Category: Europa

TikTok: europeus poderão desativar o algoritmo da plataforma

TikTok: europeus poderão desativar o algoritmo da plataforma

Os usuários de TikTok na Europa ganharão um recurso “exclusivo”: a opção de ativar ou não o algoritmo da plataforma para receber conteúdo personalizado. A “ferramenta” é resultado da aprovação do Ato de Serviços Digitais (DSA, em inglês), uma nova legislação da União Europeia (UE) sobre segurança e privacidade digital. A DSA é válida para os 27 países membros do bloco político-econômico.

TikTok anuncia função de desativar algoritmo de recomendação, mas só na Europa (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Ao desativar a função de recomendação via algoritmo do TikTok, a rede social “desaprende” o gosto do usuário. No lugar de vídeos que a plataforma entende como “gosto do usuário”, o Para Você exibirá populares baseados no lugar onde a pessoa mora e outros conteúdos de todo o mundo. Esta informação foi divulgada pelo próprio TikTok em sua página de imprensa.

Recentemente, o TikTok lançou uma ferramenta para resetar o algoritmo, permitindo que o usuário comece “do zero” o uso da plataforma e as recomendações sejam “renovadas”.

Ferramenta de desativar algoritmo chega no fim de agosto

Conforme revelou a rede social em seu site, o recurso de “desligar” o algoritmo será liberado até o dia 28 de agosto. A data é o limite publicado no DSA para que as plataformas digitais se adequem a legislação da UE. No entanto, o TikTok não deu nem mesmo uma previsão sobre quando realmente entregará a função.

A rede social de vídeos curtos informou ainda que usuários cujas idades sejam de 13 à 17 anos não receberão mais propagandas personalizadas, que se baseia em atividades externas ao uso da plataforma.

TikTok anunciou que jovens de 13 à 17 anos não receberão propagandas personalizadas (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Lembrando: o TikTok permite que os seus “clientes” ativem ou desativem a função de anúncios personalizados, inclusive a que rastreia suas atividades externas. Essa opção está disponível nas configurações da conta, no menu “Anúncios”.

Outras redes sociais terão que fazer mudanças

Além do TikTok, as redes sociais da Meta, do Google, Twitter/X, Amazon e mais uma dezena de outras plataformas que atuam na Europa terão que realizar mudanças em seus serviços. A principal novidade do Ato de Serviços Digitais é que essas empresas terão que ser mais transparentes sobre seus algoritmos — e mais ágeis na remoção de conteúdos “problemáticos”.

Com informações: The Verge (1 e 2)
TikTok: europeus poderão desativar o algoritmo da plataforma

TikTok: europeus poderão desativar o algoritmo da plataforma
Fonte: Tecnoblog

Pessoas de mais países já podem consertar celular Samsung em casa

Pessoas de mais países já podem consertar celular Samsung em casa

Que tal consertar o seu celular em casa mesmo? O chamado autorreparo da Samsung chegou a mais países – da Europa por enquanto – nesta semana, com a ideia de levar mais facilidade para a vida dos consumidores. Os clientes recebem equipamentos e instruções para fazerem consertos considerados mais simples.

Galaxy S22 Ultra está entre os aparelhos cobertos pelo programa de autorreparo da Samsung (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Inicialmente, a novidade vale para produtos mais recentes, como Galaxy S22, Galaxy S21, Galaxy S20, Galaxy Book Pro e Galaxy Book Pro 360. Apesar de a linha Galaxy S23 ser a mais nova entre os smartphones, ela não foi contemplada pela Samsung. O anúncio ocorreu nesta segunda-feira (19).

Quanto custa?

Funciona assim: o consumidor descreve o problema e fica sabendo quais são as ferramentas e peças necessárias. Por exemplo, o kit básico de reparo custa 30 euros na Alemanha, o que dá em torno de R$ 160. Quem quiser substituir a porta de recarga e o painel traseiro precisa pagar 50 euros (R$ 260) pelas peças, enquanto a troca da tela tem custo estimado de 200 euros (R$ 1.045).

