Category: negócios

Microsoft demite 1.900 funcionários de Activision Blizzard e Xbox

Microsoft demite 1.900 funcionários de Activision Blizzard e Xbox

Microsoft (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Microsoft demitiu cerca de 1.900 funcionários da Activision Blizzard e do Xbox esta semana. A divisão conta com aproximadamente 22 mil funcionários, o que significa que o layoff representa 8% do quadro de empregados. Os cortes se concentraram em cargos da Activision Blizzard, mas as saídas afetam também Xbox e Zenimax.

O CEO da Microsoft Gaming, Phil Spencer, divulgou um memorando, obtido pelo site The Verge. Ele diz que a liderança da empresa “está comprometida em alinhar uma estratégia e um plano de execução com uma estrutura de custos que suporte o crescimento de nossos negócios”. Spencer também escreve que a chefia identificou áreas desnecessárias e alinhou as melhores oportunidades para crescimento.

Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, diz que cortes são para garantir crescimento sustentável (Imagem: Divulgação/Microsoft)

Blizzard perde executivos e cancela game

Quem também deixa a Microsoft é Mike Ybarra, presidente da Blizzard. O anúncio consta em outro memorando interno, assinado por Matt Booty, presidente de conteúdo e estúdios de jogos da Microsoft. Outro nome a sair da empresa é Allen Adham, diretor-chefe de design e um dos cofundadores da Blizzard.

A Blizzard cancelou um survival game anteriormente anunciado, devido às demissões e saídas. Booty diz que a Microsoft vai realocar as pessoas para outros projetos que estão em fase inicial de desenvolvimento.

A Microsoft concluiu a compra da Activision Blizzard em outubro de 2023, em uma transação de cerca de US$ 69 bilhões. O negócio ficou quase dois anos sob investigação de autoridades nos EUA e no Reino Unido, que temiam concentração de mercado.

As primeiras semanas de 2024 estão sendo marcadas pelos layoffs nas áreas de games e tecnologia. Até agora, Riot Games, Twitch, Discord e Unity fizeram cortes de pessoal. Saindo um pouco da área de jogos, o Google já dispensou cerca de 1 mil funcionários e deve fazer mais demissões nos próximos meses.

Com informações: The New York Times e The Verge
Microsoft demite 1.900 funcionários de Activision Blizzard e Xbox

Microsoft demite 1.900 funcionários de Activision Blizzard e Xbox
Fonte: Tecnoblog

O Galaxy leva a mágica da IA para a vida das pessoas, diz VP da Samsung

O Galaxy leva a mágica da IA para a vida das pessoas, diz VP da Samsung

Gustavo Assunção lidera a divisão de dispositivos móveis no Brasil (Foto: Divulgação/Samsung)

A Samsung quer fazer barulho com a chegada do Galaxy AI – tanto que o investimento no lançamento do Galaxy S24 será 25% maior do que no Galaxy S23. A informação foi revelada por Gustavo Assunção, o vice-presidente de dispositivos móveis, num bate-papo com o Tecnoblog. Eu o entrevistei por cerca de uma hora, para entender como pensa um dos principais nomes do mercado de smartphones do Brasil.

A linha do Galaxy S24 foi anunciada nesta quarta-feira (dia 17) com preços no Brasil a partir de R$ 5.999. Gustavo reflete sobre a aposta na IA: “tiramos a fricção, pois era algo muito fragmentado e agora entregamos um produto pronto para o consumidor”. Ele afirma que as novas ferramentas de inteligência artificial precisam ser simples para que as pessoas possam adotá-las no dia a dia. A meta da gigante sul-coreana é democratizá-las.

O executivo fala dos bastidores da chegada do produto, com direito a perguntas sobre temas controversos, como o chip Exynos e o corpo de titânio. Gustavo se mostra animado com a trajetória da linha Galaxy S, que, segundo ele, é amada pelos consumidores. Ele também projeta crescimento “de dois dígitos” em 2024.

Confira a entrevista nas linhas a seguir. As falas foram editadas para fins de clareza e brevidade.

 O lançamento do Galaxy AI

Galaxy AI: botão de gerar conteúdo está presente no S24 (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Thássius Veloso (Tecnoblog) – Qual vai ser a estratégia da Samsung para promover algo que me parece ser mais software do que hardware na parte da inteligência artificial?

Gustavo Assunção (Samsung) – O Galaxy S24 é apenas o primeiro produto da Samsung com esta tecnologia. Nós temos a clara intenção de expadir o Galaxy AI para outros smartphones. Serão dois ou três, provavelmente no segundo semestre. Queremos prestigiar as pessoas que compraram gerações anteriores do Galaxy. Para isso, os telefones precisam ter o devido poder de processamento.

O Galaxy AI vai ser gratuito ou pago?

Totalmente gratuito. A gente não tem previsão de cobrar pela plataforma, seja no curto, médio ou longo prazo. Queremos democratizar o acesso à inteligência artificial, e por isso oferecemos o Galaxy AI de graça para os nossos consumidores.

