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Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos

Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos

Embarcamos para os Estados Unidos e visitamos a sede da Microsoft (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

No ano em que comemora 50 anos de história, a Microsoft convidou jornalistas de 20 países para conhecer de perto sua sede em Redmond, nos arredores de Seattle, nos EUA. O Tecnoblog foi o único representante do Brasil nessa visita exclusiva ao vasto campus da empresa, que mais parece uma cidade. São 125 prédios, 47 mil pessoas circulando diariamente e até um sistema interno de transporte, com micro-ônibus e um serviço semelhante ao Uber, exclusivo para funcionários.

Durante a visita, conhecemos o departamento de arquivos da Microsoft, onde a história da empresa é cuidadosamente preservada em disquetes e versões antigas do Flight Simulator. Passamos também pelo Laboratório de Inclusão, dedicado ao desenvolvimento de tecnologias acessíveis, e descobrimos até colmeias espalhadas pelo campus — iniciativa para contribuir com a polinização da vegetação local.

Dê play no vídeo abaixo e confira o vlog especial

De Albuquerque ao mundo

A história da companhia fundada por Bill Gates e Paul Allen começa em 1975, em Albuquerque, no Novo México. A Microsoft mantém um acervo cuidadosamente preservado, com caixas e discos da Encarta, disquetes, versões antigas do Flight Simulator e outros marcos da empresa. Cada item é armazenado com pelo menos três cópias.

Paul Allen (in memoriam) e Bill Gates, os fundadores da Microsoft (imagem: reprodução/Paulallen.com)

Há documentos que relembram o lançamento do Windows 95 e seu icônico botão Iniciar, quando a Microsoft repensou a forma de interagir com o computador, além da relação de parceria e rivalidade com a Apple — que, nos anos 1980, chegou a comprar softwares da Microsoft, antes da concorrência entre as duas crescer com o avanço do Windows.

Silêncio, inclusão, cibersegurança e… colmeias

Sala anecoica é tão silenciosa que algumas pessoas conseguem ouvir os batimentos do coração (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

No Laboratório de Inclusão, cerca de 4 mil pessoas colaboram anualmente no desenvolvimento de produtos mais acessíveis. Um dos destaques é o controle adaptado para jogadores com mobilidade reduzida, projetado com foco em ergonomia, compatibilidade e usabilidade — da peça até o design da embalagem.

Já no Centro de Cibercrimes, a Microsoft monitora ataques digitais e combate à pirataria em parceria com governos, incluindo o Brasil. Por questões de segurança, o acesso ao local é restrito, mas ameaças recebem codinomes baseados em fenômenos naturais — os ataques atribuídos à Rússia, por exemplo, são chamados de Blizzard.

Abelhas polinizadoras dão mel (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Uma das curiosidades do campus é a presença de colmeias espalhadas entre os prédios, que contribuem para a polinização da vegetação local — os visitantes recebem um potinho do mel produzido ali. Outra curiosidade são as casas na árvore, usadas como salas de reunião.

A sede da empresa foi pensada para que as pessoas trabalhem bem e com conforto. Hoje, a Microsoft vai além dos softwares clássicos, e tem apostado forte em IA — com os dispositivos Copilot+ —, ampliado sua atuação em computação em nuvem com o Azure e investido em áreas estratégicas de segurança cibernética.

Thássius Veloso viajou para os Estados Unidos a convite da Microsoft
Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos

Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos
Fonte: Tecnoblog

Cashback do Galaxy S25 já leva mais de 60 dias; Samsung e Méliuz se pronunciam

Cashback do Galaxy S25 já leva mais de 60 dias; Samsung e Méliuz se pronunciam

Clientes afirmam que cashback do Galaxy S25 não foi pago (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Méliuz reconheceu atraso na validação do cashback da campanha do Galaxy S25
A Samsung afirmou que os valores serão pagos em breve aos clientes que seguiram os requisitos
Consumidores reclamam nas redes sociais sobre a falta de pagamento após mais de 60 dias

O lançamento do Galaxy S25 no Brasil foi marcado por uma oferta que atraiu muitos consumidores, que agora se revoltam contra a Samsung e o Méliuz nas redes sociais. Os clientes dizem que o cashback prometido para dali a 30 dias não foi pago. Agora, as companhias atendem ao Tecnoblog e falam pela primeira vez sobre o assunto.

Primeiro, é preciso entender que a maneira de comprar smartphones no país mudou muito nos últimos anos. Era comum negociar com a operadora antes decidir por um novo modelo. Com o passar do tempo, as oportunidades ficaram mais complexas.

A oferta imperdível do Galaxy S25

As seis etapas para aproveitar campanha de lançamento do Galaxy S25 (imagem: reprodução)

A campanha do Galaxy S25 ilustra bem essa situação. Os clientes tiveram de cumprir algumas etapas para conseguir o máximo desconto no aparelho, que originalmente custaria entre R$ 6.999 (versão base) e R$ 11.999 (Ultra). O regulamento previa:

Comprar um voucher na pré-venda – ele custava R$ 99 e conferia desconto de R$ 1.000 quando o produto realmente chegasse;

Trade in – entregar o aparelho antigo em troca de desconto no novo, por meio do programa Troca Smart;

Uso de cupom específico para a oferta;

Finalização da compra diretamente na loja virtual da Samsung ou no app do Méliuz.

