Category: negócios

Amazon não será bloqueada no Brasil, decide Justiça

Amazon não será bloqueada no Brasil, decide Justiça

Lojistas usam Amazon para oferecer celulares contrabandeados, segundo Conselho Nacional de Combate à Pirataria (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Amazon consegue manter site no ar após decisão do TRF3.
Anatel previa bloqueio de domínios em casos de venda irregular.
Presidente da agência descartou punição imediata à empresa.

A Amazon obteve uma importante vitória na Justiça brasileira no caso dos celulares vendidos de maneira irregular. A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da Terceira Região (TRF3) decidiu ontem (5) favoravelmente ao pedido da companhia para manter o site amazon.com.br no ar. Com isso, o domínio da Amazon não poderá ser bloqueado pela Anatel.

Não custa lembrar: a Agência Nacional de Telecomunicações publicou uma medida cautelar em 2024 que prevê punição para os marketplaces que permitem a comercialização de smartphones considerados irregulares. Normalmente, são aparelhos que entram no país de maneira duvidosa e sem recolher impostos.

O arsenal de sanções da agência inclui multas financeiras e o eventual bloqueio total das páginas. O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, explicou ao Tecnoblog nesta semana que a suspensão do domínio seria a última opção e que não é interesse da agência seguir por este caminho, visto que teria “efeito colateral” em pessoas e empresas sem envolvimento com o assunto.

Aparelhos piratas da Xiaomi eram vendidos com preço 40% abaixo do mercado (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Ainda assim, tanto os marketplaces quanto a Anatel levaram o assunto para a Justiça. O caso teve idas e vindas, mas a sentença de ontem representa uma vantagem para a companhia com origem nos Estados Unidos. Os detalhes da decisão ainda não são conhecidos.

Baigorri havia assegurado, em entrevista na terça-feira (3), antes do caso andar no TRF3, que respeitaria a decisão da Justiça. Já a Amazon declarou hoje ao Tecnoblog que vai continuar colaborando com o governo para inibir a venda de produtos irregulares. “Temos políticas robustas em vigor para garantir que os produtos oferecidos em nossa loja sejam de alta qualidade e estejam em conformidade com a legislação local.”

A Amazon também nos disse que “permanece firmemente comprometida com o Brasil” e que apóia 100 mil vendedores brasileiros no marketplace.

Com informações do Jota

Amazon não será bloqueada no Brasil, decide Justiça

Amazon não será bloqueada no Brasil, decide Justiça
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: Nubank prepara expansão do Ultravioleta

Exclusivo: Nubank prepara expansão do Ultravioleta

Ultravioleta deve chegar aos clientes PJ (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Tecnoblog apurou que o Nubank está considerando expandir o selo Ultravioleta para o Nu Empresas.
Empresários começaram a visualizar o selo no aplicativo do Nubank, mas os benefícios para clientes empresariais não foram revelados.
O Ultravioleta, lançado em 2021, oferece uma série de vantagens para consumidores individuais, como serviços exclusivos e acesso a lounges de aeroporto.
Ainda não há detalhes sobre quando será o lançamento oficial.

O Nubank avalia formas de levar o selo do Ultravioleta também para clientes empresariais. A empresa confirmou com exclusividade ao Tecnoblog que o Nu Empresas poderá receber a marca voltada a clientes premium. Ainda não se sabe se ou quando isso vai acontecer.

Empresários nos contaram que o aplicativo do Nubank passou a exibir o Ultravioleta nos últimos dias. A promessa é de ampliar os benefícios para parcela dos clientes, apesar de, ao menos no momento, não ser possível dizer quais seriam as vantagens para pessoas jurídicas (PJs) que optassem pelos serviços do Nubank.

O Nu também revelou ao Tecnoblog que uma parcela pequena dos consumidores está visualizando a novidade. “Quaisquer novidades ou atualizações serão compartilhadas no momento oportuno.”

Área do Ultravioleta surge no app do Nubank (imagem: Tecnoblog)

O lançamento do Ultravioleta para pessoas físicas ocorreu em julho de 2021, inicialmente como um cartão de crédito premium, com a proposta de entregar serviços diferenciados para consumidores de alto valor. Não há cobrança de anuidade para clientes com gastos mensais de R$ 5 mil ou investimentos de R$ 50 mil.

