Category: Estados Unidos (EUA)

Alexa monitora preços e compra sozinha quando produto fica mais barato

Alexa monitora preços e compra sozinha quando produto fica mais barato

Amazon apresenta Alexa+ durante evento em Nova York (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A Alexa Plus pode agora monitorar preços e realizar compras automáticas quando um item fica mais barato nos EUA e Canadá.
A Amazon introduziu a interface “Compras Essenciais” para dispositivos com tela, permitindo rastreamento de entregas e histórico de pedidos.
Os novos recursos de compra da Alexa Plus ainda não estão disponíveis no Brasil.

A Amazon lançou novas funcionalidades de compras para a Alexa Plus, versão da assistente virtual turbinada com IA generativa. Uma atualização recente para usuários nos Estados Unidos e Canadá permite que ela monitore preços e até faça compras automáticas quando um item fica mais barato.

A ideia é centralizar a gestão de pedidos e ofertas. Em fase de testes desde junho, os novos recursos possibilitam monitorar produtos no carrinho de compras ou na lista de desejos.

Um consumidor pode, por exemplo, ser notificado caso um eletrônico fique abaixo de um valor estipulado. A assistente pode, então, concluir a transação sozinha quando o preço atingir o limite desejado, utilizando o endereço de entrega e o método de pagamento cadastrados na conta Amazon.

Embora a automação prometa conveniência para aproveitar ofertas relâmpago, a própria empresa alerta para a necessidade de cautela para não ter surpresas na fatura do cartão.

Como funciona o novo hub de compras?

Para organizar essas novas interações, a Amazon introduziu uma seção de Compras Essenciais (Shopping Essentials) nos dispositivos Alexa com tela, como o Echo Show 15 e o Echo Show 21.

Este painel funciona como um centro de comando. Ao utilizar comandos de voz como “Alexa, onde estão minhas compras?” ou “Abrir Compras Essenciais”, o usuário acessa uma tela que exibe o rastreamento de entregas em tempo real, o histórico de pedidos recentes, listas de compras e itens salvos.

Nova tela também permite finalizar compras manualmente (imagem: reprodução/Amazon)

Outra nova função é a capacidade de adicionar itens a um pedido já realizado, além de gerar recomendações personalizadas de presentes baseadas na descrição do destinatário ou da ocasião, organizando as sugestões por categorias na tela do dispositivo.

Disponibilidade e mercado brasileiro

É importante ressaltar que a Alexa Plus e seus novos recursos de compra automática ainda não estão disponíveis no Brasil e não possuem data prevista de lançamento.

Por aqui, o foco da discussão recente foi outro. Clientes notaram um aumento na exibição de publicidade nas telas dos dispositivos Echo Show. Em resposta a questionamentos do Tecnoblog, a country manager da Alexa no Brasil, Talita Bruzzi Taliberti, afirmou que a exibição de anúncios é fundamental para manter a sustentabilidade do negócio e cobrir custos operacionais. Ela também disse que a Amazon está atenta aos comentários dos consumidores.
Alexa monitora preços e compra sozinha quando produto fica mais barato

Alexa monitora preços e compra sozinha quando produto fica mais barato
Fonte: Tecnoblog

IA já é capaz de ocupar 11,7% dos empregos nos EUA, diz estudo

IA já é capaz de ocupar 11,7% dos empregos nos EUA, diz estudo

Estudo leva em consideração as habilidades exigidas dos trabalhadores americanos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A IA pode substituir 11,7% dos trabalhadores nos EUA, impactando US$ 1,2 trilhão em salários anuais.
O MIT usou o Project Iceberg e o Iceberg Index para avaliar a substituição de tarefas pela IA, analisando 32 mil habilidades em 923 ocupações.
A IA automatiza funções em recursos humanos, logística, finanças e administração, afetando áreas urbanas e rurais nos EUA.

A inteligência artificial já é capaz de realizar as tarefas de 11,7% dos trabalhadores do mercado dos Estados Unidos, principalmente em áreas como finanças, administração e serviços. São cargos que pagam, no total, US$ 1,2 trilhão em salários anuais (cerca de R$ 6,43 trilhões, em conversão livre).

Os números foram obtidos pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em parceria com o Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL), ligado ao Departamento de Energia do governo americano. “Basicamente, estamos criando um gêmeo digital da força de trabalho dos EUA”, diz Prasanna Balaprakash, diretor do ORNL e um dos líderes da pesquisa.

Como o MIT chegou a esse número?

