Category: Finanças

Pix por aproximação chega em 2025 para agilizar pagamentos

Pix por aproximação chega em 2025 para agilizar pagamentos

Pix por aproximação chega em 2025 para tornar pagamentos mais rápidos (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Pagamentos via Pix por aproximação devem ser realidade no Brasil a partir de 2025. O Banco Central do Brasil (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciaram um novo conjunto de regras de Open Finance que visa facilitar a implementação da modalidade.

Com isso, pagamentos via Pix não vão exigir que o consumidor faça autenticação no aplicativo do banco ou serviço financeiro para somente então o procedimento ser concluído. Até certo ponto, o Pix por aproximação seguirá a dinâmica de uso de um cartão.

Como o Pix por aproximação funcionará

O usuário continuará tendo que usar o seu celular para fazer pagamentos via Pix. Mas, em vez de acessar diretamente o aplicativo de uma instituição financeira, ele integrará a sua conta a uma carteira digital (wallet).

Presumivelmente, isso significa que o consumidor poderá utilizar serviços como Google Pay e Apple Pay para realizar transferências via Pix (desde que eles se tornem compatíveis), bastando aproximar o celular do terminal de pagamento para esse fim.

Tecnicamente, já é possível fazer isso. Mas é preciso haver uma regulamentação apropriada para viabilizar o Pix por aproximação, pois a modalidade envolve pelo menos duas plataformas que precisam “conversar” entre si (a instituição onde o usuário tem conta e a carteira digital). É aí que o Open Finance entra em cena.

Pix (imagem ilustrativa: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Novas regras de Open Finance

O Open Finance (outrora chamado de Open Banking) é um sistema aberto que permite que o cliente compartilhe seus dados financeiros entre instituições diferentes.

Tal como o próprio BC informa, novas regras de Open Finance vão ser criadas visando “simplificar a jornada de iniciação de pagamentos com Pix, inclusive para a realização de pagamentos por aproximação”.

Na prática, as novas regras irão facilitar a comunicação entre instituições financeiras e carteiras digitais do ponto de vista regulatório.

Quando o Pix por aproximação estará disponível?

Os testes da modalidade devem começar em 14 de novembro. Se não houver atrasos ou imprevistos, BC e CMN permitirão que o Pix por aproximação comece a funcionar oficialmente em fevereiro de 2025.
Pix por aproximação chega em 2025 para agilizar pagamentos

Pix por aproximação chega em 2025 para agilizar pagamentos
Fonte: Tecnoblog

Itaú junta seis apps num só e decide migrar 15 milhões de clientes

Itaú junta seis apps num só e decide migrar 15 milhões de clientes

Nova marca comemora o centenário do banco em 2024 (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

(Direto de São Paulo) O Itaú anunciou na manhã de hoje que irá fundir seis apps num só, de modo a operar com a marca Itaú. Será um super app com experiências personalizadas para cada perfil de consumidor. A previsão do conglomerado é migrar cerca de 15 milhões de pessoas até o final de 2025.

Os variados aplicativos das marcas Itaú Cartões, Credicard e Iti estarão dentro do super app Itaú. O acesso será feito por meio do CPF do cliente e senha de seis dígitos. “Queremos que todos os clientes do Itaú tenham acesso a uma nova era de experiência”, disse João Araújo, diretor de negócios, plataformas e experiências digitais, numa entrevista coletiva da qual o Tecnoblog participou.

Marcas Iti, Unicall, Personnalité e Private estarão no super app Itaú (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Os usuários de outros aplicativos terão de baixar o app do Itaú para Android ou iPhone (iOS). Os representantes do banco calculam que este procedimento levará no máximo dois minutos e meio. Na sequência, poderão desinstalar o app anterior (como o do Credicard, por exemplo).

O super app também ganha as seguintes novidades:

Antecipação de parcelas em compras com juros. Os clientes poderão pagar antes com desconto. O próprio app do Itaú irá informar o valor economizado.