Eu pergunto isso porque o ChatGPT tem uma modalidade mais sofisticada que requer assinatura. Algumas partes do Microsoft Copilot também. Como a Samsung vai bancar a IA de graça enquanto os outros cobram? Essa conta não tá fechando.

Eu não posso falar dessas empresas, até porque não conheço os modelos de negócios delas. Mas asseguro que não temos nenhuma intenção de cobrança pelo Galaxy AI. A nossa intenção aqui é de ser a marca inovadora que trouxe a inteligência artificial para os dispositivos móveis. Naturalmente que também queremos trazer novos usuários para a plataforma Galaxy.

Galaxy AI pode formatar texto para você (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O que você, enquanto pessoa de negócios, tem usado de inteligência artificial?

A gente viu a mágica da inteligência artificial com o ChatGPT. Eu comecei a pagar a assinatura logo no lançamento e usei por um tempo. Hoje em dia uso bem pouco, mas passei a me interessar mais pelo assunto. Muita gente estuda e fala disso, mas ainda não tem uma aplicação específica que mude a nossa vida. Estamos vivendo o início de algo maior que está por vir. Acredito que a IA é diferente do metaverso, que foi hype há alguns anos. O Galaxy AI traz benefícios reais para o consumidor.

Chip Exynos e chegada ao Brasil

O Galaxy S24 e o Galaxy S24 Plus usam o processador Exynos 2400, da própria Samsung, enquanto o Galaxy S24 Ultra tem Snapdragon 8 Gen 3, da Qualcomm. Sempre dá polêmica quando a gente fala do Exynos. Então pergunto: por que este chip? A Samsung está preparada para as críticas?

A escolha do processador obedece a alguns aspectos maiores do que somente o negócio de smartphones. Nós levamos em consideração a disponibilidade de chips, a nossa visão para o Exynos e os testes de desempenho nas redes de telefonia de cada país. Entendemos que, no caso do Brasil, poderíamos trazer o Snapdragon no Ultra e o recém-lançado Exynos 2400 nas versões básica e Plus. Recentemente lançamos o Galaxy S23 FE também com Exynos e vimos pela imprensa especializada que ele tem performance muito melhor. A Samsung não faria esse movimento se não estivesse muito confiante no que está oferecendo.

Como será a chegada do S24 ao Brasil? Haverá espera em relação aos Estados Unidos?

Novamente temos um lançamento no Brasil simultâneo ao global. Os produtos estão nas lojas desde quarta-feira (dia 17/01), para que as pessoas possam conhecê-lo melhor. Também estão nas operadoras, em parceiros comerciais e no varejo em geral. A nossa pré-venda oferece o dobro de memória pelo mesmo preço. É a mesma oferta que tivemos no S23 e foi muito bem aceita. Também daremos o que chamamos de boost no trade-in. A Samsung aumenta o valor residual do aparelho antigo durante as três semanas de pré-venda. Ou seja, o smartphone atual passa a valer mais na troca pelo S24.

Por que a estratégia do armazenamento em dobro foi tão bem sucedida?

Os nossos dados internos mostram que as pessoas usam muito armazenamento do aparelho, por mais que tenham acesso à nuvem. Isso tem a ver com jogos, música, streaming. Ainda existia dúvida se a estratégia traria valor para o consumidor, mas os resultados de 2023 mostraram que sim. Temos total confiança de que seremos novamente vitoriosos neste ano.

Smartwatch de brinde? Não

Mas Gustavo, até aí eu não vejo nada de novo em relação ao ano passado. Cadê a inovação nessa parte?

Nós fizemos um trabalho importante com as operadoras para oferecer planos específicos para quem quer o Galaxy S24, até porque alguns serviços do Galaxy AI usam a rede de telefonia. Eles também são nossos sócios no processo de comunicação da chegada do S24. Teremos ofertas especiais na nossa loja própria, desta vez em conjunto com outros dispositivos do ecossistema Galaxy, como os fones de ouvido.

Galaxy Watch 6, lançamento de 2023 (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Vocês vão dar relógio de brinde?

Não faremos isso. É algo que eu te contei em outra entrevista e provou ser a estratégia correta. Tivemos um resultado muito bacana com o Galaxy Watch 6 em 2023. Nós recuperamos o negócio de smartwatches no Brasil. Vimos que as pessoas veem valor e estão dispostas a pagar pelo relógio.

Você disse que “recuperou”. Então a situação estava ruim?

A gente vinha de uma situação em que o smartwatch era usado como brinde, o que naturalmente leva a uma perda de valor deste produto. Isso foi resolvido. O Galaxy Watch 6 vendeu cerca de três vezes mais do que o Watch 5. Ele foi comercializado desde o começo, sem ser dado de graça na compra do Galaxy S23. A Samsung tem a vocação de oferecer um ecossistema completo de produtos tecnológicos.

Os smartphones estão todos iguais?

Eu já te perguntei se os celulares estavam todos iguais e você disse que não era bem assim. Agora eu fiquei muito impressionado com o que vi de Galaxy AI porque a impressão é de que essa nova inteligência está na ponta dos seus dedos. Você diria que é uma virada de página?

