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YouTube faz alerta à OpenAI sobre usar seus vídeos para treinar a Sora

YouTube faz alerta à OpenAI sobre usar seus vídeos para treinar a Sora

CEO do YouTube destaca que usar vídeos da plataforma para treinar IAs viola termos de uso do site (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Neal Mohan, CEO do YouTube, disse nesta quinta-feira (4) que a OpenAI não pode usar os vídeos do YouTube para treinar a Sora, sua IA generativa de vídeos. Em um evento organizado pela Bloomberg, Mohan destacou que os termos de uso da plataforma proíbem que os conteúdos da plataforma sejam usados para treinar modelos de IA. A declaração do CEO pode parecer protecionismo, mas tem um motivo justo.

Ainda que os interesses de IA do Google sejam um dos motivos de proibir a rival de treinar a Sora, Mohan destaca que os termos de uso servem para proteger o conteúdo publicado pelos usuários. Ou melhor, eles precisam ser seguidos pelos dois lados: YouTube e canais.

Deixando de lado as justiças ou injustiças em monetização, o CEO do YouTube diz que quando um criador sobe um vídeo na plataforma, ele espera que os termos de uso sejam respeitados. Isso inclui proteger o conteúdo de ser baixado ilegalmente ou do seu texto ser transcrito — o que poderia treinar IAs generativas de texto, como ChatGPT ou Claude.

Sam Altman e ninguém revela, mas há acusações de que ChatGPT foi treinado com conteúdo sob direitos autorais (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

OpenAI é acusada de treinar ChatGPT com materiais protegidos

A fala de Mohan não é dita ao acaso. A OpenAI é alvo de processos na qual é acusada de usar material protegido por direitos autorais para treinar o ChatGPT. Entre alguns dos autores de processos deste tipo estão: o jornal The New York Times, a humorista Sarah Silverman, George R.R. Martin (autor de As Crônicas de Gelo e Fogo) e Christopher Golden (autor de Buffy, A Caça Vampiros).

A “matemática” para treinar uma IA generativa eficiente é básica: quanto mais conteúdos ela tiver acesso, mais conhecimento ela terá. As empresas do ramo, e o Google não escapa disso, não são muito abertas sobre as fontes dos treinamentos. Afinal, revelá-las é colocar um alvo para receber um processinho.

Sora cria vídeos em alta qualidade, mas ainda não foi liberada

Sora é capaz de seguir prompts bastante detalhados (Imagem: Reprodução/OpenAI)

A Sora foi anunciada em fevereiro, mas ainda não está disponível para o público. A IA generativa de vídeos está apenas na fase de testes, mas seus primeiros resultados impressionam pelo realismo. E sim, ela mantém alguns erros comuns nas IAs generativas de fotos. A imagem acima foi transformada em GIF para ser exibida no texto, por isso a sua qualidade está reduzida

Com informações: Bloomberg e Android Headlines
YouTube faz alerta à OpenAI sobre usar seus vídeos para treinar a Sora

YouTube faz alerta à OpenAI sobre usar seus vídeos para treinar a Sora
Fonte: Tecnoblog

Mais um produto do Google chegou ao fim

Mais um produto do Google chegou ao fim

Google Podcasts é novo integrante do Cemitério do Google (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Chegou ao fim nesta terça-feira (2), o Google Podcasts — ele ainda funciona em alguns países, mas será gradualmente encerrado. A morte do serviço foi anunciada pelo Google no ano passado. Agora, quem utilizava este recurso do Google para gerenciar seus podcasts favoritos terá que usar o YouTube Music.

A descontinuação do Google Podcast segue um roteiro já conhecido da Big Tech: ela anunciou um novo serviço, vende como algo que levará muita praticidade para os usuários e depois, por diferentes motivos, encerra o produto.

Fim do Google Podcast é culpa do YouTube

YouTube ganhou espaço no segmento de podcasts e levou ao fim o seu “irmão” Google Podcasts (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No caso do Google Podcast, a razão para o seu fim não foi o agregador de um concorrente, mas o próprio YouTube. O Google foi deixando o aplicativo de lado para valorizar a transmissão de podcasts na plataforma de vídeos. Afinal, os cortes dos programas gravados conquistam uma grande audiência.

