Category: Epic Games

Spotify comemora os primeiros resultados após derrota na Justiça

Spotify comemora os primeiros resultados após derrota na Justiça

Liberação de links para pagamento externos estaria atraindo novos assinantes do plano Premium (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Spotify relatou um aumento no número de clientes que assinam o plano Premium no iOS, sistema do iPhone, desde que a Apple passou a permitir que os usuários sejam redirecionados para links de pagamento fora da App Store.

Essa mudança foi viabilizada por uma decisão judicial no caso entre a Epic Games e a Apple, que corre nos Estados Unidos. A gigante de Cupertino deve permitir que desenvolvedores informem sobre métodos alternativos de pagamento, sem que paguem a tradicional comissão entre 15% e 30% à App Store.

Conversões no iOS disparam

Entre os primeiros a aproveitar a nova regra, o Spotify atualizou seu app para incluir informações claras sobre os preços das assinaturas e um link direto para o seu próprio site. Além disso, o streaming também passou a permitir a compra direta de audiobooks.

O Spotify atribui o aumento nas conversões a uma revisão no aplicativo para iOS. Agora, o app informa aos usuários do plano gratuito como fazer o upgrade, oferece detalhes sobre os preços e um link direto para uma página de checkout. 

Entre os dados internos que apontam o aumento nas assinaturas, o Spotify destacou uma comparação com o Android: enquanto a taxa de conversão para o plano Premium permaneceu “relativamente constante” no sistema do Google, ela cresceu no iOS.

Além do impulso nas assinaturas Premium, a empresa acrescenta que também observa efeitos nas compras de audiobooks, apenas três dias após o lançamento das novas opções de produtos no app.

Apoio à Epic Games

Epic Games consegue vitórias consecutivas na Justiça contra a Apple (imagem: divulgação/Epic Games Store)

O Spotify revelou as informações em um documento apresentado como parte de seu apoio à Epic Games, que segue em disputa judicial com a Apple pelas regras da App Store.

Outras empresas que se veem prejudicadas pela política interna da maçã também declararam apoio à desenvolvedora do Fortnite. A Microsoft, por exemplo, pretendia lançar sua loja de jogos do Xbox para dispositivos móveis no ano passado, o que não ocorreu até hoje. A ideia é utilizar um sistema de pagamento alternativo, o que a sujeitaria às mesmas taxas que levaram a Epic à Justiça.

Enquanto isso tudo ocorre, a Apple tenta reverter a decisão judicial e recorre da liminar que alterou o funcionamento de seu negócio na App Store nos EUA. Devido a isso, após cinco anos de ausência, o Fortnite voltou a ficar disponível na loja de aplicativos da empresa.

Com informações do TechCrunch
Spotify comemora os primeiros resultados após derrota na Justiça

Spotify comemora os primeiros resultados após derrota na Justiça
Fonte: Tecnoblog

Fortnite volta ao iPhone nos EUA após quase cinco anos de proibição

Fortnite volta ao iPhone nos EUA após quase cinco anos de proibição

Fortnite volta a ser oferecido no mercado americano após briga nos tribunais (imagem: divulgação)

Resumo

Fortnite foi banido da App Store dos EUA em 2020 e voltou após decisão judicial que proibiu a Apple de cobrar comissões sobre pagamentos externos.

A Epic Games anunciou o retorno do jogo no X, mas ele ainda não está disponível oficialmente no Brasil.

No Brasil, o Cade determinou que a Apple deve abrir o iOS para lojas alternativas, o que pode facilitar a chegada do Fortnite.

O jogo Fortnite está novamente disponível na App Store dos Estados Unidos. Ele foi banido da loja em 2020. Logo após a exclusão, uma longa batalha judicial entre a Epic Games e a Apple se seguiu. Com sentenças recentes favoráveis à desenvolvedora de jogos, o título pode retornar oficialmente a iPhones e iPads.

O retorno foi anunciado pela Epic Games em uma publicação no X (antigo Twitter). “Estamos de volta, família”, escreveu Tim Sweeney, CEO da empresa. No Brasil, no entanto, o jogo ainda não chegou.

we back fam https://t.co/X14bCXoylB— Tim Sweeney (@TimSweeneyEpic) May 20, 2025

Como o Fortnite conseguiu retornar à App Store?