Nova área de limites permitirá escolher os valores a serem gastos em cartão junto ao Itaú.

Hub de pagamentos com limite de gastos para certas categorias de compras (como táxi e transporte por app).

Metas de acúmulo de capital. O consumidor decide o valor e o tempo necessário. Trata-se de um CDB do Itaú e conta com correção de 100% do CDI.

Uso do limite do cartão de crédito para fazer Pix. O valor pode ser parcelado mediante cobrança de juros, que dependem do perfil do cliente.

Segundo executivos, a velocidade de implementação vai depender do retorno dos clientes, mas deve ocorrer num prazo de 12 a 18 meses. Ela começa com os usuários do Iti ainda em 2024.

Executivos do Itaú explicam a adoção do aplicativo Itaú para variadas marcas (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Toda a aprovação de clientes passa a ser online. Não será preciso explicar para saber se o consumidor terá acesso ao cartão do Itaú em parceria com a Latam, por exemplo. O diretor de canais digitais Estevão Lazanha explicou que o processamento ocorre na nuvem, com mecanismos de inteligência artificial. “Tudo isso ocorre de forma acelerada, mas com a gestão de risco de crédito do Itaú”, complementou Pâmela Vaiano, superintendente de comunicação corporativa do Itaú Unibanco.

Por ora não foram divulgados planos para a migração de correntistas da corretora Avenue para o super app do Itaú.
Itaú junta seis apps num só e decide migrar 15 milhões de clientes

Itaú junta seis apps num só e decide migrar 15 milhões de clientes
Fonte: Tecnoblog

Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras

Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras

Pay Later chega ao fim, mas Apple Card e conta Savings continuam (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple anunciou o fim do Apple Pay Later, seu serviço de “buy now, pay later” (BNPL) disponível nos Estados Unidos. Com ele, donos de iPhone podiam fazer compras de até US$ 1 mil e pagá-las em quatro vezes sem juros. O serviço durou menos de um ano no mercado. No lugar dele, a empresa vai oferecer parcerias com bancos para financiar pequenos valores.

Parcelar compras é algo a que nós, brasileiros, já estamos acostumados há muito tempo, desde a época dos cheques pré-datados e carnês. Em outros países, isso é uma novidade, que ficou conhecida pela sigla BNPL (“compre agora, pague depois”) e ganhou popularidade na pandemia de COVID-19, quando as compras online ganharam muitos adeptos.

Apple Pay Later oferecia parcelamento em quatro vezes (Imagem: Reprodução / Apple)

Enquanto aqui os parcelamentos são feitos diretamente na loja ou na administradora do cartão, nos EUA, eles geralmente envolvem uma terceira empresa, como Affirm, Klarna e Afterpay, por exemplo.

Foi neste mercado que a Apple decidiu entrar. O Pay Later oferecia parcelamento em até quatro vezes sem juros, com pagamentos a cada duas semanas. Cada compra era avaliada de forma separada, com limite de US$ 1 mil.

Apple Pay Later durou menos de um ano

A Apple anunciou o Pay Later em junho de 2022, durante a apresentação do iOS 16, na WWDC. Os testes, porém, só começaram em março de 2023, com o lançamento geral nos EUA em outubro de 2023. Portanto, foram menos de dez meses de operação.

O fim do Apple Pay Later não será o fim do parcelamento na carteira digital da maçã. Em comunicado divulgado na semana passada, a empresa diz que bancos e instituições financeiras vão oferecer o serviço no Apple Pay, com pagamento diretamente em cartões de crédito ou débito.

Enquanto o Pay Later era exclusivo do mercado americano, o novo sistema de parceria chegará a mais países. A Apple menciona Austrália, Espanha e Reino Unido.

Apple tem até sua própria poupança (Imagem: Divulgação / Apple)

O parcelamento foi uma das cartadas da fabricante do iPhone para tentar pegar uma fatia do mercado de serviços bancários. Nos EUA, a empresa também oferece o Apple Card, cartão de crédito com cashback e integração ao iOS, e o Savings, uma espécie de conta poupança com rendimento de 4,15% ao ano, considerado alto para os padrões americanos.

