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Google vai usar energia de reator nuclear em data centers

Google vai usar energia de reator nuclear em data centers

Google terá créditos de energia limpa nos EUA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Google anunciou um acordo para receber energia de um reator nuclear de nova geração que será construído em Oak Ridge, Tennessee (EUA). A iniciativa é fruto de uma parceria com a Tennessee Valley Authority (TVA), empresa pública responsável pelo fornecimento de eletricidade na região.

A expectativa é que, a partir de 2030, a usina desenvolvida pela Kairos Power abasteça data centers da companhia no Tennessee e no Alabama. Esse é o primeiro contrato firmado por uma concessionária de energia dos Estados Unidos para aquisição de eletricidade proveniente de uma tecnologia nuclear avançada.

Por que esse projeto é diferente?

Grande parte da matriz nuclear norte-americana é formada por usinas construídas há décadas, que enfrentam dificuldades para competir com fontes mais baratas, como gás natural e energias renováveis. O projeto da Kairos Power, chamado Hermes 2, adota um modelo de pequeno reator modular com capacidade de 50 MW, baseado no uso de sal fluoreto fundido como refrigerante em vez da água.

Essa tecnologia permite operar em baixa pressão, reduzindo a necessidade de estruturas de contenção de grande porte e, consequentemente, os custos de construção. Caso seja bem-sucedida, pode abrir caminho para uma nova fase da energia nuclear no país, que busca diversificar sua matriz e suprir a alta demanda elétrica impulsionada pela digitalização e pela IA.

Oak Ridge, local escolhido para a instalação, tem importância histórica no setor: foi sede do Projeto Manhattan, responsável pelo desenvolvimento das primeiras armas atômicas. Hoje, a cidade se tornou um polo de pesquisa e inovação em energia nuclear, concentrando investimentos em soluções consideradas mais seguras e sustentáveis.

Como vai funcionar a parceria?

Parceria é estratégica para garantir energia limpa à infraestrutura digital do Google (imagem: reprodução/Google)

A meta anunciada é chegar a 500 MW de capacidade nuclear instalada até 2035, suficiente para atender aproximadamente 350 mil residências. Esse volume representaria uma fração da atual capacidade nuclear dos Estados Unidos, que em 2024 contava com 94 reatores em operação e cerca de 97 GW totais — responsáveis por quase 20% da eletricidade do país.

Além de receber a energia gerada, o Google terá direito aos certificados de atributos ambientais, que funcionam como créditos de energia limpa. Esse mecanismo permite que empresas compensem seu consumo em redes que ainda contam com fontes fósseis, ao mesmo tempo em que geram receita adicional para projetos livres de carbono.

Amanda Peterson Corio, diretora de energia do Google, afirmou que a cooperação com a TVA e a Kairos Power é estratégica para garantir energia firme e limpa à infraestrutura digital da companhia. Já o secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, destacou que o avanço de reatores nucleares de quarta geração será essencial para manter a liderança do país em inteligência artificial e no setor energético.

No momento, não há usinas nucleares avançadas disponíveis comercialmente nos Estados Unidos. Por isso, o projeto Hermes 2 é visto como um teste para avaliar a viabilidade dessa tecnologia em larga escala.

Com informações da Reuters e do The Verge
Google vai usar energia de reator nuclear em data centers

Google vai usar energia de reator nuclear em data centers
Fonte: Tecnoblog

Meta pode reduzir seu setor de IA após reorganização, diz jornal

Meta pode reduzir seu setor de IA após reorganização, diz jornal

Mark Zuckerberg é fundador e CEO da Meta (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Meta estuda reduzir equipes de IA e adotar modelos de terceiros, incluindo opções de código aberto ou licenciados.
Reorganização cria o Meta Superintelligence Labs com quatro grupos voltados a pesquisa, produtos e infraestrutura.
Empresa já realizou quatro reestruturações em seis meses e adquiriu a Scale AI por US$ 14,3 bilhões

A Meta está reorganizando sua divisão de inteligência artificial, que passará a contar com quatro grupos diferentes para pesquisa, superinteligência, produtos e infraestrutura. A companhia também considera reduzir o tamanho das equipes e usar modelos de outras empresas em suas plataformas.

