Category: EUA

iPhones sob custódia policial reiniciam sozinhos e prejudicam perícias

iPhones sob custódia policial reiniciam sozinhos e prejudicam perícias

iPhones mantido sob custódia policial e com iOS 18 estão reiniciando sozinhos e isso é um problema (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Algumas polícias dos Estados Unidos estão passando por um problema grave com iPhones apreendidos. Os celulares da Apple com iOS 18.1 sob custódia da polícia estão reiniciando sozinhos e dificultando a perícia. A possível causa para isso, segundo os próprios policiais, é o novo iOS que faz o iPhone dar um reboot caso fique muito tempo sem conectar a uma rede celular — mas não sabemos se é bug ou feature.

O caso foi revelado pelo site 404Media, que teve acesso a documentos de um departamento policial — possivelmente da cidade de Detroit, Michigan. No documento, oficiais avisam colegas e peritos que iPhones armazenados para perícias podem resetar sozinhos. Esse reboot prejudica o desbloqueio do aparelho e dificultar a extração de dados.

Como funciona esse reboot do iOS 18?

Pelo que se sabe, os iPhones reiniciam após um dia sem conexão ou inatividade de rede celular. Após um modelo passar pelo reboot, ele envia o sinal para outros iPhones realizarem o mesmo. A dúvida é se isso é um recurso do iOS 18 ou um bug similar ao que já aconteceu com o iPhone em outras versões — inclusive o próprio iOS 18 chegou com uma falha desse tipo, no qual o celular reiniciava do nada.

iOS 18.1 seria causa de reboots em iPhones, mas resta saber se é bug ou feature (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Ao ser reiniciado, o iPhone entra no estado chamado de BFU (sigla em inglês para Antes do Primeiro Desbloqueio), que só permite o desbloqueio pelo PIN e criptografa todos os dados do celular. Esse estado dificulta a extração de dados e o trabalho da perícia.

Feito o primeiro desbloqueio, o celular entra no estado AFU (sigla em inglês para Depois do Primeiro Desbloqueio). Aqui os dados são descriptografados — e o Touch ID e o FaceID podem ser usados.

O 404Media tentou contato com a Apple para saber se isso era uma feature ou bug, mas a big tech não respondeu.

Como esses iPhones estavam armazenados?

Segundo o documento obtido pelo 404Media, entre os iPhones rebotados estavam alguns modelos em modo avião. Contudo, um dos casos envolveu um modelo que estava em uma gaiola de Faraday.

Relembrando as aulas de física, essa gaiola gera uma blindagem no envio e recebimento de dados do iPhone. Assim, a polícia evita que o dono do aparelho envie algum comando para apagar dados importantes salvos nos aparelhos.

Com informações: 404 Media e Android Authority
iPhones sob custódia policial reiniciam sozinhos e prejudicam perícias

iPhones sob custódia policial reiniciam sozinhos e prejudicam perícias
Fonte: Tecnoblog

Amazon Prime Video estreia IA que resume episódios e temporadas de séries

Amazon Prime Video estreia IA que resume episódios e temporadas de séries

X-Ray Recaps no Amazon Prime Video (imagem: divulgação/Amazon)

A Amazon anunciou um recurso que promete nos ajudar a relembrar daquilo que já aconteceu em uma série disponível no Prime Video. Chamado de X-Ray Recaps, a novidade utiliza inteligência artificial (IA) generativa para criar resumos de episódios específicos ou até de temporadas inteiras de uma série.

Esse recurso é especialmente útil para quando você para de assistir a uma série e volta a ela tempos depois, mas não se lembra de partes importantes da história. Outra utilidade: te lembrar do que aconteceu na temporada anterior quando você começa a assistir a uma nova. Esquecer detalhes da última temporada é uma situação recorrente comigo, especialmente quando a nova demora para estrear.

