Category: China

EUA sancionam rede de TI da Coreia do Norte infiltrada em empresas globais

EUA sancionam rede de TI da Coreia do Norte infiltrada em empresas globais

Profissionais de TI norte-coreanos se infiltram em empresas globais, diz investigação (imagem: stephan/Flickr)

Resumo

O Departamento do Tesouro dos EUA sancionou indivíduos e empresas ligados a uma rede de TI da Coreia do Norte usada para financiar armas de destruição em massa.
O esquema envolve o russo Vitaliy Andreyev, o diplomata Kim Ung Sun e empresas de fachada, que movimentaram mais de US$ 1 milhão desde 2021.
As sanções bloqueiam bens nos EUA e proíbem transações, buscando isolar a rede e cortar recursos dos programas militares norte-coreanos.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos aplicou sanções a pessoas e empresas ligadas a uma rede que emprega profissionais de TI da Coreia do Norte. Segundo autoridades americanas, o esquema gera receita ilícita e financia diretamente programas de armas de destruição em massa de Pyongyang, representando um risco à segurança cibernética.

O governo americano afirma que a Coreia do Norte envia milhares de profissionais de TI para China e Rússia com documentos falsos para conseguir contratos de trabalho remoto. De lá, esses trabalhadores atuam em empresas de diversos setores, inclusive tecnologia e finanças nos EUA, segundo o comunicado oficial publicado nessa quarta-feira (27/08).

Como funcionava o esquema?

A ação começou com sanções anteriores contra a Chinyong Information Technology Cooperation Company, ligada ao Ministério da Defesa da Coreia do Norte. O alvo da vez são os possíveis facilitadores de uma rede ligada à entidade: o cidadão russo Vitaliy Sergeyevich Andreyev, o diplomata norte-coreano Kim Ung Sun e as empresas Shenyang Geumpungri Network Technology e Korea Sinjin Trading Corporation.

Segundo o Departamento do Tesouro, Andreyev era um facilitador de pagamentos para a Chinyong. Desde pelo menos dezembro de 2024, ele teria colaborado com Kim Ung Sun para converter criptomoedas em moeda fiduciária, totalizando transferências de quase US$ 600 mil (mais de R$ 3,2 milhões).

Atuando como funcionário consular econômico da Coreia do Norte na Rússia, Sun teria utilizado sua posição para coordenar o fluxo financeiro em benefício do regime norte-coreano.

Criptomoedas foram principal meio utilizado pela rede para movimentar fundos ilícitos (imagem: Jorge Franganillo/Flickr)

A Shenyang, sediada na China, foi identificada como uma empresa de fachada para a Chinyong. Composta por trabalhadores de TI norte-coreanos, a empresa gerou mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,4 milhões) em lucros desde 2021, destinados à própria Chinyong e à Korea Sinjin Trading Corporation, companhia subordinada ao Gabinete Político Geral do Ministério das Forças Armadas Populares da Coreia do Norte.

A empresa teria recebido instruções do governo sobre a alocação de profissionais de TI no exterior e se beneficiado dos seus rendimentos.

Com as sanções, todos os bens e interesses das pessoas e entidades designadas que estejam nos EUA, ou sob o controle de cidadãos americanos, estão bloqueados. Além disso, quaisquer transações por parte de cidadãos americanos que envolvam os sancionados estão proibidas.

O Tesouro norte-americano também advertiu que instituições financeiras estrangeiras que realizem ou facilitem transações em nome dos citados podem sofrer sanções secundárias. Esta medida visa isolar a rede em todo o mundo, ampliando o alcance das represálias.

Trilha das criptomoedas

A empresa de análise de blockchain Chainalysis forneceu detalhes sobre como funcionava o mecanismo de lavagem de dinheiro. A investigação da empresa revelou que um endereço de Bitcoin associado a Andreyev era, na verdade, um endereço de depósito em uma corretora de criptomoedas tradicional.

Esse endereço foi utilizado para receber fundos das atividades dos trabalhadores de TI, que eram movimentados por uma complexa rede de serviços, incluindo protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), pontes entre blockchains e mixers de criptomoedas — ferramentas utilizadas para ofuscar a origem e o destino das transações. Segundo a Chainalysis, o uso desses métodos demonstra a sofisticação da rede.

