita FuFu funciona?

Desenvolvido especialmente para pessoas com alta sensibilidade ao calor, o FuFu foi pensado para situações cotidianas em que é preciso esperar a comida esfriar — como no caso de pais que assopram alimentos para os filhos pequenos. 

O design imita um gatinho, em uma estrutura de silicone que se encaixa na borda de utensílios com espessura entre 2 mm e 6 mm. Ele funciona com uma bateria recarregável, o que permite levá-lo em restaurantes, por exemplo.

O mecanismo interno funciona com base em um pequeno ventilador, combinado com um algoritmo que simula o sopro humano. O usuário pode escolher entre dois padrões: um sopro constante com intervalos regulares ou um fluxo de ar aleatório, que imita a variação natural de uma pessoa assoprando a comida.

Segundo testes da própria empresa, o dispositivo reduz a temperatura de um líquido de 88 °C para 71 °C em até cinco minutos — resultado mais eficaz do que o resfriamento natural, que alcançaria apenas 80 °C no mesmo tempo.

Por que se chama Nékojita FuFu?

O nome é uma fusão de dois termos japoneses. “Neko-jita”, que significa “língua de gato”, é uma expressão usada para descrever quem tem baixa tolerância a alimentos quentes. Já “FuFu” é a onomatopeia para o som que fazemos ao assoprar alimentos ou bebidas.

Como adquirir um robô?

O Nékojita FuFu pode ser adquirido através de uma campanha de financiamento coletivo no site Kickstarter, que realiza entregas para o Brasil. Com contribuições a partir de 3.550 ienes, ou US$ 25 — cerca de R$ 145, sem impostos —, é possível garantir uma unidade.

Ele está disponível em três cores: rosa (Sakura), branco (Milk) e marrom (Chocolate). A produção em massa do produto começa em maio, com previsão de envio a partir de junho.

Com informações de Kickstarter e TechCrunch
Este simpático robô te protege de bebidas muito quentes

Este simpático robô te protege de bebidas muito quentes
Fonte: Tecnoblog

99 vai relançar o 99Food e quer desafiar o iFood com R$ 1 bilhão

99 vai relançar o 99Food e quer desafiar o iFood com R$ 1 bilhão

99Food operou no Brasil de 2019 a 2023 (imagem: divulgação)

Resumo

A 99 vai relançar o 99Food no Brasil, investindo até R$ 1 bilhão para competir com o iFood.
A empresa planeja criar um super app com preços competitivos e expandir sua rede logística.
A Meituan também planeja entrar no mercado brasileiro de delivery.

Os gulosos clientes de delivery terão mais uma opção até o fim do ano: a 99, conhecida pelo transporte de passageiros, vai relançar o serviço 99Food no mercado brasileiro. Ele irá concorrer diretamente com o iFood, que se tornou sinônimo de comida por aplicativo.

O CEO da gigante chinesa Didi, controladora da 99, declarou à Folha de São Paulo que o investimento será de até R$ 1 bilhão. A ideia da empresa é construir um super app, tal qual os mais populares da China, capazes de realizar uma série de atividades num mesmo lugar.

Stephen Zhu quer peitar o iFood com preços melhores. Na entrevista, ele reconheceu que será preciso construir uma rede logística maior, com mais restaurantes e entregadores.

Mercado movimentado

A 99 já teve serviço de delivery no passado: o 99Food começou a operar em 2019 e chegou ao fim em 2023. Coexistiu, portanto, com Uber Eats, Rappi, Aiqfome e o próprio iFood.

O mercado brasileiro de delivery deve ficar agitado nos próximos meses. O iFood reina absoluto – algumas pessoas até diriam que se trata de um monopólio –, mas concorrentes com dinheiro têm planos de vir para cá. A também chinesa Meituan, maior player do planeta, também tem planos de desembarcar por aqui e já negocia com operadores logísticos. Hoje, ela realiza 30 bilhões de entregas por ano. Nada mal.

Com informações da Folha de São Paulo e Neofeed
99 vai relançar o 99Food e quer desafiar o iFood com R$ 1 bilhão

99 vai relançar o 99Food e quer desafiar o iFood com R$ 1 bilhão
Fonte: Tecnoblog