As informações sobre a possível redução foram obtidas pelo jornal The New York Times junto a duas pessoas que estão a par da situação. Mesmo assim, as discussões sobre saídas continuam “fluidas” e nenhuma decisão foi tomada, disseram as fontes.

Caso opte pela redução do pessoal, a empresa de Mark Zuckerberg poderia eliminar cargos ou transferir empregados para outros setores. Alguns executivos também podem deixar a empresa. A divisão de IA cresceu de modo acelerado nos últimos anos, chegando a milhares de pessoas, afirmam as fontes do NYT.

A Meta também estaria considerando usar modelos de IA de terceiros em seus produtos. As opções incluem desenvolver novos modelos usando projetos de código aberto como base ou licenciar modelos fechados de outras companhias.

Como vai ficar a divisão de IA da Meta?

Meta AI usa o Llama e está disponível nos serviços da empresa (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

De acordo com memorandos vistos pela Bloomberg, a divisão de IA da Meta será chamada Meta Superintelligence Labs (MSL) e contará com quatro grupos:

TBD Labs, responsável por continuar o desenvolvimento dos modelos Llama.

FAIR (ou Fundamental AI Research), que já existe há mais de uma década e se concentra em projetos de longo prazo.

Pesquisa Aplicada e Produtos, focado em usar os modelos e as pesquisas e colocá-los em produtos voltados a consumidores.

MSL Infra, responsável pela infraestrutura necessária para o treinamento da IA.

Segundo a Bloomberg, a reorganização visa um melhor aproveitamento dos funcionários recentemente contratados. É a quarta reestruturação nos últimos seis meses.

A Meta trouxe grandes talentos do setor de IA, com pagamentos na casa das centenas de milhões de dólares. Uma dessas aquisições foi a startup Scale AI, por US$ 14,3 bilhões. Alexandr Wang, co-fundador e CEO da empresa, foi nomeado chefe de IA da Meta e ficará à frente do TBD Labs.

Com informações da Bloomberg e do New York Times
Meta pode reduzir seu setor de IA após reorganização, diz jornal

Meta pode reduzir seu setor de IA após reorganização, diz jornal
Fonte: Tecnoblog

Keeta trava batalha judicial contra 99Food antes de estrear no Brasil

Keeta trava batalha judicial contra 99Food antes de estrear no Brasil

Keeta faz sucesso na China e chegará ao Brasil (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Keeta abriu duas ações contra a 99Food na Justiça de São Paulo.
Na primeira ação, a Keeta acusa a 99 de exigir exclusividade de grandes redes via pagamentos antecipados.
Ela pede suspensão imediata e veto em contratos futuros. A cláusula não atinge o iFood.
Na segunda ação, a Keeta acusa a 99 de comprar palavras‑chave ligadas à marca dela no Google Ads.

O mercado de delivery de comida no Brasil, dominado pelo iFood nos últimos anos, pode ganhar novos contornos com a chegada de um gigante internacional. A Keeta, marca global da chinesa Meituan, prevê iniciar operações no país em novembro deste ano, mas já entrou em rota de colisão com a 99Food, serviço de entrega da 99, controlada pela também chinesa Didi Chuxing.

Antes mesmo de estrear, a Keeta abriu dois processos contra a concorrente, alegando que práticas comerciais adotadas pela 99Food dificultam a entrada de novos competidores e restringem a escolha dos consumidores.

As ações tramitam na Justiça de São Paulo e envolvem acusações que vão desde cláusulas contratuais até disputa por espaço em mecanismos de busca.

O que está em jogo na disputa judicial?

Na primeira ação, protocolada em 14 de agosto, a Keeta acusou a 99Food de impor cláusulas que obrigam grandes redes de restaurantes a não firmar parceria com a nova concorrente. Segundo a empresa, isso ocorre por meio de pagamentos antecipados, atrelados à exigência de exclusividade — restrição que não se aplica ao iFood, líder de mercado com cerca de 80% de participação.

A Keeta sustenta que tal prática cria barreiras artificiais à entrada de novos players e fortalece um cenário de duopólio entre iFood e 99Food. Nos documentos, a companhia alega que mais de cem redes já teriam sido abordadas pela 99 com propostas que somariam aproximadamente R$ 900 milhões. O valor é próximo ao aporte de R$ 1 bilhão anunciado pela Didi para relançar o 99Food neste ano.

