Category: Estados Unidos (EUA)

Google lança ferramenta de vibe coding no Brasil

Google lança ferramenta de vibe coding no Brasil

Serviço de IA do Google ajuda leigos em desenvolvimento a criar apps (imagem: reprodução/Google)

Resumo

O Google lançou no Brasil a ferramenta de IA Opal, que permite criar miniaplicativos a partir de comandos de texto.
A Opal oferece um editor visual para leigos em programação, permitindo a edição de blocos de fluxo de trabalho e publicação dos miniaplicativos na web.
O Google introduziu uma ferramenta de depuração visual e otimizações de desempenho para agilizar a criação de aplicativos.

O Google anunciou nesta terça-feira (07/10) o lançamento da ferramenta de inteligência artificial Opal no Brasil. A ideia, que parte do Google Labs, é permitir que os usuários criem miniaplicativos a partir de comandos de texto. A plataforma estava em testes apenas nos Estados Unidos desde julho.

A expansão, que inclui mais 14 países além do Brasil, acontece simultaneamente à liberação de novas funcionalidades. Em comunicado oficial, o Google informou que a decisão de ampliar o acesso foi motivada pela complexidade e criatividade dos projetos desenvolvidos pela primeira leva de usuários.

Como o Opal funciona

O Opal opera a partir de um editor visual voltado a leigos em programação, oferecendo a infraestrutura do próprio Google (com Labs, Gemini e APIs do Android). O processo é semelhante ao uso de qualquer chatbot de IA, em que o usuário descreve a função do aplicativo que deseja criar, e a IA constrói um fluxo de trabalho com blocos que representam cada etapa do processo, como “receber dado do usuário”, “gerar texto” ou “exibir imagem”.

Cada um desses blocos pode ser editado individualmente, o que permite ao usuário refinar os comandos de texto para guiar a IA com mais precisão. Ao final do processo, o miniaplicativo pode ser publicado na web e compartilhado por meio de um link.

Além das criações próprias, a ferramenta possui uma galeria reunindo criações do Google e de outros usuários. Seguindo a ideia “colaborativa” de redes sociais como o TikTok, o Opal possui a opção editar projetos de outras pessoas por meio do botão “remixar”.

Fluxo dos apps gerados por IA no Opal (imagem: Felipe Faustino/Tecnoblog)

Inteligências artificiais já são usadas para auxiliar ou até mesmo gerar novos apps. O avanço das capacidades de codificação dos modelos é sempre um destaque nas novas versões.

O Gemini permite gerar códigos de apps para web e ter a pré-visualização diretamente no chatbot pelo menos desde março. A função foi aprimorada com o lançamento do Gemini 2.5 Pro, em maio.

Expansão global traz novas ferramentas

O Google anunciou duas atualizações voltadas a dar mais controle e agilidade aos criadores. A primeira é uma ferramenta de depuração visual, que permite executar o aplicativo passo a passo dentro do editor. Ela facilita a identificação de erros, destacando em qual bloco do fluxo ocorreu a falha.

A segunda melhoria diz respeito ao desempenho. O Google afirma ter implementado otimizações que reduzem o tempo necessário para criar novos aplicativos e permitem que fluxos de trabalho mais complexos executem tarefas em paralelo, diminuindo o tempo de espera.

A plataforma também está sendo liberada em países como Canadá, Índia, Japão, Coreia do Sul, Argentina e Colômbia.
Google lança ferramenta de vibe coding no Brasil

Google lança ferramenta de vibe coding no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Trump quer demissão de executiva da Microsoft por “ameaça à segurança”

Trump quer demissão de executiva da Microsoft por “ameaça à segurança”

Donald Trump durante comício (imagem: Gage Skidmore/Flickr)

Resumo

Trump pediu demissão de Lisa Monaco, presidente de assuntos globais da Microsoft, alegando risco à segurança nacional;

Monaco já atuou em cargos estratégicos nos governos Obama e Biden, inclusive na resposta ao ataque ao Capitólio em 2021;

Microsoft não comentou o caso; situação é delicada, dado que a empresa tenta manter boa relação com o governo Trump.

Agora é a vez de a Microsoft entrar na mira de Donald Trump. Em agosto, o presidente dos Estados Unidos declarou que Lip-Bu Tan deveria deixar de ser CEO da Intel. Recentemente, Trump fez outra declaração do tipo, esta direcionada a Lisa Monaco, presidente de assuntos globais da Microsoft.

Lisa Monaco ocupa a referida função na Microsoft desde julho deste ano. Suas atribuições incluem tratar das políticas de segurança digital e do relacionamento da companhia com lideranças governamentais de diversos países.