Com o X-Ray Recaps, é possível pedir para o Amazon Prime Video gerar um resumo de partes de um episódio, de um episódio inteiro ou de toda a temporada. Para isso, basta acessar o recurso na página de detalhes sobre a série ou na lista de opções que aparece quando um episódio é pausado.

O X-Ray Recaps em série do Prime Video (imagem: divulgação/Amazon)

Como o X-Ray Recaps funciona?

De acordo com a Amazon, a nova funcionalidade é baseada nos recursos do X-Ray, que oferecem informações sobre elenco, trilha sonora e outros aspectos da produção quando um vídeo no Prime Video é pausado.

Para gerar os resumos, o X-Ray Recaps analisa segmentos do vídeo e combina essas informações com legendas e diálogos. Com base nisso, a ferramenta é capaz de produzir resumos em texto que incluem detalhes sobre acontecimentos, lugares, horários e conversas importantes na série.

A companhia explica ainda que o X-Ray Recaps é alimentado pela tecnologia do Amazon Bedrock, um serviço AWS que permite criar e dimensionar aplicações de IA generativa.

O X-Ray Recaps em ação (imagem: divulgação/Amazon)

Disponibilidade do X-Ray Recaps

No momento, o X-Ray Recaps está disponível em fase beta. Somente assinantes do Amazon Prime Video baseados nos Estados Unidos e que utilizam algum dispositivo Fire TV têm acesso à novidade. A Amazon afirma que mais dispositivos serão suportados até o fim do ano, mas ainda não comentou sobre a liberação da ferramenta em outros países.

Outra restrição é que, no momento o X-Ray Recaps só funciona com produções da Amazon MGM Studios, como Upload, Sr. & Sra. Smith, The Boys e A Roda do Tempo.

Amazon Prime Video estreia IA que resume episódios e temporadas de séries

Amazon Prime Video estreia IA que resume episódios e temporadas de séries
Fonte: Tecnoblog

Preço sobe e qualidade cai nos streamings, mostra estudo

Preço sobe e qualidade cai nos streamings, mostra estudo

Propagandas e restrições deixaram assinantes de streaming insatisfeitos (Imagem: Glenn Carsters / Unsplash)

Uma pesquisa mostra que 74,5% dos entrevistados avaliam serviços de streaming sem propaganda entre regular e muito bom, uma queda de 2,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Entre as plataformas com anúncios, esta fatia é de 60,8%, 13,4 pontos percentuais abaixo de 2023.

As demais modalidades consideradas, como TV paga, TV pela internet, streamings gratuitos e aplicativos de TV aberta também mostraram quedas.

Nos últimos anos, vários serviços de transmissão de vídeo ficaram mais caros, passaram a exibir propagandas e proibiram o compartilhamento de senhas. Em contrapartida, eles fecharam pacotes com a concorrência para atrair novos assinantes.

Estes fatores ajudam a explicar a satisfação em queda, mas há outro aspecto em jogo: o conteúdo.

Assinantes estão menos satisfeitos com conteúdo

O levantamento foi realizado nos Estados Unidos e no Canadá pela empresa de gravadores de vídeo Tivo. Scott Maddux, vice-presidente de estratégia e negócios, aponta a qualidade do conteúdo como um motivo da piora nas avaliações.

“A quantidade de conteúdo original nos serviços de streaming pode estar em queda, já que muitas empresas continuam tendo dificuldades para alcançar metas de lucratividade”, declara Maddux ao Ars Technica. “Sem novos conteúdos originais ou acordos de exclusividade, as percepções de valor ou diferenciação podem cair”, conclui o executivo.

Clientes querem conteúdo original e bom acervo, diz empresa responsável por pesquisa (Imagem: Kelly Sikkema / Unsplash)

Outras pesquisas realizadas nos EUA mostram movimentos similares, com quedas graduais na satisfação dos clientes em relação aos serviços.

