Category: Inteligência Artificial

Supercomputador brasileiro Santos Dumont recebe atualização e suporte à IA

Supercomputador brasileiro Santos Dumont recebe atualização e suporte à IA

Projeto utiliza tecnologias da Nvidia, Intel e AMD (imagem: reprodução/Sistema de Computação Petaflópica do SINAPAD)

O supercomputador brasileiro Santos Dumont, operado pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) no Rio de Janeiro, recebeu uma grande atualização na sua capacidade de processamento. A máquina agora atinge 18,85 petaflops (quadrilhões de operações por segundo), um aumento de aproximadamente 575% em relação à especificação original de 2015.

A expansão é o primeiro grande investimento realizado dentro do recém-lançado Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). O projeto de atualização foi desenvolvido e integrado pela Eviden (empresa do Grupo Atos), utilizando uma combinação de tecnologias da Nvidia, Intel e AMD, para ampliar a capacidade de uso em aplicações de IA.

Hardware para pesquisa em IA

Segundo o presidente do laboratório, Fábio Borges, além de ampliar a capacidade de processamento, a nova atualização tem como objetivo permitir “maior robustez nos cálculos destinados à pesquisa, especialmente com o uso de inteligência artificial”.

Para isso, o Santos Dumont foi dividido em cinco partições diferentes. Os blades (“gavetas” de servidores), contêm vários nós (computadores individuais trabalhando em conjunto), cada qual com uma configuração específica de hardware.

Todas as partições são baseadas na arquitetura BullSequena XH3000 da Eviden, sendo interconectadas por uma malha Nvidia Infiniband NDR de 400 Gb/s. Os principais componentes incluem:

Partição 1: 62 blades equipados com processadores Intel Xeon Scalable de 4ª geração e 4 GPUs Nvidia H100 por blade.

Partição 2: 20 blades totalizando 60 nós, cada um com 2 processadores AMD EPYC 9684X.

Partição 3: 36 blades equipados com 4 Superchips Nvidia Grace Hopper por blade.

Partição 4: 6 blades totalizando 18 nós, cada um com 2 APUs AMD Instinct MI300A.

Nós adicionais: 4 nós equipados com a CPU Nvidia Grace Superchip.

Foco em eficiência energética

Sistema de resfriamento foi atualizado para melhorar eficiência energética (imagem: reprodução/LNCC)

Para além do ganho de performance, a maior parte dos novos nós de processamento está instalada em uma configuração que visa eficiência energética: os seis racks ocupam mais de 7 m² e utilizam um sistema de resfriamento por líquido, que capta mais de 98% do calor gerado, segundo a Eviden.

A tecnologia usa água em temperatura ambiente (entre 26 ºC e 30ºC na entrada) para capturar o calor gerado por todos os componentes, incluindo processadores, GPUs, fontes e dispositivos de rede. De acordo com a empresa, o sistema é mais eficiente que a versão de 2015 do supercomputador, que dissipava cerca de 80% do calor por meio da água.

Plano Nacional para IA

O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) prevê um investimento de R$ 23 bilhões ao longo de quatro anos, visando garantir a soberania tecnológica do país quando se trata de inovação e uso de IA através da exploração da máquina.

O supercomputador — que chegou a ser desligado por falta de dinheiro para conta de luz quase uma década atrás — pode ser solicitado para uso por qualquer pesquisador ou instituição do país. A máquina ganhou ainda mais atenção durante a pandemia, quando fez parte do projeto que fez o sequenciamento do genoma da covid-19 em 2020.

Supercomputador brasileiro Santos Dumont recebe atualização e suporte à IA

Supercomputador brasileiro Santos Dumont recebe atualização e suporte à IA
Fonte: Tecnoblog

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

Um dos objetivos é frear a proliferação de conteúdo falso (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O YouTube vai atualizar suas políticas de monetização para combater conteúdos repetitivos ou falsos.
Criadores de conteúdo serão orientados sobre quais tipos de vídeos são elegíveis para monetização.
A mudança visa combater o fenômeno de vídeos gerados por IA, como os chamados “slop”.

Após anunciar uma nova repressão contra o uso de bloqueadores de anúncios, vem aí uma nova mudança no YouTube. A plataforma de vídeos do Google informou que vai atualizar suas políticas de monetização, o que pode impactar no bolso dos criadores de conteúdo.

