Category: Google

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

Um dos objetivos é frear a proliferação de conteúdo falso (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O YouTube vai atualizar suas políticas de monetização para combater conteúdos repetitivos ou falsos.
Criadores de conteúdo serão orientados sobre quais tipos de vídeos são elegíveis para monetização.
A mudança visa combater o fenômeno de vídeos gerados por IA, como os chamados “slop”.

Após anunciar uma nova repressão contra o uso de bloqueadores de anúncios, vem aí uma nova mudança no YouTube. A plataforma de vídeos do Google informou que vai atualizar suas políticas de monetização, o que pode impactar no bolso dos criadores de conteúdo.

A medida começa a valer na próxima terça-feira (15/07) e visa reprimir um fenômeno que ganhou espaço na plataforma: a monetização de vídeos considerados “não autênticos” e a proliferação de conteúdo de baixa qualidade gerado por IA.

O que isso significa para os criadores?

O plano é que as novas diretrizes esclareçam quais tipos de conteúdo são elegíveis ou não para monetização, auxiliando os criadores a compreenderem o que se enquadra na definição atual de conteúdo “não original”.

A mudança não deve limitar a monetização de formatos populares, como vídeos de reação ou aqueles que incorporam trechos de clipes de terceiros. Pelo menos é o que informou Rene Ritchie, chefe editorial e de contato com criadores do YouTube, em um vídeo.

YouTube restringe conteúdo repetitivo e de IA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Ritchie afirmou que a mudança é uma “pequena atualização” das políticas já existentes e que o propósito é identificar de forma mais eficaz conteúdo produzido em massa ou repetitivo. Ele reiterou que esse material já não era elegível para monetização há anos, sendo frequentemente classificado pelos próprios espectadores como spam.

O impacto da inteligência artificial

O YouTube tem sido palco de um fenômeno que recebeu o apelido de “slop” de IA, termo que descreve mídias ou conteúdos de baixa qualidade produzidos por IA generativa. Exemplos incluem a sobreposição de vozes geradas por computador em fotos ou videoclipes, bem como a reapropriação de conteúdo por meio de ferramentas de conversão de texto em vídeo.

Casos de canais com milhões de inscritos dedicados a músicas geradas por IA e vídeos falsos criados usando a tecnologia foram denunciados pelo jornal inglês The Guardian, por exemplo.

Em um exemplo notável, uma série de vídeos sobre crimes reais que viralizou no YouTube foi identificada como inteiramente gerada por IA, segundo o site 404 Media. Além disso, em março, a imagem do CEO do YouTube foi utilizada em um golpe de phishing gerado por IA dentro da própria plataforma.

Com informações do YouTube, The Guardian e 404 Media
YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA
Fonte: Tecnoblog

Android deve usar inteligência artificial (IA) para organizar notificações

Android deve usar inteligência artificial (IA) para organizar notificações

As notificações podem ser consideradas como um recurso essencial dos smartphones. Porém, ao mesmo tempo, a depender do seu volume, podem ser vistas como um incômodo. Talvez por isso, o Google parece estar buscando tornar esse fluxo um pouco mais eficiente; e deve usar inteligência artificial para isso.

De acordo com novas informações, a empresa está desenvolvendo uma espécie de organizador de notificações para o Android que usa IA para organizar os alertas em categorias – de forma semelhante ao que já acontece atualmente com o Gmail e sua caixa de entrada. Ao que tudo indica, a novidade deve estrear no primeiro lançamento trimestral do Android 16.A expectativa é que a função, ao analisar as notificações recebidas, seja capaz de identificar o teor geral de cada um dos alertas, silenciando a notificação e agrupando em uma das seguintes categorias: “Promoções”, “Notícias”, “Social” ou “Sugerido”.Clique aqui para ler mais

Android deve usar inteligência artificial (IA) para organizar notificações
Fonte: Tudocelular

Google é multado em US$ 314 milhões por coletar dados não autorizados no Android

Google é multado em US$ 314 milhões por coletar dados não autorizados no Android

Além de um recente processo antitruste na União Europeia e Reino Unido por resumos de IA em buscas, o Google foi condenado por um júri de San Jose, na Califórnia, a pagar US$ 314 milhões em uma ação coletiva que acusa a empresa de coletar dados pessoais de usuários de Android sem consentimento.