Sem dúvida nenhuma. Acho que é importante voltar um pouquinho e reconhecer que a inteligência artificial não é algo novo. Ela já está na nossa vida e você sabe muito bem disso. Vários dos nossos aparelhos têm otimização de bateria, por exemplo, mas isso era invisível para o consumidor. A Samsung entendeu que a IA precisa ser simples para o usuário. O Galaxy AI é exatamente assim: fácil de usar e seguro. A gente se preocupou para que as pessoas possam ter a mágica da inteligência artificial no dia a dia delas.

Como fica a privacidade? O Galaxy AI tem acesso às mensagens das pessoas no WhatsApp, às fotos e muito mais. Existe o receio de que estes dados sejam repassados a terceiros.

A pauta da privacidade e da segurança é um pilar para a Samsung enquanto corporação. Permeia todo o negócio, independentemente de ser Galaxy AI ou não. Nesse novo serviço nós usamos criptografia de ponta a ponta. Já as ferramentas de tradução não aprendem com o que é dito pelo usuário porque rodam dentro do dispositivo. Nós estamos tomando todas as medidas possíveis para deixar o usuário confortável com relação a isso.

A Samsung divulgou o compromisso de atualizar o Android do S24 por sete anos. Ou seja, ele sai com o Android 14 e terá, lá na frente, o Android 21. Como vocês podem ter certeza de que um smartphone de 2024 será capaz de rodar um sistema que ainda nem existe, que não tem como saber o quão pesado será?

Nossa intenção é assegurar que o usuário Samsung que optou pela compra de um S24 receba atualizações, esteja sempre seguro e apto a usar todos os recursos disponíveis. Isso naturalmente aumenta o valor do produto. Hoje existe o mercado de economia circular, em que o aparelho antigo é parte do pagamento do aparelho novo. A Samsung está muito atenta a este novo comportamento. Por isso trabalhamos para aumentar a longevidade do aparelho. O cliente tira máximo proveito por mais tempo e isso aumenta o valor de ter um Galaxy S24.

Celular de titânio e a disputa com a Apple

Galaxy S24 Ultra tem quatro câmeras traseiras, duas delas teleobjetivas de 3x e 5x (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A gente entra numa característica que me chamou a atenção: a carcaça de titânio no Galaxy S24 Ultra. A Apple fez exatamente o mesmo com o iPhone 15 Pro e o Pro Max há alguns meses. Por que a Samsung decidiu por este caminho?

A Samsung tem um pipeline próprio de pesquisa e desenvolvimento. Isso já estava previsto muito antes do nosso concorrente fazer. Não teria como mudar o projeto em poucos meses.

Fiquei curioso em saber o quão antes. Como é o processo de criação de um novo celular?

Toda a parte de R&D começa cerca de dois anos antes do lançamento final. Hoje mesmo nós estamos conversando um pouco sobre os recursos do flagship de 2025.

Pergunto isso porque o consumidor não sabe como funciona. Às vezes ele acha que a Apple fez algo e que a Samsung repetiu logo em seguida.

Exatamente, é impossível fazer isso. O titânio é muito importante porque dá mais durabilidade ao produto. No entanto, nosso principal diferencial é a inovação que o Galaxy AI traz ao mercado móvel.

Tá muito nítido que vocês estão jogando junto com o Google na parte de busca na web. E a Microsoft?

O Galaxy AI é fruto de uma colaboração dessas três empresas. Acho que muita coisa vai acontecer ao longo dos próximos anos. A Samsung sempre tem uma postura de colaboração aberta com esses parceiros. O Galaxy AI também permeará os laptops, e aqui entra um contato importante com a Microsoft. Essa colaboração extrapola os smartphones.

Galaxy S é amado pelos consumidores

Aparelhos da linha Galaxy S24 saem da caixa com Android 14 e One UI 6.1 (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Eu queria entrar num tema mais abrangente: a marca Samsung. Hoje em dia, quando a gente pensa nas caixinhas em que as marcas são colocadas, todo mundo fica tentando ser uma love brand – o consumidor quer ter tudo daquela empresa e muitas vezes não se importa com a ficha técnica. O que vocês fazem para entrar nessa categoria de love brand?

A Samsung tem uma abordagem mais democrática do que as outras empresas de tecnologia porque estamos em várias categorias de produtos. Portanto, há o ônus e o bônus de ser uma marca mainstream. Quando estudamos os cases do mercado, vemos que marcas abastadas abrem mão de consumidores para serem amadas. Nós queremos atender a todos. Fazemos muita pesquisa e temos o entendimento de que a Samsung é amada pelos consumidores de Galaxy S. O índice de retenção é muito alto. Só não posso te abrir os dados porque são estratégicos, mas sabemos que os usuários do Galaxy S Ultra costumam migrar para um novo Ultra de tempos em tempos.

Então você acha que as pessoas desejam o Galaxy S, às vezes sem se importar tanto com especificações técnicas, mas pelo estilo de vida?