Uma das decisões mais importantes na intensa briga nos tribunais veio no começo de maio de 2025. A Justiça americana considerou que a Apple não cumpriu uma determinação de 2021, que mandava a empresa liberar pagamentos de produtos e serviços por fora de seu sistema.

Fortnite no iPhone antes do banimento (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Com isso, uma nova decisão, dessa vez mais explícita, proibiu que a fabricante do iPhone cobrasse comissões por compras feitas fora da loja ou impusesse restrições a links para estas transações.

A decisão abriu caminho para o retorno do Fortnite. O jogo foi banido em 2020 após a Epic Games tentar contornar as regras da App Store e vender itens fora da loja — o que provocou uma grande discussão sobre a legitimidade da cobrança de taxas sobre microtransações de apps e games.

Mesmo assim, o retorno não foi sem atritos. A Epic enviou o jogo para a loja em 9 de maio, mas a Apple decidiu segurar a aprovação enquanto um recurso esperava julgamento.

A fabricante do iPhone também argumentou que a desenvolvedora havia usado uma conta sueca para enviar a mesma versão para os EUA e a União Europeia, contrariando o pedido de builds separadas para os dois mercados.

Nada disso convenceu a juíza do caso, Yvonne Gonzalez Rogers. Na segunda-feira (19/05), ela disse que a decisão era definitiva e clara: o jogo estava liberado e ponto final.

E no Brasil?

Por enquanto, a Apple está apenas cumprindo decisões. Nos EUA, Fortnite está disponível pela App Store, como mandou a Justiça. Na UE, a empresa obedece à legislação do bloco, que libera lojas alternativas — o game é distribuído pela Epic Games Store, da própria desenvolvedora, e pela AltStore PAL.

Tweet da conta do Fortnite no Brasil informa que jogo será liberada para o iOS em julho (imagem: reprodução)

A conta brasileira do Fortnite no X anunciou, em março de 2025, que o jogo voltaria a iPhones e iPads no Brasil após uma vitória do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a Apple na Justiça.

De lá para cá, houve idas e vindas, tanto na esfera administrativa quanto jurídica. A decisão mais recente, de maio, determina que a Apple deve abrir iPhones e iPads a lojas alternativas — o que pode facilitar o retorno de Fortnite aos aparelhos brasileiros.

Com informações da CNBC e do Verge
Fortnite volta ao iPhone nos EUA após quase cinco anos de proibição

Fortnite volta ao iPhone nos EUA após quase cinco anos de proibição
Fonte: Tecnoblog

Apple bloqueia Fortnite nos EUA e União Europeia; jogo fica fora do ar nos iPhones

Apple bloqueia Fortnite nos EUA e União Europeia; jogo fica fora do ar nos iPhones

Epic Games terá que manter Fortnite offline no iOS em todo o mundo (Imagem: Divulgação/Epic)

A Apple bloqueou o pedido da Epic Games de liberar o jogo Fortnite no iOS dos Estados Unidos e na loja de app da Epic na União Europeia. Devido ao impedimento, o game está offline em todos os iPhones do mundo. Na UE, onde a Apple é obrigada a liberar lojas de terceiros, o Fortnite também está indisponível na AltStore PAL, uma loja de apps onde era possível baixar o game.

O bloqueio do Fortnite no iOS ocorre semanas depois da Justiça americana autorizar apps a liberar pagamentos fora da App Store. Com a decisão, a Epic correu para subir o game, um dos mais populares da atualidade, para o iPhone nos EUA. Já na UE, o download do game poderia ser feito na Epic Games Store ou AltStore PAL.

Por que a Epic deixou o Fortnite fora do ar em todos os iPhones?

A Epic não explicou detalhadamente o motivo para “desligar” os servidores do Fortnite no iOS. Contudo, é provável que isso tenha sido feito por conta do jogo permitir a criação de partidas em crossplay. Esse recurso faz com que jogadores de diferentes plataformas joguem entre si.

Apple has blocked our Fortnite submission so we cannot release to the US App Store or to the Epic Games Store for iOS in the European Union. Now, sadly, Fortnite on iOS will be offline worldwide until Apple unblocks it.
— Fortnite (@Fortnite) May 16, 2025

Como a versão do Fortnite para iOS na UE está em uma versão antiga (a empresa liberou um update do game nesta sexta-feira), a partida entre jogadores no iOS e outras plataformas fica impossibilitada.