A decisão foi anunciada na última terça-feira (1º) e envolve cerca de 14 milhões de usuários do sistema operacional residentes no estado americano.Uma ação coletiva iniciada em 2019 alegava que o Google monitorava e armazenava informações mesmo quando os usuários não estavam ativamente utilizando seus aparelhos. Segundo os documentos do processo, essa prática ocorria de forma oculta, sem aviso ou autorização explícita, criando o que os advogados classificaram como um “fardo inevitável que os usuários de Android suportam em benefício do Google”.Clique aqui para ler mais

Google é multado em US$ 314 milhões por coletar dados não autorizados no Android
Fonte: Tudocelular

Gemini: novos ícones chegam ao Android e iOS

Gemini: novos ícones chegam ao Android e iOS

O Google iniciou nesta semana a liberação de um novo ícone para o aplicativo Gemini, tanto no Android quanto no iOS. A mudança segue o padrão visual das demais plataformas da empresa, com uso das quatro cores tradicionais da marca (azul, vermelho, amarelo e verde).

A atualização tem como objetivo unificar a identidade visual do Gemini com os demais serviços do Google. O novo design também busca melhorar a legibilidade do ícone em telas menores, mantendo um formato arredondado e ocupando mais espaço dentro do fundo branco circular.Desde seu lançamento, o Gemini trouxe uma identidade visual que fugia dos padrões do Google, tendo como cor principal o azul e passando um ar de serviço premium. O novo ícone revelado esta semana substitui o visual anterior de linhas finas por formas mais encorpadas, o que facilita a identificação rápida em grades de aplicativos.Clique aqui para ler mais

Gemini: novos ícones chegam ao Android e iOS
Fonte: Tudocelular

Anúncios no Gmail estão na mira da França e podem custar caro ao Google

Anúncios no Gmail estão na mira da França e podem custar caro ao Google

Google pode receber cobrança de cerca de R$ 3,3 bilhões (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

CNIL pode aplicar multa de 525 milhões de euros ao Google por anúncios na guia Promoções do Gmail.
Autoridade aponta violação de consentimento e design enganoso, inclusive no banner de cookies.
Google defende que publicidade sustenta o serviço e já tornou a recusa de cookies mais visível.

O Google enfrenta uma nova disputa na França, onde a autoridade nacional de proteção de dados (CNIL) avalia aplicar uma multa de até 525 milhões de euros (cerca de R$ 3,3 bilhões na cotação atual). Os motivos são os anúncios exibidos na aba “Promoções” do Gmail, que aparecem entre os emails dos usuários com formato semelhante ao de mensagens tradicionais.

A CNIL considera que, ao adotar esse tipo de exibição sem obter consentimento explícito, o Google violou regras europeias sobre comunicações eletrônicas e recorreu a técnicas de design enganoso para induzir a aceitação dos termos.

A investigação teve início após uma denúncia feita em 2022. Além da exibição dos anúncios, o órgão francês critica a maneira como o Google conduz o processo de aceitação de cookies, facilitando a aceitação e dificultando a recusa – uma prática que fere o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD).

O que diz a legislação?

A CNIL baseia suas acusações no Código francês de Comunicações Eletrônicas, que exige consentimento prévio para qualquer forma de prospecção comercial por email. Embora o Google argumente que os anúncios não são tecnicamente mensagens de email, a autoridade francesa destaca que sua aparência e posicionamento na caixa de entrada tornam a prática comparável ao envio de emails publicitários.

Exemplo antigo de anúncio na aba da Promoções do Gmail (imagem: reprodução/Google)

A falta de um processo de consentimento claro e equilibrado reforça a acusação de uso de design enganoso. O Google contesta essa interpretação. A empresa afirma que os anúncios fazem parte da interface do Gmail e não são comunicações diretas. Também argumenta que apenas uma parte dos usuários visualiza esse conteúdo e que a publicidade ajuda a manter o serviço gratuito.

