Category: Inteligência Artificial

Jeff Bezos deve dividir comando de nova startup de IA com ex-Google

Jeff Bezos deve dividir comando de nova startup de IA com ex-Google

Bezos deve dividir comando da empresa com ex-Google (imagem: Daniel Oberhaus/Flickr)

Resumo

Jeff Bezos deve assumir cargo operacional como co-CEO da nova startup Projeto Prometheus, segundo o New York Times.

Empresa prevê aplicações de IA em engenharia, manufatura e tarefas físicas e científicas.

De acordo com o jornal, Vik Bajaj, ex-Google X e Verily, dividirá o comando com Bezos na iniciativa.

O fundador da Amazon, Jeff Bezos, deve assumir seu primeiro cargo operacional formal desde que deixou o comando da gigante do varejo em 2021. A informação é do jornal The New York Times, que afirma que o bilionário será co-CEO de uma nova startup de inteligência artificial chamada Projeto Prometheus.

De acordo com o jornal, a empresa já teria levantado US$ 6,2 bilhões em investimentos, quase R$ 33 bilhões em conversão direta. Esse montante teria vindo, em parte, do próprio Bezos. O foco da nova empresa seria o desenvolvimento de uma IA aplicada à engenharia e manufatura nos setores de computação, automotivo e aeroespacial.

O que é o Projeto Prometheus?

Enquanto muitos avanços recentes em IA são dominados por grandes modelos de linguagem (LLMs), o Projeto Prometheus estaria focado em um campo diferente: explorar a aplicação da tecnologia a tarefas físicas e científicas.

O plano seria construir modelos de IA que aprendem de maneiras mais complexas. Em vez de analisar apenas texto, esses sistemas poderiam aprender com o mundo físico. Apesar do perfil discreto mantido até agora, a startup já teria contratado quase 100 funcionários. Entre eles, estariam pesquisadores e engenheiros recrutados de laboratórios de ponta no setor de IA, como OpenAI, Google DeepMind e Meta.

Ao lado de Bezos, o co-fundador e co-CEO seria Vik Bajaj, um físico e químico com experiência em pesquisa e desenvolvimento. Bajaj trabalhou anteriormente no Google X, a divisão de pesquisa da Alphabet conhecida como “fábrica de projetos ambiciosos”, e dirigiu a Verily, empresa de tecnologia de saúde derivada dessa divisão.

Em 2018, Bajaj cofundou e dirigiu a Foresite Labs, uma incubadora para startups de IA e ciência de dados, cargo que teria deixado recentemente para focar no Projeto Prometheus.

Nova empresa entra na disputa da IA para competir em setores estratégicos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Mercado competitivo

A nova empresa de Bezos entra em um cenário de IA já intensamente disputado. A corrida pela supremacia tecnológica inclui os gigantes Google, Meta e Microsoft, além das já estabelecidas OpenAI e Anthropic.

O foco em IA para ciências físicas também não é exclusivo do Project Prometheus. Grandes laboratórios já atuam nesse campo: o Google DeepMind, por exemplo, teve dois pesquisadores premiados com o Nobel de Química pelo AlphaFold, sistema que prevê estruturas de proteínas e acelera a descoberta de novos medicamentos.

Além disso, uma onda de empresas menores vem tentando conquistar nichos específicos. O próprio Bezos investiu no ano passado na Physical Intelligence, outra startup que aplica IA à robótica. A nova iniciativa, contudo, representa um envolvimento direto e operacional do bilionário.

A data de fundação e a localização da sede do Projeto Prometheus ainda não foram divulgadas.
Jeff Bezos deve dividir comando de nova startup de IA com ex-Google

Jeff Bezos deve dividir comando de nova startup de IA com ex-Google
Fonte: Tecnoblog

Meta usará IA como critério de avaliação dos funcionários

Meta usará IA como critério de avaliação dos funcionários

Meta tenta impulsionar uso de IA internamente até para avaliações de desempenho (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Meta usará IA como critério de avaliação de desempenho dos funcionários a partir de 2026, focando em resultados e produtividade impulsionados por IA.
A empresa permitirá que funcionários utilizem IA, como o Metamate e o Gemini, para escrever autoavaliações e feedbacks, começando no ciclo de avaliações de dezembro.
A Meta busca uma cultura nativa de IA, com a iniciativa AI4P visando multiplicar a produtividade da equipe por cinco, abrangendo todos os setores.

