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Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil

Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil

Motorola e Ericsson têm disputa em corte do Reino Unido e na Justiça do Rio de Janeiro (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A Motorola está em disputa judicial com a Ericsson no Reino Unido por licenciamento de patentes relacionadas ao 5G.
A Ericsson também processa a Motorola no Brasil, com possível envolvimento da Anatel para suspender a venda de produtos.
A Motorola afirma que continua comercializando smartphones 5G no Brasil; ela lançou seis novos modelos recentemente.
O esclarecimento foi feito com exclusividade ao Tecnoblog.

A Motorola continua vendendo celulares com tecnologia 5G no Brasil, conforme a empresa esclareceu ao Tecnoblog com exclusividade. O tema entrou no radar da indústria depois de relatos de uma encrenca entre a fabricante de telefones e a Ericsson por causa do pagamento pelo uso de patentes.

A companhia americana – controlada pela chinesa Lenovo – realizou diversos lançamentos nos últimos meses, conforme você pode ver na listagem abaixo:

Moto G85 (04/07)

Motorola Razr 50 Ultra (17/07)

Motorola Edge 50 (11/09)

Motorola Edge 50 Neo (17/09)

Motorola Razr 50 (26/09)

Moto G55 (02/10)

A ideia é continuar trazendo novos modelos ao mercado. A maioria dos celulares da Motorola já conta com tecnologia 5G, que marca presença em centenas de cidades.

Ericsson vs Motorola no exterior

O esclarecimento a respeito deste tema tem como pano de fundo a disputa entre Motorola e Ericsson no Reino Unido. O assunto é bastante complexo, mas o resumo é de que as empresas estão se processando mutuamente por causa do licenciamento de tecnologias que fazem parte do 5G nos smartphones.

Na semana passada, a Veja publicou que a Ericsson também estaria processando a Motorola no território brasileiro, e que até mesmo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) poderia ser envolvida no caso. O objetivo seria barrar a comercialização dos aparelhos 5G enquanto a situação não é resolvida, de acordo com a revista.

Nós temos poucas informações porque o processo corre em segredo de Justiça e nenhuma das empresas envolvidas se pronunciou sobre ele. De toda forma, a declaração da Motorola ao Tecnoblog passa a mensagem de que nada muda no catálogo de telefones – o que deve tranquilizar os fãs da marca.
Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil

Motorola nega fim de celulares 5G no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro

Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro

Resumo

A Anatel apreendeu uma TV box MXQ Pro 4K não homologada que interferia no 4G da Claro em Poá (SP).
O dispositivo gerava sinais na frequência de 742 MHz, prejudicando a banda de subida do 4G da operadora.
O proprietário recebeu uma advertência, mas não foi multado.
O Tecnoblog obteve acesse à documentação do caso em primeira mão.

TV Box sem homologação da Anatel gerava interferências (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Uma das atribuições da Anatel é fiscalizar o uso indevido do espectro, pois a emissão de radiofrequências de forma indiscriminada pode prejudicar outros serviços sem fio. Uma inspeção trouxe uma situação inusitada: uma TV box não-homologada estava gerando interferências no 4G da Claro. O aparelho foi apreendido pela agência, segundo documentos visualizados pelo Tecnoblog.

O caso aconteceu no município de Poá (SP). Uma fiscalização foi efetuada pela Anatel em maio de 2024, após a Claro relatar interferências prejudiciais em uma estação rádio-base localizada num município vizinho.

Os técnicos da agência constataram o problema utilizando um equipamento que faz a análise do espectro em tempo real. O dispositivo identificou sinais constantes na frequência de 742 MHz, que ficavam ainda mais evidentes quando se aproximavam de um prédio residencial.

O sinal gerou interferências no espectro utilizado pelo 4G da Claro. A operadora detém uma licença que compreende o intervalo de 738 a 742 MHz, e se refere à banda de subida da frequência de 700 MHz.

TV box foi apreendida e usuário recebeu advertência

MXQ Pro 4K foi apreendida pela Anatel por gerar interferências (Imagem: Reprodução/Anatel)

Com autorização do zelador do prédio, os técnicos conseguiram localizar o apartamento que gerava a interferência. O proprietário permitiu o acesso da equipe, e o analisador de espectro identificou sinal ainda mais intenso quando aproximado de uma TV box ligada.

A TV vox em questão tinha o modelo MXQ Pro 4K, e o equipamento não era homologado pela Anatel. Ao desligar o produto, a fiscalização identificou que a interferência cessou. Sendo assim, os técnicos fizeram a apreensão cautelar do dispositivo e de sua respectiva fonte de alimentação.

Analisador de espectro localizou interferência emitida por TV Box (Imagem: Reprodução/Anatel)

Os agentes da Anatel autuaram o proprietário, e explicaram sobre os processos administrativos. Em despacho decisório, o gerente regional do estado de São Paulo decidiu aplicar por conceder uma advertência pela infração, sem aplicação de multa.

Essa não é a primeira vez que a agência faz esse tipo de operação: uma clínica veterinária em Lauro de Freitas (BA) foi multada em R$ 440 por uso de uma câmera IP sem homologação que causava interferências no 4G da Vivo. Os equipamentos também foram apreendidos.
Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro

Anatel apreende TV box de consumidor após interferência no 4G da Claro
Fonte: Tecnoblog

Homologar um único celular pode custar R$ 300 mil; entenda essa conta

Homologar um único celular pode custar R$ 300 mil; entenda essa conta

Laboratórios fazem testes rigorosos (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Resumo

A Anatel não arrecada com a homologação de celulares desde 2019, quando o processo se tornou gratuito.
No entanto, os laboratórios credenciados cobram entre R$ 100 mil e R$ 300 mil por modelo para realizar os testes exigidos.
O processo de homologação garante a segurança física, elétrica e cibernética dos aparelhos.
Smartphones ilegais (sem homologação e sem pagar impostos) representam cerca de 25% do mercado. Eles prejudicam a arrecadação do governo e a competitividade da indústria nacional.

O processo de homologação de celulares no Brasil costuma levantar muitas dúvidas de consumidores. Afinal, ele serve para turbinar o caixa da Anatel? A agência reguladora explica que não, conforme relatório obtido por nós. Por outro lado, os testes nos aparelhos podem custar até R$ 300 mil para as fabricantes, segundo fontes do Tecnoblog. Bastante grana.

Nós nos debruçamos sobre o assunto e explicamos os detalhes nas linhas abaixo. Para isso, conversamos tanto com representantes da Anatel quanto com pessoas do mercado.

