Category: EUA

Apple muda comunicação do iPhone 16 após atraso no Apple Intelligence

Apple muda comunicação do iPhone 16 após atraso no Apple Intelligence

Novo slogan “Feito para Apple Intelligence” já pode ser visto no site da marca no Brasil (imagem: reprodução/Apple)

Resumo

Apple mudou o slogan do iPhone 16 de “Olá, Apple Intelligence” para “Feito para Apple Intelligence” após atrasos nos recursos prometidos.
As funções de IA, previstas para o iOS 18.4, foram adiadas para 2026, durante o ciclo do iOS 19.
A big tech é alvo de processos por propaganda enganosa, com consumidores alegando terem sido induzidos à compra com base em promessas não cumpridas.

A Apple está alterando sua estratégia de marketing para a linha iPhone 16 após o atraso de alguns recursos do Apple Intelligence. Em especial, a campanha global trocou o slogan “Olá, Apple Intelligence” para “Feito para Apple Intelligence” no site oficial da marca.

A mudança de ênfase do “presente” para o “futuro suporte” da inteligência artificial é um indicativo de que as novas ferramentas de IA não estão prontas. Vale dizer que a troca do slogan ainda se estendeu ao iPad e aos computadores Mac.

A alteração nos materiais de marketing do iPhone 16 também foi notada fora do meio digital. Consumidores dos EUA perceberam que as menções ao Apple Intelligence foram removidas de outdoors e outras peças publicitárias relacionadas a linha de smartphone.

Imagem da diferença do slogan do Apple Intelligence na página do iPhone 16 (imagem: reprodução/Apple)

Atrasos no Apple Intelligence

O Apple Intelligence foi revelado pela Apple durante a WWDC 2024, em junho do ano passado. Algumas das novidades anunciadas foram uma assistente Siri personalizada e a IA contextual, que seriam disponibilizadas para os usuários do iPhone 16 dentro do período de um ano.

Entretanto, a big tech anunciou em março deste ano que precisará de mais tempo para lançar os novos recursos para os donos dos dispositivos. Então, a nova previsão para a chegada das ferramentas baseadas em IA é em “algum momento de 2026”.

Diante desse cenário, as aguardadas funções do Apple Intelligence devem ser disponibilizadas durante o ciclo do iOS 19 em vez do iOS 18.4. Um calendário diferente do que foi prometido pela Apple anteriormente.

Página do MacBook Air também inclui a nova frase “Feito para Apple Intelligence” (imagem: reprodução/Apple)

Uma possível blindagem jurídica

A mudança na estratégia de marketing do iPhone 16 e o Apple Intelligence pode ser uma forma da gigante de Cupertino se blindar juridicamente. Isso porque os atrasos relacionados aos recursos de IA têm gerado consequências legais para a big tech.

Conforme o MacRumors, a empresa enfrenta múltiplas ações judiciais coletivas de suposta violação de leis de propaganda enganosa. Os clientes alegam que não teriam comprado os aparelhos da linha iPhone 16, ou pago um alto valor no produto, caso soubessem que o marketing da Apple em torno dos recursos de IA era “falso e enganoso”.

Com informações do MacRumors
Apple muda comunicação do iPhone 16 após atraso no Apple Intelligence

Apple muda comunicação do iPhone 16 após atraso no Apple Intelligence
Fonte: Tecnoblog

Vozes de Elon Musk e Zuckerberg criadas por IA surpreendem pedestres

Vozes de Elon Musk e Zuckerberg criadas por IA surpreendem pedestres

Elon Musk e Zuckerberg são alvo de manifestação com tecnologia (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Os cruzamentos de algumas cidades nos Estados Unidos trazem uma peculiaridade: o transeunte aperta um botão na hora de atravessar a rua. Além disso, o equipamento afixado ao poste pede para aguardar ou avançar. O que ninguém imaginava era que alguma pessoa hackearia alguns desses dispositivos na Califórnia para colocar as vozes de Elon Musk e Mark Zuckerberg, dois magnatas da tecnologia, como sabemos bem.