Quem fez tudo isso garantiu uma excelente condição de pagamento, com descontos que poderiam ultrapassar os 20%. Só tem um problema: parte dessa redução de preço viria em formato de cashback diretamente na plataforma do Méliuz.

Cashback passou dos habituais 2% para 20% durante campanha no Méliuz (imagem: reprodução)

O prazo era de 30 dias. Passados mais de 60, os consumidores ainda não receberam o valor. O app do Méliuz informa apenas que ele está pendente.

O que aconteceu? Ninguém sabe, mas, quando foram procurar o Méliuz, alguns clientes receberam respostas desencontradas. A empresa ora diz que a Samsung não repassou a comissão, ora afirma que o trade in invalida a oferta.

Méliuz diz que Samsung não pagou comissão (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

As respostas das empresas

Agora que você entendeu a mecânica da promoção e as queixas da clientela, vamos às respostas oficiais.

A Samsung declarou ao Tecnoblog que os valores do cashback serão pagos “em breve” para os consumidores que “seguiram todos os requisitos necessários”. Ela ainda reforçou que os clientes podem sanar dúvidas pelo SAC no 0800-007-2611 ou pela página de suporte no site oficial.

O Méliuz reconheceu, em resposta ao Tecnoblog, que houve um “atraso no processo de validação do cashback”, o que impactou a disponibilidade dos valores para saque dos usuários. Ele afirmou que está atuando em conjunto com a Samsung para que a situação seja normalizada “o mais rápido possível”.

De acordo com a empresa, os usuários afetados estão recebendo informações pelos canais de atendimento. O Méliuz se colocou à disposição para esclarecimentos pela Central de Ajuda.

Note que nenhuma empresa divulgou um novo prazo para regularizar a situação.

O que tem no Galaxy S25?

Galaxy S25 Ultra tem tela de 6,9 polegadas (imagem: divulgação/Samsung)

A linha do Galaxy S25 foi apresentada em janeiro, com forte apelo da inteligência artificial, que inclui recursos do Galaxy AI integrados com os do Gemini. Os três modelos têm processador 8 Elite, o mais recente da Qualcomm.

Cada qual tem um tamanho distinto: 6,2 polegadas no modelo base; 6,7 polegadas no Galaxy S25 Plus; e 6,9 polegadas no Galaxy S25 Ultra. Principal destaque da nova leva, o Ultra tem tela antirreflexo e proteção Gorilla Armor 2 contra quedas e impactos.

Cashback do Galaxy S25 já leva mais de 60 dias; Samsung e Méliuz se pronunciam

Cashback do Galaxy S25 já leva mais de 60 dias; Samsung e Méliuz se pronunciam
Fonte: Tecnoblog

Na verdade, a Vivo retirou os benefícios ilimitados de todos os planos (pré e pós também)

Na verdade, a Vivo retirou os benefícios ilimitados de todos os planos (pré e pós também)

Vivo é a maior operadora de telefonia móvel do Brasil, com 102,2 milhões de clientes (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Vivo removeu recursos ilimitados dos planos pré, pós, controle e Vivo Easy Prime, limitando chamadas a 300 minutos e cobrando R$ 0,10 por minuto extra.
A operadora agora cobra R$ 0,10 por SMS avulso após o limite de 100 mensagens mensais e restaurou o acesso ilimitado ao WhatsApp nos seus planos.
A Vivo continua sendo a maior operadora do Brasil, com 102,2 milhões de consumidores. Ela registrou lucro líquido de R$ 5,5 bilhões em 2024.

Na tarde de ontem (26), o Tecnoblog noticiou com exclusividade o fim das ligações telefônicas ilimitadas nos planos controle da Vivo. Imediatamente, consumidores entraram em contato e chamaram a atenção para o fato de que, na verdade, a operadora de origem espanhola decidiu aplicar essa mudança de forma ainda mais abrangente.

A decisão vale para os planos da Vivo no controle, pré, pós e Vivo Easy Prime. Nem mesmo os desejados e caros planos do Vivo Total, que combina telefonia móvel e internet residencial, estão a salvo.

A Vivo não realizou nenhum anúncio sobre o assunto. Em vez disso, a companhia modificou os regulamentos dos planos ao longo dos primeiros meses de 2025, segundo informações que coletamos nas últimas semanas.

Franquia oculta

Aviso de franquia: R$ 0,10 por minuto adicional (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Hoje em dia, as páginas dedicadas à contratação de produtos de telefonia móvel não fazem qualquer menção aos minutos de chamadas telefônicas e às mensagens SMS. Ao menos não à primeira vista: o cliente tem que navegar pela tela, clicar em “Mais informações” e depois em “Franquia” para descobrir que um plano antes ilimitado agora esbarra nos 300 minutos de ligações para qualquer operadora.

Os dizeres legais colocam o seguinte: “Chamadas locais ou de longa distância realizadas com CSP 15 para telefones móveis e fixos têm custo de R$ 0,10 por minuto. Os planos combinados com dados possuem 300 minutos inclusos, válidos para todas as operadoras.”

Não custa lembrar: a Vivo também passou a praticar o preço de R$ 0,10 por SMS avulso, após o limite de 100 mensagens por mês.

