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Multi enfrenta síndrome de vira-lata do brasileiro, diz presidente

Multi enfrenta síndrome de vira-lata do brasileiro, diz presidente

Alexandre Ostrowiecki é CEO da Multi, a antiga Multilaser (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Alexandre Ostrowiecki, CEO da Multi (antiga Multilaser), discute o preconceito com a marca e destaca que 70% do faturamento da empresa provém de produtos fabricados nacionalmente, abrangendo uma diversidade de itens como eletrônicos e eletrodomésticos.
A Multi amargou um prejuízo líquido de R$ 836 milhões em 2023, seu primeiro resultado negativo em 15 anos, atribuído à limpeza de estoques acumulados durante a pandemia.
A empresa expandiu para o segmento de motos elétricas com a submarca Watts, que já detém 25% do mercado. Toda a produção ocorre em Manaus.
Ostrowiecki aborda a complexidade do ambiente de negócios no Brasil, mencionando o “manicômio” burocrático que impacta os custos e a operacionalidade das empresas.
A Multi terminou a parceria com a HMD devido à falta de competitividade dos celulares Nokia no mercado pós-pandemia.

Qual nome vem à sua mente quando te peço para pensar num produto eletrônico genérico? Talvez seja a Multilaser, uma indústria genuinamente brasileira que está no mercado há quatro décadas. Numa conversa exclusiva e honesta, o CEO da agora Multi comenta pontos interessantíssimos: desde o preconceito com a marca até a rotina de desenvolvimento de novos produtos, passando por detalhes de fabricação e também pelo que Alexandre Ostrowiecki chama de “manicômio” burocrático do Brasil.

Em março de 2024, a Multi divulgou prejuízo líquido de R$ 836 milhões. Foi o primeiro resultado negativo depois de 15 anos consecutivos no azul. Ostrowiecki explica que foi feita uma limpa em estoques remanescentes dos anos de pandemia e que agora a Multi está pronta para enfrentar novamente a concorrência.

Moto elétrica Multi Watts W125 tem três modos de pilotagem (Imagem: Divulgação/Multi)

O executivo se mostra particularmente orgulhoso com o desempenho num segmento que é novidade para mim (e talvez seja para você também): de motos elétricas. A submarca Watts realiza toda a produção em Manaus e já abocanha 25% do mercado.

Vamos à conversa? Não custa ressaltar que ela foi editada para fins de clareza e brevidade. Lembre de me contar suas impressões nos comentários desta página.

Antiga Multilaser passou a se chamar Multi em julho de 2022 (Imagem: Divulgação/Multi)

Entrevista exclusiva com Alexandre Ostrowiecki

Thássius Veloso (Tecnoblog) – Há quem diga que a Multi não fabrica os produtos, que ela apenas os importa. É verdade?

Alexandre Ostrowiecki (Multi) – Esse é mais um dos mitos que existem sobre a nossa empresa e sobre outras indústrias nacionais. Nós, brasileiros, temos um pouco da síndrome de vira-lata, que é achar que as coisas lá de fora vão ser automaticamente melhores. Será assim em alguns casos, mas em outros não. Mais de 70% do faturamento da Multi é produzido por nós. São 13 linhas de produtos: TV, celular, tablet, computador, roteador, cartão de memória, pendrive, liquidificador, ventilador, moto elétrica, bicicleta elétrica, patinete elétrico e tapetes para pet.

Os componentes vêm de fora? As peças são produzidas por vocês?

Não existe nenhuma indústria no planeta que faça tudo do zero. A Mercedes-Benz não cava o chão, tira o minério e produz o aço. Todas as empresas compram diversas partes intermediárias para agregar valor no final. Quando eu compro um resistor na China e uma placa pelada ESMT, ponho na minha máquina de inserção, coloco pasta de solda, passo no forno, pego peça plástica, coloco no produto, e aí monto… tudo isso é processo fabril. Essa é uma pergunta inócua porque montagem é uma forma de fabricação.

E os outros 30%?

São produtos importados porque são muito baratos e não justificaria a produção nacional. Fazemos todos os testes e embalamos no Brasil. É o caso das caixas de som, por exemplo: elas eram fabricadas em Manaus, mas passamos a importar porque o frete de lá é muito caro. A linha de carrinhos de neném não tem nenhum processo local.

Itens fabricados pela Multi representam 70% do faturamento (Imagem: Divulgação/Multi)

O site da Multi fala na comercialização de 6 mil itens. Como vocês fazem para manter os sistemas e drivers atualizados naqueles produtos de mais tecnologia, como celular, smart TV, computador e periféricos? Porque esse número me pareceu alto.

Uma parcela desses produtos, como liquidificador, por exemplo, é apenas hardware e não depende de atualização de software. Mouse e teclado também são baseados no plug and play. O software é importante principalmente nos PCs, por isso fazemos muitos testes com o Windows, além dos smartphones, tablets e smartwatches. Cada linha de produto tem um time em Extrema (MG) responsável pela perfeita integração e funcionamento. Esse trabalho é superimportante. Eu acredito que não passe de cem o número de produtos que precisam de software.

Esse trabalho tem sido realizado a contento?

A gente começou lá atrás sem tanto conhecimento. Com o tempo foi ficando mais firme. Eu tenho usado o nosso celular top de linha, o Multi H, e posso te dizer que está redondo. Nunca deu dor de cabeça, roda rápido e não quebra os programas.

Agora falando especificamente de smartphones: o que rolou para encerrarem a parceria com a Nokia?

Nós fomos muito felizes por dois, três anos. Depois, com o fim da pandemia e o encolhimento do mercado, sentimos que os produtos deixaram de ser competitivos. A parceria não conseguiria nos levar aonde gostaríamos de chegar.

Onde?

Não adianta a gente ficar trabalhando para ter 1% ou 2% do mercado. Precisaríamos estar pelo menos no top 5 de celular e os produtos da Nokia não estavam muito formatados para o que o brasileiro queria. Havia questões sobre a qualidade da câmera e o custo-benefício. Por isso decidimos encerrar.

O gargalo era com a Multi ou com a HMD?