Segundo a companhia, alterações recentes foram implementadas para atender às exigências regulatórias, como a inclusão de um botão de recusa de cookies mais visível na criação de contas.

Multa recorde e impacto para o futuro da regulação digital

Caso a sanção seja confirmada, essa será a maior multa já aplicada pela CNIL a uma empresa de tecnologia, superando os 150 milhões de euros cobrados do próprio Google em 2022. O valor elevado busca reforçar a importância da transparência nas práticas digitais, especialmente no que se refere ao respeito ao consentimento do usuário — um dos pilares do RGPD.

Com informações do Tom’s Guide e Freenews
Anúncios no Gmail estão na mira da França e podem custar caro ao Google

Anúncios no Gmail estão na mira da França e podem custar caro ao Google
Fonte: Tecnoblog

Como deixar suas playlists como privadas no YouTube Music | TC Ensina

Como deixar suas playlists como privadas no YouTube Music | TC Ensina

Apesar de não ter algumas das funções sociais de concorrentes como o Spotify, o YouTube Music também carrega algumas poucas características de uma comunidade online; e uma delas são as playlists!

Hoje, dando sequência ao nosso quadro de dicas e tutoriais, confira a seguir como tornar as suas listas de reprodução no YouTube Music privadas.Como tornar suas playlists do YouTube Music privadasEmbora não tenha um perfil explícito de usuário, onde amigos e conhecidos podem visitar sua conta para ver o que você anda escutando, o YouTube Music permite que as listas criadas sejam públicas, catalogadas como “playlists da comunidade”.Clique aqui para ler mais

Como deixar suas playlists como privadas no YouTube Music | TC Ensina
Fonte: Tudocelular

Ask Photos: Google Fotos melhora busca via IA com solução inusitada

Ask Photos: Google Fotos melhora busca via IA com solução inusitada

Ask Photos usa o Gemini para pesquisas no Google Fotos (imagem: reprodução/Google)

Em 2024, o Google apresentou o Ask Photos, um mecanismo integrado ao Google Fotos para Android e iOS que usa a tecnologia de IA do Gemini para buscar imagens específicas armazenadas no serviço. Mais de um ano depois, a ferramenta foi aprimorada e está sendo liberada para mais usuários.

O Ask Photos vinha funcionando bem em pesquisas mais complexas, como “indique fotos que seriam ótimos papéis de parede para o celular” ou “o que eu comi em Barcelona?”, como explica o próprio Google.

Mas, curiosamente, buscas mais simples, com termos como “cachorro” ou “praia”, nem sempre apresentavam os resultados esperados, o que obviamente fazia os usuários se queixarem do Ask Photos.

O Google solucionou esse problema de um modo inusitado. Agora, quando o usuário faz uma pesquisa no Google Fotos, o mecanismo tradicional de busca do serviço entra em ação imediatamente enquanto os modelos Gemini trabalham em segundo plano para encontrar fotos condizentes com consultas complexas.

Com isso, o Google Fotos mostrará inicialmente um conjunto de imagens correspondente ao buscador clássico e, na sequência, o Gemini exibirá as fotos ou dados que encontrou com base no prompt informado pelo usuário.

É uma estratégia que faz sentido, pois o usuário não terá que alternar manualmente para o buscador clássico se o Ask Photos não apresentar os resultados esperados. Ainda assim, o mecanismo baseado na tecnologia do Gemini poderá ser desativado nas configurações do serviço a qualquer momento.

Busca de imagens com o Ask Photos (imagem: reprodução/Google)

Como usar o Ask Photos no Google Fotos?

Infelizmente, o Ask Photos permanece em fase experimental, razão pela qual só está disponível nos Estados Unidos, apesar de estar sendo expandido. Mesmo por lá, os usuários que quiserem testar a ferramenta deverão atender a alguns critérios, como ter mais de 18 anos e usar a conta do Google no inglês dos Estados Unidos.