Com informações: 9to5Mac, MacRumors
Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras

Apple vai encerrar Pay Later, seu serviço de parcelamento de compras
Fonte: Tecnoblog

Nubank celebra marca de 100 milhões de clientes em 11 anos de operação

Nubank celebra marca de 100 milhões de clientes em 11 anos de operação

Nubank celebra marca de 100 milhões de clientes em 11 anos de operação (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Esta quarta-feira (8) é um dia de celebração para o Nubank. A fintech está comemorando a marca de 100 milhões de clientes. Desse total, 92 milhões estão no Brasil. Os demais clientes estão no México e na Colômbia. Se considerarmos que a companhia tem apenas 11 anos de existência, trata-se de um feito e tanto.

O Nubank nasceu em 2013 pelas mãos de Cristina Junqueira, David Vélez e Edward Wible. Mas o primeiro produto, o cartão de crédito na cor roxa que até hoje representa a empresa, só surgiu em 2014.

Foi um lançamento ousado, pois o produto desafiou os bancos, que dominavam o segmento de cartões de crédito no início da década passada. Para se diferenciar, o Nubank lançou um cartão de crédito gratuito (sem cobrança de anuidade) e controlado por aplicativo.

Naquela época, cartões sem anuidade até existiam, mas muitas vezes exigiam que o usuário gastasse um valor mínimo por mês ou eram oferecidos via contas universitárias, por exemplo.

Para acompanhar gastos ou realizar ações, como bloqueio do cartão ou solicitação de limite maior, normalmente os clientes tinham que ligar para o banco ou acessar o site da instituição, que frequentemente demorava para atualizar as informações.

Por se desvencilhar dessa engessada estratégia de negócio, o cartão do Nubank começou a atrair interesse, sobretudo de usuários adeptos de novidades tecnológicas.

Apesar disso, o começo foi tímido. O Nubank conta que, na primeira leva, emitiu 6 mil cartões de crédito. Mas esse número cresceu rapidamente nos anos seguintes. Em parte porque quem já tinha o cartão recebia convites para o Nubank que podiam ser distribuídos livremente. Essa foi uma ótima estratégia de marketing.

Cartão do Nubank (imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Meta era de 1 milhão de clientes em cinco anos

A marca de 100 milhões de cliente é importante para o Nubank, entre outras razões, porque a meta da fintech em seus primeiros anos de existência era muito mais modesta, como conta o CEO da empresa:

Em 2013, estabelecemos a meta ambiciosa de alcançar um milhão de clientes em cinco anos, o que parecia quase impossível na época. Em uma década, ultrapassamos os 100 milhões, o que é um testemunho da confiança que nossos clientes depositam em nós, e também do poder de um modelo de negócio verdadeiramente centrado no cliente.

David Vélez, cofundador e CEO do Nubank

O total de 1 milhão de clientes foi alcançado em 2016, muito antes do planejado. No ano seguinte, o Nubank criou a conta digital, que deu abertura para outros produtos, como empréstimos, seguros, investimentos (operação que envolveu a aquisição da Easynvest), conta para pessoa jurídica, entre outros.

Em 2019, o Nubank iniciou sua expansão internacional. Além do Brasil, a fintech tem operações no México e Colômbia, ainda que modestas se comparadas ao país de origem. As bases de clientes atuais em cada mercado são as seguintes:

Brasil: 92 milhões de clientes

México: 7 milhões de clientes

Colômbia: quase 1 milhão de clientes

Esses números também são acompanhados de bom desempenho financeiro. O Nubank afirma ter fechado 2023 com receitas superiores a US$ 8 bilhões e lucro líquido de mais de US$ 1 bilhão.
Nubank celebra marca de 100 milhões de clientes em 11 anos de operação

Nubank celebra marca de 100 milhões de clientes em 11 anos de operação
Fonte: Tecnoblog

Pix Automático pode atrasar de novo e chegar só em 2025

Pix Automático pode atrasar de novo e chegar só em 2025

Pix Automático deve atrasar de novo e chegar só em 2025 (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Pix Automático deveria ter sido lançado oficialmente em abril de 2024, mas foi adiado para outubro. Porém, o cronograma do Banco Central do Brasil para implementação da modalidade está atrasado. Isso significa que, provavelmente, só teremos acesso a ela no próximo ano.