Para evitar problemas na formação de partida (o popular matchmaking na linguagem gamer), a Epic pode ter optado por impedir o acesso ao game no iOS. O Tecnoblog entrou em contato com a Epic Games para saber mais detalhes do caso e se isso pode afetar o lançamento do Fortnite no iPhone brasileiro — a matéria será atualizada com a resposta da empresa.

Tweet da conta do Fortnite no Brasil informou que jogo será liberada para o iOS brasileiro em julho (imagem: reprodução)

A Epic enviou uma primeira versão do Fortnite para aprovação no iOS na sexta-feira passada. Na quarta-feira (14), a empresa enviou uma segunda versão, explicando que esta contava com a atualização publicada hoje. A Apple ainda não se pronunciou sobre o assunto — e quem deve se pronunciar em breve sobre o tema é a União Europeia.

Com informações de The Verge e Reuters
Apple bloqueia Fortnite nos EUA e União Europeia; jogo fica fora do ar nos iPhones

Apple bloqueia Fortnite nos EUA e União Europeia; jogo fica fora do ar nos iPhones
Fonte: Tecnoblog

Após derrotar Apple, Epic deixa sua loja mais atraente para desenvolvedores

Após derrotar Apple, Epic deixa sua loja mais atraente para desenvolvedores

Após derrotar Apple, Epic deixa sua loja mais atraente para desenvolvedores (imagem: divulgação/Epic Games Store)

Resumo

Epic Games Store terá taxa zero para desenvolvedores com receita de até US$ 1 milhão por ano a partir de junho de 2025.
Uma taxa de 12% será cobrada apenas se o montante for superado dentro de um período de 12 meses, deixando o desenvolver com os 88% restantes.
A plataforma permitirá que desenvolvedores operem lojas próprias e realizem pagamentos digitais externos aos apps, sem intermediação obrigatória da Epic.
A medida segue a vitória judicial da empresa contra a Apple, que resultou na proibição da cobrança de comissões sobre vendas feitas via links externos.

A Epic Games venceu uma importante batalha judicial contra a Apple. Como que para estender os efeitos dessa vitória, a companhia deixou a sua loja online de jogos mais amigável aos desenvolvedores: a Epic Games Store cobrará 0% de taxa sobre o primeiro milhão de dólares que um app gerar no serviço.

A nova política significa que, se um jogo distribuído via Epic Games Store gerar até US$ 1 milhão por ano em vendas processadas pelo mecanismo de pagamentos do serviço, a loja não ficará com nenhuma porcentagem sobre esse valor.

Se esse montante for superado dentro de um período de 12 meses, a Epic aplicará o atual esquema de participação “88/12”, ou seja, cobrará 12% sobre a receita do aplicativo, deixando o desenvolvedor com os 88% restantes.

A novidade é interessante porque permite que o desenvolvedor tenha uma margem de lucro maior ou aplique preços mais baixos sobre os seus produtos para ganhar em volume de vendas, por exemplo.

De acordo com a Epic Games, a política de taxa zero sobre o primeiro milhão de dólares entrará em vigor a partir de junho de 2025.

Desenvolvedor poderá ter loja hospedada pela Epic Games

Outra novidade da Epic Games é um recurso de webshops. Com ele, os desenvolvedores poderão criar lojas próprias, mas que são hospedadas na Epic Games Store.

Essa possibilidade também é interessante, desta vez por permitir que o desenvolvedor use a sua própria loja para compras dentro de aplicativos distribuídos via App Store ou Google Play Store.

“Eles (desenvolvedores) poderão oferecer compras digitais fora do aplicativo (out-of-app purchases) como uma alternativa mais econômica às compras dentro do app (in-app purchases), que normalmente envolvem altas taxas cobradas por plataformas como Apple e Google”, explica a Epic Games.

Os webshops da Epic Games Store também serão oferecidos a partir de junho de 2025.

Epic Games Store no navegador (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Que vitória a Epic Games obteve contra a Apple?

A Epic Games move processos judiciais contra a Apple e o Google por entender que a App Store e a Play Store cobram taxas abusivas dos desenvolvedores (em linhas gerais, de até 30% sobre as vendas em apps distribuídos por essas lojas).