Segundo um relatório da Whip Media, elaborado com base em uma pesquisa com mais de 2 mil assinantes de streaming dos EUA, as maiores plataformas estão com mais problemas na hora de agradar aos clientes, enquanto serviços médios vêm recebendo avaliações melhores.

“O mercado, cada vez mais competitivo, sugere que há uma alta demanda pela proporção certa de conteúdo original e acervo”, diz o documento, que também cita a experiência do telespectador como um ponto importante nas avaliações.

Plataformas querem gastar menos

A percepção de qualidade parece estar mesmo atrelada a um menor investimento — e isso deve continuar. Segundo cálculos da Variety, o investimento das maiores plataformas de streaming previsto para o período entre 2023 e 2026 deve crescer em um ritmo menor que o que foi visto entre 2019 e 2023.

Este crescimento mais lento deve encontrar outro obstáculo: as produções estão mais caras. Além da inflação, houve um aumento da remuneração após as greves de atores e roteiristas de Hollywood. De acordo com a Bloomberg, algumas empresas vão tentar fazer mais com menos: diminuir o número de produções e investir em qualidade.

Com informações: Ars Technica
Preço sobe e qualidade cai nos streamings, mostra estudo

Preço sobe e qualidade cai nos streamings, mostra estudo
Fonte: Tecnoblog

Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA

Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA

Dados neurais são equiparados a informações biométricas e de saúde (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O governador da Califórnia (Estados Unidos), Gavin Newson, sancionou um projeto que visa impedir que dados cerebrais de consumidores sejam usados de forma inadequada por empresas de tecnologia. Ele altera a lei de proteção de dados pessoas do estado para incluir “dados neurais” na lista de “informações pessoais sensíveis”.

Como explica o New York Times, isso inclui dados gerados pelo cérebro e também pelos nervos do resto do corpo. A Califórnia já incluía imagens faciais, DNA e impressões digitais na lista de dados sensíveis.

Na prática, consumidores poderão pedir acesso a seus dados, além de solicitar que as empresas excluam ou alterem o que foi coletado. Eles também poderão limitar esta coleta, bem como proibir a venda ou o compartilhamento destes dados.

Tecnologias neurais estão em alta

O Times observa que vários produtos e serviços relacionados ao cérebro e à mente vêm surgindo nos últimos anos. Entre eles, estão aplicativos para meditar, melhorar a concentração e tratar transtornos psicológicos, como depressão. Alguns deles podem monitorar e registrar dados cerebrais.

Colorado já tem regras para este tipo de dados, e outros estados discutem leis semelhantes (Imagem: Robina Weermeijer / Unsplash)

A publicação diz que isso pode incluir pensamentos, sentimentos e intenções. Já existem pesquisas científicas para usar este tipo de dados para reconstituir o que uma pessoa viu em um vídeo ou controlar a fala e as expressões faciais de um avatar.

O jornal também destaca que existe uma lacuna regulatória para este tipo de produto. Nos EUA, dispositivos médicos estão sujeitos a leis de saúde federais, mas aparelhos de neurotecnologia não precisam seguir estas regras.

Além disso, a Califórnia é um hub de tecnologia, com inúmeras startups de neurociência. Estes fatores ajudam a explicar a aprovação da lei.

A associação Neurorights Foundation, que atua pela proteção de dados cerebrais, examinado as políticas de dados de 30 empresas. Segundo a instituição, quase todas tinham acesso a este tipo de informação, sem limitações significativas. Além disso, mais da metade permitia o compartilhamento com terceiros.

“O que costumava ser ficção científica não é mais”, diz Rafael Yuste, neurocientista da Universidade Columbia e presidente da fundação.

Antes da Califórnia, o estado do Colorado aprovou uma legislação semelhante. A Neurorights Foundation estão em discussão com parlamentares de Flórida, Texas e Nova York, entre outros estados.