O assunto rapidamente surgiu nas redes sociais, com mais de 500 mil views, e ganhou as manchetes da imprensa americana. O responsável pela ação — ninguém assumiu a autoria — provavelmente usou algum sintetizador de voz e inteligência artificial para produzir os áudios, que depois foram incorporados nos postes de trânsito.

Confira as falas fake dos dois empresários:

Elon Musk: “Bem-vindo a Palo Alto, lar da engenharia da Tesla. Dizem que dinheiro não compra felicidade. E… é, ok… acho que isso é verdade. Deus sabe o quanto eu tentei. Mas ele pode comprar um Cybertruck, e isso é bem irado, né? …Né?? Porra, eu tô tão sozinho.”

Mark Zuckerberg: “Oi, aqui é o Mark Zuckerberg, mas os mais chegados me chamam de Zuck. É normal se sentir desconfortável ou até invadido enquanto a gente insere IA à força em todos os aspectos da sua experiência consciente. E eu só queria te tranquilizar: não precisa se preocupar, porque simplesmente não há nada que você possa fazer para impedir isso. Enfim, até mais.”

De acordo com o TechCrunch, as mensagens sonoras foram detectadas em Menlo Park, Palo Alto e Redwood City. Os funcionários da administração local começaram a desfazer a confusão no último sábado, dia 12/04.

Tanto Elon Musk quanto Zuckerberg têm chamado a atenção por causa dos posicionamentos que extrapolam os negócios, o que traz ainda mais escrutínio para a atuação de suas empresas. Nós não nos surpreenderemos se mais manifestações com uso de tecnologia surgirem no decorrer dos próximos quatro anos.
Vozes de Elon Musk e Zuckerberg criadas por IA surpreendem pedestres

Vozes de Elon Musk e Zuckerberg criadas por IA surpreendem pedestres
Fonte: Tecnoblog

EUA cortam verba do CVE, programa que cataloga falhas de cibersegurança

EUA cortam verba do CVE, programa que cataloga falhas de cibersegurança

Setor de cibersegurança pode sofrer impactos da falta de financiamento (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A organização sem fins lucrativos Mitre revelou que seu contrato com o governo americano para operar a base de dados CVE vence nesta quarta-feira (16/04) e, até o momento, não foi renovado. Sem o financiamento dos EUA, o projeto corre riscos.

“O governo segue fazendo esforços consideráveis para manter o papel da Mitre no apoio ao programa”, disse o presidente da organização, Yorsy Barsoum, em uma carta enviada a membros do conselho.

“Caso ocorra uma interrupção no serviço, podemos esperar múltiplos impactos ao CVE, como a deterioração do setor nacional de vulnerabilidades, incluindo bases de dados, recomendações, fornecedores de ferramentas, operações de resposta a incidentes e todas as formas de infraestrutura crucial”, alerta Barsoum.

Com a perspectiva de não contar mais com o financiamento americano, a Mitre anunciou a criação da CVE Foundation. Até o momento, não foram divulgados detalhes da iniciativa, mas é provável que a fundação busque doações para manter as operações da base de dados.

O que é o CVE?

CVE é a sigla para Common Vulnerabilities and Exposures, ou “vulnerabilidades e exposições comuns”, em tradução livre. Trata-se de uma base de dados de falhas de cibersegurança identificadas.

CVE cataloga falhas para evitar confusões (imagem: Leandro Kovacs/Tecnoblog)

Graças ao projeto, cada problema descoberto recebe um identificador. Se você acompanha as notícias do Tecnoblog sobre cibersegurança, talvez tenha notado que mencionamos um código composto por “CVE”, o ano e mais alguns dígitos.

Esse código evita confusões entre profissionais do setor e permite que eles saibam se estão falando da mesma falha ou de falhas diferentes. Isso ajuda a coordenar correções, compartilhar informações e recomendar procedimentos de segurança.

A organização Mitre mantém também o CWE (Common Weakness Enumeration), que lista pontos vulneráveis de software e hardware.

Quem financia o CVE?

As verbas do CVE vêm do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), por meio da Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura (CISA).

Em resposta enviada ao Bleeping Computer, um porta-voz da CISA disse que a agência está “trabalhando com urgência para mitigar impactos e manter os serviços do CVE”.