Por mais que podcasts tenham surgidos como programas em áudio, a popularização do vídeo e, principalmente, a melhora das conexões de internet permitiram que os podcasts ganhassem espaço no audiovisual.

Em nota, o Google afirma que a sua decisão segue a resposta do mercado — as pessoas estão consumindo podcast em vídeo, assim como os criadores de conteúdo fornecem seus programas também nesse formato.

Quando anunciou o fim do Google Podcasts, a big tech citou um estudo que mostrava que 23% dos ouvintes usam o YouTube, contra 4% do Google Podcast. O YouTube Music, “sucessor” do Google Podcast, pode ser acessado no desktop pela plataforma de vídeos.

Cemitério do Google ganha mais um membro

O assassinato mais recente de produtos do Google foi do Keen, encerrado em março. Pronuncia-se Quin, mas pode falar “Quem”, assim como na frase “Quem era esse Keen do Google?”. Essa foi a tentativa do Google de rivalizar com o Pinterest. A rede social foi lançada em 2020 e liberada apenas nos Estados Unidos.

Agora, o Google Podcasts se une ao Keen, encerrado no dia 15 de março deste ano, e a outros vários produtos no Cemitério do Google. Estão enterrados neste cemitério virtual: Google +, Arquivo dos Álbuns, Grasshopper, YouTube Stories e vários produtos que você nem lembrava que existiram ou nem mesmo chegaram por aqui.

Com informações: The Verge e 9to5Google
Mais um produto do Google chegou ao fim

Mais um produto do Google chegou ao fim
Fonte: Tecnoblog

YouTube Music tem novo visual para a seção de comentários

YouTube Music tem novo visual para a seção de comentários

O YouTube Music passou por um redesign de sua seção de comentários – uma que parece pequena, mas esconde bastante coisa. A mudança serve tanto para a versão do app para Android como aquela para iOS.

Até agora, quando você abria a área de comentários de uma música, o reprodutor seguia reproduzindo o áudio no fundo, com a aba de testemunhos dos internautas se projetando à frente dela, escondendo informações como arte do disco, controles de reprodução etc.No novo formato, a aba de comentários do YouTube Music “empurra” o reprodutor para cima, exibindo os testemunhos e interações dos usuários como se fosse uma gaveta de aplicativos – não muito diferente de quando você quer acessar todos os apps instalados no Android, por exemplo.Clique aqui para ler mais

YouTube Music tem novo visual para a seção de comentários
Fonte: Tudocelular

A Bixby não morreu, diz executivo da Samsung

A Bixby não morreu, diz executivo da Samsung

Bixby pode usar o mesmo modelo de linguagem grande que equipa a Galaxy AI (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A Bixby, assistente virtual da Samsung, ainda não morreu. Segundo Won-joon Choi, vice-presidente da divisão mobile da marca, a assistente segue nos planos da empresa. A ideia, de acordo com Choi, é que a Bixby passe a utilizar os modelos de IA generativa — o que também deve acontecer com a Siri, sua concorrente.

A dúvida sobre o futuro da Bixby começou com o anúncio do Galaxy AI. O recurso de inteligência artificial generativa estreou no Galaxy S24, smartphone topo de linha lançado em janeiro deste ano. Ele não tem funções como a da Bixby, mas a tendência é que IAs generativas tomem o lugar das assistentes virtuais — ou que seus modelos de linguagens passem a equipar essas assistentes.

Bixby pode usar tecnologia do Google

Em entrevista para a CNBC, Choi revelou que a Samsung estuda equipar a Bixby com a mesma tecnologia do Galaxy AI. Apesar de não falar isso aos quatro ventos, a IA generativa da Samsung utiliza o modelo de linguagem grande (LLM) Gemini Nano, criado pelo Google. Assim, se cumprir o planejado, a Samsung pode levar uma tecnologia do Google para mais um de seus serviços.

O Gemini Nano é um LLM que exige menos capacidade de processamento, o que permite que suas tarefas sejam executadas direto no smartphone. Na entrevista, o executivo da Samsung não apontou uma data de quando a Bixby deve receber essa melhoria.

