Category: Epic Games

Apple aprova loja da Epic Games para iPhone após ser acusada de perseguição

Apple aprova loja da Epic Games para iPhone após ser acusada de perseguição

Apple é obrigada a aceitar lojas de terceiros na União Europeia (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple aprovou, nesta sexta-feira (5), a loja da Epic Games para iPhone e iPad. Ainda sem data de lançamento, ela será exclusiva para usuários da União Europeia, já que o bloco obrigou a marca da maçã a abrir seu sistema a outros métodos de distribuição de aplicativos.

A aprovação, porém, não veio sem drama. A Epic Games revelou que a Apple rejeitou duas vezes sua loja. Em mais um capítulo da briga que se arrasta desde 2020, a desenvolvedora de Fortnite acusou a marca da maçã de agir de forma arbitrária e violar a legislação da União Europeia — desde janeiro, a Apple não pode impedir instalação direta e lojas de terceiros no iPhone.

Segundo a Epic Games, a Apple alegava que botões e etiquetas usados pela empresa em sua loja de games são muito parecidos com os usados na App Store.

A desenvolvedora se defendeu: “Estamos usando ‘Instalar’ e ‘Compras no app’, nomes que seguem convenções usadas em lojas de aplicativos populares em múltiplas plataformas”, escreveu a Epic em sua conta no X (antigo Twitter). A companhia também considerava estar seguindo as convenções de botões para apps do iOS.

Fortnite foi banido do iPhone em 2020, mas voltou à App Store na União Europeia (Imagem: André Fogaça / Tecnoblog)

Apple aponta problemas, mas aprova loja

A Apple respondeu às alegações da Epic Games dizendo que, nas normas para desenvolvedores, existe a regra de que lojas de terceiros não podem ser semelhantes à App Store para evitar confusões entre os consumidores.

A empresa reconhece que a Epic seguiu esta diretriz, mas que o botão de download era uma cópia do mesmo elemento da loja de aplicativos da Apple. Horas depois da primeira sequência de posts, a Epic Games voltou ao X para comunicar que a Apple aprovou sua loja.

Procurada pela agência de notícias Reuters, a Comissão Europeia recusou comentar o caso. O braço executivo do bloco investiga se a Apple violou as regras de mercados digitais ao criar uma nova série de regras, procedimentos e taxas para os desenvolvedores que querem distribuir seus apps por fora da App Store.

Com informações: Reuters
Apple aprova loja da Epic Games para iPhone após ser acusada de perseguição

Apple aprova loja da Epic Games para iPhone após ser acusada de perseguição
Fonte: Tecnoblog

Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone

Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone

App Store da Apple (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple restaurou a conta de desenvolvedor da Epic Games na Europa, o que permitirá que a publisher de jogos libere o Fortnite e outros games no iOS — mas só nos países que integram a União Europeia (UE). A recuperação da conta de desenvolvedor acontece dois dias depois da Epic Games ter a conta removida pela Apple. Agora, a empresa de games seguirá o plano de lançar sua própria loja no iOS.

Em outro efeito desta medida, a UE deve interromper a coleta de informações sobre o caso, uma ação que antecede uma investigação formal de violações da Lei de Mercados Digitais (DMA), que tem entre seus objetivos combater práticas anticompetitivas em plataformas digitais. O bloco econômico divulgou na quarta-feira que estava colhendo informações acerca dos motivos que levaram a Apple a excluir a conta da Epic Games.

Apple chiou, mas fechou acordo

Apple justificou decisão da justiça americana, mas reverteu banimento em acordo com a Epic (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Em nota, a Apple explicou que autorizou o retorno da Epic após esta concordar com suas regras e políticas baseadas na DMA. A big tech não explica quais são essas regras, mas podemos supor que se trata da comissão de venda para lojas de terceiros.

Mesmo liberando a loja de aplicativos de terceiros no iOS, obrigada pela DMA, a Apple cobrará uma taxa de 0,50 Euros (R$ 2,70) por download de apps com mais de 1 milhão de atualização por aplicativos instalados por essas lojas — o que gerou críticas do Spotify e da própria Epic Games.

