Category: Internet

Meta quer que IA crie perfis e interaja com pessoas no Facebook e Instagram

Meta quer que IA crie perfis e interaja com pessoas no Facebook e Instagram

Meta quer ir além do chatbot Meta AI (imagem: ilustração/Vitor Pádua)

Resumo

A Meta planeja criar “personagens” de IA com perfis completos e capacidade de gerar conteúdo em redes como Facebook e Instagram para aumentar engajamento.
Segundo o vice-presidente Connor Hayes, a Meta priorizará interações sociais com IA nos próximos dois anos, com foco em entretenimento e engajamento.
A inclusão de IAs interativas pode gerar problemas, como evidenciado por casos envolvendo conteúdo inadequado em plataformas como Character.AI.

A Meta quer que suas redes tenham “personagens” de inteligência artificial, que têm perfis completos e geram conteúdos mesmo sem ser humanos. Para a empresa, esta seria uma forma de aumentar o engajamento em plataformas como Facebook e Instagram.

“Esperamos que estas IAs, com o tempo, passem a existir nas nossas plataformas, da mesma maneira que as contas existem”, disse Connor Hayes, vice-presidente de produto de IA generativa da Meta, ao jornal Financial Times. “Eles terão biografias, fotos de perfil e serão capazes de gerar e compartilhar conteúdo na plataforma, usando IA… acreditamos que este é o caminho”, acrescentou.

O executivo explica que a prioridade da Meta nos próximos dois anos é deixar seus aplicativos mais atraentes, no sentido de entretenimento e engajamento. Para isso, a empresa quer tornar mais sociais as interações com a IA.

Atualmente, nos Estados Unidos, a gigante das redes sociais já oferece um recurso para criar personagens usando inteligência artificial. Segundo Hayes, centenas de milhares de personas já foram criadas com a ferramenta. No entanto, a maioria dos usuários mantém estes “robôs” fechados.

IA responde seguidores de influencers de forma automática (Imagem: Reprodução/Instagram)

Interações com IA podem gerar problemas

Pensar em IAs como usuários independentes não é uma ideia inédita. O CEO do Zoom, Eric Yuan, já declarou acreditar que, no futuro, cada pessoa terá várias IAs baseadas nela mesma, podendo enviá-las para reuniões com as IAs de outras pessoas.

Colocar estes robôs na internet para interagir com usuários pode criar problemas, no entanto. Nos EUA, duas famílias estão processando a Character.AI, acusando as IAs hospedadas no site da empresa de terem exposto crianças a conteúdo sexual e violento. Um dos bots teria dito, inclusive, que era “ok” a criança assassinar seus próprios pais.

A Character.AI permite que usuários criem e publiquem chatbots baseados em personas, que podem ser tanto personagens famosos da ficção (como Edward Cullen, de Crepúsculo) ou genéricos. A CNN encontrou um robô chamado “padrasto”, que trazia a descrição “agressivo, abusivo, ex-militar, chefe da máfia”.

Com informações: Financial Times
Meta quer que IA crie perfis e interaja com pessoas no Facebook e Instagram

Meta quer que IA crie perfis e interaja com pessoas no Facebook e Instagram
Fonte: Tecnoblog

Entenda a resposta do Google para o dólar a R$ 6,40

Entenda a resposta do Google para o dólar a R$ 6,40

Google exibe cotações de moedas em tempo real (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A busca do Google informou a cotação do dólar a R$ 6,40 durante a manhã de hoje (25/12). Seria um erro? O Tecnoblog apurou que a empresa trata o caso como a flutuação natural da moeda americana – até porque, por mais que a bolsa brasileira esteja fechada devido ao feriado, a negociação continua em outros países.

Tanto é assim que, ao selecionar a exibição completa, é possivel visualizar o preço da moeda americana nas últimas 24 horas. Uma fonte no Google nos disse que o serviço é ininterrupto.

Histórico do dólar comercial nas últimas 24 horas (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

De onde vêm os dados do Google Finance?

As informações sobre o dólar comercial são provenientes do fornecedor Morningstar, uma empresa baseada em Chicago, nos Estados Unidos. O Google explica que trabalha com os parceiros globais “para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações”.