O MIT criou o Project Iceberg e uma metodologia chamada Iceberg Index. Esse índice é calculado a partir de experimentos com a população e avalia como a IA pode redefinir tarefas, habilidades e fluxos de trabalho.

Inteligência artificial pode automatizar rotinas de escritório (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Para isso, ele considera mais de 32 mil habilidades em 923 ocupações. Cada um dos 151 milhões de trabalhadores é tratado como um agente individual, recebendo marcações relacionadas às suas habilidades. Dessa forma, o índice é capaz de avaliar se os sistemas de IA atuais são capazes de executar as mesmas tarefas.

Quais são os empregos em risco?

Segundo o MIT, a IA consegue automatizar funções de rotina em recursos humanos, logística, finanças e administração de escritórios. Os pesquisadores destacam que essas áreas geralmente são ignoradas nas previsões.

Graças ao Project Iceberg, é possível visualizar os dados no nível municipal, identificando cidades, condados e vilarejos dos EUA que podem ser mais impactados. Contrariando o senso comum, empregos em regiões rurais e interiores dos EUA também estão expostos à IA.

Os cientistas dizem que a parte mais importante da pesquisa é entender quais são as habilidades que já podem ser delegadas aos sistemas automatizados. Assim, responsáveis por políticas públicas podem trabalhar com diferentes cenários. Essa é uma forma de saber melhor para onde direcionar recursos financeiros e como preparar novas legislações sobre o tema.

Com informações da CNBC
IA já é capaz de ocupar 11,7% dos empregos nos EUA, diz estudo

IA já é capaz de ocupar 11,7% dos empregos nos EUA, diz estudo
Fonte: Tecnoblog

OnlyFans decide checar antecedentes criminais de influenciadores

OnlyFans decide checar antecedentes criminais de influenciadores

Criadores de conteúdo sexual se opõem à medida (imagem: reprodução)

Resumo

O OnlyFans exigirá verificação de antecedentes criminais para novos criadores nos EUA, em parceria com a Checkr.
A medida visa aumentar a segurança da comunidade, mas criadores temem exclusão de trabalhadores vulneráveis.
A Checkr, empresa responsável pela verificação, já enfrentou processos por relatórios imprecisos.

O OnlyFans passará a exigir uma verificação de antecedentes criminais de quem deseja vender conteúdo na plataforma. A novidade é fruto de uma parceria com a empresa de verificação Checkr e deve ser aplicada inicialmente a novos usuários nos Estados Unidos.

A confirmação foi feita pela CEO do OnlyFans, Keily Blair, em uma publicação no LinkedIn. Segundo ela, a medida está sendo tomada pela segurança da comunidade e servirá para impedir que pessoas com condenações criminais “que possam impactar a segurança da nossa comunidade” se inscrevam como criadores na plataforma.

Entretanto, como nota o site 404 Media, a empresa não especifica quais tipos de crimes poderão resultar no banimento automático do OnlyFans, nem se a verificação será estendida retroativamente para a base de criadores que já utilizam o serviço.

Por enquanto, a declaração da CEO limita-se a dizer que a parceria foi adicionada ao processo de cadastro nos Estados Unidos, sem mencionar previsão para outros países.

Criadores temem exclusão

O OnlyFans é uma plataforma que permite a criadores cobrar pelo acesso a conteúdos exclusivos, como fotos e vídeos. Ainda que seja usada por diversos perfis, ela se consolidou pelo conteúdo adulto e independente, tornando-se uma fonte de renda para trabalhadores sexuais.

Essa mesma parcela de usuários não recebeu a novidade com bons olhos. O temor é de que a medida prejudique as pessoas que buscam no OnlyFans uma alternativa ao mercado tradicional.

Os produtores de conteúdo argumentaram que a barreira não necessariamente impedirá predadores, enquanto afetará desproporcionalmente trabalhadores vulneráveis. “Remover criadores com registros criminais apenas empurrará pessoas mais vulneráveis (em especial as mulheres) para o trabalho sexual nas ruas”, afirmou uma pessoa ouvida pelo 404.

A medida segue a mesma linha de uma decisão tomada pelo Pornhub em outubro. Na plataforma de vídeos pornográficos, a partir de 2026, novos criadores precisarão preencher uma ficha criminal.

O que é o Checkr?

A Checkr, empresa escolhida para realizar a varredura de dados, é uma gigante do setor de verificação de identidade. Ela é conhecida por prestar serviços para aplicativos da economia digital, como Uber, Lyft e Doordash.