Na quarta-feira, ao defender a exclusão da conta da Epic, a Apple relembrou que a justiça americana a autorizou a banir a empresa. A big tech apontou que a empresa de jogos violou as políticas de desenvolvedores. A Apple diz que liberou após conversar com a Epic e esta concordar com as regras, mas os bastidores podem envolver o medo de uma nova multa bilionária — jamais saberemos.

Com informações: TechCrunch e The Verge
Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone

Epic recupera conta na App Store europeia e Fortnite voltará ao iPhone
Fonte: Tecnoblog

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Em 2022, o Parlamento Europeu aprovou o Digital Markets Act. A lei versa sobre a concorrência em mercados digitais, e quem vai sentir as consequências são as grandes empresas de tecnologia estadunidenses.

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Player global no segmento de distribuição de aplicativos, a Apple é uma das impactadas. E, nos últimos anos, cresceu a expectativa de que o DMA levasse a uma abertura sem precedentes no ambiente do iOS.

Desde sempre, a única forma de baixar aplicativos autorizada pela Apple em dispositivos móveis é a App Store. Nenhuma forma de sideloading era permitida. O DMA faria isso mudar, o que muitas empresas e desenvolvedores viam com bons olhos.

No dia 25 de janeiro, no entanto, a Apple divulgou como se adequaria à legislação. Os planos da empresa geraram reações furiosas de quem desejava a total abertura do iOS. A Apple está mostrando que vai ceder só quando não tem saída — e, ainda assim, resistindo ao máximo.

Nova taxa, velhas queixas

De modo geral, é válido dizer que o iOS ficará mais aberto. Porém, como se diz, o diabo está nos detalhes. E a Apple incluiu alguns.

A única forma de baixar aplicativos fora da App Store será por lojas alternativas, que precisaram ser aprovadas pela Maçã. Cada aplicativo presente nessas lojas também passará pelo crivo da Apple.

O desenvolvedor poderá manter seus apps na App Store e também distribuir por lojas alternativas. Porém, ao decidir operar pelas novas regras da UE, ficará sujeito a uma nova taxa, a Core Technology Fee. Este é um dos principais motivos de críticas à Apple.

A CTF atinge principalmente os grandes aplicativos. A partir dela, a Apple estabelece que, após 1 milhão de downloads, recai uma taxa de 50 centavos de euro a cada novo download por usuário. A cobrança será anual.

Com isso, perspectiva é que apps populares, mesmo que optem pela distribuição apenas em lojas paralelas à App Store, deixarão uma boa quantia nas mãos de Tim Cook. Não é à toa que o CEO do Spotify, Daniel Ek, acusa a Maçã de dar uma “aula de distorção” com sua nova política.

iPhone, Safari e App Store passam por mudanças na União Europeia (Imagem: Divulgação/Apple)

A Microsoft pegou um pouco mais leve, avaliando o caso como “um passo na direção errada”. A Epic Games, velha inimiga da Apple quando se trata da política da App Store, também se manifestou com a desaprovação usual (embora já tenha anunciado planos para sua própria loja de aplicativos na Europa).

Com a CTF, mesmo que escapem das comissões atuais de até 30% por transação feitas a partir do ecossistema da Apple, as empresas terão que pagar de outra forma.

A atitude é controversa, tem algo de birra, e ainda pode ser contestada no futuro. É a Apple marcando sua posição: quaisquer que sejam as mudanças exigidas em seu modelo de negócios, ela não as fará de bom grado.

Faturando até mesmo fora da App Store

Há ainda outros aspectos da proposta da Apple que geram protestos de empresas e desenvolvedores. Ressaltamos alguns deles no Tecnocast 322, totalmente dedicado ao tema.

Um dos mais controversos é a cobrança de comissões até mesmo por transações feitas fora da App Store. Os valores podem chegar a 17%.

Algo semelhante vai ocorrer também no mercado americano, vale apontar. O iOS permitirá métodos de pagamento alternativos em decorrência do processo movido pela Epic Games; no entanto, a Apple cobrará até 27% de comissão dos desenvolvedores.