Hoje, a marca Ultravioleta se espalha por diversos produtos financeiros do conglomerado Nu, como a conta global em diversas moedas, as tags de pedágios e estacionamentos, o chip internacional com franquia de 10 GB e o acesso ao lounge no Aeroporto de Guarulhos (SP).

Já o Nu Empresas não cobra anuidade nem praticamente nenhuma tarifa. Os clientes podem movimentar valores, fazer investimentos e transacionar Pix. Eles pagam por serviços como emissão de boletos ou saques na função débito. A expectativa é de haja cobrança de assinatura para o Ultravioleta neste segmento.
Exclusivo: Nubank prepara expansão do Ultravioleta

Exclusivo: Nubank prepara expansão do Ultravioleta
Fonte: Tecnoblog

Bloquear Amazon e Mercado Livre é nossa última opção, diz presidente da Anatel

Bloquear Amazon e Mercado Livre é nossa última opção, diz presidente da Anatel

Carlos Baigorri é presidente da Anatel (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

O presidente da Anatel falou sobre o combate ao mercado irregular de celulares e explicou que não há previsão de bloqueio imediato dos sites Amazon e Mercado Livre.
Marcas internacionais como Jovi, Oppo e Realme iniciaram produção local, trazendo maior competitividade ao mercado brasileiro.
A agência reforça que as normas brasileiras para comercialização de aparelhos são eficazes para proteger o mercado oficial.

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, recebeu o Tecnoblog em seu gabinete em Brasília para uma conversa franca sobre o setor de telecomunicações. Ele disse que o mercado irregular de celulares continua sendo um desafio, mas que não vai bloquear os sites da Amazon e do Mercado Livre do dia para a noite. Por outro lado, o dirigente comemora a chegada de marcas internacionais, que estruturaram fábrica e começaram a produzir em solo brasileiro.

Carlos Manuel Baigorri está à frente da Agência Nacional de Telecomunicações desde 2022. Passados três anos, ele já pensa nos possíveis próximos passos: integrar a União Internacional de Telecomunicações (UIT), órgão da ONU destinado a discussões sobre conectividade, padrões técnicos, democratização do acesso e assuntos correlatos. A eleição para vice-secretário será em 2026, mas as campanhas já começaram no Brasil e outros países.

O bloqueio da Amazon e Mercado Livre

Um dos pontos centrais da atuação de Baigorri na Anatel tem sido o combate ao mercado irregular de celulares, composto por aparelhos que custam muito menos por não recolherem impostos e nem contarem com a certificação da agência.

Em novembro de 2024, a agência adotou uma medida cautelar que, na prática, dá margem para a aplicação de multas. Baigorri explica que é dever da Anatel cuidar para que os smartphones comercializados no país cumpram as regras. Quando isso não acontece, as lojas podem sofrer as consequências.

Marketplaces dizem que apagam páginas com produtos irregulares (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Ele observa, porém, que a Lei Geral de Telecomunicações prevê uma multa máxima de R$ 50 milhões. Ou seja, as empresas infratoras poderiam simplesmente incluir este gasto nas operações e seguir com a comercialização de aparelhos da Xiaomi e outras marcas desejadas sem se preocuparem com o assunto.

“Nós não vamos fazer nada previsto na medida cautelar enquanto o Judiciário não se manifestar em definitivo.” O assunto está na Justiça, porém sem expectativa de quando receberá um desfecho. Dentre as iniciativas nele elencadas está o bloqueio total das páginas. O dirigente conta que não há interesse em tomar essa medida porque ela teria efeitos colaterais para pessoas e empresas que não têm relação com o assunto.

E por que derrubar os domínios inteiros? De acordo com Baigorri, os mecanismos da Anatel preveem que o IP da página seja bloqueado. Ele afasta, portanto, a hipótese de lojas específicas serem retiradas do ar, enquanto outras permaneceriam funcionando.

“Não vai ter bloqueio de site amanhã ou depois. Vamos aguardar a manifestação do Judiciário”, assegura. Enquanto isso, o órgão continua com operações como a apreensão de 3,3 mil produtos irregulares, em armazéns de marketplaces, na semana passada.

A Amazon e o Mercado Livre afirmam que cumprem as regras do setor e que retiram do ar os produtos irregulares.

