Category: Inteligência Artificial

Google NotebookLM ganha resumos em vídeo em português

Google NotebookLM ganha resumos em vídeo em português

NotebookLM oferece resumos em vídeo em 80 idiomas (imagem: divulgação/Google)

Resumo

NotebookLM agora pode gerar resumos em vídeos em português do Brasil e mais 80 idiomas.
A IA do Google para estudos também passa a gerar resumos em áudio em português, com discussões completas e análises mais detalhadas.
Atualização está sendo liberada gradualmente e deve chegar a todos os usuários.

O Google NotebookLM, IA de apoio aos estudos e à organização de informações, agora oferece resumos em vídeo em português do Brasil e mais outros 80 idiomas. A novidade foi anunciada ontem (25/08) e amplia o alcance do recurso que até então estava restrito ao inglês.

Além disso, os resumos em áudio também receberam melhorias. Em vez de versões curtas, os usuários poderão ouvir conteúdos mais extensos, detalhados e próximos da experiência já oferecida em inglês. A atualização deve permitir uma compreensão mais completa das fontes reunidas nos cadernos digitais da plataforma.

Para que servem os resumos do NotebookLM?

NotebookLM recebe melhorias nos resumos em áudio (imagem: divulgação/Google)

Os chamados Overviews funcionam como cadernos inteligentes turbinados com IA, que sintetizam informações armazenadas pelo usuário. O recurso pode ser útil para quem quer entender rapidamente os principais conceitos de um material sem precisar percorrer todo o conteúdo original.

Com a adição dos resumos em vídeo, no final de julho, o NotebookLM se tornou capaz de transformar textos densos em slides narrados. Segundo o Google, estudantes, pesquisadores e até entusiastas de novos temas podem se beneficiar da novidade, seja para revisar aulas extensas, compreender pesquisas acadêmicas ou simplificar tutoriais complexos.

O que muda nos resumos em áudio?

Até então, os áudios ofereciam versões resumidas, com foco apenas em pontos destacados. Com a atualização, eles passam a apresentar discussões completas, conectando ideias de diferentes fontes e fornecendo análises mais profundas. Assim como nos vídeos, esse avanço também cobre mais de 80 idiomas, incluindo o português.

Apesar da ampliação, a plataforma ainda manterá a possibilidade de gerar resumos mais curtos, voltados para situações em que o usuário precise apenas de uma visão rápida. Dessa forma, cada pessoa poderá escolher entre um conteúdo detalhado ou uma versão compacta, de acordo com a sua necessidade.

As mudanças começaram a ser liberadas globalmente nesta semana e devem chegar a todos os usuários nos próximos dias.

Google NotebookLM ganha resumos em vídeo em português

Google NotebookLM ganha resumos em vídeo em português
Fonte: Tecnoblog

Após pressão, banco australiano desiste de trocar funcionários por IA

Após pressão, banco australiano desiste de trocar funcionários por IA

Bot de voz motivou cortes no Commonwealth Bank of Australia (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Commonwealth Bank of Australia, maior banco do país, reverteu a demissão de 45 funcionários após pressão do Sindicato do Setor Financeiro.
A instituição reconheceu erro na avaliação inicial.
Os funcionários podem escolher permanecer, ser realocados internamente ou optar pelo desligamento voluntário.

O Commonwealth Bank of Australia (CBA), maior banco do país, voltou atrás na decisão de dispensar 45 funcionários do setor de atendimento que seriam substituídos por uma nova inteligência artificial. A reversão foi anunciada na última quinta-feira (21/08), após ação movida pelo Sindicato do Setor Financeiro (FSU, na sigla em inglês) no tribunal de relações trabalhistas australiano (Fair Work Commission).

O sindicato alegou falta de transparência da instituição financeira, que justificou os cortes afirmando que um novo “bot” estava reduzindo as chamadas recebidas em cerca de 2.000 por semana.

Segundo o FSU, o volume de ligações cresceu, levando o banco a oferecer horas extras para atender ao fluxo de clientes, contrariando a justificativa para as demissões.

Banco admite erro em avaliação

À Bloomberg, um porta-voz do CBA admitiu que a avaliação inicial foi falha e “não levou em conta adequadamente todas as considerações comerciais relevantes”. A instituição, que emprega mais de 51.000 pessoas, também pediu desculpas aos funcionários impactados e reconheceu que deveria ter realizado uma análise mais criteriosa.