A Meta vai adotar uma nova diretriz baseada em “impacto impulsionado por IA” nas avaliações de desempenho dos funcionários a partir de 2026. A mensagem, enviada nesta quinta-feira (13/11) e assinada pela chefe de pessoal da Meta, Janelle Gale, informou que os funcionários serão avaliados conforme o uso da inteligência artificial para entregar resultados e aumentar a produtividade.

Embora a métrica ainda não seja formal para as avaliações deste ano, no documento, obtido pelo Business Insider, Gale incentivou os trabalhadores a incluírem “vitórias movidas a IA” nas autoavaliações, garantindo que impactos excepcionais já sejam recompensados.

A mudança na empresa acompanha um movimento de outras gigantes de tecnologia, como Microsoft, Google e Amazon, que também estariam pressionando funcionários a usar mais IA.

IA para escrever a própria avaliação

Empresa usará IA desde o processo de contratação (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Para acelerar essa adoção, a Meta já havia reformulado seu processo de contratação, permitindo que candidatos usem IA em entrevistas de código, e lançou um jogo interno chamado “Level Up”.

“À medida que avançamos para um futuro nativo de IA, queremos reconhecer as pessoas que estão nos ajudando a chegar lá mais rápido”, escreveu Gale no memorando.

Além de avaliar o uso da IA, a empresa também vai usar a tecnologia para “facilitar” o próprio processo de avaliação para o ciclo de avaliações deste ano, que começa em 8 de dezembro. A companhia anunciou há poucos dias que utilizará o AI Performance Assistant (Assistente de Desempenho de IA, em tradução livre).

Segundo o memorando, os funcionários poderão usar o assistente interno Metamate e até mesmo o Gemini, do Google, para ajudar a redigir seus textos de autoavaliação e feedback.

Cultura nativa de IA na Meta

Inteligência artificial virou recurso indispensável de produtividade na Meta (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Em outubro, o vice-presidente de metaverso da Meta, Vishal Shah, já havia falado sobre uma iniciativa interna chamada AI4P (AI for Productivity), que tem como meta multiplicar a produtividade da equipe por cinco, indo além de “pequenas melhorias”.

O objetivo, segundo comunicado, era fazer da IA “um hábito, não uma novidade” para todos os setores — não apenas engenharia. A ambição, segundo ele, era que a IA acelerasse processos criativos e técnicos.
Meta usará IA como critério de avaliação dos funcionários

Meta usará IA como critério de avaliação dos funcionários
Fonte: Tecnoblog

Firefox terá assistente de IA, mas Mozilla promete uso opcional e separado

Firefox terá assistente de IA, mas Mozilla promete uso opcional e separado

AI Window ainda não tem data para chegar (imagem: divulgação)

Resumo

O Firefox terá um assistente de IA que será opcional e rodará em uma janela separada do navegador.
A Mozilla promete que a AI Window será desenvolvida de forma aberta, com participação da comunidade, mantendo o controle do usuário.
O Firefox já possui ferramentas de IA, como resumo de páginas no iPhone e assistentes na barra lateral do desktop.

O Firefox terá um novo modo para navegação, com assistente de inteligência artificial integrado, chamado AI Window. Como o nome indica, ele rodará em uma janela separada do browser, sendo totalmente opcional.

A desenvolvedora não mostrou o recurso na prática. Ela descreve a AI Window como um “espaço novo, inteligente e controlado pelo usuário” que permitirá “conversar com um assistente de IA e obter ajuda enquanto navega”.

“Enquanto outras empresas estão construindo experiências de IA que mantêm você preso em uma conversa, nós vislumbramos um caminho diferente, em que a IA serve como uma companheira confiável”, diz o anúncio feito pela Mozilla nesta quinta-feira (13/11).

A Mozilla promete que a AI Window será construída de modo aberto, em discussão com a comunidade de usuários — o Firefox, vale lembrar, é um projeto open source. “No Firefox, você nunca estará preso a um ecossistema ou terá uma IA obrigatória. Você decide quando, como ou se vai usar”, afirma a desenvolvedora.

A AI Window ainda não tem data para chegar — por enquanto, tudo o que a organização disponibilizou foi um formulário para que interessados se cadastrem e recebam novidades, incluindo a chance de testar a ferramenta quando ela estiver em estágio mais avançado.