A chegada das gigantes chinesas

Enquanto o mercado cinza fica em banho-maria, o mercado oficial registra a chegada de operações de fabricação de três gigantes internacionais: Jovi (uma marca da Vivo Mobile), Oppo e Realme. Elas têm feito lançamentos subsequentes de produtos em variadas faixas de preço.

Para o presidente da Anatel, qualquer setor se beneficia da maior competição. “Cada empresa vai encontrar seu espaço para atender o mercado brasileiro”. Ele elogia a Nova Indústria Brasil (NIB), nova política industrial lançada pelo Governo Federal no ano passado e que, na visão dele, possibilitou a chegada das companhias. “Demonstra que há apetite no mercado brasileiro.”

Pergunto, então, sobre os preços. Afinal, o Jovi V50 Lite desembarca por aqui por R$ 3.199. Ele é fabricado em Manaus, numa parceria com a GBR Componentes.

Lançamento de 2025, o Jovi V50 Lite é fabricado em Manaus (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

“A gente imagina que este é apenas o primeiro passo. As empresas estrangeiras trazem inicialmente os produtos de alta performance para se estabelecerem no país. Na sequência, a expectativa é de que passem a se interessar também pelo nicho dos aparelhos básicos, que custam mais barato.”

Baigorri afirma ainda que o interesse das companhias chinesas reforça a ideia de que as regras brasileiras precisam ser respeitadas. “Nossa medida de proteger o mercado é eficaz a ponto das marcas perceberem que não dá para trazer os equipamentos para cá por descaminho.”
Bloquear Amazon e Mercado Livre é nossa última opção, diz presidente da Anatel

Bloquear Amazon e Mercado Livre é nossa última opção, diz presidente da Anatel
Fonte: Tecnoblog

New York Times fecha acordo com Amazon para licenciar conteúdo em IA

New York Times fecha acordo com Amazon para licenciar conteúdo em IA

New York Times enxerga o acordo como valorização das produções da empresa (foto: Joe ShlabotnikSeguir/Flickr)

Resumo

O New York Times fechou um acordo com a Amazon para licenciar conteúdo para treinamento de modelos de IA.
A Amazon exibirá materiais do jornal em produtos como a assistente virtual Alexa, incluindo links diretos para as produções originais do NYT.
O acordo acontece em meio a um processo movido pelo NYT contra OpenAI e Microsoft, acusadas de uso ilegal de artigos e violação de direitos autorais.

O New York Times anunciou nesta quinta-feira (29/05) um acordo com a Amazon que autoriza o uso de seu conteúdo para o treinamento de modelos de IA. Em troca, a empresa de Jeff Bezos incorporará reportagens, receitas e matérias esportivas do jornal em seus produtos.

A parceria entre as duas empresas ocorre dois anos após o veículo de imprensa processar a OpenAI e a Microsoft por suposta violação de direitos autorais. O NYT alega que milhões de seus artigos foram usados ilegalmente e sem compensação nos chatbots.

Como a Amazon usará o conteúdo do jornal?

Alexa deve ser um dos canais usados para promover conteúdo do NYT (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Segundo o comunicado conjunto, o acordo visa tornar as produções originais do New York Times mais acessíveis aos clientes, enquanto a Amazon licenciará esse conteúdo para treinar seus próprios modelos de IA.

A estratégia inclui a exibição de trechos de material do Times e das editorias de culinária (NYT Cooking) e esportes (The Athletic) em produtos como a assistente virtual Alexa — que ganhou uma nova versão com inteligência artificial em abril, o Alexa+ — com links diretos para as produções do jornal.

No anúncio, as duas empresas destacaram um “compromisso compartilhado de servir aos clientes com notícias globais e perspectivas dentro dos produtos de IA da Amazon”.

Em um memorando interno, a CEO da New York Times Company, Meredith Kopit Levien, alinhou a nova parceria à postura institucional do jornal, que processa a OpenAI por uso indevido de seu conteúdo. Segundo Meredith, o acordo com a Amazon “é consistente com nosso princípio de longa data de que o jornalismo de alta qualidade vale a pena ser pago”.

