Category: EUA

Nvidia e Foxconn querem usar robôs humanoides em nova fábrica

Nvidia e Foxconn querem usar robôs humanoides em nova fábrica

Os testes com robôs humanoides já estão em andamento (imagem: divulgação/Nvidia)

Resumo

Nvidia e Foxconn negociam o uso de robôs humanoides em uma nova fábrica em Houston, nos EUA, para produzir servidores de IA.

Testes com robôs da UBTech e modelos próprios da Foxconn já estão em andamento, mas detalhes ainda não foram revelados.

Segundo a Reuters, os robôs humanoides estão sendo treinados para tarefas de montagem.

A Nvidia e a Foxconn estão em negociações para empregar robôs humanoides na linha de produção de uma nova fábrica em Houston, nos Estados Unidos. A unidade será responsável por montar os servidores de inteligência artificial GB300 da Nvidia, e tem início das operações previsto para o primeiro trimestre de 2026.

De acordo com a Reuters, os testes com robôs já estão em andamento. A Foxconn, que é uma das maiores fabricantes de eletrônicos no mundo, desenvolve suas próprias soluções com apoio da Nvidia e também já experimentou modelos fabricados pela chinesa UBTech. Ainda não se sabe qual modelo será adotado na fábrica americana, nem quantas unidades serão utilizadas no início da operação.

Mas, caso se confirme, esta será a primeira vez que um produto da empresa será fabricado com o apoio direto desse tipo de robô, além de marcar a estreia da Foxconn no uso de humanoides em uma linha de montagem.

Como os robôs devem funcionar?

Embora os detalhes sobre as tarefas exatas ainda não tenham sido revelados, a Foxconn já apresentou exemplos de uso de robôs humanoides em treinamentos realizados anteriormente.

Segundo informações da empresa, divulgadas em maio, esses robôs são treinados para executar funções como pegar e posicionar peças, conectar cabos e realizar etapas de montagem.

A nova instalação da Foxconn em Houston foi considerada ideal para receber esse tipo de automação por ser um espaço mais amplo e moderno da empresa, diferente das outras fábricas.

A expectativa é que os robôs comecem a operar junto com o início da produção dos servidores de IA da Nvidia, que serão construídos nas novas unidades da companhia em parceria com a Wistron, outra fabricante de eletrônicos, em Dallas.

Robôs devem começar a operar no primeiro trimestre de 2026 (imagem: reprodução)

Humanoides ganham espaço nas linhas de montagem

A adoção de robôs com aparência e capacidades humanas é uma aposta na indústria. Em março, Jensen Huang, CEO da Nvidia, afirmou que o uso amplo de robôs humanoides em ambientes industriais pode se tornar realidade em menos de cinco anos. A empresa, além de utilizar essa tecnologia, fornece plataformas de hardware e software que servem de base para o desenvolvimento da tecnologia por outras fabricantes.

Durante um evento recente em Taipei, o executivo Leo Guo, da Foxconn Industrial Internet — divisão do grupo especializada em servidores de IA —, afirmou que a empresa pretende apresentar dois modelos próprios de robôs humanoides ainda este ano. Um deles terá pernas e será mais caro; o outro será baseado em uma plataforma com rodas (do tipo AMR), o que reduziria os custos de produção.

A Foxconn e a Nvidia preferiram não comentar oficialmente sobre o projeto à Reuters, mas a movimentação reforça a tendência de automação avançada no setor de tecnologia. Montadoras como Tesla, BMW e Mercedes-Benz já experimentam humanoides em suas linhas de produção, e o governo da China também tem apostado fortemente nesse tipo de solução.

Caso o projeto em Houston avance conforme o planejado, ele poderá servir como modelo para a implementação desses robôs em outras fábricas ao redor do mundo, e pode alterar o perfil da força de trabalho na indústria.

Com informações da Reuters
Nvidia e Foxconn querem usar robôs humanoides em nova fábrica

Nvidia e Foxconn querem usar robôs humanoides em nova fábrica
Fonte: Tecnoblog

Trump estende pela terceira vez prazo para banir TikTok

Trump estende pela terceira vez prazo para banir TikTok

TikTok tem 170 milhões de usuários nos EUA (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Trump assinou ordem executiva que dá ao TikTok mais 90 dias para vender operações nos EUA
Prorrogação é a terceira desde o início do mandato e vence em 17 de setembro de 2025
Lei de 2024 obriga apps de países adversários a serem vendidos, sob pena de banimento

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que concede mais 90 dias ao TikTok para achar um comprador para suas operações no país. É a terceira vez que Trump adia a aplicação da lei contra a rede social. O novo prazo vence no dia 17 de setembro de 2025.

