Category: China

Huawei lança o Huawei Mate XT, primeiro celular dobrável de três telas

Huawei lança o Huawei Mate XT, primeiro celular dobrável de três telas

Huawei Mate XT é o celular trifold da chinesa e com tela de 10,2 polegadas (Imagem: Reprodução/Huawei)

A Huawei lançou oficialmente nesta o Huawei Mate XT Ultimate Design, o primeiro celular dobrável de três telas do mercado. O smartphone — quando aberto — tem uma tela tão grande quanto o seu nome: 10,2 polegadas. O Huawei Mate XT tem uma tela 2 polegadas maior que o iPad Mini.

A fabricante não revelou o processador que equipará o celular. É especulado que o trifold usará o processador Kirin 9000, desenvolvido pela própria Huawei. O Huawei Mate XT possui três opções de armazenamento: 256 GB, 512 GB e 1 TB — todas com 16 GB de memória RAM.

Huawei Mate XT tem três configurações de tela

As três seções do Huawei Mate XT permitem usar três configurações de tela. Quando fechado, o usuário tem um celular com display de 6,9 polegadas e resolução Full HD+. Ao abrir duas partes, a tela fica com 7,9 polegadas e tem suporte para imagem até 2K. No tamanho completo de 10,2 polegadas, o display conta com resolução até 3K.

O Huawei Mate XT não possui uma tela externa dedicada, como acontece no Z Fold e outros dobráveis. A parte esquerda do display, quando fechado, fica para fora, fazendo a função de tela de celular. A maioria dos conceitos trifold apresentado pelas marcas adota parte da tela interna para funcionar como display externo.

O trifold da Huawei possui 12,8 mm de espessura quando fechado — isso é 0,7 mm a mais que o Galaxy Z Fold 6. Quando aberto, o Huawei Mate XT tem uma grossura de apenas 3,6 mm. O CEO da Huawei foi visto com o celular em agosto, já mostrando que o aparelho seria fino.

Huawei Mate XT Ultimate Design possui conjunto triplo de câmeras (Imagem: Reprodução/Huawei)

Na parte das câmeras, o Huawei Mate XT possui um conjunto triplo de lentes. O sensor principal possui 50 MP e é acompanhado de uma ultra-angular de 12 MP e teleobjetiva periscópica de 12 MP. A câmera de selfie possui 8 MP e fica na seção esquerda do aparelho.

A bateria tem capacidade de 5.600 mAh e suporta carregamento rápido de 66 W com fio. Para recarga sem fio, a potência suportada é de 50 W.

Trifold, três telas ou dual-fold?

O nome trifold é confuso. Fazendo uma tradução livre, trifold significa três dobras. Porém, o Huawei Mate XT tem duas dobradiças. Isso divide o aparelho em três partes, como uma carta. Dizer que divide em três telas também é errado do ponto de vista técnica, já que o celular possui, na verdade, um único display.

A indústria e boa parte da mídia chama esse conceito de trifold ou dobrável de três telas. Ou seja, você não estará errado ao dizer que o Huawei Mate XT é um trifold ou celular de três telas — até porque uma das vantagens dos dobráveis e tablets é dividir a tela para diferente apps. E sim, apesar do tamanho de tablet quando aberto, ele ainda é um celular já que pode ser usado para ligações.

Disponibilidade apenas na China

Por enquanto, a Huawei só venderá o seu dobrável na China. O modelo mais barato (16 GB e 256 GB) sai por 19.999 yuans (R$ 15.689), enquanto a versão mais cara (16 GB + 1 TB) custa 23.999 (R$ 18.827). Na pré-venda, segunda a Huawei, 3 milhões de unidades já foram reservadas. As vendas iniciam no dia 20 de setembro.