Dos dois lados. Houve falhas nossas com lançamentos não tão agéis quanto o necessário. Vimos também que a HMD mudou de foco: agora quer atuar em cibersegurança, projetos corporativos e mercado europeu. A linha de produtos não estava mais voltada ao consumidor brasileiro.

Como o consumidor pode confiar de que será bem atendido caso role um problema com produto de vocês?

O consumidor pode ficar muito tranquilo com a nossa pós-venda porque nosso atendimento é premiado e tem histórico de resolver todos os problemas. Nunca deixamos ninguém na mão, tanto que as nossas notas costumam ser mais altas que a de indústrias multinacionais. Nós trocamos rápido quando é necessário. Também temos 40 anos de mercado, dívida zero e caixa líquido de R$ 200 milhões.

A que você atribui esse preconceito com a marca?

Historicamente, nós somos uma empresa que tenta focar no custo-benefício. O nosso celular tem ticket médio de R$ 500. Ele é diferente de um aparelho de R$ 5.000. Não tem como esperar a mesma coisa. O nosso tablet custa R$ 499 enquanto o da concorrência começa em R$ 1.000, por exemplo. É natural que a gente tenha cometido erros ao longo do tempo, assim como todo mundo. Mas em geral, a gente entrega produtos que são muito mais acessíveis. Eu sou usuário de todos os produtos da Multi: tenho air fryer, liquidificador, um mouse gamer guerreiro que me acompanha há três anos.

Me parece que a Multi quer ser a porta de entrada para a tecnologia. Vocês conseguem depois reter estes consumidores?

Depende da categoria. Realmente não tem pessoas de classe A e B que deseje um smartphone nosso. Normalmente é o primeiro celular da pessoa, ou o aparelho do filho adolescente, ou ainda uma opção para não ir a um show com um telefone de R$ 10.000. Por outro lado, somos muito bem aceitos e líderes na parte de tablets, acessórios de PC, gaming, eletroportáteis, itens de saúde como o oxímetro, produtos baby. Nós não temos o perfil de atender a essa parte mais aspiracional.

Já teve algum produto que você percebeu que não tava legal?

Com certeza, eu caio matando! Vai email pra todo lado. (risos) Lá atrás, eu comprei uma caixinha de som boombox que tocava CD. Pluguei na tomada e não ligava. Pensei que estava queimado. Bem depois, descobri que era bivolt e estava ajustado para 220 V. O pessoal técnico me disse que precisava mudar para o 110 V. Muitas vezes o produto não foi pensado adequadamente por todos os ângulos.

E qual tecnologia desenvolvida por vocês te deixou mais orgulhoso?

Nós criamos um SIM Card com cartão memória embutido. Seria uma espécie de dois-em-um desenvolvido pela área de semicondutores. O cliente só precisaria colocar esse chip no telefone para ter a telefonia e mais memória. Ele poderia revolucionar os slots de todos os smartphones do planeta. Nós vendemos esse projeto corporativo para os Estados Unidos. No entanto, o padrão de dois slots já tinha se tornado o padrão global. Também criamos um robô limpador de vidros que consegue ficar do lado de fora da janela. Ele fica preso por uma ventosa, reduzindo o risco das pessoas.

Grupo possui duas fábricas em Extrema (MG) e Manaus (Imagem: Divulgação/Multi)

Falando especificamente da sua atuação: quais os desafios de liderar uma empresa de tecnologia, mas que está inserida num contexto brasileiro?

Não importa o país, existe o desafio global da mudança rápida de tecnologia. Tudo evolui muito rápido e produtos atuais ficam obsoletos com o tempo. É preciso um planejamento muito bom para se manter atualizado, senão vira prejuízo. Existe ainda uma camada especial de desafio ligada ao manicômio tributário do Brasil. Não tem uma semana que não apareça alguma maluquice que chega de repente. Por exemplo, venceu a licença do carimbo de sei lá quem porque tal setor está em greve, portanto não pode usar água do poço da fábrica, correndo risco de levar multa. E nisso, a gente começa a trazer caminhão-pipa para abastecer a unidade. Outro caso real: a fábrica de motos de Manaus está com espaço sobrando e a de TVs, com espaço faltando. Pode parecer óbvio, mas é ilegal pegar as TVs e guardar na área de motos. Precisa de outra autorização para mover os seus produtos do seu depósito A para o B. Esse é o motivo para tantas multinacionais abandonarem o país. A gente não tem essa opção, precisa realmente se virar.

Por isso o produto é caro no Brasil?

O público não tem a menor ideia do estrago dessa burocracia. O efeito é essencialmente aumentar os preços. Não estou aqui dizendo que as empresas são coitadas. Mas elas ficam mais estressadas e os gestores repassam o custo para os consumidores. Fica caro porque você paga o produto mais o imposto mais o manicômio.

Até os produtos considerados mais baratinhos são caros para o consumidor final?

Com certeza. Pega o mouse de uma marca famosa e global. Agora compara o preço do Walmart nos Estados Unidos e em alguma loja do Brasil. O produto é o mesmo, produzido na mesma fábrica da China, custa um terço lá fora.
Multi enfrenta síndrome de vira-lata do brasileiro, diz presidente

Multi enfrenta síndrome de vira-lata do brasileiro, diz presidente
Fonte: Tecnoblog

Gigante chinesa Honor já está lançando celulares no Brasil? Ainda não

Gigante chinesa Honor já está lançando celulares no Brasil? Ainda não

Honor Magic 6 Pro foi exibido em Barcelona durante a MWC 2024 (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

Apesar dos rumores, a Honor ainda não definiu uma data para começar a vender os modelos Honor X8b e Honor X7b no Brasil. Por enquanto, a marca está criando expectativa nas redes sociais, onde destaca as características dos smartphones sem revelar quando estarão disponíveis.

George Zhao, CEO global da Honor, tem planos ambiciosos para o Brasil, visando replicar o sucesso da marca em outros países da América Latina. A equipe em São Paulo já está explorando o mercado, que é liderado por grandes nomes, como Apple, Motorola, Samsung e Xiaomi.

O CEO expressou a intenção de competir com gigantes como a Samsung, e essa estratégia foi bem recebida por Carlos Baigorri, presidente da Anatel, que destacou a necessidade de mais opções no mercado brasileiro.

