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Netflix culpa Brasil por rombo de US$ 619 milhões em resultado financeiro

Netflix culpa Brasil por rombo de US$ 619 milhões em resultado financeiro

Resultado abaixo do esperado da Netflix teve origem em imposto no Brasil (foto: Thiago Mobilon/Tecnoblog)

Resumo

Netflix teve lucro operacional menor que o esperado no trimestre e atribui isso a uma disputa tributária no Brasil que custou US$ 619 milhões.

Segundo a empresa, a despesa está ligada à CIDE, imposto federal criado para financiar avanços tecnológicos.
Apesar de afetar o resultado global, a receita e a audiência da Netflix cresceram mundialmente.

A Netflix apresentou seus resultados financeiros para o terceiro trimestre de 2025 nessa terça-feira (21/10). Mesmo com boa receita, o lucro operacional ficou abaixo do esperado. E o motivo, segundo a empresa, é o Brasil: uma despesa não prevista de US$ 619 milhões referente a uma disputa tributária no país. O montante equivale a R$ 3,34 bilhões em conversão direta.

O valor, que não estava no guidance (a previsão de resultados), fez o lucro operacional fechar em US$ 3,24 bilhões (cerca de R$ 17 bilhões). No comunicado oficial aos acionistas, a Netflix explica que, sem esse gasto, teria superado a meta de lucro que ela mesma estabeleceu. O impacto teria reduzido a margem operacional do trimestre em mais de cinco pontos percentuais.

Em entrevista a analistas, Spencer Neumann, diretor financeiro da Netflix, explicou que o custo se refere à CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), um imposto federal criado para financiar o desenvolvimento tecnológico no país.

Entenda a despesa vinda do Brasil

Decisão da Justiça englobou streaming e fez Netflix considerar os gastos no balanço (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

No balanço, o valor foi registrado como “custo de receita”. De acordo com a Netflix, refere-se a uma “disputa em andamento com as autoridades fiscais brasileiras” sobre “certas avaliações de impostos não relacionados à renda”. A empresa detalhou que o montante cobre um período retroativo, de 2022 até o terceiro trimestre de 2025.

Segundo a Bloomberg, o número final do lucro operacional ficou cerca de US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) abaixo do projetado por analistas de mercado. Esclarecendo os resultados financeiros a analistas, Neumann descreveu a CIDE como um “custo de fazer negócios no Brasil” e não um imposto comum sobre faturamento.

O imposto incide em cerca de 10% sobre determinados valores pagos por empresas brasileiras e entidades fora do Brasil. No caso da Netflix, o pagamento é feito pela Netflix Brasil à matriz norte-americana pelos serviços que permitem o funcionamento da plataforma no país.

Neumann afirmou que estava otimista em relação ao processo que contestava a aplicação da CIDE sobre serviços que não envolvem “transferência de tecnologia”. A Netflix teria vencido em instância inferior em 2022 sobre o não pagamento do imposto.

No entanto, o CFO considera que decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida em agosto deste ano, ampliou o entendimento jurídico sobre o alcance da CIDE e a Netflix passou a registrar essa despesa.

“A CIDE é algo único, não temos nada parecido em nenhum outro país onde operamos”, afirmou o executivo. Ele também reforçou a mensagem do comunicado: “Não acreditamos que este assunto terá impacto material nos nossos resultados de agora em diante”.

Receita e engajamento em alta

Fora o impacto da questão tributária, os números da Netflix foram positivos. A receita global cresceu 17% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 11,5 bilhões, um resultado em linha com a projeção da empresa.

A companhia também destacou o sucesso de seus lançamentos no período, incluindo a segunda temporada de Wandinha, o filme Um Maluco no Golfe 2 e o longa sul-coreano Guerreiras do K-pop, que se tornou o filme mais popular da história da plataforma. O relatório também cita a luta de boxe entre Canelo Álvarez e Terence Crawford como sucesso de audiência.

No comunicado, a Netflix também respondeu a preocupações do mercado sobre a concorrência com plataformas gratuitas, como o YouTube. A empresa destaca que atingiu sua “maior participação trimestral de audiência de TV de todos os tempos nos EUA e no Reino Unido”. Vale lembrar que a companhia começará a exibir canais de televisão ao vivo a partir do ano que vem, em uma parceria na França.

Netflix de olho na concorrência

Netflix pode expandir com compra da Warner Bros. Discovery (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

No mesmo dia em que revelou o balanço financeiro, o nome da Netflix apareceu como possível interessada na compra de parte da Warner Bros. Discovery (WBD), controladora do streaming HBO Max. A aquisição seria em parceria com a Paramount Skydance — do multibilionário David Ellison, filho do dono da Oracle — e Comcast (dona do estúdio de cinema Universal).

Entretanto, horas após o anúncio da WBD sobre estar, oficialmente, considerando ofertas do mercado, o CEO da Netflix, Ted Sarandos, reforçou que a companhia segue sem interesse em adquirir veículos de comunicação tradicionais.

