Category: Internet

Os 20 anos do Facebook

Os 20 anos do Facebook

O Facebook está prestes a completar 20 anos de idade. O que começou como uma plataforma fechada para universitários acabou se tornando a rede social mais bem-sucedida do planeta, onde bilhões pessoas entram todos os dias. No entanto, há quem ache que o tempo do Facebook está ficando para trás, com novas formas de interação tomando o espaço da experiência que ele popularizou.

Os 20 anos do Facebook (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

No episódio de hoje, compartilhamos nossas memórias do Facebook, relembramos alguns dos principais acontecimentos de sua história, e tentamos entender como a plataforma de Mark Zuckerberg se tornou sinônimo de rede social. Dá o play e vem com a gente!

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Produção: Josué de Oliveira

Edição e sonorização: Ariel Liborio

Arte da capa: Vitor Pádua

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Os 20 anos do Facebook

Os 20 anos do Facebook
Fonte: Tecnoblog

Estudo comprova: Google e outros buscadores estão piores

Estudo comprova: Google e outros buscadores estão piores

Pesquisadores realizaram estudo ao longo de um ano (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Estudo europeu analisou 7,4 mil buscas por avaliações de produtos no Google, Bing e DuckDuckGo.
As páginas de avaliação com mais links de afiliados apresentam menor qualidade textual e são mais otimizadas para SEO, afetando negativamente a experiência do usuário.
Uma inspeção manual mostrou que essas páginas de avaliação tendem a ser superficiais, com conteúdo pobre e excesso de links de afiliados.
Embora o Google realize atualizações periódicas no algoritmo para melhorar a qualidade dos resultados, os efeitos são limitados e temporários, indicando que ainda há espaço para melhorias significativas.

Um recente estudo conduzido por pesquisadores europeus mostrou que o Google, o Bing e o DuckDuckGo estão entregando resultados de busca piores aos seus consumidores – ao menos quando os usuários estão pesquisando por avaliações de produtos. É o que nos revela um trabalho científico que se estendeu por um ano e analisou quase 7,4 mil buscas na internet.

Os cientistas focaram especificamente em pesquisas por avaliações de produtos (os famosos reviews) porque é o tipo de conteúdo potencialmente impregnado com programas de afiliados. Ou seja, os donos dos sites incluem links diretos para compras daqueles mesmos produtos em lojas online.

O estudo conclui que as páginas que aparecem mais em cima nos resultados de busca “apresentam sinais de menor qualidade textual”. Normalmente elas são mais otimizadas para pesquisas na rede (o famoso SEO) e mais monetizadas com programas de vendas.

Spam de SEO

A inspeção manual mostrou que as páginas de review ficam mais fracas conforme ganham mais links de afiliados. Elas se parecem com listagens de tópicos e contam com um pouco de textos para preencher espaço. Em outras palavras, enchem linguiça. Essa combinação entrega pouco valor para o usuário, na visão dos pesquisadores.

Os chamados domínios de spam aparecem com frequência nas posições mais altas dos mecanismos de busca. O Bing e o DuckDuckGo parecem ser particularmente afetados por este problema, em que sites criados apenas para capturar termos de pesquisa (as keywords) surgem em primeiro lugar.

Os pesquisadores concluem que os reviews com mais links de afiliados normalmente possuem mais otimizações visando o SEO. “Isso conflita com as necessidades do usuário de informação correta e sem viés”, dizem eles.

Atualizações de algoritmo

Os buscadores estão se mexendo para tentar coibir este problema. O Google mesmo lança, de tempos em tempos, atualizações de algoritmo com o objetivo de melhorar os resultados de busca. A mais recente começou em novembro de 2023 e ainda está em andamento.

Os efeitos são “notáveis”, de acordo com a pesquisa, mas também duram pouquíssimo tempo. E mesmo assim, ainda é possível encontrar domínios com spam e textos com qualidade inferior nos três principais mecanismos de pesquisa. “Ainda há muito espaço para melhorias”, afirmam os cientistas.