O que é Pix Automático?

O Pix Automático é uma modalidade que possibilitará pagamentos recorrentes de modo automático, desde que eles sejam autorizados previamente pelo usuário. Trata-se de uma dinâmica que lembra o atual débito automático, que desconta um valor da conta bancária do cidadão mediante autorização prévia.

A expectativa é a de que o Pix Automático seja usado para pagamentos de contas rotineiras, como água, energia, internet e condomínio. A modalidade também poderá ser usada em mensalidades de escolas, academias ou planos de saúde, por exemplo, bem como para serviços financeiros, como empréstimos e consórcios.

Nesse sentido, o Pix Automático poderá ser uma alternativa mais prática tanto ao débito automático quanto ao cartão de crédito.

Os adiamentos do Pix Automático

Em outubro de 2023, o Fórum Pix anunciou o adiamento da disponibilização do Pix Automático de abril para outubro de 2024. Formada pelo Banco Central e instituições financeiras e de pagamento, o Fórum Pix é uma entidade que discute e define as regras do ecossistema do Pix.

Na ocasião, o Fórum Pix explicou que o adiamento de seis meses foi necessário em razão da complexidade do Pix Automático. O Banco Central também revelou existir “questões organizacionais” dentro do órgão, sem dar detalhes adicionais.

De todo modo, o novo cronograma estabeleceu que o arcabouço principal do Pix Automático, contendo regulamento, manual de penalidades e procedimentos operacionais da modalidade, seria publicado em dezembro de 2023. E foi.

Os passos seguintes seriam a publicação de manuais técnicos, em janeiro de 2024, e o desenvolvimento dos sistemas relacionados ao Pix Automático entre janeiro e agosto deste ano. É aqui que os problemas começam.

Pix em aplicativo de banco (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Cronograma atrasado

O jornal O Globo relata que as etapas de desenvolvimento programadas para o período entre janeiro e abril de 2024 até agora não foram concluídas. Isso inclui a publicação dos manuais técnicos, que deveria ter sido feita no primeiro mês do ano.

As razões para isso seriam a operação-padrão dos servidores do Banco Central (encerrada no final de abril após perdurar por dez meses), equipe técnica pequena e limitações orçamentárias.

A operação-padrão foi finalizada, portanto, o ritmo de implementação do Pix Automático pode ser intensificado a partir deste mês de maio. Mas, nos bastidores, o clima é a de que não haverá tempo suficiente para que todas as etapas sejam executadas até 28 de outubro, a data de lançamento da modalidade.

Tudo indica que, para não haver mais atrasos, a equipe técnica e os limites orçamentos teriam que ser aumentados, mas é pouco provável que o Banco Central anuncie essas medidas.

O órgão informou ao O Globo que dará mais detalhes sobre a situação do Pix Automático na próxima reunião do Fórum Pix, ainda sem data marcada. Aliás, essa reunião deveria ter sido realizada em 14 de março, foi adiada para o dia 20 do mesmo mês, mas novamente deixou de ser realizada.

Diante dessa situação, é mesmo pouco provável que o Pix Automático chegue ainda em 2024.
Pix Automático pode atrasar de novo e chegar só em 2025

Pix Automático pode atrasar de novo e chegar só em 2025
Fonte: Tecnoblog

Falha de segurança no Banpará expõe dados de mais de 3 mil chaves Pix

Falha de segurança no Banpará expõe dados de mais de 3 mil chaves Pix

Pix já teve oito vazamentos desde o lançamento(Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Banco Central do Brasil informou que o Banco do Estado do Pará (Banpará) deixou expostos dados cadastrais vinculados a 3.020 chaves Pix. As informações são de natureza cadastral e incluem nome de usuário, CPF com máscara, instituição de relacionamento, agência e número da conta. Dados sob sigilo bancário não foram comprometidos.