Foram oferecidas três opções aos 45 funcionários que seriam desligados: permanecer nas funções atuais; buscar uma realocação dentro da empresa; ou optar pelo desligamento voluntário. A decisão foi celebrada pelo Sindicato do Setor Financeiro como uma “vitória enorme”.

Funcionários afetados terão opção de manter cargos no banco (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O caso reforça o debate sobre o impacto da IA no mercado de trabalho e acontece pouco depois do Commonwealth Bank of Australia anunciar uma parceria com a OpenAI, dona do ChatGPT, para integrar tecnologias avançadas para clientes e funcionários.

Instituições financeiras em todo o mundo estão explorando o uso da tecnologia para otimizar operações, reduzir custos e melhorar a experiência do cliente. Contudo, a transição tem gerado incertezas sobre a segurança dos empregos.

Um relatório da Bloomberg Intelligence, divulgado em agosto de 2025, projetou que até 200.000 empregos poderiam ser cortados no setor bancário global nos próximos três a cinco anos, à medida que a IA assume tarefas hoje executadas por humanos.

No Brasil, bancos já aderem à IA

Bancos têm investido em automação e IA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A IA já é usada por bancos brasileiros para digitalizar serviços e otimizar atendimento, até o momento sem casos de demissões em massa. O objetivo declarado pelas instituições é aumentar a eficiência e liberar os funcionários humanos para tarefas mais complexas.

Chatbots e algoritmos têm ajudado em transações, análise de crédito e prevenção de fraudes, mas sindicatos já acompanham o tema temendo cortes de empregos.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), por outro lado, defendeu que a tecnologia cria novas oportunidades, e que o setor tem investido na capacitação de colaboradores para atuar nesse novo cenário.

Com informações da Bloomberg
Após pressão, banco australiano desiste de trocar funcionários por IA

Após pressão, banco australiano desiste de trocar funcionários por IA
Fonte: Tecnoblog

Apple pode adotar o Gemini do Google em nova versão da Siri

Apple pode adotar o Gemini do Google em nova versão da Siri

Nova versão da Siri poderá ser lançada no próximo ano (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Apple estuda integrar IA do Google em uma versão futura da Siri, usando modelos como o Gemini.
A empresa também considera alternativas com Anthropic e OpenAI, explorando o uso do Claude e ChatGPT para melhorar a assistente.
A mudança pode impactar a privacidade e a relação entre Apple e Google, que já envolve uma colaboração com o Safari.

A Apple estaria considerando usar modelos de inteligência artificial do Google em uma futura versão da Siri. A iniciativa faria parte de uma estratégia mais ampla para recuperar espaço no campo da IA generativa, em que a empresa teria entrado depois de concorrentes e enfrentado dificuldades em avançar.

De acordo com pessoas familiarizadas com assunto, ouvidas pela agência Bloomberg, a companhia teria se aproximado do Google para avaliar a criação de um modelo customizado baseado no Gemini, que rodaria nos servidores da própria Apple.

Caso o projeto fosse adiante, a nova Siri poderia ser lançada no próximo ano. Em paralelo, a empresa também teria explorado alternativas com a Anthropic e a OpenAI, cogitando o uso do Claude ou ChatGPT como possíveis motores da assistente.

Siri pode mesmo migrar para modelos externos?

Ainda não há uma definição sobre o caminho a seguir. A Apple estaria avaliando duas versões distintas: uma, chamada de Linwood, apoiada em modelos internos; outra, batizada de Glenwood, que usaria tecnologia de terceiros. Essa espécie de “disputa interna” ajudaria a decidir se a companhia continuaria investindo em seus próprios sistemas ou se buscaria apoio externo.

Executivos envolvidos no projeto — como Craig Federighi, chefe de software, e Mike Rockwell, responsável pelo Vision Pro — estariam defendendo que uma parceria poderia acelerar a correção de limitações da Siri e viabilizar funções que haviam sido prometidas, mas adiadas por problemas técnicos. A atualização da assistente, inicialmente prevista para o último ano, teria sido empurrada para frente por falhas de engenharia.

Siri poderia receber um avanço significativo (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Impactos de uma parceria com o Google

Um eventual acordo se somaria à já existente colaboração entre Apple e Google, que envolve o uso do buscador como padrão no Safari em troca de bilhões de dólares anuais. Essa relação, contudo, estaria sob escrutínio do Departamento de Justiça dos EUA por questões antitruste, o que poderia adicionar complexidade a um novo entendimento.