Texto recebe críticas

Para Marcello Ienca, professor da Universidade Técnica de Munique (Alemanha), a lei limita excessivamente os dados neurais, quando deveria se concentrar em prevenir inferências intrusivas sore pensamentos e emoções, independentemente da fonte usada.

“O que importa é se você está fazendo um tipo de inferência que infrinja meus direitos à privacidade”, argumenta Ienca.

A TechNet, que representa empresas como Meta, Apple e OpenAI, se opôs à lei. A associação argumentou que incluir o sistema nervoso periférico seria muito amplo e atrapalharia qualquer tecnologia que registra comportamento humano.

O texto final manteve a menção ao sistema nervoso periférico, mas definiu que informações inferidas por dados não neurais não estariam cobertas pela lei. Na prática, isso libera monitores cardíacos, medidores de pressão e aparelhos de teste de glicemia, explica Jared Genser, consultor da Neurorights Foundation.

Com informações: The New York Times
Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA

Dados neurais passam a ser protegidos por lei estadual nos EUA
Fonte: Tecnoblog

Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting

Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting

After foi lançado nos EUA e conta com função de feedback para evitar ghosting (ilustração: Vítor Pádua/Tecnoblog)

Um aplicativo de relacionamentos lançado nessa semana nos Estados Unidos espera resolver os problemas de ghosting — prática de parar de conversar com uma ficante/contatinho sem dar explicações. Para isso, o After exige que o usuário envie um feedback ao desfazer um match. Sem enviar o feedback, a pessoa não pode seguir na busca por novos contatos.

Se você já se relacionou com alguém por app nos últimos, seja uma ficante ou pessoa que nem mesmo com quem chegou a rolar um encontro, provavelmente já passou por um ghosting. Nessas situações, a “vítima” fica sem entender por que a conversa foi cortada. Com um feedback, o After espera que pelo menos a pessoa descubra o que rolou de errado no contato.

Criadora quer resolver falhas de apps de encontro

O After foi desenvolvido por Katie Dissanayake, que trabalhou no Hud, outro app de relacionamento. Para Dissanayake, uma das falhas dos aplicativos do tipo é o “cansaço”. Além da ferramenta de feedback, o After envia notificações para as pessoas conversarem entre si.

After cria mensagem “carinhosa” após feedback do autor do ghosting para explicar por que não houve continuação no papinho (Imagem: Reprodução/After)

Por exemplo, se um usuário envia uma mensagem e o outro não responde após um tempo, o app envia uma notificação para que a pessoa lembre de responder. Se nenhum dos dois puxa conversa após um match, ambos recebem o aviso.

Caso a pessoas não responda, ou melhor, caso seja deixado o vácuo, o After exclui automaticamente o match — e aí vem o feedback para explicar por que houve o ghosting. Com o feedback em mãos, o próprio app cria uma mensagem “gentil” para quem ficou no vácuo.

Em entrevista para o TechCrunch, a criadora do app destaca também que o After prioriza a comunicação, por isso suas ferramentas anti-ghosting deletam chats. Se você já usou o Tinder, Happn ou qualquer app do tipo, provavelmente já se viu com uma lista de chats — e vários que não rolam mais nada.

De um modo, o After tende a valorizar as conversas que seguem em frente e não o “volume”. Do outro, isso tira qualquer possibilidade de uma conversa inativa voltar com o “Oi sumida/o”.

Com informações: TechCrunch
Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting

Novo app de relacionamento estreia mecanismo anti-ghosting
Fonte: Tecnoblog

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025

Craig Federighi no anúncio da da Apple Intelligence (imagem: ieprodução/Apple)

Quando a linha iPhone 16 foi anunciada, a Apple Intelligence se tornou oficial. Mas usuários brasileiros e portugueses ficaram com uma dúvida: quando a tecnologia terá suporte ao idioma português? Recentemente, a Apple revelou que essa compatibilidade será oferecida em algum momento de 2025.

