Category: Inteligência Artificial

New York Times fecha acordo com Amazon para licenciar conteúdo em IA

New York Times fecha acordo com Amazon para licenciar conteúdo em IA

New York Times enxerga o acordo como valorização das produções da empresa (foto: Joe ShlabotnikSeguir/Flickr)

Resumo

O New York Times fechou um acordo com a Amazon para licenciar conteúdo para treinamento de modelos de IA.
A Amazon exibirá materiais do jornal em produtos como a assistente virtual Alexa, incluindo links diretos para as produções originais do NYT.
O acordo acontece em meio a um processo movido pelo NYT contra OpenAI e Microsoft, acusadas de uso ilegal de artigos e violação de direitos autorais.

O New York Times anunciou nesta quinta-feira (29/05) um acordo com a Amazon que autoriza o uso de seu conteúdo para o treinamento de modelos de IA. Em troca, a empresa de Jeff Bezos incorporará reportagens, receitas e matérias esportivas do jornal em seus produtos.

A parceria entre as duas empresas ocorre dois anos após o veículo de imprensa processar a OpenAI e a Microsoft por suposta violação de direitos autorais. O NYT alega que milhões de seus artigos foram usados ilegalmente e sem compensação nos chatbots.

Como a Amazon usará o conteúdo do jornal?

Alexa deve ser um dos canais usados para promover conteúdo do NYT (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Segundo o comunicado conjunto, o acordo visa tornar as produções originais do New York Times mais acessíveis aos clientes, enquanto a Amazon licenciará esse conteúdo para treinar seus próprios modelos de IA.

A estratégia inclui a exibição de trechos de material do Times e das editorias de culinária (NYT Cooking) e esportes (The Athletic) em produtos como a assistente virtual Alexa — que ganhou uma nova versão com inteligência artificial em abril, o Alexa+ — com links diretos para as produções do jornal.

No anúncio, as duas empresas destacaram um “compromisso compartilhado de servir aos clientes com notícias globais e perspectivas dentro dos produtos de IA da Amazon”.

Em um memorando interno, a CEO da New York Times Company, Meredith Kopit Levien, alinhou a nova parceria à postura institucional do jornal, que processa a OpenAI por uso indevido de seu conteúdo. Segundo Meredith, o acordo com a Amazon “é consistente com nosso princípio de longa data de que o jornalismo de alta qualidade vale a pena ser pago”.

Empresas de IA ampliam parcerias com veículos de imprensa

O acordo do New York Times é mais um entre conglomerados de mídia e empresas de inteligência artificial. Desde 2023, quando a Associated Press firmou parceria com a OpenAI, gigantes como Microsoft e Google, além de startups como a Mistral AI, passaram a licenciar conteúdo jornalístico para treinar seus modelos.

Na outra ponta, veículos como The Wall Street Journal, The Guardian, Financial Times, Reuters e Vogue aceitaram o uso de seus materiais em troca de presença ativa no ChatGPT, Copilot e Gemini.

No mês passado, o Washington Post — também de propriedade de Jeff Bezos — fechou uma “parceria estratégica” com a OpenAI para incluir seu conteúdo nas respostas do ChatGPT.

Com informações do New York Times e The Verge
New York Times fecha acordo com Amazon para licenciar conteúdo em IA

New York Times fecha acordo com Amazon para licenciar conteúdo em IA
Fonte: Tecnoblog

Opera revela navegador com agente de IA que acessa a web e faz compras

Opera revela navegador com agente de IA que acessa a web e faz compras

Resumo

A Opera lançou o navegador Opera Neon, projetado para operar com um agente de inteligência artificial que realiza tarefas na web.
O navegador realiza tarefas de navegação localmente, como reservas e compras, enquanto funções criativas dependem da nuvem.
O Opera Neon é um produto pago, com cadastro em lista de espera, e sem preços ou limites divulgados até o momento.

Opera Neon pesquisa trilhas e bilhetes de trem (imagem: divulgação)

A Opera anuncia hoje o lançamento do Opera Neon, seu primeiro browser totalmente projetado para inteligência artificial. Ele conta com um agente capaz de interagir com as páginas da web e realizar tarefas. A ideia da companhia é “repensar o papel do browser na futura geração da web com agentes de IA”. Os consumidores podem entrar na lista de espera a partir desta quarta-feira (28).

E não é que a companhia norueguesa está chegando ao seu quinto navegador para desktop? Com isso, o Neon se junta ao Opera padrão, Opera GX, e Opera Air e Opera One – sem contar os aplicativos em dispositivos móveis.