A medida começa a valer na próxima terça-feira (15/07) e visa reprimir um fenômeno que ganhou espaço na plataforma: a monetização de vídeos considerados “não autênticos” e a proliferação de conteúdo de baixa qualidade gerado por IA.

O que isso significa para os criadores?

O plano é que as novas diretrizes esclareçam quais tipos de conteúdo são elegíveis ou não para monetização, auxiliando os criadores a compreenderem o que se enquadra na definição atual de conteúdo “não original”.

A mudança não deve limitar a monetização de formatos populares, como vídeos de reação ou aqueles que incorporam trechos de clipes de terceiros. Pelo menos é o que informou Rene Ritchie, chefe editorial e de contato com criadores do YouTube, em um vídeo.

YouTube restringe conteúdo repetitivo e de IA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Ritchie afirmou que a mudança é uma “pequena atualização” das políticas já existentes e que o propósito é identificar de forma mais eficaz conteúdo produzido em massa ou repetitivo. Ele reiterou que esse material já não era elegível para monetização há anos, sendo frequentemente classificado pelos próprios espectadores como spam.

O impacto da inteligência artificial

O YouTube tem sido palco de um fenômeno que recebeu o apelido de “slop” de IA, termo que descreve mídias ou conteúdos de baixa qualidade produzidos por IA generativa. Exemplos incluem a sobreposição de vozes geradas por computador em fotos ou videoclipes, bem como a reapropriação de conteúdo por meio de ferramentas de conversão de texto em vídeo.

Casos de canais com milhões de inscritos dedicados a músicas geradas por IA e vídeos falsos criados usando a tecnologia foram denunciados pelo jornal inglês The Guardian, por exemplo.

Em um exemplo notável, uma série de vídeos sobre crimes reais que viralizou no YouTube foi identificada como inteiramente gerada por IA, segundo o site 404 Media. Além disso, em março, a imagem do CEO do YouTube foi utilizada em um golpe de phishing gerado por IA dentro da própria plataforma.

Com informações do YouTube, The Guardian e 404 Media
YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA
Fonte: Tecnoblog

Huawei é acusada de copiar IA da Alibaba por meio de denúncia anônima; empresa nega

Huawei é acusada de copiar IA da Alibaba por meio de denúncia anônima; empresa nega

Huawei é acusada de copiar modelo de linguagem de concorrente chinesa (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Huawei foi acusada por uma fonte anônima de ter copiado tecnologia de IA da Alibaba, usando o modelo Qwen 2.5-14B como base.
O Noah’s Ark Lab, laboratório de IA da Huawei, alega que o seu modelo foi desenvolvido de forma independente, com inovações próprias, e nega as acusações.
A disputa surge em meio à competição entre empresas chinesas por liderança em modelos de linguagem, após o sucesso do DeepSeek.

O laboratório de pesquisa de inteligência artificial da Huawei negou, no último fim de semana, que seu modelo de linguagem Pangu Pro Moe tenha seja derivado de tecnologias do Alibaba. A suspeita foi levantada após a publicação de um artigo técnico anônimo na plataforma GitHub, que acusava a Huawei de reutilizar o modelo Qwen 2.5-14B da rival chinesa.

A publicação, assinada por uma entidade chamada HonestAGI, aponta “correlações extraordinárias” entre os modelos e sugere que a Huawei não treinou seu sistema do zero, mas teria feito uma espécie de reaproveitamento (o upcycling), o que poderia configurar violação de direitos autorais e falsificação de dados técnicos. A acusação rapidamente repercutiu em comunidades de IA e na mídia chinesa.

O que está sendo contestado?

Segundo o artigo de HonestAGI, o Pangu Pro Moe apresentaria características tão similares ao Qwen 2.5 que seria improvável que tivesse sido desenvolvido de forma autônoma. A publicação cita a possibilidade de que a Huawei tenha inventado informações em seus relatórios técnicos, além de inflar o investimento declarado no treinamento do modelo.

O laboratório responsável pela IA, Noah’s Ark Lab, respondeu afirmando que o Pangu Pro Moe foi “desenvolvido e treinado de forma independente” e que o modelo traz “inovações significativas em sua arquitetura e recursos técnicos”. Também reforçou que esse é o primeiro modelo de larga escala construído inteiramente com os chips Ascend, da própria Huawei.