Esquema mostra rede complexa de empresas de fachada e transações em criptomoeda (imagem: reprodução/Chainalysis)

A ação foi coordenada em uma aliança internacional: o Departamento de Estado dos EUA e os Ministérios das Relações Exteriores do Japão e da República da Coreia emitiram uma declaração conjunta alertando sobre as ameaças representadas pelos trabalhadores de TI norte-coreanos.

As autoridades destacaram que o objetivo das sanções não é punitivo. O foco é promover uma mudança de comportamento, cortando as fontes de receita que permitem à Coreia do Norte avançar com seus programas militares, que estariam violando as resoluções do Conselho de Segurança das ONU.

Com informações do BleepingComputer e Hacker News
EUA sancionam rede de TI da Coreia do Norte infiltrada em empresas globais

EUA sancionam rede de TI da Coreia do Norte infiltrada em empresas globais
Fonte: Tecnoblog

Honor lança versão global do Magic V5, dobrável mais fino do mundo

Honor lança versão global do Magic V5, dobrável mais fino do mundo

Design ultrafino do Honor Magic V5 é um dos diferenciais (imagem: divulgação/Honor)

Resumo

O Honor Magic V5 começou a ser vendido globalmente nesta sexta (29/08), chegando primeiro à Europa.
O dobrável foi anunciado na China como o “mais fino do mundo” e tem apenas 8,8 mm de espessura.
Ele vem com Snapdragon 8 Elite, até 16 GB de RAM, 1 TB de armazenamento e bateria de 5.820 mAh.
Com preços a partir de 1.999 euros na Europa, o celular não tem previsão de chegada ao Brasil.

A Honor anunciou nesta sexta-feira (29/08) o lançamento global do seu mais novo smartphone dobrável, o Honor Magic V5. O aparelho do segmento premium estreou na China em julho como “o mais fino do mundo”, com apenas 8,8 mm de espessura, e chega agora em diversos países europeus.

O Tecnoblog procurou a fabricante, que não informou se existem planos para lançar o celular no mercado brasileiro. O único dobrável da Honor à venda oficialmente no Brasil é o Magic V3, que custa R$ 19.999.

Quais as especificações do Honor Magic V5?

Com 8,8 milímetros de espessura quando fechado e pesando 217 gramas, o Honor Magic V5 se posiciona como um dos smartphones dobráveis mais finos e leves do mercado.

O aparelho é equipado com uma tela interna OLED flexível com 7,95 polegadas e uma tela externa de 6,43 polegadas. Ambos os painéis oferecem uma taxa de atualização de 120 Hz e, segundo a Honor, atingem picos de brilho de até 5.000 nits.

O Honor Magic V5 conta com processador Snapdragon 8 Elite e configurações com até 16 GB de memória RAM e 1 TB de armazenamento interno. Já a bateria utiliza tecnologia de silício-carbono, o que permite oferecer 5.820 mAh de capacidade mesmo em um corpo compacto.

MagicOS 9.0 oferece integração com o Gemini, IA do Google (imagem: divulgação/Honor)

O sistema de carregamento suporta 66 W com fio e 50 W sem fio. Em termos de durabilidade, o Honor Magic V5 possui certificações IP58 e IP59 de resistência a poeira e água, além de contar com o vidro protetor Honor NanoCrystal Shield na tela externa.

Um destaque promovido pela Honor para o Magic V5 é a sua suíte de software MagicOS 9.0, que traz integração com diversas ferramentas de inteligência artificial. O Gemini, IA do Google, pode ser ativado por um gesto de duplo toque na traseira do telefone.

O conjunto de câmeras traseiras é triplo, composto por um sensor principal grande-angular de 50 MP, uma câmera ultra-angular também de 50 MP e uma lente teleobjetiva de 64 MP. O Honor Magic V5 está disponível em nas cores branco, marfim, preto, dourado e vermelho.

E o preço?

O dispositivo já está disponível para compra em mercados-chave da Europa, com um preço inicial de 1.999 euros (cerca de R$ 12.700, em conversão direta) e 1.699,99 libras esterlinas no Reino Unido (praticamente R$ 12.460).

Para impulsionar as vendas iniciais, a Honor está oferecendo promoções que incluem pacotes com tablets, fones de ouvido e descontos, além de substituição gratuita da tela interna durante os primeiros 12 meses de uso.

Quando chega ao Brasil?