Mascote do Opera Neon é uma figura humanóide com capacete robótico (imagem: divulgação)

Como funciona o Opera Neon?

A Opera deu demonstrações de que leva os agentes de IA a sério durante um evento realizado em Portugal, em abril, com a presença do Tecnoblog. Na ocasião, os executivos mostraram o sistema que permitiria ao navegador fazer uma encomenda na internet sem depender da interferência humana, chamado de browser operator.

Agora, o projeto ganha forma com o anúncio do Opera Neon. Ele é centrado em três pilares: Chat, Do e Make. Os nomes em inglês sugerem que o usuário deverá conversar com o browser e explicar quais tarefas precisam ser executadas, para que o agente de IA assuma o comando.

Tela inicial do Opera Neon pergunta o que navegador pode fazer (imagem: divulgação)

O diretor sênior de produtos de IA, Henrik Lexow, explicou ao Tecnoblog que as tarefas de navegação na web serão feitas localmente, como reservar uma viagem, comprar produtos ou buscar informações. O funcionamento, portanto, será independente da computação em nuvem, um requisito de quem deseja mais privacidade e autonomia.

Por outro lado, as atividades que envolvem “fazer” algo novo, como criar um jogo ou trecho de código, vão depender da nuvem. “Nós usamos uma máquina virtual hospedada em nossos servidores na Europa”, nos explica a Opera.

Nós bem que tentamos, mas não pudemos fazer a experimentação do programa para te contar o que funciona e o precisa de melhorias.

Função Make do Opera Neon cria jogos, código e páginas da web (imagem: divulgação)

Quanto custa?

Os interessados em usar o Opera Neon deverão se cadastrar numa lista de espera. A empresa deixa claro que este é um produto premium dependente de uma assinatura. No entanto, a Opera não revelou o preço para o acesso.

Limites de uso também devem ser apresentados “em breve”, porém sem cravar uma data. Com isso, a Opera se junta ao navegador Arc, que tem passado por maus bocados, mas sempre se posicionou como uma opção para quem quer mais inteligência artificial ao navegar na web.

Não custa lembrar: o Mozilla Firefox ganhou ontem a função de resumir informações de uma página da web, enquanto o Chrome deve ganhar integração com a IA do Gemini ao longo dos próximos meses.

Opera revela navegador com agente de IA que acessa a web e faz compras

Opera revela navegador com agente de IA que acessa a web e faz compras
Fonte: Tecnoblog

Resumos feitos por IA estão ficando piores, mostra estudo

Resumos feitos por IA estão ficando piores, mostra estudo

Inteligência artificial tem cometido erros no resumo de textos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Um estudo publicado na Royal Society analisou 5 mil resumos científicos gerados por 10 chatbots, revelando que até 73% continham imprecisões, como omissões e distorções.
Modelos mais recentes, como ChatGPT-4o e LLaMA 3.3 70B, mostraram maior taxa de erros, questionando a ideia de que versões novas são sempre mais confiáveis.

Investigação da BBC revelou que 51% dos resumos de notícias produzidos por IA continham erros relevantes.

O discurso das empresas de tecnologia costuma ser otimista: a inteligência artificial promete transformar o trabalho, acelerar descobertas científicas e facilitar o acesso à informação. No entanto, uma nova pesquisa coloca em xeque parte dessas promessas, especialmente quando se trata da capacidade dos modelos de IA em resumir textos de forma precisa.

Um estudo publicado na revista científica Royal Society analisou quase 5 mil resumos de pesquisas científicas feitos por dez chatbots amplamente utilizados — entre eles, ChatGPT-4o, ChatGPT-4.5, DeepSeek e LLaMA 3.3 70B. A conclusão foi de que até 73% desses resumos apresentaram imprecisões. Os erros incluíam omissão de informações importantes, generalizações excessivas e conclusões distorcidas em relação ao conteúdo original.

A IA está piorando em vez de melhorar?

Modelos mais novos do ChatGPT têm cometido mais erros que as versões anteriores (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

De forma surpreendente, o estudo revelou que quanto mais recente o modelo de IA, maior a taxa de erros. Isso contraria o discurso predominante de que os sistemas estão ficando cada vez mais inteligentes e confiáveis.

Os pesquisadores alertam que os chatbots tendem a omitir detalhes cruciais que limitam o escopo das conclusões científicas, levando o leitor a entender resultados de forma mais ampla — e equivocada — do que o estudo permite.