O foco, segundo o CEO, segue em crescimento orgânico e no desenvolvimento da tecnologia da própria plataforma, incluindo a incorporação de inteligência artificial generativa.
Netflix culpa Brasil por rombo de US$ 619 milhões em resultado financeiro

Netflix culpa Brasil por rombo de US$ 619 milhões em resultado financeiro
Fonte: Tecnoblog

65% das crianças e adolescentes brasileiros já utilizam IA, revela estudo

65% das crianças e adolescentes brasileiros já utilizam IA, revela estudo

24,5 milhões de crianças e adolescemtes acessam a internet no país (foto: Julia M. Cameron/Pexels)

Resumo

65% dos jovens brasileiros de 9 a 17 anos usaram IA generativa para atividades cotidianas; 92% dessa faixa etária são usuários de internet, totalizando 24,5 milhões.
O celular é o dispositivo mais utilizado, com 74% de uso diário; WhatsApp, YouTube, Instagram e TikTok são as plataformas mais acessadas.
45% das crianças e adolescentes tiveram contato com propaganda inadequada; 51% pediram produtos após exposição online.

Cerca de 65% dos jovens brasileiros com idade entre 9 e 17 anos utilizaram inteligência artificial generativa para realizar ao menos uma atividade do cotidiano. É o que mostra a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2025, divulgada hoje pelo Cetic.br e NIC.br. O estudo mostra ainda que 92% da população de 9 a 17 anos é usuária de internet no país, o que representa 24,5 milhões de crianças e adolescentes.

As crianças e os adolescentes recorrem à IA para pesquisas escolares, busca de informações, criação de conteúdo ou conversas sobre problemas pessoais. No recorte por faixa etária, o uso desta nova tecnologia foi mais comum entre as pessoas de 15 a 17 anos do que as de 9 a 10 anos.

O celular é o principal dispositivo tecnológico da rotina das crianças e adolescentes: 74% fazem uso diário do dispositivo. Logo na sequência aparece a televisão, com 35%. O WhatsApp é a plataforma digital mais acessada, seguida de YouTube, Instagram e TikTok.

WhatsApp é o aplicativo mais utilizado pelas crianças (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Acessos nas escolas e publicidade digital

A pesquisa registrou queda no acesso à internet nas escolas, que passou de 51% em 2024 para 37% em 2025. Entre os que acessam a rede nas escolas, 12% reportaram uso várias vezes ao dia e 13%, uma vez por semana.

O estudo identificou exposição significativa a conteúdo publicitário. Os pais e responsáveis disseram que 45% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos tiveram contato com propaganda não apropriada para a idade e 51% pediram algum produto após o contato online. Esse público está consciente sobre o tema: 65% dos usuários de 11 a 17 anos concordaram que falar ou pesquisar sobre produtos na web aumenta a quantidade de propagandas recebidas.

Os formatos de vídeos mais vistos incluem pessoas abrindo embalagens de produtos (66%), ensinando como usar produtos (65%) e divulgando jogos de apostas (53%).

Fontes de informação

As principais fontes de informação dos responsáveis sobre uso seguro da internet são as próprias crianças ou adolescentes (50%), os familiares e amigos (48%), a televisão, rádio, jornais ou revistas (42%) e a escola (41%). Cerca de 37% buscam sites dedicados ao tema, 36% recorrem a vídeos ou tutoriais online e 31% consultam grupos de pais em redes sociais.

A pesquisa revelou ainda que 31% das crianças e adolescentes ajudam os responsáveis diariamente com atividades na internet.

A coleta de dados da pesquisa divulgada nesta quarta-feira foi realizada entre março e setembro de 2025, com entrevistas presenciais com 2.370 crianças e adolescentes, além de 2.370 pais ou responsáveis.
65% das crianças e adolescentes brasileiros já utilizam IA, revela estudo

65% das crianças e adolescentes brasileiros já utilizam IA, revela estudo
Fonte: Tecnoblog

Trabalhadores de apps têm jornadas mais longas e recebem menos, aponta IBGE

Trabalhadores de apps têm jornadas mais longas e recebem menos, aponta IBGE

Estudo aponta que carga horária é de quase 45 horas semanais (imagem: Paul Hanaoka/ Unsplash)

Resumo

Trabalhadores de apps têm, em média, 5,5 horas a mais de jornada semanal que os não plataformizados, segundo o IBGE.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (17/10) e também revelam que o Brasil tem 1,7 milhão de trabalhadores de aplicativos, um aumento de 25,4%.
Apenas 35,9% contribuem para a previdência, e 71,1% atuam na informalidade, com autonomia limitada pelas plataformas.

Trabalhadores por aplicativo têm jornadas semanais mais longas que profissionais não plataformizados no Brasil, com um rendimento por hora trabalhada até 8,3% menor. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (17/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e levam em conta o ano de 2024.

A pesquisa também revela que o número de trabalhadores nessa modalidade cresceu no país: de 1,3 milhão para 1,7 milhão no último ano, um aumento de 25,4% em apenas dois anos. São mais de 335 mil novos trabalhadores nas plataformas digitais.