Antes de ingressar na Microsoft, Monaco foi procuradora-geral adjunta no governo do presidente Joe Biden. Ela também foi assessora de segurança do governo Barack Obama.

Usando a plataforma Truth Social, o presidente Trump lembrou as posições ocupadas por Monaco nos governos anteriores e, na sequência, criticou a contratação dela, pela Microsoft, em uma posição tão importante:

Monaco foi surpreendentemente contratada como presidente de assuntos globais da Microsoft, em um cargo de alto escalão com acesso a informações altamente sensíveis.

O fato de Monaco ter esse tipo de acesso é inaceitável e não podemos permitir que continue assim. Ela é uma ameaça à Segurança Nacional dos EUA, especialmente considerando os importantes contratos que a Microsoft tem com o governo dos Estados Unidos.

(…) Na minha opinião, a Microsoft deveria rescindir imediatamente o contrato de trabalho de Lisa Monaco.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

Monaco atuou junto ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos na resposta aos ataques de apoiadores de Trump ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Por isso, há quem considere a declaração como uma tentativa de retaliação a uma pessoa a quem o presidente considera inimiga.

Lisa Monaco, atual líder de assuntos globais da Microsoft (imagem: reprodução/Wikimedia)

Microsoft não comentou o assunto

Até o momento, a Microsoft não se manifestou sobre a declaração de Trump. Fato é que o assunto é delicado. A companhia está entre as big techs americanas que tentam manter uma relação próxima à administração Trump. Por conta disso, os desdobramentos desse assunto exigirão “jogo de cintura” por parte da Microsoft.

O caso da Intel teve um desfecho favorável. Após Trump pedir a sua demissão, Lip-Bu Tan teve um encontro com o presidente dos Estados Unidos que resultou em um entendimento entre ambas as partes. Pouco tempo depois, o governo americano passou a deter quase 10% de participação na Intel.

Com informações de Reuters
Trump quer demissão de executiva da Microsoft por “ameaça à segurança”

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Fonte: Tecnoblog

Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

Nova ferramenta deve ajudar a encontrar perfis mais compatíveis (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Facebook Namoro passou a contar com recursos de IA que refinam a busca por parceiros e reduzem a fadiga do deslize.
Entre as novidades estão o Meet Cute, que sugere um “par surpresa” semanal, e o Dating Assistant, que automatiza parte das interações.
As novidades chegam primeiro aos EUA e Canadá, ainda não sem previsão de chegada a outras regiões, incluindo o Brasil.

A Meta anunciou nessa segunda-feira (22/09) a chegada de novos recursos baseados em inteligência artificial em seu serviço de relacionamentos, o Facebook Namoro. As ferramentas foram desenvolvidas para evitar a “fadiga do deslize” — um tipo de esgotamento gerado pela navegação contínua e muitas vezes frustrada por perfis em apps de relacionamento.

Segundo a empresa, as novidades chegam primeiro para usuários nos Estados Unidos e Canadá para atender a uma demanda entre o público mais jovem (entre 18 e 29 anos), e serão implementadas de forma gradual. Ainda não há informações de quando serão disponibilizadas em outras regiões, incluindo o Brasil.

Assistente de IA para refinar a busca

A ideia é facilitar a formação de conexões (matches) com o Dating Assistant, um novo assistente de bate-papo integrado à aba “Correspondências” do serviço, reduzindo a dependência do modelo de deslizar perfis para a direita ou esquerda.

A ferramenta utiliza IA generativa para oferecer ajuda personalizada aos usuários. Seu diferencial é a capacidade de processar comandos em linguagem natural, permitindo buscas que vão além dos filtros tradicionais como altura, idade ou nível de escolaridade.

Interface do novo assistente de IA do Facebook Namoro (imagem: divulgação/Meta)

Conforme detalhado pela Meta, um usuário pode, por exemplo, inserir um comando como “Encontre uma garota do Brooklyn na área de tecnologia”. A partir dessa instrução, a IA refina a busca e apresenta perfis que se alinham a critérios mais específicos e subjetivos. Além de otimizar a procura por parceiros, o assistente também pode sugerir ideias para encontros ou oferecer dicas para aprimorar o perfil do próprio usuário.

A segunda novidade é o Meet Cute, funcionalidade que mostra automaticamente ao usuário um “par surpresa” por semana. A seleção é feita com base em um algoritmo de correspondência personalizado, que analisa as informações e preferências de cada perfil.