Empresas de IA ampliam parcerias com veículos de imprensa

O acordo do New York Times é mais um entre conglomerados de mídia e empresas de inteligência artificial. Desde 2023, quando a Associated Press firmou parceria com a OpenAI, gigantes como Microsoft e Google, além de startups como a Mistral AI, passaram a licenciar conteúdo jornalístico para treinar seus modelos.

Na outra ponta, veículos como The Wall Street Journal, The Guardian, Financial Times, Reuters e Vogue aceitaram o uso de seus materiais em troca de presença ativa no ChatGPT, Copilot e Gemini.

No mês passado, o Washington Post — também de propriedade de Jeff Bezos — fechou uma “parceria estratégica” com a OpenAI para incluir seu conteúdo nas respostas do ChatGPT.

Com informações do New York Times e The Verge
New York Times fecha acordo com Amazon para licenciar conteúdo em IA

New York Times fecha acordo com Amazon para licenciar conteúdo em IA
Fonte: Tecnoblog

O que vem depois do plano com anúncios?

O que vem depois do plano com anúncios?

O número de assinantes do plano com anúncios da Netflix mais do que dobrou em um ano: são nada menos que 94 milhões. O modelo com publicidade já está mais do que consolidado no streaming de vídeo, representando, nos Estados Unidos, quase 50% das assinaturas.

O que vem depois do plano com anúncios? (imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Agora, a Netflix quer investir ainda mais na modalidade, apostando em novos formatos de anúncios. Mas até onde dá para ir com essa estratégia? O que mais a empresa pode fazer para não ficar presa num só modelo que vem dando muito certo? É o que discutimos no episódio de hoje. Dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Josué de Oliveira

Thássius Veloso

Ana Marques

Créditos

Produção: Josué de Oliveira

Edição e sonorização: Ariel Liborio

Arte da capa: Vitor Pádua

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O que vem depois do plano com anúncios?

O que vem depois do plano com anúncios?
Fonte: Tecnoblog

Não é impressão: o iFood agora cobra taxa de serviço em todos os pedidos

Não é impressão: o iFood agora cobra taxa de serviço em todos os pedidos

Cobrança de R$ 0,99 se aplica a todos os pedidos (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

iFood passou a cobrar R$ 0,99 em todos os pedidos no Brasil
Nova taxa e cobrança anterior devem gerar R$ 108,9 milhões mensais à empresa
Cobrança também se aplica a assinantes do Clube iFood

Se você pediu comida pelo iFood nos últimos dias, deve ter percebido a “taxa de serviço” de R$ 0,99 no recibo. Vá se acostumando: de forma silenciosa, a empresa de delivery instituiu a nova cobrança em todos os pedidos realizados no Brasil, com o objetivo de “desenvolver melhorias constantes na tecnologia e experiência de compra”. O valor obrigatório entra em vigor em todas as cidades neste domingo (25).

O iFood não enviou nenhum comunicado para a base de clientes, seja por email ou notificação no app. O informativo se deu por uma curta mensagem publicada em 20 de maio no site oficial. No entanto, parte dos clientes percebeu o aumento do custo e criticou a empresa nas redes sociais.

Taxa era aplicada a compras pequenas

Tenha em mente que o iFood já cobrava uma taxa de serviço em encomendas de menor valor. Ela poderia ser aplicada para pedidos de R$ 25, R$ 35 ou R$ 40, a depender da cidade. Já a nova cobrança vale para todos os 55 milhões de clientes ativos no iFood, inclusive os que pagam a assinatura do Clube iFood, que custa R$ 12,90 por mês.

A nova taxa de serviço será aplicada a cada novo pedido feito na plataforma. “Esta é uma prática comum de mercado do Brasil e do mundo”, diz a empresa. Com isso, o iFood poderá embolsar R$ 108,9 milhões por mês, quando consideramos que são realizados 110 milhões de compras mensais na plataforma.

iFood registra 110 milhões de pedidos por mês (foto: divulgação)

Esta nova cobrança se soma a outras do modelo de negócios do iFood. Os restaurantes pagam comissão que vai de 12% a 23% sobre o valor do pedido, mais 3,20% pelo processamento do pagamento. Há ainda uma mensalidade que varia de R$ 130 a R$ 150, caso a receita seja superior a R$ 1.800 por mês. Os percentuais exatos variam conforme o contrato.

Já na ponta do cliente, há o valor do pedido, a eventual taxa de entrega e, a partir desta semana, a taxa de serviço obrigatória.