Em termos comparativos, o contingente dos chamados “plataformizados” já supera a população de capitais como Recife (1,6 milhão) e Porto Alegre (1,4 milhão), e representa 1,9% do total de 88,5 milhões de pessoas ocupadas no setor privado.

O levantamento considera no montante o transporte particular de passageiros (exceto táxi), entrega de produtos e prestação de serviços gerais via app. A maior parte, 878 mil, atuava no transporte de passageiros em 2024 — um aumento de 29,2% somente nessa categoria.

Jornadas de trabalho são mais longas

Trabalhadores cumprem jornada semanal mais longa (imagem: Szymon Fischer/Unsplash)

O rendimento mensal médio dos trabalhadores de aplicativos foi de R$ 2.996, valor 4,2% superior aos R$ 2.875 recebidos, em média, por profissionais não plataformizados. De acordo com o analista do IBGE Gustavo Geaquinto, rendas um pouco mais altas e a proposta de flexibilizar os horários incentivam a adesão a esse modelo de trabalho.

Contudo, para alcançar esses valores, a jornada semanal dos trabalhadores de aplicativos foi de 44,8 horas — 5,5 horas a mais que as 39,3 horas semanais cumpridas pelos demais. Na prática, essa diferença na carga horária resulta em um rendimento por hora trabalhada inferior: a média foi de R$ 15,40 por hora, ante os R$ 16,80 por hora recebidos pelos não plataformizados.

Vale destacar que o levantamento considera somente os indivíduos cujo trabalho principal é intermediado por plataformas digitais, excluindo quem usa os aplicativos como fonte de renda complementar. Segundo o IBGE, a maioria dos trabalhadores plataformizados é homem (83,9%) e possui ensino médio completo ou superior incompleto (59,3%).

Plataformas controlam a “flexibilidade”

Pesquisa revela controle dos apps sobre preços e tarefas (imagem: Jan Baborák/Unsplash)

O estudo do IBGE também lança luz sobre a vulnerabilidade e as condições de trabalho dos trabalhadores de aplicativos. Apenas 35,9% deles contribuíam para a previdência social em 2024, uma proporção muito inferior aos 61,9% observados entre os não plataformizados. A informalidade também é expressiva, atingindo 71,1% do grupo.

A pesquisa também analisou o nível de controle das plataformas e apontou autonomia limitada entre os trabalhadores. Segundo o estudo, 91,2% dos motoristas afirmaram que o valor das corridas é definido pelo aplicativo. Além disso, 76,7% disseram que as plataformas escolhem os clientes a serem atendidos, e 70,4% dos entregadores relataram que o prazo de entrega também é imposto pelos apps.

A flexibilidade, citada como uma vantagem, é influenciada pelas próprias plataformas. Mais de 55% dos motoristas e entregadores relataram que sua jornada de trabalho é afetada por incentivos, bônus ou promoções. Além disso, mais de 30% desses trabalhadores reportaram a influência de ameaças de punições ou bloqueios.

O estudo integra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foi realizado em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Os resultados estão detalhados no site do IBGE.
Trabalhadores de apps têm jornadas mais longas e recebem menos, aponta IBGE

Trabalhadores de apps têm jornadas mais longas e recebem menos, aponta IBGE
Fonte: Tecnoblog

Motorola lança Edge 60 Neo com foco em câmera e durabilidade; veja o preço

Motorola lança Edge 60 Neo com foco em câmera e durabilidade; veja o preço

Modelo é um pouco menor que os outros da linha Edge 60 (imagem: divulgação)

Resumo

O Motorola Edge 60 Neo possui câmera com zoom óptico de 3x, tela 1.5K de 6,4 polegadas e proteção IP68/IP69.
O aparelho vem com processador MediaTek Dimensity 7400, 12 GB de RAM, e opções de armazenamento de 256 GB ou 512 GB.
O preço inicial é de R$ 3.499, com atualizações prometidas até o Android 19 e suporte a carregamento de até 68 W.

A Motorola lançou nesta sexta-feira (17/10) o smartphone Edge 60 Neo no Brasil, com preços sugeridos de R$ 3.499 e R$ 3.999, nas versões com 256 GB e 512 GB de armazenamento, respectivamente. As vendas serão exclusivas no site da fabricante e no Mercado Livre.

Este é o quarto modelo da família, que já conta com Edge 60 Pro, Edge 60 e Edge 60 Fusion, todos lançados no primeiro semestre de 2025. A chegada do Edge 60 Neo era iminente — na segunda-feira (13/10), o Tecnoblog noticiou a homologação do aparelho junto à Anatel, passo necessário para o início das vendas por aqui.

Quais são as diferenças entre o Edge 60 Neo e os outros aparelhos da linha?

O Neo está posicionado entre o Edge 60 e o Edge 60 Fusion, que chegaram ao Brasil custando R$ 3.999 e R$ 2.999, respectivamente. Para se diferenciar do modelo mais barato, o Neo aposta em uma câmera teleobjetiva com zoom óptico de 3x, característica antes restrita aos modelos mais caros.