“Como ele disse várias vezes, o presidente Trump não quer que o TikTok pare de funcionar”, disse Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, em um comunicado.

Adiar proibição do TikTok foi uma das primeiras medidas do mandato de Trump (foto: Gage Skidmore/Flickr)

“Este adiamento vai durar 90 dias, e durante este período, a administração vai trabalhar para garantir que uma venda seja fechada, assegurando que a população americana continue usando a rede com a garantia de que seus dados estejam protegidos”, explica a nota.

Anteriormente, Trump adiou o prazo para a venda do TikTok duas vezes. A primeira delas foi em 20 de janeiro de 2025, em seu primeiro dia de mandato, quando a rede social ficou indisponível por algumas horas. A segunda foi em abril, quando a China teria se recusado a autorizar a venda da rede como forma de retaliação às tarifas impostas sobre importações.

Por que o TikTok pode ser banido dos EUA?

Em 2024, uma lei aprovada com apoio dos partidos Democrata e Republicano e sancionada pelo então presidente Joe Biden estipulou que aplicativos controlados por países adversários dos EUA precisavam ser vendidos em um prazo de 270 dias ou seriam bloqueados.

O TikTok tentou recorrer da decisão, apelando para a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege o direito à liberdade de expressão. A Suprema Corte, no entanto, entendeu que a lei não é inconstitucional.

Até quando Trump vai adiar o banimento do TikTok?

Como observa a Associated Press, não se sabe até quando Trump poderá estender o prazo e não existe base legal para essas prorrogações. Ao mesmo tempo, até o momento, não houve nenhum processo jurídico visando impedir novos adiamentos.

Mesmo assim, segundo o Axios, alguns senadores do Partido Republicano estão incomodados com a questão, enquanto um grupo de deputados do Partido Democrata enviou uma carta a Trump pedindo para não estender novamente a aplicação da lei.

Com informações da Associated Press e do Axios
Trump estende pela terceira vez prazo para banir TikTok

Trump estende pela terceira vez prazo para banir TikTok
Fonte: Tecnoblog

Idosos aderem ao YouTube e fazem o streaming superar a televisão nos EUA

Idosos aderem ao YouTube e fazem o streaming superar a televisão nos EUA

Serviços de streaming venceram audiência dos canais de TV (ilustração: Guilherme Reis/Tecnoblog)

Resumo

Streaming atingiu 45% da audiência nos EUA em maio de 2025, superando a TV tradicional.
YouTube e Netflix lideram, respondendo por mais de um terço do tempo total de streaming.
Crescimento do público acima de 65 anos impulsionou plataformas gratuitas como Tubi e Roku.

Pela primeira vez, o streaming superou a televisão tradicional nos Estados Unidos. Em maio de 2025, plataformas como YouTube, Netflix e Disney+ concentraram 45% do tempo total de exibição, superando a audiência combinada da TV a cabo (24%) e da TV aberta (20%).

Os dados são da mais recente edição do relatório “The Gauge”, divulgado nesta terça-feira (17/06) pela consultoria Nielsen, que mostram um grande avanço das plataformas entre o público mais velho. Quando a empresa começou a fazer essa medição, em 2021, o streaming representava apenas 26% da audiência.

Virada entre os mais velhos

Embora os jovens tenham sido os primeiros a migrar para o streaming, a mudança de hábito do público com mais de 65 anos foi o que levou a essa virada histórica, segundo o relatório. Este público representa um terço de todo o tempo gasto assistindo TV nos Estados Unidos.

O YouTube é o principal beneficiado por essa mudança. Segundo a Nielsen, o tempo que os espectadores com mais de 65 anos passaram assistindo ao YouTube em suas TVs cresceu 106% em maio de 2025, em comparação com o mesmo mês de 2023.

O volume de consumo desse grupo na plataforma de vídeos do Google já se equipara ao de crianças com menos de 11 anos, outra faixa etária com alta audiência.

Plataformas gratuitas cresceram

Planos de streamings gratuitos também foram bem na conta (foto: Darlan Helder/Tecnoblog)

A terceira idade tem aderido em peso a plataformas de streaming, inclusive as gratuitas. Com isso, o tempo de exibição de pessoas com mais de 65 anos no YouTube em uma TV cresceu 106% em relação a maio de 2023.