Além de pedir a suspensão imediata dessas cláusulas, a Keeta requer que elas não sejam incluídas em contratos futuros, argumentando que são prejudiciais à livre concorrência e à inovação no setor.

99Food é processada pela Keeta por práticas anticompetitivas no mercado (imagem: divulgação/99)

Acusações também envolvem marketing digital

O segundo processo mira ações de marketing online. A Keeta acusa a rival de comprar palavras-chave no Google Ads relacionadas ao seu nome, o que faria anúncios pagos da 99 aparecerem acima dos resultados orgânicos da própria Keeta em buscas na internet.

No dia 12 de agosto, a Justiça concedeu liminar determinando que a 99 pare imediatamente de usar termos ligados à Keeta em campanhas patrocinadas, sob pena de multa diária de pelo menos R$ 20 mil. A decisão também prevê indenização de R$ 100 mil por danos morais.

Enquanto Keeta e 99 travam a batalha judicial, o iFood segue ampliando sua liderança. A empresa, controlada pela Prosus, anunciou investimento de R$ 17 bilhões no Brasil para o período fiscal de abril de 2025 a março de 2026, 25% a mais que no ciclo anterior.

Do outro lado, a Meituan planeja aportar R$ 5,6 bilhões no país nos próximos cinco anos para expandir a marca Keeta. A disputa promete movimentar o setor, mas, até que as ações sejam julgadas, o principal beneficiado pode ser justamente o líder do mercado, enquanto os incumbentes disputam nos âmbitos judicial e de marketing.

Com informações de Valor e NeoFeed
Keeta trava batalha judicial contra 99Food antes de estrear no Brasil

Keeta trava batalha judicial contra 99Food antes de estrear no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Governo Trump quer comprar parte da Intel

Governo Trump quer comprar parte da Intel

Donald Trump conversou com CEO da Intel após desentendimento público (imagem: Gage Skidmore/Flickr)

Resumo

O governo dos EUA discute a possibilidade de se tornar acionista da Intel para acelerar a construção de fábricas.
O projeto da Intel em Ohio enfrenta atrasos, e um investimento pode garantir sua viabilidade financeira.
Após atrito com o CEO Lip-Bu Tan, Trump elogiou o executivo e mudou seu discurso sobre a empresa.

A relação entre a Casa Branca e a Intel voltou a ganhar força. Após a crise pública entre o presidente dos Estados Unidos e o CEO da empresa, Lip-Bu Tan, o governo americano agora discute a possibilidade de se tornar acionista de uma das maiores fabricantes de chips do mundo.

Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, a Intel usaria o potencial investimento, que não teve valor revelado, para acelerar o desenvolvimento do polo fabril da Intel em Ohio, um projeto que vem enfrentando atrasos. O mercado financeiro recebeu a notícia com otimismo, fazendo as ações da Intel dispararem.

A possível compra de uma participação na Intel ocorre uma semana depois de Trump, através de seu perfil na plataforma Truth Social, exigir a renúncia imediata de Lip-Bu Tan. O presidente acusa o executivo de ter “conflito de interesses” por supostas ligações com empresas de tecnologia da China.

Trump acusou Lip-Bu Tan de manter relações com a China e pediu sua demissão (imagem: Felipe Faustino/Tecnoblog)

Tan, por sua vez, adotou um tom conciliador e, após declarar fidelidade aos EUA em uma carta publicada no site da Intel, se reuniu com Trump na Casa Branca na última segunda-feira (11/08). Após o encontro, o presidente mudou o discurso, elogiou o CEO e disse que sua equipe se reuniria com o executivo para discutir o futuro.

EUA podem virar acionistas da Intel

A ideia de um investimento estatal partiu justamente dessas conversas entre Trump e Tan, de acordo com reportagem da Bloomberg. O objetivo principal seria garantir a viabilidade financeira do já atrasado complexo de fábricas da Intel em Ohio — projeto que a empresa já prometeu transformar no maior do mundo.

Procurada, a Casa Branca classificou tudo como especulação, afirmando que “discussões sobre acordos hipotéticos” não devem ser levadas em conta até um anúncio oficial. Já a Intel não quis comentar diretamente as negociações. Em nota, a empresa reforça seu comprometimento “em apoiar os esforços do presidente Trump para fortalecer a liderança tecnológica e de manufatura dos EUA”.