Apesar do início do lançamento global, ainda não há previsão para a chegada do Honor Magic V5 ao Brasil. Procurada pelo Tecnoblog, a marca não informou se tem planos de lançar o aparelho em solo nacional.

Por enquanto, também não há registros de que o smartphone tenha sido homologado pela Anatel, necessário para comercialização oficial no país.

Com informações do GSMArena
Honor lança versão global do Magic V5, dobrável mais fino do mundo

Honor lança versão global do Magic V5, dobrável mais fino do mundo
Fonte: Tecnoblog

China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora

China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora

China emprega diversas táticas para controlar e censurar internet (foto: Philip Jägenstedt/Flickr)

Resumo

China bloqueou temporariamente conexões HTTPS e ficou isolada da internet global por mais de uma hora.
Grande Firewall fechou a porta 443, levantando suspeitas de falha técnica ou erro de configuração.
Coincidência com queda de tráfego no Paquistão aumenta o mistério.

A China ficou desconectada da internet global por pouco mais de uma hora na quarta-feira (20/08). O país passou a bloquear todas as conexões com sites de fora do país.

O incidente foi detectado pelo grupo ativista Great Firewall Report, que monitora a censura na internet chinesa. De acordo com a organização, o Grande Firewall — como é chamado o conjunto de sistemas que controla as conexões com outros países — praticamente fechou a porta 443 do TCP, usado no tráfego HTTPS.

“Entre aproximadamente 0h34 e 1h48 (no horário de Pequim, UTC+8), o Grande Firewall da China (GFW) exibiu um comportamento anômalo, injetando pacotes TCP RST+ACK forjados para interromper todas as conexões na porta TCP 443”, explicou o Great Firewall Report.

O que é o Grande Firewall?

Nome do Grande Firewall veio da Muralha da China (foto: Severin.stalder/Wikimedia Commons)

O Grande Firewall é o nome dado a um conjunto de ações e tecnologias empregadas pela China para controlar a internet em seu território. Esse nome é um jogo de palavras com Great Wall of China, como a Muralha da China é conhecida nos países de língua inglesa.

Apesar de não haver detalhes públicos, pesquisadores identificaram, ao longo dos anos, diversas táticas usadas pelo governo chinês para limitar o acesso a sites e censurar assuntos.

Entre elas, estão bloqueio de IPs, filtragem de URL, redirecionamento de DNS, inspeção de pacotes de dados, certificados SSL falsificados e ataques com pacotes TCP forjados. O episódio do dia 20 de agosto foi desse último tipo.

Por que a China se desconectou do resto do mundo?

O motivo para o incidente não está claro. Como observa o site The Register, esse tipo de bloqueio costuma acontecer quando o governo quer censurar eventos externos, mas não houve nenhum evento relevante acontecendo durante o período de desconexão.

Por isso, o Great Firewall Report acredita que o corte na internet teve motivos técnicos. O grupo escreve que o incidente pode ter sido causado por “um novo dispositivo no Grande Firewall ou um dispositivo conhecido operando em um estado novo ou desconfigurado”.

O Register lembra que não seria a primeira vez que o sistema de censura apresenta falhas ou vulnerabilidades. Autoridades americanas, inclusive, acreditam que os setores burocráticos responsáveis pelo Grande Firewall estão com orçamentos reduzidos.

A situação fica ainda mais intrigante porque o Paquistão passou por uma queda enorme no tráfego local horas antes do incidente envolvendo a porta 443 na China.

Não se sabe se há relação entre os eventos, mas participantes de um fórum sobre censura na internet apontam que o governo paquistanês estaria implementando sua própria versão do Grande Firewall. O uso de equipamentos chineses pode ser uma explicação para um mesmo bug nos dois países.

Com informações do Great Firewall Report e do Register
China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora

China ficou desconectada da internet global por cerca de uma hora
Fonte: Tecnoblog

Apple quer mudar produção de iPhones da China para a Índia até 2026

Apple quer mudar produção de iPhones da China para a Índia até 2026

Produção de iPhones na Índia deve aumentar até 2026 (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Apple pretende transferir a montagem de iPhones dos EUA da China para a Índia até 2026, por questões tarifárias, geopolíticas e para diversificar sua cadeia de suprimentos.
Hoje, 20% dos iPhones já são montados na Índia, mas os planos são de dobrar a produção anual para 80 milhões de unidades já no ano que vem.
A fabricação nos EUA é inviável por falta de engenheiros especializados, enquanto a China segue essencial no fornecimento de componentes.