Para os usuários, a adoção do Gemini poderia significar uma Siri mais avançada em compreensão de linguagem e execução de tarefas, além de maior integração com os recursos do Apple Intelligence.

No entanto, a mudança também levantaria questionamentos sobre privacidade, já que a empresa tradicionalmente buscaria manter o controle sobre os modelos que rodam diretamente nos dispositivos. Fontes indicam que, caso a parceria fosse confirmada, os modelos externos seriam processados em servidores privados da Apple, e não nos aparelhos dos consumidores.

Enquanto isso, a equipe interna de modelos da companhia enfrentaria turbulências. O arquiteto-chefe Ruoming Pang teria deixado a empresa rumo à Meta com uma remuneração milionária, e vários colegas também estariam buscando novas oportunidades.

Ainda que nada esteja definido, apenas a possibilidade de integração com o Gemini já movimentou o mercado, com alta nas ações da Apple do Google nos Estados Unidos. Analistas avaliam que, embora a empresa da maçã raramente seja a primeira a adotar novas tecnologias, sua estratégia costuma envolver movimentos calculados para entregar produtos considerados mais maduros.
Apple pode adotar o Gemini do Google em nova versão da Siri

Apple pode adotar o Gemini do Google em nova versão da Siri
Fonte: Tecnoblog

Como criar um site para o seu negócio em minutos usando IA

Como criar um site para o seu negócio em minutos usando IA

HostGator também tem chat, hospedagem, e-mail e muito mais (imagem: divulgação/HostGator)

Criar um site pode parecer complicado, mas a HostGator quer facilitar essa tarefa: a empresa lançou seu novo Criador de Sites com Inteligência Artificial, que permite colocar sua página no ar em poucos minutos, mesmo se você não tiver experiência em programação.

O recurso já vem incluído em qualquer plano de hospedagem de sites da empresa, sem custo extra. Isso também vale para os planos ativos – ou seja, se você já é cliente, pode começar agora mesmo.

Criador permite edições com método arrasta-e-solta, de forma intuitiva (imagem: divulgação/HostGator)

Pensado para quem está começando

O Criador de Sites com IA é voltado para quem quer dar os primeiros passos na internet, como pequenos empreendedores, autônomos ou profissionais liberais. É ideal para quem só tem perfis nas redes sociais, como Instagram e Facebook, e nunca pensou em marketing digital. Com a ferramenta, fica fácil criar um site bonito e funcional com poucos cliques.

Três jeitos diferentes de criar

Um dos pontos mais interessantes é que o Criador de Sites com IA oferece três formas de iniciar o projeto.

1. Conectar à conta do Google

Ao conectar sua conta do Google Meu Negócio, o Criador de Sites com IA importa automaticamente informações como nome, endereço, fotos e descrição, usando esses dados para criar um site inicial. A partir daí, é só personalizar.

2. Descrever seu negócio para a IA

Basta responder a algumas perguntas simples ou escrever um pequeno texto dizendo o que você faz e como quer que o site seja. A inteligência artificial, então, se encarrega de estrutura, textos iniciais e até imagens relacionadas.

3. Escolher um modelo pronto

Há dezenas de templates para diferentes tipos de negócios, como restaurantes, lojas e clínicas. Também é possível gerar blogs e portfólios, ideais para redatores, designers e outros profissionais criativos. E o melhor: todos os templates são responsivos, funcionando bem em celulares, tablets e computadores.

Conheça o Criador de Sites com IA e veja qual o melhor caminho para você começar!

Tudo pronto, do jeito certo

Após escolher o ponto de partida, é só usar o editor visual para trocar textos, fotos, cores e até reorganizar seções. Ele funciona no método arrasta-e-solta, dispensando o uso de códigos. Além disso, você não precisa instalar nada: a ferramenta funciona direto no navegador.

Além da facilidade para montar sua página, o Criador de Sites com IA inclui vários recursos que normalmente exigiriam configurações extras:

Hospedagem na infraestrutura da HostGator, conhecida pela estabilidade.

Certificado SSL gratuito para segurança, essencial para conseguir um posicionamento melhor no Google.

CDN para acelerar o carregamento das páginas, não importa onde o visitante esteja.

Design responsivo, que se adapta automaticamente a telas de qualquer tamanho.

Biblioteca de imagens e ícones integrados.

SEO básico otimizado desde o início.

HostGator também tem WordPress com IA

A HostGator oferece duas ferramentas diferentes, cada uma com suas características e finalidades: o Criador de Sites com IA e o WordPress com IA.