Sim. Um exemplo: pessoas que querem a liberdade de um sistema operacional aberto. Elas encontram isso no aparelho da Samsung. Temos os recursos mais robustos do mercado, o melhor design, e agora a inteligência artificial. 

Os clientes de Galaxy S trocam de aparelho com que frequência?

Eu diria que os usuários de Ultra fazem isso a cada dois anos, eventualmente até um ano e meio. A gente percebe que o ciclo de troca está se estendendo, caminhando para os três anos. Iniciativas como a do Sempre de Samsung encorajam a troca.

Crescimento de dois dígitos

O mercado de celulares passa por um momento de estabilidade. Você acredita que a IA irá elevar as vendas ou que os esforços são no sentido de manter os patamares atuais?

Eu diria que o mercado oficial registrou desempenho positivo no ano passado. Nós deixamos de captar uma parte dos clientes que optou pelo mercado não oficial. Já o segmento premium. Ele não foi afetado pela condição macroeconômica.

Mas eu te perguntei se a meta é manter vendas estáveis ou crescer…

Crescimento, sem dúvida nenhuma. A Samsung projeta crescimento de dois dígitos.

Confira o Galaxy AI em ação no vídeo abaixo

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O Galaxy leva a mágica da IA para a vida das pessoas, diz VP da Samsung

O Galaxy leva a mágica da IA para a vida das pessoas, diz VP da Samsung
Fonte: Tecnoblog

Vem mais demissão por aí, antecipa CEO do Google a funcionários

Vem mais demissão por aí, antecipa CEO do Google a funcionários

Google terá “escolhas duras” pela frente, diz Pichai (Imagem: Divulgação/Google)

Sundar Pichai, CEO do Google, disse a funcionários que a empresa terá que fazer “escolhas duras” para “investir em suas grandes prioridades”. No memorando enviado, ele dá explicações sobre os cortes recentes e diz que mais postos de trabalho podem ser impactados.

“Muitas dessas mudanças foram anunciadas, mas para antecipar, algumas equipes vão continuar fazendo decisões específicas de alocação de recursos ao longo do ano, onde for necessário, e alguns cargos podem ser impactados”, escreve Pichai.

Divisão de hardware do Google, que faz o Pixel 8 (Imagem: Divulgação/Google)

“Estas eliminações de cargos não são na mesma escala que as reduções do ano passado e não vão afetar todas as equipes”, diz o executivo. “Mas eu sei que é muito difícil ver colegas e equipes impactadas”.

Pichai ainda comenta que os layoffs deste ano foram para “remover camadas para simplificar a execução e aumentar a velocidade em algumas áreas”.

O memorando foi obtido pelo site The Verge. A reportagem procurou a assessoria do Google, que disse não ter comentários a fazer. À Reuters, a empresa disse ter enviado um e-mail a todos os funcionários, mas não revelou o conteúdo.

Google já fez primeiro layoff de 2024

Na semana passada, o Google informou que demitirá cerca de 1 mil usuários. Segundo o New York Times, o corte afeta as divisões de hardware, engenharia e Google Assistant, entre outras. O YouTube, por exemplo, teve cerca de 100 demitidos, segundo relatos. James Park e Eric Friedman, cofundadores da Fitbit, comprada pelo Google em 2021, também deixaram a companhia.

O Google diz que os funcionários terão 60 dias para conseguir outro emprego. Eles podem se candidatar a outros cargos dentro da própria empresa, mas não há garantia que serão aceitos. Como lembra a Reuters, em 2023, a Alphabet (dona do Google) anunciou planos para cortar 12 mil cargos. A empresa tem mais de 180 mil funcionários em todo ano, segundo dados de setembro de 2023.

As demissões em massa deram o tom das decisões corporativas das big techs em 2023. Meta, Amazon e Microsoft também tomaram medidas do tipo.

Com informações: The Verge, TechCrunch, Reuters
Vem mais demissão por aí, antecipa CEO do Google a funcionários

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Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: TVs Hisense chegarão ao Brasil por preços acessíveis, promete presidente

Exclusivo: TVs Hisense chegarão ao Brasil por preços acessíveis, promete presidente

Hisense demonstra TV de 110 polegadas durante a CES 2024 (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Direto de Las Vegas, EUA – Os consumidores brasileiros vão contar com as TVs da Hisense a partir do segundo trimestre de 2024. O presidente da companhia no Brasil, Vincent Zhou, revelou com exclusividade ao Tecnoblog que está acertando os últimos detalhes para que os produtos desembarquem no país entre abril e maio.

Hoje em dia, a Hisense vende itens como geladeiras, máquinas de lavar, ar-condicionados e fornos, entre outros produtos da chamada linha branca. Ela também está por trás das TVs da marca Toshiba, que foi adquirida há três anos.

O portfólio ainda está sendo definido, mas a Hisense tem interesse principal em telas grandes. São esperados modelos de 65 até 110 polegadas. TVs menores também devem fazer parte do catálogo. A maioria delas vai rodar o sistema próprio Vidaa OS, que já está nos televisores da Toshiba.