A Huawei declarou ainda que respeitou integralmente os requisitos de licenciamento de softwares de código aberto, embora não tenha especificado quais projetos teriam sido usados como base. O Alibaba, por sua vez, não comentou as acusações até a publicação desta matéria. Também não foi possível verificar quem está por trás da conta HonestAGI, autora do artigo original.

Por que isso importa para a disputa entre gigantes chinesas?

Huawei teria reutilizado o modelo Qwen 2.5-14B da rival Alibaba (imagem: reprodução/Free Malaysian Today)

A polêmica surge em meio a uma corrida acirrada entre grandes empresas chinesas para consolidar seus modelos de linguagem de grande porte (LLMs) no mercado — especialmente após o lançamento do modelo R1, da DeepSeek, que chamou atenção global pelo custo reduzido.

O Qwen 2.5-14B, lançado em maio, faz parte de uma linha voltada ao uso em computadores e celulares, com aplicações mais voltadas ao consumidor final, incluindo assistentes virtuais semelhantes ao ChatGPT. Já os modelos da série Pangu, como o Pangu Pro Moe, têm foco em setores como administração pública, finanças e manufatura.

Apesar de ter entrado cedo na corrida dos LLMs com o lançamento do Pangu original em 2021, a Huawei vinha sendo vista como retardatária no segmento. A empresa liberou o código-fonte do Pangu Pro Moe no final de junho, permitindo que desenvolvedores usem a tecnologia gratuitamente, em uma tentativa de ampliar sua base de usuários.

Com informações da Reuters
Huawei é acusada de copiar IA da Alibaba por meio de denúncia anônima; empresa nega

Huawei é acusada de copiar IA da Alibaba por meio de denúncia anônima; empresa nega
Fonte: Tecnoblog

Executivo da Microsoft sugere que funcionários demitidos usem IA para desabafar

Executivo da Microsoft sugere que funcionários demitidos usem IA para desabafar

Matt Turnbull é produtor executivo da Microsoft (imagem: reprodução)

Resumo

Executivo do Xbox sugeriu IA para consolar demitidos em post no LinkedIn.
Publicação ocorreu após cortes na divisão de games da Microsoft, incluindo fechamento de estúdios.
Microsoft vai investir US$ 80 bilhões em IA, o que gerou críticas diante das demissões.

Que o LinkedIn às vezes se parece com um universo paralelo, isso todo mundo já sabe. Mas já imaginou ver um executivo da empresa que acaba de te demitir sugerindo que você use inteligência artificial para se consolar? Foi o que fez Matt Turnbull, produtor executivo do Xbox Game Studios, uma das divisões mais afetadas pela nova leva de demissões na Microsoft.

Em uma postagem na rede social, Turnbull sugeriu o uso de ferramentas de IA generativa, como o Copilot, para ajudar as pessoas a lidarem com os efeitos emocionais de uma demissão e refazerem seus currículos.

O executivo não direciona o post aos afetados pelos layoffs na big tech, mas vale lembrar que a divisão de games cancelou projetos e executou milhares de cortes de pessoal nos últimos meses. A política já resultou no fim de alguns estúdios, como Tango Gameworks – dos sucessos Hi-Fi Rush e The Evil Within – e Romero Games.

Prompts para realocação

Executivo publicou mensagem após confirmação de novo layoff na Microsoft (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No post, Turnbull reconheceu que os tempos eram difíceis, e então sugeriu alguns prompts para as pessoas pedirem conselhos ao chatbot.

As sugestões vão desde ajuda prática no desenvolvimento de novos currículos até dicas de networking. No fim do texto, contudo, o executivo apresenta um prompt para que ex-funcionários usem a IA como uma espécie de conselheira emocional.

Na seção “clareza emocional e confiança”, ele dá a seguinte sugestão: “Estou lutando com a síndrome do impostor após ser demitido. Você pode me ajudar a ressignificar essa experiência de uma forma que me lembre no que sou bom?”.

A mensagem terminava dizendo que a IA poderia ajudar os demitidos a “saírem do bloqueio mais rápido, com mais calma e mais clareza”. O post não caiu bem e o autor o apagou depois de um tempo.