Quem também pode usar IA generativa em sua assistente virtual mobile é a Apple. Tim Cook, CEO da empresa, afirmou que a ideia é levar essa tecnologia de inteligência artificial para o iPhone ainda neste ano. Os rumores sugerem que a Siri passará a usar algum modelo de IA. Mais informações sobre isso serão reveladas no WWDC 24.

A Amazon é outra empresa que deve usar modelos de IA generativa para deixar a Alexa, sua assistente virtual, mais inteligente.

Relembre o lançamento do Galaxy S24 e Galaxy AI

Com informações: The Verge
A Bixby não morreu, diz executivo da Samsung

A Bixby não morreu, diz executivo da Samsung
Fonte: Tecnoblog

Como pesquisar uma foto por rosto no Google Fotos

Como pesquisar uma foto por rosto no Google Fotos

Google Fotos agrupa imagens por rosto e facilita busca por imagens (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A função de pesquisa por rosto no Google Fotos é um recurso que permite encontrar rapidamente imagens que contenham rostos de pessoas específicas.

A ferramenta utiliza algoritmos de reconhecimento facial para analisar as fotografias presentes na galeria do smartphone, facilitando a organização das fotos baseadas em quem aparece.

Você pode procurar por retratos apenas digitando o nome da pessoa na barra de busca ou filtrando o rolo da câmera a partir do rosto de cada indivíduo.

A seguir, saiba como usar o recurso do Google Fotos no celular ou PC.

ÍndiceComo procurar uma foto por rosto no Google Fotos pelo celular1. Entre na pesquisa do Google Fotos2. Encontre as pessoas identificadas pelo Google FotosComo pesquisar uma foto por rosto no Google Fotos pelo PC1. Entre no Google Fotos pelo navegador2. Entre na seção Explorar3. Verifique os rostos reconhecidos pelo Google FotosPor que aparecem fotos de outras pessoas no meu Google Fotos?Por que a pesquisa por rosto sumiu do meu Google Fotos?É possível desativar o reconhecimento facial do Google Fotos?

Como procurar uma foto por rosto no Google Fotos pelo celular

1. Entre na pesquisa do Google Fotos

No seu celular, abra o aplicativo do Google Fotos. Em seguida, toque na função Pesquisar, localizada no canto inferior direito.

2. Encontre as pessoas identificadas pelo Google Fotos

Logo no início da tela de pesquisa, a sessão Pessoas e animais de estimação é exibida. Toque em Ver tudo.

A partir desse momento, você poderá fazer pesquisa por rostos no Google Fotos. Também é possível atribuir um nome a determinada pessoa, o que facilita na busca por texto.

Como pesquisar uma foto por rosto no Google Fotos pelo PC

1. Entre no Google Fotos pelo navegador

No seu navegador preferido (como Google Chrome, Microsoft Edge ou Firefox), entre em photos.google.com. No canto superior direito, clique em Acessar o Google Photos e faça o login com sua conta Google.

2. Entre na seção Explorar

Na barra lateral esquerda, clique em Explorar.

3. Verifique os rostos reconhecidos pelo Google Fotos

Alguns rostos já serão exibidos na seção Pessoas e animais de estimação. Clique em Ver tudo para encontrar todas as pessoas ou pets identificadas.

Nesse momento, você encontrará todos os rostos reconhecidos automaticamente por reconhecimento facial pelo Google Fotos. Para facilitar a organização e busca, você poderá identificar cada rosto com um nome.

Por que aparecem fotos de outras pessoas no meu Google Fotos?

Existem alguns motivos se você está encontrando rostos que não conhece no Google Fotos. Veja abaixo:

Pessoas em segundo plano: ao tirar uma foto, pessoas desconhecidas aparecem na imagem. Dessa forma, o Google Fotos pode fazer o reconhecimento facial e criar álbuns específicos para outras pessoas.

Imagens compartilhadas do Google Fotos: a plataforma permite que usuários enviem álbuns ou fotos individuais pelo endereço de e-mail, e, nesse caso, a imagem aparece diretamente no seu aplicativo.

O Google Fotos também possui a funcionalidade de Compartilhamento com Parceiro. Essa função permite que um usuário compartilhe toda a biblioteca ou fotos de pessoas específicas com outro perfil do Google Fotos. Caso a função esteja ativa na sua conta, você encontrará fotos que não tirou, incluindo pessoas desconhecidas.