A companhia também possui presença no mercado corporativo por meio de uma integração com o LinkedIn. A ferramenta permite que recrutadores e empresas incorporem a checagem de antecedentes diretamente ao fluxo de contratação da rede social, facilitando a triagem de candidatos a vagas de emprego.

Apesar do porte, a empresa já foi alvo de centenas de processos judiciais relacionados a violações de leis de crédito e relatórios imprecisos, onde usuários alegam ter sido prejudicados por dados incorretos ou desatualizados.
OnlyFans decide checar antecedentes criminais de influenciadores

OnlyFans decide checar antecedentes criminais de influenciadores
Fonte: Tecnoblog

Amazon lança Echo Dot Max e novas Echo Show; veja os preços

Amazon lança Echo Dot Max e novas Echo Show; veja os preços

Novo Echo Dot Max tem opção de cor roxa (imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A Amazon lançou no Brasil três novos dispositivos com Alexa: Echo Dot Max (R$ 849), Echo Show 8 (R$ 1.799) e Echo Show 11 (R$ 2.199), todos com processadores avançados para IA generativa.
O Echo Dot Max possui dois alto-falantes integrados, oferecendo graves mais profundos e é equipado com o processador AZ3 para melhor detecção de conversas.
Os Echo Show 8 e 11 têm telas touch in-cell, áudio renovado e utilizam o processador AZ3 Pro, mas a Alexa+ ainda não está disponível no Brasil.

A Amazon inicia hoje a venda no Brasil de três novos dispositivos com Alexa: Echo Dot Max (R$ 849), Echo Show 8 (R$ 1.799) e Echo Show 11 (R$ 2.199). Os aparelhos foram apresentados em setembro, durante evento nos Estados Unidos, e trazem processadores mais avançados para uso de inteligência artificial generativa. Os três equipamentos chegam às lojas nesta quarta-feira (12).

Echo Dot Max: sistema de som redesenhado

O Echo Dot Max é o primeiro Echo Dot projetado com dois alto-falantes. O dispositivo oferece quase três vezes mais graves em comparação ao Echo Dot de quinta geração, de acordo com a Amazon, com som envolvente que se adapta automaticamente ao ambiente. O sistema combina um woofer de alta excursão, com promessa de graves profundos, e um tweeter, cujo objetivo é produzir agudos nítidos.

Echo Dot Max está revestido por tecido em 3D (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O design elimina o módulo de alto-falante separado, integrando o componente diretamente na estrutura do dispositivo, para dobrar o espaço de ar e proporcionar graves mais encorpados. O Echo Dot Max utiliza o processador AZ3 com acelerador de IA, que melhora a detecção de conversas e permite que a Alexa detecte a palavra de ativação com eficiência 50% maior. O dispositivo está disponível por R$ 849 nas cores branca, grafite e roxa.

Durante uma conversa com jornalistas, representantes da Amazon explicaram que o nome Echo Dot não receberá novas atualizações. Com isso, o Dot Max passa a ser o produto de entrada desta linha.

Echo Show 8 e 11: telas aprimoradas

Novo Echo Show 11 com interface renovada (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Os novos Echo Show 8 e Echo Show 11 apresentam telas com tecnologia touch in-cell e design de cristal líquido negativo, que reduz camadas de laminação e maximiza o ângulo de visão. No manuseio, é perceptível que a camada sobre a tela está mais fina.

A qualidade de imagem promete clareza tanto em ambientes bem iluminados quanto em locais mais escuros. A interface do sistema foi modificada, com um painel de controle repleto de opções, além dos widgets já conhecidos de gerações passadas.

Ambos os modelos incluem arquitetura de áudio renovada com alto-falantes estéreo frontais e woofer personalizado para áudio espacial. Os componentes de áudio estão posicionados sob os displays e jogam o som para frente.

Sistema de som do Echo Show projetam áudio para a frente (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Os aparelhos utilizam o processador AZ3 Pro, que adiciona compatibilidade com modelos de linguagem modernos e sistemas de visão computacional, além de câmera de 13 megapixels. Ele poderá ser bastante explorado pela Alexa+, nova geração da assistente de voz, integrada ao LLM, mas que por enquanto está disponível nos Estados Unidos e alguns poucos países. Não há previsão de lançamento no Brasil.

O Echo Show 8 custa R$ 1.799 e o Echo Show 11 sai por R$ 2.199. Ambos estão disponíveis nas cores branca e grafite.

A Amazon ainda apresentou um suporte ajustável desenvolvido para harmonizar com o design de cada dispositivo. Ele será vendido separadamente por R$ 199.