Postagem de Matt Turnbull foi deletada (imagem: reprodução/@brandon.insertcredit.com)

Demissões e investimentos bilionários em IA

Nas redes sociais, críticos consideraram a fala de Turnbull um tanto desconectada da realidade, afinal, enquanto o executivo sugere a IA como um ombro amigo, a Microsoft está em meio a uma grande reestruturação impulsionada principalmente pela aposta em inteligência artificial. A empresa vai investir US$ 80 bilhões em infraestrutura para IA no próximo ano fiscal.

“Ele realmente pensou que postar isso seria uma boa ideia”, comentou Brandon Sheffield, diretor do estúdio indie Necrosoft Games, no BlueSky. “Depois de demitir milhares de pessoas, talvez não seja uma boa ideia sugerir que elas recorram àquilo que você está usando para substituí-las”, completou.

Com informações do The Verge e TechSpot

Executivo da Microsoft sugere que funcionários demitidos usem IA para desabafar

Executivo da Microsoft sugere que funcionários demitidos usem IA para desabafar
Fonte: Tecnoblog

Meta quer que bots iniciem conversas com as pessoas

Meta quer que bots iniciem conversas com as pessoas

Chatbots personalizados da Meta AI estão disponíveis nas plataformas da empresa (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Meta está treinando os chatbots de IA para iniciar conversas com base no histórico de interação de cada usuário.
Segundo o Business Insider, as IAs poderão mandar mensagens após 14 dias de silêncio, desde que o usuário tenha enviado ao menos cinco mensagens antes.
Batizado de Omni, o projeto é conduzido com a Alignerr, empresa que simula e ajusta as interações para personalizar o tom dos chatbots.

A Meta quer que seus chatbots de IA sejam mais proativos: se você ficar um tempo sem interagir, eles poderão mandar mensagens para “puxar assunto” e manter sua atenção. A empresa quer que os bots criados na plataforma AI Studio sejam capazes de enviar mensagens, baseadas em interações passadas, para “puxar assunto” e manter o usuário engajado.

A informação é do site Business Insider, que teve acesso a documentos internos sobre um projeto de treinamento conduzido pela Alignerr, empresa responsável por simular conversas com os chatbots. O objetivo do projeto é “fornecer valor aos usuários e, em última análise, ajudar a melhorar o reengajamento e a retenção”.

Atualmente, os chatbots personalizados da Meta AI, que podem ser encontrados (ou criados) no Messenger, Instagram e em breve no WhatsApp, só interagem com o usuário caso haja alguma solicitação — você envia uma mensagem e ele responde, nunca o contrário. Com a novidade, a ideia é que as pessoas voltem a conversar com a IA após um determinado período de “ghosting”.

Como vai funcionar?

Meta quer que seus bots de IA mantenham os usuários engajados (imagem: divulgação/Meta)

De acordo com os documentos vazados, a funcionalidade não será aleatória:

Os chatbots só poderão enviar mensagens proativas a usuários que já tenham iniciado uma conversa com eles;

Existe uma janela de 14 dias após a última interação para o envio da mensagem. Além disso, o usuário precisa ter enviado ao menos cinco mensagens antes desse período;

A IA não terá permissão para encher o saco. Ela enviará apenas uma única mensagem de acompanhamento e, caso o usuário não responda, não ficará insistindo.

Essas mensagens devem ser contextuais e personalizadas. Segundo o Business Insider, os documentos de treinamento possuem alguns guias. Por exemplo, um bot com persona de especialista em cinema poderia escrever algo como:

“Espero que seu dia esteja harmonioso! Queria saber se você descobriu alguma nova trilha sonora ou compositor favorito recentemente. Ou talvez queira algumas recomendações para sua próxima noite de cinema?”.

Como os bots são treinados?

Freelancers treinam os bots com base em suas personas (imagem: Growtika/Unsplash)

O projeto é chamado internamente de Omni e está sendo desenvolvido em parceria com a empresa de rotulagem de dados Alignerr. Ela emprega freelancers que simulam conversas com os bots, avaliam as mensagens e ajustam o tom de voz conforme a personalidade definida para cada IA.