Nos últimos dias surgiu a informação de que os celulares Honor X8b e Honor X7b chegarão ao Brasil nesta semana. No entanto, o Tecnoblog apurou em primeira mão que não é bem assim: a fabricante não tem data para início das vendas em território nacional, de acordo com fontes com conhecimento do assunto.

Em vez disso, a Honor começou a fazer barulho nas redes sociais para capturar a atenção do público. A fabricante de origem chinesa tem feito postagens misteriosas e a ideia é popularizar o nome antes do início de fato da comercialização dos produtos.

Perfil da Honor Brasil faz mistério sobre futuros lançamentos (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Movimentação na web

O perfil da Honor Brasil no Instagram (@honormobilebrasil) conta com pouco mais de 13 mil seguidores. Todas as publicações mais recentes fazem menção a características dos smartphones, como design, bateria e câmera. Nenhum deles, porém, crava a data de lançamento dos equipamentos. O site oficial está em bom português e também não menciona nenhum cronograma.

Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por HONOR Brasil (@honormobilebrasil)

Ainda em fevereiro, a Honor divulgou teasers sobre o Magic 6 Series e o Magic V2 Series. Eles foram oficialmente apresentados na feira de conectividade de Barcelona, a MWC 2024, mas não desembarcaram por aqui.

A equipe de comunicação da Honor também fechou parcerias com influenciadores, que já mostraram telefones da marca em vídeos e outros conteúdos. Foram degustações, já que hoje em dia só é possível comprar os produtos por meio de importadores.

De olho no Brasil

George Zhao é CEO da Honor (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Conforme eu mesmo relatei neste espaço, o CEO global da Honor, George Zhao, revelou a intenção de entrar no mercado brasileiro. A fabricante chinesa vai muito bem em outros países da América Latina, com crescimento superior a 700%, o que faria do Brasil o natural próximo destino.

Funcionários baseados em São Paulo estão mapeando as oportunidades. Atualmente, o setor de smartphones é dominado por Apple, Motorola, Samsung e Xiaomi. Outras empresas, como Multi, Positivo e Realme, estão tentando participar da competição, mas contam com percentual de mercado praticamente inexpressivo.

Carlos Baigorri é presidente da Anatel (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Ainda em Barcelona, Zhao disse que a Honor “consegue competir com a Samsung” na Europa e deve repetir o mesmo por aqui. A informação sobre o interesse dos chineses foi comemorada pelo presidente da Anatel, Carlos Baigorri. Ele me disse numa conversa exclusiva que os brasileiros têm poucas opções.
Gigante chinesa Honor já está lançando celulares no Brasil? Ainda não

Gigante chinesa Honor já está lançando celulares no Brasil? Ainda não
Fonte: Tecnoblog

LG lança monitor smart de 32 polegadas com webOS no Brasil

LG lança monitor smart de 32 polegadas com webOS no Brasil

Monitor smart LG MyView junta funções de TVs inteligentes e permite acessar o PC pela nuvem (Imagem: Divulgação/LG)

A LG lançou nesta semana o monitor smart MyView para o mercado brasileiro. O produto sai de fábrica com o sistema operacional webOS, o mesmo das televisões da marca. O monitor smart MyView chega pelo preço sugerido de R$ 1.799, um preço condizente com o seu concorrente da Samsung.

O MyView possui tela com resolução FullHD de 32 polegadas, cinco polegadas a mais que o maior monitor smart M5 da Samsung. A rival vende por aqui um M5 de 27 polegadas e outro de 24 polegadas. A LG já chegou a vender no Brasil duas opções de telas desse tipo, mas foram descontinuadas.

Monitor smart é quase smart TV e quase PC

Assim como outros dispositivos do segmento, o monitor smart MyView tem funcionalidades que o fazem ser quase smart TV e quase PC. Ele é quase porque não tem entrada para as antenas digitais, apenas as funcionalidades de acessar apps de streaming (que deve ser a função mais popular das TVs nos dias de hoje) e o aplicativo de canais da LG.

Monitor smart MyView usa sistema operacional webOS e é vendido com controle (Imagem: Divulgação/LG)

O MyView também é quase um PC porque você pode acessar o seu computador através da nuvem. Mas isso não faz dele um computador all-in-one, ele utiliza o cada vez mais popular cloud computing para permitir ao usuário trabalhar longe do PC.

Porém, muito provável que você vá utilizar o monitor smart MyView com um computador — desktop ou laptop. O monitor smart tem duas entradas HDMI e duas para USB-A. Quando o Tecnoblog fez o review do Samsung M5 (reveja no fim deste artigo), a pouca quantidade de conexões com fio foi um dos pontos negativos do monitor.

O MyView também tem conexão Bluetooth e suporte para Airplay, Miracast e Screen Share, permitindo o espelhamento de smartphones e tablets iOS e Android.O MyView sai de fábrica com um cabo HDMI e um controle remoto — para poder usar os apps de streamings longe do teclado.

Especificações do monitor smart MyView

Dimensões com base (L x A x P): 731.8mm X 521.2mm X 209.9mm

Peso com base: 6.6kg

Tela: 32 polegadas IPS, resolução 1920 x 1080, brilho máximo de 250 nits, taxa de atualização de 60 Hz, tempo de resposta de 8 ms

Ajustes de Posição: Inclinação (-5º ~ 15º)

Ângulo de Visão: 178º (R/L) / 178º (U/D)

Contraste: 1200:1

Gama de cores: sRGB 99% (CIE1931)

Profundidade de cores: 16.7 milhões de cores/48 bits

Conexões: Duas entradas HDMI, duas entradas USB-A e Bluetooth

Sistema operacional: webOS 23

Relembre a análise do monitor smart M5 da Samsung

LG lança monitor smart de 32 polegadas com webOS no Brasil

LG lança monitor smart de 32 polegadas com webOS no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Pequenos provedores lideram internet fixa em 5 mil cidades do Brasil

Pequenos provedores lideram internet fixa em 5 mil cidades do Brasil

Provedores regionais são destaque em mais de 5 mil cidades (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O setor de banda larga fixa no Brasil é extremamente concorrido. Ainda que operadoras como Claro, Vivo e Oi tenham grande representatividade, os provedores regionais, somados, respondem pela maioria do mercado. As empresas de pequeno porte são líderes de mercado em mais de 5 mil cidades brasileiras.

