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5G, telemarketing, crise da Oi: veja destaques da telefonia em 2023

5G, telemarketing, crise da Oi: veja destaques da telefonia em 2023

Confira os principais destaques de telecom do ano de 2023 (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Chegamos ao final de 2023, um ano muito importante para a telefonia no Brasil. O período foi marcado pela expansão do 5G e pela forte atuação da Anatel contra o telemarketing abusivo e a pirataria. Grandes empresas também fizeram importantes movimentações (ou quase saíram de cena, caso da Oi).

Nas linhas a seguir, confira sete destaques sobre o universo das telecomunicações. São fatos importantes que marcaram o ano.

Índice1. O 5G começou a ganhar tração no Brasil2. A Brisanet virou operadora de celular3. A Starlink popularizou a internet via satélite4. A Anatel afrouxou regras para as operadoras5. Combate a pirataria e IPTV6. Mais tentativas de combate ao spam telefônico7. A crise da Oi continuaO que esperar de 2024?

1. O 5G começou a ganhar tração no Brasil

A tecnologia 5G começou a ser implementada no Brasil em 2022, mas foi somente em 2023 que a quinta geração da internet móvel tomou forma e se expandiu.

Os dados mais recentes da Anatel mostram que 17,6 milhões de celulares brasileiros são compatíveis com a tecnologia 5G. No final de 2022, tínhamos apenas 5,8 milhões de dispositivos aptos a se conectarem às redes de quinta geração.

Teste de velocidade 5G (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

A cobertura também se expandiu. De acordo com o portal Teleco, o sinal 5G está presente em 297 municípios brasileiros. A TIM lidera o ranking, com 202 cidades cobertas, seguida por Claro (198), Vivo (137) e Algar (3).

Apesar do salto significativo, o 5G ainda precisa crescer muito. A cobertura ainda deixa muito a desejar nas cidades já atendidas (Claro, estou olhando para você!), e o número de aparelhos compatíveis com a quinta geração ainda é menor que dispositivos com tecnologias anteriores (4G, 3G e 2G).

2. A Brisanet virou operadora de celular

Oferta de lançamento da Brisanet dá 3 meses grátis de 4G e 5G (Imagem: Reprodução/Brisanet)

A Brisanet estreou sua rede móvel em novembro de 2023. Com forte atuação no Nordeste, a empresa havia arrematado licenças de 2,3 GHz e 3,5 GHz no leilão da Anatel.

Por enquanto, apenas 28 cidades possuem sinal 4G e 5G com rede própria da Brisanet (no Ceará e Rio Grande do Norte). Os chips são vendidos diretamente nas lojas da operadora, que ainda promove uma oferta de lançamento que dá três meses de serviço grátis.

Antes disso, a Brisanet atuava como operadora móvel virtual (MVNO) por meio da rede da Vivo. Nessa nova empreitada, todas as antenas e equipamentos são da própria Brisanet.

3. A Starlink popularizou a internet via satélite

Antena Starlink de segunda geração (imagem: Divulgação/SpaceX)

Em maio, a Starlink baixou pela segunda vez o preço na mensalidade da internet via satélite, o que permitiu maior acesso ao serviço. A base de clientes dobrou de tamanho no intervalo de um ano, com cerca de 11,6 mil assinantes, segundo os dados mais recentes da Anatel.

Não dá para negar que a companhia de Elon Musk ajudou muito na inclusão digital de áreas remotas do Brasil, especialmente em zonas rurais não atendidas com fibra óptica ou sinal de celular. O mercado também é atendido pelas operadoras de satélite Hughes e Viasat, entre outras, mas os planos são caros, limitados e com altíssima latência.

4. A Anatel afrouxou regras para as operadoras

Fachada da sede da Anatel (Imagem: Reprodução/Anatel)

Em outubro, a Anatel aprovou o novo Regulamento Geral de Direitos do Consumidor (RGC), que estabelece os direitos e deveres das operadoras e dos usuários. No olhar do consumidor final, várias regras pioraram:

As operadoras ficaram desobrigadas a manter atendimento telefônico 24h, com obrigação apenas entre 6h e 22h

Elas poderão vender planos com atendimento exclusivamente digital, sem suporte humano por telefone ou lojas físicas

Também ficam desobrigadas a manter lojas físicas, sendo facultativa a existência de atendimento presencial

5. Combate a pirataria e IPTV

Lote de TV box apreendido em Resende (RJ) (Imagem: Divulgação/ABTA)

A agenda antipirataria da Anatel continuou a todo vapor em 2023. Ao longo do ano, a agência derrubou 3,9 mil servidores que distribuíam canais de TV pirata e streaming irregular.

A Anatel também multou a primeira pessoa física pela venda de TV box ilegal. Anteriormente, todas as sanções eram contra lojas e pessoas jurídicas.

Outros órgãos também trabalham para combater a pirataria. Uma força-tarefa composta pelo Ministério da Justiça, Polícias Civis e agências da Argentina, EUA, Peru e Reino Unido retirou do ar 606 sites com conteúdo que infringe direitos autorais.