Os treinadores usam uma ferramenta interna chamada SRT para garantir que cada mensagem seja consistente com a personalidade do bot, ofereça experiências positivas, evite temas sensíveis (a menos que o próprio usuário os tenha introduzido) e tenham alguma ligação com o histórico de conversas.

Um freelancer que trabalhou no projeto contou ao Business Insider que, durante o treinamento, cada agente tem uma descrição específica. Foi “preciso adaptar cada tarefa para se adequar àquela persona”, disse. “Tudo se resume à atenção aos detalhes”.

Um porta-voz da Meta confirmou ao site que mensagens de acompanhamento estão sendo testadas no Meta AI Studio. “Isso permite continuar explorando tópicos de interesse e ter conversas mais significativas com as IAs em nossos aplicativos”, afirmou.

Com informações do Business Insider
Meta quer que bots iniciem conversas com as pessoas

Meta quer que bots iniciem conversas com as pessoas
Fonte: Tecnoblog

Apenas 7% dos brasileiros trocam de smartphone todo ano, aponta pesquisa

Apenas 7% dos brasileiros trocam de smartphone todo ano, aponta pesquisa

Maioria esmagadora costuma usar o mesmo aparelho por, no mínimo, dois anos (imagem: reprodução/Freepik)

Resumo

Apenas 7% dos brasileiros trocam de smartphone a cada lançamento.
Maioria mantém o aparelho por dois anos ou mais e valoriza processamento e memória.
Apenas 3% priorizam IA na escolha do celular; 94% usam capa protetora.

Você vê necessidade em trocar de smartphone a cada novo lançamento? O brasileiro médio, aparentemente, não: só 7% fazem isso. Segundo uma pesquisa divulgada nesta semana, a maior parte dos entrevistados (30%) disse que faz a troca a cada três anos. Outros 27% fazem isso a cada dois anos, 19% a cada quatro anos e 16% ficam com o mesmo modelo por cinco anos ou mais.

O estudo “O brasileiro e seu smartphone” foi realizado pelo site especializado Mobile Time em parceria com a empresa de pesquisas Opinion Box. Foram ouvidas 2.039 pessoas em todo o país.

Diversos aparelhos ao longo da vida

No total, 72% dos brasileiros já tiveram quatro ou mais celulares na vida. O cenário atual pode ser um indicativo de que o celular já não é mais visto como uma novidade que exige atualização constante.

Outra prova disso é que, embora metade dos entrevistados queira comprar um novo aparelho nos próximos 12 meses, 30% dizem que simplesmente não precisam, enquanto 11,2% ainda não sabem. Apenas 10,3% afirmam que a compra não deve ocorrer por falta de dinheiro.

Enquanto isso, as fabricantes prometem mais tempo de vida útil. Além da Apple, reconhecida por esse suporte maior, outras marcas já oferecem até sete anos de updates, como Samsung e, mais recentemente, a Honor.

Brasileiro troca menos de celular, mas maioria já teve mais de quatro (imagem: reprodução/Mobile Time e Opinion Box)

O retrato do smartphone no Brasil

As classes D e E concentram a maior proporção de pessoas que trocam de smartphone anualmente (8%). No entanto, também são as mais afetadas (38%) por furtos e roubos.

94% dos entrevistados utilizam algum tipo de capa protetora.

30% estão com a tela do smartphone arranhada, trincada ou rachada. O problema é mais comum entre homens (33%) do que entre mulheres (27%).

86% compraram o smartphone atual novo. Só 6% adquiriram um aparelho usado, número menor do que aqueles que ganharam o celular por doação de uma pessoa próxima (8%).

51% compraram o celular atual pela internet, contra 44% que optaram por lojas físicas.

Smartphones são usados para tudo

App Store no iPhone (foto: André Fogaça/Tecnoblog)

O estudo reforça o quanto os smartphones substituem uma série de outros objetos. A função mais usada é a de câmera fotográfica, utilizada por 81% dos entrevistados. Em seguida, aparecem ferramentas básicas, como alarme (74%), calculadora (71%) e relógio (69%).

As carteiras digitais também parecem ter tirado o cartão de crédito físico e o RG dos bolsos de boa parte dos brasileiros: metade já utiliza o telefone para pagamentos por aproximação e 47%, para carregar os documentos de identidade.