Como funciona o processo de homologação?

Fachada da sede da Anatel (Imagem: Reprodução/Anatel)

Necessária para obter o tal selo da Anatel, a certificação e homologação de celulares é considerada essencial para a venda dos produtos por aqui. As fabricantes precisam conduzir uma série de testes, em especial para garantir a segurança física, elétrica e cibernética dos aparelhos. Diversas normas da Anatel estabelecem os padrões mínimos.

Normalmente, as indústrias contratam laboratórios acreditados pela agência reguladora. As verificações são feitas em salas que reproduzem diversos cenários distintos.

Laboratórios cobram até R$ 300 mil

Este teste não é gratuito. Muito pelo contrário: custa a partir de R$ 100 mil por modelo de telefone, de acordo com uma fonte do setor. A conta pode chegar a R$ 300 mil quando falamos de aparelhos premium, que estão repletos de recursos adicionais.

O gerente de produto Henrique Costa, da Asus no Brasil, nos revela que a homologação dos Zenfones sai por por volta de R$ 150 mil por modelo. “ Nós enviamos pelo menos seis amostras dos aparelhos e ao menos 25 baterias. A partir daí, o laboratório escolhido por nós faz a sequência de testes.”

Este processo costuma levar de 45 a 60 dias. “Por isso os modelos vendidos no Brasil são seguros. O consumidor pode dormir em paz.”

Costa comenta conosco que há um custo altíssimo para a implementação dos laboratórios de certificação e homologação, o que reflete no valor cobrado das fabricantes. É por isso que, de acordo com ele, só faz sentido produzir aparelhos em larga escala, a fim de diluir o gasto com as testagens.

Os carregadores, por exemplo, passam por uma averiguação mais rigorosa do que em outros países.

Quanto a Anatel fatura com isso?

Resolução nº 715 da Anatel (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

A Agência Nacional de Telecomunicações já ganhou muito dinheiro com o serviço de homologação no passado. Desde 2004, foram arrecadados R$ 25,9 milhões de reais com os trâmites obrigatórios.

Tudo mudou em 2019: a resolução número 715, que estabeleceu a homologação gratuita, foi aprovada no dia 23 de outubro. Seu artigo 58 diz o seguinte: “O certificado de homologação será expedido de forma gratuita, após o cumprimento pelo interessado de todas as ações necessárias à sua obtenção.”

A pedido do Tecnoblog, a Anatel enviou a relação de valores arrecadados ao longo dos anos. Confira abaixo.

AnoValor Arrecadado2004R$ 420 mil2005R$ 730 mil2006R$ 810 mil2007R$ 910 mil2008R$ 1,11 milhão2009R$ 1,33 milhão2010R$ 1,39 milhão2011R$ 1,64 milhão2012R$ 1,64 milhão2013R$ 1,96 milhão2014R$ 1,90 milhão2015R$ 2,00 milhões2016R$ 2,31 milhões2017R$ 2,51 milhões2018R$ 2,83 milhões2019R$ 2,37 milhões2020R$ 0,002021R$ 0,002022R$ 0,002023R$ 0,00Compilação feita pelo Tecnoblog com base em dados oficiais da Anatel

A agência nos declarou que não arrecada de nenhuma outra forma com a homologação dos aparelhos. Também explicou que não existe nenhum repasse dos laboratórios nem dos Organismos de Certificação Designados (OCDs).”

O superintendente de Outorga e Recursos à Prestação, Vinicius Caram, conta ao Tecnoblog que não há planos de voltar com a cobrança.

Por que órgãos governamentais combatem os celulares irregulares?

Primeiro é preciso dar um passo atrás e compreender o que são celulares irregulares. De forma resumida, são aparelhos fabricados fora do país, que entram no território nacional por vias obscuras (por exemplo, escondidos na lataria de ônibus ou em baús de motos que cruzam a Ponte da Amizade, no Paraná).

Eles chegam a lojistas que participam de marketplaces e que escoam os produtos para os compradores finais sem a devida documentação.

Se não tem nota fiscal, significa que não recolheu os impostos. O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação estima que o governo – nas suas variadas esferas – abocanha cerca de 37,5% do preço final de um telefone. É dinheiro que deixa de entrar nos cofres públicos.

Além disso, os aproximadamente 25% de smartphones ilegais custam menos e competem de forma predatória com os aparelhos produzidos no país, segundo reclamam as empresas do setor. Elas têm feito pressão para uma atuação mais efetiva das autoridades competentes – o que nos leva, de novo, à exigência de certificação da Anatel.

Homologar um único celular pode custar R$ 300 mil; entenda essa conta

Homologar um único celular pode custar R$ 300 mil; entenda essa conta
Fonte: Tecnoblog

TIM retira redes sociais ilimitadas de novos planos controle e pós-pago

TIM retira redes sociais ilimitadas de novos planos controle e pós-pago

Novos planos da TIM têm franquia exclusiva de até 10 GB para redes sociais (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A TIM removeu o uso ilimitado de redes sociais em vários planos Controle e Black. Ela agora oferece até 10 GB para Instagram, Facebook e X.
As mudanças afetam novos clientes ou quem alterar o plano; clientes antigos continuam com redes sociais ilimitadas.
No TIM Black, a remoção do acesso ilimitado às redes sociais foi uma surpresa, já que a promessa era de não mexer no pós-pago.
Os planos Express ainda mantêm redes sociais ilimitadas.

A TIM anunciou o seu novo portfólio de planos e, dessa vez, existem pontos positivos e negativos. A operadora passou a comercializar o TIM Controle com assinaturas de serviço de streaming, mas restringiu as opções que davam acesso ilimitado às redes sociais. Essa medida também afeta o pós-pago TIM Black, que perde o zero rating em alguns pacotes.

A estratégia já era esperada, e havia sido divulgada pela TIM em sua última apresentação aos acionistas. No entanto, a remoção do zero rating em alguns planos do TIM Black é uma surpresa, uma vez que o CEO da companhia, Alberto Grisselli, havia frisado que a mudança seria exclusiva na modalidade controle e não atingiria o pós-pago puro.

As mudanças atingem apenas clientes que contratarem ou alterarem os planos a partir de agora. Nada muda para quem tem um pacote antigo com redes sociais ilimitadas.