Ainda falta o Echo Studio

Echo Studio e Echo Dot Max (imagem: divulgação)

O novo Echo Studio (de segunda geração) também foi anunciado em setembro, junto com os demais dispositivos, mas ainda não tem previsão de chegada ao Brasil. O aparelho é 40% mais compacto que o original e suporta áudio espacial e Dolby Atmos. Ele combina woofer de alta excursão com três alto-falantes de gama completa, que ficam posicionados para criar som imersivo. Nos Estados Unidos, o Echo Studio está previsto para custar US$ 1.999 (cerca de R$ 10.540 em conversão direta e sem impostos).

Relembre o lançamento da Alexa+ direto dos EUA

Thássius Veloso viajou para São Paulo a convite da Amazon. Ao clicar em um link de afiliado, o preço não muda para você e recebemos uma comissão.

Amazon lança Echo Dot Max e novas Echo Show; veja os preços

Amazon lança Echo Dot Max e novas Echo Show; veja os preços
Fonte: Tecnoblog

Fita com primeira versão do Unix em C é encontrada após mais de 50 anos

Fita com primeira versão do Unix em C é encontrada após mais de 50 anos

Unix é considerado o pai dos sistemas operacionais (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Pesquisadores da Universidade de Utah encontraram uma fita com o Unix V4, primeira versão escrita em C, considerada perdida há décadas.
A fita, rotulada como “UNIX Original From Bell Labs V4”, contém uma cópia original enviada pela AT&T a Martin Newell e será encaminhada ao Computer History Museum.
Al Kossow, do projeto Bitsavers, tentará recuperar os dados da fita usando conversores de alta velocidade e 100 GB de RAM, priorizando a recuperação devido ao valor histórico.

Um pedaço da história da computação pode ter ressurgido em um depósito da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. Uma fita magnética contendo o Unix V4, lançado em 1973 pelos Laboratórios Bell, foi encontrada por pesquisadores enquanto limpavam uma sala de armazenamento.

O achado é notável porque essa é a primeira versão do Unix escrita em C, linguagem criada pouco antes por Dennis Ritchie, e da qual praticamente não restavam cópias completas conhecidas. Segundo o professor Robert Ricci, da Kahlert School of Computing, a fita estava arquivada havia mais de cinco décadas e agora será encaminhada ao Computer History Museum, na Califórnia.

O que há na fita e por que ela é importante?

A fita é composta por uma bobina de nove trilhas com o rótulo manuscrito “UNIX Original From Bell Labs V4 (See Manual for format)”. Ela tem uma ligação histórica ainda mais curiosa: o texto foi escrito por Jay Lepreau, ex-professor da universidade falecido em 2008. De acordo com Ricci, a mídia contém uma cópia original do Unix enviada pela AT&T a Martin Newell, criador do famoso Utah Teapot, modelo 3D amplamente usado em computação gráfica.

O Unix V4 representou uma virada na história da tecnologia, marcando a transição do sistema em Assembly para o C, o que tornou o código mais portátil e influente em sistemas operacionais posteriores, como o Linux e o macOS. Até então, apenas partes isoladas dessa edição eram conhecidas, como fragmentos do kernel e manuais técnicos datados de novembro de 1973.

É possível recuperar os dados da fita?

A fita será levada de carro até o Computer History Museum, em Mountain View, onde o arquivista Al Kossow, conhecido pelo projeto Bitsavers, vai tentar recuperar seu conteúdo. O processo exige extremo cuidado: ele planeja digitalizar os sinais analógicos diretamente da fita, usando conversores de alta velocidade e até 100 GB de memória RAM para armazenar os dados brutos, que serão depois reconstruídos com um software especial.

“A fita isolante é aplicada ao amplificador de leitura da cabeça de leitura, utilizando um conversor analógico-digital multicanal de alta velocidade que despeja os dados em cerca de 100 gigabytes de RAM, seguido por um programa de análise escrito por Len Shustek. Trata-se de uma fita 3M de 1200 pés (aproximadamente 365 metros) da década de 70, provavelmente de 9 canais, que tem uma boa chance de ser recuperada”, explicou.