Com informações: Gizmochina e The Verge
Huawei lança o Huawei Mate XT, primeiro celular dobrável de três telas

Huawei lança o Huawei Mate XT, primeiro celular dobrável de três telas
Fonte: Tecnoblog

Versão especial do Galaxy Z Fold 6 pode ter câmera de 200 MP

Versão especial do Galaxy Z Fold 6 pode ter câmera de 200 MP

Versão especial do Galaxy Z Fold 6 deve ser mais cara e pode ser lançado em outubro (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A versão especial do Galaxy Z Fold 6 pode chegar com uma melhoria agradável para os fãs de fotografia. Segundo um novo rumor, o próximo dobrável da Samsung deve contar com uma câmera de 200 MP — a mesma resolução do sensor principal do Galaxy S23 Ultra e Galaxy S24 Ultra. Além disso, o Galaxy Z Fold 6 Ultra/Slim deve usar um vidro diferente na tela, o que a deixaria mais resistente.

A informação foi divulgada por Ross Young. Young é fundador da Display Supply Chain Consultants, empresa de consultoria focada no mercado de telas para celulares. Com um bom contato nessa indústria, Young costuma divulgar vazamentos precisos sobre aparelhos em desenvolvimento.

Galaxy Z Fold 6 Ultra/Slim com upgrade de câmera

O possível upgrade de câmera do Galaxy Z Fold 6 é uma melhoria merecida para o celular dobrável. Apesar de ser o smartphone mais caro da Samsung, a linha Z Fold não recebe uma atualização no sensor desde 2022, quando ganhou a atual câmera de 50 MP. Na linha Galaxy S, o sensor de 200 MP estreou em 2023.

Existe um motivo para a Samsung segurar a atualização da câmera principal dos Galaxy Z Fold: o público. Quem adquire um dobrável provavelmente busca um celular para produtividade, que possa ser usado como um mini tablet — fotografia é o de menos nesse caso.

Porém, levando em conta o preço, também há a linha de pensamento de que um modelo caro deva contar com uma câmera topo de linha — ainda que quantidade de MPs não garanta boas imagens. Mesmo que o custo de fabricação dos dobráveis seja alto, os clientes que pagam R$ 13.799 pelo Z Fold 6 não verão problema em pagar um pouco mais pela câmera de 200 MP.

Câmera de 200 MP do Galaxy Z Fold 6 especial seria primeiro upgrade desde 2022 (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Novo Galaxy Z Fold 6 com tela mais resistente

Young divulgou que a Samsung pode usar o vidro ultra dobrável (tecnologia Ultra Foldable Glass, UFG) na tela do Galaxy Z Fold 6. Atualmente, os modelos da marca usam o vidro do tipo ultrafino (Ultra Thin Glass, UTG) para cobrir a tela OLED. O UFG é mais resistente que o UTG — e tem uma estrutura diferente: é mais fino na região da dobra e mais grosso nas outras partes.

Reforçando outros rumores, Young disse que o Galaxy Z Fold 6 Ultra/Slim só será lançado na China e Coreia do Sul. É especulado que o novo dobrável será lançado em outubro. Caso isso se confirme, ele deve ser apresentado com os tablets Galaxy Tab S10 + e Ultra — que usarão apenas chips da MediaTek.

Com informações: SamMobile
Versão especial do Galaxy Z Fold 6 pode ter câmera de 200 MP

Versão especial do Galaxy Z Fold 6 pode ter câmera de 200 MP
Fonte: Tecnoblog

Samsung pode lançar nova versão do Galaxy Z Fold 6 ainda neste ano

Samsung pode lançar nova versão do Galaxy Z Fold 6 ainda neste ano

Galaxy Z Fold 6 pode ganhar uma versão especial nos próximos meses (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Faz anos que analistas e leakers falam sobre uma versão mais barata do celular dobrável da Samsung. Agora, o jornalista Max Jambor, do Allround-PC, afirma que um novo modelo do Galaxy Z Fold 6 deve ser lançado em outubro — só falta saber se irá realmente custar menos. Essa suposta variante pode ganhar o nome Slim ou Ultra.