Os dados foram revelados por um estudo da consultoria Teleco e divulgado pelo Telesíntese. Em 2023, uma prestadora de pequeno porte foram líderes em participação de mercado em 5.047 municípios, enquanto grandes operadoras tiveram o pódio em 523 cidades.

O estudo também divulga que uma prestadora de pequeno porte tem mais de 50% de participação de mercado em 3.394 municípios, ante 159 de uma operadora grande. Além disso, provedores regionais lideram o mercado com mais de 80% de market share em 1.041 cidades, contra 12 municípios das teles tradicionais.

Operadoras de grande porte têm liderança de mercado em menos municípios(Imagem: Reprodução/Teleco)

Provedores têm mais da metade do mercado nacional

De acordo com dados da Anatel, o Brasil fechou o ano de 2023 com 47,9 milhões de acessos de banda larga fixa. Ao comparar os números de mercado, as grandes operadoras continuam com papel importante. A líder no setor é a Claro, com 20,6% de todos os acessos de internet fixa no Brasil.

No entanto, unidos, os provedores regionais são maiores que as grandes operadoras. Juntas, as prestadoras de pequeno porte somaram 25,5 milhões de clientes, o que representa uma fatia de 53,2%.

A maior prestadora de pequeno porte é a Alloha Fibra, grupo que reúne nove provedores posteriormente unificados com as marcas Giga+ e Wire+. A Vero aparece em seguida, com 5,3% do mercado nacional após incorporar a base de usuários da Americanet.

Regionais têm vantagens regulatórias (e a Claro não gosta disso)

Para estimular a concorrência no mercado de banda larga fixa, a Anatel simplificou as regras para prestadoras de pequeno porte (PPP). Para se enquadrar nessa classificação, uma empresa não poderia ter mais de 5% de participação no mercado nacional em algum serviço de telecomunicações — seja internet, celular, telefone fixo ou TV por assinatura.

Sendo assim, qualquer operadora que não seja Claro, Oi, TIM, Vivo ou Sky são enquadradas como prestadora de pequeno porte — ainda que TIM e Sky não tenham participação de mercado significativa no serviço de internet fixa.

A Claro não está satisfeita com essa classificação de PPPs. Na proposta para revisar o Plano Geral de Metas da Competição (PGMC), a operadora afirma que não se deve levar em conta a participação de mercado nacional, mas sim regional.

Claro quer novas regras para operadoras competitivas (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

A Claro também argumenta que usuários de PPPs são penalizados com as assimetrias, em especial em relação a regras de proteção aos direitos do consumidor. Além disso, provedores regionais também são beneficiados com reduções tributárias; para a tele, esses benefícios devem ser mantidos apenas para empresas com menos de 5 mil clientes.

É certo dizer que a flexibilização das regras foi um grande impulso para que as operadoras competitivas decolassem. Os provedores regionais têm papel importantíssimo na digitalização do Brasil, pois construíram cobertura em locais não atendidos pelas grandes teles.

Com informações: Teletime
Pequenos provedores lideram internet fixa em 5 mil cidades do Brasil

Pequenos provedores lideram internet fixa em 5 mil cidades do Brasil
Fonte: Tecnoblog

Leilão da Receita está repleto de celulares da Xiaomi

Leilão da Receita está repleto de celulares da Xiaomi

Redmi Note 11 é um dos smartphones disponibilizados no leilão da Receita Federal em Santos (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Receita Federal do Porto de Santos está organizando um leilão de produtos apreendidos. O certame da Receita traz dezenas de Xiaomis, alguns iPhones, um Google Pixel 4 e milhares — literalmente — de pen drives de 8 GB. O período de propostas será aberto no dia 9 de maio, às 8h, e encerrará no dia seguinte, às 10h, com a sessão para lances previstas para o dia 13 de maio.

O leilão da Receita, como já quase virou tradição, tem vários smartphones da Xiaomi — no caso, celulares das suas subsidiárias Redmi e Poco. Há diferentes modelos do Redmi Note nos lotes, vários smartphones Redmi da linha numerada e vários celulares da Poco. O lote 65 ainda traz um tablet Redmi Pad acompanhado de um Redmi Note 11S e Redmi 10, tudo pelo lance inicial de R$ 2.000.

Leilão tem Google Pixel em combo com iPhone

O lote 46 (lance inicial de R$ 4.600) traz um iPhone 12 com um Google Pixel 4. Os smartphones do Google são raros no Brasil, já que só podem ser adquiridos via importação. No entanto, talvez seja melhor investir em outros lotes, já que o Pixel 4 é um smartphone mais antigo e há opções mais novas.

Por exemplo, o lote 44 tem dois iPhones 14 Pro Max com lance inicial de R$ 8.000. Já o grupo 66 tem a oferta começando em R$ 1.800 e traz dois Redmi Note 11S e um Redmi Note 11. Seguindo nos iPhones, o lote 105 (R$ 2.500 de lance inicial) tem um iPhone 12 e um iPhone 12 Pro Max.

Este leilão também traz “alguns” produtos de armazenamento. O lote 53 traz 24 mil pen drives de 8 GB com o lance inicial de R$ 20.000. Mas se isso for muito para você, melhor tentar o lote 125 (R$ 2.150), que tem um HD de 1 TB, um Redmi 9 e um controle DualShock 4.

Como participar do leilão da Receita Federal

Interessados precisam se informar antes de participar de leilão da Receita Federal (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Veja como participar do leilão da Receita Federal:

Obtenha um certificado digital (comprado à parte);

Consiga um código de acesso pelo Portal e-CAC;

Leia atentamente o edital, disponível neste link — a leitura do documento é indispensável para saber todos os detalhes do leilão;

Na mesma página, você poderá realizar as propostas — verifique também o local onde o produto está armazenado.

Retirada dos produtos: a Receita Federal não entrega os lotes para os autores das propostas vencedoras. A responsabilidade de retirada do produto é exclusiva de quem deu o lance ganhador. E fique atento ao local de cada lote.