A Apple pretende transferir a montagem dos iPhones vendidos nos Estados Unidos da China para a Índia até o final de 2026. Segundo a Bloomberg, a big tech está acelerando um processo de mudança iniciado na pandemia, quando a produção foi paralisada em sua principal fábrica chinesa. Agora, a medida é impulsionada pelas tarifas e incertezas políticas do governo Trump em relação à China.

Por que a Apple quer sair da China?

Apple acelera saída da China para evitar novas tarifas nos EUA (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A estratégia faz parte de um esforço mais amplo da Apple para diversificar sua cadeia de suprimentos. Atualmente, 20% dos iPhones da Apple — ou um em cada cinco — já são produzidos na Índia, mas a China segue como a principal base de fabricação da big tech.

Contudo, a mudança de rota ganhou força com a política comercial do presidente dos EUA, Donald Trump, que aplicou tarifas elevadas sobre produtos vindos da China — chegando a 145% em alguns casos. 

Para atender à demanda dos EUA, a Índia terá que produzir mais de 60 milhões de iPhones por ano. De acordo com o Financial Times, a Apple já trabalha para dobrar sua produção local, hoje em 40 milhões de unidades, e alcançar 80 milhões até 2026.

Recentemente, Trump excluiu celulares e computadores de tarifaço contra a China, mas os produtos do país asiático ainda estão sujeitos a uma tarifa adicional de 20% nas importações.

Mesmo com a montagem sendo transferida para fora da China, boa parte dos componentes dos iPhones ainda é fornecida por empresas chinesas, o que mantém a dependência da cadeia de suprimentos do país.

Na Índia, a maior parte da produção de iPhones acontece na fábrica da Foxconn. A Tata Electronics, que comprou as operações locais da Wistron e também gerencia unidades da Pegatron, é outro fornecedor-chave da Apple. A Bloomberg informou que ambas as empresas já estão investindo na expansão da capacidade de fabricação.

Por que a Apple não fabrica iPhones nos EUA?

A Apple organiza sua fabricação no exterior porque não tem como fabricar os iPhones nos EUA por falta de profissionais. Isso foi dito por Steve Jobs, fundador da empresa, e recentemente reiterado por Tim Cook, atual CEO. Ambos afirmaram que os EUA não têm a quantidade necessária de engenheiros especializados no maquinário usado na montagem dos dispositivos.

Em 2017, Cook explicou que a China não é mais o local ideal para produzir produtos com mão de obra barata, mas que permanecia atrativa pela grande quantidade de profissionais especializados em engenharia de ferramentas. “Nos Estados Unidos, você não consegue preencher uma sala. Na China, você preenche vários campos de futebol”, afirmou.

Com informações da Bloomberg e Financial Times
Apple quer mudar produção de iPhones da China para a Índia até 2026

Apple quer mudar produção de iPhones da China para a Índia até 2026
Fonte: Tecnoblog

Switch 2: Nintendo anuncia pré-venda nos EUA após tarifaço; veja preços

Switch 2: Nintendo anuncia pré-venda nos EUA após tarifaço; veja preços

Nintendo Switch 2 teve preço revelado em 2 de abril (imagem: Divulgação/Nintendo)A Nintendo vai reiniciar a pré-venda do Switch 2 nos Estados Unidos no dia 24 de abril. O preço do console continua o mesmo: US$ 449,99 (cerca de R$ 2.630, em conversão direta). Os acessórios, porém, ficaram mais caros.Anteriormente, a empresa passaria a receber pedidos em 9 de abril, mas o tarifaço (aumento dos impostos de importação dos EUA pelo presidente Donald Trump) deixou a situação incerta. Nintendo Switch 2 tem tela de 7,9 polegadas (imagem: YouTube/Nintendo)Mesmo quando suspendeu a pré-venda, a Nintendo manteve o lançamento global para 5 de junho. Esta data segue sem alterações. Ela também vale para o Brasil, mas o console segue sem preço ou pré-venda por aqui.Além de anunciar a nova data, a Nintendo se pronunciou sobre a alteração. “Pedimos desculpas pelo atraso na pré-venda, e esperamos que isso reduza algumas incertezas pelas quais nossos consumidores estão passando.”Acessórios do Switch 2 ficaram mais carosSe o console manteve seu preço, o mesmo não pode ser dito dos acessórios: vários tiveram aumentos de preço.Joy-Con: de US$ 89,99 para US$ 94,99Pro Controller: de US$ 79,99 para US$ 84,99Câmera: de US$ 49,99 para US$ 54,99Por outro lado, o pacote com Mario Kart World continua saindo por US$ 499,99. O jogo separado também não sofreu aumento (US$ 79,99), assim como Donkey Kong Bananza (US$ 69,99).