Não se sabe exatamente o motivo da não renovação do contrato com a Mitre, mas, como lembra a Reuters, o governo de Donald Trump está promovendo cortes de gastos, sob ordens do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), comandado por Elon Musk.

Com informações do Bleeping Computer e da Reuters
EUA cortam verba do CVE, programa que cataloga falhas de cibersegurança

EUA cortam verba do CVE, programa que cataloga falhas de cibersegurança
Fonte: Tecnoblog

Ubisoft alega que jogadores não são donos dos jogos que compram

Ubisoft alega que jogadores não são donos dos jogos que compram

Ação judicial nos EUA acusa a Ubisoft de propaganda enganosa e fraude (imagem: Flickr/Shuichi Aizawa)

Resumo

Dois jogadores da Califórnia processaram a Ubisoft, alegando que foram induzidos a acreditar que estavam comprando o jogo The Crew, quando, na verdade, adquiriram apenas uma licença de uso.
A ação acusa a empresa de propaganda enganosa, concorrência desleal, fraude, violação de garantias e das leis de vale-presente do estado.
A empresa se defende dizendo que os termos de uso previam uma licença limitada e que os jogadores estavam cientes dessas condições.

Em novembro do ano passado, a Ubisoft foi processada nos EUA por dois jogadores da Califórnia que adquiriram The Crew, jogo online encerrado em março de 2024. Os autores da ação alegam que foram enganados pela empresa. Em resposta, a editora de jogos eletrônicos solicitou o arquivamento do processo, afirmando que a compra garante apenas uma licença limitada de acesso ao conteúdo — e não “direitos de propriedade irrestritos sobre o jogo”.

Por que os jogadores estão processando a Ubisoft?

Os autores da ação afirmam que foram levados a acreditar que compravam o jogo, quando, na verdade, adquiriam apenas uma licença temporária. Eles acusam a Ubisoft de violar leis estaduais ao desligar os servidores e tornar o jogo inacessível para quem já havia pago.

Além disso, os advogados dos jogadores também acusam a Ubisoft de praticar propaganda enganosa, concorrência desleal, fraude e violação de garantias. Segundo os autores, a Ubisoft infringiu a legislação da Califórnia sobre vales-presentes ao inutilizar créditos comprados com dinheiro real após o desligamento do jogo.

Esse sistema de créditos, alegam os jogadores, se enquadra legalmente como um vale-presente — modalidade que, de acordo com a lei estadual, não poderia ter prazo de validade. Com essa e outras alegações adicionadas na versão revisada da ação, o total de acusações contra a Ubisoft chegou a nove. Agora, os jogadores pedem que o processo seja convertido em ação coletiva, para representar consumidores de todo o país.

O que a Ubisoft alega?

Na resposta à acusação, obtida pelo site Polygon, a Ubisoft argumentou que os consumidores sabiam que estavam comprando apenas o direito de uso de The Crew enquanto o jogo estivesse disponível.

A empresa também destacou que o encerramento foi comunicado com antecedência, conforme previsto nos termos de uso. “A embalagem do Xbox e do PlayStation contém um aviso claro e visível”, afirma o documento.

Os autores da ação, porém, alegam que, no ato da compra, não havia sinal de que o jogo se tornaria inutilizável depois. Para tentar provar, anexaram ao processo imagens da embalagem física do The Crew informando que o código de ativação expiraria em 2099. A Ubisoft tem até 29 de abril para apresentar uma nova resposta à versão revisada da ação.

O que aconteceu com o jogo The Crew?

The Crew foi um jogo de corrida online em mundo aberto, lançado pela Ubisoft em 2014. Na época, o título foi removido das lojas digitais por motivos de “infraestrutura de servidores e restrições de licenciamento”, segundo a empresa. O encerramento foi anunciado em 14 de dezembro de 2023, quando a Ubisoft informou que, em 31 março de 2024, o game não seria “mais acessível em nenhuma plataforma”.

No jogo, os usuários exploravam uma versão reduzida dos Estados Unidos, participando de missões, desafios e corridas com diferentes tipos de veículos — semelhante à franquia Need for Speed.