Interface do sistema Vidaa OS, usado nas TVs da Hisense (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Controle remoto de TV Hisense com sistema Vidaa OS (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Sistema Vidaa e apps

Eu pude experimentar uma smart TV com Vidaa OS na CES 2024. Deu para notar que tudo ocorre de maneira muito veloz. Os aplicativos de streaming abrem instantaneamente. Aliás, os principais estão presentes na plataforma, como Netflix, YouTube e Globoplay.

Alguns produtos também vão rodar sistema Android TV. De acordo com executivos, esta plataforma estará nos produtos flagship, ou seja, aqueles mais caros e sofisticados.

Garantia e mais detalhes

Todas as TVs de tela grande terão garantia de dois anos, um diferencial em relação a outras marcas do mercado brasileiro. Zhou me contou que não tem pegadinha: o acesso prolongado a suporte técnico prevê até mesmo os eventuais problemas de burn-in. A oferta valerá para TVs com resolução 4K.

A Hisense deve revelar os detalhes técnicos mais para frente, quando estivermos mais próximos do lançamento no Brasil. A nossa expectativa é de que sejam itens com tecnologias QLED, OLED ou MiniLED. “Os preços serão acessíveis”, prometeu Vincent Zhou durante nossa visita ao estande da marca na CES 2024.

Vincent Zhou e Thássius Veloso na CES 2024 (Foto: Arquivo pessoal)

Thássius Veloso viajou aos Estados Unidos a convite da LG
Exclusivo: TVs Hisense chegarão ao Brasil por preços acessíveis, promete presidente

Exclusivo: TVs Hisense chegarão ao Brasil por preços acessíveis, promete presidente
Fonte: Tecnoblog

Mercado global de smartphones premium contraria tendência e cresce em 2023

Mercado global de smartphones premium contraria tendência e cresce em 2023

Galaxy Z Flip 5 é um diferencial da Samsung no mercado premium (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O mercado de smartphones premium (acima de US$ 600) teve crescimento em 2023 e deve fechar o ano com uma alta de 6% em relação a 2022. As vendas tiveram recorde em mercados emergentes. A Apple ainda é líder no segmento, mas com uma fatia menor do segmento.

Os dados são da empresa de pesquisa Counterpoint. Segundo a companhia, os números contrariaram o declínio do mercado geral de smartphones. Ela afirma que o segmento premium, composto por aparelhos com preço no atacado de US$ 600 ou mais, teve cerca de 25% do mercado global de smartphones e 60% das receitas. “Nos últimos anos, o segmento premium se destacou como uma área de crescimento em um mercado fraco”, escreve a firma em um comunicado em seu site.

Novo comportamento e novos mercados

Para Varun Mishra, analista sênior da Counterpoint, o crescimento do segmento premium está ligado a uma mudança dos padrões de consumo. “Considerando a importância de um smartphone, os consumidores estão dispostos a gastar mais em um aparelho de alta qualidade, que possa ser usado por um período mais longo”, avalia.

iPhone dá à Apple uma larga vantagem na liderança do mercado premium (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Os números da Counterpoint mostram que o crescimento do mercado premium foram puxados pela China, Europa Ocidental, Índia e a região composta por Oriente Médio e África (MEA). As vendas nessa faixa de preço bateram recordes na China, Índia, MEA e América Latina em 2023.

Para Mishra, nestes mercados, os smartphones premium são também um símbolo de status, fazendo muitos consumidores pularem da faixa média para a faixa mais elevada de preço. Ele também destaca promoções e condições de pagamento facilitadas como um dos fatores para muitos compradores gastarem mais.

Apple perde mercado nos smartphones premium

O ranking das marcas que mais vendem smartphones premium permanece o mesmo, mas a fatia de cada uma das empresas teve uma leve alteração. A Apple continua líder, mas perdeu 4 pontos percentuais, de 75% para 71%. Samsung, Huawei e Xiaomi vêm em seguida e cresceram suas participações. Fechando o top 5, a Oppo continua com 1% do segmento premium.

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A Counterpoint atribui o crescimento da Samsung aos dobráveis, que são um diferencial no mercado premium. Já a Huawei “ressurgiu” com a série Mate 60, nas palavras da empresa de pesquisa. A companhia chinesa está sujeita a sanções dos EUA, que a impedem de obter as mesmas tecnologias avançadas a que as concorrentes têm acesso.

Com informações: Counterpoint
Mercado global de smartphones premium contraria tendência e cresce em 2023

Mercado global de smartphones premium contraria tendência e cresce em 2023
Fonte: Tecnoblog

Amazon revela data em que o Prime Video começará a mostrar comerciais

Amazon revela data em que o Prime Video começará a mostrar comerciais

Prime Video passará a exibir anúncios nos Estados Unidos (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Inclusão de comerciais no Prime Video: Amazon Prime Video começará a exibir comerciais a partir de 29 de janeiro de 2024, inicialmente nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Canadá.
Justificativa: A decisão segue uma tendência iniciada pela Netflix e visa gerar receita adicional para investir em conteúdo.
Mudança na Estrutura de Preços: Nos EUA, o Amazon Prime custa US$ 139/ano com comerciais limitados. Para uma experiência sem anúncios, o preço será de US$ 157/ano.
Comparação com outros serviços de streaming: Disney Plus, Hulu e Max já adotam modelos semelhantes, com publicidade nos planos básicos.
Situação no Brasil: Mudança não tem previsão para ocorrer no Brasl. A Amazon planeja implementar a medida em outros países, como México, Itália, França, Espanha e Austrália, ao longo de 2024.