Um detalhe é que a nova franquia de redes sociais serve apenas para utilizar com Instagram, Facebook e X, sendo que o antigo Twitter está indisponível no Brasil por determinação judicial. A concorrência permite utilizar pacotes similares com mais aplicativos:

A Claro permite utilizar a franquia de redes sociais com Instagram, Facebook, TikTok, X (Twitter) e YouTube. Nos planos pós-pagos, o pacote também vale para serviços de streaming como Netflix, Globoplay, Max e Disney+;

A Vivo comercializa uma franquia de redes sociais no plano controle que pode ser utilizada com Instagram, TikTok, X (Twitter), Facebook, Pinterest, Tinder e YouTube.

As movimentações da TIM nesta semana também incluem a adição de roaming internacional para clientes da modalidade controle.

TIM Controle passa a ter opções com streaming

Com a mudança no portfólio, a tele consolida suas parcerias com as principais marcas de streaming do mercado.

“Fomos a primeira operadora a permitir que o cliente escolhesse a sua assinatura preferida, entregando liberdade para os usuários personalizarem seus planos. Agora, trazemos essa opção para o segmento controle, tão popular no Brasil, que é a porta de entrada para o pós-pago”, afirma Paulo Esperandio, CMO da TIM Brasil.

Confira abaixo como ficou o portfólio do TIM Controle a partir de 1º de outubro de 2024:

PlanoRedes sociaisServiço de streamingPreço mensalTIM Controle25 GB, sendo: 16 GB do plano10 GB de bônusWhatsApp ilimitadoEscolha entre Deezer Now, Paramount+ ou Amazon Prime Video versão celularR$ 57,99TIM Controle Plus 26 GB, sendo:20 GB do plano6 GB de bônusWhatsApp ilimitado 5 GB para usar com X, Facebook e InstagramEscolha entre Deezer Now, Paramount+ ou Amazon Prime Video versão celularR$ 64,99TIM Controle Premium40 GB, sendo: 30 GB do plano10 GB de bônusWhatsApp Ilimitado 5 GB para usar com X, Facebook e InstagramEscolha entre Amazon Prime, Deezer Premium, Disney+ (padrão com anúncios), Globoplay, Max (básico com anúncios) Netflix (padrão com anúncios), Paramount+ ou YouTube PremiumR$ 84,99

Os pacotes acima têm cobrança com fatura, para pagamento com boleto bancário ou Pix. A contratação gera fidelização por 12 meses, e quem cancelar antes do prazo precisará arcar com uma multa pelo encerramento antecipado.

Netflix e Disney+ estão disponíveis em planos da TIM (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Uma das vantagens é que o cliente pode escolher o serviço de streaming e trocá-lo todos os meses. Se você tem o TIM Controle Premium e enjoar do catálogo da Netflix, por exemplo, pode escolher outra plataforma para o próximo ciclo. A modalidade, chamada de choice bundle, já estava presente no pós-pago TIM Black.

A operadora também oferece dois planos controle na modalidade Express, com pagamento recorrente via cartão de crédito. Nesse caso, não há serviço de streaming incluído ou franquia de redes sociais, e o cliente pode cancelar a qualquer momento sem pagar multa por quebra de fidelidade.

PlanoRedes sociaisPreço mensalTIM Controle J Express 25 GB, sendo:5 GB do plano20 GB de bônusWhatsApp ilimitadoR$ 54,99TIM Controle L Express30 GB, sendo:6 GB do plano24 GB de bônusWhatsApp ilimitadoR$ 64,99

TIM Black também perde redes sociais ilimitadas

A grande surpresa é que o portfólio do pós-pago individual TIM Black também ganhou alterações. Vários pacotes perderam acesso ilimitado às redes sociais, e agora contam com uma franquia de 10 GB para usar com Facebook, Instagram e X (Twitter).

PlanoRedes sociaisServiço de streamingPreço mensalTIM Black 45 GB, sendo: 40 GB do plano5 GB de bônusWhatsApp ilimitado 10 GB para usar com X, Facebook e InstagramEscolha entre Amazon Prime, Deezer Premium, Disney+ (padrão com anúncios), Globoplay, Max (básico com anúncios) Netflix (padrão com anúncios), Paramount+ ou YouTube PremiumR$ 119,99TIM Black Plus 55 GB, sendo:50 GB do plano5 GB de bônusWhatsApp ilimitado10 GB para usar com X, Facebook e InstagramEscolha entre Amazon Prime, Deezer Premium, Disney+ (padrão com anúncios), Globoplay, Max (básico com anúncios) Netflix (padrão com anúncios), Paramount+ ou YouTube PremiumR$ 139,99TIM Black Premium 75 GB, sendo: 60 GB do plano15 GB de bônusWhatsApp ilimitado 10 GB para usar com X, Facebook e InstagramEscolha entre Amazon Prime, Deezer Premium, Disney+ (padrão com anúncios), Globoplay, Max (básico com anúncios) Netflix (padrão com anúncios), Paramount+ ou YouTube PremiumR$ 159,99TIM Black C Ultra 85 GB, sendo: 25 GB do plano60 GB de bônusWhatsApp, X, Facebook e Instagram ilimitadosApple TV+ por 12 mesesR$ 159,99

Os planos acima têm fidelização por 12 meses, e quem cancelar antes do prazo deverá arcar com multa pelo encerramento antecipado. O pagamento é feito via boleto bancário ou Pix. Uma vantagem é que a internet não utilizada em um mês acumula para o próximo ciclo. Quem pagar a fatura utilizando o C6 Bank ganha 5 GB extras de bônus.

TIM Black deixa de ter redes sociais ilimitadas (Imagem: Lucas Braga / Tecnoblog)

Além dos pacotes acima, a TIM mantém os planos Black Express, com pagamento recorrente no cartão de crédito. Essa modalidade não inclui serviços de streaming de vídeo, mas continuam com acesso ilimitado às redes sociais e assinatura do Deezer Premium:

PlanoRedes sociaisPreço mensalTIM Black A Express 57 GB, sendo: 17 GB do plano40 GB de bônusWhatsApp, X, Facebook e Instagram ilimitadosR$ 119,99TIM Black B Express 67 GB, sendo: 22 GB do plano 45 GB de bônusWhatsApp, X, Facebook e Instagram ilimitadosR$ 144,99TIM Black C Express 87 GB, sendo: 27 GB do plano60 GB de bônusWhatsApp, X, Facebook e Instagram ilimitadosR$ 164,99

Nada mudou no TIM Black Família, que continua com redes sociais ilimitadas e serviços de streaming incluídos.
TIM retira redes sociais ilimitadas de novos planos controle e pós-pago

TIM retira redes sociais ilimitadas de novos planos controle e pós-pago
Fonte: Tecnoblog

LG interrompe a venda de notebooks no Brasil

LG interrompe a venda de notebooks no Brasil

Notebooks da LG devem voltar ao mercado brasileiro no próximo ano (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A LG decidiu fazer uma pausa vendas de notebooks no Brasil para atualizar produtos com novas tecnologias.
Produção será retomada na fábrica de Manaus após encontrar fornecedores locais de componentes como SDDs, GPUs e fontes de energia.
Empresa promete cumprir a garantia de todos os produtos.
Departamento de TI focará em monitores e  projetores como o CineBeam Q, lançado recentemente no Brasil por R$ 7.990.