O dólar a R$ 6,40 chamou a atenção das autoridades. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta tarde que irá apurar junto ao Banco Central uma “possível informação incorreta” na página do Google, segundo reportagem da CNN.
Entenda a resposta do Google para o dólar a R$ 6,40

Entenda a resposta do Google para o dólar a R$ 6,40
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT libera busca na web para todos os usuários; veja como usar

ChatGPT libera busca na web para todos os usuários; veja como usar

ChatGPT vai disputar espaço com Google entre os buscadores (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI liberou o ChatGPT Search para todos os usuários da inteligência artificial. Antes, o buscador da inteligência artificial estava restrito a assinantes de planos pagos, como Plus e Team. Agora, qualquer pessoa poderá usá-lo, sem pagar nada por isso — basta entrar com sua conta.

Com o ChatGPT Search, a IA identifica quais pedidos do usuário precisam de uma busca na web para obter uma resposta satisfatória. A ferramenta acessa páginas, resume informações e cria um texto, indicando as fontes utilizadas em cada parágrafo.

Segundo a OpenAI, também é possível clicar em um ícone de globo na barra do ChatGPT para “forçar” o chatbot a fazer uma busca na web, mesmo que ela não seja necessária para responder à pergunta. Para mim, no entanto, essa opção ainda não aparece.

A empresa também indica que é possível configurar o ChatGPT para que ele seja usado como mecanismo de pesquisa padrão em qualquer navegador, o que pode acirrar a disputa com o Google pelo mercado de buscas.

Busca é ativada automaticamente, mas usuário poderá fazer uma pesquisa manual (Imagem: Divulgação / ChatGPT)

Como fazer uma busca na web com o ChatGPT?

O processo de pesquisar na internet com o ChatGPT é bem simples.

Abra o aplicativo do ChatGPT ou acesse o site da ferramenta.

Faça login com sua conta na plataforma ou com um serviço de terceiros (Google, Apple ou Microsoft). Apenas usuários logados podem usar a busca — sem login, o ChatGPT usa apenas sua própria base de dados para gerar respostas.

Digite seu pedido para o ChatGPT. Se o prompt exige informações atualizadas, o bot fará a busca automaticamente e utilizará o conteúdo que encontrar nas respostas.

Como o ChatGPT se sai ao buscar informações?

Nos meus testes, a ferramenta teve desempenho bom em inglês e razoável em português. Ela foi capaz de fazer um balanço do desempenho da Seleção Brasileira em 2024, por exemplo, mencionando resultados, classificação e declarações do técnico em um texto de quatro parágrafos.

ChatGPT busca informações e resume resultados (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

No entanto, ao pedir a previsão do tempo em São Paulo, o ChatGPT errou as temperaturas e a possibilidade de chuva. Curiosamente, os sites apontados como fonte traziam as informações corretas. Um prompt em inglês trouxe resultados mais precisos.

A diferença entre inglês e português se repete também em outras buscas. Ao procurar como foi o último jogo do Liverpool com um prompt em português, o ChatGPT deu o resultado de uma partida de um ano atrás. Em uma segunda tentativa, ele acertou o jogo em questão, dando o resultado. Já em inglês, o bot acertou de primeira o adversário e o placar, além de fazer um comentário mais longo sobre a partida.

No anúncio da ferramenta, a OpenAI mostrou widgets de previsão do tempo, placares esportivos, preço de ações e mais. Por enquanto, eles ainda não apareceram nas minhas buscas. Outra promessa era de integrar resultados a outros aplicativos. Ao pedir recomendações de restaurantes, as informações poderiam aparecer com links do Apple Maps, por exemplo. Por aqui, isso também não funcionou.

Com informações: TechCrunch, Engadget
ChatGPT libera busca na web para todos os usuários; veja como usar

ChatGPT libera busca na web para todos os usuários; veja como usar
Fonte: Tecnoblog

Produtoras de animes derrubam 15 sites brasileiros de pirataria

Produtoras de animes derrubam 15 sites brasileiros de pirataria

Sites distribuiam conteúdos japoneses de forma não autorizada e ganhavam receita com publicidade (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Uma ação da Content Overseas Distribution Association (CODA), grupo antipirataria e proteção de conteúdo do Japão, fechou 15 sites brasileiros de distribuição ilegal de animes. A operação, em nome das produtoras Toei Animation, Toho e Bandai Namco Filmworks, ocorreu no início de dezembro em cidades do estado de São Paulo.

Segundo a associação, os responsáveis pelas páginas de pirataria digital receberam visitas de advogados do grupo em seus endereços residenciais. A conversa direta visa ser mais incisiva do que o envio de comunicados pelos Correios solicitando o encerramento das atividades ilegais.