A entidade diz que senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros não foram expostos. Os dados comprometidos não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas. Até o momento, não se sabe se alguém acessou de maneira indevida os dados expostos.

Banpará tem 195 agências (Imagem: Bruno Cecim/Agência Pará)

Clientes que tiveram suas informações expostas serão notificados pelo aplicativo do banco ou pelo internet banking. O BC alerta que outros meios de comunicação não serão utilizados, como telefone, SMS ou e-mail.

Segundo a autoridade financeira, o incidente começou em 20 de março de 2024 e foi resolvido no dia 13 de abril de 2024. Os dados fazem parte do Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), base gerida e operada pelo Banco Central. É nele que ficam as chaves Pix. Bancos e instituições financeiras acessam estes dados de forma direta.

O BC vai apurar o caso e aplicar medidas previstas na regulação vigente. Por conta do baixo impacto potencial, nem seria necessário comunicar o evento, mas a entidade diz ter tomado esta decisão por questão de transparência.

Dados do Pix vazam pela oitava vez

Desde que o Pix começou a funcionar, em novembro de 2020, esta é a oitava vez que o Banco Central comunica um incidente de segurança envolvendo dados usados pelo sistema de pagamentos instantâneos.

O maior episódio foi justamente o primeiro a ser revelado, em agosto de 2021: dados cadastrais ligados a 414.526 chaves Pix foram expostos pelo Banco do Estado do Sergipe (Banese).

Além destes, SumUp, Fidúcia, Phi Pagamentos, Acesso Soluções de Pagamento, Logbank e Abastece Aí tiveram problemas de segurança envolvendo o Pix.

Com informações: Banco Central do Brasil
Falha de segurança no Banpará expõe dados de mais de 3 mil chaves Pix

Falha de segurança no Banpará expõe dados de mais de 3 mil chaves Pix
Fonte: Tecnoblog

Nubank lança conta em dólar e euro com eSIM grátis para usar no exterior

Nubank lança conta em dólar e euro com eSIM grátis para usar no exterior

Nubank lança Conta Global com saldo em dólar e euro (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Nubank anunciou sua conta global, uma boa novidade para quem costuma fazer viagens internacionais. Esse tipo de serviço ajuda a economizar no câmbio e IOF, e conta com cartão de débito para saques e compras. Como benefício, os clientes terão eSIM grátis para usar internet móvel no exterior sem depender de tarifas de roaming.

A conta internacional do Nubank estará disponível inicialmente para clientes com o cartão de crédito Ultravioleta. Os usuários poderão garantir acesso antecipado dentro do aplicativo, na área exclusiva para os clientes de alta renda.

Na conta global do Nubank será possível ter saldo em dólar ou euro, embora o cartão de débito permita saques e compras em mais de 200 países. O serviço foi lançado em parceria com a Wise, que possui conta global própria.

De acordo com a instituição financeira, a conta global terá taxa de câmbio de 0,9%. Além disso, o cliente deverá pagar pelo IOF de câmbio com alíquota de 1,1%. Isso pode trazer uma boa economia ao comparar com o spread e impostos de cartão de crédito — o Nubank afirma que a diferença pode chegar a até 9%.

Um dos benefícios interessantes da conta global do Nubank é o eSIM para uso em viagens internacionais. Será possível emitir o chip virtual uma vez por ano, com direito a 10 GB de internet válidos durante 30 dias com cobertura em “mais de 40 países”.

Ao menos para clientes Ultravioleta, o Nubank não cobrará taxa de manutenção, abertura ou emissão do cartão de crédito. A fintech não informou planos e tarifas para clientes que não estão na segmentação. Para ser cliente Ultravioleta é necessário pagar uma mensalidade de R$ 49; é possível zerar a taxa ao atingir R$ 5 mil por mês na fatura do cartão de crédito ou manter pelo menos R$ 50 mil investidos na NuInvest.