Em relação aos demais smartphones da linha, o Neo tem design ligeiramente mais compacto. A tela tem 6,4 polegadas, contra 6,7 polegadas de seus “irmãos”. Já o corpo é cerca de 7 mm menor na altura e 2 mm menor na largura. Outra vantagem é o carregamento sem fio — além dele, só o modelo Pro conta com suporte a recarga wireless.

Quais são os destaques do Edge 60 Neo?

Edge 60 Neo tem carregamento rápido de 68 W (imagem: divulgação)

A Motorola ressalta a resistência do aparelho, com proteção à água e à poeira nos padrões IP68 e IP69, que significam resistência contra jatos d’água de alta pressão e imersão em até 1,5 m. Além disso, ele cumpre os requisitos para a certificação militar MIL-STD-810H, que envolvem testes em condições extremas. O vidro da tela é o Gorilla Glass 7i.

Outro ponto enfatizado é a câmera com sensor Sony Lytia 700C, de 50 megapixels, também presente nos outros modelos da linha. A tela 1.5K, com resolução de 1200 × 2670 pixels, conta com validação da Pantone para fidelidade de cor.

Câmera principal usa sensor Sony Lytia 700C de 50 MP (imagem: divulgação)

Nos componentes internos, o destaque fica por conta do processador MediaTek Dimensity 7400. Outra vantagem do aparelho é o suporte a carregamento de até 68 W — a Motorola promete que sete minutos na tomada fornecem energia suficiente para um dia inteiro.

Em software, o Edge 60 Neo vem com Android 15 e promessa de atualização até o Android 19, além de cinco anos e nove meses de updates de segurança.

O aparelho também conta com a Moto AI, conjunto de ferramentas de inteligência artificial da empresa, como criação de imagens, respostas rápidas, anotações e resumo de notificações. É possível também trocar o agente padrão do aparelho para opções como Microsoft Copilot, Google Gemini e Perplexity.

Ficha técnica do Motorola Edge 60 Neo

Tela: 6,4” Super HD 1.5K (1200 × 2670 pixels), pOLED, HDR10+, 120 Hz, 3000 nits (máximo)

Processador: MediaTek Dimensity 7400

Memória: 12 GB de RAM (+ 12 GB de RAM Boost), 256 GB ou 512 GB de armazenamento

Bateria: 5.000 mAh, carregador TurboPower 68 W

Câmera traseira: 50 MP (Sony Lytia 700C, OIS) + 10 MP (teleobjetiva, zoom óptico de 3x) + 13 MP (ultrawide)

Câmera frontal: 32 MP

Vídeo: 4K (30 fps), Full HD (até 240 fps)

Sensores: Leitor digital sob a tela, acelerômetro, giroscópio, proximidade, bússola

Design: 174,5 g, 154,1 × 71,2 × 8,1 mm

Sistema operacional: Android 15, com quatro atualizações futuras

Cores: Cinza, Vermelho, Latte e Menta (256 GB); Cinza e Latte (512 GB)

Motorola lança Edge 60 Neo com foco em câmera e durabilidade; veja o preço

Motorola lança Edge 60 Neo com foco em câmera e durabilidade; veja o preço
Fonte: Tecnoblog

Oakley homologa óculos inteligentes esportivos no Brasil

Oakley homologa óculos inteligentes esportivos no Brasil

Meta confirma venda do Oakley Meta Vanguard no Brasil (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

Oakley Meta Vanguard foi homologado pela Anatel e já pode ser vendido no Brasil.
O óculos smart possui câmera ultrawide, integração com Strava e Garmin, além de certificação IP67 contra poeira e água.
O modelo oferece até 9 horas de bateria e está em pré-venda no exterior por US$ 499, ainda sem previsão de preço no mercado nacional.

Como noticiamos anteriormente aqui no Tecnoblog, os óculos smart Oakley Meta Vanguard serão vendidos no Brasil em breve. A certificação para isso ocorreu na última quinta-feira (09/10): os dispositivos foram homologados pela Anatel e já podem ser vendidos por aqui.

Assim como outros óculos inteligentes da Meta, o modelo é fabricado pela EssilorLuxottica, empresa que detém diversas marcas de óculos e lentes, como Ray-Ban, Transitions e a própria Oakley.

Oakley Meta Vanguard foi homologado pela Anatel (imagem: Bruno Andrade/Tecnoblog)

Ao contrário dos irmãos Oakley Meta HSTN e Ray-Ban Meta, a câmera do Vanguard é ultrawide e fica no centro do óculos, logo acima do nariz. Seus recursos são focados em práticas esportivas, com integração ao Strava e dispositivos da Garmin. 

O óculos possui certificação IP67 contra poeira e água e, assim como o HSTN, possui Bluetooth 5.3 e Wi-Fi 6E. O Oakley Meta Vanguard deve ser vendido em quatro opções de cores e lentes: Prizm Black, Prizm Road, Prizm 24k e Prizm Sapphire.