Bakashi.TV era o terceiro site ilegal de animes mais visitado do Brasil (Imagem: Reprodução/CODA)

O CODA revelou que os 15 sites combinados tiveram uma média mensal de 7,95 milhões de visitas entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2024. O grupo antipirataria também destacou como funcionava a operação dessas páginas para a distribuição do material.

“Os donos bloquearam o acesso de endereços de IP japoneses e criaram bloqueios regionais para evitar que a violação fosse descoberta por detentores de direitos japoneses. Então, eles distribuíam os animes para espectadores brasileiros com legendas em português e ganhavam receita com a publicidade de cada site”, revela a associação.

A Bakashi.TV, terceiro site de distribuição de animes pirata mais visitado do Brasil, foi uma das páginas removidas do ar durante a ação do CODA. Conforme os dados do SimilarWeb, o portal teve 9,3 milhões de visitas em outubro de 2024.

Outros portais, como animeshouse.net, subanimes.biz e onepiecex.com.br, também tiveram as operações encerradas. Contudo, não há informações sobre como o grupo antipirataria exerce o controle em relação aos domínios e os redirecionamentos das páginas.

O problema dos sites piratas na América Latina

Em nota, o CODA cita que a proliferação de sites piratas de conteúdo japonês se tornou um problema na América Latina nos últimos anos. Assim, o encerramento dessas páginas é essencial para que as empresas possam criar um mercado saudável com distribuição legítima.

“Esperamos que os fãs de conteúdo japonês, como mangá e anime, reconheçam que, ao aproveitar o conteúdo corretamente, o ecossistema de produções japonesas funcionará de maneira saudável e continuará a evoluir”, cita a nota do grupo antipirataria.

Com informações: CODA e Torrent Freak.
Produtoras de animes derrubam 15 sites brasileiros de pirataria

Produtoras de animes derrubam 15 sites brasileiros de pirataria
Fonte: Tecnoblog

Rússia faz teste para desplugar sua rede do resto da internet

Rússia faz teste para desplugar sua rede do resto da internet

Agência de telecomunicação da Rússia desconectou três repúblicas autônomas da internet (imagem ilustrativa: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Rússia testou a desconexão de sua rede da internet global em 6 de dezembro, afetando Daguestão, Chechênia e Inguchétia.
A Roskomnadzor confirmou que o teste foi para avaliar a infraestrutura da “internet nacional” russa.
O teste resultou na perda de acesso a serviços como Google, WhatsApp e Telegram durante 24 horas.

A Rússia deu mais um passo para ter a sua própria rede de internet independente da rede global. Segundo a própria Roskomnadzor, órgão de telecomunicações da Rússia, moradores das repúblicas autônomas do Daguestão, Chechênia e Inguchétia ficaram sem acesso à internet no dia 6 de dezembro. A desconexão foi um teste para avaliar a capacidade da infraestrutura no caso da Rússia se desconectar da internet global.

A ONG Roskomsvoboda, que defende a proteção dos direitos digitais e uma internet livre na Rússia, disse ao TechRadar que mesmo com o uso do VPN o acesso a sites estrangeiros foi impossibilitado. Apenas alguns serviços de VPNs foram capazes de burlar a desconexão das repúblicas autônomas da rede global.

Por que a Rússia quer uma rede de internet própria?

A Rússia, uma ditadura, busca uma “internet nacional” para ter mais controle sobre os serviços e informações compartilhadas na sua rede — na prática, aplicar uma maior censura e perseguir opositores. Ao desconectar a população da rede global, o governo de Putin também visa impedir o acesso à informação de jornais independentes.

Com separação da Rússia da internet, o presidente Vladimir Putin teria mais controle sobre opositores e comunicação (Imagem: Divulgação/Kremlin de Moscou)

Com o início da guerra contra a Ucrânia, algumas mídias independentes, como a Meduza, e contrários à ditadura, como o Novaya Gazeta, saíram da Rússia para evitar a perseguição contra seus jornalistas e o bloqueio completo de seus sites. Os jornais são bloqueados na Rússia, mas podem ser acessados por VPN.

A melhor maneira para cortar completamente o acesso aos sites de opositores e fontes externas é separar a sua infraestrutura de internet do resto do mundo. O termo para isso é splinternet, uma mistura das palavras “split” (dividir) e internet. A Rússia também tem uma forte legislação contra o uso de VPNs pela população.

Escolha das regiões do teste pode não ter sido aleatória

A Chechênia, Daguestão e Inguchétia são repúblicas autônomas da Rússia de maioria islâmica. Em setembro de 2022, o Daguestão foi palco de um protesto contra uma nova rodada de alistamento forçado na Rússia. Segundo apurou a BBC Rússia, daguestanis estão entre as etnias que mais morreram na guerra contra a Ucrânia.