Segundo Jambor, o Galaxy Z Fold 6 Ultra/Slim deve ser vendido apenas na China e na Coreia do Sul. A empresa nada de braçada no segmento de dobráveis no ocidente, enquanto rivais locais dominam o mercado chinês — e algumas possuem versões Pro e “básicas” de seus produtos. Já a prioridade dada ao seu país-sede dispensa comentários.

Firmware com código das operadoras sul-coreanas

O site GalaxyClub encontrou nos servidores da Samsung o firmware do celular com código SM-F958N, cotado como o Galaxy Z Fold 6 Slim/Ultra. Esse mesmo número foi revelado em abril pelo Android Headlines. Na descoberta do GalaxyClub, acompanham o código as siglas das operadoras da Coreia do Sul: SK Telecom, KT e Uplus — reforçando o que foi publicado no Allround-PC de lançamento para o país e para a China.

Rumores ainda são fracos, mas peças estão se encaixando

Uma coisa que aprendemos ao cobrir os lançamentos da Samsung é o seguinte: se não vazou nada minimamente concreto, ele não existe — vide o Galaxy Tab S10 que pouco se falou e não foi apresentado no último Unpacked. O código revelado em abril segue a nomenclatura da Samsung (o Galaxy Z Fold 6 é SM-F956).

A descoberta do firmware é um sinal de que o produto está em desenvolvimento e pode ser lançado nos próximos meses. Se ele for realmente apresentado em outubro, mais vazamentos surgirão nas próximas semanas. Por exemplo, o Galaxy Ring apareceu no app Galaxy Wearable em setembro de 2023, assim como aconteceu com o novo visual do Galaxy Buds 3 no Samsung Members.

Com informações: GalaxyClub, 9to5Google e Android Police
Samsung pode lançar nova versão do Galaxy Z Fold 6 ainda neste ano

Samsung pode lançar nova versão do Galaxy Z Fold 6 ainda neste ano
Fonte: Tecnoblog

Microsoft proibirá o uso de celulares Android para funcionários na China

Microsoft proibirá o uso de celulares Android para funcionários na China

A partir de setembro, Microsoft usará apenas iPhones para autenticar o acesso a dispositivos e ferramentas de trabalho (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Microsoft proibirá o uso de celulares Androids para atividades de trabalho na China. Em um memorando publicado recentemente, a big tech informa aos funcionários do país que apenas iPhones serão utilizados para a autenticação de acesso em computadores da empresa. A medida passa a valer a partir de setembro.

O motivo da Microsoft impedir o uso de celulares Android está ligado ao programa Secure Future Initiative. Este programa da big tech visa ampliar a cibersegurança na operação da empresa. Porém, a medida da Microsoft também está ligada com a fragmentação do Android — e possivelmente com as acusações de espionagem envolvendo celulares chineses.

Nada de Xiaomi ou Huawei dentro da Microsoft

Com a nova política da Microsoft, aparelhos da Xiaomi ou Huawei, por exemplo, não poderão ser usados para o acessar dispositivos ou serviços necessários para o trabalho. Como a Play Store (loja de apps do Google) não é disponibilizada na China, as fabricantes desenvolvem suas próprias lojas.

Play Store não está disponível na China, o que leva fabricantes a usarem suas próprias lojas (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

No memorando, a Microsoft aponta a ausência da Play Store como um dos motivos para proibir o uso de celulares Android em sua operação. Existem acusações do governo americano de que marcas como a Huawei compartilham informações de usuários com o governo chinês. A Microsoft não cita essas acusações no texto — e também não se pronunciou sobre o caso.

Os empregados da big tech utilizam o Microsoft Authenticator e Identity Pass (dois serviços próprios) para acessar dispositivos e ferramentas da empresa. Outro ponto na decisão da companhia é que nem mesmo smartphones da Samsung poderão ser usados.