A Ubisoft ofereceu reembolso a quem havia comprado o game. Segundo o site da empresa, o ressarcimento é válido somente para compras feitas até 14 dias antes do pedido, com menos de duas horas de uso. Ainda assim, apenas parte dos jogadores conseguiu recuperar o valor pago — provavelmente porque a maioria adquiriu o título fora do período estipulado, de acordo com o Polygon.

Com informações de Polygon e TechSpot
Ubisoft alega que jogadores não são donos dos jogos que compram

Ubisoft alega que jogadores não são donos dos jogos que compram
Fonte: Tecnoblog

Apple teria enviado 1,5 milhão de iPhones aos EUA para evitar tarifaço

Apple teria enviado 1,5 milhão de iPhones aos EUA para evitar tarifaço

Apple tenta diminuir o impacto das tarifas de Trump sobre os iPhones (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

Apple enviou 1,5 milhão de iPhones produzidos na Índia para os EUA em uma operação para evitar as novas tarifas de importação, segundo a Reuters.
A logística envolveu cinco aviões transportando 600 toneladas de aparelhos em apenas três dias.
Para isso, a big tech manteve a linha de produção na Índia funcionando aos domingos, em um crescimento temporário de 20%, e pressionou as autoridades locais para agilizar os trâmites alfandegários.

No fim de março, a Apple teria fretado pelo menos cinco aviões para enviar iPhones produzidos na Índia aos Estados Unidos para escapar do “tarifaço” do presidente Donald Trump contra dezenas de países. Mas quantos iPhones foram transportados? Agora temos uma estimativa: cerca de 1,5 milhão de unidades.

Pelo menos é o que relata a Reuters. De acordo com o veículo, os aviões transportaram 600 toneladas de carga, o que equivale aos mencionados 1,5 milhão de iPhones. Até então, a quantidade de unidades enviadas da Índia para os Estados Unidos era um detalhe não estimado.

Para conseguir um volume tão grande de produtos, a Apple contratou mais funcionários e manteve a sua linha de produção na Índia funcionando aos domingos, o que resultou em um aumento temporário de 20% na fabricação local, explicam as fontes ouvidas pela Reuters.

Mas a companhia também precisou acelerar os envios. Os relatos são de que os voos foram realizados em um intervalo de apenas três dias durante a última semana de março. Para dar conta de um volume tão grande de carga em tão pouco tempo, a Apple pressionou autoridades para acelerar o desembaraço aduaneiro.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (imagem: Gage Skidmore/Flickr)

Objetivo é escapar do “tarifaço” de Trump

A Apple foi procurada, mas não comentou o assunto. Fontes consultadas pela Reuters reforçam aquilo que nos soa óbvio: esse é um esforço da companhia para escapar das tarifas de importação anunciadas pelo governo dos Estados Unidos no início do mês contra dezenas de países.

O presidente americano Donald Trump afirma que as decisões visam “libertar” os Estados Unidos do domínio de produtos estrangeiros. Contudo, o “tarifaço”, como o movimento tem sido chamado, vem se mostrando problemático para diversas companhias americanas.

No caso da Apple, grande parte de seus produtos é fabricada na China e na Índia. Este último país foi tarifado em 26%, mas se beneficia de uma suspensão de 90 dias da cobrança determinada por Trump nesta semana. Mas com a China há uma guerra tarifária que já fez a alíquota de importação imposta pelos Estados Unidos chegar a 125%.

Não é de causar espanto que a Apple esteja tomando medidas desesperadas, por assim dizer.
Apple teria enviado 1,5 milhão de iPhones aos EUA para evitar tarifaço

Apple teria enviado 1,5 milhão de iPhones aos EUA para evitar tarifaço
Fonte: Tecnoblog

Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos

Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos

Embarcamos para os Estados Unidos e visitamos a sede da Microsoft (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

No ano em que comemora 50 anos de história, a Microsoft convidou jornalistas de 20 países para conhecer de perto sua sede em Redmond, nos arredores de Seattle, nos EUA. O Tecnoblog foi o único representante do Brasil nessa visita exclusiva ao vasto campus da empresa, que mais parece uma cidade. São 125 prédios, 47 mil pessoas circulando diariamente e até um sistema interno de transporte, com micro-ônibus e um serviço semelhante ao Uber, exclusivo para funcionários.