O que disse TM Roh

TM Roh, presidente da divisão de dispositivos móveis da Samsung (Imagem: Divulgação/Samsung)

O presidente da divisão de dispositivos móveis da Samsung, TM Roh, disse em nota distribuída à imprensa que a empresa está trabalhando em formas de ampliar o ciclo de vida dos aparelhos. Ele quer que os usuários de Galaxy aproveitem o produto “pelo máximo possível”.

TM Roh ainda disse que está trabalhando para levar o programa de reparo em casa para mais países, em adição a Estados Unidos, Coreia do Sul, Reino Unido, Alemanha e outras nações da Europa. O Tecnoblog tenta contato com a empresa para saber se o Brasil está no cronograma breve.

Como funciona o direito ao reparo?

Existe uma crescente pressão de órgãos de defesa do consumidor em torno do chamado direito ao reparo. Ele prevê que os clientes consertem seus equipamentos em casa mesmo, sem depender de assistência técnica. Para isso, é preciso oferecer kits de reparo, manuais de conserto e peças de reposição.

Componentes internos do Galaxy S23 (Imagem: Reprodução/iFixit)

A União Europeia aprovou regras para o direito ao reparo de utensílios domésticos em 2021 e estuda há anos fazer o mesmo com smartphones e notebooks. Apesar de não terem uma lei, os Estados Unidos também atuam no sentido de dar mais opção aos consumidores.

Cabe lembrar que o procedimento de conserto doméstico requer certa perícia. A imprensa americana relatou que o procedimento de reparo do iPhone prevê muitas etapas e equipamentos especializados (e gigantescos).

Com informações: Samsung e Engadget
Pessoas de mais países já podem consertar celular Samsung em casa

Pessoas de mais países já podem consertar celular Samsung em casa
Fonte: Tecnoblog

Meta recebe multa de R$ 6,5 bilhões por compartilhar dados de usuários europeus

Meta recebe multa de R$ 6,5 bilhões por compartilhar dados de usuários europeus

A União Europeia anunciou uma multa recorde para a Meta, dona do Instagram e de outras redes sociais, no valor de € 1,2 bilhão (algo em torno de R$ 6,5 bilhões em uma conversão direta). O motivo é que a empresa teria compartilhado dados de usuários europeus com os Estados Unidos através do Facebook. Essa é a maior punição financeira imposta sob a lei de privacidade da Europa.

Mark Zuckerberg (imagem: Reprodução/Facebook)

A Autoridade Irlandesa de Proteção de Dados (IE DPA) foi a entidade que definiu a multa da empresa de Mark Zuckerberg. Ela surgiu após uma longa investigação, na qual oficiais da Europa estabeleceram que o Facebook estava cometendo violações nas regras de privacidade digital do continente.

Como resultado, além de ter que pagar a multa de € 1,2 bilhão, a Meta deverá suspender em até cinco meses a prática de transferir dados de usuários europeus para os Estados Unidos. Ademais, a companhia tem 6 meses para interromper “o processamento ilegal, incluindo armazenamento, nos EUA”.

Vale destacar que o processo envolve apenas o Facebook, ou seja, Instagram e WhatsApp não fazem parte da questão.

Segundo a Autoridade Irlandesa de Proteção de Dados, a empresa estadunidense “não abordou os riscos para os direitos e liberdades fundamentais das pessoas europeias e violou o Regulamento Geral de Proteção de Dados”.

Nick Clegg, Presidente de assuntos globais do Facebook, e Jennifer Newstead, Chefe do escritório legal da Meta, afirmaram que não concordam com a sentença em uma postagem no Blog da marca:

Esta decisão é falha, injustificada e estabelece um precedente perigoso para inúmeras outras empresas que transferem dados entre a UE e os EUA. Apelaremos da sentença, incluindo a multa injustificada e desnecessária, e buscaremos a suspensão das ordens nos tribunais.

(Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Empresas já foram multadas por uso indevido de dados

A Meta não é novata em receber punições de entidades pelo mundo. Em setembro de 2021, por exemplo, o WhatsApp foi multado em € 225 milhões pela falta de transparência no uso de dados. No caso, a IE DPA definiu que o app de mensagens havia violado o conjunto de regras de privacidade da União Europeia.

Em julho do mesmo ano, a Amazon recebeu uma pena ainda maior, no valor de € 746 milhões, que a Comissão Nacional de Luxemburgo para a Proteção de Dados impôs à empresa. A penalidade envolveu uma situação similar ao do Facebook, na qual a gigante discordou fortemente da decisão.

No Brasil, há uma lei chamada LGPD, que define o que são dados sensíveis no país. Sendo assim, nenhuma companhia pode fazer uso desse tipo de informação sem o consentimento legal da pessoa. Compartilhar esses dados com outro país, por exemplo, poderia resultar em multas e outras penalidades.

Com informações: MacRumors.
Meta recebe multa de R$ 6,5 bilhões por compartilhar dados de usuários europeus

Meta recebe multa de R$ 6,5 bilhões por compartilhar dados de usuários europeus
Fonte: Tecnoblog

OpenAI e outras empresas podem ter que revelar uso de material com copyright

OpenAI e outras empresas podem ter que revelar uso de material com copyright

A inteligência artificial é um assunto em alta, e seus aspectos positivos e negativos ainda estão sob avaliação. A União Europeia, por exemplo, agora está interessada na questão dos direitos autorais. O bloco discute obrigar as empresas a revelar se materiais protegidos por copyright foram usados para treinar robôs como o ChatGPT.

Bandeiras da União Europeia (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

Esta exigência foi adicionada ao Regulamento da Inteligência Artificial nas duas últimas semanas, disse uma fonte interna à Reuters. Alguns membros do Parlamento Europeu queriam proibir o uso de material com copyright, mas uma proposta mais branda, exigindo apenas transparência, venceu as discussões.

Dessa forma, empresas que desenvolvem ferramentas geradoras de conteúdo, como o ChatGPT, o Dall-E, o Midjourney e muitas outras, precisarão revelar qualquer uso de material protegido por direitos autorais para treinar seus sistemas.

O Regulamento da Inteligência Artificial (ou AI Act, em inglês) vem sendo discutido há dois anos, antes mesmo do lançamento do ChatGPT pela OpenAI e de todo o destaque sobre o tema que veio desde então.

O Parlamento Europeu já tinha um rascunho da lei, e seus membros concordaram em avançar com a matéria para a fase de discussões.

As inteligências artificiais generativas dependem de treinamento com grandes quantidades de dados. Assim, elas entendem diversas formas de escrever, acumulam informações, aprendem como desenhar em vários estilos, e assim por diante.

Processos contra empresas podem aumentar

Empresas como a OpenAI se recusam a abrir detalhes sobre os dados usados para treinar seu software. Caso a legislação europeia seja aprovada, elas precisarão revelar de onde foi retirado o conteúdo.

Isso pode ter consequências negativas para as companhias: os processos por violação de direitos autorais devem se multiplicar.

Imagem gerada pelo Stable Diffusion tem marca d’água da Getty Images (Imagem: Reprodução/The Verge)

A questão do copyright já é uma realidade no cenário da inteligência artificial, principalmente entre artistas e fotógrafos. A empresa de bancos de imagens Getty Images está processando a Stability AI, por exemplo.

O Stable Diffusion, modelo desenvolvido pela Stability AI, foi “pego” criando imagens com a marca d’água da Getty. Isso indica que as fotos da empresa foram usadas indevidamente para treinar a inteligência artificial.

Além da briga entre as duas empresas, três artistas moveram uma ação coletiva contra a Stability AI, a Midjourney e a DeviantArt.

Eles alegam que as desenvolvedoras violaram os direitos de milhões de artistas ao usar 5 bilhões de imagens raspadas da internet sem o consentimento dos artistas.