Quanto a intervenção direta do governo no setor, nada de novo sob o Sol do governo Trump. Recentemente, administração anunciou um acordo para receber 15% das receitas da Nvidia e da AMD com a venda de chips de IA para a China — além, é claro, de um grande esforço para evitar o contrabando dessas tecnologias para o país asiático. Outro investimento, no mês passado, foi do Departamento de Defesa, que adquiriu uma participação de US$ 400 milhões na produtora de terras raras MP Materials.

Ações da Intel dispararam

Lip-Bu Tan prometeu uma “nova Intel” ao assumir a empresa no início do ano (imagem: YouTube/Intel)

A notícia sobre o possível investimento estatal teve um efeito imediato e positivo no mercado financeiro. As ações da Intel chegaram a subir 8,9% na quinta-feira e fecharam o dia com uma alta de 7,4%, a US$ 23,86. A valorização elevou o valor de mercado da companhia para mais de US$ 104 bilhões.

A Intel tem passado por um período de dificuldades financeiras, com perda de participação de mercado e de sua vantagem tecnológica, segundo a Bloomberg. A empresa vem realizando demissões como parte de um plano de corte de custos.

Com informações de Bloomberg e The Guardian
Governo Trump quer comprar parte da Intel

Governo Trump quer comprar parte da Intel
Fonte: Tecnoblog

Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site

Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site

Ligga se formou a partir da Copel Telecom, do Paraná (imagem: divulgação)

Resumo

Nelson Tanure estaria negociando a venda da Ligga Telecom por cerca de R$ 2,5 bilhões.
Empresa deve investir mais de R$ 1 bilhão até 2029 para cumprir obrigações do 5G.
Ligga ampliou cobertura com aquisições, mas registrou prejuízo no 1º trimestre de 2025.

O empresário Nelson Tanure estaria buscando compradores para a Ligga Telecom, operadora de telecomunicações adquirida por ele em 2020. A companhia foi colocada à venda por cerca de R$ 2,5 bilhões, segundo apuração do InvestNews, valor semelhante ao desembolsado na época da privatização da antiga Copel Telecom, no Paraná.

O movimento acontece enquanto a empresa se prepara para cumprir obrigações de infraestrutura de rede 5G, que demandarão mais de R$ 1 bilhão em investimentos até 2029. A venda está sendo conduzida pelo banco de investimentos Rothschild & Co.

Mudança na gestão e pressões financeiras

As negociações pela venda da Ligga acontecem poucos meses depois de Tanure renunciar ao cargo no conselho de administração da empresa, o que foi interpretado por analistas como um sinal de afastamento da gestão.

Desde sua privatização, a Ligga incorporou operadoras como Sercomtel, Horizons e Nova Fibra, o que ampliou sua cobertura no Paraná e em regiões estratégicas.

Em paralelo, a empresa também buscou fortalecer sua presença institucional: em 2023, fechou um contrato de R$ 200 milhões para nomear o estádio do Athletico Paranaense. O acordo, no entanto, foi encerrado em junho de 2025, após disputas entre as partes.

No primeiro trimestre deste ano, a Ligga registrou prejuízo líquido de R$ 15,3 milhões, uma alta de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, a receita líquida cresceu 18%, totalizando R$ 160,6 milhões. O Ebitda ajustado chegou a R$ 85,4 milhões, uma alta de 35%. A dívida líquida, por sua vez, subiu ligeiramente para R$ 871,7 milhões, com alavancagem de cerca de 2,5 vezes o Ebitda.

Quem pode se interessar pela Ligga?

A possível venda da Ligga ocorre em um mercado de telecomunicações cada vez mais consolidado, com grandes operadoras retomando planos de expansão via aquisição. A Vivo, por exemplo, está em negociações para comprar a Desktop, enquanto empresas como Unifique, Brisanet e Alloha seguem como os principais provedores regionais de internet.

Além disso, as redes neutras — que fornecem infraestrutura de fibra para diferentes operadoras — continuam avançando. Casos como a V.tal, que já esteve em negociação com Tanure, e a FiBrasil, da Vivo, mostram o interesse do setor nesse tipo de ativo.