Oakley Meta Vanguard grava vídeo em 122º (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Wearable da Oakley já pode ser vendido no país (imagem: Bruno Andrade/Tecnoblog)

Ele deve oferecer até 9 horas de bateria (que pode ser recarregada no estojo que acompanha o produto, oferecendo mais 36 horas de carga).

O modelo ainda não tem data de chegada e nem preço para o mercado nacional, mas está em pré-venda no exterior por US$ 499, um pouco mais caro que o Oakley Meta HSTN (que começa em US$ 399 e vai até US$ 479, se equipado com lentes Transitions). No Brasil, o Meta HSTN desembarcou por R$ 3.459.

Oakley homologa óculos inteligentes esportivos no Brasil

Oakley homologa óculos inteligentes esportivos no Brasil
Fonte: Tecnoblog

AirPods Pro 3 e novos Apple Watch desembarcam no Brasil; veja os preços

AirPods Pro 3 e novos Apple Watch desembarcam no Brasil; veja os preços

Apple liberou as vendas do AirPods Pro 3 no Brasil (imagem: divulgação)

Resumo

Apple lançou no Brasil os AirPods Pro 3 por R$ 2.699 e os Apple Watch Series 11, Ultra 3 e SE 3, com preços entre R$ 3.299 e R$ 10.499.
Os AirPods Pro 3 trazem tradução ao vivo em cinco idiomas, com suporte a mais quatro até o fim do ano.
O Apple Watch Series 11 monitora pressão arterial, o SE 3 traz funções antes restritas aos modelos premium e o Ultra 3 oferece conectividade via satélite.

A Apple começou a vender oficialmente no Brasil, nesta sexta-feira (10/10), os AirPods Pro 3 e as três novas linhas de Apple Watch: Series 11, Ultra 3 e SE 3. Os fones de ouvido chegam por R$ 2.699, enquanto os relógios têm preços que variam entre R$ 3.299 e R$ 10.499, a depender do modelo.

Entre as principais novidades, estão recursos voltados à saúde e à inteligência artificial. Os dispositivos foram apresentados pela empresa no começo de setembro, durante o evento de lançamento da linha iPhone 17.

O que o AirPods Pro 3 tem de novo?

AirPods Pro agora tem recurso de tradução em tempo real (imagem: reprodução)

A terceira geração dos AirPods Pro introduz um dos recursos mais esperados: a tradução ao vivo de conversas. A função permite que o usuário entenda e fale com pessoas de outros idiomas sem precisar olhar para o celular.

Há duas formas de usar o sistema: com o iPhone em modo horizontal, exibindo as falas traduzidas na tela, ou com ambos os interlocutores usando os fones, para ouvir a tradução diretamente nos ouvidos.

AirPods Pro 3 tem design mais confortável (imagem: divulgação)

A tradução está disponível, por enquanto, em português, inglês, francês, alemão e espanhol, com promessa de suporte a japonês, coreano, chinês e italiano até o fim do ano.

Segundo a empresa, basta pressionar a haste dos fones para ativar o modo de tradução — o aparelho emite um som confirmando o início da função. A novidade é impulsionada pela Apple Intelligence, o novo sistema de inteligência artificial da marca.

E o que há nos novos Apple Watch?

Apple renovou linha de relógios inteligentes (imagem: divulgação)

O Apple Watch Series 11 estreia com um novo recurso de saúde: o monitoramento de pressão arterial, capaz de emitir alertas quando identificar sinais de hipertensão. A Apple destaca, porém, que a função depende da aprovação de órgãos reguladores em cada país para ser ativada.

O modelo mantém sensores de batimentos cardíacos e oxigenação do sangue, mas traz melhorias de desempenho e integração mais fluida com o ecossistema da marca.

Apple Watch Ultra 3 tem foco em esportes de aventura (imagem: divulgação)

O Apple Watch SE 3 herda funções antes restritas aos modelos premium, como tela sempre ligada, detecção de apneia do sono, carregamento rápido, alto-falantes e suporte a gestos.

Já o Apple Watch Ultra 3, voltado a esportes e aventuras, tem tela ligeiramente maior e corpo com dimensões semelhantes às gerações anteriores. O modelo conta ainda com 5G e conectividade via satélite aprimorada, permitindo o envio de mensagens mesmo sem sinal de celular.

No Brasil, os preços começam em R$ 3.299 (SE 3), R$ 5.499 (Series 11) e R$ 10.499 (Ultra 3). Os produtos podem ser adquiridos no site oficial da Apple.
AirPods Pro 3 e novos Apple Watch desembarcam no Brasil; veja os preços

AirPods Pro 3 e novos Apple Watch desembarcam no Brasil; veja os preços
Fonte: Tecnoblog

Veja a operadora mais rápida e a mais confiável do país

Veja a operadora mais rápida e a mais confiável do país

Análise mostra que nenhuma operadora lidera em todos os quesitos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Um novo relatório revela as operadoras de banda larga fixa que merecem destaque no Brasil. O relatório, que foi elaborado pela consultoria Opensignal e consolidado em outubro, coloca a Vivo como melhor prestadora quando o assunto é velocidade de conexão. Já a Nio, antiga Oi Fibra, lidera na confiabilidade de rede.