Não custa lembrar que fizemos um Tecnocast inteirinho sobre este assunto. Vale escutar!

Com informações: Webis, The Register, Business Insider e Search Engine Journal
Estudo comprova: Google e outros buscadores estão piores

Estudo comprova: Google e outros buscadores estão piores
Fonte: Tecnoblog

Claro, TIM e Vivo empatam em teste de velocidade de internet móvel

Claro, TIM e Vivo empatam em teste de velocidade de internet móvel

As três principais operadoras do Brasil ofereceram, na média, serviços de qualidade próxima (Imagem: Divulgação/TIM)

Não existe diferença estatística entre as velocidades e a consistência da internet móvel de Claro, TIM e Vivo. É o que revela a mais recente pesquisa Speedtest da Ookla, com dados coletados durante o quarto trimestre de 2023. Os testes também apontam que Brasília é a cidade com a conexão mais rápida do Brasil.

Claro, TIM e Vivo ofereceram velocidades medianas de download por volta de 48 Mbps. A Vivo marcou 49,63 Mbps nos testes; a TIM, 49,42 Mbps; a Claro, 47,57 Mbps. Para a Speedtest Intelligence, não há vencedor estatístico.

Na medida de consistência, mais uma vez, os resultados são próximos. Este teste mede em quantos testes a velocidade ficou acima dos 5 Mbps de download e 1 Mbps de upload.

As três operadoras marcaram mais de 85% de consistência, sem grandes diferenças entre elas: a Claro com 86,3%, a Vivo com 86,3% e a TIM com 85,4%. Novamente, não há diferença estatística entre as medições para apontar um vencedor.

OperadoraVelocidade Média de Download (Mbps)Consistência (%)Vivo49,6386,3TIM49,4285,4Claro47,5786,3

E não só as operadoras que gostam de empatar! Os aparelhos de topo de linha também não tiveram diferença estatística nos resultados, com o iPhone 15 Pro um pouco melhor em download e o Galaxy S23 com upload levemente superior.

Nome do DispositivoMediana de Download (Mbps)Mediana de Upload (Mbps)Mediana de Latência Multi-Servidor (ms)iPhone 15 Pro279,3322,2240iPhone 15 Pro Max271,2821,4243Galaxy S23+265,0925,0939Galaxy S23265,0325,2639Galaxy S23 Ultra237,8423,7140

Galaxy S23 e Galaxy S23+ estão entre os aparelhos mais rápidos (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Brasília tem internet móvel mais rápida

Se as operadoras e os aparelhos mais rápidos têm desempenho próximo na internet, o mesmo não pode se dizer das cidades e estados brasileiros. Afinal de contas, a geografia e a cobertura influenciam muito a conexão, entre outros fatores.

O Distrito Federal tem a internet móvel mais rápida entre as unidades da federação, com 98,28 Mbps de velocidade mediana de download, seguido do Rio de Janeiro (57,37 Mbps) e do Ceará (55,13 Mbps).

EstadoMediana de Download (Mbps)Mediana de Upload (Mbps)Mediana de Latência Multi-Servidor (ms)Distrito Federal98,2817,5641Rio de Janeiro57,3713,1036Ceará55,1315,9648São Paulo54,8511,9938Paraná52,6112,6447Goiás52,1514,6260Pernambuco44,5714,6358Minas Gerais42,1612,2453Amazonas38,8210,7364Bahia38,6212,8774

Brasília e o Distrito Federal lideram listas de cidades e estados com internet móvel mais rápida (Imagem: Leonardo Sá/Agência Senado)

Entre as cidades, Brasília tem a conexão móvel mais rápida entre as cidades com mais habitantes, com velocidade mediana de download de 142,48 Mbps. Coincidentemente, ela capital foi a primeira a receber o 5G “puro”, lá em julho de 2022. Goiânia (GO), com 90,04 Mbps, e Fortaleza (CE), com 87,27 Mbps, completam o top 3.