No lugar do smartphone Android “da firma”, os empregados passarão a usar o iPhone 15. O jornal Bloomberg, que teve acesso ao memorando, não divulgou na íntegra o conteúdo do documento. Assim, não ficou explicado se empregados que possuem iPhones como celulares próprio também terão que usar o novo smartphone da companhia.

Com informações: Bloomberg e The Verge
Microsoft proibirá o uso de celulares Android para funcionários na China

Microsoft proibirá o uso de celulares Android para funcionários na China
Fonte: Tecnoblog

Carros da Tesla sofrem com restrições de acesso a prédios da China

Carros da Tesla sofrem com restrições de acesso a prédios da China

Governo da China está bloqueando circulação de carros da Tesla próximo de prédios governamentais (Imagem: Divulgação/Tesla)

A China está ampliando a restrição de circulação de carros da Tesla no país. Agora, veículos fabricados pela montadora americana não podem entrar no perímetro de prédios públicos e nem em eventos organizados pelo governo do país. Antes disso, os carros da Tesla não podiam entrar em bases militares.

A atualização da política de circulação da China foi divulgada pelo jornal Nikkei Asia. O jornal apurou que o Grand Halls, um centro de eventos localizado em Shangai, está proibindo os carros da Tesla até de passarem próximo do espaço, que costuma ser usado para eventos culturais e exibições internacionais.

Restrição de circulação estaria ligada a coleta de dados da Tesla

É especulado que o motivo do governo ampliar a restrição de circulação de carros da Tesla está ligado a coleta de dados. No ano passado, o modo sentinela da Tesla levantou uma preocupação no país. Esse modo permite que os motoristas dos carros monitorem seus veículos à distância, podendo até filmar seus arredores.

Modo sentinela da Tesla gerou preocupação na China por poder filmar as proximidades do carro (Imagem: Tesla/Divulgação)

Isso pode ser usado para que alguém grave vídeos de lugares de interesse (sem falar em possíveis casos de stalking). Moradores de Chengdu, uma cidade com indústria militar, disseram em entrevista a Nikkei que algumas vias da cidade foram bloqueadas para motoristas da Tesla durante a Universíada (uma espécie de Olimpíadas Universitária).

Donos de Tesla no Weibo e WeChat, as duas principais redes sociais chinesas, relatam que receberam comunicados de órgãos públicos de diferentes cidades informando que seus carros estavam proibidos de entrarem em alguns lugares. O motivo alegado foi “risco de segurança”. Organizadores de eventos no Grand Halls também comunicam os participantes que carros da Tesla não são permitidos no local.

Tesla fez aceno à China, mas é peão em disputa maior

Elon Musk abriu data center na China e viaja regularmente para o país, mas questão não é ele (Imagem: Steve Jurvetson/Flickr)

Em agosto de 2023, a Tesla abriu na China um data center para melhorar a relação com o governo do país. A empresa informou que todos os dados de carros vendidos na China seriam armazenados localmente. Além disso, explicou que todos os dados coletados pelo modo sentinela fica gravado apenas no carro, sem possibilidade de ser acessado remotamente.

As restrições sobre os carros da Tesla surgem em um período ainda mais polêmico na disputa comercial entre Estados Unidos e China. Recentemente, os EUA sancionaram uma lei que pode banir o TikTok no país. Antes disso, a China proibiu o uso de iPhones para órgãos governamentais e de PCs com processador AMD e Intel nesses lugares.

Em resposta a Nikkei Asia, Abhilash Gupta, analista da Counterpoint, afirma que o aumento das restrições não deve afetar a Tesla. A montadora tem uma marca consolida no país e seus carros são considerados de luxo. Porém, Gupta destaca que, a médio e longo prazo, o público aparenta estar optando pelas fabricantes locais, como BYD, MG e JAC.