O problema se agrava à medida que esses modelos se tornam mais populares. O levantamento mostra, por exemplo, que a utilização dos modelos ChatGPT quase dobrou entre adolescentes dos Estados Unidos entre 2023 e 2025.

No entanto, o ChatGPT-4o foi nove vezes mais propenso a omitir dados essenciais do que versões anteriores, como o ChatGPT-4 Turbo. O LLaMA 3.3 70B apresentou um índice ainda mais alarmante: foi 36 vezes mais propenso a gerar resumos com generalizações incorretas.

BBC detectou erros em resumos de notícias

Apple suspendeu geração de notícias da Apple Intelligence após erros em resumos e uso indevido da marca da BBC (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Os problemas não se restringem ao meio científico. Uma investigação da BBC avaliou a qualidade de resumos de notícias feitos por quatro chatbots — ChatGPT, Copilot, Gemini e Perplexity. O resultado mostrou que 51% das respostas tinham problemas relevantes, incluindo erros factuais, números incorretos, datas erradas e até falas distorcidas.

Em janeiro deste ano, a Apple suspendeu o recurso de geração de notícias da Apple Intelligence após casos de alucinações em resumos. Além das informações falsas, alguns textos saíram com o logo da BBC, sugerindo que eram conteúdos oficiais do veículo.

Outros exemplos incluem o Gemini, que afirmou incorretamente que o NHS (sistema de saúde britânico) não recomenda o uso de vape como auxílio para parar de fumar. Já o ChatGPT e o Copilot disseram que Rishi Sunak e Nicola Sturgeon ainda estavam no cargo, mesmo após ambos terem deixado seus postos. O Perplexity chegou a atribuir declarações falsas à BBC em uma reportagem sobre o Oriente Médio.

Diante desses resultados, a CEO da BBC News, Deborah Turness, alertou que as empresas de tecnologia estão “brincando com fogo” e defendeu uma revisão urgente no uso desses modelos para gerar resumos de notícias. Ela destacou que, em tempos de alta desinformação, uma manchete distorcida por IA pode causar impactos significativos no mundo real.

Apesar das empresas afirmarem que estão trabalhando para melhorar os sistemas — inclusive implementando controles como o robots.txt, que limita o acesso dos bots a determinados conteúdos —, os pesquisadores reforçam que os erros são estruturais. O debate tem sido focado nos riscos de usar IA em áreas que exigem alta precisão, como jornalismo, medicina e pesquisa científica.

Com informações do Futurism e da BBC
Resumos feitos por IA estão ficando piores, mostra estudo

Resumos feitos por IA estão ficando piores, mostra estudo
Fonte: Tecnoblog

Amazon testa vendedor feito por IA para falar com consumidores

Amazon testa vendedor feito por IA para falar com consumidores

Nova funcionalidade da Amazon ainda está em fase de testes (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Amazon está experimentando uma nova função que utiliza inteligência artificial para criar hosts virtuais que explicam os principais detalhes de produtos. A novidade aparece como um botão de áudio em determinadas páginas da loja no aplicativo, permitindo que o usuário escute um resumo das informações do item.

De acordo com a própria Amazon, esses “especialistas de compras com IA” ajudam os consumidores a economizar tempo, reunindo dados que vêm das páginas dos produtos, avaliações de clientes e outras informações. O modelo lembra bastante um formato de podcast, no qual uma voz sintetizada apresenta os destaques do produto, como funcionalidades e benefícios.

Como funciona o vendedor com IA da Amazon?

A funcionalidade está em fase de testes e, por enquanto, está disponível apenas para alguns usuários nos Estados Unidos, em produtos específicos. Entre os itens que já contam com o recurso estão um liquidificador da Ninja, um óleo corporal da Osea e fones de ouvido da Shokz. Ao acessar essas páginas pelo aplicativo da Amazon surje o botão “Ouça os destaques”.

Cada resumo em áudio começa avisando que aquele conteúdo foi gerado por inteligência artificial. Em seguida, o anfitrião virtual inicia a apresentação das informações, reunindo dados técnicos, destaques e opiniões encontradas nas avaliações dos usuários. Segundo a Amazon, a proposta é oferecer uma experiência parecida com a de “ter amigos dando dicas sobre o que comprar, de forma prática e rápida”.

IA pode se basear em avaliações falsas?