Ao receber a sugestão, o usuário tem a opção de iniciar uma conversa com a pessoa indicada ou dispensar a combinação. A Meta descreve a ferramenta como “ideal para quem está cansado de deslizar e procura uma maneira nova e fácil de expandir seu grupo de candidatos a encontros”. Os usuários que não desejarem participar poderão desativar o recurso a qualquer momento nas configurações.

Contexto de reformulação

Ferramentas visam engajar principalmente os jovens (imagem: divulgação/Meta)

A aposta em IA para aprimorar o serviço de namoro se insere no movimento do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, para tornar o Facebook mais “culturalmente influente”, conforme aponta o site The Verge. A estratégia inclui outras iniciativas, como o incentivo à produção de vídeos na plataforma e a intensificação do combate a spam.

A ideia de encontros “às cegas”, porém, não é nova, e remete a funções como o Crazy Blind Date, lançado pelo OkCupid ainda em 2013. O app de namoro pertence ao Match Group, empresa dona do Tinder.

Os principais concorrentes do Facebook Namoro também já implementaram IA. O próprio Tinder, líder do segmento, utiliza IA para selecionar as melhores fotos para o perfil do usuário e oferece uma seção de Top Picks, que cria uma lista de perfis com alta compatibilidade para reduzir o esforço de busca.

O Bumble, por sua vez, emprega IA há anos em ferramentas de segurança, como a que detecta imagens indesejadas, e mais recentemente passou a oferecer recursos que ajudam a redigir o perfil e a iniciar conversas.
Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

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Fonte: Tecnoblog

Meta apresenta óculos smart com tela translúcida e controle por gestos

Meta apresenta óculos smart com tela translúcida e controle por gestos

Meta Ray-Ban Display Glasses: novos óculos repetem design que conquistou os influenciadores (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

Meta Ray-Ban Display Glasses traz display translúcido na lente direita, integração com apps como Instagram e WhatsApp, e comandos de voz via Meta AI.
O produto possui bateria de 6 horas, estojo com 40 horas, pulseira neural com 18 horas de autonomia, câmera de 12 MP e armazenamento de 32 GB.
O wearable será vendido inicialmente nos EUA por US$ 799, com opções de cores preto e areia, lentes Transitions e compatibilidade com óculos de grau.

A Meta anunciou os primeiros óculos com tela da companhia. O produto se chama Meta Ray-Ban Display Glasses e estará disponível inicialmente nos Estados Unidos por US$ 799. O destaque é o display posicionado na lente direita dos óculos. Nele, é possível interagir com variados aplicativos, graças principalmente à conexão com o smartphone.

O objetivo é manter os usuários conectados e presentes no mundo real, permitindo realizar tarefas cotidianas sem precisar tirar o celular do bolso. O Meta Ray-Ban Display Glasses pesa apenas 69 gramas. O design lembra bastante o dos óculos Meta Ray-Ban, que conquistaram principalmente o público de criadores de conteúdo, por permitir capturar fotos e vídeos na perspectiva POV (point of view).

Pulseira neural e tela translúcida

Pulseira neural detecta a movimentação dos músculos da mão (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O controle se dá por meio de uma pulseira também tecnológica. O usuário passa a vesti-la e interage com o sistema conforme movimenta os dedos. Não é preciso tocar no celular. De acordo com Mark Zuckerberg, é um avanço em relação à computação que temos hoje, com teclado, mouse ou outras interfaces.

A tela inicial traz uma série de aplicativos, como Música, Mapas, Instagram e WhatsApp, além da câmera. Também é possível utilizar comandos de voz, integrados ao Meta AI, o serviço de inteligência artificial da Meta. Aliás, o pareamento se dá por meio do app Meta AI.

Esse display depende de um diminuto projetor na lateral da lente. Ele exibe menus, fotos e outros conteúdos de forma translúcida, permitindo que a pessoa visualize também o mundo ao seu redor. A Meta divulgou que o display tem 600 x 600 pixels e brilho que varia de 30 a 5.000 nits, adaptando-se automaticamente ao ambiente.

App de mapas no dispositivo da Meta (imagem: divulgação)

Zuckeberg controla óculos com pulseira tecnológica (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Assim é a tela do novo Meta Ray-Ban (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A câmera de 12 MP permite zoom digital 3x e captura de vídeos em 1080p, com 32 GB de armazenamento.

Detalhes sobre o produto e seu lançamento

O Meta Ray-Ban Display Glasses tem bateria para seis horas de uso. Já o estojo que o acompanha prevê um total de 40 horas de autonomia. Há ainda o case da pulseira neural, com previsão para 18 horas de uso.