CidadeMediana de Download (Mbps)Mediana de Upload (Mbps)Mediana de Latência Multi-ServidorBrasília (DF)142,4820,4239Goiânia (GO)90,0417,8656Fortaleza (CE)87,2719,1944Curitiba (PR)84,5115,9437São Paulo (SP)78,0615,1434Rio de Janeiro (RJ)77,5616,3233Recife (PE)59,0917,2555Belo Horizonte (MG)56,7415,9343Salvador (BA)54,4416,4066Manaus (AM)43,5211,5952

Com informações: Speedtest
Claro, TIM e Vivo empatam em teste de velocidade de internet móvel

Claro, TIM e Vivo empatam em teste de velocidade de internet móvel
Fonte: Tecnoblog

Google construirá primeiro cabo submarino entre América do Sul e Austrália

Google construirá primeiro cabo submarino entre América do Sul e Austrália

Baixa demanda é um dos motivos para primeiro cabo submarino entre América do Sul e Ásia-Pacífico só ser construído agora (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Google anunciou a construção do primeiro cabo submarino que irá ligar a América do Sul à região Ásia-Pacífico. Batizado de Humboldt, ele vai do Chile à Austrália, passando pela Polinésia Francesa. A estrutura percorrerá 9.200 km e ainda não tem previsão para ficar pronta. O projeto vai contar com apoio da estatal chilena Desarrollo País e da Agência de Correios e Telecomunicações da Polinésia Francesa.

A empresa diz que o Humboldt vai fortalecer a confiabilidade e a resiliência da conectividade digital no Pacífico. Segundo o Google, essa rota era uma ambição do governo chileno desde 2016. A falta de um cabo ligando a América do Sul à região Ásia-Pacífico era notável, a ponto do site da empresa TeleGeography ter um item dedicado à questão em sua página de FAQ.

“Não há muitos dados que precisam ser transferidos entre a Austrália e a América do Sul diretamente”, explica o texto. “Se esta situação estiver para mudar, você pode ter certeza que alguém vai construir um novo cabo no Pacífico Sul”. Bom, parece que este momento chegou.

Atualmente, nenhum cabo sai da América do Sul e chega à região Ásia-Pacífico (Imagem: Reprodução/SubmarineCableMap)

Apesar de celulares, computadores e outros itens usarem internet sem fio, geralmente, os dados viajam apenas até a antena mais próxima. Daí em diante, eles são levados por cabos de fibra ótica. Quando é necessário acessar uma informação que está em outro continente, os dados trafegam por cabos submarinos, instalados no leito dos oceanos.

Google investe em cabos e infraestrutura

O anúncio do Humboldt vem depois de outros projetos para a conectividade da Austrália e do Chile. Do lado da Austrália, em outubro de 2023, o Google anunciou novos planos para a iniciativa South Pacific Connect.

A empresa vai implantar dois cabos entre o país e os EUA. O primeiro se chama Tabua e passará por Fiji, enquanto o outro recebeu o nome de Honomoana e fará seu caminho pela Polinésia Francesa. A iniciativa também inclui um cabo de interligação entre Fiji e Polinésia Francesa, para conectar rotas transpacíficas, melhorando a confiabilidade e a capacidade das redes.

Já do lado chileno, o Google menciona projetos como o data center em Quilicura, a conectividade terrestre com a Argentina, cruzando a Cordilheira dos Andes, e o cabo Curie, que liga o país ao Panamá e à Costa Oeste dos EUA.

Com informações: Google, TechCrunch
Google construirá primeiro cabo submarino entre América do Sul e Austrália

Google construirá primeiro cabo submarino entre América do Sul e Austrália
Fonte: Tecnoblog

Pornhub bloqueia acesso de usuários em estados americanos

Pornhub bloqueia acesso de usuários em estados americanos

Pornhub é bloqueado em mais dois estados após aprovação de lei de verificação de identidade (Imagem: Marco Verch/Flickr)

Resumo

O Pornhub bloqueou acessos provenientes da Carolina do Norte e de Montana, nos Estados Unidos.
Outras cinco regiões contam com bloqueio devido a leis locais que exigem verificação de identidade por meio de documentos.
A Aylo defende o uso de mecanismos dos próprios dispositivos, como ferramentas de controle parental em tablets e smartphones.