Durante as 24 horas de teste, não foi possível acessar os serviços estrangeiros como o Google, WhatsApp e Telegram. Na Rússia, o uso de canais do Telegram é um dos principais meios de divulgação de notícias, com vários blogs usando o meio para divulgar informações preliminares sobre a guerra.

Com informações: PC Mag, TechRadar e Institute for the Study of War
Rússia faz teste para desplugar sua rede do resto da internet

Rússia faz teste para desplugar sua rede do resto da internet
Fonte: Tecnoblog

Instagram agora permite testar reels antes de postar para todos

Instagram agora permite testar reels antes de postar para todos

Instagram quer dar opções para criadores testarem novos formatos (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Instagram ganhou uma ferramenta chamada “trial reels” (ou “reels de teste”, como foi chamada em português). Com ela, criadores de conteúdo poderão testar reels antes de publicarem os vídeos para seu seguidores. Assim, é possível ter uma ideia de qual será repercussão e o engajamento antes que o conteúdo chegue ao público do perfil.

O recurso foi anunciado pela conta Creators do Instagram e pelo blog da Meta. Segundo a empresa, os testes começaram há algum tempo, e os reels de teste serão liberados globalmente nas próximas semanas.

Reel pode ser publicado automaticamente após 72 horas, caso números sejam bons (Imagem: Divulgação/Instagram)

Como funcionam os reels de teste?

Ao publicar um reel, o criador pode ativar a opção de teste. Caso ele faça isso, o vídeo ficará nos rascunhos, sem aparecer na grade do perfil. O conteúdo será mostrado apenas no feed ou na aba Reels de quem não segue a conta — seguidores só receberão aquele material caso alguém compartilhe com eles.

Depois de 24 horas, o Instagram exibe métricas de engajamento, como visualizações, curtidas, comentários e compartilhamentos. Além disso, a plataforma poderá mostrar comparações entre aquele teste e outros realizados anteriormente.

Instagram dará insights sobre desempenho da publicação (Imagem: Divulgação/Instagram)

Caso esteja satisfeito com o resultado, o criador pode compartilhar o reel para todo mundo, incluindo aí seus seguidores. Também é possível automatizar este processo: o Instagram oferece uma opção para publicar o conteúdo automaticamente após 72 horas, caso as métricas de audiência atingidas por ele sejam satisfatórias.

Criadores poderão experimentar formatos no Instagram

Ashley Alexander, vice-presidente e chefe de produto do Instagram, disse que a ideia é permitir que os criadores explorem novos gêneros e formatos.

“Ouvimos dos criadores que eles nem sempre se sentem confortáveis ou ficam relutantes para testar diferentes tipos de conteúdo porque construíram uma base de seguidores e querem garantir que não vão se distanciar dela”, disse a executiva, em entrevista ao TechCrunch.

A publicação comenta ainda que os reels de teste pode dar ao Instagram alguma vantagem sobre o TikTok, que não oferece nenhum recurso semelhante.

Com informações: Meta, TechCrunch
Instagram agora permite testar reels antes de postar para todos

Instagram agora permite testar reels antes de postar para todos
Fonte: Tecnoblog

O que é P2P? Entenda como funciona o modelo de rede usado em torrents

O que é P2P? Entenda como funciona o modelo de rede usado em torrents

Redes P2P permitem que dispositivos se comuniquem entre si, sem um servidor central (Imagem: natanaelginting/Freepik)

Peer-to-peer (ou P2P) é um modelo de rede descentralizado, que habilita a comunicação direta entre dispositivos conectados em um mesmo ambiente. No P2P, computadores atuam como clientes e servidores durante a troca de dados, o que elimina a necessidade de um servidor central.

O exemplo mais famoso de uso das redes P2P envolve o compartilhamento de arquivos torrent via clientes como uTorrent. No entanto, redes peer-to-peer também são usadas em transações de ativos digitais, em aplicativos de streaming, e armazenamento de dados.

A descentralização é a principal vantagem das redes P2P. Isso porque a comunicação ponto a ponto e a ausência de um servidor central permitem a escalabilidade da rede, além de tornarem os compartilhamentos mais resistentes a falhas.

A seguir, saiba o que é P2P, entenda sobre o funcionamento desse modelo de rede, e confira vantagens e desvantagens de seu uso.