Tarifas atrapalharam planos da NintendoO console portátil é fabricado na China e no Vietnã. A China está sujeita, atualmente, a uma alíquota de 145% nas importações. Já produtos vindos do Vietnã seriam taxados em 46%, mas Trump determinou uma pausa de 90 dias nas tarifas (exceto para a China).A Nintendo não foi a única empresa afetada. A Sony aumentou o preço do PlayStation 5 na União Europeia, na Austrália, na Nova Zelândia e no Reino Unido, alegando resposta a um “ambiente econômico desafiador”.Com informações do The VergeSwitch 2: Nintendo anuncia pré-venda nos EUA após tarifaço; veja preços

Switch 2: Nintendo anuncia pré-venda nos EUA após tarifaço; veja preços
Fonte: Tecnoblog

China bane obrigatoriedade de reconhecimento facial

China bane obrigatoriedade de reconhecimento facial

Governo chinês atualiza sua legislação sobre reconhecimento facial (imagem ilustrativa: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A China proibiu que estabelecimentos e serviços forcem o uso de reconhecimento facial. Empresas que desejarem utilizar essa tecnologia terão que fornecer outros meios de autenticação de acesso aos seus serviços. A legislação ainda regula o tratamento de dados do reconhecimento facial, quase como a nossa LGPD ou a GDPR da União Europeia.

A medida publicada pela Administração do Ciberespaço da China (ACC), órgão governamental que regula a internet no país e controla o Grande Firewall da China. A ACC tem atribuições que, ao compararmos com o Brasil, mistura Anatel e ANPD. Isso permite que ela também atualize as normas sobre controle de dados pessoais.

O que diz a nova medida da China sobre reconhecimento facial?

As empresas poderão utilizar a tecnologia de reconhecimento facial em seus serviços, mas são obrigadas a fornecer meios alternativos de autenticação de acesso. O usuário deve escolher qual método usará para seu login. A prioridade é que os serviços utilizem o banco de dados nacional da China para autenticar o login — um paralelo a isso com o nosso cenário seria o uso do gov.com.br para isso.

Governo chinês quer que empresas usem banco nacional de dados para validar identidade de usuários (Imagem: Philip Jägenstedt/Flickr)

A diferença é que ao invés de usar o gov.com.br apenas para serviços públicos, nos estaríamos usando a autenticação para entrar no app do banco ou validar nossa identidade em serviços que exigem isso.

As semelhanças com a LGPD e GDPR se dão pelo fato de a nova medida exigir, entre outras coisas, métodos seguros de proteção de dados ligados ao reconhecimento facial, identificação dos controladores de dados, finalidade do uso desses dados, método de tratamento das informações e divulgar como os usuários podem exercer seus direitos sobre eles.

Com essa medida, o governo chinês visa regular o uso do reconhecimento facial em serviços na internet e forçar empresas a aplicar técnicas para assegurar a privacidade e proteção dos dados. A novidade na regulamentação da internet no país também prevê punições para quem violar as normas.

Serviços governamentais são omitidos

A nova medida publicada pela ACC não cita em nenhum momento o uso de reconhecimento facial em serviços de governo. Contudo, ela sugere que o uso de reconhecimento facial para treinar IAs está permitido, já que é citado que atividades de treinamento de algoritmos não são alvo dessas medidas.

A China utiliza sistemas de reconhecimento facial para identificar cidadãos nas ruas e outros locais públicos. Fora a crítica ligada a vigilância da população, existe a possibilidade que o governo use o sistema para identificar minorias raciais, como os uigures, um povo turco de religião islâmica que é alvo de políticas repressivas por parte do governo chinês.