Clientes se revoltam

“Mais uma forma de roubar cliente”, desabafa usuário do Threads (imagem: Tecnoblog)

Apesar do movimento silencioso do iFood, diversos consumidores tomaram as redes sociais para criticar a mudança. Alguns se prontificaram a pesquisar por pratos dentro da plataforma, mas entrar em contato diretamente com os restaurantes para fazer o pedido — tanto por telefone quanto WhatsApp — com o objetivo de contornar o custo adicional.

O iFood aumentou a taxa mínima paga aos entregadores no fim de abril. O aumento foi de 15% nas entregas de moto (de R$ 6,50 para R$ 7,00). Na ocasião, a empresa disse que os valores dos pedidos não seriam impactados, já que o equilíbrio do ecossistema estaria mantido. A promessa não durou nem um mês.

Não custa lembrar: a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) trata o iFood como um monopólio, tendo em vista que abocanha 80% do setor. Outras empresas estão de olho no bilionário mercado brasileiro de delivery: o 99Food vai voltar e a chinesa Meituan confirmou o início das operações do aplicativo Keeta por aqui.
Não é impressão: o iFood agora cobra taxa de serviço em todos os pedidos

Não é impressão: o iFood agora cobra taxa de serviço em todos os pedidos
Fonte: Tecnoblog

CEO da Foxconn prevê que IAs acabarão com a mão de obra barata

CEO da Foxconn prevê que IAs acabarão com a mão de obra barata

Inteligência artificial já está presente em algumas fábricas da Foxconn, mas combinada com trabalho humano (imagem: reprodução/Computex Daily)

Resumo

O CEO da Foxconn, Young Liu, afirmou que a IA substituirá a mão de obra barata e poderá reduzir pressões migratórias em países subdesenvolvidos.
A Foxconn já automatiza 80% da instalação de maquinário com IA generativa e desenvolve a FoxBrain, baseada no Llama 3 e 4.
Contudo, essa tendência pode reconfigurar cadeias produtivas, incentivando a produção nacional sem aumento proporcional de empregos.

O uso de mão de obra barata em países subdesenvolvidos pode acabar no futuro, disse Young Liu, CEO da Foxconn, durante uma palestra na Computex 2025. Na visão de Liu, as IAs serão utilizadas nas fábricas para acelerar a produção, diminuindo a dependência de humanos. A Foxconn já utiliza essa tecnologia em algumas de suas unidades ao redor do mundo — e as IAs estão indo bem.

Segundo Liu, o uso de inteligência artificial generativa também impacta questões migratórias e provoca mudanças nas políticas trabalhistas e econômicas dos países subdesenvolvidos. Em relação a esse último, Liu demonstra bastante otimismo, afirmando que, eventualmente, a exploração dos países pobres e, consequentemente, da mão de obra barata, tende a se esgotar.

Para resolver o esgotamento desses trabalhos, entram as IAs nas fábricas. Por outro lado, essa previsão de Liu pode beneficiar e também prejudicar nações ricas. O uso das IAs pode levar empresas a retomar a fabricação nacional, mas sem trazer milhares de empregos para nativos. Afinal, fábricas com IA necessitarão de mão de obra especializada nessa tecnologia — e provavelmente apenas um punhado de profissionais será capaz de lidar com essa tecnologia.

A Foxconn já usa IA generativa em suas fábricas?

Sim, a empresa passou a adotar uma IA para a instalação de maquinário nas fábricas. Cerca de 80% desse processo é feito pela inteligência artificial, mas ainda é necessário o uso de um humano para finalizar a instalação. Essa combinação acelera a montagem das linhas de produção das fábricas.

Foxconn testa uso de IA generativa para acelerar montagem (foto: Nadkachna/Wikimedia)

Na palestra, Liu também explicou que a IA auxilia na resolução de problemas na linha de montagem. Segundo o CEO, a Foxconn pensou que poderia trocar todos os humanos por IA, mas percebeu que isso não seria possível — talvez não por enquanto?

A empresa está desenvolvendo uma IA generativa, batizada de FoxBrain, com os LLMs Llama 3 e Llama 4 da Meta. O FoxBrain será uma inteligência artificial especializada nas tarefas de montagem e produção.