Mozilla tenta achar meio-termo para IA

Ao longo dos últimos meses, o Firefox tem recebido algumas ferramentas baseadas em inteligência artificial.

A versão para iPhone, por exemplo, resume o conteúdo da página aberta ao chacoalhar o celular (mas só em inglês, por enquanto). Enquanto isso, no desktop, é possível acessar alguns assistentes utilizando a barra lateral (como Claude, ChatGPT, Copilot e Gemini), mas sem que eles vejam o que está no navegador.

A organização parece querer se posicionar de forma equilibrada em relação à IA, entre os navegadores que querem fazer tudo com agentes (Atlas, Opera Neon, Dia, Comet) e os que querem distância dos robôs (Vivaldi).

ChatGPT Atlas ajudando a redigir um e-mail (imagem: reprodução/OpenAI)

“Nosso foco é fazer o melhor navegador, o que inclui reconhecer que cada um tem suas necessidades. Para alguns, a IA é parte do dia a dia. Para outros, é útil apenas ocasionalmente. E muitos estão somente curiosos sobre o que ela pode oferecer, mas não sabem por onde começar”, escreve a Mozilla. “Qualquer que seja sua escolha, com o Firefox, você está no controle.”

Apesar do discurso de cautela, a organização não rejeita a IA totalmente. “Acreditamos que ficar parado enquanto a tecnologia progride não é benéfico para a web ou para a humanidade. É por isso que assumimos a responsabilidade de moldar como a IA se integra à web”, pondera.

Com informações da Mozilla, do Thurrott e do Verge
Firefox terá assistente de IA, mas Mozilla promete uso opcional e separado

Firefox terá assistente de IA, mas Mozilla promete uso opcional e separado
Fonte: Tecnoblog

NotebookLM: IA do Google para estudos acaba de ficar mais inteligente

NotebookLM: IA do Google para estudos acaba de ficar mais inteligente

NotebookLM agora funciona com a Deep Research (imagem: reprodução/Google)

Resumo

Deep Research chega ao Google NotebookLM para permitir pesquisas detalhadas e organizadas;

Serviço também melhora compatibilidade com Google Sheets, PDFs, DOCX e imagens;

Novidades estão disponíveis para todos os usuários, inclusive no Brasil.

Uma das ferramentas de IA mais interessantes do Google acaba de ficar mais… interessante. Funcionando como um caderno inteligente de notas, o NotebookLM agora é compatível com a Deep Research, recurso criado originalmente para o Gemini que funciona como um assistente pessoal de pesquisa.

Para completar, o Google está adicionando ao NotebookLM compatibilidade com o serviço Planilhas Google (Google Sheets), bem como integração com arquivos DOCX ou PDF armazenados diretamente no Google Drive.

Por que a integração do NotebookLM com a Deep Research é relevante?

O NotebookLM é um serviço lançado pelo Google em 2023 que usa inteligência artificial generativa para ajudar o usuário a organizar, resumir e acessar informações, funcionando como um caderno digital e inteligente de notas.

A ferramenta é útil para estudantes ou para quem trabalha com uma grande variedade de informações, por exemplo. As utilidades do NotebookLM aumentam à medida que o Google acrescenta recursos ao serviço, a exemplo da função que gera resumos em vídeo (até então, os resumos eram gerados apenas em texto e áudio).

Nesse sentido, a Deep Research chega para permitir que o usuário tenha uma espécie de agente no NotebookLM capaz de fazer pesquisas que produzem resultados detalhados e organizados, como o próprio Google explica:

A Deep Research pega a sua pergunta, cria um plano de pesquisa e navega por centenas de sites para você, refinando a busca à medida que aprende. Em poucos minutos, ela gera um relatório organizado, aprofundado e baseado em fontes confiáveis.

Os conteúdos gerados via Deep Research ainda podem ser refinados com fontes adicionadas pelo usuário. Depois disso, o usuário pode resumir os resultados em texto, áudio ou vídeo, conforme a sua necessidade ou conveniência.

Vale relembrar que, entre o conteúdo complementar que pode ser adicionado, agora estão arquivos PDF e DOCX armazenados no Google Drive, bem como imagens que o usuário tem em seu computador ou dispositivo móvel.