O Criador de Sites com IA é voltado para quem busca rapidez e simplicidade. Já o WordPress com IA oferece maior flexibilidade, sendo compatível com milhares de plugins e temas, além de permitir a criação de funcionalidades mais avançadas.

Veja, em resumo, a diferença:

Criador de Sites com IA: ideal para iniciantes; rápido, fácil e pronto para usar.

WordPress com IA: ideal para quem já tem alguma experiência ou precisa de mais recursos; flexível e personalizável, usa a IA para acelerar a criação.

Acesse a HostGator e veja todas as ferramentas disponíveis para seu site!

Chat, hospedagem, e-mail e muito mais

A HostGator vai além das ferramentas para criação de sites. Se você tiver dúvidas ou precisar de sugestões, pode acionar o chat com IA – ele está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. O assistente orienta desde ajustes básicos até otimizações mais avançadas, para que o site esteja sempre em sua melhor versão.

Além de criador de sites e chat, a HostGator oferece serviços de registro de domínio (como www.seunegocio.com.br) e e-mail profissional com o nome da sua marca (como contato@seunegocio.com.br). Isso aumenta a credibilidade e deixa sua presença digital completa.

Todos os serviços são administrados em um painel único: hospedagem, domínio, e-mail, conteúdo e segurança. Assim, sobra mais tempo para você focar no que realmente importa: o seu negócio.

Experimente agora o novo Criador de Sites com IA da HostGator!
Como criar um site para o seu negócio em minutos usando IA

Como criar um site para o seu negócio em minutos usando IA
Fonte: Tecnoblog

Meta congela contratações em divisão de IA após onda de novas admissões

Meta congela contratações em divisão de IA após onda de novas admissões

Mark Zuckerberg é fundador e CEO da Meta (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Meta congelou contratações em sua divisão de inteligência artificial na América do Norte e globalmente, afetando novos cargos e movimentações internas.
Analistas destacam que os custos bilionários com talentos de IA pressionam a rentabilidade.
Nos últimos meses, o time AGI Foundations e outras frentes de IA realizaram contratações agressivas, incluindo mais de 50 especialistas vindos de OpenAI, Google, Apple, xAI e Anthropic.

A Meta decidiu congelar novas contratações em sua divisão de inteligência artificial, poucos meses depois de liderar uma ofensiva para atrair dezenas de engenheiros e pesquisadores do setor. O bloqueio foi implementado na última semana e atinge também movimentações internas de funcionários entre equipes da unidade.

De acordo com pessoas próximas ao assunto ouvidas pelo The Wall Street Journal, a medida não tem prazo definido para terminar. Exceções à regra podem ocorrer, mas apenas com aprovação direta do diretor de IA Alexandr Wang. Procurada pelo jornal, a Meta confirmou a decisão, classificando-a como parte de um processo de “planejamento organizacional e orçamentário anual” para consolidar a estrutura do grupo.

Por que a Meta interrompeu as contratações?

A decisão ocorre em meio a uma reestruturação ampla da área de IA. A companhia dividiu o setor em quatro frentes: uma dedicada a sistemas de superinteligência, chamada TBD Lab; outra voltada a produtos de IA; uma terceira para infraestrutura; e uma quarta focada em pesquisas de longo prazo, batizada de Fundamental AI Research, que permanece praticamente inalterada.

Nos últimos meses, a Meta foi uma das empresas mais agressivas na disputa por talentos em inteligência artificial. Para atrair nomes de peso, ofereceu pacotes de remuneração que chegavam à casa dos bilhões de dólares, além de participar de reverse acquihires, prática em que startups ficam sem seus líderes estratégicos.

A aposta, no entanto, também gerou preocupação entre analistas e investidores. Os custos crescentes de oferecer ações da empresa como parte da remuneração foram apontados como um risco à capacidade de a Meta manter programas de recompra e garantir retorno a acionistas.

Meta realizou agressivas contratações nos últimos meses (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Impactos no mercado e próximos passos

A reestruturação também levou ao fim do time AGI Foundations, responsável pelos modelos de linguagem Llama, que tiveram desempenho abaixo do esperado em sua versão mais recente. Após esse episódio, Mark Zuckerberg passou a se envolver pessoalmente nas negociações, abordando diretamente pesquisadores de rivais como OpenAI, Google DeepMind e Anthropic.