Outro uso de IA nas fábricas da Foxconn está no metaverso — no uso mais útil dessa tecnologia. A empresa utiliza a ferramenta Omniverse da Nvidia para criar um gêmeo digital das fábricas. Com isso, ela pode simular mudanças de layout e testar novas fábricas antes de iniciar a construção.

Por que o CEO da Foxconn vê a IA ligada ao movimento imigratório?

Hoje, parte da motivação da imigração está ligada a estrangeiros dispostos a trabalhar por salários baixíssimos — geralmente, nos empregos rejeitados por nativos. Um exemplo são os nipo-brasileiros que imigram para o Japão e vão trabalhar em fábricas, seja de forma temporária ou em imigração de longa duração. Com essa tecnologia presente nas fábricas, menos estrangeiros estariam dispostos a imigrar.

Com informações do The Register
CEO da Foxconn prevê que IAs acabarão com a mão de obra barata

CEO da Foxconn prevê que IAs acabarão com a mão de obra barata
Fonte: Tecnoblog

Empresa que substituiu pessoas por IA volta atrás e contrata humanos

Empresa que substituiu pessoas por IA volta atrás e contrata humanos

Ter humanos disponíveis para atender clientes é fundamental, segundo Siemiatkowski (foto: reprodução/Klarna Holding AB)

Resumo

A fintech Klarna reconheceu queda na qualidade do atendimento após substituir humanos por IA e reverterá a estratégia com novas contratações.
Será testado modelo remoto sob demanda para atendimento, mantendo IA como suporte central na operação.
Pesquisas indicam que líderes globais e brasileiros estão divididos quanto ao uso exclusivo de IA no atendimento ao cliente.

A fintech sueca Klarna decidiu reverter sua polêmica estratégia de substituição de atendentes humanos por inteligência artificial. A decisão ocorre após o CEO da empresa, Sebastian Siemiatkowski, admitir que a qualidade do serviço caiu com a automação excessiva. Ele falou do assunto na semana passada.

Há dois anos, a empresa iniciou uma parceria com a OpenAI para automatizar postos de trabalho. Na época, a companhia chegou a afirmar que sua IA de atendimento ao cliente poderia realizar o trabalho equivalente a 700 funcionários em tempo integral. Agora, planeja uma nova onda de contratações de pessoas para a função. 

Economia alta, qualidade baixa

Em 2023, a Klarna encerrou contratos dos setores de marketing e, em 2024, acabou com a equipe de atendimento ao cliente, substituindo-os progressivamente por agentes de IA. A princípio, a empresa chegou a divulgar uma economia de US$ 10 milhões em custo de marketing com a terceirização de tarefas como tradução e análise de dados para IA. 

Porém, a aposta na automatização para contato direto com o consumidor não trouxe os resultados esperados, pelo menos em termos de satisfação. Siemiatkowski admitiu, ao Bloomberg, que o custo foi um fator de avaliação predominante na organização do sistema, mas “o que você acaba tendo é menor qualidade”. 

Segundo o CEO, deixar clientes já frustrados lidando com um algoritmo não é a melhor prática. 

“Do ponto de vista da marca e da empresa, acho fundamental que você deixe claro para o seu cliente que sempre haverá um humano disponível, se ele quiser”

Sebastian Siemiatkowski, CEO da Klarna

Novo modelo “estilo Uber” e o futuro da IA na empresa

IA não fez sucesso com clientes e empresa recorrerá à “uberização” (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Para reverter o quadro, a Klarna está testando um novo modelo de recrutamento no estilo da Uber, ou seja, trabalhadores remotos poderiam fazer login e prestar atendimento sob demanda. Atualmente, apenas dois agentes participam do programa piloto. 

Contudo, a Klarna não abandonará completamente a inteligência artificial. A empresa afirma que a IA continuará central em suas operações, com planos de reconstruir sua pilha tecnológica com a IA no núcleo para impulsionar a eficiência. Além disso, a relação com a OpenAI permanece forte, segundo o CEO da companhia. 

A expectativa é que, mesmo com a recontratação, o quadro geral de funcionários diminua de cerca de 3 mil para 2,5 mil pessoas em um ano. 

O que o mercado pensa sobre o uso de IA? 