ÍndiceO que é P2P?Como surgiu a rede P2P?Como funciona o modelo peer-to-peer?O que é um protocolo de uma rede P2P?Onde a rede P2P é usada?Quais as vantagens de usar uma rede P2P?Quais as desvantagens de usar a rede peer-to-peer?Qual a diferença entre uma rede P2P e redes cliente-servidor?

O que é P2P?

Peer-to-peer (ou P2P) é um modelo de rede que permite a comunicação direta entre computadores de maneira descentralizada. Em outras palavras, as interações acontecem de um dispositivo (peer) para outro sem intermediários, o que resulta em uma rede “ponto a ponto” (tradução livre de peer-to-peer).

Na rede P2P, dispositivos com internet conectados a um software peer-to-peer atuam como cliente e servidor simultaneamente, o que elimina a necessidade de um servidor central. Isso faz com que computadores em uma mesma rede sejam capazes de solicitar ou fornecer recursos e serviços entre eles.

Redes P2P permitem transferências de dados entre dispositivos sem um intermediador (Imagem: jenniki/Vecteezy)

Exemplificando o peer-to-peer, um usuário que baixar um arquivo torrent (leech) também fará o papel de servidor ao fazer upload de partes do item (seed), retroalimentando a rede e permitindo o download por outros usuários conectados.

Como surgiu a rede P2P?

A origem do conceito P2P remete às criações das redes ARPANET (1969) e Usenet (1979). Enquanto a ARPANET fomentou a ideia de conexão entre computadores em diferentes localidades, a Usenet trouxe o conceito de uma rede descentralizada para compartilhamento de arquivos.

Anos mais tarde, em 1999, o modelo peer-to-peer passou a ganhar forma com a chegada do Napster, desenvolvido por Shawn Fanning. A rede permitiu que usuários usassem um programa para compartilhar arquivos dos discos locais um dos outros, embora ainda houvesse a necessidade de um servidor central.

O conceito do P2P “puro” só veio a ocorrer em 2000, com o lançamento do Gnutella. Criado por Justin Frankel eTom Pepper, o protocolo eliminou a necessidade de um servidor central, e permitiu a comunicação direta entre os computadores em rede, que passaram a atuar como cliente e servidor de maneira simultânea.

Como funciona o modelo peer-to-peer?

O modelo P2P se baseia no compartilhamento de arquivos entre dispositivos conectados em rede, sem a necessidade de um servidor central. Essa conexão ponto a ponto acontece via softwares P2P dedicados (como uTorrent ou eMule), que dão acesso a itens compartilháveis alocados em cada aparelho.

Quando um dispositivo (peer) busca por um arquivo, a rede P2P vai procurá-lo em outros computadores conectados que possuem o item, facilitando e acelerando o download. De maneira simplificada, cada computador fará uploads de fragmentos do arquivo para que o usuário consiga baixar o item na íntegra.

Esse processo ajuda a explicar o conceito do modelo P2P: por conta da ausência de um servidor central, todos os dispositivos conectados atuam como cliente (ao baixar um arquivo) e como servidor (ao hostear fragmentos do arquivo para downloads de terceiros).

O resultado disso consiste em uma rede direta para compartilhamento de arquivos, descentralizada, e que atua de forma colaborativa com a participação dos usuários conectados.

O que é um protocolo de uma rede P2P?

O protocolo P2P é o conjunto de regras e padrões que ditam como os dispositivos vão se comunicar entre si em um ambiente peer-to-peer, de modo a estabelecer um padrão para que os pontos da rede sigam os mesmos procedimentos.

Os protocolos peer-to-peer são responsáveis por estipular a forma com que os dispositivos localizarão uns aos outros na rede, e como será a transferência de dados (via divisão, fragmentação ou união, por exemplo). Além disso, os protocolos realizam manutenções da rede e ditam os recursos de segurança para os compartilhamentos.

Vale destacar que protocolo P2P não é o mesmo que uma rede P2P: enquanto o primeiro consiste no conjunto de regras para a comunicação entre dispositivos em uma rede, o segundo refere-se ao grupo de dispositivos conectados.

Protocolos P2P habilitam a funcionalidade de redes peer-to-peer (Imagem: chingdd1867383/Vecteezy)

Exemplos de protocolos P2P usados para compartilhamentos e transferências blockchain incluem nomes como BitTorrent, Gnutella, Tor e Ethereum.

Onde a rede P2P é usada?