No caso da Ligga, os compromissos assumidos no leilão do 5G de 2021 são um ponto central: a operadora detém licenças para atuar em regiões como Paraná, São Paulo e estados da Região Norte. Para cumprir as metas estabelecidas pela Anatel, será necessário instalar cerca de 800 antenas em 300 cidades entre 2026 e 2029, ampliando a cobertura da empresa para quase metade da população brasileira.

Com informações do InvestNews
Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site

Ligga Telecom estaria à venda por R$ 2,5 bilhões, diz site
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT: Sam Altman prioriza crescimento e diz que lucro pode demorar

ChatGPT: Sam Altman prioriza crescimento e diz que lucro pode demorar

Altman diz que modelo de capital fechado favorece a empresa (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A empresa lançou o GPT-5, com preços mais baixos via API.
Sam Altman diz que a OpenAI vai priorizar crescimento e continuar operando no prejuízo enquanto os modelos de IA evoluírem.
Mesmo sem lucro, a OpenAI atrai investimentos e é avaliada em US$ 500 bilhões.

Sam Altman, CEO da OpenAI, disse que a empresa vai priorizar o crescimento, com grandes investimentos em treinamento de inteligência artificial e capacidade de computação. Por isso, a companhia deve demorar para dar lucro.

A OpenAI apresentou nessa quinta-feira (07/08) o GPT-5, seu mais novo modelo de IA generativa. A promessa é que ele seja mais rápido e entregue respostas mais precisas, além de ter barreiras de segurança mais rígidas. Ele já está disponível no ChatGPT (gratuitamente) e no acesso via API (com preços reduzidos).

Sem acionistas, sem pressão

GPT-5 foi anunciado pela OpenAI (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Em entrevista ao canal americano CNBC, Altman declarou que a melhor escolha para a OpenAI, no momento, é continuar no prejuízo. “Enquanto estivermos nessa curva de crescimento, em que o modelo continua ficando cada vez melhor, acho que o melhor a se fazer é absorver as perdas por enquanto”, explicou.

A empresa fechou o ano anterior com um resultado negativo de US$ 5 bilhões, mesmo gerando receitas de US$ 3,7 bilhões. No ano atual, ela deve passar a marca de US$ 20 bilhões de receita anual recorrente, mas vai continuar perdendo dinheiro.

A OpenAI ainda conta com a vantagem de ser uma empresa de capital fechado, que não sofre pressão de acionistas para dar lucro. “É legal não estar na bolsa”, confessou Altman.

A empresa continua atraindo capital de alto risco, com investidores acostumados ao modelo de queimar dinheiro para ganhar mercado. Mesmo sem lucro, ela já está avaliada em cerca de US$ 500 bilhões, e uma nova rodada de captação de recursos deve começar em breve.

GPT-5 pode provocar queda de preços

Uma das estratégias para crescer é oferecer preços competitivos. Com o GPT-5, a OpenAI colocou isso em prática no acesso às APIs, cobrando US$ 1,25 por milhão de tokens de entrada e US$ 10 por milhão de tokens de saída (cerca de R$ 6,80 e R$ 54, respectivamente).

Isso é mais barato que o próprio GPT-4o, modelo anterior da companhia, e empata com os preços do Gemini 2.5 Pro, do Google. O Claude Opus 4.1, da Anthropic, cobra mais que isso, mas vem conquistando adeptos entre os desenvolvedores.

Essa vantagem pode levar a uma nova rodada de corte de preços entre os provedores de modelos de IA, levando a disputa para um terreno que favorece quem tiver mais dinheiro para queimar.

Com informações da CNBC
ChatGPT: Sam Altman prioriza crescimento e diz que lucro pode demorar

ChatGPT: Sam Altman prioriza crescimento e diz que lucro pode demorar
Fonte: Tecnoblog

CEO da Intel responde após Trump exigir que ele saia do cargo

CEO da Intel responde após Trump exigir que ele saia do cargo

Lip-Bu Tan, CEO da Intel (imagem: divulgação/Intel)

Resumo

Donald Trump exigiu a renúncia do CEO da Intel, Lip-Bu Tan, por supostos vínculos com empresas chinesas.
Lip-Bu Tan publicou uma carta destacando seu compromisso com os EUA e sugerindo não ter intenção de renunciar.
Saída repentina de Lip-Bu Tan poderia piorar a crise da Intel.