Uma pesquisa com mais de 1,4 mil executivos, de janeiro de 2024, revelou que 66% estavam insatisfeitos com o progresso de suas organizações com uso de IA. Outro levantamento recente, da plataforma Orgvue, indicou que mais de 55% dos líderes empresariais do Reino Unido se arrependeram da decisão de substituir empregos por IA.

Opinião de empresários sobre adoção de IA no trabalho ainda é divisiva (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No Brasil, uma pesquisa encomendada pela Microsoft em 2024 indicou que 74% das pequenas e médias empresas brasileiras já incorporaram IA. Cerca de 72% das empresas relataram ganho de eficiência e produtividade, 58% melhoraram o atendimento ao cliente e 46% reduziram custos.

Contudo, outra pesquisa de outubro do mesmo ano, da Data-Makers, revelou que 62% dos CEOs brasileiros identificam barreiras culturais internas como um problema para a adoção de IA.

Com informações do Bloomberg, Futurism e Mint
Empresa que substituiu pessoas por IA volta atrás e contrata humanos

Empresa que substituiu pessoas por IA volta atrás e contrata humanos
Fonte: Tecnoblog

Funcionários que usam IA ficam com má fama no trabalho, mostra estudo

Funcionários que usam IA ficam com má fama no trabalho, mostra estudo

Percepção é menos negativa quando IA faz sentido no trabalho (foto: Unsplash/Jonathan Kemper)

Resumo

Um estudo da Universidade Duke revelou que funcionários que usam IA no trabalho são vistos como preguiçosos e menos competentes.
Muitos evitam revelar o uso de IA por receio de julgamentos negativos de colegas e superiores.
O estudo ainda mostrou que, do outro lado, gestores que usam IA tendem a valorizar e contratar profissionais familiarizados com a tecnologia.

Pessoas que usam ferramentas de inteligência artificial no trabalho são vistas pelos colegas e chefes como mais preguiçosas e menos competentes. Esta é a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores ligados à Universidade Duke, nos Estados Unidos.

Para os autores, os resultados mostram que a IA representa um dilema para os trabalhadores: ela pode aumentar a produtividade, mas isso vem acompanhado de custos sociais, o que pode atrapalhar a adoção de ferramentas do tipo, por melhores que elas sejam.

Trabalhadores julgam quem usa IA (e têm medo disso)

O trabalho “Evidências de uma penalidade na avaliação social por uso de IA” envolveu mais de 4.400 participantes. Nos experimentos, eles imaginaram como seriam percebidos ao usar ferramentas desse tipo ou de outra natureza, e como julgariam colegas fictícios que recorrem a esses recursos.

Em ambos os casos, a tendência é que quem use IA seja considerado mais preguiçoso, menos competente, menos cuidadoso, menos independente e menos seguro do que funcionários que usam outro tipo de tecnologia ou realizam seu trabalho sem ajuda.

Uso de IA pode afetar até chance de contratação (foto: Glenn Carstens Peters/Unsplash)

Além disso, o grupo que imaginou usar IA se mostrou relutante em revelar esta informação, tanto para colegas quanto para lideranças. Levando em consideração o julgamento negativo, essa resistência é bastante compreensível.

A pesquisa também revelou que gestores que não usam IA tendem a não contratar candidatos que usam. O oposto também é verdadeiro: chefes que aderiram à tecnologia preferem funcionários que trabalham com esse recurso.

Por fim, há esperanças para quem faz uso dessas ferramentas: as percepções negativas eram mais brandas quando a IA se mostrava realmente útil para as tarefas e para o trabalho. Além disso, a própria experiência com soluções do tipo muda a avaliação: usuários frequentes têm uma tendência menor a julgar como preguiçosos os candidatos que recorrem à IA.

Avaliação social pode ser barreira na adoção da IA

Não é a primeira vez que um estudo aponta para uma percepção negativa — de si mesmo ou dos outros — relacionada ao uso de inteligência artificial.

Em uma pesquisa encomendada pelo Slack em 2024, quase metade dos entrevistados externaram desconforto diante da ideia de contar para os chefes que usam este tipo de recurso. Os motivos apontados também são semelhantes: medo de ser visto como trapaceiro, incompetente ou preguiçoso.

