Category: Aplicativos e Software

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

Um dos objetivos é frear a proliferação de conteúdo falso (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O YouTube vai atualizar suas políticas de monetização para combater conteúdos repetitivos ou falsos.
Criadores de conteúdo serão orientados sobre quais tipos de vídeos são elegíveis para monetização.
A mudança visa combater o fenômeno de vídeos gerados por IA, como os chamados “slop”.

Após anunciar uma nova repressão contra o uso de bloqueadores de anúncios, vem aí uma nova mudança no YouTube. A plataforma de vídeos do Google informou que vai atualizar suas políticas de monetização, o que pode impactar no bolso dos criadores de conteúdo.

A medida começa a valer na próxima terça-feira (15/07) e visa reprimir um fenômeno que ganhou espaço na plataforma: a monetização de vídeos considerados “não autênticos” e a proliferação de conteúdo de baixa qualidade gerado por IA.

O que isso significa para os criadores?

O plano é que as novas diretrizes esclareçam quais tipos de conteúdo são elegíveis ou não para monetização, auxiliando os criadores a compreenderem o que se enquadra na definição atual de conteúdo “não original”.

A mudança não deve limitar a monetização de formatos populares, como vídeos de reação ou aqueles que incorporam trechos de clipes de terceiros. Pelo menos é o que informou Rene Ritchie, chefe editorial e de contato com criadores do YouTube, em um vídeo.

YouTube restringe conteúdo repetitivo e de IA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Ritchie afirmou que a mudança é uma “pequena atualização” das políticas já existentes e que o propósito é identificar de forma mais eficaz conteúdo produzido em massa ou repetitivo. Ele reiterou que esse material já não era elegível para monetização há anos, sendo frequentemente classificado pelos próprios espectadores como spam.

O impacto da inteligência artificial

O YouTube tem sido palco de um fenômeno que recebeu o apelido de “slop” de IA, termo que descreve mídias ou conteúdos de baixa qualidade produzidos por IA generativa. Exemplos incluem a sobreposição de vozes geradas por computador em fotos ou videoclipes, bem como a reapropriação de conteúdo por meio de ferramentas de conversão de texto em vídeo.

Casos de canais com milhões de inscritos dedicados a músicas geradas por IA e vídeos falsos criados usando a tecnologia foram denunciados pelo jornal inglês The Guardian, por exemplo.

Em um exemplo notável, uma série de vídeos sobre crimes reais que viralizou no YouTube foi identificada como inteiramente gerada por IA, segundo o site 404 Media. Além disso, em março, a imagem do CEO do YouTube foi utilizada em um golpe de phishing gerado por IA dentro da própria plataforma.

Com informações do YouTube, The Guardian e 404 Media
YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA

YouTube aperta o cerco contra vídeos repetitivos e feitos por IA
Fonte: Tecnoblog

Outlook fora do ar: e-mail da Microsoft tem falha global nesta quinta (10)

Outlook fora do ar: e-mail da Microsoft tem falha global nesta quinta (10)

Primeira tentativa de correção implementada pela Microsoft não funcionou (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O serviço de e-mail Outlook está com problemas na manhã desta quinta-feira (10/07), impedindo que usuários acessem suas mensagens. A falha é global e foi confirmada pela própria Microsoft, que colocou um aviso na página de status do serviço.

De acordo com a empresa, os usuários podem não conseguir acessar suas caixas de entrada nem pelo site, nem pelo app móvel e pelo cliente de desktop. A página traz ainda a informação de que uma primeira correção foi implementada, mas estava com defeito.

“Estamos aplicando mudanças de configuração, reiniciando componentes afetados e fazendo validações adicionais para confirmar que os componentes de autenticação estão configurados adequadamente”, afirma a Microsoft.

Notícia urgente
O Tecnoblog está acompanhando a situação do Outlook e atualizará este post com mais informações assim que elas estiverem disponíveis.

O site de informações da Microsoft diz que o problema começou às 19h20 de quarta-feira (horário de Brasília). No DownDetector, site que monitora a disponibilidade de serviços na web, o gráfico de reclamações de usuários brasileiros mostra que a falha foi notada inicialmente por volta das 22h de ontem. Na manhã desta quinta, o volume de reclamações disparou.