6. Mais tentativas de combate ao spam telefônico

Anatel anunciou identificador de chamadas aprimorado (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

O prefixo 0303 foi lançado em 2022, e já ajudou bastante o usuário de telefonia a decidir se quer ou não receber chamadas de televendas. Ainda que o esforço tenha surtido efeito, o telemarketing abusivo continuou perturbando as redes de telefonia.

Em novembro, a Anatel aplicou multas milionárias contra Claro e Bradesco por disparo em massa das chamadas robocalls, que são chamadas automatizadas que tocam no telefone e derrubam as ligações em menos de três segundos.

Uma das grandes novidades de 2023 foi o lançamento do site Qual Empresa Me Ligou, que permite identificar o dono de uma linha telefônica e descobrir a origem das irritantes chamadas. O sistema exibe apenas dados de linhas telefônicas registradas por empresas.

Outro destaque é a chegada do novo identificador de chamadas inteligente. A Anatel anunciou a implementação do protocolo STIR/SHAKEN, que garante a autenticidade de chamadas de telemarketing. Ele prevê a exibição do nome da empresa, marca e assunto na tela de identificação.

7. A crise da Oi continua

Clientes da Oi Fibra podem ser vendidos para outra operadora (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Em 2022, a Oi encerrou a recuperação judicial que se arrastava desde 2016. Problema resolvido? Que nada: a Justiça aceitou um novo pedido de recuperação judicial em março. A operadora alegou dificuldades financeiras e incapacidade de honrar compromissos.

As dívidas desta nova recuperação judicial chegam a R$ 43,7 bilhões. Para tentar se salvar, a Oi colocou à venda a companhia ClientCo, que reúne a carteira de clientes de fibra óptica.

A rede de fibra foi vendida na recuperação judicial anterior. A Oi fez o spin off dos ativos e criou a rede neutra V.tal, cujo controle foi transferido para um fundo do BTG Pactual.

O que esperar de 2024?

Para 2024, é provável que nós vejamos uma expansão ainda maior do 5G. As operadoras precisam investir na melhoria de cobertura nas cidades atualmente atendidas, mas a tecnologia também deve desembarcar em novas localidades.

Assim como nos anos anteriores, espere mais concentrações de provedores regionais de internet. Esse movimento pode acontecer tanto via aquisições por players maiores ou por fusões entre empresas menores.

Vamos acompanhar de perto a situação da Oi, que pode vender a carteira de fibra óptica para outra operadora. O mercado especula que a base de clientes poderia ser assumida por Claro, TIM e Vivo. Trata-se de um negócio extremamente complexo, visto que a Oi Fibra depende do contrato com a rede neutra da V.tal.
5G, telemarketing, crise da Oi: veja destaques da telefonia em 2023

5G, telemarketing, crise da Oi: veja destaques da telefonia em 2023
Fonte: Tecnoblog

Apple teve 2023 morno, com foco no Brasil e chegada do Vision Pro

Apple teve 2023 morno, com foco no Brasil e chegada do Vision Pro

Em um ano de altos e baixos, quem teve mais a celebrar sobre a Apple em 2023 foram os clientes brasileiros (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Se o ano de 2023 da Apple fosse um jogo na Steam, a opinião sobre ele seria “Neutra”. A empresa teve momentos positivos, mas também alguns percalços no caminho. Neste ano, a Apple apresentou seu primeiro novo grande produto em anos e trouxe o USB-C para o iPhone. Também deu mais atenção ao Brasil e outros mercados em desenvolvimento.

Nas linhas a seguir, confira o destaques da Apple ao longo dos últimos 12 meses.

Headset VR é apresentado pela Apple

Depois de anos de rumores, a Apple finalmente apresentou o Vision Pro, seu primeiro headset VR e primeiro novo produto desde 2014, quando anunciou o Apple Watch. Com vendas previstas para fevereiro, o dispositivo foi anunciado com um preço de US$ 3.500. Nem adianta fazer a conversão direta (que dá R$ 16.887,15), pois ele só será vendido nos Estados Unidos — pelo menos no seu primeiro ano de vida.

Apple Vision Pro é o primeiro grande produto da Apple desde 2014 (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O nosso editor Thássius Veloso esteve em Cupertino, onde fica a sede da companhia, testou e ficou impressionado com o Apple Vision Pro. A Apple lançou um sistema operacional dedicado para o headset, o visionOS. O público-alvo do produto ainda é uma incógnita. A Apple deu várias demonstrações de consumo de conteúdo audiovisual (e não vê problema no uso de pornô) e promete que a tela virtual equivale à resolução 4K, mas isso você pode ver no seu PC, tablet ou smartphone — e ainda tem o Meta Quest, que é mais barato.