Sobre o caso da Apple, um tribunal dos Estados Unidos determinou, em 2021, que a companhia permitisse que desenvolvedores inserissem links para serviços de pagamentos de terceiros em seus aplicativos para obter taxas mais baixas.

Essa decisão foi cumprida, mas a Apple aplicou taxas de até 27% sobre as vendas realizadas por meio desses links. A Epic Games foi aos tribunais novamente e venceu: a Apple foi proibida de cobrar comissões a partir de vendas feitas via links em aplicativos. A companhia irá recorrer da decisão.
Após derrotar Apple, Epic deixa sua loja mais atraente para desenvolvedores

Após derrotar Apple, Epic deixa sua loja mais atraente para desenvolvedores
Fonte: Tecnoblog

Apple sofre derrota “épica” contra Epic Games nos tribunais

Apple sofre derrota “épica” contra Epic Games nos tribunais

Apple sofre derrota “épica” contra Epic Games nos tribunais (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Epic Games acaba de vencer uma importante batalha em sua disputa judicial contra a Apple nos Estados Unidos. A juíza do caso, Yvonne Gonzalez Rogers, determinou que a companhia de Cupertino não poderá cobrar taxas que dificultem a concorrência entre serviços de pagamentos na App Store.

No entendimento da juíza, a Apple violou, de modo intencional, uma liminar emitida em 2021 que determina que desenvolvedores possam inserir links em aplicativos distribuídos na App Store para realizar compras usando serviços de pagamento de terceiros.

O fato de a Apple ter pensado que este Tribunal toleraria tamanha insubordinação foi um erro grosseiro de cálculo. Como sempre, o encobrimento piorou a situação. Para este Tribunal, não há segunda chance.

Yvonne Gonzalez Rogers, juíza do Distrito Norte da Califórnia

Como a Apple teria violado a decisão judicial?

Essa disputa judicial tem origem no fato de a Epic Games não concordar com a política original da App Store de cobrar até 30% de taxas sobre compras feitas em aplicativos distribuídos a partir da loja.

Em razão disso, a juíza Rogers determinou, em 2021, que a Apple passasse a permitir que os desenvolvedores indicassem em seus aplicativos serviços alternativos de pagamento que, como tal, poderiam cobrar taxas menores em relação ao que é estabelecido pela App Store.

Isso foi feito. O problema é que a Apple também passou a cobrar taxas sobre compras feitas em serviços de terceiros em porcentagens que variam entre 12% e 27%.

Contrariada com essa abordagem, a Epic Games recorreu novamente aos tribunais, desta vez por entender que as taxas sobre compras feitas com serviços de pagamento de terceiros e outras regras aplicadas pela Apple sobre eles são abusivas.

Como sabemos agora, a juíza do caso concorda. Com base nisso, a decisão judicial mais recente proíbe a companhia de ações como:

cobrar comissões ou taxas sobre compras feitas a partir de um link no aplicativo;

restringir a aparência ou posicionamento do link que os desenvolvedores usam para apontar para serviços de pagamentos de terceiros;

bloquear ou restringir botões que levem para esses serviços.

Fortnite voltará à App Store dos EUA, promete Epic Games (imagem: divulgação/Epic Games)

Apple declarou não saber as margens de lucro da App Store

Ao Verge, a Apple informou: “discordamos veementemente da decisão. Cumpriremos a ordem judicial, mas recorreremos”. Em sua defesa nos tribunais, a companhia alegou que cumpriu a limitar de 2021, tal como ela foi estabelecida.

Mas o detalhe mais curioso é que, entre os demais argumentos que a Apple usou para se defender no caso, está o de que a companhia desconhece as margens de lucro da App Store. É como se isso fosse ajudar a Apple a convencer o judiciário de que não há práticas monopolistas na App Store.

O jornalista Mark Gurman, que acompanha o universo da Apple de perto há anos, chegou a ser irônico sobre esse argumento: “a empresa mais detalhista e financeiramente mais experiente do mundo não sabe quanto lucro gera em uma grande unidade de negócios. Certo”.

Qual a visão da Epic Games sobre a decisão judicial?