Kossow afirmou que, por se tratar de uma fita 3M de 1.200 pés e nove trilhas, as chances de sucesso são boas – ainda que o material tenha mais de meio século. Segundo ele, a recuperação foi priorizada na fila de projetos do museu, dado o valor histórico da descoberta. “Isso é tão raro que estou priorizando a recuperação desse problema no topo da minha lista de projetos”, afirmou.
Fita com primeira versão do Unix em C é encontrada após mais de 50 anos

Fita com primeira versão do Unix em C é encontrada após mais de 50 anos
Fonte: Tecnoblog

Casas “burras” viram tendência em meio a cansaço digital e falhas

Casas “burras” viram tendência em meio a cansaço digital e falhas

Espaços para “desconectar” passaram a ser valorizados, de acordo com arquitetos (imagem: Patrick Perkins/Unsplash)

Resumo

Nos EUA, cresce a preferência por casas com menos tecnologia devido a desconforto e falhas técnicas em smart homes.
O Global Wellness Institute destaca a busca por espaços de detox digital e bem-estar analógico.
Problemas técnicos em casas conectadas evidenciam a dependência excessiva de tecnologia.

As casas inteligentes (ou smart homes) não são mais tão atraentes como antes: pesquisadores e arquitetos apontam que, nos Estados Unidos, a adoção de tecnologias conectadas perdeu força, com aplicativos e controles por voz sendo substituídos por botões e interruptores.

A tendência repercutiu no site Axios, que analisou dados e consultou profissionais do setor. O arquiteto Yan M. Wang, por exemplo, afirma que a ideia de uma tecnologia que está sempre funcionando e ouvindo passou a se tornar um motivo de ansiedade. Propagandas em caixas de som e geladeiras também não ajudam nesse aspecto.

Texto da atualização de geladeiras da Samsung apresenta anúncios como melhoria de serviço (imagem: reprodução/Reddit)

O Global Wellness Institute aponta que, além de uma resistência maior a painéis de controle tecnológicos e complexos, algumas pessoas estão começando a pensar em espaços para detox digital em suas casas, como parte de um movimento de “bem-estar analógico”.

Em uma matéria do Financial Times publicada em 2024, India Alexander, chefe de avaliações da agência imobiliária The Modern House, já comentava sobre essa preferência. “As pessoas vivem ocupadas, e a casa geralmente é um retiro da tecnologia que domina nossas vidas”, pondera.

A plataforma de aluguéis Zillow também observa um movimento similar: em um relatório, a empresa afirma que houve um aumento de 48% nas menções a “cantinhos de leitura” nas descrições dos imóveis.

Casa conectada pode transformar comodidade em problema

Por mais que parte dessa resistência maior a itens de casa conectada se dê pelo desejo de bem-estar, existem questões inerentes à própria tecnologia. Como nota o Axios, aparelhos desse tipo estão cada vez mais caros, e novas gerações de produtos podem tornar obsoletos os equipamentos já instalados.

E, claro, existe o risco de falhas técnicas. Isso ficou claro no mais recente apagão na AWS, divisão de computação em nuvem da Amazon. Um dos exemplos mais inusitados foi dos colchões inteligentes da Eight Sleep, capazes de monitorar o sono e ajustar automaticamente aquecimento e elevação.

Colchão inteligente parou de funcionar (imagem: divulgação/Eight Sleep)

O aplicativo caiu, e os donos do produto ficaram sem acesso aos controles. No Reddit, alguns usuários relataram que a temperatura travou em 43°C, enquanto outros recomendaram fazer jailbreak no colchão — aí está uma coisa que eu nunca imaginei, mas que aparentemente existe.

Esse é o problema mais exemplar, mas os casos vão além: os assistentes Alexa deixaram de responder a comandos, campainhas da Ring (que também é da Amazon) ficaram desconectadas, e equipamentos de diversas marcas pararam de funcionar, em uma lista que vai de lâmpadas a caixas de areia inteligentes para gatos.

Não dá para negar que, às vezes, é melhor depender apenas de botões e interruptores offline.

Com informações do Axios e do Financial Times
Casas “burras” viram tendência em meio a cansaço digital e falhas

Casas “burras” viram tendência em meio a cansaço digital e falhas
Fonte: Tecnoblog

Nintendo ganha processo contra streamer de jogos piratas

Nintendo ganha processo contra streamer de jogos piratas

Yoshi e Mario, personagens da Nintendo (imagem: reprodução/Pixabay)

Resumo

O tribunal do Colorado (EUA) condenou o streamer Jesse Keighin, conhecido como Every Game Guru, a pagar US$ 17.500 à Nintendo.
A pena foi por ter transmitido pelo menos dez jogos em versões pirateadas antes do lançamento oficial, mais de 50 vezes desde 2022.
O juiz do caso também negou os pedidos da Nintendo para destruir dispositivos usados e ações contra terceiros.

A Nintendo venceu uma ação judicial contra Jesse Keighin, streamer conhecido como Every Game Guru, por transmitir jogos piratas antes do lançamento. O tribunal federal do Colorado (EUA) condenou o criador de conteúdo a pagar US$ 17.500 (cerca de R$ 93.700, em conversão direta) depois de não responder às intimações.