A Vivo declarou em nota ao Tecnoblog que as condições comerciais dos planos vigentes estão no site da operadora. “Qualquer nova condição e fim dos prazos contratados é comunicada aos usuários conforme regras vigentes e também pelos canais de contato oficiais da empresa.”

A maior do país

A Vivo é a maior operadora de telefonia móvel do Brasil: ela agrupa 102,2 milhões de consumidores e está muito à frente da segunda colocada, a Claro, com 87,2 milhões de clientes. A TIM aparece na terceira colocação, com 62,0 milhões de consumidores. Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Parte essencial do Grupo Telefónica, ela fechou 2024 com lucro líquido de R$ 5,5 billhões, uma alta de 10,3% frente ao ano anterior. Um documento contábil divulgado em fevereiro traz o seguinte: “Os clientes pós-pagos se sobressaem, totalizando 66,5 milhões, alta de 7,6% na comparação anual, mantendo a Vivo na liderança deste segmento, com 41,3% de market share.”

Maiores operadoras de telefonia móvel em janeiro de 2025, segundo a Anatel (imagem: Tecnoblog)

WhatsApp ilimitado

Ao mesmo tempo em que impôs os novos limites, a Vivo também voltou a citar o WhatsApp ilimitado nos regulamentos mais recentes. Em fevereiro, o Tecnoblog noticiou que o termo havia desaparecido de alguns documentos da companhia. Agora, o regulamento do pós-pago, por exemplo, estabelece que “todos os planos desta promoção poderão acessar os sites/aplicativos do WhatsApp sem que haja desconto da franquia de internet”.
Na verdade, a Vivo retirou os benefícios ilimitados de todos os planos (pré e pós também)

Na verdade, a Vivo retirou os benefícios ilimitados de todos os planos (pré e pós também)
Fonte: Tecnoblog

Moto Razr 60 Ultra e Moto Razr 60 são homologados na Anatel

Moto Razr 60 Ultra e Moto Razr 60 são homologados na Anatel

Moto Razr 60 Ultra será sucessor do Razr 50 Ultra (foto) e pode usar o SoC Snapdragon 8 Elite (imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Resumo

A Anatel homologou os celulares Moto Razr 60 Ultra e Moto Razr 60 para venda no Brasil.
O Moto Razr 60 Ultra terá rede UWB e pode trazer o processador Snapdragon 8 Elite da Qualcomm.
O modelo deve contar com bateria de 4.500 mAh e opções de RAM entre 8 GB e 18 GB.

A Motorola está pronta para lançar mais dois smartphones no mercado brasileiro: o Moto Razr 60 Ultra e o Moto Razr 60. Os próximos dobráveis da marca receberam a homologação da Anatel na semana passada e já podem ser vendidos no Brasil. O Moto Razr 60 Ultra foi aprovado em outros países e teve suas supostas imagens vazadas.

O Moto Razr 60 e Razr 60 Ultra vendidos no Brasil terão parte da sua fabricação no país, com a montagem realizada nas unidades da Flextronics em Jaguariúna (SP). O código dos modelos dos certificados são XT2551-6 e XT2553-1. A homologação confirma que o XT2551-6 terá rede UWB, recurso mais topo de linha que sugere que este modelo é o Razr 60 Ultra.

Certificação do Moto Razr 60 Ultra na Anatel (imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

Quais as possíveis especificações do Moto Razr 60 Ultra?

Segundo rumores, o Moto Razr 60 Ultra usará o processador Qualcomm Snapdragon 8 Elite. Essa informação não chega a ser uma grande dúvida, já que a Motorola sempre utiliza os principais SoCs da Qualcomm no seu dobrável topo de linha.

Possível visual do Moto Razr 60 Ultra foi vazado recentemente (imagem: reprodução/Evan Blass)

O visual, conforme imagens vazadas, não deve contar com muitas mudanças. A novidade fica por conta da versão “chão de taco” vista no Moto Edge 50 Ultra. Neste modelo, a Motorola usou um polímero perolado que lembrava o marfim (para mim é chão de taco). É provável que esse mesmo material seja usado no Moto Razr 60 Ultra.

A bateria deve ter capacidade de 4.500 mAh. As telas devem manter o tamanho da geração passada: 6,96 polegadas no display interno, 4 polegadas no externo.

Na parte de memória e armazenamento, é especulado que o Moto Razr 60 Ultra terá quatro opções de RAM (8 GB, 12 GB, 16 GB e 18 GB). Já o armazenamento vai de 256 GB até 2 TB — o que é um rumor ousado dos leakers.

Já o Moto Razr 60 não foi alvo de vazamentos por enquanto. Contudo, conforme o lançamento do celular se aproxima, é provável que informações sobre ele apareçam.

A Motorola também recebeu a certificação de celulares da linha Motorola Edge 60 e do Moto Watch Fit, um novo smartwatch da marca. Os novos Edge 60 devem ser anunciados no próximo mês, assim como foi no ano passado com o Edge 50. Já os Moto Razr 60 ficariam para julho, mais próximo da chegada dos seus rivais Galaxy Z Flip 7.