A Apple Intelligence está entre os principais recursos do iOS 18. Nos Estados Unidos, considerando o idioma inglês, a Apple programou a liberação da tecnologia para outubro de 2024. O iOS 18.1 será lançado no mesmo mês. A Apple Intelligence fará parte da nova versão do sistema operacional, portanto, mas em fase beta.

Em dezembro, a tecnologia chegará aos seguintes países, também considerando a língua inglesa: Reino Unido, Canadá, Austrália, África do Sul e Nova Zelândia. O suporte aos idiomas japonês, chinês, francês e espanhol foi prometido para 2025.

Língua portuguesa na lista de suporte

Esse plano foi anunciado junto ao lançamento da linha iPhone 16. Mas, nesta quarta-feira (18), as páginas de ajuda da Apple Intelligence foram atualizadas para informar que o suporte ao idioma português também está previsto para 2025 (a Apple não fez distinção entre português do Brasil e português de Portugal).

Além do nosso idioma, a Apple Intelligence suportará as seguintes línguas no próximo ano: inglês de Singapura, alemão, italiano, coreano, vietnamita e “outros”.

Curiosamente, a Apple Intelligence não estará disponível para usuários residentes na União Europeia, mesmo havendo suporte aos seus idiomas. A tecnologia só funcionará para essas pessoas quando elas estiverem viajando para um país que não faz parte do bloco. Para elas, outra opção é configurar a Apple ID para um país fora da União Europeia.

Ao TechCrunch, a Apple revelou que essa restrição foi causada por problemas com a Lei dos Mercados Digitais da União Europeia (ou Digital Markets Act — DMA) e que já conversa com a Comissão Europeia para resolver a questão.

A tecnologia também não será liberada na China para usuários cuja Apple ID está configurada para a região. Neste caso, o motivo é o conflito com questões regulatórias chinesas envolvendo inteligência artificial generativa.

Apple Intelligence na linha iPhone 16 (imagem: reprodução/Apple)

O que é Apple Intelligence

Apple Intelligence é um pacote de recursos de inteligência artificial. No iOS 18 e superiores, a tecnologia se integrará a aplicativos nativos e de terceiros para criar imagens exclusivas, remover objetos de fotos, escrever mensagens sob medida, fazer a Siri dar respostas mais precisas, entre várias outras funcionalidades.

A tecnologia só estará disponível para as linhas iPhone 16, iPhone 16 Pro e iPhone 15 Pro, porém.

Vale lembrar que o iPhone 16 será lançado no Brasil custando a partir de R$ 7.799. Já o iPhone 16 Pro custará a partir de R$ 10.499.

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025

Apple Intelligence vai funcionar em português a partir de 2025
Fonte: Tecnoblog

Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio

Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio

Após ser condenada por violar leis antitruste, Google pode ser obrigado pela justiça a vender alguns setores (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos pode obrigar o Google a vender algumas de suas divisões. Segundo a Bloomberg, o órgão estuda forçar que a big tech se desfaça do Android, AdWords ou do Chrome. A decisão final deve demorar, visto que o juiz do caso já adiantou que as partes devem se adiantar para a segunda parte do processo.

Nessa segunda parte, o DOJ apresentará a sua proposta para que o Google encerre o seu monopólio no mercado de buscadores. Já a big tech deve contestar qualquer proposta que vise desmantelar sua gigantesca estrutura — provavelmente até o recurso final. O último caso de monopólio a envolver uma empresa tão grande foi em 1984, quando a telefônica AT&T foi culpada e teve que vender algumas subsidiárias.

Android pode ser principal alvo do DOJ

DOJ pode obrigar o Google a se desfazer do Android (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Android, sistema operacional do Google, pode ser o principal alvo do DOJ no desmantelamento da big tech. No julgamento de monopólio no mercado de buscador, a justiça americana apontou que o Google força as fabricantes de celulares a instalarem o Chrome e o aplicativo de buscador por padrão em suas interfaces.