Nesta semana, Donald Trump chamou a atenção por declarar, publicamente, que Lip-Bu Tan deveria deixar de ser CEO da Intel por conta de seu suposto envolvimento com empresas chinesas. Horas depois, o executivo respondeu à manifestação do presidente dos Estados Unidos, mas em tom conciliador.

Trump pediu a renúncia de Lip-Bu Tan na quinta-feira (07/08), via plataforma Truth Social. A mensagem é reproduzida a seguir, em tradução livre:

O CEO da Intel está em grande CONFLITO [de interesse] e deve renunciar imediatamente. Não há outra solução para esse problema. Agradecemos a sua atenção!

Donald Trump, presidente dos EUA

A declaração causou espanto porque, apesar de Trump ter um histórico de críticas ao setor privado, geralmente ele o faz de modo menos pragmático, sem tentar interferir na liderança de uma empresa de maneira tão radical.

O motivo da declaração? A administração Trump desconfia dos investimentos que Tan teria realizado em empresas chinesas no decorrer de sua trajetória profissional. De acordo com a Reuters, esses investimentos passam de US$ 200 milhões e envolvem até companhias ligadas às forças armadas chinesas.

Também pesou contra Tan o fato de o executivo ter sido CEO da Cadence Design Systems entre 2009 e 2021. Recentemente, a companhia foi acusada de vender tecnologia para uma universidade chinesa, de modo irregular.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (imagem: Gage Skidmore/Flickr)

O que Lip-Bu Tan respondeu?

Em carta publicada no site da Intel e direcionada aos funcionários da companhia, Lip-Bu Tan ressaltou o seu compromisso de agir em prol dos interesses dos Estados Unidos:

Deixem-me começar dizendo o seguinte: os Estados Unidos são a minha casa há mais de 40 anos. Amo o país e sou profundamente grato pelas oportunidades que ele me proporcionou. Também amo esta companhia. Liderar a Intel neste momento crítico não é apenas um trabalho — é um privilégio.

(…) Quero deixar bem claro: em mais de 40 anos de experiência no setor, construí relacionamentos em todo o mundo e em nosso diversificado ecossistema — e sempre operei dentro dos mais altos padrões legais e éticos.

(…) Compartilho plenamente o compromisso do presidente [americano] com o avanço da segurança nacional e econômica dos EUA, aprecio a sua liderança para promover essas prioridades e tenho orgulho de comandar uma empresa tão central para esses objetivos.

Lip-Bu Tan, CEO da Intel

Em linhas gerais, a carta de Tan tenta atenuar o aparente abalo nas relações da Intel com o governo americano, mas sugere que o executivo não está disposto a abandonar o cargo de CEO.

Para a Intel, isso poderia ser desastroso. Lip-Bu Tan assumiu a liderança da Intel em março deste ano com a desafiadora missão de acabar com a crise que a companhia enfrenta. Qualquer decisão mais drástica poderia criar um clima de insegurança jurídica com grande potencial de piorar a situação da empresa.
CEO da Intel responde após Trump exigir que ele saia do cargo

CEO da Intel responde após Trump exigir que ele saia do cargo
Fonte: Tecnoblog

HBO Max vai ser mais incisiva com quem compartilha senha

HBO Max vai ser mais incisiva com quem compartilha senha

HBO Max vai ser mais dura com quem compartilha senhas da conta (imagem: Felipe Faustino/Tecnoblog)

Resumo

HBO Max vai intensificar a proibição do compartilhamento de senhas.
Segundo um executivo do streaming, a nova política de repressão deve começar a partir do 4º trimestre de 2025.
Com a política, será preciso contratar uma assinatura adicional, em valor menor, para compartilhar a conta com outro usuário. Modalidade já é cobrada nos EUA.

A indústria do streaming vem tentando combater o compartilhamento de senhas em seus serviços desde 2023, após ação da Netflix. No fim de 2024, a HBO Max (na época, apenas Max) também anunciou que proibiria o compartilhamento. Agora, essa política será “muito mais agressiva”.

Segundo JB Perrette, chefe de streaming da Warner Bros. Discovery, dona da plataforma, a empresa passou os últimos meses testando e identificando quem são os “usuários legítimos” e quem se aproveita de contas de terceiros. Com esses dados em mãos, o próximo passo é adotar uma comunicação mais direta sobre as medidas que os usuários precisarão tomar.