Destaques do leilão da Receita em Santos

LotePrincipais itensLance inicial251x Redmi Note 112x Redmi 9A SportR$ 360442x iPhone 14 Pro MaxR$ 8.000461x iPhone 121x Google Pixel 4R$ 4.600532400x Pendrive 8GBR$ 20.000552x Redmi 10CR$ 750563x Redmi 10CR$ 1.000573x Redmi 10CR$ 1.000582x Poco X3 ProR$ 1.750591x Redmi Note 91x Poco X3 ProR$ 1.750601x Redmi Note 92x Poco M5R$ 1.600612x Kindle 11a geração2x Redmi 10C1x Poco F41x Poco X4 GTR$ 3.0006210x iPad 9R$ 10.000632x Redmi Note 10SR$ 1.200642x Poco M5sR$ 1.500651x Redmi Note 11S1x Redmi 101x Redmi PadR$ 2.000662x Redmi Note 11S1x Redmi Note 11R$ 1.800671x Redmi Note 11SR$ 1.80068 ao 743x Redmi Note 11R$ 1.800751x Redmi Note 1118x Acessórios diversosR$ 750762x Redmi Note 11S1x Redmi Note 11R$ 1.80077 ao 793x Redmi Note 11R$ 1.800801x Redmi Note 11R$ 6001043x iPhone 139x Galaxy A13R$ 11.0001051x iPhone 121x iPhone 12 Pro MaxR$ 2.5001213x Amazfit Bip2x Chromecast1x CPU AMD Ryzen2x Redmi 8A1x Redmi 9 Prime1x Redmi Note 9R$ 2.0001222x Redmi Note 10S2x Celular básico IPRO A20 MiniR$ 7601232x Redmi 9A1x Poco X3 Pro1x Redmi Note 9R$ 1.3501241x iPhone 8 Plus1x Redmi Note 111x Redmi 9A1x Realme 6iR$ 1.4501251x Controle para PS41x Redmi 91x HD 1 TBR$ 2.150
Leilão da Receita está repleto de celulares da Xiaomi

Leilão da Receita está repleto de celulares da Xiaomi
Fonte: Tecnoblog

Samsung anuncia nova linha Galaxy Book 4 com foco em Inteligência Artificial

Samsung anuncia nova linha Galaxy Book 4 com foco em Inteligência Artificial

Galaxy Book 4 Ultra é o mais robusto da nova linha de notebooks da Samsung (Foto: Katarina Bandeira/Tecnoblog)

(São Paulo) A Samsung anunciou nesta quarta-feira (17) os novos notebooks da linha Galaxy Book 4. Chegam ao mercado brasileiro as versões Galaxy Book 4 Ultra, Galaxy Book 4 Pro e Galaxy Book 4 360. Já o modelo tradicional do computador portátil só deve desembarcar no país em junho. O Tecnoblog teve acesso aos produtos em primeira mão e traz, nas linhas a seguir, o resumo do que o consumidor pode encontrar nos aparelhos. 

O grande destaque do evento ficou por conta dos modelos Galaxy Book 4 Ultra e Pro. Para essa linha, os notebooks ganharam novos recursos na tela, assim como melhorias na ficha técnica. Foram inseridos o recém-lançado processador Intel Core Ultra e a NPU AI Engine, que melhora o processamento da inteligência artificial nos dispositivos, segundo a fabricante. 

“Conforme os aplicativos estão sendo remodelados, estão sendo adaptados para inteligência artificial, eles aprendem a melhor forma de utilizar a NPU. Você tem um ganho [de processamento] de 2.3x, que é bastante substancial”, explica Luciano Beraldo, gerente sênior de notebooks da Samsung Brasil.

Galaxy Book 4 Ultra e Pro ganham reforço para IA 

Nova linha de notebooks da Samsung vai focar em Inteligência Artificial (Foto: Katarina Bandeira/Tecnoblog)

Pensado para o público gamer, o Galaxy Book 4 Ultra vem com uma tela de 16 polegadas em AMOLED Dinâmico 2x, com resolução WQXGA+ (2880×1800) — a mesma presente no modelo lançado no ano passado — e taxa de resolução de 120 Hz. A diferença é que, dessa vez, o notebook premium da Samsung ganha um display sensível ao toque e antirreflexo – algo que antes era uma exclusividade do Book 360.  

O dispositivo pode ser encontrado em duas versões. A primeira, equipada com o chip Intel Core Ultra 9, acompanhada da placa de vídeo da NVIDIA, RTX 4070 e a segunda, com o processador Intel Core Ultra 7 e placa de vídeo RTX 4050. Além disso, o Book 4 Ultra ainda conta com 32 GB de RAM e 1 TB em SSD, expansível via Micro SD, que o deixa pronto para rodar jogos com gráficos pesados, assim como processar de forma ágil aplicações que usam IA. 

No Galaxy Book 4 Pro, a Samsung traz um notebook que tenta conquistar o coração de quem busca trabalhar com IA. O aparelho conta com uma tela de 14 polegadas, nas mesmas configurações do seu irmão mais robusto, além do processador Intel Core Ultra 7 e NPU AI Engine.

A diferença aqui fica por conta da placa de vídeo, que é Intel ARC e da quantidade de memória e armazenamento, disponível em 16 GB RAM e 1 TB SSD. Por fim, a bateria do Galaxy Book 4 Ultra promete até 22 horas de reprodução de vídeo, enquanto o Galaxy Book 4, segue com até 18 horas de duração nas mesmas condições.

Samsung está deixando o Galaxy Book 4 360 de lado? 

Galaxy Book 4 360, da Samsung, recebeu poucas melhorias (Foto: Katarina Bandeira/Tecnoblog)

Para o Galaxy Book 4 360, a Samsung trouxe poucas novidades. A tela de 13 polegadas foi abandonada de vez, restando apenas o modelo com um display de Super AMOLED com 15,6 polegadas, Full HD.

A taxa de atualização caiu pela metade — para 60 Hz — em comparação ao modelo lançado no ano passado. Uma decisão no mínimo estranha, uma vez que a proposta do dispositivo 2 em 1 é justamente oferecer a experiência de tablet, e a redução deve impactar na fluidez — principalmente quando o dispositivo for usado com a S Pen. 