Deixando as imagens um pouco de lado, a Microsoft e sua subsidiária GitHub foram acionadas na Justiça dos EUA por causa da ferramenta Copilot.

O Copilot foi treinado usando códigos abertos. A licença desses códigos, porém, exige que o autor esteja listado em trabalhos derivados.

Mesmo assim, o Copilot cria longos scripts a partir de trabalhos protegidos por essas licenças sem dar nenhum crédito, o que seria uma violação da lei de direitos autorais.

Com informações: Reuters, The Verge
OpenAI e outras empresas podem ter que revelar uso de material com copyright

OpenAI e outras empresas podem ter que revelar uso de material com copyright
Fonte: Tecnoblog

Netflix perde 1 milhão de usuários na Espanha e Brasil pode ser o próximo

Netflix perde 1 milhão de usuários na Espanha e Brasil pode ser o próximo

A Netflix se deparou com uma perda de 1 milhão de usuários nos três primeiros meses de 2023 na Espanha. Um dos motivos para a queda pode estar relacionado com o fim do compartilhamento de contas e senhas no país europeu, que entrou em vigor no início de fevereiro. A plataforma de streaming acredita que essa diminuição é momentânea e que deve conseguir novos membros futuramente.

Netflix (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

As informações vieram de um grupo de pesquisa de mercado chamado Kantar. Segundo os profissionais, a perda de 1 milhão de assinantes é diretamente relacionada às mudanças que a Netflix começou a implementar em fevereiro.

A plataforma introduziu uma taxa mensal de € 5,99 (perto de R$ 33 em uma conversão direta) para os usuários que compartilham suas contas com pessoas que vivem em outros endereços. Além disso, a companhia disse que adotou medidas técnicas para identificar esse tipo de ação, como a detecção de endereço IP, reconhecimento de dispositivos e atividade da conta.

De acordo com a pesquisa, dois terços dos mais de 1 milhão de usuários que pararam de usar a Netflix são de indivíduos que usavam contas alheias. Ou seja, não afetam diretamente os cofres da marca.

Dominic Sunnebo, diretor de visão global do Kantar’s Worldpanel Division, acredita que “está claro que essa queda acentuada se deve à repressão de contas divididas”. Mesmo que a maioria de desistentes seja de pessoas não pagantes, a recomendação boca a boca (do inglês buzz marketing) poderia sofrer um golpe forte a médio prazo.

Netflix na App Store do iPad (Imagem: Souvik Banerjee / Unsplash)

Fim do compartilhamento de perfis deverá chegar no Brasil

A Netflix começou a cortar as asas do compartilhamento de contas em países como Canadá, Portugal, Nova Zelândia e, claro, a Espanha. Ela também iniciou testes desse sistema na América Latina, com o Brasil como um alvo futuro.

Com as mudanças no sistema de compartilhamento de perfis, é capaz que a marca sofra uma diminuição no número de consumidores por aqui. Em 2022, por exemplo, a empresa alcançou a marca de 19 milhões de assinantes no Brasil, segundo diversos sites de pesquisas.

Na visão da plataforma de streaming, essa queda no número de usuários é natural e momentânea:

Vemos uma reação de cancelamento em cada mercado quando anunciamos a notícia. No Canadá, que acreditamos ser um indicador confiável para os EUA, nossa base de membros pagos agora é maior do que antes do lançamento do compartilhamento pago e o crescimento da receita acelerou e agora está crescendo mais rápido do que nos EUA.

A companhia anunciou que vai oferecer melhor resolução em seu plano básico com anúncios. Esta seria uma maneira de segurar sua base de membros que não desejam pagar a mais. Vale destacar que mais de 100 milhões de pessoas ao redor do mundo usam a Netflix sem pagar por ela.

Com informações: Time
Netflix perde 1 milhão de usuários na Espanha e Brasil pode ser o próximo

Netflix perde 1 milhão de usuários na Espanha e Brasil pode ser o próximo
Fonte: Tecnoblog