Durante a visita, conhecemos o departamento de arquivos da Microsoft, onde a história da empresa é cuidadosamente preservada em disquetes e versões antigas do Flight Simulator. Passamos também pelo Laboratório de Inclusão, dedicado ao desenvolvimento de tecnologias acessíveis, e descobrimos até colmeias espalhadas pelo campus — iniciativa para contribuir com a polinização da vegetação local.

Dê play no vídeo abaixo e confira o vlog especial

De Albuquerque ao mundo

A história da companhia fundada por Bill Gates e Paul Allen começa em 1975, em Albuquerque, no Novo México. A Microsoft mantém um acervo cuidadosamente preservado, com caixas e discos da Encarta, disquetes, versões antigas do Flight Simulator e outros marcos da empresa. Cada item é armazenado com pelo menos três cópias.

Paul Allen (in memoriam) e Bill Gates, os fundadores da Microsoft (imagem: reprodução/Paulallen.com)

Há documentos que relembram o lançamento do Windows 95 e seu icônico botão Iniciar, quando a Microsoft repensou a forma de interagir com o computador, além da relação de parceria e rivalidade com a Apple — que, nos anos 1980, chegou a comprar softwares da Microsoft, antes da concorrência entre as duas crescer com o avanço do Windows.

Silêncio, inclusão, cibersegurança e… colmeias

Sala anecoica é tão silenciosa que algumas pessoas conseguem ouvir os batimentos do coração (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

No Laboratório de Inclusão, cerca de 4 mil pessoas colaboram anualmente no desenvolvimento de produtos mais acessíveis. Um dos destaques é o controle adaptado para jogadores com mobilidade reduzida, projetado com foco em ergonomia, compatibilidade e usabilidade — da peça até o design da embalagem.

Já no Centro de Cibercrimes, a Microsoft monitora ataques digitais e combate à pirataria em parceria com governos, incluindo o Brasil. Por questões de segurança, o acesso ao local é restrito, mas ameaças recebem codinomes baseados em fenômenos naturais — os ataques atribuídos à Rússia, por exemplo, são chamados de Blizzard.

Abelhas polinizadoras dão mel (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Uma das curiosidades do campus é a presença de colmeias espalhadas entre os prédios, que contribuem para a polinização da vegetação local — os visitantes recebem um potinho do mel produzido ali. Outra curiosidade são as casas na árvore, usadas como salas de reunião.

A sede da empresa foi pensada para que as pessoas trabalhem bem e com conforto. Hoje, a Microsoft vai além dos softwares clássicos, e tem apostado forte em IA — com os dispositivos Copilot+ —, ampliado sua atuação em computação em nuvem com o Azure e investido em áreas estratégicas de segurança cibernética.

Thássius Veloso viajou para os Estados Unidos a convite da Microsoft
Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos

Microsoft, 50 Anos: conheça a sede da empresa nos Estados Unidos
Fonte: Tecnoblog

Trump dá mais prazo e evita novamente que TikTok seja banido dos EUA

Trump dá mais prazo e evita novamente que TikTok seja banido dos EUA

Donald Trump evitou suspensão em janeiro (foto: Gage Skidmore/Flickr)

Resumo

Donald Trump prorrogou mais uma vez o prazo para a ByteDance vender a operação do TikTok nos EUA, evitando novo banimento do app.
Em janeiro, o TikTok chegou a ser suspenso por pouco mais de um dia, mas Trump emitiu uma ordem executiva que concedeu um tempo extra.
A venda é exigida por uma lei que veta redes sociais sob controle de países considerados adversários, como a China.
O governo dos EUA acusa o TikTok de potencial uso para espionagem, mas a transação ainda precisa do aval da China.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que assinará uma ordem executiva estendendo em 75 dias o prazo para que a empresa chinesa ByteDance venda a operação americana do TikTok, como forma de evitar que o app seja banido no país.

O anúncio foi feito na Truth Social, rede social de propriedade do próprio Trump. Ele disse que a venda do TikTok ainda precisa de aprovações e que o adiamento permitirá que o app continue funcionando normalmente. Com isso, o novo prazo passa a ser meados de junho.