Mercado de contas internacionais possui ampla concorrência

Ainda que seja uma boa novidade, a conta global do Nubank não é exatamente inovadora, uma vez que serviços similares são oferecidos por outras fintechs e até mesmo bancos tradicionais.

Mercado de contas globais possui ampla concorrência (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

Uma das contas mais populares é o Wise, que é a parceira do Nubank para o novo produto. O serviço é gratuito, mas exige um depósito de R$ 100 para ter o cartão físico. É possível ter saldo em mais de 40 moedas diferentes, incluindo dólar e euro.

A Nomad também é uma referência quando se trata de contas internacionais, e não cobra taxas de abertura ou manutenção. Com saldo apenas em dólar, a fintech inclui cartão de débito para compras e saques em mais de 180 países, e também permite investir em renda fixa, ações e fundos do mercado americano.

Os brasileiros também têm à disposição contas internacionais de outras instituições financeiras, como Avenue (parceira do Itaú), Banco Inter, BB Americas (Banco do Brasil), C6 Bank, Go Multi (antigo Banco BS2), My Account Bradesco, Santander Select Global e Revolut.
Nubank lança conta em dólar e euro com eSIM grátis para usar no exterior

Nubank lança conta em dólar e euro com eSIM grátis para usar no exterior
Fonte: Tecnoblog

Visa lança pagamento por aproximação para compras online

Visa lança pagamento por aproximação para compras online

App da Ingresse para Android terá opção de pagar aproximando cartão (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

A Visa, a Ingresse e a Symbiotic lançaram uma nova forma de pagamento no mercado brasileiro. Com ela, o consumidor pode fazer uma compra online e pagar aproximando seu cartão ao celular, como faria em uma maquininha de cartão. A tecnologia, conhecida como Tap to Own Device, é inédita na América Latina. A plataforma Ingresse Tap, da empresa de ingressos, será a primeira a usar a solução.

Funciona assim: você faz uma compra em um app de uma loja online no celular. Na hora de pagar, existe a opção de aproximação. Então, é só colocar o cartão perto do celular. O método dispensa digitar números e aceita cartões de crédito e também de débito.

Ingresse vai destacar pagamento no débito (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

O Tap to Own Device é um desdobramento das tecnologias de usar celulares como maquininhas para pagamentos por aproximação, como o Tap to Pay da Apple (que tem um sistema mais fechado) e vários apps de Android (que libera o NFC para uso de terceiros). A diferença é que a aproximação não é no celular de um lojista previamente cadastrado, e sim no aparelho do próprio cliente.

Uma das vantagens do novo método é facilitar o pagamento no débito, que nem sempre é aceito pelo tradicional método de digitar o número do cartão. A Visa trata a questão como inclusão digital. “O ambiente de cartão de crédito é muito selecionado”, diz Fernando Pantaleão, vice-presidente de soluções da Visa.

Após escolher opção, basta aproximar para pagar (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Para as empresas, a Visa promete menores custos com estornos e maiores taxas de aprovação. Tecnicamente, a Visa chama esse tipo de transação de “cartão presente”. Pense em uma maquininha: quando a compra não é aprovada, você sabe na hora. Isso representa um custo menor com compras não aprovadas. Além disso, as taxas cobradas em transações de débito são menores.

E o Pix? Pantealeão diz que ele não necessariamente é um concorrente. “O Pix trouxe o consumidor para uma experiência digital, e isso facilita uma solução do tipo [do Tap to Own Device]”, explica.

Aproximação promete melhorar métricas do comércio (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Ingresse vai estrear aproximação no app para Android

A plataforma de ingressos Ingresse é a primeira empresa a adotar o Tap to Own Device. Gabriel Nicola, head de pagamentos, destaca que a empresa já trabalha com várias formas de pagamento. Ele considera que o pagamento por aproximação dá mais confiança para o consumidor, que não precisa digitar os números. A transação pode envolver senhas, inclusive.