Outlook já dava sinais de problema na noite de quarta (imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)
Outlook fora do ar: e-mail da Microsoft tem falha global nesta quinta (10)

Outlook fora do ar: e-mail da Microsoft tem falha global nesta quinta (10)
Fonte: Tecnoblog

Ubisoft quer obrigar jogadores a destruírem cópias de games descontinuados

Ubisoft quer obrigar jogadores a destruírem cópias de games descontinuados

Estúdio da Ubisoft em Toronto, no Canadá (foto: divulgação)

Resumo

Ubisoft atualizou seu contrato e exige exclusão de jogos após fim do suporte.
Empresa poderá alterar ou remover acesso a qualquer título sem justificativa.
Mudança visa proteção jurídica em meio à crise financeira e reputacional.

A Ubisoft atualizou recentemente seu Contrato de Licença de Usuário Final (EULA), adicionando uma cláusula no mínimo controversa. Após alegar que jogadores não são donos dos títulos que compram, agora a desenvolvedora exige que os usuários desinstalem ou destruam todas as cópias de um software caso o suporte seja descontinuado.

O que muda com a nova política

Na prática, a Ubisoft poderá encerrar o acesso dos usuários aos jogos sem dar muitas explicações. A alteração, divulgada em portais como o Tech4Gamers, estabelece que a empresa (ou seus licenciadores) podem interromper o suporte a um título “a qualquer momento, por qualquer motivo”.

Neste caso, o usuário “deverá desinstalar imediatamente o produto e destruir todas as cópias em sua posse”, afirma a empresa. A preocupação é que a desenvolvedora possa usar essa nova carta na manga para evitar implicações legais e financeiras associadas à manutenção e acesso a produtos que não geram mais receita ou cujo suporte se tornou inviável.

Ubisoft já alegou que jogadores não são donos dos jogos que compram (imagem: reprodução)

Essa novidade e a amplitude da cláusula que cita “a qualquer momento, por qualquer motivo” têm gerado debate. A maioria dos jogos modernos depende de autenticação online, por exemplo, mesmo para o modo single player. A descontinuação de servidores pode tornar um jogo inutilizável, independentemente de ser uma cópia física ou digital. 

Além disso, o EULA atualizado inclui uma seção que permite à Ubisoft modificar um produto “por qualquer motivo ou sem qualquer motivo específico, a qualquer momento e a seu exclusivo critério, em particular por razões técnicas, como atualizações”, levantando ainda questões sobre a transparência com que a empresa conduz seus negócios. Caso o cliente não concorde com as modificações, a única opção explicitamente mencionada é a mesma: a destruição das cópias do produto afetado.

Ubisoft em apuros?

A Ubisoft tem enfrentado diversos desafios nos últimos anos, com críticas frequentes de sua base de fãs em relação a decisões executivas, modelos de monetização e a qualidade de alguns dos lançamentos. O valor de mercado da empresa também registrou uma queda notável nos últimos cinco anos, levando a um acordo com a Tencent, uma das maiores editoras de jogos do mundo. 

Este cenário econômico e de má reputação sugere que a companhia pode estar tentando adotar uma estratégia de fortalecer sua posição jurídica frente a possíveis interrupções de serviço ou outros cenários que resultem na perda do acesso a títulos antigos. 

Com informações da Ubisoft e Tech4Gamers

Ubisoft quer obrigar jogadores a destruírem cópias de games descontinuados

Ubisoft quer obrigar jogadores a destruírem cópias de games descontinuados
Fonte: Tecnoblog

Cofundador do Twitter lança app de mensagens que funciona sem internet

Cofundador do Twitter lança app de mensagens que funciona sem internet

Bluetooth Mesh permite criar redes descentralizadas (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Bitchat funciona sem internet, usando rede Bluetooth Mesh entre aparelhos. Rede descentralizada permite envio indireto de mensagens entre dispositivos.

O app guarda mensagens localmente e oferece chats em grupo com senha. Tecnologia pode ser útil em eventos com redes sobrecarregadas ou em locais sem internet.
Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter, criou o Bitchat em um fim de semana e liberou versão beta para iPhone. App semelhante já foi usado em protestos.