Este novo dispositivo tem preço sugerido de US$ 799 no mercado americano, o que equivale a cerca de R$ 4.240 em conversão direta e sem impostos. As vendas começam em 30 de setembro, com duas opções de cor: preto e areia. Ele já vem com lentes Transitions, e usuários de lentes de grau podem fazer a substituição numa ótica, assim como já acontece com os demais wearables oculares da Meta.

Óculos smart da Meta têm câmera de 12 MP (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A expansão para outros países está prevista para início de 2026.

Thássius Veloso viajou para os Estados Unidos a convite da Meta
Meta apresenta óculos smart com tela translúcida e controle por gestos

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Fonte: Tecnoblog

Vinil de bolso? Empresa anuncia disco colecionável de 4 polegadas

Vinil de bolso? Empresa anuncia disco colecionável de 4 polegadas

Novo formato de 4 polegadas será vendido em grandes redes varejistas (imagem: divulgação/Tiny Vinyl)

Resumo

O Tiny Vinyl é um disco de 4 polegadas voltado a colecionadores e impulsionado pelo crescimento do mercado de vinil.
O formato apresenta desafios de fabricação e reprodução, já que requer toca-discos manuais, mas busca futura compatibilidade com fabricantes.
A estratégia envolve parcerias com grandes redes varejistas e aposta em lançamentos rápidos de músicas, embora as exigências possam ser barreiras para artistas independentes.

Vem aí um novo formato de mídia física: o Tiny Vinyl, disco de apenas 4 polegadas (10,16 cm) que chega ao mercado no fim de setembro de 2025, nos Estados Unidos. A iniciativa, liderada por Neil Kohler e Jesse Mann em parceria com a fábrica Nashville Record Pressing, aposta no apelo colecionável para fãs de música na era do streaming e busca aproveitar a boa fase do vinil.

De acordo com a consultoria Imarc, o mercado de vinil movimenta cerca de US$ 2 bilhões por ano (quase R$ 11 bilhões) e deve crescer em torno de 7% anualmente. Hoje, os discos já representam mais da metade de toda a receita de mídia física para música.

O vinil também experimentou um crescimento expressivo de 45,6% por aqui, atingindo um faturamento de R$ 16 milhões em 2024, segundo o relatório mais recente da Pro-Música Brasil. Cerca de 76% de todas as receitas de vendas físicas no último ano vieram do formato. Ainda não há informações sobre a venda do Tiny Vinyl no Brasil.

Como é o novo disco?

Mercado de vinil movimenta mais de US$ 2 bilhões por ano (imagem: divulgação/Tiny Vinyl)

A ideia começou em 2023, quando Kohler consultou Drake Coker, CEO da Nashville Record Pressing, sobre a viabilidade de produzir um mini disco de vinil. O conceito evoluiu para uma réplica de 12 polegadas (cerca de 30 cm), com arte, selos centrais e áudio em ambos os lados.

O primeiro lançamento em Tiny Vinyl ocorreu em julho de 2024, com o músico country Daniel Donato. “Estamos focando em uma peça que toque em qualquer toca-discos padrão”, explicou Kohler em entrevista ao site Ars Technica.

Discos têm um perfil semelhante ao de um CD (imagem: divulgação/Tiny Vinyl)

A fabricação apresentou desafios. Problemas relacionados ao composto de PVC, à masterização do áudio, ao revestimento metálico dos moldes e à prensagem em si tiveram que ser superados, bem como a aplicação das etiquetas e a montagem das capas em miniatura, que também exigiram soluções de engenharia específicas.

Outro desafio é a reprodução. Por seu tamanho reduzido, o Tiny Vinyl não é compatível com toca-discos automáticos. Os usuários precisam de um aparelho com operação manual. A empresa diz que está em contato com fabricantes de toca-discos para garantir maior compatibilidade no futuro.

Estratégia e recepção inicial

A estratégia de lançamento inclui uma parceria com a grande rede de varejo Target, que planeja disponibilizar mais de 40 títulos nas próximas semanas. A empresa, que já possui relacionamento com grandes gravadoras, está coordenando a seleção de artistas e músicas. Outras grandes redes como Barnes and Noble, Walmart e Best Buy também demonstraram interesse no produto.

A dupla de country alternativo The Band Loula, uma das primeiras a adotar o formato, utilizou o Tiny Vinyl para vender dois singles durante uma turnê por US$ 15 (cerca de R$ 80, em conversão direta). Eles observaram que muitos fãs compram o item como um souvenir para ser autografado.