É provável que o maior uso do headset esteja na indústria, permitindo que a realidade mista auxilie nas tarefas de mecânicos, fábricas e até telemedicina. Um exemplo desse uso profissional são os das companhias aéreas, que utilizam óculos VR/MR para que mecânicos em lugares diferentes conversem entre si sobre reparos de peças.

iPhone 15 traz USB-C e uma “novidade” quente

Linha iPhone 15 estreia o conector USB-C, iPhone 15 Pro Max (foto) traz chassi de titânio (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O Vision Pro é, sem dúvidas, a maior e principal novidade da Apple do ano. Mas adotar o USB-C no iPhone 15 também marcou a empresa. E não caia no papo de que ela fez isso para “seguir as tendências do mercado”, tal qual foi dito na apresentação do aparelho. A Apple se adiantou à legislação da União Europeia, que exige que todos os smartphones vendidos na zona econômica usem USB-C.

Ao adotar o USB-C, a Apple finaliza a era do cabo Lightning em seus dispositivos — pelo menos nos mais novos — e a era do “alguém tem carregador de iPhone?”. Há anos a big tech da Maçã estava trocando o conector em outros aparelhos, como iPads e Macs. Porém, o USB-C da Apple não possui algumas das vantagens deste padrão, como a velocidade de recarga que não passa de 26W no Pro Max.

A principal dor de cabeça da Apple foi o superaquecimento relatado por usuários de iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro max. De acordo com a empresa, a causa era um bug no iOS 17. Em outubro, alguns dias depois do lançamento do smartphone, a Apple lançou uma atualização do sistema operacional para corrigir o problema.

No geral, o iPhone 15 é uma evolução natural do iPhone 14 — assim como o Galaxy S23 é uma evolução natural do Galaxy S22. Tudo isso é um modo de dizer “é muito bom, um dos melhores smartphones do ano”, mas seguimos sem grandes novidades, sem o fator ‘UAU!”.

Ao menos a empresa saiu na frente ao adotar o chassi de titânio, material mais nobre que deixa o telefone mais leve e robusto. As rivais rapidamente se movimentaram: a Xiaomi apresentou o Xiaomi 14 em outubro também com corpo de titânio, e os rumores dão conta de que o Galaxy S24 seguirá pelo mesmo caminho.

Apple deu mais atenção ao Brasil neste ano

iPhone 15 não é do Brasil-sil-sil-sil, mas chegou aqui bem rapidinho (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A chegada do iPhone 15 representou ainda uma nova estratégia de comercialização da Apple para o Brasil. Pela primeira vez, os smartphone chegaram ao Brasil na semana seguinte ao início das vendas nos Estados Unidos.

Entre os motivos que levaram a Apple a dar mais atenção ao Brasil estão novos meios de pagamento e de aquisição dos iPhones e o fato de que a chegada de uma nova série alavanca a venda das gerações mais antigas — que seguem como boas opções para quem quer ter um celular com o icônico logo da maçã.

Uma boa novidade para os usuários do iPhone no Brasil foi a parceria da Apple com a Claro, que resultou na ferramenta nativa de transferência de eSIM. O recurso permite que os clientes convertam um chip físico em eSIM, transfiram um chip físico para eSIM entre iPhones compatíveis ou façam a transferência eSIM para eSIM entre iPhones. Essa ferramenta está disponível no iOS 17.2.

Chips M3 estreiam o ray tracing nos Macs

MacBook Pro é um dos Macs que estreou o chip M3 (Imagem: Reprodução/Apple)

Em outubro, a Apple apresentou ao público seus novos Macs equipados com os chips M3, trazendo ray tracing para os SoCs. No evento Scary Fast, realizado na véspera do Halloween, a empresa lançou os MacBooks Pro (14 polegadas e 16 polegadas) e iMac equipados com a nova linha de processadores.

A principal estrela do Scary Fast (rapidamente assustador, em tradução direta) foi o M3 Max. O chip topo de linha tem 16 núcleos de CPU, 40 de GPU e pode ser equipado com até 128 GB de memória RAM. Segundo a Apple, o M3 tem um desempenho 80% mais rápido na geração de gráficos do que o seu antecessor, o M2. O MacBook Pro com M3 Max é capaz de exibir imagens 4K em até quatro monitores externos.

Apple lança novos relógios, mas não pode vendê-los

Monitoramento de treino do Smart Gym no Apple Watch Ultra 2 (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog )

Aos quarenta e cinco do segundo tempo, esse fato chegou à retrospectiva do Tecnoblog. A Apple teve que suspender a venda dos Apple Watch 9 e Ultra 2 nos Estados Unidos por causa de uma ação judicial. A empresa do ramo de saúde Masimo acusa a gigante de Cupertino de violar patentes para tecnologias usadas nos oxímetros, ou seja, os sensores de oxigênio no sangue.

A Apple acatou a decisão do órgão de comércio dos Estados Unidos, que julgou a causa favorável à Masimo. Somente o presidente do país, Joe Biden, poderia reverter a decisão. Mas na briga entre empresas americanas, Biden ficou quieto e a Apple entrou com um recurso para liberar a venda dos relógios. A decisão afetou até a venda de alguns Apple Watch 7 e 8, além do conserto dos produtos.