Com informações de The Register
China bane obrigatoriedade de reconhecimento facial

China bane obrigatoriedade de reconhecimento facial
Fonte: Tecnoblog

Huawei pode abandonar Windows e lançar PCs com Linux e HarmonyOS

Huawei pode abandonar Windows e lançar PCs com Linux e HarmonyOS

Notebooks da Huawei podem passar a usar Linux e HarmonyOS devido às sanções dos EUA (imagem: divulgação/Huawei)

Resumo

A Huawei deve lançar notebooks sem Windows a partir de abril, optando por Linux e HarmonyOS como sistemas operacionais.
Sanções dos EUA impedem a Huawei de negociar com a Microsoft, portanto a licença da marca chinesa para usar o Windows não deve ser renovada.
Os novos notebooks da Huawei devem chegar com aplicativos de IA baseados no LLM da DeepSeek.

A Huawei deve lançar novos notebooks sem Windows a partir de abril, dizem jornais chineses. No lugar do sistema operacional da Microsoft, a fabricante chinesa usará Linux e HarmonyOS, seu próprio SO. Devido às sanções dos Estados Unidos, a Huawei não poderá negociar com a big tech americana, motivo pelo qual estaria se adiantando ao bloqueio.

Por que a Huawei não poderá usar o Windows em seus PCs?

A Huawei foi sancionada pelos Estados Unidos e precisa de uma licença especial para utilizar o Windows. Com o retorno de Donald Trump à presidência do país, a fabricante está contando que não terá a sua licença renovada — veículos chineses dizem que ela expirou neste mês. Assim, a Huawei está proibida de utilizar o sistema operacional em seus produtos.

As alternativas para a Huawei são recorrer ao Linux e ao HarmonyOS, seu sistema operacional baseado no Android Open Source Project e no próprio Linux. Com o uso desses SOs, os notebooks da marca ficam mais baratos, já que não há o custo de licenciar um software de terceiros — basta ver a diferença entre laptops que possuem versões com Windows e Linux, ou o Lenovo Legion Go com Windows 11 e SteamOS.

HarmonyOS Next é o primeiro SO da Huawei sem usar o kernel Android (imagem: divulgação/Huawei)

A Huawei lançou em 2024 o HarmonyOS Next, versão do seu SO que não utiliza o kernel do Android. O lado negativo é que, por ser totalmente independente, ele não suporta aplicativos do Android, exigindo que desenvolvedores criem versões dedicadas de seus apps.

Porém, é mais lógico imaginar que a Huawei não usará o HarmonyOS Next nos notebooks vendidos fora da China. Isso dificultaria a vida dos usuários, que teriam que esperar que desenvolvedores adaptassem seus apps ao SO da marca. E como vimos nos Windows Phone, nem sempre o dev estará disposto a fazer isso e o produto pode morrer.

Segundo o site chinês MyDrive, os novos notebooks da Huawei também sairão de fábrica com aplicativos de IA usando o LLM da chinesa DeepSeek, que se tornou um dos principais serviços do tipo no mercado. Também é especulado que o MateBook D16 será atualizado com uma versão com Linux.

Com informações de TechSpot e MyDrive
Huawei pode abandonar Windows e lançar PCs com Linux e HarmonyOS

Huawei pode abandonar Windows e lançar PCs com Linux e HarmonyOS
Fonte: Tecnoblog

Europa anuncia OpenEuroLLM para brigar com EUA e China em IA

Europa anuncia OpenEuroLLM para brigar com EUA e China em IA

Europa anuncia OpenEuroLLM para brigar com EUA e China em IA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

A União Europeia anunciou a OpenEuroLLM, uma iniciativa para desenvolver modelos avançados de inteligência artificial de código aberto.
Liderada por Peter Sarlin, da Silo AI, a aliança terá início em fevereiro de 2025, com financiamento da Comissão Europeia e a participação de mais de 20 instituições e empresas.
O projeto contará com um orçamento inicial de 52 milhões de euros (cerca de R$ 311 milhões), focando em infraestruturas digitais e IA.
A iniciativa surge como resposta ao avanço dos Estados Unidos e da China no setor de inteligência artificial.

A União Europeia não quer ficar para trás dos Estados Unidos e da China quando o assunto é inteligência artificial. Por isso, o bloco anunciou uma aliança para desenvolver LLMs avançados e com código aberto: a OpenEuroLLM.

O projeto apoiará ou contará com o apoio de startups, centros de pesquisa, instituições de ensino e organizações especializadas em computação de alto desempenho que tenham sede em países da União Europeia.