A empresa processou Keighin por ter feito lives de pelo menos dez jogos ilegalmente mais de 50 vezes desde 2022. Apesar de o streamer ignorar a intimação inicial, a Nintendo conseguiu notificá-lo por e-mail e também por meio de cartas a familiares. Por não responder no prazo, o tribunal entrou com julgamento padrão em 26 de março.

A decisão acata o pagamento da multa, mas rejeita outros pedidos da Nintendo. Segundo o site TorrentFreak, a empresa poderia ter solicitado até US$ 100 mil, mas optou por um valor menor para fortalecer o caso.

Como o streamer desafiou a Nintendo?

Mario & Luigi: Brothership foi um dos títulos exibidos nas transmissões (imagem: Nintendo/divulgação)

A Nintendo abriu o processo no ano passado e, em abril deste ano, entrou com uma nova solicitação informando que o streamer não respondeu à notificação. Em uma postagem no Facebook, Keighin desafiou os advogados da empresa: “Vocês deveriam ter pesquisado mais sobre mim. Vocês comandam uma corporação, mas eu comando as ruas.”

Segundo a Nintendo, ele chegou a enviar cartas afirmando ter mil canais “descartáveis”, e que poderia “fazer isso o dia todo”, mesmo após a ação judicial ser iniciada. Essas mensagens foram citadas como prova de má-fé durante o processo. A desenvolvedora destacou que o streamer persistiu nas transmissões ilegais.

A Nintendo pediu US$ 10 mil pelo último jogo transmitido, que foi Mario & Luigi: Brothership, e US$ 7.500 por quinze violações de medidas antipirataria (US$ 500 cada). O foco foi a última infração e algumas violações específicas. A decisão considerou a gravidade do caso e o fato do streamer ter ignorado notificações anteriores.

Mario & Luigi: Brothership foi lançado em 2024 (imagem: Nintendo/divulgação)

Por que parte dos pedidos foi negada?

O juiz rejeitou dois pedidos da Nintendo. O primeiro foi o de destruir dispositivos usados para pirataria, negado por ser “incerto” e “irrazoável”, já que Keighin usava software de emulação disponível publicamente e não um Nintendo Switch desbloqueado.

O segundo, contra outras pessoas ou entidades que tivessem colaborado com o streamer, também foi recusado, já que a distribuidora de jogos não identificou quem seriam essas pessoas.

Nesse caso, o tribunal destacou que a solicitação era muito ampla e sem uma especificação clara dos dispositivos ou indivíduos envolvidos. A decisão mantém o foco no pagamento de danos, sem impor restrições adicionais.

Com informações de Video Game Chronicles

Nintendo ganha processo contra streamer de jogos piratas

Nintendo ganha processo contra streamer de jogos piratas
Fonte: Tecnoblog

Google lança ferramenta de vibe coding no Brasil

Google lança ferramenta de vibe coding no Brasil

Serviço de IA do Google ajuda leigos em desenvolvimento a criar apps (imagem: reprodução/Google)

Resumo

O Google lançou no Brasil a ferramenta de IA Opal, que permite criar miniaplicativos a partir de comandos de texto.
A Opal oferece um editor visual para leigos em programação, permitindo a edição de blocos de fluxo de trabalho e publicação dos miniaplicativos na web.
O Google introduziu uma ferramenta de depuração visual e otimizações de desempenho para agilizar a criação de aplicativos.

O Google anunciou nesta terça-feira (07/10) o lançamento da ferramenta de inteligência artificial Opal no Brasil. A ideia, que parte do Google Labs, é permitir que os usuários criem miniaplicativos a partir de comandos de texto. A plataforma estava em testes apenas nos Estados Unidos desde julho.

A expansão, que inclui mais 14 países além do Brasil, acontece simultaneamente à liberação de novas funcionalidades. Em comunicado oficial, o Google informou que a decisão de ampliar o acesso foi motivada pela complexidade e criatividade dos projetos desenvolvidos pela primeira leva de usuários.

Como o Opal funciona

O Opal opera a partir de um editor visual voltado a leigos em programação, oferecendo a infraestrutura do próprio Google (com Labs, Gemini e APIs do Android). O processo é semelhante ao uso de qualquer chatbot de IA, em que o usuário descreve a função do aplicativo que deseja criar, e a IA constrói um fluxo de trabalho com blocos que representam cada etapa do processo, como “receber dado do usuário”, “gerar texto” ou “exibir imagem”.