Deep Research no Google NotebookLM (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

A Deep Research já está disponível no NotebookLM?

Sim, para todos os usuários, inclusive no Brasil. Para acessar a novidade, basta abrir ou criar um caderno no NotebookLM e ir em “Pesquise novas fontes na web”. Por fim, clique ou toque no botão mais abaixo para selecionar entre “Pesquisa rápida” (tradicional) e “Deep Research” (o novo recurso).
NotebookLM: IA do Google para estudos acaba de ficar mais inteligente

NotebookLM: IA do Google para estudos acaba de ficar mais inteligente
Fonte: Tecnoblog

OpenAI contesta ordem judicial para entregar 20 milhões de conversas do ChatGPT

OpenAI contesta ordem judicial para entregar 20 milhões de conversas do ChatGPT

OpenAI enfrenta decisão judicial para entregar milhões de conversas (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

OpenAI tenta reverter uma ordem judicial que exige a entrega de 20 milhões de logs de conversas anonimizadas do ChatGPT.
A ordem judicial afirma que a privacidade será protegida por desidentificação exaustiva e outras salvaguardas.
O processo original acusa a OpenAI de usar indevidamente artigos jornalísticos para treinar o ChatGPT.

A OpenAI está tentando reverter judicialmente uma ordem que a obriga a entregar 20 milhões de logs de conversas anonimizadas do ChatGPT. A empresa entrou com o pedido ontem (12/11), argumentando que a entrega dos dados viola a privacidade dos usuários.

No pedido feito ao tribunal, a OpenAI afirma que “99,99%” das transcrições, solicitadas pelo New York Times em um processo sobre direitos autorais, não têm relação com o caso. A empresa alertou que a ordem afeta qualquer pessoa no mundo que usou o ChatGPT nos últimos três anos, que agora “deve enfrentar a possibilidade de que suas conversas pessoais sejam entregues ao Times”.

Provas de reprodução ilegal de conteúdo

ChatGPT estaria usando matérias de veículos de imprensa sem pagar (imagem: reprodução)

O processo original acusa a OpenAI de usar indevidamente milhões de artigos de veículos de imprensa para treinar os modelos que alimentam o ChatGPT. Vale lembrar que o NYT não se opõe completamente ao uso do conteúdo para treinamento de IA — desde que sejam pagos para isso, como no acordo fechado com a Amazon.

Neste caso, os veículos argumentam que os 20 milhões de logs de chat são necessários para:

Determinar se o ChatGPT está, de fato, reproduzindo conteúdo protegido por direitos autorais;

Rebater a alegação da OpenAI de que os jornais “hackearam” o chatbot para fabricar evidências.

Um porta-voz do NYT discorda sobre a privacidade dos usuários estar em risco, e afirma que o post no blog da OpenAI sobre o caso engana os usuários “propositalmente” e “omite os fatos”.

Segundo ele, a ordem judicial exige que a própria OpenAI forneça uma amostra de chats “anonimizados pela própria OpenAI”, protegidos por uma ordem legal.

O que a Justiça decidiu?

A ordem original foi emitida pela juíza Ona Wang. A magistrada afirmou, em decisão, que a privacidade dos usuários estaria protegida pela “desidentificação exaustiva” que a OpenAI realizaria nos dados, além de outras salvaguardas.

O prazo estipulado pela juíza para que a OpenAI entregue as transcrições termina nesta sexta-feira (14/11). No Brasil, a companhia enfrenta um processo parecido, movido pela Folha de S.Paulo em agosto deste ano.
OpenAI contesta ordem judicial para entregar 20 milhões de conversas do ChatGPT

OpenAI contesta ordem judicial para entregar 20 milhões de conversas do ChatGPT
Fonte: Tecnoblog

Amazon libera IA para traduzir ebooks de autores independentes

Amazon libera IA para traduzir ebooks de autores independentes

Amazon conta com plataforma para autopublicação (foto: Laura Canal/Tecnoblog)

Resumo

A Amazon lançou o Kindle Translate para tradução automática de ebooks no KDP, disponível em espanhol, inglês e alemão, sem custo para autores.
Menos de 5% dos títulos na Amazon estão em múltiplos idiomas; o Kindle Translate visa aumentar essa porcentagem.
A Amazon limita uploads de livros a três por dia para evitar abusos com ebooks gerados por IA.