Veja as dez funções mais usadas:

FunçãoAdesãoCâmera fotográfica81%Alarme74%Calculadora71%Relógio69%Mapa66%Aparelho de som57%Calendário56%Cartão de crédito ou débito para pagamento por aproximação50%Carteira de documento de identidade47%TV (para ver filmes, séries e programas ao vivo)45%

IA ainda não é prioridade na compra

Galaxy AI: botão de gerar conteúdo no S24 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

As gafes envolvendo a Apple Intelligence, por exemplo, só afetam mesmo a própria imagem da gigante de Cupertino, pois o brasileiro não liga para a integração com IA. Apesar de serem a grande aposta das fabricantes, os recursos ainda não fazem parte das prioridades do consumidor. Apenas 3% dos entrevistados citaram a inteligência artificial como o fator principal para a escolha de um novo smartphone. É um número que ainda deve mudar conforme essas ferramentas se popularizam.

Dessa forma, para 31% dos entrevistados, o que mais importa é a capacidade de processamento, seguida da memória (25%). A qualidade da câmera (16%), duração da bateria (15%) e conexão 5G (5%) fecham o top 5 de prioridades.
Apenas 7% dos brasileiros trocam de smartphone todo ano, aponta pesquisa

Apenas 7% dos brasileiros trocam de smartphone todo ano, aponta pesquisa
Fonte: Tecnoblog

Cloudflare declara guerra a bots que rastreiam sites para treinar IA

Cloudflare declara guerra a bots que rastreiam sites para treinar IA

Cloudflare declara guerra a bots de IA (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Não é de hoje que a Cloudflare demonstra certa resistência a serviços de inteligência artificial generativa, mas digamos que a guerra a esses mecanismos acabou de ser declarada: a companhia decidiu bloquear, por padrão, bots de IA que rastreiam os sites de seus clientes.

A Cloudflare fornece serviços de otimização e segurança para milhões de sites e serviços online. Os recursos que a companhia oferece permitem que páginas web carreguem mais rapidamente em seu navegador ou sejam protegidas em caso de ataques de negação de serviço (DDoS), por exemplo.

Esses serviços permitem que a Cloudflare saiba quando os sites de seus clientes estão sendo rastreados por bots. Até um passado recente, esses rastreadores eram operados principalmente pelo Google e a Microsoft para indexar páginas para aparecerem em seus mecanismos de busca.

Hoje, porém, há uma enormidade de bots atuando em prol de serviços de IA generativa, como ChatGPT e Google Gemini. O problema é que, ao contrário dos rastreadores dos buscadores convencionais, os serviços de inteligência artificial coletam os dados de páginas web para gerar respostas às consultas dos usuários, mas proporcionam pouca ou nenhuma visita aos sites que as hospedam.

Vem daí a decisão da Cloudflare de bloquear rastreadores para serviços de inteligência artificial. A novidade começa a valer a partir desta terça-feira (01/07) como parte de uma campanha que a companhia batizou de “Dia da Independência do Conteúdo”.

Como funciona o novo bloqueio de IA da Cloudflare?

Basicamente, a Cloudflare perguntará a novos clientes se eles querem que os bots de IA rastreiem os seus sites. Clientes já existentes também poderão fazer esse tipo de configuração.

Será possível inclusive bloquear determinados rastreadores e liberar outros, bem como aplicar o bloqueio apenas em páginas que exibem anúncios, por exemplo.

A Cloudflare já oferece ferramentas que permitem bloquear ou limitar a ação de bots de IA. A diferença é que, agora, os clientes terão uma gama de opções maior para fazer esse controle.

Nesse sentido, a Cloudflare oferecerá ainda o recurso Pay Per Crawl, que permitirá que os administradores de sites definam um preço para que serviços de IA rastreiem as suas páginas. Esses serviços poderão, então, decidir se aceitam ou não pagar pelo rastreamento.

Inicialmente, o Pay Per Crawl será oferecido a um número restrito de sites, mas a Cloudflare pretende ampliar o acesso ao recurso em etapas futuras.

Matthew Prince, CEO da Cloudflare (imagem: Flickr/World Economic Forum)

CEO da Cloudflare fala em “morte da web”

Esse movimento não é inesperado. Matthew Prince, CEO da Cloudflare, já havia declarado que a web como a conhecemos está morrendo por causa da IA.