O modelo também não conta com algumas das configurações presentes nas versões Pro e Ultra, como a NPU IA Engine e o processador Core Ultra, equipado com o chip i7 ou i5, de 13ª geração da Intel. A bateria aguenta até 22 horas de reprodução de vídeo, com 8 ou 16 GB de RAM e até 1 TB de armazenamento SSD, expansível.

Novos recursos de IA são apostas da Samsung

Para ajudar ainda mais a popularizar o uso da inteligência artificial, os computadores portáteis da Samsung vêm equipados com Windows 11. O sistema da Microsoft traz o Copilot, chatbot de IA da própria fabricante.

Entre os recursos adicionados aos modelos Pro e Ultra estão um cancelamento de ruído que utiliza IA para identificar a voz do usuário e ferramentas de remasterização de imagens na edição nativa do app Fotos — com direito a apagador de objeto e removedor de reflexos e efeitos de estúdio. 

Preço e disponibilidade

Galaxy Book 4 360 e modelo tradicional ficaram de fora das especificações robustas para Inteligência Artificial (Foto: Katarina Bandeira/Tecnoblog)

A Samsung ainda não revelou os preços de cada modelo. O Galaxy Book 4 tradicional é o único que estará disponível apenas em junho. As versões Ultra, Pro e 360 chegam ao mercado brasileiro a partir desta quarta-feira.

Ficha técnica do Galaxy Book 4 Ultra

Tela: 16″ e resolução WQXGA+ (2880×1800 pixels)

Tipo de painel: AMOLED Dinâmico 2x

Taxa de atualização: 120 Hz

Processador: Intel Core Ultra 9 ou 7

GPU: NVIDIA RTX 4070 ou RTX 4050

NPU: IA Engine

Memória RAM: 32 GB

Armazenamento: 1 TB SSD, expansível

Bateria: até 21 horas de reprodução de vídeo

Cores: Grafite

Ficha técnica do Galaxy Book 4 Pro

Tela: 13″ e resolução WQXGA+ (2880×1800 pixels)

Tipo de painel: AMOLED Dinâmico 2x

Taxa de atualização: 120 Hz

Processador: Intel Core Ultra 7

GPU: Intel ARC

NPU: IA Engine

Memória RAM: 16 GB

Armazenamento:  1 TB SSD

Bateria: até 18 horas de reprodução de vídeo

Cores: Grafite

Ficha técnica do Galaxy Book 4 360 

Tela: 15,6″ e resolução Full HD (1920 x 1080 pixels)

Tipo de painel: Super AMOLED

Taxa de atualização: 60 Hz

Processador: Intel Core i7 ou i5

GPU: Intel Graphics 

NPU: Não tem

Memória RAM:  8 GB ou 16 GB

Armazenamento: até 1 TB SSD, expansível.

Bateria: até 22 horas de reprodução de vídeo

Cores: Grafite

Ficha técnica do Galaxy Book 4

Tela: 15,6″ e resolução Full HD (1920 x 1080 pixels)

Tipo de painel: LCD IPS

Taxa de atualização: 60 Hz

Processador: Intel Core i7/i5/i3

GPU: NVIDIA MX570A

NPU: Não tem

Memória RAM:  8 GB ou 16 GB

Armazenamento: até 1 TB SSD

Bateria: até 15 horas de reprodução de vídeo

Cores: Grafite

Katarina Bandeira viajou para São Paulo (SP) a convite da Samsung
Samsung anuncia nova linha Galaxy Book 4 com foco em Inteligência Artificial

Samsung anuncia nova linha Galaxy Book 4 com foco em Inteligência Artificial
Fonte: Tecnoblog

82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso

82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso

Acesso à internet atinge 95% da população brasileira (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.BR) publicou o estudo Conectividade Significativa, que apresenta um panorama sobre o acesso à internet no Brasil em 2023. A pesquisa mostra que o acesso à internet atinge 95% da população, e que 82% das pessoas utilizam a rede diariamente. Ainda assim, apenas 22% dos brasileiros possuem boas condições de conectividade.

Considerando apenas usuários de internet, 84% das pessoas têm frequência diária de acesso. O acesso diversificado entre diferentes dispositivos — como computador e smartphone, por exemplo — é exercido por 34% das pessoas.

Conexões rápidas estão presentes para apenas 35% dos brasileiros

O estudo traz a estatística de que 59% das pessoas utilizam conexão domiciliar via fibra óptica ou cabo, e a velocidade de conexão é maior que 10 Mb/s apenas para 35% dos brasileiros.

É importante salientar que os dados também contemplam pessoas que não são atendidas por banda larga, mas possuem acesso à internet graças aos pacotes de dados celulares.

As estatísticas da Anatel para fevereiro de 2024 mostram que 93,2% das conexões de banda larga fixa são compostas por fibra ou cabo coaxial, e a velocidade média contratada no país foi de 369,4 Mb/s.

Apenas 22% dos brasileiros têm boas condições de acesso

O estudo apresenta um score com nove indicadores para identificar o nível de conectividade. Para o NIC.BR, os resultados da pesquisa mostram um cenário desafiador no Brasil.

A pesquisa leva em conta os seguintes critérios (cada indicador representa 1 ponto):

Custo da conexão domiciliar menor que 2% da renda domiciliar

Presença de plano de celular pós-pago

Dispositivos per capita (quantidade de aparelhos maior que um por cada morador)

Presença de computador no domicílio

Uso diversificado de dispositivos (ex: celular e computador, celular e tablet)

Tipo de conexão familiar (móvel ou banda larga fixa)

Velocidade de conexão familiar maior que 10 Mb/s

Frequência de uso da internet

Locais de uso diversificados (ex: em casa e no trabalho)

Quanto mais pontos, melhor o nível de conectividade. No entanto, 33% da população brasileira com idade acima de 10 anos se encontra na lanterna, com no máximo dois pontos, e 24% das pessoas acumulam três ou quatro pontos.

A conectividade satisfatória, com 7 a 9 pontos, atinge 22% da população brasileira, enquanto 20% das pessoas se enquadram em 5 a 7 pontos.