A Amazon informou que o Amazon Prime Video começará a mostrar comerciais e mensagens publicitárias em 29 de janeiro de 2024. A decisão inicialmente vale para assinantes do streaming nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Canadá. Nós apuramos com a Amazon que estas mudanças “não acontecerão no Brasil neste momento”.

Já existiam sinais de que o Prime Video repetiria uma fórmula adotada pela Netflix em novembro de 2022. No comunicado aos clientes, a Amazon diz que a receita com publicidade permitirá continuar com os investimentos em conteúdo interessante.

Novos preços

É importante notar que a Amazon está refazendo a estrutura de preços do Prime Video. Até agora, os clientes dos Estados Unidos pagavam US$ 139/ano pelo Amazon Prime, que dá acesso aos conteúdos em vídeo. Esse plano está mantido, porém com “comerciais limitados”. Quem não quiser ver publicidade deverá pagar mais: US$ 18/ano, o que faz esta modalidade saltar para US$ 157. As cifras anuais equivalem a R$ 670 e R$ 760, respectivamente.

A gigante da internet entra numa lista com vários serviços de streaming que, ao menos nos Estados Unidos, exibem publicidade no plano mais básico. É o caso de Disney Plus, Hulu, Max (antigo HBO Max) e Paramount Plus, além da própria supracitada Netflix, de acordo com um levantamento publicado pelo site especializado The Verge.

SAC para o Brasil não traz informações sobre Prime Video Ad Free (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

O serviço brasileiro Globoplay recentemente foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo por exibir anúncios a assinantes da modalidade premium. Igor da Silva Oliveira se sentiu enganado por ter de ver comerciais antes e durante os vídeos, de acordo com reportagem do portal Notícias da TV.

Impacto no Brasil e em outros países

Conforme explicamos acima, a Amazon nos disse que “não tem previsão de implementação por aqui”. O serviço de atendimento ao cliente para o mercado doméstico por enquanto exibe uma explicação em inglês sobre o chamado Prime Video Ad Free.

No exterior, a Amazon prepara a adoção da medida no México, Itália, França, Espanha e Austrália no decorrer de 2024.

Com informações: The Verge e Notícias da TV
Amazon revela data em que o Prime Video começará a mostrar comerciais

Amazon revela data em que o Prime Video começará a mostrar comerciais
Fonte: Tecnoblog

Governo do Uruguai recua e Spotify vai continuar operando no país

Governo do Uruguai recua e Spotify vai continuar operando no país

Spotify enviou e-mail a usuários garantindo que fica no Uruguai (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Spotify anunciou que continuará oferecendo seu serviço de streaming no Uruguai. A decisão foi tomada após o governo local assinar um decreto que garante que a empresa não precisará pagar duas vezes pelas músicas da plataforma.

Em e-mail, a plataforma pede que os usuários uruguaios que assinam o plano Premium mantenham seus dados atualizados. Para quem usa o Spotify Free, nada muda.

Retomando cenas dos capítulos anteriores: no fim de novembro, o Spotify havia anunciado que deixaria de operar no Uruguai em fevereiro de 2024.

O motivo era uma mudança na lei de direitos autorais. O novo texto tinha dois trechos que, dependendo da interpretação, poderia obrigar o Spotify a pagar os artistas duas vezes.

Um dos trechos dizia que os intérpretes poderiam exigir pagamento por obras difundidas ou retransmitida pela internet e redes digitais. O outro definia que os artistas teriam direito a remunerações justas quando suas gravações são reproduzidas publicamente.

Agora, um decreto do governo uruguaio “resolveu” a questão. No novo texto, os responsáveis pela remuneração são as partes com quem os artistas têm contratos — ou seja, selos, gravadoras, editoras e outras formas de representação. Por isso, o Spotify não será obrigado a pagar em duplicidade os artistas.

Governo uruguaio subestimou reação do Spotify (Imagem: Matt Rubens/Flickr)

Governo uruguaio reconheceu “erro político”

Segundo o El País, foi o próprio presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, quem articulou o texto inicial com os deputados governistas, respondendo a reclamações de artistas locais, que disseram não receber pagamentos justos por sua obra. No entanto, a reação do Spotify surpreendeu.

A publicação afirma que, internamente, o governo uruguaio considerou que foi um “erro” político não dimensionar a reação do Spotify à nova lei de direitos autorais.

Desde o anúncio da saída, o governo uruguaio passou a tentar resolver a situação. De acordo com o El País, houve uma reunião entre representantes do poder local e do Spotify antes da assinatura do decreto, para acertar os detalhes do novo texto.