Cada um desses blocos pode ser editado individualmente, o que permite ao usuário refinar os comandos de texto para guiar a IA com mais precisão. Ao final do processo, o miniaplicativo pode ser publicado na web e compartilhado por meio de um link.

Além das criações próprias, a ferramenta possui uma galeria reunindo criações do Google e de outros usuários. Seguindo a ideia “colaborativa” de redes sociais como o TikTok, o Opal possui a opção editar projetos de outras pessoas por meio do botão “remixar”.

Fluxo dos apps gerados por IA no Opal (imagem: Felipe Faustino/Tecnoblog)

Inteligências artificiais já são usadas para auxiliar ou até mesmo gerar novos apps. O avanço das capacidades de codificação dos modelos é sempre um destaque nas novas versões.

O Gemini permite gerar códigos de apps para web e ter a pré-visualização diretamente no chatbot pelo menos desde março. A função foi aprimorada com o lançamento do Gemini 2.5 Pro, em maio.

Expansão global traz novas ferramentas

O Google anunciou duas atualizações voltadas a dar mais controle e agilidade aos criadores. A primeira é uma ferramenta de depuração visual, que permite executar o aplicativo passo a passo dentro do editor. Ela facilita a identificação de erros, destacando em qual bloco do fluxo ocorreu a falha.

A segunda melhoria diz respeito ao desempenho. O Google afirma ter implementado otimizações que reduzem o tempo necessário para criar novos aplicativos e permitem que fluxos de trabalho mais complexos executem tarefas em paralelo, diminuindo o tempo de espera.

A plataforma também está sendo liberada em países como Canadá, Índia, Japão, Coreia do Sul, Argentina e Colômbia.
Google lança ferramenta de vibe coding no Brasil

Google lança ferramenta de vibe coding no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Trump quer demissão de executiva da Microsoft por “ameaça à segurança”

Trump quer demissão de executiva da Microsoft por “ameaça à segurança”

Donald Trump durante comício (imagem: Gage Skidmore/Flickr)

Resumo

Trump pediu demissão de Lisa Monaco, presidente de assuntos globais da Microsoft, alegando risco à segurança nacional;

Monaco já atuou em cargos estratégicos nos governos Obama e Biden, inclusive na resposta ao ataque ao Capitólio em 2021;

Microsoft não comentou o caso; situação é delicada, dado que a empresa tenta manter boa relação com o governo Trump.

Agora é a vez de a Microsoft entrar na mira de Donald Trump. Em agosto, o presidente dos Estados Unidos declarou que Lip-Bu Tan deveria deixar de ser CEO da Intel. Recentemente, Trump fez outra declaração do tipo, esta direcionada a Lisa Monaco, presidente de assuntos globais da Microsoft.

Lisa Monaco ocupa a referida função na Microsoft desde julho deste ano. Suas atribuições incluem tratar das políticas de segurança digital e do relacionamento da companhia com lideranças governamentais de diversos países.

Antes de ingressar na Microsoft, Monaco foi procuradora-geral adjunta no governo do presidente Joe Biden. Ela também foi assessora de segurança do governo Barack Obama.

Usando a plataforma Truth Social, o presidente Trump lembrou as posições ocupadas por Monaco nos governos anteriores e, na sequência, criticou a contratação dela, pela Microsoft, em uma posição tão importante:

Monaco foi surpreendentemente contratada como presidente de assuntos globais da Microsoft, em um cargo de alto escalão com acesso a informações altamente sensíveis.

O fato de Monaco ter esse tipo de acesso é inaceitável e não podemos permitir que continue assim. Ela é uma ameaça à Segurança Nacional dos EUA, especialmente considerando os importantes contratos que a Microsoft tem com o governo dos Estados Unidos.

(…) Na minha opinião, a Microsoft deveria rescindir imediatamente o contrato de trabalho de Lisa Monaco.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

Monaco atuou junto ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos na resposta aos ataques de apoiadores de Trump ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Por isso, há quem considere a declaração como uma tentativa de retaliação a uma pessoa a quem o presidente considera inimiga.

Lisa Monaco, atual líder de assuntos globais da Microsoft (imagem: reprodução/Wikimedia)

Microsoft não comentou o assunto

Até o momento, a Microsoft não se manifestou sobre a declaração de Trump. Fato é que o assunto é delicado. A companhia está entre as big techs americanas que tentam manter uma relação próxima à administração Trump. Por conta disso, os desdobramentos desse assunto exigirão “jogo de cintura” por parte da Microsoft.