Os fãs da LG já não encontram mais notebooks na loja virtual da marca. A gigante sul-coreana confirmou com exclusividade ao Tecnoblog que decidiu interromper as vendas neste mercado pelo menos até 2025, enquanto formata novos produtos com tecnologias mais atuais. A medida vale especificamente para o mercado doméstico, já que outras partes do planeta já têm equipamentos com os processadores da Intel nas gerações mais avançadas.

De acordo com a empresa, a ideia agora é encontrar maneiras de vender a nova geração do LG Gram por aqui. Trata-se da linha flagship, desenvolvida para concorrer com máquinas potentes, como o Galaxy Book (Samsung). O gerente sênior da linha de produtos de TI, Leonardo Almeida, nos conta que a LG está em busca de fornecedores locais de componentes como SSDs, GPUs, circuitos e fontes de energia. Assim que possível, a produção será retomada na fábrica de Manaus.

A empresa promete cumprir a garantia de todos os produtos.

Foco em monitores e projetores

LG CineBeam Q em exibição na CES 2024 (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O departamento de TI deve focar na promoção de projetores e monitores. O recém-lançado CineBeam Q, por exemplo, traz um curioso formato quadrado, com visual futurista e alta tecnologia, com direito a imagens em 4K. Tudo isso tem um preço: R$ 7.990.

Almeida também cita a renovação da linha de monitores, com modelos ultra wide, 4K (Ultra HD) e com sistema smart, que também fazem as vezes de computador (desde que o cliente conecte um monitor e teclado).

TVs estão em alta

Recentemente, o catálogo de TVs OLED foi renovado no Brasil com modelos inicialmente apresentados na feira CES 2024, realizada em Las Vegas, em janeiro. A marca aposta forte a OLED Evo C4, que sai por preços a partir de R$ R$ 6.999 na versão com 42 polegadas.

Por ora, a LG não tem planos de comercializar a impressionante TV transparente por aqui. O ecossistema para entretenimento doméstico fica completo com soundbars.

Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Tecnoblog (@tecnoblog)

Com a pausa da LG, a clientela conta com uma marca a menos disputando seu rico dinheirinho. Ainda terá opções de Acer, Apple, Dell Computadores, HP, Lenovo, Multilaser, Positivo e Samsung.
LG interrompe a venda de notebooks no Brasil

LG interrompe a venda de notebooks no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Vivo convoca “ninjas” e muda app para resolver problemas dos clientes

Vivo convoca “ninjas” e muda app para resolver problemas dos clientes

Vivo aparece entre as maiores operadoras de telecomunicações do país (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

“Nós queremos parar de apenas resolver os problemas dos clientes e passar a gerar valor para eles.” Assim se resume o movimento mais recente da Vivo no campo do atendimento ao consumidor. Para tanto, uma série de iniciativas estão em andamento: desde a inauguração de centros de excelência técnica pelo país, passando pela unificação de dois aplicativos num só, de acordo com a diretora executiva de experiência do cliente.

Carla Beltrão me atendeu para uma franca (e exclusiva) conversa sobre as muitas dificuldades de qualquer empresa de telecomunicações na hora em que o consumidor passa por um pepino. Ela detalha o que a Vivo tem feito nos últimos meses. Vamos lá?

Centro de excelência

Talvez o passo mais ousado seja a criação de centros de excelência técnica com profissionais que são “ninjas” (palavra da Carla) em aspectos específicos dos produtos e serviços. A novidade está em seis regiões e deve chegar a todo o território nacional até agosto.

A executiva nos conta que o cliente ligará no 0800 e cairá nesta verdadeira força de elite apta a tratar de reparo ou instalação. “O operador tem um conhecimento técnico maior do que os atendentes que cuidam de outros assuntos”, diz Carla.

Atual app Vivo traz informações de fixo e móvel (imagem: reprodução)

O projeto é fruto de uma mudança organizacional. Antes, as empresas terceirizadas lidavam diretamente com os assinantes, o que poderia gerar uma enxurrada de ligações ou mensagens via Zap. Agora, o centro técnico da Vivo captura as necessidades e coordena as comunicações com os clientes.

“Nós vamos avisar caso haja chances de o técnico atrasar. Saberemos onde ele está e quanto tempo falta para chegar ao cliente.” A novidade é particularmente interessante para o serviço de fibra ótica, já que a internet residencial vem ganhando importância dentro do portfólio da Vivo.

Carla explica que os atendentes do centro técnico contam com ferramentas mais robustas para tentar resolver complicações que não dependam de atendimento presencial. Eles vão ligar para o cliente depois de uma falha massiva numa região, a fim de ter certeza que o sinal voltou.

Inteligência artificial

Outro ponto promissor tem a ver com a inteligência artificial. Os modems na casa dos clientes já conversam com a nave-mãe da Vivo. Agora, uma nova solução em fase de implementação também avisa quando a pessoa fez reinicializações forçadas (quem nunca?!) muitas vezes seguidas.

Carla me disse que a Vivo está em fase de calibrar o modelo para este tipo de funcionalidade. “Estamos avaliando frequência e similaridade, entre outros atributos. Um representante da Vivo vai te ligar para perguntar se está com dificuldade ou mandar uma carga adicional se for de madrugada”. conta a executiva. “Estamos só no começo dessa mudança!”

Carla Beltrão é diretora executiva de experiência do cliente na Vivo (imagem: divulgação)

A ideia é entender melhor a realidade do assinante e eventualmente rentabilizar essa relação. Digamos que a pessoa more numa casa de 300 m² e tenha se acostumado a ficar sem internet na piscina. Isso poderia ser facilmente resolvido com a instalação de um repetidor. “Daremos essa consultoria porque entendemos que faz parte de sermos uma empresa de tecnologia.”

Será o suficiente para mudar a percepção do cliente? Não temos como saber. Os dados mais recentes da Anatel colocam a Vivo na desagradável primeira posição em queixas de banda larga, com quase 99 mil no ano passado. Já no Reclame Aqui, o principal motivo para críticas são as cobranças indevidas (25,4% do total).