Jack Dorsey, cofundador e ex-CEO do Twitter, anunciou a criação de um aplicativo de mensagens chamado Bitchat. Como diferencial, ele usa redes Bluetooth Mesh; com isso, não depende de internet, seja por Wi-Fi, 4G ou 5G.

Dorsey disse que o Bitchat é um projeto pessoal e foi desenvolvido em um fim de semana. O criador disponibilizou uma versão beta do app para iPhone no TestFlight, programa de testes da App Store. Além disso, ele publicou um documento sobre o projeto no GitHub.

my weekend project to learn about bluetooth mesh networks, relays and store and forward models, message encryption models, and a few other things.bitchat: bluetooth mesh chat…IRC vibes.TestFlight: https://t.co/P5zRRX0TB3GitHub: https://t.co/Yphb3Izm0P pic.twitter.com/yxZxiMfMH2— jack (@jack) July 6, 2025

Como o Bitchat funciona?

Para entender como o Bitchat funciona, é preciso dar um passo atrás e entender o que é Bluetooth Mesh. Esse é um tipo de rede descentralizada que usa Bluetooth para conectar diversos dispositivos, que podem atuar como emissores e receptores.

Com isso, as informações podem trafegar de modo indireto, indo de um aparelho a outro, depois a outro, e assim sucessivamente, até chegar ao destinatário final.

O Bitchat faz uso desse tipo de estrutura. Porém, as limitações técnicas do Bluetooth geralmente tornam impossível esse tipo de rede se expandir por mais de 100 metros.

Dorsey, no entanto, afirma que conseguiu enviar mensagens a 300 metros de distância, graças a alguns aparelhos que estavam conectados a dois clusters ao mesmo tempo e funcionaram como ponte durante a transmissão.

O desenvolvedor afirmou que pretende adicionar suporte a Wi-Fi Direct futuramente, como forma de aumentar a velocidade e o alcance.

Em termos de funcionalidades, o Bitchat armazena as mensagens apenas no aparelho e não depende de uma estrutura centralizada. Por padrão, elas desaparecem automaticamente. Também é possível criar conversas em grupo, protegidas com senhas.

Qual é a utilidade desta tecnologia?

Apps que usam Bluetooth para se comunicar são úteis para situações em que não há Wi-Fi e as redes de internet móvel (4G, 5G e outras) estão indisponíveis.

O TechCrunch aponta festivais de música como um caso de uso: geralmente, as redes móveis ficam congestionadas no local, já que muitas pessoas estão usando ao mesmo tempo. Por isso, recorrer ao Bluetooth pode ser uma alternativa para tentar encontrar os amigos que estão por perto, por exemplo.

Além disso, como não dependem de estruturas centralizadas, apps de mensagens por Bluetooth podem escapar de bloqueios de internet. A CNBC lembra que o Bridgefy, que também usa a tecnologia, foi usado durante protestos em Hong Kong no ano de 2019. Curiosamente, esse app conta com apoio de Biz Stone, outro cofundador do Twitter.

Com informações do TechCrunch e da CNBC
Cofundador do Twitter lança app de mensagens que funciona sem internet

Cofundador do Twitter lança app de mensagens que funciona sem internet
Fonte: Tecnoblog

Apple reduz ainda mais a presença do Liquid Glass no iOS 26

Apple reduz ainda mais a presença do Liquid Glass no iOS 26

Novo iOS 26, atualmente em versão beta, chega aos iPhones em setembro (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A Apple diminuiu o uso do Liquid Glass na versão beta 3 do iOS 26 para otimizar desempenho, bateria e acessibilidade, segundo o 9to5Mac.
Os efeitos mais sutis reduzem a transparência em menus e na Central de Controle, tornando a interface menos pesada visualmente.
A mudança tenta mitigar possíveis reações negativas dos usuários e segue uma tendência de design alinhada ao que já se vê no Android.

A Apple decidiu reduzir alguns efeitos visuais do controverso Liquid Glass, nova linguagem de design da Maçã que viria fortemente embarcada no iOS 26. A mudança, segundo informações divulgadas pelo 9to5Mac, chega à versão beta 3 do sistema para manter o gasto de bateria em dia, priorizar clareza e acessibilidade e aprimorar o desempenho da próxima grande atualização dos iPhones.