Nos acréscimos, quando este texto já estava pronto, a Justiça americana reverteu a suspensão. Agora, a big tech seguirá vendendo os smartwatches pelo menos até 12 de janeiro. Na data, a alfândega dos Estados Unidos decidirá se as alterações feitas nos dispositivos corrigem a violação de patente. Se a resposta for negativa, a corte terá que julgar novamente se retoma a suspensão ou libera a venda até o fim do julgamento.

Ainda no assunto Apple Watch, um aplicativo feito por um brasileiro foi considerado o app do ano para o smartwatch. Outra brasileira teve destaque na categoria de apps para iPad.
Apple teve 2023 morno, com foco no Brasil e chegada do Vision Pro

Apple teve 2023 morno, com foco no Brasil e chegada do Vision Pro
Fonte: Tecnoblog

Galaxy A05: novo celular barato da Samsung é lançado no Brasil por R$ 799

Galaxy A05: novo celular barato da Samsung é lançado no Brasil por R$ 799

Galaxy A05 chega ao Brasil nas cores preto, prata e verde (Imagem: Divulgação/Samsung)

A Samsung colocou em sua loja online o Galaxy A05, ao preço de R$ 799. Ele é o novo smartphone de entrada da marca no Brasil. O produto estreou há três meses no exterior e chega ao mercado nacional sem alarde.

O Galaxy A05 foi homologado na Anatel em agosto de 2023, com documentos que revelaram o design do aparelho. De lá para cá, ele já estreou em países estrangeiros, como a Índia e a Malásia.

O Galaxy A05 tem especificações bem básicas. A tela usa a tecnologia PLS LCD e tem 6,6 polegadas, com resolução HD+. O aparelho conta com câmera dupla, com a principal de 50 megapixels e a teleobjetiva de 2 megapixels. A bateria tem capacidade para 5.000 mAh e suporta carregamento rápido de até 25 W — este último, uma das novidades em relação aos aparelhos A04.

Na parte de desempenho, o Galaxy A05 conta com um processador octa-core de até 2 GHz — a Samsung não especifica o modelo, mas fichas técnicas de sites estrangeiros apontam que é o Helio G85, da MediaTek. Acompanham o chip 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento. Vale notar que o aparelho não tem suporte a redes 5G.

A Samsung lançou o aparelho discretamente, apenas colocando na sua loja online e em seu site, sem um anúncio oficial. A informação foi inicialmente notada pelo Canaltech.

Galaxy A05 tem tela HD+ de 6,6 polegadas (Imagem: Divulgação/Samsung)

Ficha técnica – Samsung Galaxy A05

Processador: Helio G85 (octa-core, 2 GHz)

Tela: PLS LCD, HD+, 6,6 polegadas

Câmera traseira dupla: 50 MP principal, 2 MP teleobjetiva

Câmera frontal de 8 MP

RAM: 4 GB

Armazenamento: 128 GB

Slot para microSD: até 1 TB

Portas: USB-C, áudio 3,5 mm

Redes: 2G/3G/4G, Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac, Bluetooth 5.3

Bateria: 5.000 mAh

Carregamento: até 25 W

Galaxy A05: novo celular barato da Samsung é lançado no Brasil por R$ 799

Galaxy A05: novo celular barato da Samsung é lançado no Brasil por R$ 799
Fonte: Tecnoblog

Samsung libera One UI 6 para Galaxy M54 5G, M34 5G e Z Flip 5 no Brasil

Samsung libera One UI 6 para Galaxy M54 5G, M34 5G e Z Flip 5 no Brasil

One UI 6 já pode ser baixada no Galaxy Z Flip 5 (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Mais smartphones da linha Galaxy já podem instalar a One UI 6 aqui no Brasil. Na noite de terça-feira (26), usuários dos celulares Galaxy M54 5G, M34 5G e Z Flip 5 relataram que a nova interface da Samsung foi liberada em seus aparelhos. O Tecnoblog confirmou essas informações através das páginas de updates no site da Samsung.

No caso do Galaxy Z Flip 5, é o segundo dispositivo da linha Z, que conta com os aparelhos dobráveis da Samsung, a receber a One UI 6 no Brasil. Já o Galaxy M54 5G e Galaxy M34 5G são os primeiros modelos da linha M aptos a atualizar o sistema operacional aqui no país. Esses dois celulares, que pertencem a uma série de smartphones intermediários, recebem o update antes mesmo do Galaxy S22, topo de linha da Samsung lançado em 2022.

Ainda ontem, a fabricante liberou o update para a linha Galaxy S21. Os primeiros smartphones a receberem a atualização para a One UI 6, que é baseada no Android 14, foram os celulares da série Galaxy S23. Em seguida, a fabricante entregou o update para o Galaxy Z Fold 5, dobrável premium da marca, e alguns Tab S9.

Galaxy S23 Ultra foi primeiro Galaxy a receber a One UI 6 no Brasil (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

One UI 6 no Galaxy M54 5G, M34 5G e Z Flip 5

Os usuários do Galaxy M54 5G, M34 5G e Z Flip 5 podem conferir as novidades da One UI 6 na página de atualização dos smartphones. Por contarem com especificações diferentes (principalmente o Z Flip 5), alguns recursos da nova interface não estarão disponíveis para todos os modelos. Por exemplo, o Z Flip 5 possui um recurso a mais para o aplicativo da câmera.