O desenvolvimento da parte de software ficou a cargo da empresa costarriquenha Symbiotic. Javier Chacón González, CIO da Symbiotic, destaca que a prevenção de fraudes é um dos principais desafios do formato, já que o celular não é de um lojista previamente cadastrado. A tecnologia vem sendo desenvolvida há um ano e meio.

O Ingresse Tap estará disponível a partir do começo de fevereiro, no app da plataforma para Android, desde que o aparelho tenha NFC. Segundo Pantaleão, da Visa, a solução para iPhone está a caminho, e apesar do ecossistema mais fechado, não há nenhuma limitação imposta pela Apple.
Visa lança pagamento por aproximação para compras online

Visa lança pagamento por aproximação para compras online
Fonte: Tecnoblog

Microsoft se torna segunda empresa a atingir marca dos US$ 3 trilhões

Microsoft se torna segunda empresa a atingir marca dos US$ 3 trilhões

Microsoft chegou a ficar na frente da Apple em valor de mercado (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Microsoft atingiu a marca de US$ 3 trilhões de valor de mercado pela primeira vez. As ações da desenvolvedora de Windows, Office e Bing tiveram forte alta ao longo de 2023, graças às perspectivas positivas em relação à inteligência artificial. Ela é apenas a segunda empresa a chegar nesta cifra na história — a outra é a Apple, em feito alcançado em janeiro de 2022.

As ações da Microsoft tiveram uma alta de 1,7% nesta quarta-feira (24), chegando a US$ 405,63, seu recorde. Os US$ 3 trilhões de valor de mercado estão logo abaixo da Apple. Com ações negociadas a US$ 194,82, uma queda de 0,35%, a empresa comandada por Tim Cook vale US$ 3,01 trilhões.

O feito da Microsoft vem pouco após a companhia ter ficado à frente da Apple em valor de mercado por um breve período. Em 11 de janeiro, as oscilações dos papéis da bolsa levaram a Microsoft à cifra de US$ 2,888 trilhões, acima da Apple, com US$ 2,887 trilhões.

A Microsoft já estava na história como a terceira empresa a chegar na marca de US$ 2 trilhões (depois de Apple e Saudi Aramco) e quarta a chegar a US$ 1 trilhão (depois de PetroChina, Apple e Amazon).

Investimentos em IA impulsionaram Microsoft

A Microsoft está “alcançando” a Apple graças a uma alta expressiva de suas ações ao longo de 2023. No ano passado, os papéis acumularam valorização de 50%.

Os investidores estão empolgados com a inteligência artificial generativa, que se tornou o grande assunto do mercado de tecnologia desde o lançamento do ChatGPT para o grande público. A Microsoft é dona de 49% da OpenAI, que desenvolve o ChatGPT.

Tecla Copilot em PCs é um marco da aposta da Microsoft na IA (Imagem: Reprodução/Microsoft)

Além disso, a gigante de Redmond incluiu IA em quase todos os seus produtos. Um movimento marcante foi incluir, nos teclados, o um botão dedicado ao Copilot, assistente com IA embarcada no Windows 11.

A animação dos investidores não é mero encanto com as possibilidades da tecnologia. Eles esperam que os recursos sejam um diferencial da Microsoft e ajudem a empresa a lucrar mais. Prova disso é que as ações da companhia tiveram um salto quando ela anunciou que o Copilot para Microsoft 365 custaria US$ 30 mensais.

Com informações: The Verge, Reuters
Microsoft se torna segunda empresa a atingir marca dos US$ 3 trilhões

Microsoft se torna segunda empresa a atingir marca dos US$ 3 trilhões
Fonte: Tecnoblog

Com Pix, uso de cheque cai 95% no Brasil, mas modalidade resiste

Com Pix, uso de cheque cai 95% no Brasil, mas modalidade resiste

Talão de cheques (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostram que o uso de cheque caiu 95% desde 1995, quando a série histórica teve início. O Pix é um dos maiores responsáveis por essa queda. Apesar disso, a quantidade de cheques emitidos continua expressiva. Foram 168,7 milhões de folhas compensadas só em 2023.