O caso da Intel teve um desfecho favorável. Após Trump pedir a sua demissão, Lip-Bu Tan teve um encontro com o presidente dos Estados Unidos que resultou em um entendimento entre ambas as partes. Pouco tempo depois, o governo americano passou a deter quase 10% de participação na Intel.

Com informações de Reuters
Trump quer demissão de executiva da Microsoft por “ameaça à segurança”

Trump quer demissão de executiva da Microsoft por “ameaça à segurança”
Fonte: Tecnoblog

Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

Nova ferramenta deve ajudar a encontrar perfis mais compatíveis (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O Facebook Namoro passou a contar com recursos de IA que refinam a busca por parceiros e reduzem a fadiga do deslize.
Entre as novidades estão o Meet Cute, que sugere um “par surpresa” semanal, e o Dating Assistant, que automatiza parte das interações.
As novidades chegam primeiro aos EUA e Canadá, ainda não sem previsão de chegada a outras regiões, incluindo o Brasil.

A Meta anunciou nessa segunda-feira (22/09) a chegada de novos recursos baseados em inteligência artificial em seu serviço de relacionamentos, o Facebook Namoro. As ferramentas foram desenvolvidas para evitar a “fadiga do deslize” — um tipo de esgotamento gerado pela navegação contínua e muitas vezes frustrada por perfis em apps de relacionamento.

Segundo a empresa, as novidades chegam primeiro para usuários nos Estados Unidos e Canadá para atender a uma demanda entre o público mais jovem (entre 18 e 29 anos), e serão implementadas de forma gradual. Ainda não há informações de quando serão disponibilizadas em outras regiões, incluindo o Brasil.

Assistente de IA para refinar a busca

A ideia é facilitar a formação de conexões (matches) com o Dating Assistant, um novo assistente de bate-papo integrado à aba “Correspondências” do serviço, reduzindo a dependência do modelo de deslizar perfis para a direita ou esquerda.

A ferramenta utiliza IA generativa para oferecer ajuda personalizada aos usuários. Seu diferencial é a capacidade de processar comandos em linguagem natural, permitindo buscas que vão além dos filtros tradicionais como altura, idade ou nível de escolaridade.

Interface do novo assistente de IA do Facebook Namoro (imagem: divulgação/Meta)

Conforme detalhado pela Meta, um usuário pode, por exemplo, inserir um comando como “Encontre uma garota do Brooklyn na área de tecnologia”. A partir dessa instrução, a IA refina a busca e apresenta perfis que se alinham a critérios mais específicos e subjetivos. Além de otimizar a procura por parceiros, o assistente também pode sugerir ideias para encontros ou oferecer dicas para aprimorar o perfil do próprio usuário.

A segunda novidade é o Meet Cute, funcionalidade que mostra automaticamente ao usuário um “par surpresa” por semana. A seleção é feita com base em um algoritmo de correspondência personalizado, que analisa as informações e preferências de cada perfil.

Ao receber a sugestão, o usuário tem a opção de iniciar uma conversa com a pessoa indicada ou dispensar a combinação. A Meta descreve a ferramenta como “ideal para quem está cansado de deslizar e procura uma maneira nova e fácil de expandir seu grupo de candidatos a encontros”. Os usuários que não desejarem participar poderão desativar o recurso a qualquer momento nas configurações.

Contexto de reformulação

Ferramentas visam engajar principalmente os jovens (imagem: divulgação/Meta)

A aposta em IA para aprimorar o serviço de namoro se insere no movimento do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, para tornar o Facebook mais “culturalmente influente”, conforme aponta o site The Verge. A estratégia inclui outras iniciativas, como o incentivo à produção de vídeos na plataforma e a intensificação do combate a spam.

A ideia de encontros “às cegas”, porém, não é nova, e remete a funções como o Crazy Blind Date, lançado pelo OkCupid ainda em 2013. O app de namoro pertence ao Match Group, empresa dona do Tinder.

Os principais concorrentes do Facebook Namoro também já implementaram IA. O próprio Tinder, líder do segmento, utiliza IA para selecionar as melhores fotos para o perfil do usuário e oferece uma seção de Top Picks, que cria uma lista de perfis com alta compatibilidade para reduzir o esforço de busca.

O Bumble, por sua vez, emprega IA há anos em ferramentas de segurança, como a que detecta imagens indesejadas, e mais recentemente passou a oferecer recursos que ajudam a redigir o perfil e a iniciar conversas.
Cansou dos apps de namoro? Facebook ganha IA para te ajudar nisso

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Fonte: Tecnoblog