Para atualizar seu smartphone para a One UI 6, você precisa acessar as Configurações do aparelho ou clicar na notificação que avisa sobre o update. Nas Configurações, procure pelo menu Atualização de Software e clique na opção para atualizar o smartphone, depois, basta seguir as orientações.

Se o seu celular ainda não mostra a opção de atualizar, será necessário aguardar mais um pouco. É comum que os updates sejam enviados gradualmente para os usuários.

Relembre o lançamento do Galaxy Z Flip 5

Samsung libera One UI 6 para Galaxy M54 5G, M34 5G e Z Flip 5 no Brasil

Samsung libera One UI 6 para Galaxy M54 5G, M34 5G e Z Flip 5 no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Governo lança app Celular Seguro, que avisa bancos e operadoras após roubo

Governo lança app Celular Seguro, que avisa bancos e operadoras após roubo

Tela do aplicativo Celular Seguro (Imagem: Divulgação/Ministério da Justiça)

O governo federal lançou o app Celular Seguro, que promete simplificar o processo de avisar operadoras e bancos caso um smartphone seja roubado, com o objetivo de evitar movimentações nas contas da vítima. O aplicativo será liberado para download nesta terça-feira (19), por meio da Google Play Store e da Apple App Store. Apesar disso, a plataforma ainda não está operando.

A plataforma foi desenvolvida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Como funciona o app Celular Seguro

Após instalar o app, o usuário deve se cadastrar, usando sua conta gov.br.

Depois, ele precisa aceitar os termos de uso — essa parte é importante, porque é aqui que estão as instituições (bancos e operadoras) participantes do projeto.

Feito isso, o usuário deve registrar seu aparelho, com dados como marca, modelo, número telefônico, operadora, número de série e número IMEI, entre outros.

O usuário também deve cadastrar pessoas de confiança, que passam a ter acesso aos aparelhos registrados. Caso o celular seja roubado, furtado ou perdido, essas pessoas podem criar a “ocorrência” no lugar da vítima e notificar bancos e operadoras.

Em caso de perda, furto ou roubo, a “ocorrência” deve ser registrada no próprio app Celular Seguro.

Ao tocar no botão Registrar Ocorrência, o usuário pode escolher entre os seus aparelhos ou os de pessoas de confiança.

Após escolher o celular que foi perdido ou roubado, é necessário tocar no botão Alerta e preencher alguns dados: data, tipo de situação, hora, estado e cidade.

O sistema gera um número de protocolo. Este número será necessário em atendimentos posteriores nos bancos e operadoras.

Aplicativo não bloqueia celular

O app Celular Seguro notifica bancos e operadoras sobre o roubo de um aparelho vinculado a um determinado CPF. Porém, como observa o G1, não há nenhum efeito sobre o aparelho em si. Nem Google, nem Apple, nem fabricantes estão listados como parceiros da iniciativa.

App Celular Seguro não bloqueia nem iPhone, nem Android (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

Apesar de simplificar o processo de avisar bancos e operadoras sobre o roubo, também não há garantia de bloqueio imediato. As operadoras falam em até seis horas para receber o pedido e mais um dia útil para bloquear a linha. Já os bancos podem levar até meia hora para bloquear o acesso às contas.

Portanto, ainda é recomendável utilizar outros métodos de segurança para proteger suas informações pessoais. Desconectar apps remotamente e usar serviços como o Encontre Meu Dispositivo para bloquear o smartphone são algumas dicas sobre o que fazer em caso de roubo ou furto de celular.

Vale ressaltar que a iniciativa Celular Seguro será expandida e incluirá também outros apps. Ao G1, Ricardo Cappelli, secretário-executivo do MJSP, disse que iFood, Uber, 99, Mercado Livre e Nubank deverão aderir ao programa em 2024.

Com informações: Agência Brasil, G1
Governo lança app Celular Seguro, que avisa bancos e operadoras após roubo

Governo lança app Celular Seguro, que avisa bancos e operadoras após roubo
Fonte: Tecnoblog

Galaxy A25 5G é homologado pela Anatel e fica mais perto do Brasil

Galaxy A25 5G é homologado pela Anatel e fica mais perto do Brasil

Visual do Galaxy A25 5G foi revelado em antigos vazamentos (Imagem: Divulgação/Samsung)

O Galaxy A25 5G recebeu certificação da Anatel e já pode ser comercializado no Brasil. Documentos visualizados pelo Tecnoblog revelaram mais detalhes sobre o novo intermediário da Samsung.

Em destaque, o aparelho chegará ao mercado com um carregador de 15W na caixa. Além disso, o dispositivo será equipado com a mesma bateria de 5.000 mAh adotada pelo Galaxy A54 5G e pelo A34 5G (modelo EB-BA546ABY).

As certificações ainda indicam que o Galaxy A25 5G será produzido em unidades fabris no Brasil (Manaus e Campinas). Bem como, haverá componentes e unidades vindas de fábricas do Vietnã e da Coreia do Sul.