Com informações: Nikkei Asia e Drive
Carros da Tesla sofrem com restrições de acesso a prédios da China

Carros da Tesla sofrem com restrições de acesso a prédios da China
Fonte: Tecnoblog

Intel receberá quase US$ 20 bilhões do governo dos EUA para expandir produção

Intel receberá quase US$ 20 bilhões do governo dos EUA para expandir produção

Ao contrário de concorrentes, Intel projeta e também fabrica seus produtos (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Intel vai receber US$ 8,5 bilhões em doações e US$ 11 bilhões em empréstimos de programas de incentivo do governo dos Estados Unidos à produção de chips. Parte dos recursos será usada para construir e modernizar fábricas nos estados do Arizona, Novo México, Ohio e Oregon. Ao todo, a Intel planeja investir US$ 100 bilhões ao longo dos próximos cinco anos.

Como observa a CNBC, a empresa perdeu um pouco de seu brilho e foi ultrapassada em receita pela Nvidia, bem como em valor de mercado pela AMD e pela Qualcomm. Por outro lado, a Intel tem uma situação única, já que é responsável por projetar e fabricar seus produtos. Já AMD, Nvidia e Qualcomm são empresas “fabless”, que projetam os chips e terceirizam a fabricação para outras companhias, como a TSMC, de Taiwan, e a Samsung, da Coreia do Sul.

Chips Core Ultra para notebooks de alto desempenho (Imagem: Divulgação / Intel)

EUA temem dependência de China e Taiwan em chips

O financiamento faz parte de uma iniciativa da administração do presidente Joe Biden. Conhecido como Chips Act, o programa visa aumentar a produção de semicondutores em território americano. Como observa a agência de notícias Reuters, os EUA respondiam por 37% da produção global de chips em 1990; em 2020, esta fatia era de apenas 12%.

No período, China e Taiwan avançaram muito na produção de componentes deste tipo. Os incentivos são uma forma de diminuir a dependência dos EUA em relação ao mercado externo. Políticos americanos temem que um conflito na região cause problemas no fornecimento de semicondutores.

Pat Gelsinger, CEO da Intel, disse que sua meta é que, daqui a uma década, 50% da produção global de semicondutores, somando todas as empresas, venham dos EUA e da Europa.

A Intel não foi a única beneficiada por incentivos do governo americano: GlobalFoundries, Microchip e BAE Systems já receberam financiamento. Existe a expectativa de que a TSMC também seja contemplada pelo programa, destinando recursos para uma fábrica no Arizona, que produziria chips para Apple e AMD.

Com informações: CNBC, Reuters, Financial Times
Intel receberá quase US$ 20 bilhões do governo dos EUA para expandir produção

Intel receberá quase US$ 20 bilhões do governo dos EUA para expandir produção
Fonte: Tecnoblog

Primeiro carro elétrico com bateria de sódio chega às ruas da China em janeiro

Primeiro carro elétrico com bateria de sódio chega às ruas da China em janeiro

Yiwei é a nova marca de veículos elétricos da JAC; modelo reaproveita design do Sehol E10X (Imagem: Divulgação/JAC)

A JAC Motors lançará um novo carro elétrico com bateria de íons de sódio em janeiro de 2024. O veículo terá a marca Yiwei e será o primeiro modelo fabricado em larga escala a usar a tecnologia.

Segundo a CarNewsChina, o modelo terá o nome de Yiwei EV. Nas especificações técnicas, a JAC promete 252 km de autonomia, capacidade de 25 kWh, densidade energética de 120 Wh/kg, suporte a carregamento rápido 3C a 4C, indo de 10% a 80% em 20 minutos.

O Yiwei EV, na verdade, não é um modelo novo. Ele é o Sehol E10X, que já era produzido e vendido com uma bateria de íons de lítio. A JAC anunciou, em abril, que não usará mais a marca Sehol e lançou a Yiwei. A marca Sehol havia sido criada para a joint-venture entre a Volkswagen e a JAC, em 2018. Em 2020, a VW passou a ser dona de 75% da controladora da JAC e repassou a marca para sua nova empresa.