A decisão foi celebrada por Tim Sweeney, CEO da Epic Games. Via X, o executivo declarou: “SEM TAXAS em transações online. Fim de jogo para o Imposto da Apple”. Sweeney completou:

Fortnite voltará à App Store dos Estados Unidos para iOS na próxima semana.

A Epic oferece um acordo de paz: se a Apple estender a decisão do tribunal, livre de taxas, para todos, retornaremos o Fortnite à App Store no mundo todo e encerraremos os litígios atuais e futuros sobre o assunto.

Tim Sweeney, CEO da Epic Games

Apple sofre derrota “épica” contra Epic Games nos tribunais

Apple sofre derrota “épica” contra Epic Games nos tribunais
Fonte: Tecnoblog

Apple pode receber multa de R$ 11,1 bilhões no Reino Unido

Apple pode receber multa de R$ 11,1 bilhões no Reino Unido

App Store é alvo de mais uma disputa judicial sobre suas comissões, mas dessa vez Reino Unido inicia julgamento (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple pode ser condenada a pagar uma multa de 1,5 bilhão de libras esterlinas (R$ 11,137 bilhões) pela cobrança de valores abusivos na App Store. O julgamento do processo, aberto há quatro anos, iniciou nesta segunda-feira (13) e pode se estender pelas próximas sete semanas. A corte britânica questiona a famosa comissão de 30% cobrada pela Apple — o caso se assemelha à batalha entre a big tech e a Epic Games.

O que é o processo contra a Apple no Reino Unido?

A ação aberta por um grupo de desenvolvedores alega que a Apple não tem o direito de cobrar uma comissão tão alta nas vendas realizadas dentro da App Store. A principal voz desse processo é Rachael Kent, especialista em economia digital e professora no King’s College.

Kent destaca ainda que a comissão também é injusta pelo fato de a Apple impedir que as plataformas e desenvolvedores entreguem ofertas melhores para os usuários. Sim, isso é quase um Ctrl+C, Ctrl+V da disputa judicial entre Epic e Apple nos Estados Unidos.

A Apple venceu quase todas as acusações da Epic, perdendo apenas a que autorizou a divulgação e a realização de pagamentos por meios fora da App Store.

O processo também acusa a Apple de violar a legislação britânica e europeia de competição. Essa violação, segundo os autores, vem do fato da big tech impedir que outras lojas de aplicativos sejam instaladas no ecossistema da Apple.

Apple foi obrigada a liberar lojas de terceiros na UE, mas Reino Unido saiu do bloco (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Por sair da União Europeia, o Reino Unido não foi beneficiado pela legislação do bloco que obrigou a big tech a liberar lojas de terceiros no iOS.

A Apple nega as acusações de abuso e de práticas anticompetitivas. Em sua defesa, a big tech diz que as taxas da comissão estão de acordo com o mercado. A empresa aponta ainda que 85% dos aplicativos da App Store são gratuitos e vários desenvolvedores (sem passar um número) integram o programa de 15% de comissão.

Com informações de MacRumors, Apple Insider e 9to5Mac
Apple pode receber multa de R$ 11,1 bilhões no Reino Unido

Apple pode receber multa de R$ 11,1 bilhões no Reino Unido
Fonte: Tecnoblog

Loja de apps da Epic será pré-instalada em celulares da Telefónica

Loja de apps da Epic será pré-instalada em celulares da Telefónica

Loja de apps da Epic Games será pré-instalada em celulares vendidos pela Telefónica em diversos países (Divulgação/Epic Games Store)

A Epic Games começa a colher os frutos da vitória sobre o processo antitruste contra o Google. A loja de aplicativo da empresa de games será pré-instalada em celulares vendidos pela Telefónica em diversos vários países, como Reino Unido, Alemanha, Espanha e Argentina. Com essa parceria, a loja de apps da Epic sairá de fábrica até em celulares da Samsung.

A Telefónica é dona da operadora brasileira Vivo e tem 392 milhões de clientes em todo o mundo. Na nota publicada pela matriz, é informado que a loja de apps da Epic Games só será pré-instalada em celulares vendidos na Alemanha, Espanha, Reino Unido e a parte falante de espanhol da América Latina — o que elimina o Brasil do caso.