No acordo da big tech com as fabricantes, a remoção do Chrome, app de busca e alguns outros aplicativos do Google é impossível — pelo menos usando os meios tradicionais. O juiz Amit Mehta usou esse caso entre as provas de monopólio da empresa no ramo de buscadores.

Sem a possibilidade de remover os apps, o Google tem vantagem sobre as concorrentes. Afinal, alguns usuários podem não ver a necessidade de dois apps de navegadores e de buscadores no smartphone.

A Bloomberg buscou o contato do DOJ e do Google, que se negaram a comentar sobre o caso.

Medida mais suave seria compartilhar dados

Solução mais “tranquila” para o Google pode envolver licenciar dados de busca para concorrentes (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Outra possibilidade, segundo fontes do jornal, é que o DOJ obrigue o Google a aumentar a transparência dos seus serviços, compartilhando ou licenciando dados adquiridos pelo sistema de busca. Na investigação do caso, foi revelado que a big tech captura 16 vezes mais dados que o seu rival mais próximo com o app de busca.

Nos contratos do Google com empresas, esses dados extras são restritos às concorrentes. Ou seja, o Bing e DuckDuckGo, principais alternativas ao Google, não tem acesso as mesmas ferramentas da rival para fornecer resultados mais precisos (ou adquirir mais informações privadas do usuário, mas isso é outra conversa).

Outra solução que pode entrar no pedido do DOJ, segundo apurou a Bloomberg, é permitir que sites proíbam o Google de usar seus conteúdos para treinar o Gemini sem os remover do resultado da busca. No momento, a big tech também não permite que os sites escolham sair do AI Overview, resultado de busca feito por IA, e continuem listados nas buscas.

Lembrando, essa julgamento não tem relação com a investigação de monopólio no mercado de anúncios — ainda que o domínio do Google nesse mercado tenha uma forte ligação com seu buscador.

Com informações: Bloomberg, The Verge e Android Headlines
Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio

Google pode ser obrigado a vender o Android em caso de monopólio
Fonte: Tecnoblog

Samsung é processada pela Universidade de Harvard por violação de patente

Samsung é processada pela Universidade de Harvard por violação de patente

Samsung é acusada de usar patentes criadas pela universidade na fabricação de seus chips (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Universidade de Harvard está processando a Samsung por violações de suas patentes. Segundo a universidade, a empresa sul-coreana utiliza tecnologias criadas na instituição e protegidas por patentes na fabricação de chips — o que inclui a produção de processadores e de equipamentos de memórias. O processo será julgado na corte federal do Texas.

A ação judicial foi aberta nesta segunda-feira (5). No documento, a Universidade de Harvard afirma que a Samsung utilizou duas invenções criadas por Roy Gordon, professor de química na instituição.

A técnica de fabricação de chips inventada por Gordon envolve a aplicação de uma fina película de metais com combinações de tungstênio e cobalto, elementos essenciais na produção de chips e outros componentes para computadores.

Harvard acusa Samsung de usar tecnologia em SoCs e memórias

Samsung é uma das maiores fabricantes de memória RAM do mundo, mas Harvard aponta violação de patente na produção desses itens (imagem: divulgação/Samsung)

Segundo a universidade, a Samsung viola as suas patentes para fabricar processadores para celulares e chips de memória. Aqui vale destacar que a sul-coreana é uma das maiores empresas no segmento de pentes de memória RAM e armazenamento.

O valor da indenização pedido por Harvard não é revelado na ação judicial. A universidade também pede que a Samsung cesse a violação das patentes.

A agência de notícia Reuters tentou ouvir a Samsung e a Universidade de Harvard sobre o caso. Contudo, nenhuma das duas chegou a se pronunciar.