Mais app oficial e menos WhatsApp

A Vivo decidiu unificar os aplicativos dedicados aos serviços móvel e fibra em 2021. Desde então, a transição vem sendo feita com o objetivo de “focar mais no cliente e menos no produto”. É por isso que a versão inclui opções de rever a assinatura em variadas áreas. É o que Beltrão classifica como “jornada cruzada”.

Ela nos explica que os procedimentos dentro do app estão mais curtos e requerem menos etapas. E o que os clientes mais fazem por lá? Aqui vai o ranking:

Consultar a fatura (e, a partir daí, realizar tarefas como gerar PDF, compartilhar com alguém, pagar ou renegociar)

Verificar o consumo da franquia de internet móvel (junto de opções como aumentar o plano, compartilhar a informação, contratar pacote adicional ou balancear melhor entre titular e dependente)

Suporte técnico

O time de Carla tem planos ambiciosos para o futuro. Por exemplo, permitir a criação de uma rede Wi-Fi para visitantes diretamente no app, sem entrar no admin do modem. O software também deve ganhar funções de realidade aumentada (AR), de modo a orientar melhor o cliente sobre como realizar certos procedimentos que envolvem o corpo do aparelho.

Consulta de fatura é o serviço mais procurado do app Vivo (imagem: reprodução)

O app oficial passa a ter papel central na relação com a empresa. Enquanto isso, o perfil oficial no WhatsApp perde força. Carla resume: “Reavaliamos a situação e concluímos que os recursos principais ficariam no nosso aplicativo, onde controlamos 100% da tecnologia. Replicar a funções no WhatsApp era um desvio de atenção.” Ela salienta, porém, que o mensageiro continua em uso para vendas e o que chama de “conversas quentes”, quando é necessário falar de imediato com o consumidor.

Tamanho interesse pelo app oficial se explica nos números oficiais: são 22 milhões de usuários por mês, que geram 84 milhões de interações.

Cada assinante abre o app cerca de 4,4 vezes por mês. Resta saber se, com estes novos movimentos, as pessoas irão passar menos raiva ao interagir com a gigante das telecomunicações. Estou curioso para saber: você tem tido uma experiência melhor com a Vivo nos últimos tempos? Conte nos comentários.
Vivo convoca “ninjas” e muda app para resolver problemas dos clientes

Vivo convoca “ninjas” e muda app para resolver problemas dos clientes
Fonte: Tecnoblog

As três apostas da Apple para tornar seu relógio indispensável

As três apostas da Apple para tornar seu relógio indispensável

Apple Watch Ultra 2 no pulso (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O que um relógio inteligente é capaz de fazer? Sem sombra de dúvida, muita coisa. A segunda pergunta é: o que as pessoas de fato realizam com os seus smartwatches? No que depender da Apple, qualquer que seja a resposta atual, será muito mais com a chegada da próxima geração do watchOS.

A fabricante preparou uma série de novidades para o watchOS 11 que deverão torná-lo mais atrativo para os usuários. Porque, sejamos francos, às vezes o relógio pode se tornar uma espécie de Alexa pra gente: dá pra fazer muita coisa, mas a gente só se lembra de chamá-la para colocar música ou ativar o timer.

Tela de widgets no Apple Watch (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A Apple me convidou para uma conversa exclusiva com dois profissionais do time de Apple Watch. Papo vai, papo vem, e abaixo você confere quais as armas secretas para o futuro do aparelho.

1. Muitos widgets com muitos botões

Widgets vão mostrar até três botões no watchOS 11 (Imagem: Divulgação/Apple)

A gerente de engenharia Lori Hylan-Cho não disfarça a empolgação ao mostrar todo o potencial dos futuros widgets para Apple Watch. Eles poderão ser acionados em várias faces e também ao rodar a Digital Crown para baixo (como já acontece atualmente).

A novidade tem a ver com o número de botões clicáveis exibidos nos widgets, que poderá ser muito maior. Desta forma, o usuário não precisará entrar no menu de aplicativos, escolher o programa desejado, e só então definir a ação que será executada.

2. Gesto de Double Tap em tudo

Parece mágica para algumas pessoas: os Apple Watch mais recentes sabem quando a pessoa faz uma espécie de clique com os dedos. O gesto de Double Tap estará em todo o sistema a partir do watchOS 11, o que não acontece hoje em dia.

Double Tap por enquanto não faz nada no app de atividades físicas (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Abriu um app e não quer fazer o scroll na tela touch? Será possível fazer o Double Tap para navegar pelas opções e interagir com o smartwatch somente na hora de definir a próxima ação.

Além disso, os criadores de aplicativos passam a contar com uma API para uso desta funcionalidade. O gerente de marketing Eric Charles nos traz o exemplo de um adulto com uma criança de colo que acaba de cair no sono. Será possível fazer o Double Tap para rapidamente ativar uma ferramenta de monitoramento parental.

3. As Live Activities chegam ao watchOS

A função de Live Activity se tornou uma interessante implementação nos iPhones. Os apps podem informar dados importantes em tempo real, como o tempo restante até o carro da Uber chegar até você. Tornou-se notória a aplicação da United Airlines, que consegue exibir dados elementares de um passageiro, como o número de embarque, portão do voo, assento e – já no ar – tempo restante até o pouso.

App da Uber mostra informação em tempo real do carro (Imagem: Divulgação/Apple)

Quem tem iPhone com notch conta ainda com as Live Activities sempre no topo do telefone. Isso chega ao watchOs graças a uma integração entre os sistemas. Ou seja, a mesma atividade será mostrada tanto na tela do telefone quanto na do Watch. E nisto, cada usuário pode definir a melhor maneira de interagir com aquele conteúdo.

De acordo com Lori Hylan-Cho, todos os apps de iPhone automaticamente terão Live Activity no Apple Watch. No entanto, os desenvolvedores que assim quiserem poderão personalizar ainda mais e criar uma interface diferente, que tire mais proveito da experiência de usuário proporcionada pelo relógio da maçã.

Quando chegam as novidades?