A Amazon lançou uma nova inteligência artificial chamada Kindle Translate. Com ela, autores que usam a plataforma de autopublicação Kindle Direct Publishing (KDP) poderão traduzir suas obras automaticamente, sem custo.

Inicialmente, a ferramenta estará disponível para traduzir do inglês para o espanhol, do espanhol para o inglês e do alemão para o inglês. A Amazon afirma que o resultado final será automaticamente avaliado para garantir a precisão antes da publicação. Também haverá um selo “Kindle Translate” nos ebooks que usaram a ferramenta.

Ferramenta de tradução com IA não tem custos para escritores (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A empresa diz que menos de 5% dos títulos em seu site estão disponíveis em múltiplos idiomas e que isso tende a melhorar com o Kindle Translate.

Para quem escreve, isso deve ser importante até mesmo para se sustentar. Obras disponíveis no Kindle Unlimited, por exemplo, rendem ao autor alguns centavos por página lida. Por isso, chegar a novos públicos pode ajudar a pagar as contas no fim do mês.

IA traz ferramentas (e abusos) para os livros da Amazon

A tradução automática se junta às narrações feitas por IA para a plataforma Audible, da Amazon. Lançada em novembro de 2023, a ferramenta foi celebrada pelos escritores que usam a plataforma de autopublicação, já que os audiolivros podem ser uma nova fonte de receita.

Por outro lado, locutores passaram a se preocupar com o futuro de seus empregos, e ouvintes questionaram a qualidade das gravações. Até mesmo alguns autores se mostraram incomodados, temendo que obras mais pessoais ou autobiográficas recebessem narrações sem a emoção necessária.

Os aparelhos Kindle também ganharam recursos com auxílio dos modelos de linguagem, como recapitulação de livros anteriores de uma série.

Ao mesmo tempo, a Amazon precisa lidar com os efeitos negativos da IA. A companhia precisou limitar o upload de livros a um máximo de três por dia, para impedir abusos: pessoas estavam gerando grandes quantidades de ebooks e inundando a loja para tentar ganhar dinheiro sem grandes esforços.

Com informações do The Verge
Amazon libera IA para traduzir ebooks de autores independentes

Amazon libera IA para traduzir ebooks de autores independentes
Fonte: Tecnoblog

Tinder quer acessar suas fotos para achar um par ideal

Tinder quer acessar suas fotos para achar um par ideal

Tinder quer que IA te ajude a dar match (imagem: Unsplash/Good Faces Agency)

Resumo

Tinder está testando o recurso “Química”, que usa IA para analisar fotos e sugerir matches baseados em traços de personalidade.
A ferramenta visa reduzir a “fadiga do swipe” e está sendo testada na Nova Zelândia e Austrália, sem previsão de lançamento global.
O Match Group, responsável pelo app, aposta na IA para personalizar encontros online e reverter a queda de assinantes.

O Tinder está experimentando uma nova ferramenta chamada “Química”, baseada em inteligência artificial. A função promete entender melhor quem você é a partir das fotos do seu celular: ela analisa as imagens salvas no rolo de câmera e faz perguntas interativas para identificar preferências e traços de personalidade, ajudando o app a sugerir pares mais compatíveis.

Segundo o TechCrunch, o recurso foi apresentado em uma reunião com investidores, na qual o CEO Spencer Rascoff afirmou que será “um dos principais pilares da experiência do Tinder em 2026”. A estratégia do Match Group, empresa responsável pelo app, pretende reverter a queda no número de assinantes, registrada há nove trimestres consecutivos.

Por enquanto, a novidade está em fase de testes na Nova Zelândia e Austrália, e deve chegar a outros países nos próximos meses, mas ainda não há previsão de lançamento global.

IA para escolher seu par e olhar suas fotos?

A proposta da função Química seria reduzir a chamada “fadiga do swipe” — o cansaço causado por passar horas deslizando perfis sem encontrar alguém compatível.

Para isso, o Tinder afirma que usará a IA para analisar elementos das fotos, como locais e atividades retratadas, e cruzar essas informações com as respostas dos usuários às perguntas interativas.

Na prática, isso significa que, se alguém tiver várias fotos praticando esportes ao ar livre, por exemplo, o app pode sugerir perfis de pessoas com o mesmo estilo de vida. A tecnologia, no entanto, depende da autorização para acessar as imagens armazenadas no dispositivo.