Samsung é figurinha carimbada nesses casos

No ano passado, a Samsung foi multada em US$ 303 milhões por violar uma patente da Netlist. Neste caso, a sul-coreana usou uma tecnologia que aumentava a eficiência energética dos módulos de memória.

Em 2022, a Comissão Internacional de Comércio dos Estados Unidos também investigou a Samsung por possíveis violações de patentes na fabricação de semicondutores. Já em 2017, a Huawei venceu um processo sobre a sul-coreana — mas dessa vez envolvendo a tecnologia 4G.

Outro caso de patente

Com informações: Reuters e SamMobile
Samsung é processada pela Universidade de Harvard por violação de patente

Samsung é processada pela Universidade de Harvard por violação de patente
Fonte: Tecnoblog

Google tem monopólio no mercado de buscadores, decide Justiça dos EUA

Google tem monopólio no mercado de buscadores, decide Justiça dos EUA

Google bloqueou concorrentes, segundo Justiça americana (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Justiça dos Estados Unidos decidiu que o Google violou a legislação antitruste do país, ao trabalhar para manter um monopólio no mercado de buscas na internet. O veredito foi dado pelo juiz distrital Amit Mehta. Por enquanto, ainda não se sabe quais serão os desdobramentos da sentença.

“Após ter cuidadosamente considerado e pesado os depoimentos das testemunhas e as evidências, a corte chega à seguinte conclusão: o Google é monopolista, e agiu como tal para manter seu monopólio”, diz a decisão. “A empresa violou a Seção 2 do Sherman Act.”

Sundar Pichai, CEO do Google, defendeu que o buscador é benéfico a toda a internet (Imagem: Reprodução / Google)

“Se há competição genuína no mercado de buscas gerais, ela não se manifestou de formas conhecidas, como fatias de mercado fluidas, negócios perdidos ou novos entrantes”, escreveu o juiz Mehta. “A realidade do mercado é que o Google é a única escolha verdadeira como buscador padrão.”

A sentença, no entanto, não define os remédios, como são chamadas as medidas para “desfazer” a concentração de mercado de uma empresa. Isso será decido posteriormente. O Google também deve apresentar recurso.

Como comenta a CNN, caso a decisão se mantenha, ela deve afetar os contratos que o Google tem com fabricantes e operadoras. Estes acordos bilionários estavam no núcleo do processo.

Google paga bilhões para Apple e outras empresas

O Google foi alvo de um processo do Departamento de Justiça dos EUA, iniciado em outubro de 2020. A empresa foi acusada de ferir as leis ao fechar contratos bilionários com a Apple e operadoras de telefonia móvel do país para ser o buscador padrão de diversos produtos. Com isso, ela teria bloqueado o caminho para concorrentes e acumulado 88% do mercado de pesquisas online.

Ao longo dos últimos meses, um julgamento revelou várias informações sobre estes contratos. O relacionamento com a Apple foi especialmente importante. O Google pagou US$ 20 bilhões para ser o buscador padrão dos dispositivos da marca da maçã em 2022. Além disso, a gigante das buscas deixava 36% do faturamento de anúncios no Safari para a criadora do iPhone.

Para o juiz Mehta, este dinheiro vem a um custo muito baixo para a Apple, incentivando a empresa a não desenvolver um buscador próprio. Para o magistrado, em diversas vezes parceiros do Google concluíram que é financeiramente inviável recusar os contratos com a empresa para buscar soluções mais flexíveis, já que isso significaria perder centenas de milhões de dólares, ou até mesmo bilhões, em alguns casos.

Em sua defesa, o Google argumentou que o domínio do mercado veio de forma natural, pelo fato de o buscador da empresa ser o melhor e, portanto, o escolhido pelos consumidores. Além disso, a empresa defendia que seus concorrentes não eram apenas os buscadores que indexam páginas da web, mas qualquer plataforma com um motor de buscas (como a pesquisa da Amazon, por exemplo).