De acordo com o anúncio oficial, mais de 20 instituições de pesquisa e empresas da região já fazem parte da iniciativa, que terá a missão de construir uma “família base de modelos de larga escala de alto desempenho, multilíngues e de grande porte para serviços comerciais, industriais e públicos”.

A OpenEuroLLM será comandada por Peter Sarlin, cofundador de Silo AI, empresa com sede na Finlândia especializada em inteligência artificial, mas que foi adquirida pela AMD em julho de 2024 por US$ 665 milhões (R$ 3,86 bilhões, na conversão atual).

Por que a OpenEuroLLM foi criada?

Segundo a própria entidade, o projeto foi criado com o intuito de “melhorar a competitividade e a soberania digital da Europa”.

Não é um discurso raso. De um lado, a União Europeia vê organizações americanas, com destaque para a OpenAI, dominando a cena da inteligência artificial.

Como se não bastasse, os Estados Unidos anunciaram o Stargate Project logo após a posse de Donald Trump como presidente do país. A iniciativa investirá US$ 500 bilhões para deixar os Estados Unidos na vanguarda da IA.

De outro lado, a Europa vê a DeepSeek se destacando como uma força chinesa em IA. Ainda que essa plataforma esteja sob questionamentos a respeitos dos custos reduzidos e do desempenho melhorado que afirma ter, o projeto mostra que a China não está alheia a todo esse movimento.

Bandeiras da União Europeia (foto: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

Oficialmente, a OpenEuroLLM iniciou suas atividades em 1º de fevereiro de 2025 com base em um financiamento concedido pela Comissão Europeia por meio do Programa Europa Digital.

Os LLMs a serem desenvolvidos na OpenEuroLLM deverão seguir a estrutura regulatória da Europa, bem como alguns preceitos estabelecidos pela Comissão Europeia, entre eles, a “diversidade linguística e cultural”, de modo que todo o continente possa ser beneficiado pelos projetos que saírem de lá.

Ao TNW, Peter Sarlin declarou:

Isso não é sobre criar um chatbot de propósito geral, mas sobre construir a infraestrutura digital e de IA para permitir que companhias europeias inovem em IA.

Peter Sarlin, líder da OpenEuroLLM

Ainda de acordo com Sarlin, a fase inicial do projeto contará com um orçamento de 52 milhões de euros (R$ 311 milhões). Fiquemos de olho.
Europa anuncia OpenEuroLLM para brigar com EUA e China em IA

Europa anuncia OpenEuroLLM para brigar com EUA e China em IA
Fonte: Tecnoblog

Xiaomi prepara lançamento do Redmi Note 14 5G no Brasil

Xiaomi prepara lançamento do Redmi Note 14 5G no Brasil

Redmi Note 14 5G passou pela homologação da Anatel (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Xiaomi prepara o lançamento de seu novo celular intermediário no mercado brasileiro: o Redmi Note 14, que já é vendido no exterior pelo equivalente a R$ 1.600. O aparelho passou pela homologação da Anatel em 8 de dezembro. A informação foi inicialmente divulgada pelo site Oficina da Net e confirmada pelo Tecnoblog.

O aparelho iniciará suas vendas no próximo dia 13 na Índia, e apresenta ficha técnica condizente com um aparelho intermediário.

SoC Mediatek Dimensity 7025 Ultra, 

Tela OLED de 6,67 polegadas, com taxa de atualização de 120 Hz e resolução de 1080 x 2400

Proteção Gorilla Glass 5, 

Memória RAM de 6 GB a 12 GB 

Armazenamento de 128 ou 256 GB. 

Certificação IP64 contra água e poeira.

Câmera frontal de 20 MP

A câmera traseira principal é de 50 megapixels, com PDAF e estabilização óptica de imagem. Ela utiliza o sensor Sony Lytia LYT600, o mesmo presente no Moto G75. Também estão presentes uma câmera grande angular (ultra wide) de 8 megapixels e uma câmera de macro.

A bateria de 5.110 mAh vai contar com carregador rápido de 45 Watts, incluso na caixa.

Certificado de homologação do Redmi Note 14 5G (Imagem: Reprodução/Anatel)

A documentação registrada na Anatel nos mostra que o novo Redmi vendido por aqui terá rádio FM e NFC. O smartphone sai da caixa com o sistema HyperOS, que é baseado no Android 14. 