Relembre o lançamento do Moto Razr 50 Ultra

Com informações de GSM Arena (1 e 2) e Gizmochina
Moto Razr 60 Ultra e Moto Razr 60 são homologados na Anatel

Moto Razr 60 Ultra e Moto Razr 60 são homologados na Anatel
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: Vivo Mobile homologa primeiro celular no Brasil

Exclusivo: Vivo Mobile homologa primeiro celular no Brasil

Celular Vivo V50 Lite 5G será lançado no Brasil sob a marca Jovi (imagem: divulgação)

Resumo

O Jovi V50 Lite 5G da Vivo Mobile foi homologado no Brasil pela Anatel, mas ainda não lançado no exterior. A marca Jovi será usada no Brasil para evitar conflitos com a operadora Vivo.
Parte do Jovi V50 Lite 5G será montada na Zona Franca de Manaus pela GBR Componentes e contará com um processador MediaTek Dimensity 6300, 8 GB de RAM, 256 GB de armazenamento e carregamento rápido de 90 W.
O Jovi V50 Lite 5G possui uma dupla de câmeras traseiras de 50 MP e 8 MP, além de uma câmera frontal de 32 MP alojada em um notch tipo furo.

Tem fabricante nova de celular se preparando para chegar ao Brasil: a chinesa Vivo Mobile realizou a homologação do Jovi V50 Lite 5G, primeiro modelo da marca por aqui. O Tecnoblog visualizou os documentos com exclusividade. Esse movimento autoriza o início das vendas do produto no mercado doméstico.

Ao contrário de outros países, a Vivo Mobile vai usar o nome Jovi para evitar problemas judiciais com a operadora Vivo. A companhia está em processo de estruturação dos negócios, com contratação de executivos e montagem de escritório em São Paulo.

Versão 5G surge primeiro no Brasil

Certificação do Jovi V50 Lite 5G na Anatel (imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

Este modelo específico ainda não foi anunciado nem mesmo pela Vivo Mobile internacional, que, por enquanto, divulgou a versão 4G na segunda-feira (17). É provável que o Vivo/Jovi V50 Lite 5G seja apresentado ao público nas próximas semanas, visto que algumas marcas lançam versões 4G e 5G com apenas dias ou semanas de diferença.

Parte da montagem do celular Jovi V5 Lite 5G será feita no Brasil, na fábrica da GBR Componentes, em uma unidade localizada na Zona Franca de Manaus. Outra parte dos modelos vendidos por aqui será fabricada na China.

Quais especificações do Jovi V50 Lite 5G?

O Jovi V50 Lite 5G, segundo rumores, será equipado com o processador MediaTek Dimensity 6300. A configuração de memória deve ser de 8 GB de RAM com 256 GB de armazenamento.

Seguindo a tradição de celulares chineses, o Jovi V50 Lite 5G possui suporte para carregamento rápido de 90 W. A sua bateria de 6.500 mAh deve ficar completa em pouco tempo.

Fotos do Jovi V50 Lite 5G no documento enviado para a Anatel (imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

Na parte traseira, o Jovi V50 Lite 5G possui um conjunto duplo de câmeras. A câmera principal tira fotos de 50 MP, enquanto a outra (possivelmente uma ultra angular) captura em 8 MP. Já a câmera frontal, localizada num notch, registra selfies de 32 MP.

Chinesa cria marca para não ter problemas com a Vivo

O nome Jovi é a solução da fabricante de celulares Vivo Mobile para não entrar em uma briga judicial com a operadora Vivo. A Telefônica Brasil é dona da operadora, cuja marca é classificada como de alto renome.

Esse conceito concede uma proteção extra a marcas muito conhecidas, impedindo que o mesmo termo seja usado em qualquer outro segmento — por exemplo, não pode existir um McDonald’s Telecom sob a justificativa de que são mercados diferentes.

A Vivo Mobile já lançou uma página da Jovi para o Brasil. Ainda não há previsão de quando os aparelhos serão oficialmente vendidos no país.

Com informações de Gizmochina
Exclusivo: Vivo Mobile homologa primeiro celular no Brasil

Exclusivo: Vivo Mobile homologa primeiro celular no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Motorola Edge 60 Pro passa pela Anatel e pode ser lançado em breve

Motorola Edge 60 Pro passa pela Anatel e pode ser lançado em breve

Linha Motorola Edge 60 será a substituta da linha Motorola Edge 50 (na imagem) e deve ser lançada em abril (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

Anatel aprovou o Motorola Edge 60 Pro para venda no Brasil, com lançamento previsto para abril.
Ele inclui carregador de 68 W, bateria de 5.100 mAh, possível SoC Qualcomm Snapdragon, 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento.
A produção será dividida entre Brasil e China.

A Motorola prepara o lançamento de novos celulares premium no Brasil e no mundo. Na semana passada, o Motorola Edge 60 Pro foi homologado pela Anatel, o que significa que sua venda no país está autorizada. A chegada deste e de outros modelos da linha Edge 60 deve ocorrer em abril.

O Motorola Edge 60 Pro vendido no Brasil terá parte da produção nas fábricas da Flextronics em Jaguariúna, interior de São Paulo. Parte da fabricação também será realizada em Wuhan, na China.