Montadoras chinesas apostam no sódio

Como observa o site especializado InsideEVs, os carros elétricos com baterias de sódio são a próxima aposta das montadoras chinesas. Elas estão tentando criar modelos mais baratos e menores, já que o governo local mudou as regras de incentivos e passou a privilegiar subcompactos e novas opções de baterias.

Chery QQ Ice Cream já tem autorização para usar bateria de sódio (Imagem: Divulgação/Chery)

Além da JAC e sua nova marca Yiwei, outras duas empresas já têm modelos com baterias de íon de sódio aprovados pelo governo chinês. Uma delas é a Chery, com o QQ Ice Cream. Ele usa baterias da CATL com células de sódio e do tradicional lítio, podendo atingir 100 km/h. A outra é a JMEV, com seu modelo Yichi Yutu. Ele também tem velocidade máxima de 100 km/h e deve oferecer motores de 16 e 36 kW.

Baterias de sódio são mais baratas

As baterias de sódio são menos comuns que as de lítio. Um dos grandes desafios é a baixa densidade energética. Isso significa que é necessária uma bateria muito maior para entregar a mesma capacidade, o que torna os carros pesados e diminui o alcance.

Avanços tecnológicos estão ajudando a diminuir a distância entre os dois tipos. Como nota a MIT Technology Review, a densidade energética das baterias de sódio atuais é próxima das baterias de lítio mais baratas de dez anos atrás.

Do outro lado da balança, a principal vantagem do sódio é o preço. Ele é um material muito mais abundante e fácil de ser obtido, reduzindo o custo. Além disso, ele é mais fácil de transportar, mais seguro e consegue operar em temperaturas mais extremas que o lítio.

Com informações: CarNewsChina 1, 2, Electrek, Engadget, InsideEVs 1, 2, MIT Technology Review
Primeiro carro elétrico com bateria de sódio chega às ruas da China em janeiro

Primeiro carro elétrico com bateria de sódio chega às ruas da China em janeiro
Fonte: Tecnoblog

Huawei deve apostar alto em celulares em 2024

Huawei deve apostar alto em celulares em 2024

A Huawei está se preparando para um ano de 2024 bastante robusto em vendas de smartphones, de acordo com o analista Ming-Chi Kuo, um dos mais respeitados do mercado. Ele estima que a fabricante encomende entre 30 e 40 milhões de componentes ao longo do período.

Mate 60 Pro chegou ao mercado em agosto (Imagem: Divulgação/Huawei)

Para tanto, a fabricante estaria projetando três novos celulares poderosos: os supostos Huawei P70, Mate 70 e uma nova geração da linha de aparelhos dobráveis (para fazer frente ao Galaxy Z Fold 5).

Proibição nos Estados Unidos

Caso as informações se confirmem, será interessante ver a reviravolta que os chineses podem estar organizando nos últimos tempos. A Huawei está banida dos Estados Unidos desde 2019. Foi uma decisão do governo de Donald Trump que se manteve na administração de Joe Biden.

Na prática, a gigante de telecomunicações não pode vender seus produtos em solo americano nem encomendar insumos de empresas baseadas nos Estados Unidos. Esta tem sido uma das principais dificuldades para a Huawei, que se retirou de uma das economias mais importantes do planeta.

Os relatos são de que a Huawei encomendou peças do grupo industrial Compeq, baseado em Taiwan. Ele seria o principal fornecedor de placas-mãe, entre outros componentes (HDI, HLC, FPC e PCB).

Sanções à Huawei começaram no governo Trump e continuaram na administração Biden (Imagem: Arte/Tecnoblog)

O misterioso Mate 60 Pro

A Huawei vive um bom momento desde que lançou o Mate 60 Pro no mercado chinês. O smartphone de ponta surpreendeu a todos por conter um processador Kirin 9000s produzido em litografia de 7 nanômetros.