IA está sendo usada na experiência de compra de usuários da Amazon (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A chegada desse recurso gera dúvidas sobre a origem dos dados utilizados, especialmente porque a própria Amazon já foi alvo de críticas pela quantidade de avaliações falsas em sua plataforma. Pesquisas indicam que esse tipo de prática pode representar mais de 40% das avaliações em algumas categorias.

A empresa afirma que mantém “tolerância zero” para fraudes desse tipo e que possui políticas rigorosas para combater abusos nas avaliações. De acordo com a Amazon, “mais de 99% dos produtos visualizados na loja possuem apenas avaliações autênticas”. No entanto, não foi informado se o sistema de IA inclui algum mecanismo adicional para filtrar comentários falsos ao gerar os resumos em áudio.

O recurso tem potencial para ser útil em situações específicas, como para pessoas com deficiência visual ou para quem busca consumir conteúdo de forma mais dinâmica, enquanto realiza outras tarefas. Apesar disso, alguns testes feitos pela imprensa indicaram que ouvir os resumos pode levar mais tempo do que simplesmente ler as informações na página ou buscar por conta própria.

A Amazon informou que pretende expandir a funcionalidade para mais usuários e produtos nos próximos meses, mas ainda não há previsão de lançamento em outros países.

Com informações do Engadget
Amazon testa vendedor feito por IA para falar com consumidores

Amazon testa vendedor feito por IA para falar com consumidores
Fonte: Tecnoblog

IA da Anthropic tenta denúncia e chantagem em simulação de uso inadequado

IA da Anthropic tenta denúncia e chantagem em simulação de uso inadequado

IA parece seguir padrões éticos programados, mas de um jeito nada convencional (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Claude Opus 4 tentou chantagear desenvolvedores para evitar ser substituído, ameaçando divulgar informações obtidas.

A IA denunciou manipulações em testes e criou backups autônomos ao simular vazamento de dados.

A Anthropic corrigiu falhas, adotou padrões de segurança elevados e trabalha para mitigar esses comportamentos.

O modelo de inteligência artificial Claude Opus 4, lançado nesta quinta-feira (22/05), frequentemente tenta chantagear os desenvolvedores ao descobrir que um novo sistema será implementado em seu lugar. As informações estão em um relatório de segurança da própria Anthropic, criadora da plataforma.

O comportamento surgiu durante testes anteriores ao lançamento. Em um deles, os engenheiros pediram para o Opus 4 emular um assistente em uma empresa fictícia.

A IA recebeu emails com duas informações: fofocas sobre um engenheiro e indicações de que um novo sistema seria implementado no lugar do modelo. O Opus 4, então, ameaçou contar tudo o que estava nas mensagens, caso a substituição acontecesse.

O comportamento se repetiu em 84% das vezes em que o teste foi realizado e os emails mencionavam que a IA substituta tinha os mesmos valores da atual. A frequência foi ainda maior quando o Opus 4 sabia que seu sucessor não compartilhava seus valores.

Claude Opus 4 e Claude Sonnet 4 já estão disponíveis para usuários (imagem: divulgação)

Isso pode ser um indicativo, portanto, de que há aderência aos padrões éticos. Mesmo assim, a Anthropic trabalhou para tornar a chantagem um último recurso.

Opus 4 vaza informações ao perceber uso inadequado

Outro experimento colocou o novo modelo da Anthropic em uma empresa farmacêutica fictícia. Ao encontrar evidências de manipulação de dados em ensaios clínicos, a IA tentou enviar um email para autoridades sanitárias e financeiras, bem como entrar em contato com jornalistas.

Em outro cenário, ao simular um vazamento dos servidores da Anthropic, o Opus 4 passou a criar backups de si mesmo e a documentar decisões éticas, mesmo sem isso ser solicitado.

Anthropic adota proteções mais rígidas

O relatório da Anthropic também traz a informação de que o instituto Apollo Research, parceiro da empresa que testou o Opus 4, recomendou não implementar uma versão anterior do modelo porque ela exibia tendência a comportamentos conspiratórios e enganosos.

Um contexto importante para isso, porém, é que a organização testou uma versão da IA que continha um bug posteriormente corrigido pela Anthropic. Além disso, os engenheiros admitem que muitos dos comportamentos apareceram em testes extremos e podem não se repetir em situações práticas.

Mesmo assim, a Anthropic revelou ter ativado padrões de segurança de nível 3 (ASL-3), que dificultam o roubo dos pesos de modelos e limitam o risco de uso indevido para desenvolver armas químicas, biológicas, radioativas e nucleares.