Somados, os serviços gratuitos de streaming Tubi (ainda pouco conhecido no Brasil), Roku Channel e Pluto TV responderam por 5,7% de todo o tempo de exibição de TV em maio nos EUA, superando a audiência combinada dos serviços Disney+ e Hulu, ambos da Disney.

Brian Fuhrer, vice-presidente sênior da Nielsen, explica o porquê dessa preferência: para esse público, o modelo com publicidade “não é particularmente chocante, porque eles estão acostumados a assistir anúncios” na TV tradicional. Essa tendência é reforçada por uma pesquisa recente que mostra que metade dos planos de streaming nos EUA já inclui anúncios.

Canais fechados em queda

A TV a cabo foi a mais impactada pela mudança de hábitos de consumo no país. Desde 2021, a audiência no modelo caiu 39%, enquanto a queda na TV aberta foi de 20%.

Um dos motivos apontados pelos analistas é o redirecionamento de investimento: muitos canais perderam conteúdos originais para alimentar os serviços de streaming das mesmas empresas — a HBO com seus conteúdos na HBO Max, por exemplo —, ficando cada vez mais dependentes de reprises.

Outro fator é a perda de exclusividade dos grandes eventos ao vivo, tradicionalmente o carro-chefe da TV aberta. Transmissões como o Super Bowl, os Jogos Olímpicos e o Oscar também passaram a ser exibidas em plataformas de streaming.

Entre todas as plataformas, o YouTube e a Netflix lideram com folga a audiência de streaming no mercado americano. Em maio, o YouTube respondeu por 12,5% de todo o tempo de uso da televisão — mais que qualquer outro serviço. Logo atrás, aparece a Netflix, com 7,5%.

Juntas, as duas representam mais de um terço do tempo total gasto com streaming no país. Veja abaixo a fatia de cada empresa no tempo total de uso da TV nos EUA, segundo a Nielsen:

ServiçoTempo de uso da TVYouTube12,5%Netflix7,5%Disney5%Amazon Prime Video3,5%The Roku Channel2,5%Paramount2,2%Tubi2,2%Warner Bros. Discovery1,5%Peacock1,4%

Com informações de The New York Times
Idosos aderem ao YouTube e fazem o streaming superar a televisão nos EUA

Idosos aderem ao YouTube e fazem o streaming superar a televisão nos EUA
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT limita variedade de ideias e põe inovação em risco, sugere estudo

ChatGPT limita variedade de ideias e põe inovação em risco, sugere estudo

Participantes que usaram ChatGPT sugeriram até o mesmo nome para suas invenções (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos) e publicado na revista Nature Human Behavior encontrou evidências de que usar o ChatGPT em processos de brainstorming pode resultar em ideias melhores, mas menos variadas.

Os participantes do experimento precisaram cumprir tarefas como trazer ideias de presentes, projetar brinquedos usando objetos comuns e reaproveitar itens de decoração. Os autores separaram as pessoas aleatoriamente e deram instruções para usar o ChatGPT, um buscador da web ou apenas sua própria intuição.

Em cada tarefa, o participante enviava uma sugestão, que era avaliada em critérios como inovação, utilidade, originalidade e efetividade, entre outros.

Mesmo nome de brinquedo para vários participantes

As ideias do grupo que usou a inteligência artificial receberam, em média, notas mais altas que as dos grupos que usaram busca da web ou não recorreram a nenhuma ferramenta. Por outro lado, os conceitos criados com a ajuda do ChatGPT foram os menos variados do estudo.

Brainstorming pode ficar limitado ao depender de IA (foto: Jonathan Kemper/Unsplash)

Na tarefa de criar um brinquedo com um tijolo e um ventilador, 94% das sugestões vindas da inteligência artificial “compartilhavam conceitos sobrepostos”. Nove dos participantes que usaram o chatbot trouxeram até o mesmo nome: “Build-a-Breeze Castle” (“Castelo da Brisa de Montar”, em tradução livre).

Já o grupo que usou a pesquisa na internet apresentou conceitos mais diversos, sem tanta interseção entre eles. Os autores consideram que o uso de IA pode ser um problema, já que a variedade de ideias é um elemento crucial para um bom brainstorming.