A grande novidade deste episódio tem a ver com os chineses criarem um processo de fabricação que não dependa de tecnologia dos Estados Unidos. Ao menos em tese, é como se tivessem refeito o projeto do zero para fugir das sanções americanas.

Analistas creem que a China pode estar se encaminhando para desenvolver um ecossistema próprio de fabricação de semicondutores. Este componente é considerado vital num planeta que rapidamente passa pelo processo de digitalização.

Além disso, a conexão 5G do Mate 60 Pro estaria em pé de igualdade com o iPhone 14, considerado bastante eficiente.

A aceitação do público consumidor tem sido enorme. A estimativa de entregas do Mate 60 Pro cresceu 20% desde o lançamento, em agosto, com cerca de 6 milhões de celulares produzidos neste semestre.

Pode ser que o inesperado interesse pelo novo Mate tenha ampliado a disposição da Huawei em apostar nos smartphones no próximo ano.

Sem previsão para o Brasil

Empresa vende wearables no Brasil, como o Huawei Band 8 (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Os movimentos da Huawei no exterior podem não se refletir na operação da companhia no Brasil. Ela segue muito forte no fornecimento de peças e tecnologia de conectividade, tanto que é uma das principais marcas relacionadas à infraestrutura de 5G por aqui.

Por outro lado, os chineses têm sido tímidos quanto ao lançamento de outros eletrônicos. Recentemente apresentaram o Huawei Watch Fit Special Edition, um relógio inteligente com preço sugerido de R$ 499.

A fabricante fará um evento em 2 de outubro em São Paulo para revelar a “estratégia de wearables e novos produtos”. Em nota ao Tecnoblog, a Huawei disse que não há previsão de lançamento de novos smartphones.

Com informações de Huawei Central e Ming-Chi Kuo
Huawei deve apostar alto em celulares em 2024

Huawei deve apostar alto em celulares em 2024
Fonte: Tecnoblog

Ações da Apple caem após China proibir uso de iPhone no governo

Ações da Apple caem após China proibir uso de iPhone no governo

Após a China proibir o uso de iPhones nos órgãos governamentais, as ações da Apple abriram o dia em queda. Os ativos da big tech americana caíram pouco mais de 3,3% de ontem para hoje. Na quarta-feira, quando o governo chinês informou a novidade aos seus funcionários públicos, as ações da Apple estavam em US$ 182 dólares, enquanto hoje operam na casa de US$ 176 dólares.

Funcionários do governo chinês são proibidos de usar iPhone para tarefas de trabalho (Imagem: Victor Pádua/Tecnoblog)

De acordo com o que foi publicado pelo Wall Street Journal, os oficiais do governo chinês estão proibidos de usar iPhones para atividades relacionadas aos seu serviço. Mas mesmo que isso não os impeça de usar um celular da Apple para atividades pessoais, a ação de Pequim impactará na receita da big tech, que teve 18% de seus lucros nos últimos cinco anos oriundos da China.

Apple sofre queda antes de anúncio do iPhone 15

A decisão da China acontece dias antes da Apple anunciar a nova linha iPhone 15, que deve ser apresentada no próximo dia 12. Historicamente, os dias que antecedem o lançamento dos smartphones da marca são de aumento no preço das ações. Em 2023, o cenário mudou.

A medida era para ser apenas uma “vingança” do governo chinês contra as sanções dos Estados Unidos e valorização das fabricantes de celulares de país — inclusive a Huawei lançou recentemente seu smartphone com chip de 7 nm fabricado com tecnologia própria. No entanto, acabou afetando a Apple antes do seu principal anúncio anual.

Estados Unidos proibiu TikTok em smartphones do governo

TikTok é chinês e foi banido em celulares do governo americano (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No ano passado, o TikTok, app chinês, foi banido de smartphones usados pelo governo americano. Funcionários estatais não conseguem instalar o app em seus dispositivos profissionais. A medida visa impedir uma possível espionagem nos aparelhos do governo.