Contudo, o Tecnoblog entrou em contato com a Vivo para saber se há planos de trazer a loja da Epic Games para os celulares vendidos pela operadora. A matéria será atualizada com a resposta da empresa caso ela seja enviada.

Quantos países terão a loja da Epic pré-instalada no Android?

Super parceria entre Epic Games e Telefónica levará loja de apps da Epic Games para mais de 10 países (Imagem: Divulgação/Epic Games)

Pelo menos 12 países terão celulares Android vendidos pela Telefónica com a loja de apps da Epic Games pré-instalada. O número pode chegar a 13 se a medida da operadora estiver liberada no território americano de Porto Rico — que não é um país, mas se encaixa na parte falante de espanhol da América Latina.

No comunicado, que também foi divulgado pela Epic, as duas empresas destacam o histórico da parceria. Em 2020, a Telefónica liberou a opção de clientes comprarem itens no Fortnite, principal jogo da Epic, pela fatura do telefone. Por exemplo, o jogador poderia comprar uma skin e o valor seria debitado da conta no mês seguinte.

A Telefónica destaca que a pré-instalação da loja da Epic Games nos celulares Android deixará mais fácil baixar Fortnite, Fall Guys e Rocket League, jogos exclusivos da empresa de games. Isso é válido principalmente para jovens que estão adquirindo seu primeiro smartphone. Quem já possui um celular e compra um novo só precisará fazer o backup do modelo antigo — recurso fornecido por praticamente toda operadora.

A nova parceria entre Epic e Telefónica, resultado do processo contra o monopólio do Google, também traz algo curioso: celulares da Samsung (principal parceira do Google no Android) vendidos pela operadora terão a loja da Epic de fábrica.

Com informações: The Verge
Loja de apps da Epic será pré-instalada em celulares da Telefónica

Loja de apps da Epic será pré-instalada em celulares da Telefónica
Fonte: Tecnoblog

Apple aprova loja da Epic Games para iPhone após ser acusada de perseguição

Apple aprova loja da Epic Games para iPhone após ser acusada de perseguição

Apple é obrigada a aceitar lojas de terceiros na União Europeia (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple aprovou, nesta sexta-feira (5), a loja da Epic Games para iPhone e iPad. Ainda sem data de lançamento, ela será exclusiva para usuários da União Europeia, já que o bloco obrigou a marca da maçã a abrir seu sistema a outros métodos de distribuição de aplicativos.

A aprovação, porém, não veio sem drama. A Epic Games revelou que a Apple rejeitou duas vezes sua loja. Em mais um capítulo da briga que se arrasta desde 2020, a desenvolvedora de Fortnite acusou a marca da maçã de agir de forma arbitrária e violar a legislação da União Europeia — desde janeiro, a Apple não pode impedir instalação direta e lojas de terceiros no iPhone.

Segundo a Epic Games, a Apple alegava que botões e etiquetas usados pela empresa em sua loja de games são muito parecidos com os usados na App Store.

A desenvolvedora se defendeu: “Estamos usando ‘Instalar’ e ‘Compras no app’, nomes que seguem convenções usadas em lojas de aplicativos populares em múltiplas plataformas”, escreveu a Epic em sua conta no X (antigo Twitter). A companhia também considerava estar seguindo as convenções de botões para apps do iOS.

Fortnite foi banido do iPhone em 2020, mas voltou à App Store na União Europeia (Imagem: André Fogaça / Tecnoblog)

Apple aponta problemas, mas aprova loja

A Apple respondeu às alegações da Epic Games dizendo que, nas normas para desenvolvedores, existe a regra de que lojas de terceiros não podem ser semelhantes à App Store para evitar confusões entre os consumidores.

A empresa reconhece que a Epic seguiu esta diretriz, mas que o botão de download era uma cópia do mesmo elemento da loja de aplicativos da Apple. Horas depois da primeira sequência de posts, a Epic Games voltou ao X para comunicar que a Apple aprovou sua loja.

Procurada pela agência de notícias Reuters, a Comissão Europeia recusou comentar o caso. O braço executivo do bloco investiga se a Apple violou as regras de mercados digitais ao criar uma nova série de regras, procedimentos e taxas para os desenvolvedores que querem distribuir seus apps por fora da App Store.