O sucessor do Motorola Edge 50 Pro terá carregador na caixa. Seu certificado de conformidade técnica mostra que ele será compatível com recarga de 68 W.

Motorola Edge 60 Pro é homologado pela Anatel (imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)

Qual a potencial ficha técnica do Motorola Edge 60 Pro?

Segundo o documento de homologação, o Motorola Edge 60 Pro terá uma bateria de 5.100 mAh. O modelo é o mesmo aprovado na FCC, o órgão equivalente à Anatel nos Estados Unidos. Com isso, o Motorola Edge 60 Pro chegará com uma bateria com 600 mAh a mais que o Edge 50 Pro.

É provável que a Motorola mantenha um SoC Qualcomm Snapdragon no celular — assim como fez na geração atual. O Motorola Edge 50 Pro usa o Snapdragon 7 Gen 3.

Rumores sugerem que a empresa manterá a configuração de 12 GB de memória RAM com 512 GB de armazenamento no Motorola Edge 60 Pro.

Em 2024, a Motorola lançou a linha Edge 50 no mês de abril, com o celular Edge 50 Ultra chegando no Brasil depois dos modelos base e Pro. Com esta homologação em março, podemos esperar que a empresa repita a estratégia de lançamento de 2024.

Relembre o lançamento da linha Motorola Edge 50

Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Tecnoblog (@tecnoblog)

Com informações de 91Mobile
Motorola Edge 60 Pro passa pela Anatel e pode ser lançado em breve

Motorola Edge 60 Pro passa pela Anatel e pode ser lançado em breve
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: Motorola recebe críticas e muda forma de comunicar RAM Boost no Brasil

Exclusivo: Motorola recebe críticas e muda forma de comunicar RAM Boost no Brasil

Destaque para o RAM Boost em janeiro de 2025 (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Na busca pelo seu próximo smartphone, tenha cautela ao ler sobre os aparelhos da Motorola, como o Moto G75 ou o Motorola Edge 50 Ultra. A fabricante adotou a postura de comunicar o chamado RAM Boost primeiro e a memória RAM depois, o que pode causar confusão na mente das pessoas. Tanto é assim que o Reclame Aqui registra queixas de clientes que se sentiram enganados.

A mudança ocorreu há mais de um ano: o RAM Boost tomou as páginas de produto da Motorola e a memória RAM se tornou uma nota de rodapé. A empresa reverteu a comunicação depois que o Tecnoblog entrou em contato para apurar o tema, em janeiro de 2025. Hoje em dia, algumas páginas trazem os dois valores – apesar de a empresa ainda valorizar a memória virtual em alguns materiais gráficos.

Motorola exibe linha atual de smartphones na MWC 2025 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Qual a diferença entre RAM e RAM Boost?

Primeiro precisamos entender exatamente o que está acontecendo do ponto de vista técnico. Vamos aos conceitos básicos:

Memória RAM: um dos componentes mais importantes de um celular, este chip funciona como uma memória transitória para os cálculos realizados pelo processador. Portanto, quanto mais, melhor. Hoje em dia existem modelos com RAM de 16 GB, como o Xiaomi 15 Ultra.

RAM Boost: é uma função que leva em consideração software e hardware para explorar a chamada memória virtual. Aparelhos de outras marcas, como Galaxy A55 e Redmi Note 14 Pro, oferecem tecnologia similar. Com isso, o consumidor consegue um gás de processamento em tarefas mais complicadas, quando está com muitos apps abertos ou ao executar um jogo.

Cabe lembrar que os chips de RAM e de armazenamento são diferentes, e normalmente o primeiro é bem mais veloz.

Especialista recomenda transparência

Eu conversei com o especialista em direito do consumidor Christian Printes. O gerente jurídico do Idec entende que os clientes podem ser induzidos ao erro. “Existem indícios de propaganda enganosa porque falta informação clara em algumas páginas. O consumidor precisa disso para que possa fazer sua escolha de forma livre.”

Printes explica que uma nova tecnologia pode ser apontada como um diferencial pela fabricante, ”desde que explique de imediato como aquilo funciona”.

“Leva a erro”, diz comprador no Reclame Aqui (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Hoje em dia, a prática comum no mercado é destacar a memória RAM dos aparelhos, e não o total obtido com uso opcional da memória virtual. A exceção fica por conta da Apple, que não revela essa especificação técnica nas páginas oficiais.

Motorola modifica páginas

A nossa equipe está em contato com a fabricante desde meados de janeiro. De lá para cá, a Motorola fez ajustes na maneira de informar o RAM Boost. Páginas de produtos que antes só davam destaque para essa função voltaram a explicitar o que era cada coisa.

Edge 50: em janeiro, página mostravam “24 GB RAM Boost” em letras garrafais (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Mesmo com mudança, página do Edge 50 ainda mostra “24 GB” em destaque (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

“Estamos sempre abertos tanto a aprimorar a comunicação quanto ajustar lapsos que por vezes podem ocorrer. O interesse da Motorola é comunicar mais e melhor suas funcionalidades e diferenciais, como é o caso do RAM Boost, e a provocação desta matéria nos mostrou que, mesmo tendo a informação no anúncio, tínhamos oportunidade de aprimorar ainda mais a comunicação da funcionalidade no anúncio de alguns dos produtos, equacionando com o mesmo nível de informações disponível na comunicação que está nas páginas de nossos produtos premium.”