A versão final do iOS 26 será lançada em setembro. A apresentação do Liquid Glass gerou discussões na comunidade de tecnologia, devido aos efeitos translúcidos e dinâmicos. O objetivo da empresa de Cupertino era adicionar uma camada extra de sofisticação visual à interface do sistema operacional.

Menos transparência

Barra de navegação sem o Liquid Glass é mais “gelada” e bem menos transparente (imagem: reprodução/9to5Mac)

O usuário mais atento pode notar que a novidade perdeu espaço de algumas formas. Quem já está utilizando a versão beta 3 do iOS 26 notará menos transparência em alguns componentes da interface, como menus, Central de Controle e áreas nas quais a profundidade visual e a translucidez eram antes evidentes, resultando em uma aparência mais simplificada e familiar.

A redução sugere que a Apple está pensando na maneira como os usuários se adaptarão ao novo design Liquid Glass, evitando mudanças radicais e uma reação adversa — algo que ainda pode ser alterado até o lançamento oficial do iOS 26.

Por que a Apple está reduzindo o Liquid Glass?

Apple mudou o nome do sistema do iPhone e agora será iOS 26 e subsequentes (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A decisão da Apple de reduzir os elementos Liquid Glass no iOS 26 foi provavelmente impulsionada pela otimização de desempenho e considerações envolvendo experiência do usuário e acessibilidade. 

Além disso, efeitos translúcidos complexos podem, por vezes, reduzir o contraste do texto ou dos elementos, dificultando a legibilidade para alguns usuários, especialmente aqueles com deficiências visuais. 

A renderização de camadas translúcidas e reflexos dinâmicos também aumenta a carga de processamento e pode gerar lentidão de renderização da interface e animações, especialmente em iPhones mais antigos. Efeitos mais complexos apresentam maior uso de energia e, consequentemente, drenam a bateria mais rápido.

Outro fator que pode ter influenciado a decisão foi a recepção ao novo design. O Liquid Glass virou piada até entre rivais, com a Microsoft comparando o visual ao do antigo Windows Vista.

No fim, a diminuição do Liquid Glass pela Apple também se alinha com tendências já vistas no Android. A plataforma concorrente passou a priorizar desempenho, eficiência da bateria e uma estética mais minimalista nos últimos anos. 

Com informações da Apple, 9to5Mac e TechRadar
Apple reduz ainda mais a presença do Liquid Glass no iOS 26

Apple reduz ainda mais a presença do Liquid Glass no iOS 26
Fonte: Tecnoblog

Microsoft Edge está mais rápido, mas talvez você não perceba

Microsoft Edge está mais rápido, mas talvez você não perceba

Microsoft Edge está mais rápido, mas talvez você não perceba (imagem: reprodução/Microsoft)

O Microsoft Edge está mais rápido no desktop. Agora, o navegador consegue renderizar os primeiros elementos de uma página web em menos de 300 milissegundos (ms). Isso é ótimo! Mas há boas chances de que você não perceba a diferença no dia a dia.

A renderização abaixo de 300 ms ocorre dentro de uma métrica chamada First Contentful Paint (FCP), que corresponde a um dos parâmetros mais usados na avaliação de desempenho de um site. Basicamente, a FCP indica quando o navegador começa a renderizar elementos como texto e imagens em uma página web.

Quanto menor a FCP, melhor. A Microsoft explica ter trabalhado com prioridade nessa métrica no Edge devido a pesquisas que mostram que um tempo de renderização inicial entre 300 e 400 ms tende a deixar os usuários mais satisfeitos.

Na postagem sobre o assunto, a companhia celebra o feito:

Ao atingir esse limite crítico, garantimos que os recursos mais usados do navegador apareçam quase instantaneamente, permitindo que você interaja com o conteúdo mais rapidamente.

Essa conquista não apenas se alinha a padrões de desempenho da web que são amplamente reconhecidos, mas também reforça o nosso compromisso em oferecer a maior velocidade do segmento.

Por que você pode não notar a diferença?

Todo esforço para melhorar o desempenho de um navegador é louvável. No entanto, a FCP não depende apenas do browser, mas, principalmente, do próprio site avaliado. Servidores sobrecarregados ou páginas pouco otimizadas (como muito código em JavaScript, por exemplo) podem prejudicar a renderização inicial.