Com informações: Wall Street Journal e Valor Econômico
Ações da Apple caem após China proibir uso de iPhone no governo

Ações da Apple caem após China proibir uso de iPhone no governo
Fonte: Tecnoblog

Huawei “esnoba” sanções dos EUA e usa chip chinês de 7 nm no Mate 60 Pro

Huawei “esnoba” sanções dos EUA e usa chip chinês de 7 nm no Mate 60 Pro

As sanções impostas pelo governo dos EUA limitaram o acesso da Huawei a tecnologias usadas por grande parte das fabricantes do mundo. Mesmo assim, a companhia está fazendo avanços. O Huawei Mate 60 Pro, smartphone de topo de linha da marca lançado no fim de agosto, usa um chip feito com processo de 7 nm, da SMIC.

Mate 60 Pro (Imagem: Divulgação/Huawei)

As informações são da Bloomberg, que encomendou à TechInsights um desmanche de um Mate 60 Pro para analisar os componentes.

Segundo a análise, o aparelho usa um processador Kirin 9000s, fabricado com o processo de litografia de 7 nm da companhia chinesa Semiconductor Manufacturing International Corp. (SMIC).

Os testes realizados pela TechInsights mostram que a velocidade do 5G do Huawei Mate 60 Pro está em pé de igualdade com os iPhones mais recentes.

Por que o chip do Huawei Mate 60 Pro é importante

Quanto menor o processo de litografia, mais próximos estão os transistores, o que significa que é possível colocar um número maior em um mesmo espaço, elevando o desempenho. Além disso, a menor distância entre transistores representa mais eficiência energética.

Um processo de 7 nm, por si só, não é impressionante. Chips usados por smartphones de Apple e Samsung, por exemplo, já estão nos 4 nm e podem avançar para 3 nm nos próximos anos. O chip do Mate 60 Pro, portanto, está atrasado.

O que importa aqui é que uma empresa chinesa conseguiu criar um chip de 7 nm com tecnologia própria, já que a Huawei está impedida de usar tecnologias de empresas dos EUA. Analistas acreditam que o país asiático pode caminhando para criar um ecossistema doméstico de semicondutores.

Futuro da empresa continua incerto

Uma questão que surge é se a SMIC estaria cumprindo as regras norte-americanas. O governo dos EUA estipulou que qualquer empresa que pretenda atuar como fornecedora para a Huawei deve pedir aprovação para Washington.

Recentemente, uma associação do setor acusou a Huawei pela existência de supostas fábricas secretas de microchips.

Também fica em dúvida a capacidade de produção em larga escala. O Huawei Mate 60 Pro é um aparelho de topo de linha, o que significa que ele não deve vender tanto.

A SMIC pode ter dificuldades técnicas com os próximos passos. A Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., que fornece os chips de 4 nm da Apple, usa um processo chamado litografia ultravioleta extrema, com máquinas da holandesa ASML Holding NV. No entanto, a China está proibida de importar esses equipamentos.

Relembre as sanções dos EUA contra a Huawei

As medidas dos EUA contra a Huawei já têm mais de cinco anos. Elas surgiram após suspeitas de que os aparelhos facilitariam a espionagem pelo governo chinês e se intensificaram com a acusação de fraudes e a violação de sanções aplicadas ao Irã.

Em 2019, o governo dos EUA colocou a Huawei em uma lista de entidades não-confiáveis, proibindo empresas americanas ou que usavam propriedade intelectual de empresas americanas de fazer negócios com a companhia chinesa.

Isso cortou o acesso da Huawei a vários recursos, como o Android, os serviços do Google para smartphones, processadores da Intel e Qualcomm, e chips da TSMC, para citar alguns exemplos.

Com informações: Bloomberg
Huawei “esnoba” sanções dos EUA e usa chip chinês de 7 nm no Mate 60 Pro

Huawei “esnoba” sanções dos EUA e usa chip chinês de 7 nm no Mate 60 Pro
Fonte: Tecnoblog