Satya Nadella, CEO da Microsoft (que tem o Bing) e uma das testemunhas ouvidas no processo, disse que é impossível competir com o “ciclo virtuoso” do Google: com mais buscas, a empresa pode usar os dados para aperfeiçoar o motor de pesquisa; com um motor de pesquisa melhor, ela consegue mais buscas; e assim sucessivamente.

Além deste processo, o Google vai enfrentar outra ação movida pelo Departamento de Justiça, desta vez envolvendo o mercado de anúncios na internet.

Com informações: The Verge, CNN
Google tem monopólio no mercado de buscadores, decide Justiça dos EUA

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Fonte: Tecnoblog

CEO da CrowdStrike terá que depor em comissão do Senado americano

CEO da CrowdStrike terá que depor em comissão do Senado americano

CEO da CrowdStrike será convocado para depor sobre “apagão cibernético” que deixou milhares de sistemas fora do ar na sexta-feira (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Comissão de Segurança Nacional do Congresso dos Estados Unidos convocou George Kurtz, CEO da CrowdStrike, para depor sobre a falha que causou o apagão cibernético em milhares de PCs Windows pelo mundo. A Comissão também é responsável pelos assuntos de cibersegurança e proteção de infraestrutura dos EUA. Kurtz também pode ser convocado por outros órgãos do congresso americano.

Na carta de convocação, assinado por Mark Green, líder da Comissão de Segurança Nacional, e Andrew Garbino, chefe da Subcomissão de Cibersegurança, o órgão cita que o apagão de sexta-feira serve como um anúncio sobre os riscos de segurança associados à dependência de fornecedores únicos.

O texto também destaca que o incidente servirá para melhorar a infraestrutura crítica e garantir que algo do tipo não ocorra novamente. Apesar da CrowdStrike ter publicado uma correção do erro ainda na sexta-feira — e a Microsoft liberado uma ferramenta para resolver a tela azul no Windows —, algumas empresas seguem com problemas para utilizar seus serviços dependentes do Windows. A Delta Airlines, companhia americana de aviação, seguia com telas azuis e voos cancelados na segunda-feira (22).

Microsoft publicou correção para as telas azuis em PCs afetados pelo bug da CrowdStrike, mas problema persistia em PCs na segunda-feira (Imagem: Guilherme Reis/Tecnoblog)

Políticos citam “oligopólio” e Microsoft aponta para CrowdStrike

Entre memes e reclamações sobre o Windows, congressistas americanos dos dois partidos criticaram que há poucas empresas atuando em setores críticos da infraestrutura cibernética. Em sua defesa, a Microsoft jogou a culpa na CrowdStrike, já que o bug afetou apenas a versão do Falcon para Windows.

Contudo, esse apontar de dedo da Microsoft não deve mudar o debate sobre a dependência de serviços em poucas empresas. De fato, a combinação entre o domínio do Windows nas companhias e da CrowdStrike no setor de cibersegurança para plataformas em nuvem foi o que levou o bug a ser tão prejudicial para vários serviços no mundo.

Tela azul aparece em monitor do aeroporto de Heathrow, o segundo mais movimentado do mundo em 2023 (Imagem: Reddit/AeitZean)

No Brasil, bancos ficaram fora do ar. Em vários países (incluindo aqui), aeroportos e companhias aéreas sofreram com atrasos e cancelamentos de voos. Ferramentas de trabalho usadas na nuvem também ficaram inacessíveis.

Lina Khan, diretora da Comissão Federal de Comércio (FTC, órgão americano similar ao nosso CADE), disse na sexta que o incidente mostra como a concentração de empresas podem criar sistemas frágeis. Khan é especialista em antitruste e deve ampliar o trabalho da FTC contra as big techs.

Com informações: The Washington Post e The Verge
CEO da CrowdStrike terá que depor em comissão do Senado americano

CEO da CrowdStrike terá que depor em comissão do Senado americano
Fonte: Tecnoblog