Como de costume, o dispositivo será importado da China pela DL e não terá fabricação nacional. Não temos previsão de quando será vendido no Brasil.

Com informações do Oficina da Net
Xiaomi prepara lançamento do Redmi Note 14 5G no Brasil

Xiaomi prepara lançamento do Redmi Note 14 5G no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Huawei lança o Huawei Mate XT, primeiro celular dobrável de três telas

Huawei lança o Huawei Mate XT, primeiro celular dobrável de três telas

Huawei Mate XT é o celular trifold da chinesa e com tela de 10,2 polegadas (Imagem: Reprodução/Huawei)

A Huawei lançou oficialmente nesta o Huawei Mate XT Ultimate Design, o primeiro celular dobrável de três telas do mercado. O smartphone — quando aberto — tem uma tela tão grande quanto o seu nome: 10,2 polegadas. O Huawei Mate XT tem uma tela 2 polegadas maior que o iPad Mini.

A fabricante não revelou o processador que equipará o celular. É especulado que o trifold usará o processador Kirin 9000, desenvolvido pela própria Huawei. O Huawei Mate XT possui três opções de armazenamento: 256 GB, 512 GB e 1 TB — todas com 16 GB de memória RAM.

Huawei Mate XT tem três configurações de tela

As três seções do Huawei Mate XT permitem usar três configurações de tela. Quando fechado, o usuário tem um celular com display de 6,9 polegadas e resolução Full HD+. Ao abrir duas partes, a tela fica com 7,9 polegadas e tem suporte para imagem até 2K. No tamanho completo de 10,2 polegadas, o display conta com resolução até 3K.

O Huawei Mate XT não possui uma tela externa dedicada, como acontece no Z Fold e outros dobráveis. A parte esquerda do display, quando fechado, fica para fora, fazendo a função de tela de celular. A maioria dos conceitos trifold apresentado pelas marcas adota parte da tela interna para funcionar como display externo.

O trifold da Huawei possui 12,8 mm de espessura quando fechado — isso é 0,7 mm a mais que o Galaxy Z Fold 6. Quando aberto, o Huawei Mate XT tem uma grossura de apenas 3,6 mm. O CEO da Huawei foi visto com o celular em agosto, já mostrando que o aparelho seria fino.

Huawei Mate XT Ultimate Design possui conjunto triplo de câmeras (Imagem: Reprodução/Huawei)

Na parte das câmeras, o Huawei Mate XT possui um conjunto triplo de lentes. O sensor principal possui 50 MP e é acompanhado de uma ultra-angular de 12 MP e teleobjetiva periscópica de 12 MP. A câmera de selfie possui 8 MP e fica na seção esquerda do aparelho.

A bateria tem capacidade de 5.600 mAh e suporta carregamento rápido de 66 W com fio. Para recarga sem fio, a potência suportada é de 50 W.

Trifold, três telas ou dual-fold?

O nome trifold é confuso. Fazendo uma tradução livre, trifold significa três dobras. Porém, o Huawei Mate XT tem duas dobradiças. Isso divide o aparelho em três partes, como uma carta. Dizer que divide em três telas também é errado do ponto de vista técnica, já que o celular possui, na verdade, um único display.

A indústria e boa parte da mídia chama esse conceito de trifold ou dobrável de três telas. Ou seja, você não estará errado ao dizer que o Huawei Mate XT é um trifold ou celular de três telas — até porque uma das vantagens dos dobráveis e tablets é dividir a tela para diferente apps. E sim, apesar do tamanho de tablet quando aberto, ele ainda é um celular já que pode ser usado para ligações.

Disponibilidade apenas na China

Por enquanto, a Huawei só venderá o seu dobrável na China. O modelo mais barato (16 GB e 256 GB) sai por 19.999 yuans (R$ 15.689), enquanto a versão mais cara (16 GB + 1 TB) custa 23.999 (R$ 18.827). Na pré-venda, segunda a Huawei, 3 milhões de unidades já foram reservadas. As vendas iniciam no dia 20 de setembro.

Com informações: Gizmochina e The Verge
Huawei lança o Huawei Mate XT, primeiro celular dobrável de três telas

Huawei lança o Huawei Mate XT, primeiro celular dobrável de três telas
Fonte: Tecnoblog