O documento é baseado na coleta de bilhões de medições diretamente dos dispositivos dos usuários em todo território nacional. Segundo a Opensignal, o levantamento revela o desempenho das redes em atividades cotidianas, refletindo a qualidade da conexão em todo o trajeto, desde o servidor de conteúdo até o dispositivo final, independentemente do plano contratado.

A mais rápida

O relatório faz distinção entre as operadoras líderes em diferentes aspectos da experiência de banda larga. A Vivo obteve a pontuação mais alta em categorias como Velocidade de Download, em que obteve 114,8 Mb/s, contra 96,5 Mb/s da Claro e 95,6 Mb/s da Nio. Ela também fez bonito na Velocidade de Upload, com 67,2 Mb/s de média. Essas métricas são fundamentais para atividades como streaming de vídeo em alta definição, download de arquivos grandes e carregamento de páginas da web.

A Vivo anotou ainda uma boa experiência em vídeo, o que sugere um desempenho superior de sua infraestrutura para transferir grandes volumes de dados de forma eficiente.

Vivo domina em velocidade e Nio, que absorveu clientes da Oi, vence em estabilidade (imagem: reprodução/OpenSignal)

A mais confiável

Por outro lado, a Nio conquistou a primeira posição na categoria de “Confiabilidade”. Esta é uma nova métrica introduzida pela Opensignal para avaliar a consistência e a estabilidade da conexão de banda larga. O indicador de confiabilidade mede a frequência com que a rede dos usuários é suficiente para suportar as aplicações mais comuns e exigentes, como streaming de vídeo em HD, videoconferências em grupo e jogos online.

Uma pontuação elevada nesta categoria indica que os usuários da operadora enfrentam menos interrupções, menor latência e uma experiência de conexão mais estável e previsível no dia a dia. Este resultado posiciona a Nio como a fornecedora com a rede mais consistente para uma gama variada de usos, segundo os dados coletados.

Cabe ressaltar que, apesar da liderança, a pontuação da Nio (547, numa escala que vai de 0 a 1.000) foi pouco superior à vista na Vivo (541) e na Claro (535). A TIM aparece um pouco mais atrás (507).
Veja a operadora mais rápida e a mais confiável do país

Veja a operadora mais rápida e a mais confiável do país
Fonte: Tecnoblog

Realme 15 5G e Realme 15 Pro são anunciados no Brasil; saiba os preços

Realme 15 5G e Realme 15 Pro são anunciados no Brasil; saiba os preços

Realme 15 Pro tem duas câmeras traseiras e uma frontal, todas com 50 MP (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Resumo

O Realme 15 5G e o Realme 15 Pro têm baterias grandes, resistência IP68/IP69 e suporte para recarga de até 80 W.
Ambos os modelos têm tela OLED de 6,8 polegadas, resolução de 1280 x 2800 pixels e taxa de atualização de 144 Hz.
O Realme 15 5G usa chip Dimensity 7300+ e câmeras de 50 MP e 8 MP, enquanto o Pro usa Snapdragon 7 Gen 4 e câmeras de 50 MP.

A Realme trará ao Brasil os smartphones Realme 15 5G, com preço sugerido de R$ 3.699, e Realme 15 Pro, com preço sugerido de R$ 4.999. Os aparelhos começam a ser vendidos no mercado nacional em breve.

A marca chinesa posiciona o Realme 15 como um intermediário avançado, abaixo de celulares premium e topo de linha. Na concorrência, alguns aparelhos semelhantes são o Galaxy A56, da Samsung, e o Moto G86, da Motorola.

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Também haverá uma edição especial da série Game of Thrones, com as mesmas características técnicas do modelo Pro e design inspirado na obra de fantasia. O preço sugerido é R$ 5.999.

O que tem na linha Realme 15?

Os dois modelos são praticamente idênticos no design, medindo 162,3 x 76,2 x 7,7 mm. A tela tem 6,8 polegadas, tecnologia OLED, resolução de 1280 x 2800 pixels, 144 Hz de taxa de atualização e brilho máximo de 6.500 nits.

Android 15 deve receber três atualizações (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

No software, os smartphones rodam o Android 15, com promessa de três atualizações. A interface é a Realme UI 6.0. E por falar em durabilidade, eles contam com resistência contra água e poeira no padrão IP68/IP69.

E, apesar de só o modelo básico ter 5G no nome, ambos são compatíveis com as redes móveis de quinta geração.

Quais as diferenças entre o Realme 15 5G e o Realme 15 Pro?

A distinção entre as duas variantes começa a aparecer no hardware. A versão padrão usa o chip Dimensity 7300+, da MediaTek, enquanto o modelo Pro conta com um Snapdragon 7 Gen 4, da Qualcomm.