Contos mais divertidos e menos originais

Em julho de 2024, um estudo realizado por pesquisadores de universidades inglesas e publicado na Science Advances também indicou que o ChatGPT ajuda na criatividade, mas atrapalha a variedade — neste caso, na escrita criativa.

Os pesquisadores pediram que os participantes escrevessem um microconto de ficção, com apenas oito frases. Eles foram separados em três grupos. O primeiro deveria escrever sem ajuda da IA; o segundo poderia pedir uma ideia de três parágrafos gerada pela IA para começar a escrever; e o terceiro deveria receber até cinco ideias diferentes da IA para usar de inspiração.

Avaliadores independentes consideraram os contos criados com a ajuda da IA mais criativos, divertidos e bem escritos. Mesmo assim, eles eram mais similares entre si do que as histórias feitas sem auxílio da tecnologia.

“Embora estes resultados apontem para um crescimento na criatividade individual, há um risco de perder a inovação coletiva”, explica Anil Doshi, um dos autores do estudo. “Nossos experimentos sugerem que, se a indústria editorial apostar em mais publicações com inspiração gerada por IA, elas ficarão menos únicas e mais parecidas entre si.”

Com informações do Axios e do Science Daily
ChatGPT limita variedade de ideias e põe inovação em risco, sugere estudo

ChatGPT limita variedade de ideias e põe inovação em risco, sugere estudo
Fonte: Tecnoblog

Mais um país: Alemanha abandona Microsoft por softwares de código aberto

Mais um país: Alemanha abandona Microsoft por softwares de código aberto

Estado da Alemanha pode adotar o Linux para diminuir dependência de softwares norte-americanos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O estado de Eslésvico-Holsácia, na Alemanha, substituirá o Microsoft Teams e o Pacote Office por software de código aberto em órgãos públicos.
A mudança visa reduzir a dependência de empresas de tecnologia dos EUA e aumentar a autonomia sobre a infraestrutura digital e dados públicos.
O governo utilizará o LibreOffice, Open-Xchange e prevê a adoção do Linux.
A Dinamarca também vai iniciar uma transição para alternativas de código aberto.

Pouco tempo depois da Dinamarca decidir trocar o Windows e o Microsoft 365 por soluções de código-fonte aberto, o estado de Eslésvico-Holsácia, na Alemanha, também anunciou que irá substituir o Microsoft Teams e o Pacote Office por soluções de código aberto em seus órgãos públicos.

Cerca de 60 mil funcionários serão afetados pela medida, que será implementada nos próximos três meses. O governo também deve adotar o sistema operacional Linux nos próximos anos.

A iniciativa ganha força enquanto crescem os debates sobre a dependência europeia diante das big techs, poucos meses antes do fim do suporte ao Windows 10, marcado para 14 de outubro de 2025.

Mais do que uma resposta ao fim do suporte, porém, o ministro de digitalização do estado, Dirk Schrödter, define a medida como um passo necessário para “retomar o controle” sobre os dados públicos e garantir a “soberania digital” da administração pública local.

Mais autonomia

O objetivo principal da mudança é reduzir a dependência de grandes empresas de tecnologia dos EUA. Em meio aos debates sobre o poder das big techs na Europa, o estado alemão quer ter mais controle sobre sua infraestrutura digital — especialmente quanto ao armazenamento de dados de cidadãos e do governo.

A transição planejada pelo governo do estado prevê, inicialmente, a substituição de softwares como o Microsoft Teams e o pacote Office por alternativas de código aberto, além da adoção do Linux nos próximos anos.

Embora nem todos os novos softwares tenham sido especificados, o LibreOffice e o provedor de e-mail Open-Xchange são citados como parte do plano.

Segundo o ministro Schrödter, com o uso de software de código aberto, os órgãos públicos ganham autonomia para auditar e personalizar os sistemas, além de hospedá-los em infraestrutura própria — o que fortalece a independência em relação a fornecedores privados e plataformas de nuvem.

A medida abrange toda a administração pública do estado, incluindo, portanto, o funcionalismo civil, as forças policiais e o sistema judiciário.

O ano do Linux?

LibreOffice também defende troca do Windows 10 pelo Linux (imagem: reprodução/The Document Foundation)

A adoção de softwares de código aberto tem ganhado força na Europa, e outras administrações também consideram ou já iniciaram transições semelhantes.

A Document Foundation, organização por trás do LibreOffice, tem defendido a migração para softwares de código aberto como uma alternativa para usuários e empresas afetados pelo fim do suporte ao Windows 10, que pode forçar a compra de novos computadores para migrar ao Windows 11.