As empresas terão que manter um relatório das transações feitas por plataformas de pagamento independentes e repassar os valores adequados à Apple. Determinar se os repasses estão corretos é um desafio que a própria empresa reconhece.

Outro ponto delicado é a necessidade de um escolha definitiva logo de cara. Desenvolvedores podem optar por simplesmente ignorar as novas regras da UE e se manter sob as normativas atuais da App Store, com taxas de variam entre 15 e 30%.

Tela de instalação de loja de apps no iOS 17.4 (Imagem: Reprodução/Apple)

Por outro lado, quem quiser se aventurar pelo mundo do iOS aberto não pode voltar atrás. Uma vez que a escolha é feita, o desenvolvedor não tem a opção de voltar às regras antigas. É pegar ou largar.

Esse aspecto exige bastante cuidado por parte do desenvolvedor. Não seria possível sequer fazer uma experiência antes e depois retornar, por exemplo.

A exigência certamente gerará receio em quem ficou tentado a testar as novas regras, e é encarada como uma forma de pressão para que o desenvolvedor mantenha tudo como está.

Uma questão de controle

A resposta da Apple ao DMA deixa claro mais uma vez que a empresa não quer abrir mão do controle que tem sobre sua plataforma. O Android tem uma abordagem um pouco diferente, permitindo lojas alternativas Google Play desde sempre. A Apple, por sua vez, optou pelo fechamento.

Como levantamos no Tecnocast 322, esse controle é um dos motivos pelos quais muitos usuários preferem a empresa. Uma experiência bem definida, onde tudo é milimetricamente pensado pela Apple, tem apelo para muita gente. As vendas de aparelhos refletem isso, assim como a oferta de aplicativos.

Um argumento muito utilizado pela Apple para defender sua posição é o da segurança. Marketplaces independentes de apps seriam uma entrada para softwares maliciosos e conteúdo nocivo nos celulares de milhões de pessoas. No comunicado sobre a adequação ao DMA, a Apple reforça essa linha de raciocínio.

O outro lado aponta que a empresa deveria dar liberdade ao usuário de baixar aplicativos de onde quiser. E também aos desenvolvedores de utilizar as plataformas de pagamento que preferirem, incluindo aí opções próprias.

Tim Cook, CEO da Apple (Imagem: Divulgação / Apple)

Dado o tamanho do negócio da App Store, dirão os críticos, a proibição seria uma forma de prender os fornecedores (desenvolvedores) em sua loja, já que dispensar essa opção implicaria numa perda considerável de faturamento e público.

Essas discussões estão nem longe de encerrarem. Uma vez que o DMA não determina como exatamente os mercados digitais devem se abrir, a Apple colocou sua opção de abertura na mesa. No entanto, no conceito da Apple, um iOS aberto ainda é um tanto fechado.
Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle
Fonte: Tecnoblog

Apple libera compras por fora da App Store nos EUA, mas vai cobrar comissão

Apple libera compras por fora da App Store nos EUA, mas vai cobrar comissão

Desenvolvedores podem cobrar mais barato por fora, mas vão ter que dividir dinheiro (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple atualizou as políticas da App Store para desenvolvedores nos EUA e agora vai permitir que eles usem plataformas de pagamento independentes. Mesmo nestes pagamentos por fora, a empresa ainda vai ficar com uma comissão, que pode chegar a 27%. A cobrança desagradou a Epic Games, uma das maiores opositoras das taxas da fabricante do iPhone.

Em 2021, a juíza Yvonne Gonzalez Rogers decidiu que a Apple não pratica monopólio nem viola as leis antitruste dos EUA, descartando as acusações da Epic Games. No entanto, a sentença considerou que a fabricante do iPhone não pode proibir a divulgação de meios de pagamento alternativos para compras dentro de apps.

A Apple tentou recorrer, mas perdeu. Nesta terça-feira (16), a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou o recurso da companhia. Com isso, não havia alternativa a não ser acatar o que a Justiça mandou.