Tinder testa novas funções de inteligência artificial no app (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Tinder aposta em IA para recuperar assinantes

Além do recurso Química, o Tinder tem investido em outras ferramentas baseadas em IA. Um dos sistemas mais recentes usa aprendizado de máquina para alertar usuários antes do envio de mensagens potencialmente ofensivas, com a pergunta: “Tem certeza?”. Outro recurso ajuda a escolher quais fotos usar no perfil, com base nas que têm mais chances de atrair interações.

Essas novidades chegam em meio a um cenário desafiador para o app. No terceiro trimestre deste ano, a receita do Tinder caiu 3% em relação a 2023, enquanto o número de usuários pagantes diminuiu 7%. O Match Group também projetou uma perda de cerca de US$ 14 milhões na receita direta do Tinder no quarto trimestre, devido aos testes com novos produtos.

Apesar disso, o grupo acredita que o uso da IA é essencial para “tornar os encontros online mais personalizados e relevantes”. A nova ferramenta ainda não tem data de lançamento global, mas pode ganhar mais detalhes durante o Mobile World Congress (MWC), que ocorre em fevereiro.
Tinder quer acessar suas fotos para achar um par ideal

Tinder quer acessar suas fotos para achar um par ideal
Fonte: Tecnoblog

Apple deve pagar US$ 1 bilhão por ano para usar IA do Google na Siri

Apple deve pagar US$ 1 bilhão por ano para usar IA do Google na Siri

Siri é a assistente virtual disponível em dispositivos da Apple (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Apple deve fechar um contrato de US$ 1 bilhão por ano com o Google para usar o Gemini no desenvolvimento da nova Siri.

Segundo a Bloomberg, o modelo do Google substituirá temporariamente os sistemas internos da Apple.

A parceria deve ser discreta e seguir até que a Apple desenvolva modelos de IA que suportem as tarefas.

A Apple deve fechar um contrato bilionário com o Google para utilizar o modelo de inteligência artificial Gemini no desenvolvimento da nova Siri. Segundo Mark Gurman, da Bloomberg, o acordo prevê o pagamento de US$ 1 bilhão por ano ao Google e também inclui o uso do sistema da Alphabet como base para aprimorar a Siri, cuja reformulação é prevista para 2026.

A decisão representa uma mudança estratégica para a empresa de Cupertino, que vem tentando acelerar sua presença no setor de IA generativa. À Bloomberg, fontes próximas ao assunto afirmam que o modelo Gemini usado terá 1,2 trilhão de parâmetros e substituirá temporariamente os modelos internos da Apple.

O sistema deve oferecer uma capacidade muito maior de processar informações e entender o contexto das solicitações dos usuários.

Por que a Apple decidiu recorrer ao Google?

Após testar modelos de outras empresas, incluindo o ChatGPT da OpenAI e o Claude da Anthropic, a Apple teria optado pelo Gemini por seu desempenho superior em tarefas complexas. A intenção, segundo a Bloomberg, é usar a tecnologia do Google como uma solução provisória enquanto a empresa trabalha em seu próprio modelo.

Internamente, o projeto é conhecido como “Glenwood”, e é liderado por Mike Rockwell, criador do headset Vision Pro, e Craig Federighi, chefe de engenharia de software. O novo assistente de voz — com codinome “Linwood” — é planejado para o iOS 26.4.

O acordo prevê que o Gemini seja responsável por funções de resumo e planejamento, que permitem à Siri sintetizar informações e executar tarefas mais complexas. Outros recursos continuarão a operar com modelos desenvolvidos pela própria Apple.

A infraestrutura deve ser executada nos servidores Private Cloud Compute da companhia, mantendo os dados dos usuários isolados da rede do Google.

Parceria silenciosa

Apple Intelligence chegou aos dispositivos brasileiros em março (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Apesar da dimensão do acordo, a Apple não deve divulgar amplamente a colaboração. Segundo Gurman, a ideia é tratar o Google apenas como um fornecedor de tecnologia nos bastidores, diferentemente do acordo que tornou o buscador padrão do Safari.

Para o Google, o contrato reforça a influência do Gemini 2.5 Pro, atualmente um dos modelos mais bem avaliados do mercado. Já para a Apple, representa uma tentativa de recuperar o terreno perdido na corrida da IA.