– Motorola em resposta ao TB

A empresa ressalta que possui uma função mais eficaz do que em aparelhos concorrentes porque ocupa menos espaço: 4 GB de RAM Boost consomem aproximadamente 1,3 GB de armazenamento interno, 8 GB ocupam 2,6 GB, e assim por diante. 

O RAM Boost na versão atual também conta com inteligência artificial para entender o quanto de memória virtual é necessária naquele momento e uso específico, “melhorando a usabilidade para os consumidores”.

Exclusivo: Motorola recebe críticas e muda forma de comunicar RAM Boost no Brasil

Exclusivo: Motorola recebe críticas e muda forma de comunicar RAM Boost no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Aplicativo Meu TIM é reformulado com novo visual e mais funções

Aplicativo Meu TIM é reformulado com novo visual e mais funções

TIM reformula app de gerencimento de serviços (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Após um longo tempo sem atualizações, a TIM reformulou seu aplicativo para clientes. O Meu TIM ganhou redesign e ficou mais moderno e conta com novos recursos, com navegabilidade mais prática e integração com Open Finance para facilitar o pagamento da fatura.

O novo Meu TIM foi lançado aos poucos, num modelo de soft launch, e agora atinge toda a base de clientes. De acordo com a operadora, o app registra 70 milhões de acessos mensais, e é utilizado por cerca de 25% da base de clientes.

Design mais moderno e Open Finance

O maior impacto do novo Meu TIM é o design, que ficou mais moderno e limpo. A tela inicial agora mostra o total de internet disponível — anteriormente, a operadora exibia diferentes franquias, incluindo bônus, o que podia ser confuso para o consumidor. Ainda é possível ver o uso detalhado, para melhor monitoramento.

Um dos pilares do novo Meu TIM é a integração com o Open Finance, que facilita o pagamento da fatura graças às conexões com qualquer banco. “Ao integrar a tecnologia de ponta e facilitar o acesso através do Open Finance para o pagamento de faturas, simplificamos a interação dos clientes com nossos serviços e garantimos que eles estejam sempre à frente das tendências de mercado”, afirma Bruno Vasconcellos, diretor de relacionamento ao cliente da TIM.

Novo Meu TIM ganhou redesign e novas funcionalidades (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

O Meu TIM também ganhou sinalização proativa sobre o status da rede na região em caso de falhas ou manutenções. O app também conta com uma seção de atendimento ao cliente, onde é possível enviar solicitações, reclamações ou sugestões.

Além disso, existem outras funcionalidades no Meu TIM, mas que variam conforme o serviço contratado junto a operadora. Por exemplo:

Clientes do pré-pago TIM Pré XIP, por exemplo, podem realizar a recarga com cashback no Pix.

Usuários da banda larga TIM Ultrafibra poderão solicitar visita técnica caso precisem de suporte com a internet fixa.

Assinantes dos planos TIM Black Família conseguem gerenciar as linhas dependentes e acompanhar o uso de internet de cada membro do plano.

Clientes de planos controle e pós-pago podem utilizar o TIM Mais, programa de fidelidade que oferece benefícios e experiências conforme o nível de relacionamento (como tempo na base da operadora, por exemplo).

A TIM também promete outras atualizações que serão implementadas ao longo dos próximos meses — tudo de forma automática, sem precisar reinstalar o app. O aplicativo finalmente ganhou suporte a autenticação biométrica, algo que já existia nas versões das operadoras concorrentes.

Ainda falta gerenciamento de eSIM

O novo Meu TIM ainda não permite ativar eSIM em uma linha existente, funcionalidade disponível nos apps da Vivo e da Claro. No momento, a TIM oferece um portal para troca de chip, mas restringe o recurso para assinantes do pós-pago TIM Black.

Quem tem um plano controle ou pré-pago pode recorrer à migração integrada do iOS, mas usuários de Android somente conseguem acesso ao chip virtual caso se dirijam a uma loja própria da operadora.
Aplicativo Meu TIM é reformulado com novo visual e mais funções

Aplicativo Meu TIM é reformulado com novo visual e mais funções
Fonte: Tecnoblog

Parece mágica: eu usei o inusitado notebook com tela que cresce de tamanho

Parece mágica: eu usei o inusitado notebook com tela que cresce de tamanho

ThinkBook Plus Gen 6 da Lenovo chegará por US$ 3.500 nos EUA e pode desembarcar no Brasil (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

O ThinkBook Plus Gen 6 Rollable da Lenovo tem tela OLED expansível de 14 a 16,7 polegadas, resolução 2,8 K e tecnologia de expansão motorizada.
O dispositivo inclui processador Intel Core Ultra 7, gráficos Intel Arc Xe2, armazenamento de até 1 TB SSD, Wi-Fi 7, Bluetooth 5.4 e áudio Dolby Atmos.
O notebook, que pesa aproximadamente 1,7 kg, custa US$ 3.500 e está sendo considerado para lançamento no Brasil.

De todos os produtos que vi na CES 2025, maior feira de tecnologia do planeta, sem sombra de dúvida que o notebook com tela rolável merece atenção especial. O aparelho da Lenovo me parece solucionar sim um problema enfrentado por alguns consumidores – ainda que constituam uma parcela bem pequena.