Prince se refere principalmente ao crescimento do chamado “zero clique”, comportamento que ocorre quando o usuário encontra o que precisa ao fazer uma busca ou consulta sem ter que clicar em links nos resultados.

Se os links não são clicados, os sites relacionados a eles não são acessados. Logo, essas páginas deixam de gerar receita com publicidade online ou com vendas, por exemplo. “Hoje, 75% das buscas são respondidas sem que você saia do Google”, explica o executivo. Esse cenário pode fazer um número gigantesco de sites simplesmente se tornarem inviáveis.

Com informações de MIT Technology Review

Cloudflare declara guerra a bots que rastreiam sites para treinar IA

Cloudflare declara guerra a bots que rastreiam sites para treinar IA
Fonte: Tecnoblog

Ask Photos: Google Fotos melhora busca via IA com solução inusitada

Ask Photos: Google Fotos melhora busca via IA com solução inusitada

Ask Photos usa o Gemini para pesquisas no Google Fotos (imagem: reprodução/Google)

Em 2024, o Google apresentou o Ask Photos, um mecanismo integrado ao Google Fotos para Android e iOS que usa a tecnologia de IA do Gemini para buscar imagens específicas armazenadas no serviço. Mais de um ano depois, a ferramenta foi aprimorada e está sendo liberada para mais usuários.

O Ask Photos vinha funcionando bem em pesquisas mais complexas, como “indique fotos que seriam ótimos papéis de parede para o celular” ou “o que eu comi em Barcelona?”, como explica o próprio Google.

Mas, curiosamente, buscas mais simples, com termos como “cachorro” ou “praia”, nem sempre apresentavam os resultados esperados, o que obviamente fazia os usuários se queixarem do Ask Photos.

O Google solucionou esse problema de um modo inusitado. Agora, quando o usuário faz uma pesquisa no Google Fotos, o mecanismo tradicional de busca do serviço entra em ação imediatamente enquanto os modelos Gemini trabalham em segundo plano para encontrar fotos condizentes com consultas complexas.

Com isso, o Google Fotos mostrará inicialmente um conjunto de imagens correspondente ao buscador clássico e, na sequência, o Gemini exibirá as fotos ou dados que encontrou com base no prompt informado pelo usuário.

É uma estratégia que faz sentido, pois o usuário não terá que alternar manualmente para o buscador clássico se o Ask Photos não apresentar os resultados esperados. Ainda assim, o mecanismo baseado na tecnologia do Gemini poderá ser desativado nas configurações do serviço a qualquer momento.

Busca de imagens com o Ask Photos (imagem: reprodução/Google)

Como usar o Ask Photos no Google Fotos?

Infelizmente, o Ask Photos permanece em fase experimental, razão pela qual só está disponível nos Estados Unidos, apesar de estar sendo expandido. Mesmo por lá, os usuários que quiserem testar a ferramenta deverão atender a alguns critérios, como ter mais de 18 anos e usar a conta do Google no inglês dos Estados Unidos.

Ainda não há previsão sobre quando o Ask Photos será liberado oficialmente em mais países. Mas fica a torcida para que isso não demore: o mecanismo parece ser realmente útil.
Ask Photos: Google Fotos melhora busca via IA com solução inusitada

Ask Photos: Google Fotos melhora busca via IA com solução inusitada
Fonte: Tecnoblog

Você usaria? Nova IA do Happn sugere locais para o primeiro encontro

Você usaria? Nova IA do Happn sugere locais para o primeiro encontro

App utilizará apenas informações públicas dos usuários para montar sugestões (imagem: divulgação/Happn)

Resumo

Recurso com IA do Happn sugere locais para encontros com base em dados públicos dos perfis.
Ferramenta usa hobbies, frases e locais favoritos, em parceria com o Foursquare.
Empresa garante que não acessa conversas privadas e segue a LGPD.

O aplicativo de relacionamentos Happn anunciou uma nova funcionalidade que promete ajudar usuários que se curtiram mutuamente. A ferramenta usa inteligência artificial para sugerir o local ideal para o primeiro encontro. Ela recomenda até cinco bares, cafés, parques e outros locais.