Segundo documentos internos, desde abril, mais de 20 especialistas foram contratados da OpenAI, outros 13 do Google, além de profissionais vindos da Apple, da xAI e da Anthropic, totalizando mais de 50 contratações. Apesar do volume expressivo de admissões, a decisão de congelar o processo de seleção revela um momento de cautela.

Em relatório de 18 de agosto, a empresa global de serviços financeiros Morgan Stanley alertou que os gastos bilionários em talentos de IA podem tanto gerar avanços de grande valor quanto pressionar a rentabilidade das gigantes de tecnologia sem resultados imediatos.

Além do congelamento de admissões, a Meta estuda ajustes adicionais em sua divisão de inteligência artificial. Segundo fontes ouvidas pelo The New York Times, a empresa considera reduzir o tamanho das equipes, o que poderia levar à eliminação de cargos ou à realocação de funcionários para outros setores.

Meta congela contratações em divisão de IA após onda de novas admissões

Meta congela contratações em divisão de IA após onda de novas admissões
Fonte: Tecnoblog

Google vai usar energia de reator nuclear em data centers

Google vai usar energia de reator nuclear em data centers

Google terá créditos de energia limpa nos EUA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Google anunciou um acordo para receber energia de um reator nuclear de nova geração que será construído em Oak Ridge, Tennessee (EUA). A iniciativa é fruto de uma parceria com a Tennessee Valley Authority (TVA), empresa pública responsável pelo fornecimento de eletricidade na região.

A expectativa é que, a partir de 2030, a usina desenvolvida pela Kairos Power abasteça data centers da companhia no Tennessee e no Alabama. Esse é o primeiro contrato firmado por uma concessionária de energia dos Estados Unidos para aquisição de eletricidade proveniente de uma tecnologia nuclear avançada.

Por que esse projeto é diferente?

Grande parte da matriz nuclear norte-americana é formada por usinas construídas há décadas, que enfrentam dificuldades para competir com fontes mais baratas, como gás natural e energias renováveis. O projeto da Kairos Power, chamado Hermes 2, adota um modelo de pequeno reator modular com capacidade de 50 MW, baseado no uso de sal fluoreto fundido como refrigerante em vez da água.

Essa tecnologia permite operar em baixa pressão, reduzindo a necessidade de estruturas de contenção de grande porte e, consequentemente, os custos de construção. Caso seja bem-sucedida, pode abrir caminho para uma nova fase da energia nuclear no país, que busca diversificar sua matriz e suprir a alta demanda elétrica impulsionada pela digitalização e pela IA.

Oak Ridge, local escolhido para a instalação, tem importância histórica no setor: foi sede do Projeto Manhattan, responsável pelo desenvolvimento das primeiras armas atômicas. Hoje, a cidade se tornou um polo de pesquisa e inovação em energia nuclear, concentrando investimentos em soluções consideradas mais seguras e sustentáveis.

Como vai funcionar a parceria?

Parceria é estratégica para garantir energia limpa à infraestrutura digital do Google (imagem: reprodução/Google)

A meta anunciada é chegar a 500 MW de capacidade nuclear instalada até 2035, suficiente para atender aproximadamente 350 mil residências. Esse volume representaria uma fração da atual capacidade nuclear dos Estados Unidos, que em 2024 contava com 94 reatores em operação e cerca de 97 GW totais — responsáveis por quase 20% da eletricidade do país.

Além de receber a energia gerada, o Google terá direito aos certificados de atributos ambientais, que funcionam como créditos de energia limpa. Esse mecanismo permite que empresas compensem seu consumo em redes que ainda contam com fontes fósseis, ao mesmo tempo em que geram receita adicional para projetos livres de carbono.

Amanda Peterson Corio, diretora de energia do Google, afirmou que a cooperação com a TVA e a Kairos Power é estratégica para garantir energia firme e limpa à infraestrutura digital da companhia. Já o secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, destacou que o avanço de reatores nucleares de quarta geração será essencial para manter a liderança do país em inteligência artificial e no setor energético.

No momento, não há usinas nucleares avançadas disponíveis comercialmente nos Estados Unidos. Por isso, o projeto Hermes 2 é visto como um teste para avaliar a viabilidade dessa tecnologia em larga escala.