Por que a pesquisa por rosto sumiu do meu Google Fotos?

Confira abaixo alguns motivos para a pesquisa por rosto não funcionar no Google Fotos:

Verifique se a função está ativa: clique na sua foto no canto superior direito do aplicativo e entre em Configurações de Google Fotos. Em seguida, vá em Preferências e depois em Agrupar por reconhecimento facial. Se a função estiver desmarcada, ative-a.

Fotos do dispositivo sem backup: o reconhecimento facial do Google Fotos só ocorre nas imagens que estão na nuvem. Verifique se você tem espaço disponível na sua conta Google e certifique-se de que o backup está ativado.

É possível desativar o reconhecimento facial do Google Fotos?

Sim. Para desativar o reconhecimento facial no Google Fotos, basta ir nas configurações do aplicativo, depois em Preferências, seguido de Agrupar por reconhecimento facial.

Em seguida, basta desmarcar a opção Agrupamento por reconhecimento facial. Ao desativar a função, o Google Fotos também irá desativar o reconhecimento de pets.
Como pesquisar uma foto por rosto no Google Fotos

Como pesquisar uma foto por rosto no Google Fotos
Fonte: Tecnoblog

Google promete apagar os dados coletados na aba anônima do Chrome

Google promete apagar os dados coletados na aba anônima do Chrome

Google Chrome coletou por anos dados de usuários em navegação anônima (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Google se comprometeu a apagar ou alterar dados coletados em modo anônimo do navegação Chrome após condenação por monitorar usuários. A medida deve beneficiar quase de 140 milhões de pessoas.
A empresa foi multada em US$ 5 bilhões por violar privacidade na Califórnia, nos Estados Unidos, devido à vigilância na aba anônimo. O processo judicial foi iniciado em 2020.
Inicialmente, o Google informava incorretamente que não salvava dados de navegação anônima, mas usava essas informações para direcionar anúncios pelo Google Ads.
Como parte do acordo de dezembro de 2023, além da multa, a empresa permite que o bloqueio de cookies de terceiros seja ativado por padrão no modo anônimo por cinco anos.
Um porta-voz do Google alegou que os dados coletados no modo anônimo não eram vinculados a contas de usuários.

O Google se propôs a apagar ou descaracterizar dados coletados no modo de navegação anônima do navegador Chrome. A decisão, anunciada nesta segunda-feira (1º), faz parte do processo em que a empresa foi condenada por monitorar a atividade de usuários usando a aba anônima. Caso a proposta do Google seja aprovada pela Justiça da Califórnia, nos Estados Unidos, quase 140 milhões de usuários serão beneficiados pela decisão.

No fim do ano passado, o Google concordou em pagar uma multa de US$ 5 bilhões por ter vigiado os usuários mesmo na aba anônima. Simplificando e resumindo o processo, o caso da big tech se assemelha muito a uma propaganda enganosa. Pouco depois da repercussão do caso, cujo processo foi aberto em 2020, o Google passou a informar no modo anônimo que alguns dados podiam ser coletados.

O Google afirmava na tela inicial da janela anônima que não salvava dados da navegação. No entanto, a big tech rastreava e registrava as atividades dos usuários. Com esses dados, a empresa geria informações para o Google Ads, o que permitia entregar anúncios direcionados para os usuários.

Google omitia informação de que coletava dados do usuário para seus serviços (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Valor oficial da multa é de US$ 5 bilhões

Em dezembro de 2023, o Google aceitou um acordo para encerrar o processo. Com isso, a big tech pagará uma multa de US$ 5 bilhões (R$ 25 bilhões) por violar a legislação da Califórnia sobre privacidade e grampo telemático. Os autores da ação coletiva poderão pedir o pagamento de uma indenização por danos. Até o momento, 50 pessoas já pediram essa indenização.

Segundo um porta-voz do Google, os dados coletados durante a navegação anônima não eram associados a usuários — o que contradiz a informação de que 136 milhões de conta foram afetadas. Outra parte do acordo exige que a big tech permita, pelo período de cinco anos, que o bloqueio de cookies de terceiros seja ativado por padrão no modo de navegação anônima. Isso impede que o Google rastreie as atividades dos usuários do Chrome neste modo.