Para os pesquisadores de Duke, seu trabalho mostra que as avaliações são influenciadas não apenas pela ajuda recebida, mas também pela familiaridade com o tipo de ajuda e as crenças existentes sobre ela. Em outras palavras: quem não tem familiaridade com IA e já traz uma opinião negativa sobre ela tende a julgar mais os colegas.

Os autores dizem que estudos anteriores se concentraram “em como os usuários em potencial percebem a tecnologia em si”, deixando de lado “as consequências do uso de IA na avaliação social”, nas palavras do artigo.

“Esta é uma omissão importante, porque as pessoas se importam com a forma como suas ações serão percebidas pelos outros: as pessoas podem escolher não usar IA — ou não revelar que usam — se imaginam que isso trará uma punição social”, escrevem os pesquisadores. “Propomos que esta penalidade de avaliação social seja considerada uma barreira negligenciada na adoção da IA.”

Com informações do Ars Technica
Funcionários que usam IA ficam com má fama no trabalho, mostra estudo

Funcionários que usam IA ficam com má fama no trabalho, mostra estudo
Fonte: Tecnoblog

Vivo entra no mercado de seguro residencial; veja os preços

Vivo entra no mercado de seguro residencial; veja os preços

Vivo amplia portfólio de serviços com entrada no segmento de seguros residenciais (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Vivo lançou três planos de seguro residencial: Proteção Essencial (R$ 13,90), Proteção Padrão (R$ 34,90) e Proteção Completa (R$ 85,90).
As coberturas incluem incêndio, roubo, danos elétricos e assistência 24h, e o plano completo também cobre vendavais e reparos em eletrodomésticos.
O movimento da operadora segue o caminho das rivais Claro e Tim, ampliando sua atuação ao oferecer produtos digitais por meio de seus apps e lojas.

A Vivo anunciou na última semana a sua entrada no mercado de seguro residencial. A operadora telefônica ofertará três planos desse serviço: Proteção Essencial (R$ 13,90), Proteção Padrão (R$ 34,90) e Proteção Completa (R$ 85,90). Os seguros residenciais são resultados de uma parceria da Vivo com a seguradora Chubb e podem ser contratados no app da Vivo ou nas lojas da operadora.

Quais são os serviços de seguro residencial da Vivo?

O plano Proteção Essencial, o mais barato fornecido pela Vivo, oferece cobertura contra incêndio, perda de aluguel, danos elétricos, roubo, furto qualificado e serviço de assistência 24 horas para serviços domésticos. Em nota enviada à imprensa, a Vivo explica que esse plano é voltado para imóveis menores, de até 49 m², localizados em grandes centros urbanos.

Seguro residencial da Vivo são lançados com três opções de planos (imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

Os outros planos oferecem a mesma cobertura, mas com um maior valor na indenização. A telecom recomenda o plano Proteção Padrão (R$ 34,90) para imóveis de 50 m² a 100 m². Já o plano Proteção Completa, o mais caro, que custa R$ 85,90, conta ainda com cobertura para danos causados por vendavais (até R$ 100 mil de indenização) e reparos de eletrodomésticos no serviço de assistência 24 horas.

O pagamento é feito em parcelas mensais a partir da fatura do plano telefônico. A contratação no app Vivo é feita a partir da aba do Vivo Pay.

Por que a Vivo está ofertando seguros residenciais?

Segundo a Vivo, o motivo para ofertar planos de seguros residenciais em seus canais foi uma pesquisa realizada pela Chubb. A empresa de seguros entrevistou 3.150 pessoas, das quais 85% responderam ser importante contar com um seguro para proteger seus imóveis. Dos entrevistados, apenas 24% têm seguro residencial contratado.

Com essa nova oferta de serviço, a Vivo segue um movimento que está se tornando padrão nas operadoras e outras empresas: a diversificação do portfólio. Vivo, Claro e Tim estão saindo da tradicional oferta de internet, telefone e TV, passando também a fornecer produtos digitais e tecnológicos através de seus apps e lojas.

Uma empresa fora do ramo de telecom que também adotou essa estratégia foi o Nubank, que diversificou seu portfólio e entrou até no ramo de telefonia móvel com o NuCel. O Banco Inter, concorrente do Nubank, também fornece esses serviços em uma parceria com a Vivo.
Vivo entra no mercado de seguro residencial; veja os preços

Vivo entra no mercado de seguro residencial; veja os preços
Fonte: Tecnoblog