Esta é a segunda vez que Trump “salva” o TikTok nos EUA. Em janeiro, a rede social chegou a ser suspensa por pouco mais de um dia, até que o presidente emitiu uma ordem executiva concedendo 75 dias adicionais.

Por que o TikTok precisa ser vendido?

A obrigatoriedade de vender o TikTok faz parte de uma lei aprovada em abril de 2024 e sancionada pelo então presidente, Joe Biden.

TikTok ficou suspenso nos EUA por pouco mais de um dia, em janeiro (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O texto proíbe redes sociais caso o país considere que elas são controladas por um dos chamados “países adversários”. Os EUA acusam a China de usar o TikTok para espionar cidadãos americanos.

Quem pode comprar o TikTok?

Nos últimos meses, surgiram vários candidatos a adquirir as operações americanas do TikTok, como Oracle, Amazon, a empresa de venture capital Andreessen Horowitz e um consórcio com a participação de Alexis Ohanian, cofundador do Reddit.

A ByteDance confirmou as conversas com o governo dos EUA para resolver a situação da rede social no país, mas ressaltou que nenhuma venda foi fechada e que ainda há questões importantes a serem resolvidas.

Outro ponto relevante de uma possível venda é que o negócio precisaria do aval do governo chinês, seguindo as leis locais. Trump já acenou para uma diminuição das tarifas de importação impostas nesta quinta-feira (03/04), caso a China facilite o acordo.

Com informações da CNBC e The Verge
Trump dá mais prazo e evita novamente que TikTok seja banido dos EUA

Trump dá mais prazo e evita novamente que TikTok seja banido dos EUA
Fonte: Tecnoblog

Amazon libera Alexa+ com IA, mas sem várias funções

Amazon libera Alexa+ com IA, mas sem várias funções

Amazon finalmente lançou a Alexa+, mas com quase nada dos recursos prometidos (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A Amazon lançou a Alexa+ nos EUA, mas muitos recursos ainda estão indisponíveis e podem demorar mais de dois meses para serem liberados.
Os recursos atrasados não atendem aos padrões de qualidade exigidos pela Amazon, como pedidos de delivery no Grubhub e reconhecimento de membros da família.
A Alexa+ com IA generativa está disponível na assinatura do Amazon Prime ou por US$ 20 mensais.
Ela funciona em modelos de Echo Show e Echo Dot lançados após 2017.

Nesta segunda-feira (31), a Amazon finalmente lançou a Alexa+, a versão (finalmente) inteligente da sua assistente virtual. Porém, vários recursos prometidos estão faltando e podem demorar mais de dois meses para chegar, informa o The Washington Post. A Alexa+ foi liberada para parte dos consumidores e está disponível apenas em inglês.

Por que a Amazon está atrasando a liberação de alguns recursos da Alexa+?

Segundo o The Washington Post, que teve acesso a documentos da Amazon, parte dos recursos atrasados não está de acordo com o padrão de qualidade exigido pela big tech. Entre essas ferramentas estão a habilidade de pedir delivery no Grubhub (serviço disponível nos EUA) e identificar membros da família. Com este recurso é possível que o Echo Show reconheça as pessoas e as lembre de realizar determinadas tarefas.

Outras ferramentas que ainda não têm data para chegar à Alexa+ são:

Geração automática de histórias para entreter as crianças

Sugestão de presentes

Versão conversacional da Alexa no site Alexa.com

Além de recursos completamente ausentes, temos o curioso caso de um recurso semifuncional. A habilidade de ler e resumir documentos enviados para a Alexa exibirá uma mensagem de erro caso o usuário tente deletar o documento.

Alexa+ é mais inteligente e capaz de realizar tarefas mais complexas que as skills da versão padrão (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Documentos visualizados pelo The Washington Post mostram que o usuário pode entrar em contato com a Ajuda da Amazon para apagar o arquivo. Todavia, não é possível apagar todos os dados associados ao documento no sistema da Alexa+.

A big tech espera corrigir isso nas próximas semanas. Do ponto de vista de segurança e privacidade digital, a ferramenta não deveria ser lançada sem a opção do usuário apagar todas as informações de um documento.