Outra diferença é na memória: 12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento na versão tradicional contra 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento na versão Pro.

Câmera traseira é dupla, e terceiro círculo tem LED colorido (foto: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

As câmeras são quase iguais, com exceção da ultrawide. A versão básica tem câmera principal de 50 MP, ultrawide de 8 MP e selfie de 50 MP. Já a Pro tem principal de 50 MP, ultrawide de 50 MP e selfie de 50 MP.

Por fim, a bateria do Pro é um pouco maior (7.000 mAh contra 6.500 mAh), e o modelo oferece suporte a carregamento mais rápido (80 W contra 45 W).

Realme destaca IA

A marca chinesa enfatizou a presença de recursos de inteligência artificial na série Realme 15. A empresa usa o termo AI Party Phone no marketing dos smartphones.

Uma das ferramentas é o AI Edit Genie, que reconhece comandos de voz ou texto para realizar edições em imagens. Outra é o AI Party Mode, usado para tirar fotos à noite.

Realme 15 5G e Realme 15 Pro são anunciados no Brasil; saiba os preços

Realme 15 5G e Realme 15 Pro são anunciados no Brasil; saiba os preços
Fonte: Tecnoblog

Google lança ferramenta de vibe coding no Brasil

Google lança ferramenta de vibe coding no Brasil

Serviço de IA do Google ajuda leigos em desenvolvimento a criar apps (imagem: reprodução/Google)

Resumo

O Google lançou no Brasil a ferramenta de IA Opal, que permite criar miniaplicativos a partir de comandos de texto.
A Opal oferece um editor visual para leigos em programação, permitindo a edição de blocos de fluxo de trabalho e publicação dos miniaplicativos na web.
O Google introduziu uma ferramenta de depuração visual e otimizações de desempenho para agilizar a criação de aplicativos.

O Google anunciou nesta terça-feira (07/10) o lançamento da ferramenta de inteligência artificial Opal no Brasil. A ideia, que parte do Google Labs, é permitir que os usuários criem miniaplicativos a partir de comandos de texto. A plataforma estava em testes apenas nos Estados Unidos desde julho.

A expansão, que inclui mais 14 países além do Brasil, acontece simultaneamente à liberação de novas funcionalidades. Em comunicado oficial, o Google informou que a decisão de ampliar o acesso foi motivada pela complexidade e criatividade dos projetos desenvolvidos pela primeira leva de usuários.

Como o Opal funciona

O Opal opera a partir de um editor visual voltado a leigos em programação, oferecendo a infraestrutura do próprio Google (com Labs, Gemini e APIs do Android). O processo é semelhante ao uso de qualquer chatbot de IA, em que o usuário descreve a função do aplicativo que deseja criar, e a IA constrói um fluxo de trabalho com blocos que representam cada etapa do processo, como “receber dado do usuário”, “gerar texto” ou “exibir imagem”.

Cada um desses blocos pode ser editado individualmente, o que permite ao usuário refinar os comandos de texto para guiar a IA com mais precisão. Ao final do processo, o miniaplicativo pode ser publicado na web e compartilhado por meio de um link.

Além das criações próprias, a ferramenta possui uma galeria reunindo criações do Google e de outros usuários. Seguindo a ideia “colaborativa” de redes sociais como o TikTok, o Opal possui a opção editar projetos de outras pessoas por meio do botão “remixar”.

Fluxo dos apps gerados por IA no Opal (imagem: Felipe Faustino/Tecnoblog)

Inteligências artificiais já são usadas para auxiliar ou até mesmo gerar novos apps. O avanço das capacidades de codificação dos modelos é sempre um destaque nas novas versões.

O Gemini permite gerar códigos de apps para web e ter a pré-visualização diretamente no chatbot pelo menos desde março. A função foi aprimorada com o lançamento do Gemini 2.5 Pro, em maio.

Expansão global traz novas ferramentas

O Google anunciou duas atualizações voltadas a dar mais controle e agilidade aos criadores. A primeira é uma ferramenta de depuração visual, que permite executar o aplicativo passo a passo dentro do editor. Ela facilita a identificação de erros, destacando em qual bloco do fluxo ocorreu a falha.

A segunda melhoria diz respeito ao desempenho. O Google afirma ter implementado otimizações que reduzem o tempo necessário para criar novos aplicativos e permitem que fluxos de trabalho mais complexos executem tarefas em paralelo, diminuindo o tempo de espera.

A plataforma também está sendo liberada em países como Canadá, Índia, Japão, Coreia do Sul, Argentina e Colômbia.
Google lança ferramenta de vibe coding no Brasil

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Fonte: Tecnoblog

Como a JBL luta contra a falsificação de caixas de som no Brasil

Como a JBL luta contra a falsificação de caixas de som no Brasil

Caixa de som JBL Xtreme 4 (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Resumo

Responsável pela JBL, Harman utiliza múltiplas frentes para combater produtos falsificados, incluindo fabricação nacional e parcerias com autoridades;

Site oficial e canais verificados em marketplaces ajudam a garantir autenticidade aos consumidores;

Produtos JBL falsificados movimentaram R$ 500 milhões somente em 2023.