A mudança deve ocorrer de forma mais contundente a partir do quarto trimestre de 2025. Perrete explicou na conferência de resultados da empresa que a comunicação atual é uma “mensagem bastante suave e cancelável”, mas que ela “começará a se tornar mais fixa, de modo que as pessoas tenham que tomar uma atitude, em vez de ser um processo voluntário”.

Com a implementação da política, será preciso adquirir uma assinatura extra por um valor menor que a original — nos EUA, US$ 7,99 mensais — para usar a conta fora de casa. Esse membro adicional terá seu próprio login e perfil, podendo até transferir seu histórico e recomendações, mas com a limitação de assistir em apenas um dispositivo por vez.

Por enquanto, a companhia não revelou quando esse sistema será aplicado no Brasil ou em outros mercados.

Netflix e Disney+ já fizeram

Netflix popularizou onda de cobranças por compartilhamento de senha (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Netflix foi a primeira na repressão ao compartilhamento de senhas em escala global. A empresa passou a usar uma combinação de informações, como endereço de IP, ID dos dispositivos e atividade da conta para definir o conceito de “residência”.

Quem tenta acessar de fora desses parâmetros é confrontado com uma tela de bloqueio e convidado a criar uma nova assinatura ou ser adicionado como “assinante extra”, mediante pagamento.

A medida gerou uma onda inicial de críticas e ameaças de boicote nas redes sociais, mas os resultados financeiros validaram a estratégia. Logo no primeiro trimestre de 2024, ano seguinte a aplicação da nova política, a empresa tinha ganhado nove milhões de novos assinantes, segundo analistas.

Com o sucesso, no fim de 2024 o Disney+ foi outro serviço a anunciar que agiria contra contas com diversos usuários. A plataforma atualizou os termos de uso para proibir explicitamente o compartilhamento com pessoas de outras residências e iniciou a implementação das restrições de forma gradual.

A nova tentativa da HBO Max para aumentar seu número de assinantes reforça o momento de reorganização estratégica na Warner Bros. Discovery. No mês passado, o streaming retomou seu nome original, após o rebrand para Max que durou menos de dois anos.

A empresa também anunciou uma cisão prevista para 2026, que criará duas novas companhias: uma para os estúdios de cinema e outra para canais de notícias e esportes.

Com informações do 9to5Mac
HBO Max vai ser mais incisiva com quem compartilha senha

HBO Max vai ser mais incisiva com quem compartilha senha
Fonte: Tecnoblog

Funcionários da TSMC são presos por vazamento de segredos sobre chips

Funcionários da TSMC são presos por vazamento de segredos sobre chips

Wafer de chips da TSMC (imagem: divulgação/TSMC)

Vazamentos de segredos comerciais ou industriais podem até parecer coisa de filme, mas a verdade é que são realidade para muitas companhias. A taiwanesa TSMC passou por isso: três funcionários da gigante de fabricação de chips foram presos sob acusação de vazamento de informações confidenciais.

Esse é um problema sério, afinal, a TSMC é a maior fabricantes de chips para terceiros do mundo. Entre os seus clientes estão nomes como AMD, Nvidia e Qualcomm, só para você ter ideia.

As autoridades taiwanesas entraram em ação depois de uma denúncia feita pela própria TSMC, medida que foi tomada pela companhia após uma investigação interna. De acordo com a Reuters, dos três detidos, dois ainda eram funcionários da companhia. A terceira pessoa já não trabalhava mais para a TSMC.

A favor da companhia está a legislação. Como o setor de semicondutores é extremamente importante para a economia local, Taiwan implementou, em 2022, uma lei de segurança para coibir ações de espionagem econômica relacionadas à indústria, bem como a outras áreas, como segurança da informação e defesa nacional.

Foi justamente essa lei que permitiu que os três suspeitos fossem detidos. A operação envolveu ainda interrogações de outros suspeitos e testemunhas, bem como ações de busca e apreensão em suas residências e locais de trabalho.

Até escritórios da Tokyo Electron, empresa que fornece equipamentos para a fabricação de chips, teriam sido conferidos pelas autoridades taiwanesas.

Prédio da TSMC (imagem: divulgação/TSMC)

Quais segredos da TSMC vazaram?