Com informações da Reuters e do The Verge
Google vai usar energia de reator nuclear em data centers

Google vai usar energia de reator nuclear em data centers
Fonte: Tecnoblog

Meta pode reduzir seu setor de IA após reorganização, diz jornal

Meta pode reduzir seu setor de IA após reorganização, diz jornal

Mark Zuckerberg é fundador e CEO da Meta (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Meta estuda reduzir equipes de IA e adotar modelos de terceiros, incluindo opções de código aberto ou licenciados.
Reorganização cria o Meta Superintelligence Labs com quatro grupos voltados a pesquisa, produtos e infraestrutura.
Empresa já realizou quatro reestruturações em seis meses e adquiriu a Scale AI por US$ 14,3 bilhões

A Meta está reorganizando sua divisão de inteligência artificial, que passará a contar com quatro grupos diferentes para pesquisa, superinteligência, produtos e infraestrutura. A companhia também considera reduzir o tamanho das equipes e usar modelos de outras empresas em suas plataformas.

As informações sobre a possível redução foram obtidas pelo jornal The New York Times junto a duas pessoas que estão a par da situação. Mesmo assim, as discussões sobre saídas continuam “fluidas” e nenhuma decisão foi tomada, disseram as fontes.

Caso opte pela redução do pessoal, a empresa de Mark Zuckerberg poderia eliminar cargos ou transferir empregados para outros setores. Alguns executivos também podem deixar a empresa. A divisão de IA cresceu de modo acelerado nos últimos anos, chegando a milhares de pessoas, afirmam as fontes do NYT.

A Meta também estaria considerando usar modelos de IA de terceiros em seus produtos. As opções incluem desenvolver novos modelos usando projetos de código aberto como base ou licenciar modelos fechados de outras companhias.

Como vai ficar a divisão de IA da Meta?

Meta AI usa o Llama e está disponível nos serviços da empresa (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

De acordo com memorandos vistos pela Bloomberg, a divisão de IA da Meta será chamada Meta Superintelligence Labs (MSL) e contará com quatro grupos:

TBD Labs, responsável por continuar o desenvolvimento dos modelos Llama.

FAIR (ou Fundamental AI Research), que já existe há mais de uma década e se concentra em projetos de longo prazo.

Pesquisa Aplicada e Produtos, focado em usar os modelos e as pesquisas e colocá-los em produtos voltados a consumidores.

MSL Infra, responsável pela infraestrutura necessária para o treinamento da IA.

Segundo a Bloomberg, a reorganização visa um melhor aproveitamento dos funcionários recentemente contratados. É a quarta reestruturação nos últimos seis meses.

A Meta trouxe grandes talentos do setor de IA, com pagamentos na casa das centenas de milhões de dólares. Uma dessas aquisições foi a startup Scale AI, por US$ 14,3 bilhões. Alexandr Wang, co-fundador e CEO da empresa, foi nomeado chefe de IA da Meta e ficará à frente do TBD Labs.

Com informações da Bloomberg e do New York Times
Meta pode reduzir seu setor de IA após reorganização, diz jornal

Meta pode reduzir seu setor de IA após reorganização, diz jornal
Fonte: Tecnoblog

IA da Anthropic poderá encerrar conversas abusivas

IA da Anthropic poderá encerrar conversas abusivas

Claude AI pertence à Anthropic (imagem: divulgação)

Resumo

A Anthropic ativou um recurso de encerramento automático de conversas nos modelos Claude Opus 4 e Claude 4.1.
Segundo a empresa, a medida é uma maneira de preservar o sistema de conversas perigosas.
O recurso age apenas em casos extremos, mas o usuário mantém o acesso ao histórico, pode abrir novos diálogos e criar ramificações editando mensagens anteriores. 

A Anthropic, responsável pela IA Claude, revelou que seus modelos mais avançados agora podem encerrar interações em casos classificados como extremos. A medida, segundo a empresa, não busca diretamente resguardar os usuários, mas preservar o próprio sistema diante de usos abusivos.

A companhia enfatiza que não atribui consciência ou capacidade de sofrimento ao Claude ou a outros modelos de IA. Ainda assim, adotou o que chama de estratégia preventiva, inspirada em um programa interno que investiga o conceito de “bem-estar de modelos”.

De acordo com a Anthropic, a ideia é aplicar medidas de baixo custo que reduzam riscos potenciais caso, em algum momento, o bem-estar de sistemas de IA se torne um fator relevante.

Quando o Claude pode interromper uma conversa?

A função de encerrar diálogos será usada apenas em cenários raros, envolvendo interações repetidamente prejudiciais ou abusivas com a IA. Por exemplo, solicitações que envolvem exploração de menores, pedidos de informações que poderiam viabilizar ataques violentos ou tentativas de gerar conteúdos que representem ameaças de grande escala.