O Pornhub, popular site de vídeos adultos, bloqueou os acessos provenientes de mais dois estados americanos. Ao abrir o site, usuários da Carolina do Norte e de Montana verão um vídeo (permitido para menores) e um texto explicando o motivo do bloqueio. O Pornhub é contrário a decisão do legislativo desses estados de exigir a verificação de identidade através de documentos.

A Aylo, dona do Pornhub, também restringiu o acesso a sites de seus outros estúdios. A empresa é proprietária do Brazzers (que já foi até um meme) e outros sites gratuitos de vídeos para maiores. Com estes novos casos, a Aylo já bloqueou o acesso as suas páginas em sete estados americanos — todos eles aprovarem leis exigindo a verificação com documentos.

Pornhub defende verificação por dispositivos

No texto publicado nas páginas de bloqueio, a Aylo explica que defende a verificação por dispositivos. No site da Free Speech Coalition, uma associação sem fins lucrativos criada por integrantes da indústria pornográfica, há uma explicação sobre esse método de verificação.

Brazzers exibe texto explicando motivo do bloqueio nos estados afetados (Imagem: Reprodução/404Media)

A ideia é que as plataformas se utilizem das ferramentas já existentes de controle parental em tablets e smartphones. Por exemplo, um adolescente cujo celular esteja com o Controle dos Pais ativado não teria como acessar um site pornográfico, já que o próprio dispositivo faria essa verificação de idade.

A Aylo defende que o meio de verificação exigido pelos estados é um risco à privacidade do usuário. Além disso, a empresa (e o diretor da Free Speech Coalition) alega que que a lei não resolve o problema de crianças e adolescentes entrando nos sites.

Ao criar um método de verificação mais complexo, que exige um documento de identidade, os menores de idade podem seguir para páginas menos seguras — tanto no quesito de conteúdos quanto em riscos de malwares. A Aylo afirma que se preocupa com a segurança dos seus usuários e conteúdo (ainda que tenha sido multada por permitir a publicação de vídeos de vítimas de tráfico sexual no Pornhub).

Pornhub e Xvideos na UE

União Europeia classificou Xvideos e Pornhub em categoria de plataformas que devem seguir diretrizes mais rígidas (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

No fim de 2023, a União Europeia registrou o Pornhub e Xvideos (sem relação com a Aylo) como Plataformas Online Muito Grandes — VLOPs na sigla em inglês. Com isso, esses sites terão que seguir diretrizes mais rígidas de transparência e controle de conteúdo ilegal.

X/Twitter, Amazon, App Store, YouTube e Instagram são algumas plataformas que também são registradas como VLOPs. Para entrar nessa categoria, a plataforma precisa ter mais de 45 milhões de usuários ativos por mês.

Com informações: The Verge e 404Media
Pornhub bloqueia acesso de usuários em estados americanos

Pornhub bloqueia acesso de usuários em estados americanos
Fonte: Tecnoblog

Amazon Kuiper turbina rede de satélites com lasers no espaço

Amazon Kuiper turbina rede de satélites com lasers no espaço

Receptor da internet via satélite (Imagem: Divulgação/Amazon)

Criado em 2019, o Projeto Kuiper é uma iniciativa da Amazon para fornecer banda larga via satélite para os lugares mais remotos da Terra. Recentemente, a big tech anunciou que está adotando uma tecnologia de laser para ampliar a velocidade das transmissões.

Os engenheiros da gigante do e-commerce desenvolveram o recurso de links ópticos inter-satélites (OISLs, na sigla em inglês). Assim, eles criaram uma rede mesh de links cruzados capaz de atingir velocidades de até 100 gigabits por segundo (GB/s).