Apple passou por problemas por causa de promessas

Em março, a Apple foi alvo de um processo de propaganda enganosa pelo atraso em lançar diversos recursos prometidos no Apple Intelligence. Ainda é cedo para dizer se os atrasos nas novidades prometidas pela Amazon serão duradouros.

Entretanto, o caso recente da Apple mostra que os consumidores podem não ter muita paciência para esperar. No mais, os usuários da Alexa podem até seguir o mesmo caminho e levar a Amazon para a Justiça.

O que é a Alexa+?

A Alexa+ é a versão da Alexa com inteligência artificial generativa, usando diferentes LLMs. Essa nova versão da assistente virtual da Amazon está disponível na assinatura do Amazon Prime, mas também pode ser adquirida separadamente por US$ 20 (R$ 113) ao mês — ainda sem previsão de preço no Brasil.

Para usar a Alexa+ é necessário ter um dispositivo Echo compatível. No momento, apenas o Echo Show 8, Echo Show 10, Echo Show 15 e Echo Show 21 suportam a novidade. Os dispositivos Echo Dot lançados após 2017 também terão suporte à Alexa+

Com informações de The Washington Post e Engadget
Amazon libera Alexa+ com IA, mas sem várias funções

Amazon libera Alexa+ com IA, mas sem várias funções
Fonte: Tecnoblog

Huawei pode abandonar Windows e lançar PCs com Linux e HarmonyOS

Huawei pode abandonar Windows e lançar PCs com Linux e HarmonyOS

Notebooks da Huawei podem passar a usar Linux e HarmonyOS devido às sanções dos EUA (imagem: divulgação/Huawei)

Resumo

A Huawei deve lançar notebooks sem Windows a partir de abril, optando por Linux e HarmonyOS como sistemas operacionais.
Sanções dos EUA impedem a Huawei de negociar com a Microsoft, portanto a licença da marca chinesa para usar o Windows não deve ser renovada.
Os novos notebooks da Huawei devem chegar com aplicativos de IA baseados no LLM da DeepSeek.

A Huawei deve lançar novos notebooks sem Windows a partir de abril, dizem jornais chineses. No lugar do sistema operacional da Microsoft, a fabricante chinesa usará Linux e HarmonyOS, seu próprio SO. Devido às sanções dos Estados Unidos, a Huawei não poderá negociar com a big tech americana, motivo pelo qual estaria se adiantando ao bloqueio.

Por que a Huawei não poderá usar o Windows em seus PCs?

A Huawei foi sancionada pelos Estados Unidos e precisa de uma licença especial para utilizar o Windows. Com o retorno de Donald Trump à presidência do país, a fabricante está contando que não terá a sua licença renovada — veículos chineses dizem que ela expirou neste mês. Assim, a Huawei está proibida de utilizar o sistema operacional em seus produtos.

As alternativas para a Huawei são recorrer ao Linux e ao HarmonyOS, seu sistema operacional baseado no Android Open Source Project e no próprio Linux. Com o uso desses SOs, os notebooks da marca ficam mais baratos, já que não há o custo de licenciar um software de terceiros — basta ver a diferença entre laptops que possuem versões com Windows e Linux, ou o Lenovo Legion Go com Windows 11 e SteamOS.

HarmonyOS Next é o primeiro SO da Huawei sem usar o kernel Android (imagem: divulgação/Huawei)

A Huawei lançou em 2024 o HarmonyOS Next, versão do seu SO que não utiliza o kernel do Android. O lado negativo é que, por ser totalmente independente, ele não suporta aplicativos do Android, exigindo que desenvolvedores criem versões dedicadas de seus apps.

Porém, é mais lógico imaginar que a Huawei não usará o HarmonyOS Next nos notebooks vendidos fora da China. Isso dificultaria a vida dos usuários, que teriam que esperar que desenvolvedores adaptassem seus apps ao SO da marca. E como vimos nos Windows Phone, nem sempre o dev estará disposto a fazer isso e o produto pode morrer.

Segundo o site chinês MyDrive, os novos notebooks da Huawei também sairão de fábrica com aplicativos de IA usando o LLM da chinesa DeepSeek, que se tornou um dos principais serviços do tipo no mercado. Também é especulado que o MateBook D16 será atualizado com uma versão com Linux.