Com informações: Reuters
Apple aprova loja da Epic Games para iPhone após ser acusada de perseguição

Apple aprova loja da Epic Games para iPhone após ser acusada de perseguição
Fonte: Tecnoblog

Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone

Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone

App Store da Apple (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple restaurou a conta de desenvolvedor da Epic Games na Europa, o que permitirá que a publisher de jogos libere o Fortnite e outros games no iOS — mas só nos países que integram a União Europeia (UE). A recuperação da conta de desenvolvedor acontece dois dias depois da Epic Games ter a conta removida pela Apple. Agora, a empresa de games seguirá o plano de lançar sua própria loja no iOS.

Em outro efeito desta medida, a UE deve interromper a coleta de informações sobre o caso, uma ação que antecede uma investigação formal de violações da Lei de Mercados Digitais (DMA), que tem entre seus objetivos combater práticas anticompetitivas em plataformas digitais. O bloco econômico divulgou na quarta-feira que estava colhendo informações acerca dos motivos que levaram a Apple a excluir a conta da Epic Games.

Apple chiou, mas fechou acordo

Apple justificou decisão da justiça americana, mas reverteu banimento em acordo com a Epic (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Em nota, a Apple explicou que autorizou o retorno da Epic após esta concordar com suas regras e políticas baseadas na DMA. A big tech não explica quais são essas regras, mas podemos supor que se trata da comissão de venda para lojas de terceiros.

Mesmo liberando a loja de aplicativos de terceiros no iOS, obrigada pela DMA, a Apple cobrará uma taxa de 0,50 Euros (R$ 2,70) por download de apps com mais de 1 milhão de atualização por aplicativos instalados por essas lojas — o que gerou críticas do Spotify e da própria Epic Games.

Na quarta-feira, ao defender a exclusão da conta da Epic, a Apple relembrou que a justiça americana a autorizou a banir a empresa. A big tech apontou que a empresa de jogos violou as políticas de desenvolvedores. A Apple diz que liberou após conversar com a Epic e esta concordar com as regras, mas os bastidores podem envolver o medo de uma nova multa bilionária — jamais saberemos.

Com informações: TechCrunch e The Verge
Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone

Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone
Fonte: Tecnoblog

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Em 2022, o Parlamento Europeu aprovou o Digital Markets Act. A lei versa sobre a concorrência em mercados digitais, e quem vai sentir as consequências são as grandes empresas de tecnologia estadunidenses.

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Player global no segmento de distribuição de aplicativos, a Apple é uma das impactadas. E, nos últimos anos, cresceu a expectativa de que o DMA levasse a uma abertura sem precedentes no ambiente do iOS.

Desde sempre, a única forma de baixar aplicativos autorizada pela Apple em dispositivos móveis é a App Store. Nenhuma forma de sideloading era permitida. O DMA faria isso mudar, o que muitas empresas e desenvolvedores viam com bons olhos.

No dia 25 de janeiro, no entanto, a Apple divulgou como se adequaria à legislação. Os planos da empresa geraram reações furiosas de quem desejava a total abertura do iOS. A Apple está mostrando que vai ceder só quando não tem saída — e, ainda assim, resistindo ao máximo.

Nova taxa, velhas queixas

De modo geral, é válido dizer que o iOS ficará mais aberto. Porém, como se diz, o diabo está nos detalhes. E a Apple incluiu alguns.

A única forma de baixar aplicativos fora da App Store será por lojas alternativas, que precisaram ser aprovadas pela Maçã. Cada aplicativo presente nessas lojas também passará pelo crivo da Apple.

O desenvolvedor poderá manter seus apps na App Store e também distribuir por lojas alternativas. Porém, ao decidir operar pelas novas regras da UE, ficará sujeito a uma nova taxa, a Core Technology Fee. Este é um dos principais motivos de críticas à Apple.

A CTF atinge principalmente os grandes aplicativos. A partir dela, a Apple estabelece que, após 1 milhão de downloads, recai uma taxa de 50 centavos de euro a cada novo download por usuário. A cobrança será anual.