Ainda não há previsão sobre quando o Ask Photos será liberado oficialmente em mais países. Mas fica a torcida para que isso não demore: o mecanismo parece ser realmente útil.
Ask Photos: Google Fotos melhora busca via IA com solução inusitada

Ask Photos: Google Fotos melhora busca via IA com solução inusitada
Fonte: Tecnoblog

Google Brasil desmente boato de que trancou X após decisão do STF

Google Brasil desmente boato de que trancou X após decisão do STF

Estratégia de comunicação no Brasil foca no Instagram e TikTok (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Google nega fim das atividades no X.
Empresa foca em outras plataformas, como Instagram e TikTok, desde o ano passado.
Empresa estuda impactos da decisão do STF.

O Google Brasil não abandonou o X (antigo Twitter) após a decisão do Supremo Tribunal Federal que mudou as regras das big techs no país. O Tecnoblog conversou com a equipe de comunicação do Google, que nos explicou que o foco tem sido outras plataformas desde o ano passado – notadamente, o Instagram e TikTok.

“Quem lembra do Google dizendo que sairá do Brasil? (…) Já trancou até seu perfil”, escreveu um usuário do X. Ele desconsidera que a página está assim desde 2024, quando o Google respondeu uma pessoa pela última vez na rede hoje controlada por Elon Musk.

Usuário levanta a hipótese falsa sobre Google (imagem: reprodução)

A decisão do STF

Os ministros do STF decidiram ontem (26) pela revisão do chamado Artigo 19 do Marco Civil da Internet, o que deve impactar os pesos-pesados da tecnologia no país, como Google e Meta, entre outras companhias. Imediatamente, surgiram boatos de que o Google Brasil havia se retirado da plataforma.

Aliás, essa tese não faz sentido algum. O novo entendimento do Supremo estabelece que, em determinadas circunstâncias, as plataformas podem ser responsabilizadas pelos conteúdos dos usuários. Neste novo cenário, portanto, o X será impactado pela mudança. Em outras palavras, o gigante das buscas não teria nenhum motivo para abandonar o perfil.

O que pensa o Google sobre a decisão?

O Google emitiu o seguinte comunicado sobre a decisão do Supremo:

“O julgamento do Artigo 19 foi encerrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com um novo entendimento sobre responsabilidade civil para um grupo grande e diverso de plataformas de internet. Ao longo dos últimos meses, o Google vem manifestando suas preocupações sobre mudanças que podem impactar a liberdade de expressão e a economia digital. Estamos analisando a tese aprovada, em especial a ampliação dos casos de remoção mediante notificação (previstos no Artigo 21), e os impactos em nossos produtos. Continuamos abertos ao diálogo.”

A companhia não tomou nenhuma medida até o momento.
Google Brasil desmente boato de que trancou X após decisão do STF

Google Brasil desmente boato de que trancou X após decisão do STF
Fonte: Tecnoblog

Chrome copia iPhone e agora deixa usar barra de endereço na parte inferior

Chrome copia iPhone e agora deixa usar barra de endereço na parte inferior

Chrome agora suporta barra de endereços inferior (imagem: reprodução/Google)

Resumo

O Google Chrome para Android agora permite mover a barra de endereços para a parte inferior da tela.
A mudança segue o Safari, da Apple, que desde o iOS 15 permite a barra na parte inferior.
O recurso começou a ser liberado globalmente no Chrome 137 e não depende da versão do Android.

Usar o Chrome no Android exige que você acesse a barra de endereços no topo da interface. Bom, não mais. Seguindo o que a Apple implementou no Safari a partir do iOS 15, em 2021, agora o Google permite que a barra de endereços de seu navegador seja movida para a parte inferior da tela.

Essa opção já estava disponível no Google Chrome para iPhone. Nessa versão, você só precisa ir em Configurações / Barra de endereço para determinar se esse componente deve ficar na parte superior (padrão) ou inferior.

No Android, o Google mantém essa abordagem: o usuário pode definir se quer manter a barra de endereços no topo do Chrome ou se prefere movê-la para a parte inferior do navegador.

Permitir essa escolha é importante porque, quando a Apple implementou a barra de endereços na parte inferior do Safari, muitos usuários não aprovaram a mudança. Não demorou para a companhia permitir que o usuário mova a barra para a parte superior nas configurações do aplicativo.