Gráfico com índice de conectividade por percentual da população brasileira (Imagem: Reprodução/NIC.BR)

Na classificação por raça, classe social e região, 18% dos autodeclarados pretos ou pardos atingem o melhor nível de conectividade, enquanto entre os brancos o número salta para 32%. No recorte por gênero, 28% dos homens são mais conectados; entre as mulheres, são 17%.

Índice de conectividade por recortes sociais (Imagem: Reprodução/NIC.BR)

No recorte regional, a região Sudeste apresenta os melhores índices de conexão, com 31% da população, seguido pelo Sul (27%), Centro-Oeste (19%), Norte (11%) e Nordeste (11).

O estudo completo pode ser acessado no site do NIC.BR.
82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso

82% dos brasileiros usam internet diariamente, mas poucos têm boas condições de acesso
Fonte: Tecnoblog

Realme Note 50 custa a partir de R$ 699 no Brasil

Realme Note 50 custa a partir de R$ 699 no Brasil

Realme Note 50 aposta em design e tela para se diferenciar entre modelos de entrada (Imagem: Divulgação / Realme)

A Realme começou a vender no Brasil o celular Realme Note 50, com preços sugeridos de R$ 699 (pela versão com 3 GB de RAM e 64 GB de armazenamento) e R$ 799 (pela versão com 4 GB e 128 GB). Além do valor baixo, o smartphone tem como destaques a tela de 6,74 polegadas e a bateria de 5.000 mAh.

O Realme Note 50 é bem básico, como era de se imaginar para um smartphone barato. Ele vem com apenas uma câmera traseira, por exemplo, e o processador é um Unisoc Tiger T612, com 1,8 GHz de frequência.

Tela de 6,74 polegadas é um dos destaques do aparelho (Imagem: Divulgação / Realme)

Mesmo assim, ele tem seus truques na manga. Um deles é a tela de 6,74 polegadas, que deve atrair quem gosta de muito espaço para vídeos e fotos. A resolução é HD+, com 1600 x 720 pixels, e a taxa de atualização é de 90 Hz.

Outro diferencial está na bateria de 5.000 mAh. Segundo a Realme, ela consegue reter 80% da capacidade mesmo após 1.200 ciclos de carga. A empresa explica que isso é suficiente para ultrapassar três anos de uso, com uma recarga de 0% a 100% todos os dias.

O Realme Note 50 tem certificação IP54 contra poeira e água. Isso significa que a poeira pode entrar no aparelho, mas não em quantidade suficiente para danificá-lo, além de resistir a jorros d’água, como uma torneira aberta, por até 10 minutos de maneira intercalada.

Câmeras básicas e memória virtual

Voltando às memórias, temos duas versões, uma com 3 GB de RAM e 64 GB de armazenamento, e outra com 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento. É possível alcançar 8 GB de RAM com memória virtual, usando o armazenamento do dispositivo para as tarefas. Além disso, o smartphone tem suporte a cartão MicroSD de até 2 TB.

Realme Note 50 tem opções em azul e preto (Imagem: Divulgação / Realme)

Nas câmeras, o conjunto é bem básico. Na traseira, uma única câmera de 13 megapixels. Do outro lado, um sensor de 5 megapixels para selfies. A Realme diz que a inteligência artificial ajuda a melhorar a qualidade das imagens, além de oferecer recursos como modo retrato e modo noturno.

Por fim, vale mencionar que o Realme Note 50 tem leitor de impressões digitais e não oferece suporte a 5G. O sistema operacional é o Android 13.

Preço e disponibilidade

O Realme Note 50 custa R$ 699 (3 GB + 64 GB) e R$ 799 (4 GB + 128 GB). Além disso, ele está disponível em azul claro e preto.

Segundo a companhia, o Note 50 está disponível em suas lojas oficiais no Mercado Livre, Amazon e Shopee. A marca também tem lojas físicas, nos shoppings Vitrine Iguatemy, Plaza Shopping Carapicuíba e Raposo Shopping, todos na Grande São Paulo.

O preço de R$ 699 coloca o aparelho entre os mais baratos do mercado. A Motorola oferece o Moto E13 por R$ 699, enquanto a Samsung lançou o Galaxy A05 no fim de 2023 por R$ 799. Já é possível encontrá-los a preços mais baixos no varejo.
Realme Note 50 custa a partir de R$ 699 no Brasil

Realme Note 50 custa a partir de R$ 699 no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Sinal de 5G só aparece em 10% do tempo no Brasil

Sinal de 5G só aparece em 10% do tempo no Brasil

A Opensignal divulgou um novo relatório sobre redes móveis no Brasil, dessa vez avaliando as redes de quinta geração. Segundo a pesquisa, a velocidade média do 5G no país foi de 360 Mb/s, mas a disponibilidade de sinal da nova tecnologia ainda é inferior a 10%.

5G (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

5G está disponível em menos de 10% do tempo

O relatório da Opensignal é baseado em testes feitos por usuários de telefonia móvel, com medições realizadas entre novembro de 2023 e janeiro de 2024. Um dos dados mais relevantes do estudo é a taxa de disponibilidade de sinal 5G, que esteve presente em apenas 9,9% do tempo.

O recorte é feito somente entre os usuários de 5G, ou seja, não leva em conta quem nunca teve acesso à tecnologia. Isso significa que os usuários de quinta geração ficaram menos de 10% do tempo conectado às redes mais modernas.

O relatório também mostra a taxa de disponibilidade 5G por região. O Distrito Federal obteve os melhores índices de conectividade, enquanto Santa Catarina registra a menor taxa.

Disponibilidade de 5G por estado brasileiro (Imagem: Reprodução/Opensignal)

Com 9,9% de disponibilidade média no 5G, o Brasil fica atrás de diversos países. Em estudo realizado entre março a maio de 2023, quando o Brasil atingia taxa de 8,3%, ficávamos muito atrás de mercados como Estados Unidos (que já tinham 30%) e Chile (com 19,8%). Os líderes nesse indicador eram Porto Rico e Coreia do Sul.