O watchOS 11 foi apresentado na WWDC, realizada há duas semanas no Apple Park, nos Estados Unidos. A empresa não revelou uma data, mas o mais provável é que o sistema seja liberado em setembro, junto com o iPhone 16 e os possíveis novos Apple Watches.
As três apostas da Apple para tornar seu relógio indispensável

As três apostas da Apple para tornar seu relógio indispensável
Fonte: Tecnoblog

O WhatsApp vai continuar de graça, promete diretor da Meta

O WhatsApp vai continuar de graça, promete diretor da Meta

Guilherme Horn é diretor do WhatsApp para mercados estratégicos (Foto: Caio Graça/Divulgação/Meta)

(Direto de São Paulo) O conglomerado Meta realizou um grande evento nesta semana no qual anunciou novidades do WhatsApp para empresas: desde as transações com Pix até o selo de verificado. Alguns recursos custam dinheiro. E apesar da sua potência enquanto habilitador de negócios, o aplicativo continuará de graça para o usuário final – esta é a promessa de Guilherme Horn, diretor do app em mercados estratégicos.

O executivo reflete sobre o tanto de ferramentas que facilitam a vida de lojistas e comerciantes. Tudo isso faz do WhatsApp um ecossistema completo que caiu no gosto do brasileiro, a ponto de Mark Zuckerberg surgiu num vídeo chamando o app por seu apelido. Confira os destaques da conversa concedida por Horn a mim com exclusividade. O material foi editado para fins de clareza e brevidade.

Thássius Veloso – Quanto custa e qual é a estratégia por trás do Meta Verified no WhatsApp?

Guilherme Horn (WhatsApp) – O serviço começa em R$ 55 por mês. Esta será a faixa de preço mais interessante para a maioria dos negócios, na nossa visão. Os demais valores serão propostos de acordo com os recursos incluídos nos planos. Empresas que quiserem mais possibilidades vão poder mudar para modalidades mais caras. Nós começamos com essa novidade agora no Brasil e em alguns outros países, depois de testes na Colômbia.

Os testes foram bem-sucedidos?

Foram sim. Estes experimentos acontecem sempre com grupos muito pequenos, mas a gente decidiu trazer para o Brasil porque foi bem-sucedido.

Há influenciadores, profissionais liberais e autônomos que atuam por meio do MEI. Essas pessoas vão poder contratar o selo de verificado?

Qualquer CNPJ estará apto a solicitar a verificação do Meta Verified no WhatsApp.

Lá no comecinho, os fundadores batiam na tecla de que a plataforma seria gratuita para sempre. Ele vai continuar de graça para as pessoas físicas? Noto que algumas empresas já têm custo vinculado ao WhatsApp, dependendo do que querem fazer na plataforma.

A gente não tem nenhum plano de cobrar do usuário final. A forma como as empresas usam o WhatsApp (e elas usam cada vez mais para diferentes coisas) naturalmente traz um custo para elas. Nós somos uma plataforma tecnológica e vemos com muita naturalidade que negócios paguem para usar certos recursos.

Me pareceu que o Pix via WhatsApp vai funcionar como o que o Banco Central categoriza como iniciador de pagamentos. O aplicativo virou banco?

Na verdade não é nem uma iniciação de pagamento. Nós estamos usando uma integração com a API do Banco Central para exibir o código Pix na tela. É aquele código dinâmico que já inclui o valor da transação. Nós estamos simplesmente divulgando esta informação. O cliente pega o código e vai para o app da instituição de pagamento ou do banco para concluir a transação.

Executiva detalha chegada do Pix ao WhatsApp (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O que o WhatsApp ganha com isso? O WhatsApp Pagamentos inicialmente era vinculado a certas bandeiras e certos bancos, então rolava alguma grana neste arranjo. E no caso do Pix?

Não tem custo nenhum. A gente já vê transações comerciais deste tipo acontecendo dentro do WhatsApp. Tem quem compre produtos ou contrate serviços pela plataforma. Ouvíamos dos pequenos negócios que parte dos potenciais consumidores abandonava a compra no momento do pagamento. Havia uma perda deste cliente.

Algum motivo específico?

É um comportamento natural quando existe uma fricção na jornada do consumidor. No momento em que você tem que parar e ir para um outro aplicativo fazer uma outra coisa, é natural que exista uma ruptura. A função de pagamentos foi criada para reduzir ou talvez eliminar essa fricção. A integração com o Pix é um complemento que estava faltando.

Minha impressão é de que o WhatsApp Pagamentos nunca deslanchou. Tinha gente que tinha medo de golpe, por exemplo. Qual a sua visão sobre a ferramenta?

As pessoas que usam adoram.

E quem usa?

A gente não divulga os números. Mas assim, tanto os usuários finais quanto as empresas adoram o Pagamentos. Ele resolve o problema da fricção e cria um novo hábito. O Brasil tem um sistema financeiro extremamente sofisticado, com muita pulverização e inúmeras formas de fazer qualquer transação. Talvez exista a expectativa de que o WhatsApp vá se tornar o principal meio, mas essa não é a ideia.

Thássius Veloso viajou para São Paulo a convite da Meta
O WhatsApp vai continuar de graça, promete diretor da Meta

O WhatsApp vai continuar de graça, promete diretor da Meta
Fonte: Tecnoblog

InternetBras: Governo descarta provedor de internet nos moldes da Starlink

InternetBras: Governo descarta provedor de internet nos moldes da Starlink

Dirigentes da Anatel participaram de evento (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Ministério das Comunicações descartou a criação da “InternetBras”, um suposto projeto para fornecer internet via satélite que foi recentemente discutido na mídia.
“Não sei de onde tiraram isso. Nós não temos planos de construir uma rede de satélites”, declarou Hermano Barros Tercius, secretário de telecomunicações, em entrevista exclusiva ao Tecnoblog.
O governo quer levar conexão de internet a mais de 40 mil escolas em todo o país, priorizando o uso de fibra ótica para áreas acessíveis, mas considerando o uso de satélites em regiões remotas.
Em áreas de difícil acesso, a Telebras pode contratar capacidade satelital de empresas como Starlink, Embratel, Hughesnet e Viasat, com a meta de garantir pelo menos 1 Mb/s por aluno e ao menos 20 Mb/s para escolas em locais mais isolados.

(Direto do Rio de Janeiro) O Ministério das Comunicações descarta a possibilidade de constituir uma empresa para fornecimento de internet via satélite. O projeto apelidado extraoficialmente de “InternetBras” ganhou as manchetes nos últimos dias, mas isso jamais foi cogitado dentro do governo, de acordo com Hermano Barros Tercius, secretário de telecomunicações da pasta.

“Não sei de onde tiraram isso”, declarou o secretário com exclusividade ao Tecnoblog durante um evento setorial promovido pelo jornal Valor Econômico no Rio de Janeiro. “Nós não temos planos de construir uma rede de satélites”.