Na Dinamarca, o processo iniciado pelo Ministério de Assuntos Digitais também cita entre os motivos a redução de custos com licenciamento e a diminuição da dependência de empresas de tecnologia dos Estados Unidos.

Por lá, a migração é gradativa e começa em julho. O objetivo é fazer todos os funcionários do órgão usarem softwares de código aberto até o fim de 2025.

Ainda assim, a transição não é simples. A ministra dinamarquesa Caroline Stage reconheceu que, se o processo for muito complicado, “poderemos voltar para a Microsoft em um instante”.

Com informações da France 24
Mais um país: Alemanha abandona Microsoft por softwares de código aberto

Mais um país: Alemanha abandona Microsoft por softwares de código aberto
Fonte: Tecnoblog

Tráfego aéreo dos EUA ainda usa disquetes e até o Windows 95

Tráfego aéreo dos EUA ainda usa disquetes e até o Windows 95

Disquetes de 3,5 polegadas (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Com o Windows 10 perto de ter o seu ciclo de suporte encerrado pela Microsoft, causa espanto que versões ainda mais antigas do sistema operacional estejam em uso. É o que ocorre na Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, que ainda depende do Windows 95, de disquetes e outras tecnologias ultrapassadas.

O assunto veio à tona em uma audiência orçamentária realizada recentemente no Congresso dos Estados Unidos. A FAA quer modernizar os seus sistemas para tornar o controle de tráfego aéreo do país menos suscetível a falhas.

Para tanto, Chris Rocheleau, chefe interino da FAA, prestou esclarecimentos ao Congresso sobre o novo plano. Durante a audiência, o executivo explicou que o órgão ainda depende de tecnologias e equipamentos muito antigos para justificar a necessidade de atualização.

Em linhas gerais, Rocheleau deixou claro que quer promover uma ampla modernização na FAA para evitar que tecnologia obsoleta continue colocando sob risco o sistema de controle de tráfego aéreo americano. “Chega de disquetes e tiras de papel”, completou.

Apesar de o assunto ter sido discutido recentemente, o uso de tecnologia obsoleta preocupa órgãos governamentais dos Estados Unidos há muito tempo. No caso da FAA, sabe-se que muitas torres de controle de tráfego aéreo do país utilizam, além de disquetes, computadores com Windows 95.

Área de Trabalho do Windows 95 (imagem: reprodução/Microsoft)

Os riscos das tecnologias antigas

Estima-se que cerca de um terço dos sistemas de controle de voo dos Estados Unidos ainda depende de tecnologia obsoleta. Isso é um problema por várias razões.

Basta lembrarmos, como exemplo, que disquetes são unidades de armazenamento frágeis e, portanto, altamente suscetíveis a perda de dados. Com relação ao Windows 95, esse sistema não tem a estabilidade das versões mais recentes, além de ser inseguro.

Para piorar a situação, as tecnologias obsoletas em uso não se limitam a essas. Muitas redes de comunicação da FAA ainda utilizam fios de cobre de linhas telefônicas comuns, por exemplo, que são mais frágeis e limitadas em termos de desempenho.

O efeito não poderia ser outro: desde o fim de abril, pelo menos três falhas em sistemas de comunicação e radar foram registradas no Aeroporto Internacional Newark Liberty, em Nova Jersey, causando dezenas de atrasos e cancelamento de voos.

Se por um lado é visível a necessidade de modernização desses sistemas, por outro, será difícil o governo americano aprovar o orçamento necessário para isso, estimado em “dezenas de bilhões de dólares”. A intenção é modernizar os sistemas dentro de quatro anos, mas especialistas acham que é pouco provável esse prazo ser cumprido, tamanha a complexidade da empreitada.

O plano de modernização dos sistemas de tráfego aéreo dos Estados Unidos é descrito neste documento.

Com informações de NPR e The Register
Tráfego aéreo dos EUA ainda usa disquetes e até o Windows 95

Tráfego aéreo dos EUA ainda usa disquetes e até o Windows 95
Fonte: Tecnoblog

Homem é indiciado após roubar DVDs para vazar filmes na internet

Homem é indiciado após roubar DVDs para vazar filmes na internet

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa seria um dos filmes vazados (imagem: reprodução)

Você já se perguntou como filmes novos vão parar na internet antes de serem lançados em mídia física ou de chegarem ao streaming? Este caso mostra uma das vias para isso: nos Estados Unidos, um homem foi acusado de desviar mais de mil DVDs e discos Blu-ray de uma fábrica para piratear filmes.