De todo modo, o avanço na métrica FCP é apenas uma das novidades recentes do browser. A Microsoft destaca que, desde fevereiro, quando a versão 132 do Edge foi lançada (a versão atual é a 138), o navegador recebeu recursos como leitura em voz alta de páginas web em vários idiomas com ajuda da IA e mais facilidade de uso para tela dividida.

Voltando ao aspecto do desempenho, a companhia afirma ainda que o navegador está cerca de 40% mais rápido no carregamento de funcionalidades como favoritos, histórico e navegação privada (inPrivate) graças à adoção progressiva do padrão de interface WebUI 2.0.
Microsoft Edge está mais rápido, mas talvez você não perceba

Microsoft Edge está mais rápido, mas talvez você não perceba
Fonte: Tecnoblog

WhatsApp testa função que agrupa conversas em tópicos

WhatsApp testa função que agrupa conversas em tópicos

WhatsApp testa função que agrupa conversas em tópicos (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

O WhatsApp está testando a função de agrupamento de conversas por tópicos nas versões beta para Android e iPhone.
O recurso permite respostas encadeadas e facilita a organização de assuntos em grupos.
Ainda não há data confirmada para o lançamento da novidade.

Em grupos no WhatsApp, é comum que mais de um assunto seja discutido ao mesmo tempo. Se às vezes você se perde no meio dessas múltiplas interações, só não perca as esperanças: um mecanismo que organiza as conversas em tópicos (threads) está sendo testado no mensageiro.

O recurso foi encontrado pelo WABetaInfo na versão beta do WhatsApp 25.19.10.80 para iOS a partir do programa de testes TestFlight. Uma abordagem parecida já havia sido descoberta na versão beta do WhatsApp 2.25.7.7 para Android, em março de 2025.

Em ambos os casos, a proposta é uma só: permitir que as respostas a uma mensagem sejam agrupadas, de modo que uma fique encadeada à outra. Isso permite ao usuário encontrar mais facilmente as interações sobre determinado assunto no meio de outros temas que estão sendo debatidos. Isso é útil, por exemplo, em grupos de condomínio ou da faculdade.

A organização de mensagens em tópicos sempre me faz lembrar do Gmail, afinal, o serviço de e-mail do Google tem essa abordagem desde o seu surgimento, em 2004. Mas a estrutura de threads também existe há tempos em outros serviços de mensagens, a exemplo do Telegram e do Slack.

A captura de tela liberada pelo WABetaInfo mostra que o funcionamento do novo recurso é simples: a mensagem que dá início ao assunto é acompanhada de um link logo abaixo que tem uma contagem de respostas. Ao tocar nesse link, uma tela surge exibindo as respostas, como se fosse um subgrupo de mensagens.

Mensagens agrupadas no WhatsApp para iOS (imagem: reprodução/WABetaInfo)

Quando as conversas em threads chegam ao WhatsApp?

Ainda não há informação para quando o agrupamento de conversas em tópicos será lançado para WhatsApp. Por ora, o recurso está em teste para um grupo restrito de usuários.

Pode até ocorrer de a funcionalidade acabar não sendo lançada. Mas, como ela já está sendo testada em duas plataformas (Android e iOS), há boas chances de que o lançamento aconteça. Só não deve ser para breve. Eu aposto em algo para o fim do ano ou começo de 2026.
WhatsApp testa função que agrupa conversas em tópicos

WhatsApp testa função que agrupa conversas em tópicos
Fonte: Tecnoblog

FaceTime no iOS 26 beta congela se detectar nudez

FaceTime no iOS 26 beta congela se detectar nudez

Ícone do FaceTime no iPhone (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

À medida que as versões beta do iOS 26 vão sendo testadas, novas características do sistema operacional são descobertas. Uma delas envolve o FaceTime: a ferramenta de chamadas por vídeo agora paralisa a transmissão se detectar que um dos participantes está se despindo.

Poderíamos até desconfiar de bug se esse comportamento se manifestasse em outras circunstâncias. Mas, como o congelamento da ferramenta ocorre quando há nudez, logo ficou claro que esse é um recurso de segurança.