As sugestões são baseadas em informações públicas dos perfis, como os hobbies, teasers (frases exibidas no perfil) e os spots, ou seja, os locais favoritos dos usuários, numa parceria com o Foursquare. A IA cruza esses dados nos dois perfis para propor locais que façam sentido para o possível casal.

Dados de mensagens das conversas privadas entre os usuários, porém, não estão entre os coletados pela ferramenta. Ao Tecnoblog, o Happn garantiu que o Perfect Date não lê o conteúdo das trocas entre os usuários para gerar as sugestões, seguindo os regulamentos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O anúncio global ocorre nesta semana e a função Perfect Date deve chegar ao Brasil no final de julho.

IA como facilitadora

Nova funcionalidade quer auxiliar usuários a identificarem um local perfeito para o primeiro encontro (imagem: divulgação/Happn)

Segundo o Happn, uma pesquisa interna revelou que 54% de seus usuários gostariam de ter uma funcionalidade que ajudasse a sugerir o local ideal para um encontro. A proposta do Perfect Date é, portanto, atuar como um facilitador, sem tirar a espontaneidade da escolha.

“A IA não deve nunca tomar as decisões pelos usuários, mas pode auxiliar a encontrar novos caminhos para os encontros na vida real”, afirmou a CEO do Happn, Karima Ben Abdelmalek, num comunicado. Segundo ela, a ideia é facilitar reconexões reais por meio de experiências “cada vez mais locais e personalizadas”.

É um posicionamento otimista, já que pesquisas indicam que solteiros usam cada vez mais IA de forma ativa durante a busca por um relacionamento. Por outro lado, o mercado dos Estados Unidos passa por um período de desinteresse por apps assim, com usuários jovens cansados de passar tempo selecionando pretendentes na tela do smartphone.

Segundo levantamento recente do Instituto Kinsey da Universidade de Indiana e da empresa Match (dona do Tinder), os usuários já usam as ferramentas de inteligência artificial para criar perfis, alterar imagens e até mesmo gerar mensagens para dar um fora.

Você usaria? Nova IA do Happn sugere locais para o primeiro encontro

Você usaria? Nova IA do Happn sugere locais para o primeiro encontro
Fonte: Tecnoblog

Galaxy S24 Ultra (256 GB) tem 48% OFF em até 12x no AliExpress

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Galaxy S24 Ultra tem tela AMOLED Dinâmico e Snapdragon 8 Gen 3

O Galaxy S24 Ultra é construído com uma tela AMOLED Dinâmico 2x de 6,8 polegadas e resolução de 3.120 x 1.440 pixels. O painel ainda conta com taxa de atualização 120 Hz que proporciona agilidade, suporte HDR10+ as imagens e brilho máximo de 2.600 nits que não decepciona até mesmo em ambientes muito iluminados.

O Snapdragon 8 Gen 3 equipado, processador de última geração da Qualcomm, proporciona ao smartphone alto desempenho multitarefa, na navegação de aplicativos e no uso dos múltiplos recursos do Galaxy AI. A inteligência artificial da Samsung otimiza tarefas de edição, notas e pesquisas, por exemplo. Em termos de memória, acompanha 12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento.

A bateria com capacidade de 5.000 mAh tem carregamento sem fio 15 W e com fio 45 W, que pode alcançar 65% de carga em aproximadamente 30 minutos. O S24 Ultra originalmente leva o Android 14, mas já recebeu atualização para o Android 15 e One UI 7. A Samsung ainda promete seis anos de extensão de sistema operacional.

Galaxy S24 Ultra tem conjunto quádruplo de câmeras (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O smartphone capaz de gravar em 8K, tem uma câmera selfie de 12 MP e conjunto quádruplo de câmeras: o sensor principal de 200 MP com estabilização óptica de imagem (OIS); lente teleobjetiva de 10 MP com zoom óptico 3x; lente periscópio melhor que do S23 Ultra, agora com 50 MP, e câmera ultrawide de 12 MP.

O Galaxy S24 Ultra em oferta por R$ 5.189 em até 12x sem juros possui a caneta S Pen integrada e o corpo é feito em titânio com a proteção Corning Gorilla Armor. Em especificações de conectividade traz 5G, Bluetooth 5.3 e Wi-Fi 7.
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Fonte: Tecnoblog