A empresa não revelou que tipos de segredos foram vazados por recomendação de seus advogados, mas afirma ter descoberto, durante auditorias internas de rotina, que os funcionários em questão realizaram atividades não autorizadas para os cargos que ocupavam.

Porém, de acordo com o site Nikkei Asia, os funcionários detidos teriam tentado obter e vazar informações críticas sobre a tecnologia de fabricação de chips de 2 nanômetros da TSMC, uma das mais avançadas do setor em termos de densidade de transistores e eficiência energética.
Funcionários da TSMC são presos por vazamento de segredos sobre chips

Funcionários da TSMC são presos por vazamento de segredos sobre chips
Fonte: Tecnoblog

TIM considera vender rede neutra de fibra óptica

TIM considera vender rede neutra de fibra óptica

Resumo

TIM avalia vender rede neutra de fibra óptica para investidores.
Santander assessora estruturação da operação.
Empresa manteria 25% da nova companhia e seguiria usando a rede.

Estratégia envolve vender participação majoritária para investidores (ilustração: Vitor Pádua /Tecnoblog)

A operadora TIM pode vender um ativo estratégico de sua infraestrutura de fibra óptica: sua rede neutra. O movimento visa replicar o sucesso de operações similares já realizadas no setor de telecomunicações. Ela começou a ganhar força no início do segundo semestre de 2025, mas ainda enfrenta obstáculos regulatórios.

A informação surgiu durante a divulgação dos resultados financeiros da TIM no segundo trimestre, realizada na última quinta-feira (31). O lucro cresceu 25%, para R$ 976 milhões entre abril e junho.

O que é a rede neutra?

Uma rede neutra é uma infraestrutura de fibra óptica compartilhada que pode ser utilizada por múltiplas operadoras de internet, telefonia ou TV por assinatura. Em vez de cada empresa construir sua própria rede, um único provedor especializado constrói e mantém a rede neutra, alugando-a para outras empresas.

Isso permite que as operadoras reduzam custos, acelerem a expansão de seus serviços e se concentrem em atrair e atender seus clientes, enquanto o proprietário da rede neutra cuida da infraestrutura física.

Cabo de fibra óptica (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Segundo informações publicadas no portal Pipeline, a potencial transação envolve a alienação de uma fatia majoritária da rede neutra de fibra óptica da TIM, ou seja, a estrutura de cabos e equipamentos que permitem a oferta de serviços de banda larga fixa.

Players do mercado financeiro estariam negociando com a empresa. Entre os fundos que demonstraram interesse na aquisição, destacam-se a Brookfield, a I-Squared e a Digital Bridge, que já possuem histórico de aquisições no setor global de telecomunicações.

A reportagem ressalta, ainda, que a TIM já estaria trabalhando com assessores financeiros para estruturar a operação. A decisão final dependerá do valor ofertado e das condições de negócio. A expectativa é que a operadora crie uma nova empresa para abrigar a rede de fibra, que será potencialmente vendida, e mantenha uma participação minoritária, talvez de 25%.

A TIM também celebraria um contrato de longo prazo para continuar utilizando a rede, garantindo a continuidade de seus serviços. O principal desafio, no entanto, está em desvincular o ativo, que está ligado às operações de varejo.

Operadora busca replicar modelo de sucesso da Vivo, que vendeu sua rede para fundos de investimento (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Desafios e próximos passos

Apesar do interesse do mercado, o principal obstáculo para a TIM é a questão regulatória e a complexidade de separar a rede. Há um emaranhado de contratos de compartilhamento, acordos de uso de postes e outras questões operacionais que precisam ser resolvidas para que o ativo se torne um negócio independente e atraente para os investidores. A operadora também tem que garantir que a separação não afete a qualidade de seus serviços.A transação, se concretizada, poderá ter um impacto significativo no mercado de telecomunicações brasileiro, consolidando o modelo de negócio de infraestrutura compartilhada. A TIM, com a potencial venda, ganharia caixa extra para investir em outras inovações, como sua rede 5G, além de focar nas operações de varejo e na disputa por clientes no mercado de serviços móveis e fixos.

Com informações do Pipeline e Teletime
TIM considera vender rede neutra de fibra óptica

TIM considera vender rede neutra de fibra óptica
Fonte: Tecnoblog