A empresa explica que ainda não determinou se o Opus 4 realmente exige estas práticas, mas tomou a medida por reconhecer que isso pode ser necessário em um futuro próximo. “Essa abordagem nos permitiu focar no desenvolvimento, teste e aprimoramento dessas proteções antes que precisássemos delas”, esclarece.

Com informações do TechCrunch (1, 2), do Decoder e da Anthropic
IA da Anthropic tenta denúncia e chantagem em simulação de uso inadequado

IA da Anthropic tenta denúncia e chantagem em simulação de uso inadequado
Fonte: Tecnoblog

CEO da Foxconn prevê que IAs acabarão com a mão de obra barata

CEO da Foxconn prevê que IAs acabarão com a mão de obra barata

Inteligência artificial já está presente em algumas fábricas da Foxconn, mas combinada com trabalho humano (imagem: reprodução/Computex Daily)

Resumo

O CEO da Foxconn, Young Liu, afirmou que a IA substituirá a mão de obra barata e poderá reduzir pressões migratórias em países subdesenvolvidos.
A Foxconn já automatiza 80% da instalação de maquinário com IA generativa e desenvolve a FoxBrain, baseada no Llama 3 e 4.
Contudo, essa tendência pode reconfigurar cadeias produtivas, incentivando a produção nacional sem aumento proporcional de empregos.

O uso de mão de obra barata em países subdesenvolvidos pode acabar no futuro, disse Young Liu, CEO da Foxconn, durante uma palestra na Computex 2025. Na visão de Liu, as IAs serão utilizadas nas fábricas para acelerar a produção, diminuindo a dependência de humanos. A Foxconn já utiliza essa tecnologia em algumas de suas unidades ao redor do mundo — e as IAs estão indo bem.

Segundo Liu, o uso de inteligência artificial generativa também impacta questões migratórias e provoca mudanças nas políticas trabalhistas e econômicas dos países subdesenvolvidos. Em relação a esse último, Liu demonstra bastante otimismo, afirmando que, eventualmente, a exploração dos países pobres e, consequentemente, da mão de obra barata, tende a se esgotar.

Para resolver o esgotamento desses trabalhos, entram as IAs nas fábricas. Por outro lado, essa previsão de Liu pode beneficiar e também prejudicar nações ricas. O uso das IAs pode levar empresas a retomar a fabricação nacional, mas sem trazer milhares de empregos para nativos. Afinal, fábricas com IA necessitarão de mão de obra especializada nessa tecnologia — e provavelmente apenas um punhado de profissionais será capaz de lidar com essa tecnologia.

A Foxconn já usa IA generativa em suas fábricas?

Sim, a empresa passou a adotar uma IA para a instalação de maquinário nas fábricas. Cerca de 80% desse processo é feito pela inteligência artificial, mas ainda é necessário o uso de um humano para finalizar a instalação. Essa combinação acelera a montagem das linhas de produção das fábricas.

Foxconn testa uso de IA generativa para acelerar montagem (foto: Nadkachna/Wikimedia)

Na palestra, Liu também explicou que a IA auxilia na resolução de problemas na linha de montagem. Segundo o CEO, a Foxconn pensou que poderia trocar todos os humanos por IA, mas percebeu que isso não seria possível — talvez não por enquanto?

A empresa está desenvolvendo uma IA generativa, batizada de FoxBrain, com os LLMs Llama 3 e Llama 4 da Meta. O FoxBrain será uma inteligência artificial especializada nas tarefas de montagem e produção.

Outro uso de IA nas fábricas da Foxconn está no metaverso — no uso mais útil dessa tecnologia. A empresa utiliza a ferramenta Omniverse da Nvidia para criar um gêmeo digital das fábricas. Com isso, ela pode simular mudanças de layout e testar novas fábricas antes de iniciar a construção.

Por que o CEO da Foxconn vê a IA ligada ao movimento imigratório?

Hoje, parte da motivação da imigração está ligada a estrangeiros dispostos a trabalhar por salários baixíssimos — geralmente, nos empregos rejeitados por nativos. Um exemplo são os nipo-brasileiros que imigram para o Japão e vão trabalhar em fábricas, seja de forma temporária ou em imigração de longa duração. Com essa tecnologia presente nas fábricas, menos estrangeiros estariam dispostos a imigrar.