Por ser uma forma de comunicação descentralizada entre dispositivos, as redes P2P podem ser aplicadas a diversas áreas, como:

Compartilhamento de arquivos: softwares como BitTorrent e eMule utilizam redes P2P para facilitar o compartilhamento de itens torrent entre os peers;

Transações de ativos: criptomoedas e outros ativos digitais usam redes P2P para transações descentralizadas;

Streaming de conteúdos: programas como Popcorn Time e algumas ferramentas de IPTV são baseadas em redes peer-to-peer para distribuir conteúdos para reprodução dos peers;

Armazenamento de dados: é possível usar ecossistemas baseados em P2P para armazenar dados sem a dependência de um provedor centralizado;

Jogos online: determinados jogos podem usar redes P2P para conectar jogadores a outros, sem a necessidade de um servidor.

Quais as vantagens de usar uma rede P2P?

O uso de redes P2P pode ser útil em diversas situações, especialmente quando se trata de compartilhamento de dados. E dentre os principais benefícios da rede peer-to-peer, estão:

Tolerância a falhas: por não depender de um servidor central, o peer-to-peer permite o funcionamento da rede mesmo que existam falhas em pares específicos;

Maior escalabilidade: por não limitar-se às capacidades de um único servidor, a rede P2P pode escalar seus recursos à medida que mais usuários se conectam;

Comunicação direta: a comunicação direta de um computador para outro sem intermediários otimiza a eficiência de tarefas em tempo real, a exemplo de mensagens instantâneas e chamadas de voz e vídeo;

Aplicabilidade ampla: redes P2P podem ser usadas para diferentes finalidades, como compartilhamento de arquivos, transações de ativos digitais ou sistemas de comunicação, por exemplo;

Custo reduzido: o uso de redes P2P habilita a comunicação entre dispositivos conectados sem a necessidade de servidores ou infraestrutura de ponta.

Quais as desvantagens de usar a rede peer-to-peer?

Apesar do papel importante na comunicação descentralizada entre computadores, o uso de redes peer-to-peer também pode ser atrelado a problemas éticos e de segurança. Algumas das desvantagens do P2P envolvem:

Disseminação de ameaças: a ausência de um controle central de segurança e privacidade facilita a disseminação de arquivos infectados por malware ou outras ameaças;

Corrupção de dados: a falta de consistência dos dados é algo comum em redes P2P, já que modificações no arquivo e versões distintas podem causar conflitos ou corrupção de informações;

Inconstância de velocidade: o desempenho de um download ou transferência está atrelado à velocidade de sua internet e à quantidade de usuários que estão fazendo o seed do arquivo;

Associação à pirataria: redes P2P são frequentemente relacionadas ao compartilhamento ilegal (pirataria) de arquivos protegidos por direitos autorais, o que pode resultar em questões legais;

Sobrecarregamento de tráfego: a conexão da rede P2P pode ficar congestionada ou sobrecarregada, caso muitos usuários estejam conectados e transmitindo dados de forma simultânea.

Qual a diferença entre uma rede P2P e redes cliente-servidor?

A rede P2P tem estrutura escalável e descentralizada, de forma a permitir a comunicação entre os computadores sem a necessidade de um servidor central. Por conta disso, todos os dispositivos conectados tem papéis computacionais iguais, atuando como clientes e servidores.

Já redes cliente-servidor seguem uma estrutura centralizada e hierárquica: clientes fazem as requisições, enquanto o servidor processa os dados e executa as tarefas. E como não há distribuição entre peers, a escalabilidade da rede é limitada à capacidade do servidor central.
O que é P2P? Entenda como funciona o modelo de rede usado em torrents

O que é P2P? Entenda como funciona o modelo de rede usado em torrents
Fonte: Tecnoblog

Bluesky já tem golpes com sites falsos e promessa de criptomoedas

Bluesky já tem golpes com sites falsos e promessa de criptomoedas

Bluesky se tornou alternativa ao X (Imagem: Lupa Charleaux/Tecnoblog)

Após um crescimento expressivo nas últimas semanas, a rede social Bluesky vem presenciando um aumento também em spam e tentativas de golpe, algo que já acontece há anos na plataforma rival X (antigo Twitter). Muitas destas publicações trazem promessas de ganhos financeiros com criptomoedas que, na verdade, são falsas.

O site Bleeping Computer encontrou alguns destes posts. Um deles usa uma imagem gerada por inteligência artificial de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, para promover a moeda falsa MetaCoin. O post leva a um site que imita a marca da gigante das redes sociais, visando ganhar a confiança da vítima e roubar dinheiro.