Cores e variedade marcam a primeira coleção de lançamentos em Tiny Vinyl (imagem: divulgação/Tiny Vinyl)

Os criadores do Tiny Vinyl argumentam que o formato preenche uma lacuna no mercado, permitindo lançar músicas em vinil mais rápido, sem a necessidade de esperar pela produção de um álbum completo. Além disso, as vendas são monitoradas pela Luminate, garantindo que sejam contabilizadas para as paradas da Billboard, um incentivo importante para artistas e gravadoras.

Para o mercado independente, no entanto, o formato ainda apresenta barreiras. Com um pedido mínimo atual de 2.000 unidades, o custo se torna proibitivo para bandas e selos menores. Carl Zenobi, dono da gravadora independente Powertone Records, disse à Ars Technica que considera o formato mais direcionado a artistas de grande porte.
Vinil de bolso? Empresa anuncia disco colecionável de 4 polegadas

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Fonte: Tecnoblog

Neuralink é barrada ao tentar registrar “telepatia” e “telecinese”

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Empresa de Elon Musk chegou dois anos atrasada no registro dos nomes (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Neuralink teve os pedidos de registro das marcas “Telepathy” e “Telekinesis” rejeitados pelo órgão responsável nos EUA.
O escritório de patentes apontou solicitações anteriores do empresário Wesley Berry.
Os nomes seriam usados em produtos que permitem controlar dispositivos por meio da atividade cerebral, mas Berry já havia registrado as marcas em 2023 e 2024.

A Neuralink, empresa de neurotecnologia cofundada por Elon Musk, está com dificuldades para registrar as marcas “Telepathy” (Telepatia) e “Telekinesis” (Telecinese). O pedido foi protocolado em março, mas em agosto o Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO) apontou que já existiam solicitações anteriores para os mesmos nomes, travando o processo.

A empresa escolheu as marcas para batizar os seus primeiros produtos comerciais, ligados ao controle de dispositivos a partir da atividade cerebral. Musk havia anunciado o nome Telepathy em janeiro de 2024, ao se referir ao chip neural destinado a pessoas com limitações motoras.

Comandos pela mente

Implante da Neuralink é chamado, até o momento, de Telepathy (imagem: reprodução/YouTube)

A Neuralink não pretende transformar nenhum ser humano em X-Men, mas os nomes refletem a proposta da tecnologia: permitir que pessoas com paralisia consigam interagir com o mundo digital apenas pelo pensamento, convertendo-o em textos e ações numa tela.

Criada em 2017, a companhia anunciou em 2020 o implante cerebral que permitira essas ações. O dispositivo registra sinais neurais e os traduz em comandos, permitindo mover um cursor ou digitar em uma tela sem necessidade de teclado ou mouse.

Desde 2024, a empresa usa a designação Telepathy para a tecnologia, aplicada pela primeira vez em janeiro daquele ano. O número de voluntários desde então subiu para 11, segundo a revista Wired, sendo os dois últimos transplantes feitos no Canadá. É a primeira vez que a empresa aplicou o transplante fora dos EUA, segundo anúncio feito pelo X/Twitter.

Disputa pelas marcas

O registro das marcas daria à empresa a exclusividade comercial sobre esses termos. O problema é que, segundo cartas enviadas em agosto pelo USPTO à empresa, outra pessoa chegou primeiro: Wesley Berry, um cientista da computação e cofundador da startup de tecnologia Prophetic.

Berry solicitou o registro de Telepathy em maio de 2023 e de Telekinesis em agosto de 2024. A Neuralink só protocolou suas intenções em março de 2025. Em ambos os casos, os solicitantes fizeram os pedidos como intenção de uso, mecanismo que reserva os direitos sobre um nome antes da chegada de um produto ao mercado. Com isso, Berry tem três anos para comprovar o uso efetivo da marca.

Curiosamente, o cenário é semelhante à disputa entre a Gradiente e a Apple no Brasil. A Gradiente registrou a marca “G GRADIENTE IPHONE” em 2000, mas a Apple questionou a validade do registro por falta de uso comercial contínuo, gerando uma batalha judicial que se arrasta há anos.

Enquanto os pedidos de Berry estiverem ativos, a Neuralink tem poucas alternativas. A empresa pode negociar a compra dos direitos, buscar um acordo de consentimento ou, caso Berry consiga comprovar o uso comercial e finalize o registro, pode ser obrigada a escolher novos nomes para seus produtos.

Neuralink é barrada ao tentar registrar “telepatia” e “telecinese”

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Fonte: Tecnoblog