Uma rápida pesquisa no Google por “JBL” mostra que o site oficial da marca no Brasil leva o título “JBL Original”. Essa é uma das várias estratégias adotadas pela Harman para lidar com o problema dos fones e caixas de som falsificados que ostentam o selo JBL.

Pertencente à Samsung Electronics desde 2017, a Harman responde por marcas de equipamentos de áudio como AKG, Harman Kardon e Lexicon. Mas, pelo menos no Brasil, a marca mais importante da Harman em termos de penetração no mercado é a JBL.

Apesar de ter sido fundada em 1946 e de há décadas ser conhecida por audiófilos no Brasil, a JBL ganhou força no país a partir de 2010, quando a Harman comprou a fabricante de alto-falantes gaúcha Selenium.

O negócio permitiu à Harman traçar estratégias específicas para o Brasil. O efeito disso é que, em poucos anos, os produtos da JBL caíram no gosto do brasileiro.

Mas tamanho sucesso teve um efeito colateral: é fácil encontrar produtos JBL falsificados, tanto em plataformas online quanto em lojas físicas. A prática é tão disseminada que produtos que pirateiam a marca JBL movimentaram cerca de R$ 500 milhões somente em 2023, de acordo com estimativas da própria Harman.

Como a JBL enfrenta a pirataria?

Como a pirataria é um problema complexo, que envolve tanto produtos falsificados quanto contrabandeados, não existe solução pronta. A Harman recorre a uma estratégia de múltiplas vias para atacar a ilegalidade.

O Tecnoblog visitou a fábrica da JBL, em Manaus (AM), e pôde conversar com Rodrigo Kniest, presidente da Harman no Brasil. O executivo contou que a produção nacional de caixas de som JBL, por si só, já contribui para o combate à pirataria por permitir que produtos originais fiquem mais acessíveis no país.

Produtos da JBL que já são ou serão produzidos pela Harman no Brasil (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

É claro que produtos falsificados ainda são mais baratos. Mas os subsídios fiscais proporcionados pela produção na Zona Franca de Manaus permitem que o produto chegue com um valor mais acessível ao consumidor que faz questão de um equipamento JBL original.

Outra abordagem antipirataria envolve ações conjuntas com autoridades. Nesse sentido, a Harman trabalha ao lado de órgãos como a Receita Federal e a Polícia Federal para coibir a distribuição de equipamentos de áudio falsos ou importados ilegalmente.

Ações do tipo levaram a Receita Federal a apreender mais de 250 mil caixas de som e fones de ouvido que imitam produtos JBL e Harman Kardon em 2022, só para dar um exemplo.

Kniest conta que tornar o site oficial da JBL um canal de vendas também faz parte dessa estratégia. Além de apresentar todo o portfólio de dispositivos que a JBL comercializa oficialmente no Brasil, o site assegura ao consumidor que ele receberá um produto original ao comprar ali.

O mesmo vale para os canais oficiais da marca em marketplaces, a exemplo da página da JBL no Mercado Livre.

O problema dos produtos falsificados não prejudica apenas a Harman. Os consumidores que buscam um produto original, mas adquirem uma imitação por não saberem distinguir um item do outro, acabam se deparando com problemas como qualidade de áudio inferior e falta de suporte técnico.

É por isso que o trabalho da Harman junto à imprensa e influenciadores digitais acaba sendo, também, um mecanismo de combate às falsificações. As análises feitas por esses canais dão aos consumidores noções importantes do que eles podem esperar de cada produto. “O coração de tudo é o esclarecimento”, pontua Kniest.

Rodrigo Kniest, presidente da Harman no Brasil (imagem: reprodução/Harman)

O brasileiro pesquisa antes de comprar

Não é exagerada a perspectiva de que consumidores também saem perdendo com aparelhos falsificados.

Se por um lado há quem compre uma caixa de som não original sabendo dessa condição, seja por dar pouco valor a parâmetros de qualidade, seja por limitações de orçamento, por outro, grande parte dos consumidores anseia pelos atributos oferecidos pelos produtos legítimos.

Prova disso é que a Harman não demorou a notar quão exigentes são os consumidores brasileiros. Rodrigo Kniest conta que, com relação a caixas de som, por exemplo, o brasileiro pensa muito antes da escolha, busca informação antes de comprar. “Não é um ato de impulso”, completa o executivo. Normalmente, esse tipo de consumidor passa longe de produtos piratas.

Há várias formas de descobrir se uma caixa de som JBL é falsa. Mas, como recomendação mais importante, Kniest orienta desconfiar de preços muito baixos em relação à média do mercado: “não tem milagre; 30%, 40% ou 50% menos é sinal de produto não original”.

Emerson Alecrim viajou para Manaus a convite da Harman
Como a JBL luta contra a falsificação de caixas de som no Brasil

Como a JBL luta contra a falsificação de caixas de som no Brasil
Fonte: Tecnoblog