Hermano Barros Tercius é secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Tercius deu detalhes sobre o projeto para levar conexão à internet para mais de 40 mil escolas. O grupo de trabalho receberá propostas para ligar os colégios à rede por via terrestre – essencialmente fibra ótica.

No entanto, o dirigente do MCom ressaltou que as empresas do setor não costumam se interessar pelo projeto em áreas remotas. Em situações assim, a empresa estatal de telecomunicações Telebras poderia contratar a capacidade satelital no mercado para proporcionar o acesso à internet.

Tercius disse que a Starlink poderia participar do projeto caso apresentasse proposta. Além do provedor de internet de Elon Musk, outras empresas conhecidas deste setor são Embratel, Hughesnet e Viasat.

Antena Starlink de segunda geração (imagem: divulgação/SpaceX)

O grupo de trabalho avaliou que o uso de internet por via terrestre será mais difícil em localidades da região Norte. A ideia do governo é garantir rede com pelo menos 1 Mb/s por aluno nos horários de pico. Há ainda a excepcionalidade de conexão totalizando 20 Mb/s para escolas de difícil acesso.
InternetBras: Governo descarta provedor de internet nos moldes da Starlink

InternetBras: Governo descarta provedor de internet nos moldes da Starlink
Fonte: Tecnoblog

IA fará Windows durar mais 40 anos, diz VP da Microsoft

IA fará Windows durar mais 40 anos, diz VP da Microsoft

Aaron Woodman é vice-presidente de marketing da Microsoft (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

(Direto de Redmond, nos EUA) A cada segundo, são vendidos no mundo nove computadores com algo em comum: eles rodam Windows. Nesta semana, a Microsoft deu um importante passo para um futuro no qual a inteligência artificial offline fará parte do sistema mais usado no mundo corporativo. Este gesto permitirá que o Windows dure mais 40 anos, na visão de um dos principais nomes da empresa: Aaron Woodman.

Eu realizei uma entrevista exclusiva com o vice-presidente de marketing da Microsoft no novo e belo campus da companhia nos Estados Unidos. Woodman me explicou o que está por trás do anúncio do selo Copilot+, que contempla notebooks tão poderosos a ponto de rodarem IA sem depender da internet.

Também joguei pimenta na conversa: perguntei se o lançamento tinha o objetivo de sair na frente da principal, que não oferece nenhum MacBook com IA offline. Ele foi taxativo: “não penso muito na Apple”. Entenda o motivo nas linhas a seguir.

Tecla no Surface Laptop aciona a IA do Copilot (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Thássius Veloso – Eu considero Copilot um nome excelente. Como vocês chegaram nesta escolha? Os nomes de produtos de IA similares me parecem bem mais técnicos.

Aaron Woodman (Microsoft) – Nós temos essa crença de que a inteligência artificial serve ao propósito de auxiliar os humanos, e não o de tomar o controle de tudo. Esse nome nos ajuda a enfatizar a parceria entre os indivíduos e as ferramentas. Nós somos a companhia do Copilot.

Quando eu cheguei aqui hoje, havia algumas placas falando que era o início de uma nova era da IA. Por que disso? Já se fala sobre esta nova leva de inteligência artificial há quase dois anos.

Isso é muito interessante! A minha história com IA começou há cerca de sete anos, quando nós vimos os primeiros modelos de machine learning. Eles dependiam de grandes servidores de computação em nuvem para funcionar. Agora é a primeira vez que a gente tem uma plataforma funcionando localmente nos nossos dispositivos eletrônicos. Ocorreram avanços importantes de desempenho, velocidade e privacidade. As NPUs simplesmente pedem muito menos energia para realizar as inferências. Além disso, o Windows existe há quase 40 anos e é utilizado por 1,4 bilhão de pessoas, mas eu diria que é a primeira vez desde 1995 que a gente tem uma nova visão do que o sistema é capaz de fazer para ajudar os usuários. Para completar, é a primeira vez que se vê AMD, Intel, Qualcomm e fabricantes de PC indo na mesma direção, praticamente em uníssono.

Quem foi a pessoa que conseguiu juntar tantas pessoas diferentes? O Satya Nadella?

Nós estamos trabalhando neste projeto há quatro ou cinco anos. No entanto, foi o Stevie Bathiche quem realmente compreendeu como os modelos de IA poderiam funcionar na borda. Isso combinou com a visão do Satya (CEO), da Amy Hood (do departamento de finanças), do Kevin Scott (que cuida das parcerias) e do Pavan Davuluri (vice-presidente do Windows). Eles conseguiram visualizar o futuro da inteligência artificial e também quais progressos nos permitiriam criar um produto assim.

Existe uma famosa entrevista em que o Satya Nadella fala que a Microsoft fez o Google se mexer com relação à IA no ambiente online. Agora vocês anunciam um sistema com IA local. Nessa caso, estão tentando fazer a Apple se mexer?

Na verdade, eu não penso muito na Apple.

Sério?! Por que não?

Nós estamos em categorias bem diferentes: fazemos PCs, enquanto o principal produto deles é o smartphone. É bem verdade que cerca de 70% dos usuários de iPhone estão num computador com Windows, até porque a Apple tem produtos muito caros. O Windows é a plataforma preferida das empresas, e foi por isso que começamos a pensar sobre quais problemas seriam resolvidos com a IA local. A Apple fez um trabalho fantástico os chips M nos MacBooks, algo que ainda não tínhamos visto na categoria dos PCs. Usamos isso como um marco de onde gostaríamos de chegar. Eu não fico pensando que eles fizeram isso, então nós temos que fazer aquilo. O projeto do Copilot+ existe há dois anos.

Ou seja, existe uma visão por trás disso tudo.

Com certeza. E sabe, acredito que começaremos a ver um monte de empresas implementando a inteligência artificial offline, inclusive a Apple. Eles definitivamente possuem NPUs tanto nos telefones quanto nos computadores. A questão aqui é sobre como construir uma plataforma em cima disso.

O Windows Recall é um bom exemplo: imagine que você está num documento com três páginas, você está na primeira e aos poucos vai rolando para as próximas. Criar um índice disso para buscas rápidas normalmente exigiria muito processamento e energia. No entanto, nós usamos o compositor gráfico do próprio Windows para isso. Esse tipo de implementação não acontece se a gente ficar pensando “hmmm, o que vamos fazer hoje?”, mas sim porque temos um cronograma.

Por falar em Recall… Algumas empresas monitoram o que os funcionários fazem no PC, tanto que existe uma categoria de programas chamada bossware. Essa nova ferramenta poderia ser usada para isso?