Documento da Anatel indica a Samsung como solicitante da homologação (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

O que já sabemos sobre o Galaxy A25 5G?

A ficha técnica do Galaxy A25 5G foi revelada pelos sites oficiais da Samsung na Espanha e no Vietnã. O telefone será equipado com processador Exynos 1280, o mesmo do Galaxy A53 5G de 2022. A princípio, o aparelho deve ter versões com 6 GB de RAM e 64 GB de espaço interno ou 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento.

O dispositivo adota uma tela Super AMOLED de 6,5 polegadas com resolução Full HD+. O painel ainda possui taxa de atualização de até 120 Hz, brilho máximo de 1.000 nits e tecnologia Vision Booster.

Para fotografia, o Galaxy A25 5G tem uma câmera tripla traseira composta por um sensor principal de 50 MP com estabilização óptica de imagem (OIS), um ultrawide de 8 MP e uma unidade macro de 2 MP. Já a câmera frontal traz um sensor de 13 MP.

O telefone oferece como recursos extras: conexão 5G, NFC, som estéreo e sensor de impressão digital na lateral. Como dito, o aparelho adota uma bateria de 5.000 mAh com suporte para carregamento rápido de até 25W.

Previsão de estreia no Brasil

A homologação da Anatel confirma que o Galaxy A25 5G está apto para chegar ao mercado brasileiro. Considerando a época do ano, o novo intermediário da Samsung só deve dar as caras oficialmente no início de 2024.

Até o momento, a marca não indicou a possível janela de lançamento dos modelos da linha Galaxy A por aqui. Vale mencionar que o Galaxy A15 4G também já foi aprovado pelo órgão regulador brasileiro.

Com informações: Samsung
Galaxy A25 5G é homologado pela Anatel e fica mais perto do Brasil

Galaxy A25 5G é homologado pela Anatel e fica mais perto do Brasil
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: Galaxy S24 passa pela Anatel e já pode dar as caras no Brasil

Exclusivo: Galaxy S24 passa pela Anatel e já pode dar as caras no Brasil

Galaxy S24: sucessor do Galaxy S23 (na foto) já pode ser vendido por aqui (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

O Galaxy S24 foi homologado pela Anatel e a Samsung já pode vendê-lo no Brasil, segundo documentos visualizados pelo Tecnoblog. O material traz poucas novidades sobre suas especificações e reafirmam o Exynos 2400 como processador do aparelho. O celular de entrada Galaxy A15 também foi certificado pela agência.

O certificado de conformidade do Galaxy S24 mostra que o modelo terá uma parte da sua produção feita no Brasil — usando as fábricas da Samsung em Manaus e Campinas. Outras levas serão fabricadas na Coreia do Sul e no Vietnã. O mesmo será feito com o Galaxy A15.

Lançamento do Galaxy S24 cada vez mais próximo

Modelo do Galaxy S24 confirma chip Exynos 2400 e entrada para dois cartões SIMs (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Os rumores sugerem que toda a linha Galaxy S24 será apresentada no dia 17 de janeiro, quando ocorrerá o primeiro Galaxy Unpacked de 2024 em São Francisco, nos Estados Unidos. O modelo do Galaxy S24 aprovado na Anatel é SM-S921B/DS, com a letra B indicando que o celular usa o chip Exynos 2400. O DS é usado para identificar aparelhos com entrada para dois SIMs.

O uso do Exynos 2400 não é surpresa. Esse aparelho já foi visto em benchmarks e a Samsung usará o Snapdragon 8 Gen 3 apenas no Galaxy S24 Ultra — algo indiretamente confirmado pelo CEO da Qualcomm. O Galaxy S24 Plus também usará o processador da própria Samsung.

O certificado de conformidade revela ainda que o Galaxy S24 continuará sendo vendido com carregador de 25 W na caixa. A bateria homologada para esse smartphone possui capacidade nominal de 3.880 mAh. A Samsung pode anunciar o modelo com bateria típica de 3.900 mAh, igual ao modelo anterior.

Galaxy A15 4G é aprovado na Anatel

Além do Galaxy S24, a Samsung também já pode vender por aqui o Galaxy A15 4G. O celular de entrada da fabricante será vendido com carregador de 15 W na caixa. O smartphone já foi apresentado em alguns países do sul e sudeste asiático.

O modelo SM-A155M/DSN, aprovado na Anatel, usa um processador MediaTek Helio G99. Não há previsão de quando o aparelho será lançado por aqui, mas a homologação sugere que a Samsung pode iniciar as vendas por aqui nas próximas semanas.

Relembre o lançamento do Galaxy S23

Exclusivo: Galaxy S24 passa pela Anatel e já pode dar as caras no Brasil

Exclusivo: Galaxy S24 passa pela Anatel e já pode dar as caras no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Google One fica até 20% mais caro no Brasil; veja os preços

Google One fica até 20% mais caro no Brasil; veja os preços

Google enviou email sobre aumento do Google One (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Google One vai ficar 14% mais caro no Brasil quando levamos em consideração o plano Básico, com 100 GB de espaço na nuvem do Google. O valor sobe de R$ 69,99 para R$ 79,90/ano, conforme a empresa começou a informar aos consumidores na noite desta quinta-feira (07). A alta a partir de 6 de janeiro de 2024 pode chegar a 20% caso o usuário opte por 200 GB de espaço online.