Com informações: Spotify, Exame, El País Uruguay
Governo do Uruguai recua e Spotify vai continuar operando no país

Governo do Uruguai recua e Spotify vai continuar operando no país
Fonte: Tecnoblog

Apple Music pode pagar mais para artistas que usarem Dolby Atmos

Apple Music pode pagar mais para artistas que usarem Dolby Atmos

Apple Music tem suporte a Dolby Atmos desde 2021 (Imagem: Brett Jordan / Unsplash)

O Apple Music tem planos de dar um peso extra às músicas mixadas com Dolby Atmos na hora de pagar royalties para artistas, mesmo que os usuários não ativem o recurso ao ouvir. O formato está presente em quase todos os produtos da marca.

As informações ainda não são oficiais e foram obtidas pela reportagem da Bloomberg. A nova política visa incentivar artistas e gravadoras e adotarem o Dolby Atmos, mesmo em trabalhos mais antigos, já disponíveis no streaming.

Segundo as fontes consultadas pela Bloomberg, mixar músicas no formato Dolby Atmos é acessível. Assim, o investimento deve valer a pena para gravadoras e artistas já estabelecidos no mercado.

Echo Studio, da Amazon, tem suporte a Dolby Atmos (imagem: Divulgação/Amazon)

O Dolby Atmos é um formato de som surround, que busca criar uma experiência imersiva ao tentar imitar a disposição dos sons ao redor da cabeça do usuário.

Spotify não tem Dolby Atmos

O Apple Music tem suporte ao som espacial com Dolby Atmos desde 2021. Outros serviços de streaming também oferecem o formato, como o Tidal e o Amazon Music Unlimited.

Já o Spotify, líder neste mercado, não conta com a tecnologia. Ter mais artistas usando o Dolby Atmos seria uma estratégia para o Apple Music se diferenciar.

Spotify tem Wrapped, mas não tem Dolby Atmos (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Além do Apple Music, outros produtos da Apple funcionam com o Dolby Atmos, como AirPods, HomePod, iPhone, iPad, Mac e Apple TV. Nas outras marcas, o formato está presente em alguns smartphones e tablets de Samsung e Motorola, no smart speaker Amazon Echo Studio e em soundbars da JBL, para ficar só em alguns poucos exemplos.

Streamings fazem mudanças na remuneração

Se as novidades no pagamento de royalties se confirmarem, a Apple se junta ao próprio Spotify e à Deezer na lista de empresas que fizeram mudanças nos sistemas de remuneração.

No Spotify, a principal alteração será o fim do pagamento às músicas que não tiverem 1 mil reproduções em 12 meses. A empresa diz que os valores ficam esquecidos e têm custo muito alto para serem processados.

A Deezer, por outro lado, vai pagar mais para quem tem poucos ouvintes, além de valorizar o “engajamento ativo”, quando o usuário procura um artista ou uma música.

Com informações: Bloomberg, The Verge
Apple Music pode pagar mais para artistas que usarem Dolby Atmos

Apple Music pode pagar mais para artistas que usarem Dolby Atmos
Fonte: Tecnoblog

Fintech N26 chega ao fim no Brasil e cartões são cancelados

Fintech N26 chega ao fim no Brasil e cartões são cancelados

Cartão de crédito da N26 tinha bandeira Mastercard (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Chegou o dia: todos os cartões de crédito emitidos pela N26 no Brasil serão cancelados nesta quinta-feira (7). De origem alemã, a fintech iniciou as operações brasileiras em 2021 para disputar mercado com plataformas como Nubank e PicPay, mas não teve sucesso. Diante disso, a empresa decidiu sair do país.

Faturas devem ser pagas normalmente

O cancelamento dos cartões de crédito impede que novas compras sejam feitas com eles, obviamente, mas a fintech ressalta que as faturas devem ser pagas normalmente.

Em caso de atraso, haverá incidência de juros e multa sobre o valor devido. Além disso, o não pagamento poderá levar à negativação do usuário (o famoso “nome sujo”), mesmo com a N26 estando inoperante no Brasil.

Se a fatura for fechada quando o aplicativo da N26 não estiver mais funcionando ou se o pagamento estiver sendo feito em parcelas, os boletos correspondentes serão enviados por e-mail.

Empresa recomenda transferência do saldo até o dia 18

Clientes que ainda possuem saldo no aplicativo da N26 têm até 18 de dezembro de 2023 para transferir o valor para uma conta em outra instituição. Após essa data, o app exibirá apenas uma tela que direciona o usuário para um formulário de solicitação de retirada de dinheiro.

Para prevenir fraudes, o formulário exigirá o fornecimento de vários dados, incluindo uma foto para validação facial. O processo é trabalhoso e pode demorar até dez dias úteis para ser concluído. Por isso, é prudente retirar eventuais valores da conta na N26 antes do dia 18.

Informes de rendimento para declaração de imposto de renda serão enviados por e-mail no começo de 2024.