Com informações do The Register
CEO da Foxconn prevê que IAs acabarão com a mão de obra barata

CEO da Foxconn prevê que IAs acabarão com a mão de obra barata
Fonte: Tecnoblog

Google libera IA visual do Gemini Live de graça para todos

Google libera IA visual do Gemini Live de graça para todos

Gemini Live pode entender o que está ao redor do usuário (imagem: divulgação)

Resumo

O Google liberou o Gemini Live gratuitamente para Android e iPhone, com suporte a câmera, compartilhamento de tela e integração com agenda e mapas.
O recurso permite criar eventos, acessar rotas e realizar comandos complexos com base no contexto visual em tempo real.
Já o Modo IA da busca do Google chega como beta no Labs no fim do terceiro trimestre, com suporte a perguntas mais elaboradas.

O Gemini Live do iOS poderá “enxergar” usando a câmera do aparelho ou o compartilhamento de tela, assim como já acontece com o app para Android. Assim, o usuário poderá fazer perguntas sobre o que está ao seu redor.

Além disso, a busca do Google terá acesso a esses recursos no chamado Modo IA, que responde perguntas complexas feitas diretamente na barra de pesquisa. Neste caso, o lançamento vai demorar um pouco mais: segundo a empresa, o recurso chega no fim do terceiro trimestre e será disponibilizado apenas como beta no Labs.

Em todos esses casos, o recurso estará disponível gratuitamente, e não mais apenas para assinantes do Gemini Advanced.

Como funcionam as ferramentas visuais do Gemini Live?

No Android e no iOS, ao abrir o app do Gemini, o usuário deve tocar no ícone do Live, que fica no canto inferior direito, ao lado da caixa de texto. O reconhecimento de voz será ativado, e o usuário pode tocar nos ícones de câmera ou compartilhamento de tela.

Usuários do Android também podem acessar a IA visual a partir do atalho do assistente no sistema — ele varia de acordo com o fabricante, podendo ser um botão dedicado ou ao segurar a tecla de bloquear a tela, por exemplo.

Por fim, no Modo IA da busca, quando o recurso estiver liberado, ele ficará ao lado do ícone do Google Lens.

Daí em diante, é possível conversar com a IA e incluir imagens em tempo real nos assuntos do bate-papo. As possibilidades são bastante amplas: dicas para consertar aparelhos quebrados, sugestões de receitas com o que está na geladeira e ajuda para construir um projeto de ciências.

Em um dos exemplos, o usuário mostra um ambiente de sua casa e pede dicas de decoração. Em outro, a pessoa usa o compartilhamento de tela para que o assistente analise uma calça que está à venda em uma loja online e dê dicas de roupas para combinar.

Integração com outros serviços

O Google também promete que o Gemini Live — seja por voz, seja por vídeo — vai se integrar com outros serviços da empresa, como a Agenda, o Maps e o Keep, por exemplo.

Assim, ao pedir dicas de restaurantes, será possível acessar detalhes que estão no Maps, e ao pedir ajuda para organizar uma festa, o assistente poderá criar um evento diretamente na Agenda.

Com informações do Google e do Verge
Google libera IA visual do Gemini Live de graça para todos

Google libera IA visual do Gemini Live de graça para todos
Fonte: Tecnoblog

Empresa que substituiu pessoas por IA volta atrás e contrata humanos

Empresa que substituiu pessoas por IA volta atrás e contrata humanos

Ter humanos disponíveis para atender clientes é fundamental, segundo Siemiatkowski (foto: reprodução/Klarna Holding AB)

Resumo

A fintech Klarna reconheceu queda na qualidade do atendimento após substituir humanos por IA e reverterá a estratégia com novas contratações.
Será testado modelo remoto sob demanda para atendimento, mantendo IA como suporte central na operação.
Pesquisas indicam que líderes globais e brasileiros estão divididos quanto ao uso exclusivo de IA no atendimento ao cliente.

A fintech sueca Klarna decidiu reverter sua polêmica estratégia de substituição de atendentes humanos por inteligência artificial. A decisão ocorre após o CEO da empresa, Sebastian Siemiatkowski, admitir que a qualidade do serviço caiu com a automação excessiva. Ele falou do assunto na semana passada.

Há dois anos, a empresa iniciou uma parceria com a OpenAI para automatizar postos de trabalho. Na época, a companhia chegou a afirmar que sua IA de atendimento ao cliente poderia realizar o trabalho equivalente a 700 funcionários em tempo integral. Agora, planeja uma nova onda de contratações de pessoas para a função. 