Com informações: The Verge
Google promete apagar os dados coletados na aba anônima do Chrome

Google promete apagar os dados coletados na aba anônima do Chrome
Fonte: Tecnoblog

Configuração de contraste de cores do Android 15 facilitará leitura em apps

Configuração de contraste de cores do Android 15 facilitará leitura em apps

Muito tem sido falado a respeito do Android 15, especialmente sobre novos recursos de acessibilidade. E uma das novas configurações divulgadas é a de contraste de cores, que facilitará a leitura dentro de aplicativos.

Recentemente, o Google lançou o Android 14 beta, conhecido como Android 14 QPR3 Beta 2.1, que trouxe correções de bugs comuns em lançamentos pontuais, como é de praxe. No entanto, esta atualização surpreendeu ao introduzir alguns novos recursos, como o modo de alta qualidade para a webcam, anteriormente visto apenas no Android 15 Developer Preview 2.

Nos bastidores, também foi descoberta uma página oculta de configurações de “contraste de cores”, que pode ser ativada manualmente. Essa página permite aos usuários ajustar o contraste de texto, botões e ícones para torná-los mais visíveis nos aplicativos.Clique aqui para ler mais

Configuração de contraste de cores do Android 15 facilitará leitura em apps
Fonte: Tudocelular

Fundador da DeepMind diz que onda de IA atraiu vigaristas

Fundador da DeepMind diz que onda de IA atraiu vigaristas

Para Demis Hassabis, hype da inteligência artificial trouxe vigaristas para esta área e prejudica profissionais sérios (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Demis Hassabis, um dos fundadores da empresa de inteligência artificial DeepMind, declarou que a onda de IAs trouxe muitos vigaristas para a área. Hassabis, que é chefe da divisão de IA do Google, comparou o hype das inteligências artificiais com a febre de criptomoedas. O executivo da big tech destaca que alguns desses vigaristas estão recebendo bilhões em investimento.

A comparação com criptomoedas pode deixar alguns admiradores de criptos bravos, mas a fala de Hassabis tem lógica. Nos últimos anos, com a alta valorização de criptomoedas como o Bitcoin e Ethereum, diversos vigaristas passaram a usar o assunto para aplicar golpes, seja com agências de investimento em cripto ou criando suas próprias moedas. Para o cofundador da DeepMind, o hype com IAs trouxe esses mesmos problemas.

Por outro lado, Hassabis comenta um paradoxo: em alguns pontos, IA não é “hypada” o bastante, mas em outros ela é superestimada. “Nós estamos falando de coisas que não são reais”, disse o inglês.

Marketing com termo IA é quase um 1º de abril

A declaração do fundador da DeepMind foi dada no domingo, dia 31. No entanto, ela combina com o dia de hoje, 1º de abril, o dia da mentira. Não que alguma pegadinha envolvendo IA tenha viralizado. Só que desde o boom dessa tecnologia, diversas empresas estão usando o termo “inteligência artificial” para recursos que não são IA.

Demis Hassabis, à esquerda, e sua DeepMind criaram a AlphaGo, IA que venceu Lee Sedol, campeão mundial de go (Imagem: Divulgação/DeepMind)

O problema é que, em alguns casos, essas tecnologias utilizam um algoritmo complexo, capaz de analisar padrões já programados. Sendo mais “purista” na definição, inteligência artificial é um modelo capaz de aprender sozinho e tomar decisões sem ajuda de um humano.

Um exemplo desse uso do termo IA como marketing: provavelmente você já viu um chatbot sendo anunciado como inteligência artificial. Mas que na prática é apenas um algoritmo que vai identificar palavras chaves e te responder — além de te fazer passar raiva, porque geralmente são mal estruturados e incapazes de te ajudar. E não citarei nomes de empresas.

Hype prejudica pesquisas em IA, diz Hassabis

Hassabis destaca que esses problemas com a “febre de IA” acaba jogando uma nuvem sobre a ciência e pesquisa por trás dessa tecnologia. Enquanto algumas pessoas acreditam que IAs são apenas um hype passageiro ou que não serão tudo isso, o executivo defende o oposto.

“Eu acho que nós estamos arranhando apenas a superfície do que eu acredito que será possível na próxima década em diante”, disse Hassabis. O inglês formado em ciências da computação ainda afirma que estamos no início de uma nova era de ouro das descobertas científicas, “um novo Renascimento”, diz o executivo.