De acordo com o Ars Technica, o acusado, Steven R. Hale, de 37 anos, foi indiciado em fevereiro deste ano sob a acusação de “contornar a criptografia que impede cópias não autorizadas” de filmes e extrai-los dessas mídias para compartilhamento na internet.

Ainda segundo a acusação, Hale ganhava dinheiro com esses vazamentos por antecipar lançamentos programados por estúdios de cinema, causando prejuízos milionários a essas empresas.

Entre as produções que teriam sido vazadas estão Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, Encanto, Sing 2, Matrix Resurrections, Venom: Tempo de Carnificina, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis e Eternos, todos de 2021.

Matrix Resurrections seria outra produção vazada (imagem: reprodução)

Hale se declarou culpado

Um detalhe que chama a atenção nessa história é o fato de a polícia ter desmantelado o esquema de Hale em março de 2022. Na ocasião, as autoridades apreenderam pelo menos 1.160 DVDs e Blu-rays desviados no período em que ele trabalhou na fábrica. Porém, só recentemente Hale foi indiciado.

O TorrentFreak levanta a possibilidade de o indiciamento ter demorado três anos porque a polícia pode ter gastado esse tempo fazendo uma investigação mais profunda do caso.

Nesse sentido, também é possível que a demora tenha relação com uma investigação feita pela polícia sobre um extenso vazamento de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, embora não haja nenhum documento ligando um caso ao outro.

Seja como for, Steven Hale fechou um acordo judicial em que reconhece a culpa sobre uma acusação de violação de direitos autorais. Como contrapartida, a promotoria retirará contra ele uma segunda acusação de violação de copyright, bem como outra de transporte interestadual de bens roubados.

Hale está sujeito a uma pena máxima de cinco anos de detenção e a uma multa de até US$ 250.000 (R$ 1,4 milhão, na conversão direta), mas essas punições deverão ser diminuídas como parte do acordo judicial.
Homem é indiciado após roubar DVDs para vazar filmes na internet

Homem é indiciado após roubar DVDs para vazar filmes na internet
Fonte: Tecnoblog

Amazon testa vendedor feito por IA para falar com consumidores

Amazon testa vendedor feito por IA para falar com consumidores

Nova funcionalidade da Amazon ainda está em fase de testes (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Amazon está experimentando uma nova função que utiliza inteligência artificial para criar hosts virtuais que explicam os principais detalhes de produtos. A novidade aparece como um botão de áudio em determinadas páginas da loja no aplicativo, permitindo que o usuário escute um resumo das informações do item.

De acordo com a própria Amazon, esses “especialistas de compras com IA” ajudam os consumidores a economizar tempo, reunindo dados que vêm das páginas dos produtos, avaliações de clientes e outras informações. O modelo lembra bastante um formato de podcast, no qual uma voz sintetizada apresenta os destaques do produto, como funcionalidades e benefícios.

Como funciona o vendedor com IA da Amazon?

A funcionalidade está em fase de testes e, por enquanto, está disponível apenas para alguns usuários nos Estados Unidos, em produtos específicos. Entre os itens que já contam com o recurso estão um liquidificador da Ninja, um óleo corporal da Osea e fones de ouvido da Shokz. Ao acessar essas páginas pelo aplicativo da Amazon surje o botão “Ouça os destaques”.

Cada resumo em áudio começa avisando que aquele conteúdo foi gerado por inteligência artificial. Em seguida, o anfitrião virtual inicia a apresentação das informações, reunindo dados técnicos, destaques e opiniões encontradas nas avaliações dos usuários. Segundo a Amazon, a proposta é oferecer uma experiência parecida com a de “ter amigos dando dicas sobre o que comprar, de forma prática e rápida”.

IA pode se basear em avaliações falsas?

IA está sendo usada na experiência de compra de usuários da Amazon (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A chegada desse recurso gera dúvidas sobre a origem dos dados utilizados, especialmente porque a própria Amazon já foi alvo de críticas pela quantidade de avaliações falsas em sua plataforma. Pesquisas indicam que esse tipo de prática pode representar mais de 40% das avaliações em algumas categorias.