Eu torço para que não usem. Nós tivemos uma abordagem muito conservadora ao criar o Windows Recall. O índice semântico dele fica salvo localmente no computador da pessoa, de forma criptografada. Além disso, os dados do usuário não são usados para treinar nossos modelos de IA nem vão para a nuvem. O cliente ainda pode pausar o Recall a qualquer momento ou definir certas regras. Um administrador de TI consegue ver o quando de espaço está sendo usando pelo Recall, mas não o conteúdo. Ele poderia se autenticar como funcionário para ver as coisas? Sim, mas isso já é possível hoje. Eles não terá nenhum acesso remoto à memória do Recall.

Será necessário um computador com selo Copilot+ para aproveitar essas novidades?

Nós anunciamos que os preços da nova linha do Surface começam em US$ 999 e as vendas estão marcadas para 18 de junho aqui nos Estados Unidos. As funcionalidades apresentadas na Build 2024 não são possíveis em processadores antigos ou em outros dispositivos. A nossa expectativa é de que mais laptops com os atributos do Copilot+ sejam anunciados nos próximos meses, em especial conforme a AMD e a Intel apresentarem suas novidades.

Produtos realmente importantes acabam se transformando numa espécie de plataforma que possibilita a inovação de outros agentes. É assim com o Windows e os provedores de serviços ao redor dele. A Apple fez o mesmo com o iPhone e os desenvolvedores de aplicativos para iOS, ou ainda o Google com a busca e os responsáveis pelos websites. Nós acreditamos que os computadores do Copilot+ serão este tipo de produto.

A AMD e a Intel terão que produzir chips compatíveis com ARM64?

Não necessariamente. Elas ainda poderão fabricar chips em x86 ou x64, mas é realmente importante alcançar os parâmetros de velocidade e colocar uma NPU no SoC. Não há nenhuma exigência para que elas adotem a arquitetura da Arm.

Vocês falaram tanto de Copilot que muita gente me fez a seguinte pergunta: a Microsoft mudou de marca?

Nós estamos dizendo que o Windows está aí há 40 anos e provavelmente continuará conosco mais 40. A diferença não está na experiência de usuário, mas sim no que o Windows é capaz de fazer – e isto está contemplado pelo Copilot. Nós estamos falando de uma plataforma completa que existe desde a nuvem, com o Azure, até localmente no aparelho da pessoa, com a NPU.

Surface Laptop de 13,8 polegadas (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Qual é a versão do GPT no Copilot+?

Não é um GPT, mas sim cerca de 40 funções de IA rodando simultaneamente no Windows, dentre elas vários SMLs (pequenos modelos de linguagem). Estas ferramentas são preparadas para tarefas muito específicas, como o OCR para reconhecimento de texto. Nós também temos LLMs, como o Phi, que está em uso no Windows. Alguns modelos de Gen AI são proprietários e foram produzidos pela Microsoft para atividades como a do Cocreate na nova versão do Paint.

E como diferenciar um AI PC de um Copilot+ PC?

AI PC é qualquer computador que permita acelerar a inteligência artificial diretamente no dispositivo. Existem vários assim com poder de processamento de 10 ou 12 trilhões de operações por segundo (tops). Eles são muito bons para coisas específicas, como ajudar na edição de imagem. Já o Copilot+ dá um salto em termos de processamento e permite a execução permanente de funções de IA. O Recall, por exemplo, continuamente observa cada pixel na tela e constrói uma semântica em cima do que ele vê. Para isso, são necessários pelo menos 40 tops.

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Há algumas semanas surgiu uma polêmica com a Microsoft por causa de propagandas no menu Iniciar. Isso realmente vai acontecer?

Não é a nossa intenção. Assim como qualquer outra empresa, quando se trata do navegador, se você acessar microsoft.com, queremos falar sobre o Edge e promover nossos serviços. Acreditamos que nestes espaços é razoável promover coisas da Microsoft, assim como o Google oferece o Chrome para quem entra no YouTube. Há uma década, você instalava um antivírus e vinha um novo navegador junto. Isso confundia os consumidores e nós não permitimos mais que aconteça. Nossa meta é proteger as pessoas. Ainda assim, podemos sugerir aplicativos quando o usuário acessa Microsoft Store. Nós estamos sempre em busca de sinais sobre quais são os limites.

Os usuários de Windows ficaram muito aborrecidos com essa história. É um sinal para vocês?

Com certeza. E nós temos iniciativas como o programa Windows Insider, em que nós experimentamos abordagens novas e diferentes. As pessoas sabem disso quando entram neste programa. Nele são feitos testes e temos diálogos sobre o que estamos tentando fazer. Pra gente ficou muito claro que os usuários não queriam aquilo.

A alucinação continua sendo um assunto frequente quando falamos de inteligência artificial generativa. Como resolver isso no Windows 11 do Copilot+?

Não há muita criação de texto ou produção de respostas no Windows 11. O Recall depende de Gen AI porque estamos levando em consideração o entendimento semântico do texto e tentando casar com os pixels que apareceram na tela. É muito improvável que uma ferramenta assim produza comportamentos inadequados porque ela apenas olha o conteúdo que você viu. Até mesmo a criação de imagens se baseia num prompt que realiza a compreensão semântica. Para isso, há diversos limites de uso.

Para fechar aqui: como vocês escolhem os países que vão receber o Surface? O Brasil não está na lista…

Adorei a pergunta! Nós temos um enorme ecossistema de hardware, o que nos permite vender PCs Windows em mais de 142 países. O Copilot+ estará à disposição numa ampla gama de aparelhos. Isso é determinado com base no volume potencial de vendas e nas nossas parcerias comerciais. Assim como qualquer outro negócio, tentamos descobrir onde estão os clientes que se interessariam pelas características únicas dos nossos produtos. Nosso comportamento é ditado por isto.

Também tem o fato de que a IA é uma daquelas áreas em que a linguagem importa muito, tanto na semântica quanto na compreensão. Então nosso suporte a idiomas também precisa amadurecer, seja no português, no espanhol ou em qualquer outra língua. Este aspecto também dita a rapidez com que levamos as inovações às localidades.

Thássius Veloso entrevista Aaron Woodman, VP global de marketing da Microsoft (Foto: Tecnoblog)

Thássius Veloso viajou para os Estados Unidos a convite da Microsoft
IA fará Windows durar mais 40 anos, diz VP da Microsoft

IA fará Windows durar mais 40 anos, diz VP da Microsoft
Fonte: Tecnoblog