Não chega a ser algo inesperado. Quando o iOS 26 foi anunciado, a Apple destacou que os seus vários recursos incluem novos mecanismos de segurança familiar voltados a crianças.

Presumivelmente, a ideia aqui é evitar que, quando uma criança participa de uma chamada por vídeo via FaceTime, ela seja exposta a cenas de nudez conduzidas pela pessoa do outro lado. Nesse sentido, o iOS 26 também é capaz de desfocar, automaticamente, imagens de nudez nos Álbuns Compartilhados do aplicativo Fotos.

Mas chama a atenção o fato de o bloqueio também funcionar quando o FaceTime está sendo executado por adultos. Quando isso ocorre, além de o vídeo e o áudio serem paralisados, o aplicativo exibe o seguinte aviso (em tradução livre):

O áudio e o vídeo estão pausados porque você pode estar mostrando algo sensível.

Se você se sentir desconfortável, encerre a chamada.

Logo abaixo do aviso, o FaceTime exibe botões para retomar ou encerrar a transmissão.

FaceTime congelado (imagem: reprodução/9to5Mac)

Isso significa que o FaceTime vai bloquear nudez até para adultos?

Provavelmente, não. O FaceTime já tem uma opção que pode ser ativada em Ajustes, de nome Aviso de Conteúdo Sensível, que alerta quando nudez é detectada. O congelamento da chamada é atrelado a essa função. Se ela estiver desativada, nada acontecerá.

O que pode estar acontecendo é de, no iOS 26, o Aviso de Conteúdo Sensível ser ativado por padrão, coisa que não ocorre atualmente. Esse comportamento, sim, pode caracterizar um bug.

Só teremos certeza sobre isso quando o iOS 26 for lançado oficialmente. Isso só deve acontecer a partir de setembro.

Com informações de 9to5Mac
FaceTime no iOS 26 beta congela se detectar nudez

FaceTime no iOS 26 beta congela se detectar nudez
Fonte: Tecnoblog

Anúncios no Gmail estão na mira da França e podem custar caro ao Google

Anúncios no Gmail estão na mira da França e podem custar caro ao Google

Google pode receber cobrança de cerca de R$ 3,3 bilhões (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

CNIL pode aplicar multa de 525 milhões de euros ao Google por anúncios na guia Promoções do Gmail.
Autoridade aponta violação de consentimento e design enganoso, inclusive no banner de cookies.
Google defende que publicidade sustenta o serviço e já tornou a recusa de cookies mais visível.

O Google enfrenta uma nova disputa na França, onde a autoridade nacional de proteção de dados (CNIL) avalia aplicar uma multa de até 525 milhões de euros (cerca de R$ 3,3 bilhões na cotação atual). Os motivos são os anúncios exibidos na aba “Promoções” do Gmail, que aparecem entre os emails dos usuários com formato semelhante ao de mensagens tradicionais.

A CNIL considera que, ao adotar esse tipo de exibição sem obter consentimento explícito, o Google violou regras europeias sobre comunicações eletrônicas e recorreu a técnicas de design enganoso para induzir a aceitação dos termos.

A investigação teve início após uma denúncia feita em 2022. Além da exibição dos anúncios, o órgão francês critica a maneira como o Google conduz o processo de aceitação de cookies, facilitando a aceitação e dificultando a recusa – uma prática que fere o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD).

O que diz a legislação?

A CNIL baseia suas acusações no Código francês de Comunicações Eletrônicas, que exige consentimento prévio para qualquer forma de prospecção comercial por email. Embora o Google argumente que os anúncios não são tecnicamente mensagens de email, a autoridade francesa destaca que sua aparência e posicionamento na caixa de entrada tornam a prática comparável ao envio de emails publicitários.

Exemplo antigo de anúncio na aba da Promoções do Gmail (imagem: reprodução/Google)

A falta de um processo de consentimento claro e equilibrado reforça a acusação de uso de design enganoso. O Google contesta essa interpretação. A empresa afirma que os anúncios fazem parte da interface do Gmail e não são comunicações diretas. Também argumenta que apenas uma parte dos usuários visualiza esse conteúdo e que a publicidade ajuda a manter o serviço gratuito.