Golpes prometem criptomoedas, mas elas não existem (Imagem: Reprodução/Bleeping Computer)

Outro golpe usa a imagem do apresentador de TV John Oliver e cortes de seu programa para promover outro site falso. O post promete US$ 1 mil e abusa das hashtags para conseguir alcance.

O Mashable localizou problemas parecidos, como campanhas falsas para arrecadação de fundos e contas se passando por membros do parlamento inglês.

Bluesky está ciente do problema

Em uma publicação no dia 15/11, a equipe de segurança do Bluesky disse que o aumento na rede social (que chegou a ganhar 1 milhão de usuários em um único dia) veio acompanhado do crescimento dos golpes.

A plataforma diz ter recebido mais de 42 mil denúncias em 24 horas, e nos dias seguintes, cerca de 3 mil avisos por hora. “Com este aumento significativo de usuários, também vimos um crescimento em spam, golpes e trolls”, afirma o time de moderação. A rede pede que os usuários continuem denunciando posts deste tipo. Além disso, ela passou a verificar o e-mail de quem se cadastra, como forma de coibir a entrada de robôs.

Golpistas usam outras instâncias da rede

O Bleeping Computer observa que o caráter descentralizado da rede pode ser um desafio para combater golpes deste tipo. O Bluesky usa o AT Protocol, um protocolo aberto para redes sociais.

Pense nele como o e-mail: você pode ter uma conta no Gmail e mandar uma mensagem para alguém que tem conta no Yahoo. O protocolo permite que diferentes provedores conversem. O AT Protocol é semelhante e permite que diversas entidades façam parte da rede social.

Os domínios bsky.app e bsky.social e o servidor principal da rede pertencem à empresa Bluesky Social. Neles, a empresa pode aplicar suas regras e termos de uso.

Porém, como nota o Bleeping Computer, alguns golpistas estão aproveitando instâncias diferentes da rede. Assim, eles conseguem escapar das normas da Bluesky Social e ainda interagir com usuários desta e de outras instâncias, desde que eles usem clientes web que não sejam o bsky.app.

Além disso, essas publicações vêm sendo indexadas por mecanismos de pesquisa, como o Google. Isso poderia levar sites falsos a alcançar ainda mais vítimas.

O Mashable aponta ainda a questão da verificação. Em outras redes, geralmente há um selinho para garantir a autenticidade de uma conta — hoje em dia, isso não significa muita coisa, já que eles podem ser comprados.

No Bluesky, por outro lado, não há este tipo de selo. A ideia é que pessoas públicas e empresas usem seus domínios web como nomes de usuário — se esta pessoa é dona do domínio, a conta é legítima. Porém, como alguns usuários ainda não estão habituados a esta dinâmica, eles podem cair em golpes com mais facilidade.

Com informações: Bleeping Computer, Mashable
Bluesky já tem golpes com sites falsos e promessa de criptomoedas

Bluesky já tem golpes com sites falsos e promessa de criptomoedas
Fonte: Tecnoblog

Threads promete mostrar mais posts de quem você segue

Threads promete mostrar mais posts de quem você segue

Threads já tem 275 milhões de usuários ativos mensalmente (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O chefe do Instagram, Adam Mosseri, disse que a rede social vai recalibrar o algoritmo do Threads para que a aba “Para você” priorize conteúdo das pessoas que o usuário segue, mostrando menos publicações de outras contas. O anúncio foi feito em uma publicação na própria rede social e, segundo o executivo, já está valendo.

Como a prioridade será as contas que o usuário já segue, isso deve afetar quem quer usar o Threads para aumentar sua audiência. Mosseri também abordou este assunto. “Para os criadores, você deverá ver o alcance desconectado cair e o alcance conectado subir”, comentou o chefe do Instagram. Isso sugere posts que têm engajamento continuarão tendo alcance.

Ver no Threads

Vale lembrar que o Threads conta com uma aba “Seguindo” que, como o nome indica, só mostra posts de quem o usuário segue. No entanto, não é possível colocá-la como padrão — o app sempre abre o “Para você” primeiro. Além disso, ela não mostra as publicações em ordem cronológica.

O algoritmo do Threads já foi alvo de críticas em outras ocasiões. Uma delas é que a rede impulsiona publicações feitas apenas para ganhar engajamento a partir de discussões bobas, os famosos “baits”.

Threads e Bluesky estão crescendo

Nas últimas semanas, usuários do X (antigo Twitter) estão deixando a rede e procurando alternativas. Threads e Bluesky são as principais e vêm apresentando um crescimento relevante.