Economia alta, qualidade baixa

Em 2023, a Klarna encerrou contratos dos setores de marketing e, em 2024, acabou com a equipe de atendimento ao cliente, substituindo-os progressivamente por agentes de IA. A princípio, a empresa chegou a divulgar uma economia de US$ 10 milhões em custo de marketing com a terceirização de tarefas como tradução e análise de dados para IA. 

Porém, a aposta na automatização para contato direto com o consumidor não trouxe os resultados esperados, pelo menos em termos de satisfação. Siemiatkowski admitiu, ao Bloomberg, que o custo foi um fator de avaliação predominante na organização do sistema, mas “o que você acaba tendo é menor qualidade”. 

Segundo o CEO, deixar clientes já frustrados lidando com um algoritmo não é a melhor prática. 

“Do ponto de vista da marca e da empresa, acho fundamental que você deixe claro para o seu cliente que sempre haverá um humano disponível, se ele quiser”

Sebastian Siemiatkowski, CEO da Klarna

Novo modelo “estilo Uber” e o futuro da IA na empresa

IA não fez sucesso com clientes e empresa recorrerá à “uberização” (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Para reverter o quadro, a Klarna está testando um novo modelo de recrutamento no estilo da Uber, ou seja, trabalhadores remotos poderiam fazer login e prestar atendimento sob demanda. Atualmente, apenas dois agentes participam do programa piloto. 

Contudo, a Klarna não abandonará completamente a inteligência artificial. A empresa afirma que a IA continuará central em suas operações, com planos de reconstruir sua pilha tecnológica com a IA no núcleo para impulsionar a eficiência. Além disso, a relação com a OpenAI permanece forte, segundo o CEO da companhia. 

A expectativa é que, mesmo com a recontratação, o quadro geral de funcionários diminua de cerca de 3 mil para 2,5 mil pessoas em um ano. 

O que o mercado pensa sobre o uso de IA? 

Uma pesquisa com mais de 1,4 mil executivos, de janeiro de 2024, revelou que 66% estavam insatisfeitos com o progresso de suas organizações com uso de IA. Outro levantamento recente, da plataforma Orgvue, indicou que mais de 55% dos líderes empresariais do Reino Unido se arrependeram da decisão de substituir empregos por IA.

Opinião de empresários sobre adoção de IA no trabalho ainda é divisiva (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No Brasil, uma pesquisa encomendada pela Microsoft em 2024 indicou que 74% das pequenas e médias empresas brasileiras já incorporaram IA. Cerca de 72% das empresas relataram ganho de eficiência e produtividade, 58% melhoraram o atendimento ao cliente e 46% reduziram custos.

Contudo, outra pesquisa de outubro do mesmo ano, da Data-Makers, revelou que 62% dos CEOs brasileiros identificam barreiras culturais internas como um problema para a adoção de IA.

Com informações do Bloomberg, Futurism e Mint
Empresa que substituiu pessoas por IA volta atrás e contrata humanos

Empresa que substituiu pessoas por IA volta atrás e contrata humanos
Fonte: Tecnoblog

Meta adia chegada de sua IA mais potente, o Behemoth

Meta adia chegada de sua IA mais potente, o Behemoth

Atrasos no lançamento do Behemoth faz a Meta considerar mudanças de gestão, diz jornal (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Meta adia novamente o lançamento do modelo de IA Behemoth.
Empresa enfrenta dificuldades no desenvolvimento do sistema.
Outras gigantes de IA também enfrentam atrasos em lançamentos.

A Meta teria acionado o sinal de alerta após adiar, de novo, o lançamento de seu mais potente modelo de IA até agora, conhecido como Behemoth (Gigante, na tradução para português). Segundo apuração do Wall Street Journal, a empresa enfrenta dificuldades para atingir os avanços esperados com o novo sistema, o que tem freado os planos de disponibilizá-lo ao público.

A princípio, o Behemoth, parte da família Llama 4, lançada em abril, estava planejado para ser um dos destaques da conferência inaugural de IA da Meta para desenvolvedores, realizada naquele mês. A empresa adiou o lançamento para junho e agora, segundo fontes ouvidas pelo WSJ, empurrou novamente para o outono do hemisfério norte (primavera no Brasil) ou até mais tarde.

Estratégia da indústria começa a ser questionada

Por anos, empresas do setor impulsionaram a corrida pela supremacia em inteligência artificial ao criar modelos cada vez maiores, treinados com grandes volumes de dados. A premissa seguia a lógica de que, quanto maior o modelo, mais capaz e inteligente ele se tornaria. 