Desenvolvedores não podem vender só por fora

As Diretrizes de Revisão da App Store agora contêm regras para os desenvolvedores levarem seus usuários a métodos de pagamento alternativos.

Em primeiro lugar, os criadores de aplicativos precisarão se registrar para conseguir uma autorização de vendas fora da loja. Eles podem anunciar os preços mais baixos cobrados quando o usuário escolhe pagar por fora, mas não podem desencorajar usuários a pagar na App Store.

Apple criou diretrizes para pagamentos fora da App Store (Imagem: Reprodução/Apple)

Os desenvolvedores também não poderão oferecer apenas métodos de pagamento fora da App Store — a Apple obriga os apps a oferecer os itens também em sua loja.

Além disso, a empresa mostra um aviso a cada vez que um usuário sai do app para fazer uma compra. “Você está preste a ir a um site externo. A Apple não é responsável pela privacidade ou segurança das compras feitas na web”, diz o texto do alerta.

Apple vai cobrar comissão de até 27%

Para os desenvolvedores, porém, um ponto sensível continuará praticamente sem mudanças: o dinheiro. A Apple vai cobrar 12% de comissão de devs membros do programa de pequenas empresas e 27% dos demais.

Nas transações pagas usando a própria App Store, a Apple fica com 15% e 30%, respectivamente. Ou seja, vender por fora dá uma vantagem de 3 pontos percentuais e só.

Para cobrar, a dona da App Store vai exigir que os desenvolvedores forneçam um relatório de compras feitas por meio de pagamentos alternativos e repassem a comissão devida. Mesmo assim, no documento enviado à Justiça para mostrar que cumpriu a determinação, a empresa admite que pode ser “impossível” fiscalizar quem pagou corretamente as taxas.

Epic Games promete processar… de novo

Como você pode adivinhar, já tem gente insatisfeita com a cobrança. Tim Sweeney, fundador e CEO da Epic Games (sim, ela de novo), disse que a comissão de 27% é anticompetitiva. Ele também criticou as regras da Apple e a tela que “assusta” os usuários antes de fazer uma compra fora da App Store.

A Epic Games promete entrar com uma queixa contra o que chama de “plano de compliance de má-fé da Apple”.

Com informações: 9to5Mac, The Verge
Apple libera compras por fora da App Store nos EUA, mas vai cobrar comissão

Apple libera compras por fora da App Store nos EUA, mas vai cobrar comissão
Fonte: Tecnoblog

Apple x Epic: apelação é negada e apps podem divulgar seus meios de pagamentos

Apple x Epic: apelação é negada e apps podem divulgar seus meios de pagamentos

Apple não terá recurso julgado e é obrigado a permitir links para pagamentos fora da App Store em aplicativos (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple agora é obrigada a permitir que desenvolvedores divulguem links para outras formas de pagamento dentro de seus aplicativos. A decisão foi tomada durante o processo antitruste movido pela Epic Games, na jurisdição do estado da Califórnia. Com a Suprema Corte rejeitando o apelo, a Apple garante uma vitória majoritária sobre a Epic — ainda que tenha que permitir a divulgação de outros meios de pagamentos dentro dos apps.

A juíza Yvonne Gonzalez Rogers decidiu que a Apple não prática monopólio e nem violou as leis antitruste do Estados Unidos. A única “derrota” da Apple realmente foi liberar que desenvolvedores divulguem outros meios de pagamento fora da App Store em seus aplicativos. Isso não é nada quando comparado com o problema é que ser considerado culpado de antitruste e monopólio — o que poderia levar a mudanças maiores na loja de apps e uma multa gigantesca.

Apps no iOS podem divulgar links para páginas de pagamento

Devs podem pagar até 30% de taxa por vendas feitas dentro da App Store (Imagem: Tecnoblog)

A partir de agora, é oficial: desenvolvedores podem divulgar seus meios de pagamento em seus aplicativos para iOS. Isso já era permitido desde a decisão da justiça da Califórnia. No entanto, o pedido de recurso da Apple poderia reverter a liberação — que é favorável aos devs e prejudica a Apple.