No email visualizado pelo Tecnoblog, o Google explica que todos os recursos serão mantidos e que o consumidor não precisa fazer nada. A empresa não informou o motivo do aumento.

Google começou a comunicar sobre aumento do Google One em 7 de dezembro (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Quais são os preços do Google One?

Confira abaixo a tabela com o antes e depois do reajuste de preços do Google One.

PlanoPreço antigoPreço novo (2024)AumentoBásico (100 GB)R$ 69,99/anoR$ 79,90/ano14%Padrão (200 GB)R$ 99,99/anoR$ 119,90/ano20%Premium (2 TB)R$ 349,99/anoR$ 389,90/ano11%Premium (5 TB)–––R$ 1.949,90/ano–––Premium (10 TB)R$ 360/mêsR$ 389,90/mês8%Premium (20 TB)R$ 720/mêsR$ 779,90/mês8%Premium (30 TB)R$ 1.080/mêsR$ 1.169,90/mês8%Fonte: Compilação elaborada pelo Tecnoblog

Note que alguns valores são listados dentro do pagamento anual, já que fica mais vantajoso para o consumidor. Já as combinações mais parrudas custam muito e têm assinatura mensal. Imagine só, quem precisa de 30 TB desembolsará R$ 14.038,80 por ano a partir de 2024.

Google One e Apple One

Google One tem 7 planos: de 100 GB a 30 TB (Imagem: Divulgação/Google)

O Google One desembarcou no mercado doméstico em fevereiro de 2018. Trata-se de uma forma de turbinar o Google Drive, uma vez que o serviço gratuito do Google oferece somente 15 GB para guardar emails, fotos, vídeos e outros arquivos.

A inflação está chegando com tudo aos serviços digitais. Em outubro, a Apple decidiu aumentar o preço do Apple One, que fornece espaço na nuvem. A modalidade individual passou de R$ 34,90 para R$ 42,90/mês. A empresa declarou que está focada “em entregar as melhores experiências possíveis para os nossos consumidores ao consistentemente incluir entretenimento de qualidade, conteúdo e recursos inovadores aos nossos serviços”.
Google One fica até 20% mais caro no Brasil; veja os preços

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Fonte: Tecnoblog

Celular irregular bate recorde no Brasil; Xiaomi é a número um

Celular irregular bate recorde no Brasil; Xiaomi é a número um

Redmi Note 12 é o celular mais vendido no mercado irregular, segundo Abinee (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

As vendas de celulares irregulares devem bater um ingrato recorde no quarto trimestre desde ano, abocanhando 21% do mercado. Houve alta em relação aos 17% registrados no terceiro trimestre, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) em conjunto com a consultoria IDC.

O chamado mercado não oficial passará de 4 milhões de unidades em 2022 para 5,5 milhões neste ano. A principal fornecedora de smartphones irregulares é a Xiaomi, com cerca de 80% de participação. Os produtos da empresa costumam ser importados da China para o Paraguai, e depois entram em território brasileiro por meios escusos.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (07), durante um encontro para o balanço de fim de ano da Abinee. Apesar do cenário considerado preocupante, a entidade não anunciou medidas concretas para coibir o avanço dos produtos irregulares.

Modus operandi do crime

Nas últimas semanas, o Tecnoblog ouviu relatos de uma verdadeira operação logística do crime na fronteira do Brasil com o Paraguai. Os produtos – normalmente o Redmi Note 12 – são trazidos por motoboys em pequenas quantidades, de modo que a fiscalização aduaneira não consiga pegá-los.

Na sequência, os lojistas colocam os produtos à venda em market places por preços entre 40% e 50% mais baratos do que os smartphones regulares. Aparelhos de R$ 2.599 saem por R$ 940 no esquema ilícito. A diferença está na certificação da Anatel, no carregador dentro do padrão nacional e no recolhimento dos impostos devidos.

Redmi Note 12 é o celular mais vendido no mercado irregular, segundo Abinee (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

As vendas costumam ocorrer via internet e os produtos são enviados para todo o Brasil. Via de regra, não trazem cupom fiscal no formato exigido pela Receita Federal.

Nós apuramos que o comércio de celulares irregulares da Realme também está crescendo por aqui, num molde similar aos produtos com a marca da Xiaomi.

Irregular cresce, regular patina

Os números divulgados pela Abinee e pela IDC mostram um salto nas vendas de aparelhos irregulares. Foram 880 mil no primeiro trimestre, 967 mil no segundo, 1,57 milhão no terceiro e 2,05 milhões neste quarto.

Já o mercado regular anda de lado: 8,63 milhões no primeiro trimestre, 7,51 milhões no segundo, 7,85 milhões no terceiro e 7,6 milhões no quarto, segundo as estimativas.