Com informações de TechSpot e MyDrive
Huawei pode abandonar Windows e lançar PCs com Linux e HarmonyOS

Huawei pode abandonar Windows e lançar PCs com Linux e HarmonyOS
Fonte: Tecnoblog

Desenvolvedor pode pegar 10 anos de prisão por sabotar empresa que o demitiu

Desenvolvedor pode pegar 10 anos de prisão por sabotar empresa que o demitiu

Desenvolvedor pode pegar 10 anos de prisão por sabotar empresa que o demitiu (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos anunciou que um desenvolvedor de 55 anos foi considerado culpado de implementar códigos maliciosos que prejudicaram os sistemas de uma empresa antes e após ele ter sido demitido de lá. Davis Lu pode pegar até dez anos de prisão.

A empresa em questão é a Eaton, que trabalha com gestão de energia. A companhia contratou Davis Lu em 2007. Ele trabalhou normalmente por lá nos anos seguintes, tendo inclusive ganhado um cargo de desenvolvedor sênior de software em 2017.

Mas as coisas começaram a ficaram estranhas em 2018, quando a Eaton reduziu as responsabilidades de Lu e limitou o acesso do desenvolvedor aos seus sistemas. Essa mudança fez parte de uma realinhamento interno que envolveu toda a empresa, segundo o processo.

Aparentemente, Davis Lu não ficou satisfeito com isso e, talvez se sentindo menosprezado, começou a executar uma série de ações de retaliação, explica o DoJ.

Uma dessas ações consistiu na implementação de códigos maliciosos na rede interna da companhia que excluíam arquivos de perfis de outros funcionários. Com isso, eles não conseguiam fazer login nos sistemas.

Esses códigos receberam nomes como Hakai (“destruição” em japonês) e HunShui (“letargia” em chinês), o que sugere que o objetivo do desenvolvedor com essas ações era o de prejudicar a produtividade da companhia.

Mas a ação mais danosa ainda estava por vir. O DoJ dá a entender que Lu sabia que seria demitido e, por isso, desenvolveu um código malicioso que foi ativado automaticamente na rede da Eaton no dia de sua demissão, em 2019.

O tal código consistia em um “kill switch”, isto é, um mecanismo que desativou uma série de componentes da rede, prejudicando severamente o funcionamento dos sistemas, em parte por ter tido o efeito de bloquear o acesso de funcionários da companhia.

Ao investigar o problema, a Eaton teria então percebido que o código que causava os transtornos vinha de um computador que usava uma conta de usuário de Davis Lu.

Davis Lu foi acusado de implementar um “kill switch” (imagem ilustrativa: Flickr/Visual Content)

Uma investigação mais detalhada indicou ainda que Lu fez pesquisas na internet à procura de métodos para aumentar seus privilégios no sistema, ocultar processos e excluir arquivos rapidamente, e que isso também sinaliza a sua intenção de causar danos à empresa onde trabalhava.

Esse ponto é curioso, pois quem age com tanta engenhosidade para prejudicar uma empresa tende a ser cuidadoso para não deixar “pistas”, o que parece não ter sido o caso de Davis Lu.

Se o desenvolvedor realmente agiu de modo malicioso, talvez ele quisesse ser descoberto para satisfazer um desejo de vingança. Outro sinal disso é que o código do “kill switch” tinha o nome de “IsDLEnabledinAD”, que aparentemente significa “Davis Lu está habilitado no Active Directory”.

O que vai acontecer com o desenvolvedor?

De acordo com um comunicado publicado pelo DoJ na última sexta-feira (07/03), um júri considerou Davis Lu culpado de “causar danos intencionais a computadores protegidos”.

A sentença ainda não foi definida, mas sabe-se que o desenvolvedor pode pegar até dez anos de prisão. Ainda é possível recorrer. É isso que Ian Friedman, advogado de Lu, promete fazer: “Davis e seus apoiadores acreditam em sua inocência e este assunto será revisado no nível de apelação”, comentou.

Com informações de Ars Technica e Cleveland
Desenvolvedor pode pegar 10 anos de prisão por sabotar empresa que o demitiu

Desenvolvedor pode pegar 10 anos de prisão por sabotar empresa que o demitiu
Fonte: Tecnoblog