Primeiro de tudo, a gente precisa combinar que o novo ThinkBook Plus Gen 6 Rollable é bem diferente do que estamos acostumados. A tela normalmente tem 14 polegadas, mas se você aperta um botão, aciona um motor e ela começa a crescer pra cima. O resultado é um espaço de 16,7 polegadas, que lembra uma folha A4.

O mecanismo de expansão leva poucos segundos para mostrar a tela completa. Um executivo da Lenovo me explicou que essa parte remanescente fica posicionada abaixo do teclado, de modo que não fica dobrada dentro do aparelho.

Trata-se de um painel OLED, com resolução 2,8 K. Nada mal do ponto de vista tecnológico.

Quem tiraria proveito da tela rolável?

Eu pude manusear o ThinkBook enrolável por alguns minutos, durante a CES 2025, em Las Vegas. Honestamente, me imagino trabalhando em artigos de texto ou em roteiros de vídeos numa tela com este formato. Além de tudo, dá para colocar um documento em cima do outro, o que facilitaria a consulta durante a elaboração de um texto.

É bem verdade que os laptops atuais, com suas telas wide, já permitem a exibição lado a lado de programas de computador. No entanto, tudo fica muito pequeno, pelo menos para os meus padrões. A tela rolável me pareceu mais confortável.

Talvez a novidade também interesse a advogados e profissionais de áreas administrativas.

O Lenovo Rollable tem tela expansiva acionada com apenas um clique (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Por outro lado, é importante lembrar que partes móveis sempre abrem discussão sobre durabilidade. A Lenovo garante o ciclo de vida mínimo de 20 mil movimentos de aumentar/diminuir. Será preciso avaliar a robustez do dispositivo após dois, três, quatro anos.

O modelo tem construção metálica bastante sólida, pelo que pude perceber ao segurá-lo na mão. Só é pesadinho: tem 1,7 quilo. As demais especificações estão em linha com um laptop de alta categoria: processador Intel Core Ultra, Wi-Fi 7, tecla dedicada ao Copilot.

Quanto custa o ThinkBook rolável?

A Lenovo divulgou que o ThinkBook Plus Gen 6 Rollable chega ao mercado americano por R$ 3.500, o que dá cerca de R$ 21.300. É um produto bem caro, mesmo para os padrões dos Estados Unidos. Resta saber como será a receptividade do aparelho. A empresa declarou ao Tecnoblog que avalia o lançamento no Brasil.

Notebook tem construção sólida e qualidade premium (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Ficha técnica do ThinkBook Plus Gen 6 Rollable

Tela: OLED expansível de 14″ a 16,7″; 400 nits; 100% DCI-P3

Processador: Intel Core Ultra 7 (Série 2)

Gráficos: Intel Arc Xe2

Armazenamento: até 1 TB PCIe Gen4 SSD

Conectividade: Intel Wi-Fi 7; Bluetooth 5.4

Áudio: 2 alto-falantes Harman/Kardon (2 W cada); compatível com Dolby Atmos

Dimensões (L x P x A): 303 x 230 x 19,9 mm

Peso: aprox. 1,69 kg

Thássius Veloso viajou aos Estados Unidos a convite da LG
Parece mágica: eu usei o inusitado notebook com tela que cresce de tamanho

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Fonte: Tecnoblog

LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento

LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento

Daniel Song lidera as operações da LG no Brasil e na América Latina (foto: divulgação)

Resumo

O crescimento da LG no mercado brasileiro em 2024 foi de 9% em dólares e 17% em reais, destacando-se nas vendas de TVs e information displays. A informação exclusiva vem do presidente Daniel Song.
A LG confirmou o lançamento de uma inédita TV OLED 4K de 97 polegadas no mercado brasileiro.
A empresa investirá US$ 250 milhões na construção de uma fábrica de geladeiras em Curitiba, prevista para 2026, com o objetivo de expandir a produção e possivelmente exportar para a Argentina.
A LG descartou parcelamentos superiores a 12 vezes nas vendas de televisores.

Apesar dos desafios, a LG comemora mais um ano de crescimento no mercado brasileiro. A empresa colocou a ordem na casa após resultado negativo em 2023, e de lá para cá disparou principalmente nas vendas de TVs e outras telas. Agora, aposta na construção de uma fábrica de geladeiras, que fica pronta nas cercanias de Curitiba daqui a um ano.

O presidente da LG no Brasil e América Latina, Daniel Song, nos recebeu para um café da manhã durante a CES 2025, maior feira de aparelhos eletrônicos do planeta. Ele me revelou a decisão de trazer uma inédita (e gigantesca) TV OLED 4K de 97 para o mercado doméstico. O preço – provavelmente muito elevado – é mantido em segredo. Song também descartou a venda de televisores em mais de 12 vezes.

Confira a entrevista nas linhas abaixo. O material foi editado para fins de clareza e brevidade.

Confira na entrevista LG no mercado brasileiro Atualizações de sistema em TVS Competição com marcas chinesas As traquitanas da CES

LG no mercado brasileiro

Thássius Veloso – Qual o balanço da LG no Brasil?