Com informações: Financial Times e The Verge
Fundador da DeepMind diz que onda de IA atraiu vigaristas

Fundador da DeepMind diz que onda de IA atraiu vigaristas
Fonte: Tecnoblog

Novo design: Android 15 pode trazer visual renovado para painel de volume com Material You

Novo design: Android 15 pode trazer visual renovado para painel de volume com Material You

O Android 15 será a nova geração do sistema operacional móvel do Google, e embora seu lançamento esteja previsto para o segundo semestre, várias mudanças da atualização já podem ser encontradas na versão de testes para desenvolvedores. Uma das novidades é um painel de volume com design renovado, trazendo mais elementos do Material You.

Embora já suporte o tema de cores dinâmicas, o design atual possui elementos de design que ainda não estão alinhados com a nova identidade visual do Google. Com isso, Mishaal Rahman, especialista em Android, percebeu mudanças no painel de controle de volume ao analisar a versão Developer Preview 2 do Android 15. Confira:Clique aqui para ler mais

Novo design: Android 15 pode trazer visual renovado para painel de volume com Material You
Fonte: Tudocelular

Chrome para Windows ganha suporte nativo a chips Arm

Chrome para Windows ganha suporte nativo a chips Arm

Google Chrome já era compatível com Arm no macOS e no ChromeOS (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Google anunciou que o Chrome agora conta com uma versão otimizada para computadores com Windows e chips Arm. Segundo a empresa, a nova versão representa um salto drástico de desempenho em relação às anteriores, que precisavam de emulação para funcionar em chips com esta arquitetura.

A compatibilidade com Arm no Windows é uma notícia importante porque a Qualcomm está prestes a lançar sua nova linha de processadores com a arquitetura Arm, chamada Snapdragon X Elite, que promete desempenho superior aos chips próprios da Apple e deve estar presente na nova geração dos aparelhos Microsoft Surface.

Snapdragon X Elite chega em meados de 2024 (Imagem: Divulgação / Qualcomm)

Não por acaso, a própria Qualcomm participou do desenvolvimento e do anúncio de lançamento da nova versão do navegador do Google, mesmo que ele rode também em chips Arm de outras fabricantes.

“A nova versão do Google Chrome vai ajudar a consolidar o papel do Snapdragon X Elite como principal plataforma para PCs com Windows a partir da metade de 2024”, diz Cristiano Amon, presidente e CEO da Qualcomm, no comunicado publicado pela empresa.

O suporte à arquitetura Arm em si não é uma novidade para o Chrome. Ele tem compatibilidade nativa com este tipo de chip no macOS. Os computadores da Apple com chip próprio (M1, M2, M3 e suas variações) são baseados em Arm. O próprio ChromeOS, sistema derivado do navegador, também tem suporte a este tipo de processador, presente em alguns modelos de Chromebook.

Windows no Arm ainda não emplacou

A Qualcomm tenta, há quase uma década, aumentar sua participação no mercado de computadores com Windows, mas um grande obstáculo está justamente na compatibilidade com softwares feitos para a arquitetura x64, usada nos processadores da Intel e AMD.

Na prática, muita coisa roda como emulação, o que compromete o desempenho. A Microsoft — também interessada no Arm — vem tentando criar ferramentas para superar este desafio, como o Arm64EC, que permite que desenvolvedores portem softwares aos poucos do x64 para o Arm.

Com ele, é possível passar a parte principal de um código para o Arm, mantendo outras partes em x64, que continuam rodando com emulação. Assim, não é necessário ter o trabalho de migrar tudo de uma vez para a nova arquitetura, e a parte com compatibilidade nativa já pode garantir uma melhoria no desempenho.

A Microsoft provavelmente lançará sua nova linha de laptops em maio, em um evento antes da conferência Build, voltada a desenvolvedores. O Surface Laptop 6 e o Surface Pro 10 devem vir equipados com o novo Snapdragon X Elite.

Com informações: The Verge, Ars Technica, Qualcomm, Google
Chrome para Windows ganha suporte nativo a chips Arm

Chrome para Windows ganha suporte nativo a chips Arm
Fonte: Tecnoblog