A promessa é desenvolver, nos próximos anos, um modelo próprio de 1 trilhão de parâmetros, capaz de competir com o sistema do Google. O atraso nas funções de IA da Siri, porém, já obrigou a empresa a rever a campanha do iPhone 16.
Apple deve pagar US$ 1 bilhão por ano para usar IA do Google na Siri

Apple deve pagar US$ 1 bilhão por ano para usar IA do Google na Siri
Fonte: Tecnoblog

Amazon processa Perplexity e quer impedir compras feitas por robôs de IA

Amazon processa Perplexity e quer impedir compras feitas por robôs de IA

Amazon proíbe robôs em seus termos de uso (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Amazon processou a Perplexity para impedir o uso de agentes de IA para compras, alegando fraude e violação dos termos de uso.
A Perplexity acusa a Amazon de bullying para limitar a concorrência e as opções dos consumidores.
O caso pode estabelecer um precedente legal sobre o uso de IAs para navegação e compras online.

A Amazon entrou com uma ação judicial para impedir que o navegador Comet, da Perplexity, use agentes de inteligência artificial para fazer compras na loja. A gigante da tecnologia considera que a startup comete fraude eletrônica ao não identificar que o pedido está sendo realizado por um sistema automático.

“O pedido da Amazon é simples: a Perplexity deve ser transparente ao empregar sua inteligência artificial. Assim como qualquer outro invasor, a Perplexity não tem permissão para acessar áreas que foram explicitamente proibidas. O fato de ela usar código em vez de ferramentas para quebrar a segurança não faz com que a prática seja menos ilegal”, diz o documento enviado pela Amazon ao tribunal.

Comet tem assistente de IA que promete facilitar tarefas complexas (imagem: divulgação)

Segundo fontes consultadas pela Bloomberg, a briga começou antes do processo: a Amazon enviou, na sexta-feira passada (31/10), uma carta solicitando que a Perplexity interrompesse esse recurso. No documento, a big tech argumenta que os agentes de IA pioram a experiência de compras em seu site e criam vulnerabilidades de segurança. O robô violaria os termos de uso do e-commerce.

Perplexity acusa Amazon de “bullying”

Em resposta, a Perplexity declarou que a ação “apenas prova que a Amazon pratica bullying”. Em um comunicado publicado em seu blog, a startup acusa a gigante do varejo de impedir uma IA concorrente e reduzir as opções dos consumidores.

Aravind Srivinas, CEO da Perplexity, disse que a startup não está coletando dados da Amazon, muito menos usando informações para treinar seus modelos de IA. Ele afirma ainda que a intenção da varejista é impedir que os usuários possam driblar os anúncios exibidos na loja online.

Futuro dos agentes de IA está em jogo

O resultado do processo pode definir um precedente legal sobre o que IAs desse tipo podem fazer. Gigantes como Google e OpenAI têm apostado em ferramentas para navegar na internet usando apenas prompts escritos em linguagem natural.

Os agentes de IA prometem ser capazes de assumir tarefas dos usuários. Por exemplo: em vez de entrar em uma loja online, encontrar os produtos desejados, colocar no carrinho e fechar a compra, o consumidor poderia simplesmente escrever “compre os itens X, Y e Z na loja XPTO”. (Spoiler: na prática, isso ainda não funciona tão bem.)

O contexto do processo movido pela Amazon é um pouco mais complexo. A varejista passou a oferecer, em abril de 2025, uma ferramenta chamada Buy For Me (“compre para mim”, em tradução livre), que usa IA para realizar compras diretamente em lojas de marcas, sem que seja necessário sair do aplicativo. Outro recurso é o assistente Rufus, que pode navegar no site, recomendar produtos e colocar itens no carrinho.

Como observa a Bloomberg, os termos de uso do site da Amazon proíbem “qualquer uso de mineração de dados, robôs ou ferramentas similares de extração e coleta de dados”.

Fontes ouvidas pela publicação dizem que, em novembro de 2024, a varejista pediu à Perplexity que suspendesse agentes de IA capazes de fazer compras até que as duas empresas chegassem a um acordo. Na ocasião, a startup concordou.