Engenheiros da Amazon realizaram diversos ajustes para as conexões OISLs do satéltes do Projeto Kuiper (Imagem: Divulgação/Amazon)

A Amazon lançou dois protótipos de satélites do Projeto Kuiper com a tecnologia OISLs na órbita baixa da Terra em outubro deste ano. Após um mês de testes, os engenheiros constataram as altas velocidades na transmissão de dados.

“Os testes demonstraram a capacidade de estabelecer um único link bidirecional entre dois satélites. Os dados iniciais indicam que o projeto será capaz de manter ligações cruzadas entre vários satélites ao mesmo tempo. Um recurso importante para uma rede mesh de próxima geração no espaço”, destacou a big tech em nota.

Conforme a Amazon, o formato OISLs é cerca de 30% mais rápido do que as transmissões de dados via cabos de fibra óptica terrestres. Para estabelecer a “conexão a laser”, os satélites precisam estar a uma distância de até 2.600 km. 

Para mais, os engenheiros tiveram que minimizar a propagação da luz para estabilizar o sinal. Bem como, foi necessário calcular qualquer evento adicional que pudesse ter efeito sobre as peças no espaço.

Implantação em larga escala a partir de 2024

A Amazon anunciou que expandirá o Projeto Kuiper a partir do primeiro semestre de 2024. A primeira fase envolverá a produção de novos satélites com a tecnologia OISLs. Também foi confirmado que os testes iniciais com clientes ocorrerão na segunda metade do ano.

Como dito, o objetivo da big tech é ter uma “malha óptica” capaz de entregar conexão rápida em qualquer parte do planeta. Além disso, o serviço se compromete a transmitir os dados de forma segura para civis, empresas e órgãos governamentais.

Foguete com satélite preparado para lançamento (Imagem: Divulgação/Amazon)

“Isso é importante para aqueles que procuram evitar arquiteturas de comunicação que possam ser interceptadas ou bloqueadas. Então, esperamos disponibilizar os recursos para clientes do setor público que desejam mover e enviar dados de locais remotos para o destino desejado”, cita Ricky Freeman, vice-presidente da Kuiper Government Solutions.

Curiosamente, a Amazon tem um acordo com a SpaceX para o lançamento dos satélites do Projeto Kuiper. Vale lembrar que a empresa aeroespacial de Elon Musk é dona do serviço de internet via satélite Starlink.

Com informações: Amazon e Engadget
Amazon Kuiper turbina rede de satélites com lasers no espaço

Amazon Kuiper turbina rede de satélites com lasers no espaço
Fonte: Tecnoblog

De quem é a culpa quando os resultados do Google não nos ajudam?

De quem é a culpa quando os resultados do Google não nos ajudam?

O Google é o dominante absoluto nas buscas, mas isso não significa que todos estejam satisfeitos com sua performance.

De quem é a culpa quando os resultados do Google não nos ajudam? (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Nos últimos anos, uma insatisfação tem sido ventilada em artigos de opinião de veículos importantes. A New Yorker, por exemplo, narra a dificuldade de encontrar experiências legítimas sobre produtos em meio às inúmeras sugestões de compra e anúncios de e-commerces.

Charlie Warzel, colunista do The Atlantic, ecoa o sentimento. Para ele, no Google atual é mais difícil encontrar respostas diretas e confiáveis. Em outras palavras, dá mais trabalho garimpar os resultados úteis.

Uma pesquisa da Semrush com foco nos Estados Unidos traduz em números a frustração de parte dos usuários. Segundo o levantamento, 27,6% das pesquisas precisam de refinamento, sejam mudanças nos termos pesquisados ou acréscimo de outros.

Uma conclusão possível a partir deste dado é que os resultados apresentados não estão cumprindo sua função básica: ajudar o usuário. Portanto, quase 30% dos usuários precisariam tentar de novo.