Os testes realizados antes da implementação indicaram que Claude Opus 4 e Claude 4.1, versões que receberão o recurso inicialmente, já apresentavam tendência a rejeitar esses pedidos. Em alguns casos, os modelos de IA teriam exibido sinais de “desconforto” ao tentar lidar com esse tipo de demanda, o que motivou a criação da ferramenta de interrupção automática.

Vale mencionar que, segundo a Anthropic, o sistema não será aplicado em interações nas quais usuários demonstrem risco imediato de causar danos a si mesmos ou a terceiros. Nesses casos, o modelo deve continuar a responder e tentar redirecionar a conversa.

Tela inicial do Claude AI (imagem: Lupa Charleaux/Tecnoblog)

O que acontece após o encerramento da conversa?

Quando a ferramenta for acionada, o usuário não perderá acesso à conta nem ao histórico. Será possível iniciar novos diálogos normalmente e até mesmo criar ramificações a partir da conversa interrompida, editando mensagens anteriores. A Anthropic afirma que não tem o objetivo de punir, mas de estabelecer um limite claro em situações de abuso persistente.

A empresa ainda reforça que trata a novidade como um experimento em andamento e que seguirá avaliando a eficácia e os impactos do recurso. Ainda não há previsão de quando, ou se, a funcionalidade será expandida para outros modelos além do Claude Opus 4 e 4.1.

Com informações do TechCrunch e da Anthropic
IA da Anthropic poderá encerrar conversas abusivas

IA da Anthropic poderá encerrar conversas abusivas
Fonte: Tecnoblog

Capacidade de raciocínio da IA é “miragem”, dizem pesquisadores

Capacidade de raciocínio da IA é “miragem”, dizem pesquisadores

Técnicas presentes em assistentes de IA não são raciocínio real, dizem acadêmicos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Pesquisadores mostram que modelos de linguagem falham em resolver problemas que não estavam em seu do treinamento.
IAs podem gerar raciocínios que parecem corretos, mas apresentam erros lógicos.
Técnicas atuais, como cadeia de pensamentos, têm limitações e podem levar a respostas incorretas.

Um artigo escrito por pesquisadores da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, sugere que a capacidade de raciocínio de modelos de linguagem em larga escala (LLMs) é apenas uma “frágil miragem”, incapaz de resolver problemas lógicos que não fizeram parte de seu treinamento.

Nos últimos anos, ChatGPT, Gemini e outros assistentes com inteligência artificial passaram a contar com capacidades de “raciocínio simulado”, criando uma “cadeia de pensamentos” para destrinchar prompts em uma sequência de passos lógicos, que são apresentados ao usuário. No entanto, este método parece ter limitações.

IA tem dificuldade para resolver problemas novos

O trabalho dos cientistas ainda não foi revisado por pares e está disponível na plataforma Arxiv. Para avaliar a capacidade de raciocínio de um LLM, os pesquisadores criaram um ambiente de treinamento de IA com transformações simples de texto, como trocar letras de palavras para cifrá-las.

Logo em seguida, o LLM teve que realizar diversas tarefas. Algumas eram muito parecidas com as vistas no treinamento, enquanto outras precisavam combinar várias transformações para formar uma operação nova.

Problemas fora da base usada no treinamento viram dor de cabeça para IA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Nos resultados, os modelos começaram a falhar quando precisaram lidar com novas transformações. Por exemplo: um modelo treinado com testes de “deslocar” letras (como trocar todas as letras pela seguinte no alfabeto) não sabia realizar tarefas que envolviam embaralhar a ordem das letras na própria palavra. Além disso, se o modelo tinha sido treinado com palavras de quatro letras, ele tinha dificuldades para resolver problemas com palavras de três ou cinco letras.

A IA até tentava generalizar regras lógicas com base em padrões observados durante o treinamento e criava linhas de raciocínio corretas, mas errava as respostas. O oposto também acontecia, mas com menos frequência: em alguns casos, o modelo chegava a uma resposta certa, mas usando encadeamentos incoerentes. Por fim, quanto maior o prompt e o número de passos necessário para chegar à resposta correta, pior era o desempenho do modelo.

Uma possível solução para isso é introduzir uma pequena quantidade de dados relacionada a diferentes tipos de problemas, mas os pesquisadores consideram que essa estratégia é “insustentável e reativa”.