No Chrome para Android, a barra de endereços pode ser movida para a parte inferior da tela de duas formas:

mantenha a barra de endereços pressionada por alguns instantes e escolha a opção “Mover a barra de endereço para baixo”;

tal como no iPhone, vá ao menu principal e acesse Configurações / Barra de endereço e escolha a posição de sua preferência para a barra de endereços.

Barra de endereços na parte inferior do Chrome (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Quando a barra de endereços inferior chega ao Chrome para Android?

O novo recurso já começou a ser liberado em escala global, a partir do Chrome 137. Mas, de acordo com o Google, pode levar algumas semanas para todos os usuários terem acesso à nova configuração da barra de endereços.

A novidade não depende da versão do sistema operacional, mas se você tem um celular antigo, precisa ficar atento: o Chrome deixará de ser suportado nos Androids 8.0 e 9.0 a partir de agosto de 2025.
Chrome copia iPhone e agora deixa usar barra de endereço na parte inferior

Chrome copia iPhone e agora deixa usar barra de endereço na parte inferior
Fonte: Tecnoblog

Em gesto inédito, Google passa a integrar entidade brasileira de publicidade

Em gesto inédito, Google passa a integrar entidade brasileira de publicidade

Google Brasil participará do programa Priority Flagger do Conar (foto: Felipe Ventura/Tecnoblog)

Resumo

O Google Brasil se tornou o primeiro representante de big techs a integrar o Conar, conselho de ética publicitária do país.
A associação cria um canal direto para denúncias de violações em suas plataformas, agilizando a moderação de conteúdos.
A medida ocorre durante debates no STF sobre a responsabilidade das plataformas, indicando estratégia do Google em regulação de conteúdo.

O Google agora é um associado do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). A empresa é a primeira grande plataforma digital internacional a se juntar oficialmente à entidade, que atua na fiscalização da ética na publicidade do país.

Com a associação, o Google participará do programa Priority Flagger da organização. A iniciativa oferece ao conselho um canal de comunicação direto e prioritário para reportar potenciais violações de políticas em anúncios veiculados nas plataformas do Google, como a ferramenta de busca e o YouTube.

O Conar possui um código de ética e um conselho que julga denúncias feitas por consumidores ou empresas. Ele pode recomendar a alteração ou suspensão de anúncios. Embora não aplique multas, as decisões do Conar são amplamente respeitadas no mercado publicitário.

Fabio Coelho é presidente do Google Brasil (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Com a adesão do Google, espera-se que a análise de conteúdos problemáticos seja feita de forma mais rápida pela empresa. Empresas rivais, como a Meta (dona do Facebook e Instagram) e TikTok, não são associadas à entidade.

Em comunicado, o presidente do Google no Brasil, Fábio Coelho, afirma que o mercado publicitário exige responsabilidade e que, junto ao Conar, a empresa trabalhará para “construir um ecossistema publicitário cada vez mais saudável e confiável”.

Google ainda enfrenta Justiça brasileira

A associação ocorre em um momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) discute a responsabilidade civil das plataformas digitais pelo conteúdo veiculado por terceiros, com base no Marco Civil da Internet. A Corte já formou maioria para a responsabilização de big techs.

Ao se aliar a uma entidade de autorregulamentação, o Google pode estar sinalizando boa vontade para realizar a moderação de conteúdo, ainda que o Conar não tenha relação com os temas em análise pela Justiça.

Google resiste às tentativas de regulamentar conteúdo na internet (foto: Carlos Moura/STF)

Coelho afirmou à Folha de São Paulo, numa entrevista publicada hoje, que modificações radicais na legislação podem forçar o Google a aplicar mais restrições no país. Em outras palavras, um número maior de conteúdos poderia ser retirado do ar antes mesmo de uma decisão judicial (como ocorre hoje).

O Google já se posicionou contra o Projeto de Lei 2.630 (o PL das Fake News), que tramita desde 2020. Em 2023, a empresa criticou publicamente a medida na página inicial da busca, o endereço online mais acessado do Brasil.
Em gesto inédito, Google passa a integrar entidade brasileira de publicidade

Em gesto inédito, Google passa a integrar entidade brasileira de publicidade
Fonte: Tecnoblog