Talvez seja pouco para bater o martelo de que o Google está pior. Mas também não se trata de um número pequeno. Ainda mais numa época em que o próprio Google admite que parte do público mais jovem prefere fazer buscas em redes de vídeos curtos.

Mas, se os resultados do Google realmente estão menos úteis, de quem é a culpa? Um grupo é frequentemente apontado como o responsável: os profissionais de SEO.

Arruinando a internet

O significado básico de SEO é search engine optimization, ou otimização para motores de busca. Quem trabalha com isso tenta fazer com que sites obtenham um ranqueamento melhor na busca, aparecendo entre os resultados mais relevantes.

O SEO faz parte da estratégia de qualquer canal de conteúdo que queira ser encontrado. Um site existe para ser lido, e quanto mais acima nas buscas ele aparecer, maiores as chances de alcançar esse objetivo.

No Tecnocast 317, conversamos com Pedro Dias, consultor técnico de SEO. Ele elencou as principais modalidades de SEO, que vão desde o conteúdo em si — palavras-chave, títulos instigantes, organização da informação — às otimizações no código dos sites.

Em essência, as técnicas são apenas boas práticas, e, se tudo der certo, o Google irá recompensar quem as executa. Como todos os produtores de conteúdo esperam por isso, a tendência é que grande parte dos sites pratique alguma forma de SEO.

Por essa razão, é possível que muitos sites acabem semelhantes entre si. As mesmas técnicas e conteúdos vão sendo reproduzidas internet afora, criando a impressão de que o SEO gera uma uniformização da web.

É daí que vem a concepção de que o SEO estaria “arruinando a internet”, como esboçado num polêmico artigo do The Verge publicado em novembro. E, consequentemente, o SEO também atrapalharia a vida de quem só quer encontrar alguma coisa simples no Google.

A defesa do SEO

Para Pedro Dias, essa visão é incorreta. Segundo ele, o SEO se torna um alvo fácil basicamente por ser o elemento comum à maioria dos sites.

A existência de técnicas para performar melhor no Google não significa que o SEO determine o conteúdo publicado. Cabe aqui aquela distinção clássica entre ferramenta e usuário. O SEO é a ferramenta; ela não define o que os publishers colocarão no ar.

Dias bate nessa tecla ao falar sobre notícias, por exemplo.

O SEO pode dar alguns direcionamentos de como conseguir emplacar isso (uma notícia), mas, no fundo, é porque o jornalista que fazer aquela matéria pra ganhar cliques e vender publicidade.

O foco dos criadores deveria ser a formulação de conteúdos úteis para o leitor, e o SEO entra em cena para impulsioná-los. O fato de muitos aplicarem a ferramenta a conteúdos de baixa qualidade não é culpa da ferramenta em si.

A fama ruim do SEO também está relacionada a profissionais que se vendem como especialistas, mas, na prática, exploram erros no algoritmo do Google. Essas táticas até podem fazer com que sites tenham um bom desempenho nas buscas, mas não se tratam de boas práticas, apenas pontos cegos que o Google ainda não consertou.

A questão é que o Google está frequentemente fazendo melhorias em seu algoritmo, de modo que as artimanhas nunca dão certo por muito tempo. O que acontece em seguida é que o erro é corrigido, o tráfego do site cai, e os maus profissionais da área vão em busca de uma nova trapaça.

No já citado artigo do The Verge, este tipo de profissional é tomado como a regra. Se por um lado é verdade que tais práticas de fato estragam a internet, é bastante discutível que elas representem de modo justo as pessoas que atuam na área.

O Google está mesmo pior?

Sobre a suposta piora nos resultados do Google, Pedro Dias convida a uma reflexão sobre o que esperamos da ferramenta.

As nossas expectativas do Google são as mesmas ou são maiores? (…) Pra gente, qualidade e o que supera as nossas expectativas é sempre algo novo, algo que a gente nunca viu antes. (…) E a nossa ambição de querer sempre algo melhor leva a gente a querer que os serviços que a gente usa evoluam de acordo com a nossa expectativa. E muitas vezes isso não acontece.