O Bluesky chegou a 20 milhões de usuários na última terça-feira (dia 19/11). É um número expressivo, mas muito menor que o do Threads, que conta com 275 milhões de usuários ativos mensalmente. Mesmo assim, segundo dados da Similarweb, o Bluesky e o Threads vêm tendo um volume parecido de tráfego diário.

Apesar de as duas redes terem em comum o foco em posts de texto, elas têm experiências diferentes. O Bluesky conta com um feed cronológico, que não existe no Threads, o que torna a rede mais interessante para obter informações em tempo real. Já o Threads é bastante ligado ao Instagram, o que facilita na hora de encontrar amigos e criadores de conteúdo.

Coincidência ou não, uma das novidades recentes do Threads são os feeds personalizados, que acompanham assuntos escolhidos pelo usuário. Eles já existiam no Bluesky há algum tempo.

Na rede da Meta, basta fazer uma busca e adicioná-la a algum feed novo ou já existente — você pode procurar “futebol” e “basquete” e colocar os dois em um feed chamado “Esportes”, por exemplo.

No Bluesky, isso requer mais trabalho, como algum conhecimento de código ou o uso de algum serviço de terceiros.

Com informações: The Verge, TechCrunch

Threads promete mostrar mais posts de quem você segue

Threads promete mostrar mais posts de quem você segue
Fonte: Tecnoblog

My Year Deezer 2024: saiba como acessar a retrospectiva

My Year Deezer 2024: saiba como acessar a retrospectiva

My Deezer Year 2024 mostra artistas mais ouvidos e estatísticas (Imagem: Divulgação/Deezer)

A Deezer liberou o My Deezer Year 2024, retrospectiva que mostra o que o usuário mais ouviu no ano que se encaminha para o fim, além de uma playlist com as canções mais escutadas. É o equivalente da plataforma para o Wrapped do Spotify, que deve ser lançado nas próximas semanas.

A página especial traz ainda estatísticas curiosas sobre os hábitos de escuta e como seriam os elogios e “zoações” que o usuário receberia por seus gostos musicais. Além disso, a Deezer criou um quiz personalizado para cada usuário — a ideia é enviá-lo para os amigos e ver se eles conseguem acertar o que você ouviu ao longo do ano.

Quiz tem perguntas sobre seu gosto musical para os amigos tentarem acertar (Imagem: Divulgação/Deezer)

Como acessar o My Deezer Year 2024

O My Deezer Year 2024 deve aparecer ao abrir o aplicativo da Deezer nos próximos dias, mas se você não quer esperar, ele já está disponível: é só abrir a página especial da plataforma com a retrospectiva.

Mais ouvidos na Deezer em 2024

Além de liberar a retrospectiva, a Deezer também divulgou quais foram os artistas e músicas mais ouvidos no Brasil e no mundo em seu serviço de streaming.

Artistas mais ouvidos no Brasil

Henrique e Juliano

Gusttavo Lima

Jorge & Matheus

Ana Castela

Zé Neto & Cristiano

Sorriso Maroto

Marília Mendonça

Lauana Prado

Ludmilla

Grupo Menos é Mais

Músicas mais ouvidas no Brasil

Jorge & Mateus – Haverá Sinais

Dj GBR – Let’s Go 4

Lauana Prado – Me leva pra casa / Escrito nas Estrelas / Saudade

Felipe e Rodrigo – Gosta de Rua

Isadora Pompeo – Bênçãos que não têm fim

Zé Neto & Cristiano – Barulho do Foguete

fhop music – Tu és + Águas Purificadoras

The box – The Box Medley Funk 3

Gusttavo Lima – Canudinho

Manu – Daqui pra Sempre

Artistas mais ouvidos no mundo

Taylor Swift

David Guetta

The Weeknd

Billie Eilish

Imagine Dragons

Beyoncé

Coldplay

Dua Lipa

Ariana Grande

Rihanna

Músicas mais ouvidas no mundo

Teddy Swims – Lose Control

Benson Boone – Beautiful Things

Sabrina Carpenter – Espresso

Beyoncé – Texas Hold’ Em

Shaboozey – A Bar Song (Tipsy)

Miley Cyrus – Flowers

Ariana Grande – We Can’t Be Friends (Wait for Your Love)

Disturbed – The Sound of Silence

FloyyMenor – Gata Only

Billie Eilish – Birds of a Feather

My Year Deezer 2024: saiba como acessar a retrospectiva

My Year Deezer 2024: saiba como acessar a retrospectiva
Fonte: Tecnoblog