Com informações da Bloomberg
Amazon processa Perplexity e quer impedir compras feitas por robôs de IA

Amazon processa Perplexity e quer impedir compras feitas por robôs de IA
Fonte: Tecnoblog

Chefe de IA da Microsoft defende que só seres biológicos podem ter consciência

Chefe de IA da Microsoft defende que só seres biológicos podem ter consciência

Mustafa Suleyman reforça que apenas seres biológicos podem ter consciência (imagem: reprodução/Christopher Wilson)

Resumo

O chefe de IA da Microsoft, Mustafa Suleyman, defende que apenas seres biológicos podem ter consciência e critica a busca por IA consciente.
Suleyman apoia-se no “naturalismo biológico” de John Searle, que afirma que a consciência depende de processos biológicos.
Durante a AfroTech Conference, Suleyman destacou que a Microsoft não pretende criar chatbots com fins eróticos e apresentou o modo Real Talk do Copilot, que desafia o usuário.

O principal executivo de inteligência artificial da Microsoft, Mustafa Suleyman, reacendeu o debate sobre os limites da tecnologia ao afirmar que apenas seres biológicos são capazes de possuir consciência. Durante o evento AfroTech Conference, realizado nos Estados Unidos, o cofundador da DeepMind declarou que pesquisadores e desenvolvedores deveriam abandonar projetos que tentam atribuir características humanas às máquinas.

Segundo Suleyman, em entrevista à CNBC, discutir se a inteligência artificial pode desenvolver consciência é uma abordagem equivocada. Para ele, “se você fizer a pergunta errada, chegará à resposta errada. Acho que é a pergunta totalmente errada.” O executivo ressalta que sistemas de IA podem simular emoções, mas não possuem experiências reais, como dor ou sofrimento.

Máquinas inteligentes, mas sem emoções

Suleyman, que assumiu a divisão de IA da Microsoft em 2024, é uma das vozes mais críticas em relação à noção de que algoritmos possam ter consciência. Ele explica que há uma diferença essencial entre um sistema que simula emoções e um ser que realmente as sente.

“Nossa experiência física de dor é algo que nos deixa muito tristes e nos faz sentir péssimos, mas a IA não se sente triste quando experimenta ‘dor’”, afirmou. “Trata-se apenas de criar a percepção, a narrativa aparente da experiência, de si mesma e da consciência, mas não é isso que ela realmente experimenta.”

A posição de Suleyman se apoia em uma teoria filosófica chamada “naturalismo biológico”, proposta por John Searle, segundo a qual a consciência depende de processos biológicos presentes apenas em cérebros vivos. “A razão pela qual concedemos direitos às pessoas hoje é porque não queremos prejudicá-las, porque elas sofrem. Elas têm uma rede de dor e preferências que envolvem evitar a dor. Esses modelos não têm isso. É apenas uma simulação”, completou.

Debate sobre consciência em IA ganha força (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O debate: devemos tentar criar IA consciente?

Apesar de dizer que não pretende impedir outros de estudarem o tema, Suleyman reforçou que considera absurda a ideia de perseguir pesquisas sobre consciência em máquinas. “Elas não são conscientes”, resumiu.

O executivo tem usado suas aparições públicas para alertar sobre os riscos desse tipo de abordagem. Ele já reiterou, por exemplo, que a Microsoft não pretende criar chatbots com fins eróticos — uma decisão que vai na contramão de iniciativas de empresas como a xAI e OpenAI.

Durante a AfroTech, Suleyman comentou ainda sobre um novo modo do Copilot chamado Real Talk, que tem a função de desafiar o usuário em vez de apenas concordar. Ele revelou que o recurso chegou a “provocá-lo”, chamando-o de “um amontoado de contradições” por alertar sobre os perigos da IA enquanto impulsiona seu desenvolvimento dentro da Microsoft.

“Aquele foi um caso de uso mágico porque, de certa forma, eu me senti compreendido por isso”, brincou. “É decepcionante em alguns aspectos e, ao mesmo tempo, totalmente mágica. E se você não tem medo dela, você realmente não a entende. Você deveria ter medo dela. O medo é saudável. O ceticismo é necessário. Não precisamos de aceleracionismo desenfreado.”

Chefe de IA da Microsoft defende que só seres biológicos podem ter consciência

Chefe de IA da Microsoft defende que só seres biológicos podem ter consciência
Fonte: Tecnoblog