Dias aponta que o Google faz constantes aprimoramentos na busca. Mas em pouco tempo o usuário se acostuma com eles, de modo que as expectativas estão sempre crescendo.

Este pode ser um dos motivos da impressão de piora nos resultados de busca: o Google ainda não fez a próxima modificação que nos deixará satisfeitos (por ora).

Além disso, cabe apontar que as reclamações em relação ao Google são recorrentes. Em resposta a elas, a empresa faz atualizações em seu algoritmo. Uma das mais famosas foi a Panda, ocorrida em 2011, que chegou a impactar quase 12% dos resultados de pesquisa.

A Panda penalizou sites que criavam conteúdo de baixa qualidade em massa, beirando o spam. O objetivo, claro, era fazer com que essas páginas bombassem nas buscas. Enquanto isso, os sites faturavam alto com publicidade.

Na época, diversas publicações batiam nesse problema. A Business Insider sentenciou que “o algoritmo do Google foi arruinado”, enquanto o TechCrunch declarava que “precisamos de um novo Google.” A Panda chegou para endereçar essas queixas.

Outro exemplo bastante conhecido foi a Penguin, de 2012, que atingiu sites que faziam trocas de links para obter melhor ranqueamento; e o Mobile Friendly Update, de 2015, que penalizou páginas não otimizadas para o mobile.

Não se trata de dizer que o Google não tem falhas, apenas que, ao longo de sua história, ele se mostrou atento às queixas de seus usuários. E que, muito provavelmente, o ciclo de insatisfações manterá o seu curso — até a próxima mudança.
De quem é a culpa quando os resultados do Google não nos ajudam?

De quem é a culpa quando os resultados do Google não nos ajudam?
Fonte: Tecnoblog

Threads é finalmente lançado na União Europeia

Threads é finalmente lançado na União Europeia

Usuários da União Europeia não conseguiam entrar no Threads nem com VPN (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A rede social Threads, da Meta, está disponível para usuários na União Europeia, cinco meses após seu lançamento no resto do mundo. Além disso, as pessoas que vivem nos países do bloco poderão acessar a plataforma sem perfil, uma opção que não existe nos outros países.

A novidade foi anunciada por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, em um post no próprio Threads. Com isso, a rede passa a estar disponível para as 448 milhões de pessoas que vivem na União Europeia. Até então, o acesso à plataforma era bloqueado até mesmo usando VPN.

Assim, o Threads, resposta da Meta ao X/Twitter, ganha um pouco de espaço para crescer em número de usuários. O app chegou fazendo muito barulho e quebrando recordes, mas logo nas primeiras semanas, as métricas não se mostraram sustentáveis.

Ligações fortes entre Threads e Instagram foram um dos motivos da demora (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Meta estava com medo das leis da UE

O motivo para a demora foi regulatório. Em entrevista ao Verge, Adam Mosseri, CEO do Instagram, apontou as “complexidades para cumprir algumas das leis que entrarão em vigor no ano que vem [2024]”.

Apesar de não mencionar pelo nome, Mosseri provavelmente estava se referindo ao Digital Markets Act (também conhecido como DMA e Regulamento de Mercados Digitais). A nova lei passará a valer em março de 2024 e visa combater abusos e concorrência desleal das gigantes da tecnologia, como a própria Meta, o Google, a Apple e a Amazon, entre outras.

União Europeia apertou o cerco contra big techs (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

No caso específico do Threads, especula-se que a ligação da nova rede com o Instagram poderia criar problemas para a Meta, já que o DMA inclui regras contra o favorecimento de serviços da mesma empresa.

Essa ligação já foi mais forte: não era possível deletar a conta do Threads sem deletar também a do Instagram, por exemplo, o que mudou em novembro. Mesmo assim, ainda é necessário ter uma conta no Instagram para publicar ou interagir com posts na rede.