Impacto de bilhões

O diretor de relações governamentais da Abinee, Luiz Carneiro, estima que os celulares irregulares tenham impacto econômico da ordem de R$ 2,1 bilhões somente no primeiro semestre – principalmente por causa da evasão fiscal, já que os produtos não recolhem imposto quase nenhum. A entidade não divulgou o balanço para o ano inteiro.

Há ainda o desaparecimento de R$ 209 milhões em pesquisa e desenvolvimento, o famoso P&D. As empresas que fabricam no Brasil contam com a Lei da Informática, que concede incentivos fiscais e prevê a manutenção de equipes técnicas e laboratórios por aqui.

Resultado geral

O desempenho da indústria de produtos elétricos e eletrônicos “ficou muito abaixo do esperado” em 2023 devido às incertezas da economia, a restrição de crédito, o endividamento das famílias e a inadimplência, de acordo com a associação do setor.

O faturamento geral caiu 6%: de R$ 218,2 bilhões em 2022 para R$ 204,3 bilhões em 2023. Já a área de telecomunicações despencou 21% no período, principalmente por causa da queda de 26% no mercado de telefones celulares.
Celular irregular bate recorde no Brasil; Xiaomi é a número um

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Fonte: Tecnoblog

Fintech N26 chega ao fim no Brasil e cartões são cancelados

Fintech N26 chega ao fim no Brasil e cartões são cancelados

Cartão de crédito da N26 tinha bandeira Mastercard (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Chegou o dia: todos os cartões de crédito emitidos pela N26 no Brasil serão cancelados nesta quinta-feira (7). De origem alemã, a fintech iniciou as operações brasileiras em 2021 para disputar mercado com plataformas como Nubank e PicPay, mas não teve sucesso. Diante disso, a empresa decidiu sair do país.

Faturas devem ser pagas normalmente

O cancelamento dos cartões de crédito impede que novas compras sejam feitas com eles, obviamente, mas a fintech ressalta que as faturas devem ser pagas normalmente.

Em caso de atraso, haverá incidência de juros e multa sobre o valor devido. Além disso, o não pagamento poderá levar à negativação do usuário (o famoso “nome sujo”), mesmo com a N26 estando inoperante no Brasil.

Se a fatura for fechada quando o aplicativo da N26 não estiver mais funcionando ou se o pagamento estiver sendo feito em parcelas, os boletos correspondentes serão enviados por e-mail.

Empresa recomenda transferência do saldo até o dia 18

Clientes que ainda possuem saldo no aplicativo da N26 têm até 18 de dezembro de 2023 para transferir o valor para uma conta em outra instituição. Após essa data, o app exibirá apenas uma tela que direciona o usuário para um formulário de solicitação de retirada de dinheiro.

Para prevenir fraudes, o formulário exigirá o fornecimento de vários dados, incluindo uma foto para validação facial. O processo é trabalhoso e pode demorar até dez dias úteis para ser concluído. Por isso, é prudente retirar eventuais valores da conta na N26 antes do dia 18.

Informes de rendimento para declaração de imposto de renda serão enviados por e-mail no começo de 2024.

N26 tentou emplacar com conceito de “fincare”

A N26 começou a operar no Brasil em novembro de 2021, inicialmente com os “insiders”, grupo de clientes que se cadastraram para testar a plataforma. Após os testes iniciais, a fintech introduziu o conceito de “fincare”, com o qual tentava se diferenciar de rivais como Nubank, PicPay e Mercado Pago prometendo ajudar o cliente a cuidar do seu dinheiro com planejamento e organização financeira.

Além de um cartão de crédito com bandeira Mastercard Gold, a N26 oferecia uma conta digital que dava direito ao “Spaces”, modalidade com a qual o usuário guardava dinheiro com rendimento de 100% do CDI mais 1% para cada R$ 100 gastos no cartão.

E-mail da N26 com aviso de redução de limite (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Porém, as operações da N26 eram limitadas. O aplicativo da fintech apresentava instabilidades com frequência e tinha várias funções ausentes, a exemplo da fatura do cartão, que só podia ser paga com saldo em conta, sem opção de boleto ou Pix.

Outras restrições incluíam falta de integração com serviços como Apple Pay e Google Pay, lista de espera para criação de contas e, para muitos usuários, limite de cartão de crédito baixo ou diminuído com o passar do tempo.

N26 anunciou fim das operações em novembro

Com dificuldades para escalar as operações e atrair investimentos, a N26 anunciou a decisão de sair do Brasil em novembro. Na ocasião, a companhia informou ao Tecnoblog que “a decisão reflete a estratégia da empresa de focar seus esforços nos mercados-chave europeus”. A N26 tinha cerca de 200 mil clientes no país.

Post de despedida da N26 no Instagram (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

O encerramento das operações no Brasil não é um movimento inédito para a fintech. Em novembro de 2021, mesma época em que iniciava suas operações em território brasileiro, a N26 desistiu de operar nos Estados Unidos, país em que havia chegado em 2019. A necessidade de altos investimentos para manter as operações americanas foi um dos motivos para a decisão.
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Fonte: Tecnoblog