N26 tentou emplacar com conceito de “fincare”

A N26 começou a operar no Brasil em novembro de 2021, inicialmente com os “insiders”, grupo de clientes que se cadastraram para testar a plataforma. Após os testes iniciais, a fintech introduziu o conceito de “fincare”, com o qual tentava se diferenciar de rivais como Nubank, PicPay e Mercado Pago prometendo ajudar o cliente a cuidar do seu dinheiro com planejamento e organização financeira.

Além de um cartão de crédito com bandeira Mastercard Gold, a N26 oferecia uma conta digital que dava direito ao “Spaces”, modalidade com a qual o usuário guardava dinheiro com rendimento de 100% do CDI mais 1% para cada R$ 100 gastos no cartão.

E-mail da N26 com aviso de redução de limite (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Porém, as operações da N26 eram limitadas. O aplicativo da fintech apresentava instabilidades com frequência e tinha várias funções ausentes, a exemplo da fatura do cartão, que só podia ser paga com saldo em conta, sem opção de boleto ou Pix.

Outras restrições incluíam falta de integração com serviços como Apple Pay e Google Pay, lista de espera para criação de contas e, para muitos usuários, limite de cartão de crédito baixo ou diminuído com o passar do tempo.

N26 anunciou fim das operações em novembro

Com dificuldades para escalar as operações e atrair investimentos, a N26 anunciou a decisão de sair do Brasil em novembro. Na ocasião, a companhia informou ao Tecnoblog que “a decisão reflete a estratégia da empresa de focar seus esforços nos mercados-chave europeus”. A N26 tinha cerca de 200 mil clientes no país.

Post de despedida da N26 no Instagram (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

O encerramento das operações no Brasil não é um movimento inédito para a fintech. Em novembro de 2021, mesma época em que iniciava suas operações em território brasileiro, a N26 desistiu de operar nos Estados Unidos, país em que havia chegado em 2019. A necessidade de altos investimentos para manter as operações americanas foi um dos motivos para a decisão.
Fintech N26 chega ao fim no Brasil e cartões são cancelados

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Fonte: Tecnoblog

Oi decreta fim do Oi Play e desiste do mercado de TV paga via internet

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Oi Play será encerrado em 31 de dezembro de 2023 (Imagem: Lucas Braga / Tecnoblog)

Má notícia para usuários do Oi Play. Em meio à grande competição do setor, a plataforma de streaming e TV por internet da Oi deixará de existir a partir de 31 de dezembro de 2023. Os clientes estão sendo comunicados sobre o fim do serviço, mas a operação de TV por assinatura por fibra e DTH segue normalmente.

O Tecnoblog procurou a Oi para entender o encerramento do serviço. A operadora confirma o fim da plataforma e diz que tem tomado medidas para intensificar a eficiência operacional. Com isso, alguns produtos foram desativados, incluindo o Oi Play.

A Oi ainda afirma que segue a “tendência de mercado de desintermediação da distribuição de conteúdo”. Anteriormente, a TV por assinatura era a principal fonte para consumo de filmes e séries, mas diversas emissoras e produtoras criaram seus próprios serviços de streaming — é o caso da Warner (HBO Max), Disney (Disney+ e Star+), Globo (Globoplay) e Paramount (Paramount+), por exemplo.

As vendas do Oi Play já foram suspensas, e o site será mantido com informações referentes ao uso da plataforma até 31 de dezembro de 2023.

A Oi não concederá desconto aos assinantes de Oi TV com Oi Play incluído. “Para estes clientes ocorre a inexigibilidade da redução de valores em virtude do caráter gratuito do produto descontinuado”, diz a operadora. O serviço de TV por assinatura continuará existindo por meio dos decodificadores.

Questionada se terá alguma alternativa ao Oi Play, a Oi informou que “mantém a estratégia de parceria com marcas fortes de conteúdo como Globoplay, HBO Max e Paramount+”.

De acordo com a Oi, clientes do Oi Play serão comunicados sobre o fim do serviço através dos canais de atendimento, fatura, jornal e e-mail.

Oi Play lançou plano com canais ao vivo em 2022

O Oi Play existe desde 2016, inicialmente restrito para assinantes da Oi TV. Desde então, a operadora expandiu a venda para clientes de banda larga fixa com conteúdos sob demanda, e, a partir de julho de 2022, iniciou a comercialização avulsa com canais ao vivo, sem a necessidade de cliente da operadora.

Grade de canais do Oi Play (Imagem: Lucas Braga / Tecnoblog)

Com o lançamento, a Oi passou a concorrer no segmento de IPTV legítimo com aplicativos como DirecTV Go (que mudou de nome duas vezes e passará a se chamar Sky+), Vivo Play, Claro TV+ e Zapping.

Os planos do Oi Play nunca foram muito atrativos, especialmente considerando que a grade de canais era menor que todos os concorrentes. Os preços também eram muito mais caros para quem não utilizava Oi Fibra.

Talvez seja por isso que não deu certo.​​
Oi decreta fim do Oi Play e desiste do mercado de TV paga via internet

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Fonte: Tecnoblog