Claro, TIM e Vivo ainda precisam trabalhar muito para expandir o 5G no Brasil, especialmente considerando que a penetração de sinal na frequência de 3,5 GHz é muito inferior quando comparado com as bandas utilizadas no 4G.

De acordo com a Anatel, o Brasil possui 20.059 antenas licenciadas para tecnologia 5G nas frequências de 2,3 GHz e 3,5 GHz. A operadora com o maior número de estações é a TIM, com 7.680 torres, seguida por Claro (6.740) e Vivo (4.464).

Ao falar de dados oficiais de cobertura, a tecnologia 5G está disponível comercialmente em 351 municípios brasileiros, segundo o Teleco. A TIM lidera o ranking com 229 cidades, seguida por Claro (223) e Vivo (178).

Download e upload melhoram no 5G

A Opensignal também trouxe dados sobre a velocidade do 5G. As medições apresentam taxa de download média de 360 Mb/s, ante 337 Mb/s no ano passado. No upload a variação foi pequena, com média de 31,1 Mb/s— no período anterior, as operadoras atingiram a marca de 29,7 Mb/s.

Teste de velocidade 5G da Opensignal (Imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)

O relatório também informa as capitais com maiores velocidades de download no 5G. Belo Horizonte é a capital mais rápida, com média de 399,4 Mb/s, seguida por Brasília (386,4 Mb/s), São Paulo (384,6 Mb/s) e Fortaleza (381 Mb/s), Salvador (377,8 Mb/s), Rio de Janeiro (364,5 Mb/s) e Manaus (333,6 Mb/s)

4G melhorou após a chegada do 5G

Outra estatística trazida pelo estudo é que a chegada do 5G também melhorou a velocidade do 4G. A média de download registrada nas redes de quarta geração foi de 28,9 Mb/s, ante 24,4 Mb/s no ano anterior.

É um efeito colateral que faz sentido: quanto mais pessoas passam a utilizar o 5G, maior a desocupação do espectro na rede 4G, o que melhora a experiência nesse tipo de conexão.
Sinal de 5G só aparece em 10% do tempo no Brasil

Sinal de 5G só aparece em 10% do tempo no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Asus lança notebook ROG com RTX 4090 e atualiza linha TUF Gaming no Brasil

Asus lança notebook ROG com RTX 4090 e atualiza linha TUF Gaming no Brasil

Asus mostra ROG Strix Scar 18 durante evento de lançamento em São Paulo – Foto: Felipe Freitas/Tecnoblog

(São Paulo) A Asus lançou nesta quarta-feira (3) novos notebooks gamers da marca ROG, que saem por preços iniciais entre R$ 8.999 e R$ 32.999. A empresa taiwanesa trouxe ao Brasil o ROG Strix Scar e atualizou a linha TUF Gaming. Os detalhes das máquinas são apresentados na noite de hoje, num evento na capital paulista. Você fica sabendo mais informações nas linhas a seguir.

O lançamento de notebooks premium com preços acima de R$ 20 mil não é uma novidade para a companhia. A fabricante já trouxe para o Brasil o laptop Asus Zenbook 17 Fold custando na faixa dos R$ 40 mil. Os novos modelos mostram que a empresa está confiante em atrair consumidores com alto poder aquisitivo.

ROG Strix Scar 18

Pela primeira vez, a Asus anuncia no país o modelo ROG Strix Scar 18, laptop equipado com uma tela de taxa de atualização de 240 Hz. Como sugere o nome, sua tela mede 18 polegadas. Ele é equipado coma placa de vídeo Geforce RTX 4090, principal GPU da Nvidia para laptops. Seu preço de lançamento é de R$ 32.999, fazendo dele o laptop ROG mais caro do Brasil. Este notebook possui tela com tecnologia miniLED.

ROG Strix Scar G16 chega com opções de RTX 4070 e RTX 4080 (Imagem: Divulgação/Asus)

A Asus ainda lançou o ROG Strix G16, com tela LED de 16 polegadas. Ele chega com versões equipadas com as GPUs RTX 4070 e RTX 4080. Seu preço de lançamento é de R$ 19.999, “mais em conta” que a sua versão de 18 polegadas e tela melhorada.

Os dois modelos ROG Strix saem de fábrica com SSD NVMe, com versões de 1 TB e 2 TB, e processador Intel Core i9-14900HX, de 24 núcleos e 32 threads. Ambos possuem versões com até 32 GB de RAM.

Contudo, os preços não surpreendem, pois o ROG Strix Scar 18 está até mais caro que o Zephyrus G16. Ache o valor um absurdo ou não, são notebooks gamers nichados, com os hardwares mais caros e mais potentes do mercado. É o preço que se paga por ter tudo isso com portabilidade.

Novos TUF Gaming são laptops gamers “mais acessíveis”

TUF Gaming A16 é notebook gamer sob a marca da própria Asus, sem ROG no nome, e com RTX 4060 (Imagem: Divulgação/Asus)

Por fim, a Asus também atualizou a linha de notebook gamers TUF Gaming. A fabricante lança por aqui os laptops TUF Gaming A16 e TUF Gaming F15. Sim, os números no nome indicam o tamanho das telas em polegadas. No caso do TUF Gaming F15, o tamanho exato é 15,6 polegadas.

Principal anúncio da linha TUF Gaming, o A16 possui display com taxa de atualização de 165 Hz. A ficha técnica menciona processador AMD Ryzen 9-7845HX e placa de vídeo RTX 4060, modelo logo abaixo da RTX 4070 e atende o público que busca o melhor custo-benefício. Ele chega com preço sugerido de R$ 13.999.

O Asus TUF Gaming F15 tem tela com taxa de atualização de 144 Hz. Ele conta com uma RTX 4050, versão de entrada das GPUs mobile da Nvidia. O processador é o Intel Core i7-13620H. O uso dessa RTX 4050 faz do TUF Gaming F15 o modelo mais barato dessa série de lançamentos, custando R$ 8.999 na estreia.

Felipe Freitas viajou para São Paulo a convite da Asus
Asus lança notebook ROG com RTX 4090 e atualiza linha TUF Gaming no Brasil

Asus lança notebook ROG com RTX 4090 e atualiza linha TUF Gaming no Brasil
Fonte: Tecnoblog