Segundo a companhia, alterações recentes foram implementadas para atender às exigências regulatórias, como a inclusão de um botão de recusa de cookies mais visível na criação de contas.

Multa recorde e impacto para o futuro da regulação digital

Caso a sanção seja confirmada, essa será a maior multa já aplicada pela CNIL a uma empresa de tecnologia, superando os 150 milhões de euros cobrados do próprio Google em 2022. O valor elevado busca reforçar a importância da transparência nas práticas digitais, especialmente no que se refere ao respeito ao consentimento do usuário — um dos pilares do RGPD.

Com informações do Tom’s Guide e Freenews
Anúncios no Gmail estão na mira da França e podem custar caro ao Google

Anúncios no Gmail estão na mira da França e podem custar caro ao Google
Fonte: Tecnoblog

Cade recomenda que Apple seja punida por danos à ordem econômica

Cade recomenda que Apple seja punida por danos à ordem econômica

Tribunal do Cade pode determinar que Apple abra os pagamentos do iPhone a outras empresas (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Cade recomenda condenação da Apple por conduta anticompetitiva com o Apple Pay
Empresa pode ser obrigada a permitir outros processadores de pagamento no iPhone
Caso foi iniciado por denúncia do Mercado Livre e segue para julgamento final

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou que a Apple seja condenada por conduta anticompetitiva e infração à ordem econômica no mercado de pagamentos do Brasil. De acordo com a investigação, a empresa americana realizou práticas irregulares, como a imposição do sistema dela aos desenvolvedores, que são obrigados a usar o Apple Pay em aplicativos de iPhone.

Ainda de acordo com o Cade, a empresa pratica a restrição à distribuição e comercialização de serviços digitais de terceiros. As informações estão num comunicado divulgado na noite de hoje (30).

Durante a investigação, a Superintendência-Geral do Cade concluiu que as práticas criam barreiras artificiais à entrada de concorrentes em mercados relacionados ao iOS. Isso possibilita que a Apple mantenha posição dominante e reduza as opções disponíveis aos desenvolvedores e usuários do iPhone. Por exemplo, os bancos não podem acessar o NFC do iPhone para fazer pagamentos sem que tenham de pagar uma taxa à Apple.

Caso vai ao tribunal do Cade

Apple cobra taxa para que terceiros acessem o NFC do iPhone e realizem pagamentos (imagem: divulgação)

A entidade recomendou a aplicação de multa, cujo valor não foi informado. A Superintendência-Geral também defendeu a aplicação de “remédios”, como são chamadas as medidas para corrigir os problemas identificados. Eles incluem a remoção de barreiras artificiais. Na prática, isso significa que a Apple pode ser obrigada a abrir o iPhone e o Apple Pay para pagamentos feito por outras empresas.

O caso teve início em 2022, a partir de uma denúncia apresentada pelo Mercado Livre. O caso agora segue para o tribunal da autarquia, que é responsável pela decisão final. O colegiado poderá decidir pela não configuração de infração, com o consequente arquivamento, ou pela existência de infração à ordem econômica e aplicar as penalidades previstas na lei 12.529/2011.

O que diz a Apple?

A Apple emitiu o seguinte comunicado sobre a decisão de hoje:

“Por mais de 16 anos, a App Store proporcionou aos nossos usuários no Brasil um marketplace seguro e confiável para descobrir novos aplicativos e ajudou desenvolvedores brasileiros a construir negócios de sucesso. Estamos preocupados que as medidas propostas pelo Cade prejudiquem a experiência que nossos usuários amam e confiam, além de representar novos riscos à sua privacidade e segurança. Continuaremos a nos envolver com o Cade para defender os direitos de usuários e desenvolvedores em nossa plataforma.”

Em abril, quando a investigação estava em andamento, a gigante americana ressaltou que não possui posição dominante no país, tendo em vista que a maioria dos aparelhos é composta por Android. Ela também disse que a plataforma chamada de NFC & SE está presente no iOS e disponível para que terceiros realizem o processamento do pagamento.
Cade recomenda que Apple seja punida por danos à ordem econômica

Cade recomenda que Apple seja punida por danos à ordem econômica
Fonte: Tecnoblog