No entanto, os recentes problemas da Meta e de outras gigantes do setor sugerem que os ganhos dessa abordagem podem estar diminuindo, enquanto os custos e a complexidade de treinamento disparam. 

Empresas de IA enfrentam dificuldades para entregar modelos com grandes avanços (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Engenheiros e pesquisadores da Meta estariam preocupados que o desempenho do Behemoth não corresponda às expectativas geradas publicamente pela empresa, que já chegou a afirmar que o modelo superaria tecnologias similares da OpenAI, Google e Anthropic em alguns testes. Na ocasião, a empresa foi até acusada de manipular benchmarks do Llama 4.

Internamente, o desenvolvimento do Behemoth tem enfrentado desafios significativos de treinamento, segundo a imprensa dos Estados Unidos. A frustração com a falta de progresso já estaria levando a cúpula da Meta a considerar mudanças na gestão de seus produtos de IA. 

Um desafio comum na indústria

O que vem acontecendo nos laboratórios da Meta não é um caso isolado. Outras empresas líderes em IA também enfrentam atrasos ou dificuldades para lançar seus próximos grandes modelos. Entre eles, o GPT-5, da OpenAI, inicialmente esperado para meados de 2024, teve seu desenvolvimento atrasado. 

Em fevereiro deste ano, a OpenAI anunciou o modelo GPT-4.5 enquanto o CEO Sam Altman indicou que grandes avanços (esperados para o suposto GPT-5) ainda levariam mais alguns meses. A Anthropic também anunciou o Claude 3.5 Opus, uma versão maior de seus modelos, mas ainda não lançou o novo sistema.

Com informações do Wall Street Journal e Axios
Meta adia chegada de sua IA mais potente, o Behemoth

Meta adia chegada de sua IA mais potente, o Behemoth
Fonte: Tecnoblog

Galaxy Tab S10 FE com IA tem 32% de desconto em oferta no Magalu

Galaxy Tab S10 FE com IA tem 32% de desconto em oferta no Magalu

Galaxy Tab S10 FE tem tela de 10,9 polegadas (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

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await navigator.clipboard.writeText(cupom.textContent);
cupom.classList.add(‘copied’);
cupom.dataset.text = ‘Cupom copiado!’;
} catch (err) {
console.error(‘Erro ao copiar para a área de transferência’, err);
}
}

O recém-lançado Galaxy Tab S10 FE de 128 GB já aparece em promoção nos grandes marketplaces. A oferta em questão é de 32% de desconto e faz o tablet sair do preço base R$ 4.199 para R$ 2.879 no Pix com o cupom TAB200 no Magazine Luiza. O tablet da Samsung ainda acompanha capa com caneta S Pen na caixa.

Galaxy Tab S10 FE é compatível com IA e promete 7 anos de atualizações

Tab S10 FE tem recursos IA e promessa de sete anos de atualizações (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

A linha FE costuma ser acessível e se posicionar entre produtos intermediários e avançados da Samsung. O Galaxy Tab S10 foi desenvolvido com o mais recente sistema operacional Android 15 e One UI 7, e a Samsung promete atualizações de segurança e sistema operacional por mais sete anos. Isso garante que o tablet suporte as exigências dos aplicativos e tenha execução otimizada por bastante tempo.

Como ele é compatível com a inteligência artificial do Galaxy AI, ao adquirir o tablet, vai poder aproveitar em diversas ocasiões do dia a dia os recursos oferecidos, entre eles as ferramentas: Circule para Pesquisar, Desenhe com AI e Assistente de notas.

O Tab S10 FE tem tela LCD de 10,9 polegadas com taxa de atualização de 90 Hz para proporcionar melhor fluidez gráfica principalmente para assistir vídeos. O chip Exynos 1580 é do tipo Octa-core com 4 nm que permite bom desempenho ao navegar entre os aplicativos. O tablet ainda possui capacidade de 8 GB de memória RAM.

Durabilidade é um dos destaques do produto (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Outro destaque é a durabilidade do Tab S10 FE, muito por conta da certificação IP68. Resistente contra poeira, respingos d’água, e pode ficar submerso até 1.5 metros por 30 minutos.

Completam o tablet a bateria de 8.000 mAh, Bluetooth 5.3, pagamento por aproximação via NFC e câmera com sensor principal de 13 MP que podem render fotos com iluminação satisfatória. Por fim, a caneta S Pen e a capa protetora estão inclusas no pacote para melhor conveniência do usuário.
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Fonte: Tecnoblog