Embora o número de cheques compensados em 2023 seja elevado, essa é a menor quantidade já registrada em um ano. Em 2022 foram 203 milhões de cheques. Em 2021, cerca de 220 milhões. A verdade é que esse número diminui ano a ano.

A queda na emissão de cheques se acentuou nos últimos anos em razão do crescimento do uso de meios eletrônicos para transações financeiras, especialmente o Pix, modalidade lançada em 2020. A própria Febraban reconhece esse cenário:

A pandemia estimulou o uso dos canais digitais dos bancos e, hoje, quase oito em cada dez transações bancárias realizadas no Brasil são feitas em canais digitais, como o mobile banking e internet banking (77%). Soma-se a isso a preferência dos brasileiros pelo Pix, que vem se consolidando como o principal meio de pagamento utilizado no país.

Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban

As razões para a preferência pelo Pix são um tanto óbvias. Entre elas estão a ausência de custos para transações realizadas por pessoas físicas, a efetivação quase imediata de cada operação, a possibilidade de realizar transferências 24 horas por dia e aos finais de semana (ainda que existam restrições de segurança) e o acesso a partir do celular.

O Pix é um dos responsáveis pelo declínio do cheque (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Cheque não tem previsão para ser descontinuado

Walter Faria explica que a tendência é a de que o uso de cheques continue caindo ano após ano. Apesar disso, os bancos não têm uma previsão sobre quando a modalidade será descontinuada.

Em entrevista ao Tecnoblog em 2022, o próprio Faria relatou alguns fatores que explicam a “sobrevivência” do cheque, como o costume de pessoas com mais idade a essa modalidade e a cultura de uso de cheques em transações de alto valor, para aquisição de carros ou imóveis, por exemplo.

De 3,3 bilhões para 168,7 milhões de cheques

A tabela mais abaixo, baseada em dados do Serviço de Compensação de Cheques (Compe), revela que 3,3 bilhões de cheques foram compensados em 1995, quando a modalidade passou a ser acompanhada de perto pelos bancos brasileiros. As 168,7 milhões de unidades compensadas em 2023 representam uma queda de 95% em relação ao ano de estreia da série histórica.

Obviamente, essa diferença é refletida no volume de dinheiro movimentado com cheques nesses dois anos. Foram R$ 2 trilhões em 1995 contra R$ 610,2 bilhões em 2023.

O ticket médio, por outro lado, tem aumentado, evidenciando o uso de cheques para transações de alto valor. Esse parâmetro ficou em R$ 613,70 em 1995, R$ 3.257,88 em 2022 e R$ 3.617,60 em 2023.

Ainda de acordo com a Febraban, 13,6 milhões de cheques sem fundos foram devolvidos em 2023.

AnoCheques compensadosVariação desde 199519953.334.224.724–19963.158.118.845-5,28%19972.943.837.133-11,71%19982.748.906.075-17,55%19992.602.863.723-21,93%20002.637.492.836-20,90%20012.600.298.561-22,01%20022.397.295.279-28,10%20032.246.428.302-32,63%20042.106.501.724-36,82%20051.940.344.627-41,81%20061.709.352.834-48,73%20071.533.452.222-54,01%20081.396.544.544-58,11%20091.234.971.610-62,96%20101.120.364.198-66,40%20111.012.774.771-69,62%2012914.214.328-72,58%2013838.178.679-74,86%2014755.816.648-77,33%2015672.014.638-79,84%2016576.404.408-82,71%2017494.055.868-85,18%2018436.204.425-86,92%2019384.278.195-88,47%2020287.196.448-91,39%2021218.944.650-93,43%2022202.848.320-93,91%2023168.693.980-94,99%
Com Pix, uso de cheque cai 95% no Brasil, mas modalidade resiste

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Fonte: Tecnoblog