Para eles, a conclusão é de que a técnica de cadeia de pensamentos pode produzir resultados convincentes, mas com falhas lógicas. Isso pode levar a riscos reais, caso o usuário confie na solução apresentada sem verificar se está tudo certo.

Outros estudos dizem que IA não pensa

Não é a primeira vez que cientistas chegam a esses resultados. Como lembra o Decoder, pesquisadores ligados à Apple já publicaram um artigo que aponta que LLMs usam reconhecimento de padrões e não planejamento simbólico ou compreensão estrutural.

Outros estudos levaram a resultados parecidos: acadêmicos ligados a duas universidades chinesas descobriram que o aprendizado por reforço com recompensas verificáveis, bastante usado na IA, não ajuda os modelos a desenvolver estratégias para resolver problemas.

Já cientistas da Universidade de Nova York descobriram que modelos de raciocínio não quebravam tarefas em um número suficiente de passos.

Por outro lado, críticos dizem que essas pesquisas são muito simplistas, pois não consideram que LLMs podem gerar códigos de programação para resolver problemas, ou ainda recorrer a ferramentas externas para buscar soluções.

Com informações do Ars Technica e do Decoder
Capacidade de raciocínio da IA é “miragem”, dizem pesquisadores

Capacidade de raciocínio da IA é “miragem”, dizem pesquisadores
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT: Sam Altman prioriza crescimento e diz que lucro pode demorar

ChatGPT: Sam Altman prioriza crescimento e diz que lucro pode demorar

Altman diz que modelo de capital fechado favorece a empresa (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A empresa lançou o GPT-5, com preços mais baixos via API.
Sam Altman diz que a OpenAI vai priorizar crescimento e continuar operando no prejuízo enquanto os modelos de IA evoluírem.
Mesmo sem lucro, a OpenAI atrai investimentos e é avaliada em US$ 500 bilhões.

Sam Altman, CEO da OpenAI, disse que a empresa vai priorizar o crescimento, com grandes investimentos em treinamento de inteligência artificial e capacidade de computação. Por isso, a companhia deve demorar para dar lucro.

A OpenAI apresentou nessa quinta-feira (07/08) o GPT-5, seu mais novo modelo de IA generativa. A promessa é que ele seja mais rápido e entregue respostas mais precisas, além de ter barreiras de segurança mais rígidas. Ele já está disponível no ChatGPT (gratuitamente) e no acesso via API (com preços reduzidos).

Sem acionistas, sem pressão

GPT-5 foi anunciado pela OpenAI (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Em entrevista ao canal americano CNBC, Altman declarou que a melhor escolha para a OpenAI, no momento, é continuar no prejuízo. “Enquanto estivermos nessa curva de crescimento, em que o modelo continua ficando cada vez melhor, acho que o melhor a se fazer é absorver as perdas por enquanto”, explicou.

A empresa fechou o ano anterior com um resultado negativo de US$ 5 bilhões, mesmo gerando receitas de US$ 3,7 bilhões. No ano atual, ela deve passar a marca de US$ 20 bilhões de receita anual recorrente, mas vai continuar perdendo dinheiro.

A OpenAI ainda conta com a vantagem de ser uma empresa de capital fechado, que não sofre pressão de acionistas para dar lucro. “É legal não estar na bolsa”, confessou Altman.

A empresa continua atraindo capital de alto risco, com investidores acostumados ao modelo de queimar dinheiro para ganhar mercado. Mesmo sem lucro, ela já está avaliada em cerca de US$ 500 bilhões, e uma nova rodada de captação de recursos deve começar em breve.

GPT-5 pode provocar queda de preços

Uma das estratégias para crescer é oferecer preços competitivos. Com o GPT-5, a OpenAI colocou isso em prática no acesso às APIs, cobrando US$ 1,25 por milhão de tokens de entrada e US$ 10 por milhão de tokens de saída (cerca de R$ 6,80 e R$ 54, respectivamente).

Isso é mais barato que o próprio GPT-4o, modelo anterior da companhia, e empata com os preços do Gemini 2.5 Pro, do Google. O Claude Opus 4.1, da Anthropic, cobra mais que isso, mas vem conquistando adeptos entre os desenvolvedores.

Essa vantagem pode levar a uma nova rodada de corte de preços entre os provedores de modelos de IA, levando a disputa para um terreno que favorece quem tiver mais dinheiro para queimar.

Com informações da CNBC
ChatGPT: Sam Altman prioriza crescimento e diz que lucro pode demorar

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Fonte: Tecnoblog