Daniel Song (LG) – Estou satisfeito porque tivemos um ano de 2024 excelente: crescemos 9% em dólares e 17% em reais, depois de dois anos difíceis. As principais fontes de crescimento foram as TVs e os information displays, aquelas telas que ficam em elevadores, consultórios, empresas etc. Ainda precisamos melhorar o desempenho de alguns produtos.

E qual a importância do B2B (a venda direta para outras empresas)?

O B2C ainda ocupa algo em torno de 80%, e B2B são os demais 20%. Futuramente, quero ver mais crescimento nos negócios que fazemos com outras empresas. Nós vamos entrar com força no mercado de publicidade. Hoje em dia, cada salão de cabeleireiro tem alguma tela por perto. Queremos ajudar a mostrar propaganda nesta tela, num formato de revenue share.

Haverá investimentos no país?

Hoje em dia, a nossa produção fica em Manaus principalmente por caisa das TVs e monitores. Decidimos construir uma nova fábrica de geladeiras perto de Curitiba, com investimento de cerca de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) e previsão de ficar pronta em 2026. Em algum momento, a lava e seca também deve entrar na produção. Isso nos permitirá competir melhor no país. Avaliamos até exportar para a Argentina.

Atualizações de sistema em TVS

TV OLED de 97 polegadas é apresentada na CES 2025 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Vocês anunciaram no ano passado que as TVs receberiam cinco anos de atualizações de sistema. O que foi levado em consideração para chegar à nova política?

Eu acho que nós precisamos comunicar mais fortemente para os consumidores o valor da plataforma webOS. Nós estamos focando não apenas em vender os aparelhos, mas também em mostrar o que eles solucionam. A qualidade de tela não é tudo.

Já decidiu quais TVs da CES vão para o Brasil?

Todos os modelos de 2025 vão desembarcar no Brasil. A nossa ideia é focar mais na tela grande, por isso teremos a QLED de 100 polegadas e a nova OLED 4K de 97 polegadas. O Brasil tradicionalmente prefere modelos de 32 e 43 polegadas por causa do tamanho dos apartamentos. Isso está mudando. Para você ter uma ideia, os produtos de 55 e 65 polegadas eram considerados enormes há dez anos.

Monitor híbrido fica tanto flat quanto curvo (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

As pessoas têm dinheiro para comprar esses produtos?

Nós apostamos no parcelamento. O brasileiro é diferente de outros países porque acaba comprando eletrônicos em 12 vezes. Quando pega um carro novo, parcela em 36 meses. As pessoas querem saber se o pagamento cabe no orçamento mensal da família. Por isso os produtos são caros, mas mesmo assim existe demanda.

No mercado de celular, por exemplo, existem alguns programas de pagamento que chegam a mais de 20 parcelas. Vocês pensam em fazer algo parecido com geladeiras e lavadoras?

Seria muito difícil.

Competição com marcas chinesas

Eu observei o aumento do interesse de marcas estrangeiras pelo mercado doméstico, como a Hisense, a Midea e a TCL. Como vocês pretendem enfrentar essa nova concorrência?

Os chineses costumam focar no mercado interno, mas hoje em dia ele está pouco interessante. Por isso também precisam exportar. A pergunta que eu faço é em relação aos benefícios destes produtos para o consumidor brasileiro. Tudo bem, todo mundo inicialmente leva em consideração o preço, mas depois é preciso considerar também as tecnologias de cada aparelho.

A Hisense oferece dois anos de garantia em algumas TVs, enquanto o padrão de mercado é metade disso: apenas um ano. Seria possível ampliar essa política na LG?

Eles usam essa tática para chamar a atenção do mercado. A garantia é um fator para a decisão de compra, mas não é o mais importante. Os clientes sabem que os produtos da LG duram muito. Eles confiam na nossa marca. Fizemos investimentos massivos em 30 anos de mercado.

Então a competição com elas não é uma preocupação?

Cada marca está oferecendo um valor diferente por meio da sua comunicação, sua expressão de mercado. Os produtos chineses são bons. Na LG, nós temos os melhores produtos e ainda oferecemos a solução completa. Também somos uma marca consolidada e vamos trabalhar para conquistar recorrência junto ao consumidor.

Então, em resumo, os concorrentes são bem-vindos?

É uma decisão deles. Pode vir qualquer pessoa, eu vou fazer o meu trabalho.

As traquitanas da CES

Nós vimos alguns aparelhos bem diferentes na CES, como a maleta Stand by Me: é uma TV que dá para levar para qualquer lugar. Como foram as vendas no país?

A Stand By Me é um grande sucesso no mercado coreano porque os clientes viajam, dormem no carro e assistem TV. Por aqui quase não vendeu. São Paulo é muito perigosa e as pessoas não querem dormir fora. São vários fatores.

Então o lançamento no Brasil é uma estratégia de marketing?

Sem dúvida, até porque é um produto muito caro. Nós queremos mostrar a capacidade de inovação da LG. O consumidor pensa “uau, que coisa interessante!”.

Daniel Song concede entrevista durante a CES 2025 (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Thássius Veloso viajou aos Estados Unidos a convite da LG
LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento

LG cresce no Brasil, confirma OLED gigante e descarta superparcelamento
Fonte: Tecnoblog