Além de negar julgar o apelo da Apple, a Suprema Corte também negou o recurso da Epic Games. Com isso, a big tech dorme tranquila e a empresa de jogos faz o seu gol nesse 7×1. Mas é claro, esse golzinho da Epic faz uma enorme diferença para os aplicativos.

Em todas as compras feitas pela App Store a Apple fica com uma porcentagem. Essa quantia varia de acordo com o tamanho da empresa, mas chega à 30% para as maiores desenvolvedoras.

Apple enfrenta processo similar no Reino Unido

App Store segue investigada como monopólio pelo Departamento de Justiça dos EUA (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Enquanto a Apple libera a divulgação de links de pagamentos nos apps, um grupo de desenvolvedores britânicos quer uma compensação de 785 milhões de Libras (Aproximadamente R$ 4,8 bilhões). O grupo aponta que o valor cobrado pela Apple é excessivo e só existe porque a empresa tem um monopólio com a App Store.

E sobre isso, a Apple será obrigada a autorizar o sideloading de apps em seus dispositivos. Para isso, a empresa lançará duas versões da App Store: uma para a Europa e outra para o resto do mundo.

O sideloading também pode chegar nos Estados Unidos. A Apple se salvou do processo da Epic, mas o Departamento de Justiça dos EUA segue investigando um possível monopólio com a App Store.

Com informações: TechCrunch
Apple x Epic: apelação é negada e apps podem divulgar seus meios de pagamentos

Apple x Epic: apelação é negada e apps podem divulgar seus meios de pagamentos
Fonte: Tecnoblog

Google perde processo antitruste movido pela Epic

Google perde processo antitruste movido pela Epic

Google pratica monopólio no mercado de lojas de apps, decide juiz (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O julgamento do processo antitruste da Epic contra o Google decidiu que a big tech criou um monopólio com sua loja de aplicativos. A acusação da Epic contestava a prática de cobrar uma taxa pelas vendas dentro da Play Store e, ao mesmo tempo, impedir sistemas de pagamento em lojas de terceiro, considerando prática abusiva e desleal. O Google informou à imprensa que recorrerá da decisão.

O processo antitruste da Epic lembra muito a ação movida contra Apple — até porque ambas foram abertas no mesmo dia. Contudo, além da demora para iniciar o julgamento e agilidade em chegar no resultado, outra diferença é que o processo da Epic contra o Google revelou o acordo da big tech com fabricantes de smartphones.

Neste acordo, o Google permitia que algumas empresas (como Netflix e Spotify) tivessem uma vantagem ou desconto no pagamento das taxas por compras dentro de seus aplicativos e por meios próprios de cobrança. No caso da Netflix, o Google ofereceu uma taxa de 10% — mas o streaming preferiu apenas impedir a assinatura dentro do app para Android.

O Spotify ficou por um tempo livre da taxa do seu próprio meio de pagamento e pagava apenas 4% quando o cliente assinava usando o sistema do Google. O caso foi revelado durante o julgamento e uma derrota à parte, já que deve levar outras empresas a negociar um acordo vantajoso.

Compras realizadas pela Play Store podem ficar com até 30% do valor, mas algumas empresas têm acordos mais vantajosos (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Resultado definido, mas não o que será feito

Apesar da vitória da Epic, o julgamento ainda não decidiu o que o Google terá que fazer para “quebrar” o monopólio. Na verdade, a desenvolvedora de jogos nem mesmo pediu uma indenização. O que a Epic quer é que o Google permita que os empresas lancem lojas de apps e seus próprios sistemas de pagamento sem ter que dar um tostão para a big tech. A definição da compensação será definida na segunda semana de janeiro.

Relembrando, no processo contra a Apple, a Epic foi a grande derrotada, mas caiu atirando. Das dez acusações, apenas uma foi favorável à desenvolvedora: a que permite aos aplicativos informar sobre meios de pagamento fora da Apple Store.

Com informações: The Verge (1 e 2)
Google perde processo antitruste movido pela Epic

Google perde processo antitruste movido pela Epic
Fonte: Tecnoblog