O modo de acesso sem login também parece uma maneira de evitar problemas legais. Com ele, o usuário consegue visualizar um feed gerado por algoritmo e buscar contas. Aparentemente, não é possível pesquisar posts específicos.

A chegada à União Europeia não foi a única novidade do Threads. Na quarta-feira (13), Mark Zuckerberg anunciou que a plataforma começou a testar a integração com serviços que também usam o protocolo ActivityPub. Isso pode permitir que, no futuro, usuários do Threads possam interagir com publicações em redes como Mastodon e Bluesky.

Com informações: TechCrunch, The Verge
Threads é finalmente lançado na União Europeia

Threads é finalmente lançado na União Europeia
Fonte: Tecnoblog

O SEO estragou a internet?

O SEO estragou a internet?

Os resultados do Google estão piorando? Muita gente acredita que sim. E haveria, inclusive, um culpado para essa queda na qualidade: o famigerado SEO. As técnicas de otimização para busca teriam resultado numa multidão de sites idênticos, com conteúdo genérico e pouco útil. Mas será mesmo que a experiência do Google está pior? E seriam os profissionais de SEO os responsáveis?

O SEO estragou a internet? (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

No episódio de hoje, conversamos com Pedro Dias, consultor técnico em SEO. Ele nos ajuda a entender as diversas maneiras de otimização de conteúdo para buscas, e se elas estão, de fato, estragando a web. Dá o play e vem com a gente!

Participantes

Thiago Mobilon

Josué de Oliveira

Pedro Dias

Citado no episódio

The people who ruined the internet, texto do The Verge que inspirou o episódio

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Produção: Josué de Oliveira

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Arte da capa: Vitor Pádua

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Fonte: Tecnoblog

Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico

Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico

Número de downloads ainda está abaixo de setembro (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O número de downloads diários do Threads cresceu de 350 mil, no início do novembro, para 620 mil, em 23 de novembro. Essa quantidade está longe do 1 milhão do começo de setembro, mas já mostra uma reação da rede social da Meta.

Os dados são da empresa de inteligência Apptopia e consideram novas instalações feitas na App Store, usada pelo iPhone, e no Google Play, usado pelos aparelhos com Android.

A Apptopia acredita que a alta recente nos downloads do Threads se deve ao fato de a Meta estar fazendo propaganda de seu app.

Threads está em alta no iOS e no Android (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Outra boa notícia para a empresa é que o Threads está crescendo fora dos EUA. A Índia foi o país com maior número de novos downloads, com 11,2%. Os EUA vêm em segundo, com 7,4%.

Threads fez sucesso, mas caiu logo em seguida

O Threads teve um começo impressionante. Lançado em julho, ele quebrou o recorde de menor tempo para chegar a 100 milhões de downloads: apenas cinco dias. A marca pertencia ao ChatGPT, que levou dois meses para alcançar este número.

Nas semanas seguintes, porém, o burburinho em torno do Threads foi diminuindo, assim como o interesse pela rede. Passados 15 dias do lançamento, o número de usuários ativos já era 70% menor, e o tempo gasto no app era quatro vezes menor.

A Meta tomou algumas medidas para tentar evitar a saída de usuários. A rede social foi lançada ainda bastante crua, então vieram melhoras de usabilidade e uma versão web. Além disso, o Instagram, rede “irmã” do Threads, passou a recomendar publicações da plataforma.

A queda continuou. Segundo a Apptopia, o Threads tinha 1 milhão de downloads diários no começo de setembro; no começo de novembro, eram 350 mil. Este número subiu para cerca de 620 mil no dia 23.

Somando tudo, o Threads conseguiu 41 milhões de downloads desde 1º de setembro. O número é maior que o do X (antigo Twitter), seu principal concorrente (e inspiração). A rede social de Elon Musk teve 27 milhões de downloads no período.

Com informações: TechCrunch
Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico

Downloads do Threads voltam a crescer, mas continuam longe do pico
Fonte: Tecnoblog