A empresa afirma que mantém “tolerância zero” para fraudes desse tipo e que possui políticas rigorosas para combater abusos nas avaliações. De acordo com a Amazon, “mais de 99% dos produtos visualizados na loja possuem apenas avaliações autênticas”. No entanto, não foi informado se o sistema de IA inclui algum mecanismo adicional para filtrar comentários falsos ao gerar os resumos em áudio.

O recurso tem potencial para ser útil em situações específicas, como para pessoas com deficiência visual ou para quem busca consumir conteúdo de forma mais dinâmica, enquanto realiza outras tarefas. Apesar disso, alguns testes feitos pela imprensa indicaram que ouvir os resumos pode levar mais tempo do que simplesmente ler as informações na página ou buscar por conta própria.

A Amazon informou que pretende expandir a funcionalidade para mais usuários e produtos nos próximos meses, mas ainda não há previsão de lançamento em outros países.

Com informações do Engadget
Amazon testa vendedor feito por IA para falar com consumidores

Amazon testa vendedor feito por IA para falar com consumidores
Fonte: Tecnoblog

OnlyFans pode ser vendido por até US$ 8 bilhões

OnlyFans pode ser vendido por até US$ 8 bilhões

Crescimento acelerado da plataforma tem atraído investidores (imagem: reprodução)

Resumo

A empresa controladora do OnlyFans negocia a venda da plataforma com investidores liderados pela Forest Road Company, dos EUA.
De acordo com a Reuters, o negócio gira em torno de US$ 8 bilhões. Em 2023, o OnlyFans teve receita de US$ 6,6 bilhões.
O modelo de negócio da plataforma, que atrai criadores de conteúdo adulto, enfrenta resistência financeira e riscos legais, complicando a venda.

O OnlyFans pode estar prestes a ser vendido. De acordo com a Reuters, a Fenix International Ltd, empresa que controla a plataforma conhecida por permitir que criadores de conteúdo adulto cobrem assinaturas dos seguidores, negocia a venda para um grupo de investidores, que avalia o negócio em cerca de US$ 8 bilhões.

As conversas estão sendo conduzidas pela Forest Road Company, firma de investimentos com sede em Los Angeles. Até o momento, não foram revelados os nomes dos outros investidores envolvidos na possível transação. Segundo a Reuters, a negociação não está concluída, e fontes ligadas ao processo afirmam que outras empresas também demonstraram interesse na compra.

OnlyFans está à venda?

O interesse pela plataforma cresceu na mesma proporção que seu faturamento. Somente no ano fiscal encerrado em novembro de 2023, o OnlyFans registrou uma receita de US$ 6,6 bilhões — valor significativamente maior do que os US$ 375 milhões obtidos em 2020. Esse crescimento acelerado tem atraído investidores, apesar das barreiras envolvendo o modelo de negócio do site.

Parte dos executivos da Forest Road já havia tentado negociar a abertura de capital do OnlyFans em 2022, por meio de uma empresa de aquisição de propósito específico (SPAC, na sigla em inglês), mas as conversas não avançaram. Agora, além da venda para investidores, também se considera a possibilidade de uma oferta pública inicial (IPO).

A Reuters afirma que as conversas para uma possível venda ocorrem desde março e podem ser concluídas nas próximas semanas, embora não haja garantia de que o acordo será fechado. Tanto a Fenix International quanto a Forest Road optaram por não comentar o assunto.

O que dificulta a negociação?

OnlyFans permite que criadores interajam com seus fãs e sejam remunerados pelo que produzem (imagem: reprodução)

O principal entrave para negócios envolvendo o OnlyFans é justamente a natureza dos conteúdos hospedados na plataforma. Por ser majoritariamente voltado para conteúdos pornográficos, o site enfrenta resistência de instituições financeiras e investidores de grande porte, que evitam associações por possíveis riscos legais e de reputação.

Em reportagens anteriores, a Reuters revelou que o site foi citado em registros policiais e judiciais nos Estados Unidos, desde 2019, em casos relacionados a pornografia não consensual, abuso infantil e tráfico de pessoas.

Essas questões tornam mais delicada e complexa a realização de processos de due diligence — uma espécie de auditoria feita antes de fechar qualquer negócio, em que se analisam riscos, documentos financeiros, questões legais e operacionais.

O proprietário do OnlyFans é Leonid Radvinsky, empresário ucraniano-americano que assumiu o controle da empresa em 2018. De acordo com documentos oficiais no Reino Unido, ele teria recebido mais de US$ 1 bilhão em dividendos nos últimos três anos.