Com isso, perspectiva é que apps populares, mesmo que optem pela distribuição apenas em lojas paralelas à App Store, deixarão uma boa quantia nas mãos de Tim Cook. Não é à toa que o CEO do Spotify, Daniel Ek, acusa a Maçã de dar uma “aula de distorção” com sua nova política.

iPhone, Safari e App Store passam por mudanças na União Europeia (Imagem: Divulgação/Apple)

A Microsoft pegou um pouco mais leve, avaliando o caso como “um passo na direção errada”. A Epic Games, velha inimiga da Apple quando se trata da política da App Store, também se manifestou com a desaprovação usual (embora já tenha anunciado planos para sua própria loja de aplicativos na Europa).

Com a CTF, mesmo que escapem das comissões atuais de até 30% por transação feitas a partir do ecossistema da Apple, as empresas terão que pagar de outra forma.

A atitude é controversa, tem algo de birra, e ainda pode ser contestada no futuro. É a Apple marcando sua posição: quaisquer que sejam as mudanças exigidas em seu modelo de negócios, ela não as fará de bom grado.

Faturando até mesmo fora da App Store

Há ainda outros aspectos da proposta da Apple que geram protestos de empresas e desenvolvedores. Ressaltamos alguns deles no Tecnocast 322, totalmente dedicado ao tema.

Um dos mais controversos é a cobrança de comissões até mesmo por transações feitas fora da App Store. Os valores podem chegar a 17%.

Algo semelhante vai ocorrer também no mercado americano, vale apontar. O iOS permitirá métodos de pagamento alternativos em decorrência do processo movido pela Epic Games; no entanto, a Apple cobrará até 27% de comissão dos desenvolvedores.

As empresas terão que manter um relatório das transações feitas por plataformas de pagamento independentes e repassar os valores adequados à Apple. Determinar se os repasses estão corretos é um desafio que a própria empresa reconhece.

Outro ponto delicado é a necessidade de um escolha definitiva logo de cara. Desenvolvedores podem optar por simplesmente ignorar as novas regras da UE e se manter sob as normativas atuais da App Store, com taxas de variam entre 15 e 30%.

Tela de instalação de loja de apps no iOS 17.4 (Imagem: Reprodução/Apple)

Por outro lado, quem quiser se aventurar pelo mundo do iOS aberto não pode voltar atrás. Uma vez que a escolha é feita, o desenvolvedor não tem a opção de voltar às regras antigas. É pegar ou largar.

Esse aspecto exige bastante cuidado por parte do desenvolvedor. Não seria possível sequer fazer uma experiência antes e depois retornar, por exemplo.

A exigência certamente gerará receio em quem ficou tentado a testar as novas regras, e é encarada como uma forma de pressão para que o desenvolvedor mantenha tudo como está.

Uma questão de controle

A resposta da Apple ao DMA deixa claro mais uma vez que a empresa não quer abrir mão do controle que tem sobre sua plataforma. O Android tem uma abordagem um pouco diferente, permitindo lojas alternativas Google Play desde sempre. A Apple, por sua vez, optou pelo fechamento.

Como levantamos no Tecnocast 322, esse controle é um dos motivos pelos quais muitos usuários preferem a empresa. Uma experiência bem definida, onde tudo é milimetricamente pensado pela Apple, tem apelo para muita gente. As vendas de aparelhos refletem isso, assim como a oferta de aplicativos.

Um argumento muito utilizado pela Apple para defender sua posição é o da segurança. Marketplaces independentes de apps seriam uma entrada para softwares maliciosos e conteúdo nocivo nos celulares de milhões de pessoas. No comunicado sobre a adequação ao DMA, a Apple reforça essa linha de raciocínio.

O outro lado aponta que a empresa deveria dar liberdade ao usuário de baixar aplicativos de onde quiser. E também aos desenvolvedores de utilizar as plataformas de pagamento que preferirem, incluindo aí opções próprias.

Tim Cook, CEO da Apple (Imagem: Divulgação / Apple)

Dado o tamanho do negócio da App Store, dirão os críticos, a proibição seria uma forma de prender os fornecedores (desenvolvedores) em sua loja, já que dispensar essa opção implicaria numa perda considerável de faturamento e público.

Essas discussões estão nem longe de encerrarem. Uma vez que o DMA não determina como exatamente os mercados digitais devem se abrir, a Apple colocou sua opção de abertura na mesa. No entanto, no conceito da Apple, um iOS aberto ainda é um tanto fechado.
Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle
Fonte: Tecnoblog