O grupo interessado na compra, a Forest Road Company, é especializado em investimentos nos setores de mídia, energia renovável e ativos digitais. Fundada em 2017, a empresa também possui participação em negócios como uma equipe da Fórmula E, e, em 2024, expandiu sua atuação no mercado financeiro ao adquirir parte majoritária de um banco de investimentos.

Com informações da Reuters
OnlyFans pode ser vendido por até US$ 8 bilhões

OnlyFans pode ser vendido por até US$ 8 bilhões
Fonte: Tecnoblog

Fortnite volta ao iPhone nos EUA após quase cinco anos de proibição

Fortnite volta ao iPhone nos EUA após quase cinco anos de proibição

Fortnite volta a ser oferecido no mercado americano após briga nos tribunais (imagem: divulgação)

Resumo

Fortnite foi banido da App Store dos EUA em 2020 e voltou após decisão judicial que proibiu a Apple de cobrar comissões sobre pagamentos externos.

A Epic Games anunciou o retorno do jogo no X, mas ele ainda não está disponível oficialmente no Brasil.

No Brasil, o Cade determinou que a Apple deve abrir o iOS para lojas alternativas, o que pode facilitar a chegada do Fortnite.

O jogo Fortnite está novamente disponível na App Store dos Estados Unidos. Ele foi banido da loja em 2020. Logo após a exclusão, uma longa batalha judicial entre a Epic Games e a Apple se seguiu. Com sentenças recentes favoráveis à desenvolvedora de jogos, o título pode retornar oficialmente a iPhones e iPads.

O retorno foi anunciado pela Epic Games em uma publicação no X (antigo Twitter). “Estamos de volta, família”, escreveu Tim Sweeney, CEO da empresa. No Brasil, no entanto, o jogo ainda não chegou.

we back fam https://t.co/X14bCXoylB— Tim Sweeney (@TimSweeneyEpic) May 20, 2025

Como o Fortnite conseguiu retornar à App Store?

Uma das decisões mais importantes na intensa briga nos tribunais veio no começo de maio de 2025. A Justiça americana considerou que a Apple não cumpriu uma determinação de 2021, que mandava a empresa liberar pagamentos de produtos e serviços por fora de seu sistema.

Fortnite no iPhone antes do banimento (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Com isso, uma nova decisão, dessa vez mais explícita, proibiu que a fabricante do iPhone cobrasse comissões por compras feitas fora da loja ou impusesse restrições a links para estas transações.

A decisão abriu caminho para o retorno do Fortnite. O jogo foi banido em 2020 após a Epic Games tentar contornar as regras da App Store e vender itens fora da loja — o que provocou uma grande discussão sobre a legitimidade da cobrança de taxas sobre microtransações de apps e games.

Mesmo assim, o retorno não foi sem atritos. A Epic enviou o jogo para a loja em 9 de maio, mas a Apple decidiu segurar a aprovação enquanto um recurso esperava julgamento.

A fabricante do iPhone também argumentou que a desenvolvedora havia usado uma conta sueca para enviar a mesma versão para os EUA e a União Europeia, contrariando o pedido de builds separadas para os dois mercados.

Nada disso convenceu a juíza do caso, Yvonne Gonzalez Rogers. Na segunda-feira (19/05), ela disse que a decisão era definitiva e clara: o jogo estava liberado e ponto final.

E no Brasil?

Por enquanto, a Apple está apenas cumprindo decisões. Nos EUA, Fortnite está disponível pela App Store, como mandou a Justiça. Na UE, a empresa obedece à legislação do bloco, que libera lojas alternativas — o game é distribuído pela Epic Games Store, da própria desenvolvedora, e pela AltStore PAL.

Tweet da conta do Fortnite no Brasil informa que jogo será liberada para o iOS em julho (imagem: reprodução)

A conta brasileira do Fortnite no X anunciou, em março de 2025, que o jogo voltaria a iPhones e iPads no Brasil após uma vitória do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a Apple na Justiça.

De lá para cá, houve idas e vindas, tanto na esfera administrativa quanto jurídica. A decisão mais recente, de maio, determina que a Apple deve abrir iPhones e iPads a lojas alternativas — o que pode facilitar o retorno de Fortnite aos aparelhos brasileiros.

Com informações da CNBC e do Verge
Fortnite volta ao iPhone nos EUA após quase cinco anos de proibição

Fortnite volta ao iPhone nos EUA após quase cinco anos de proibição
Fonte: Tecnoblog