Category: visionOS

Vision Pro chega a mais oito países, mas Brasil fica fora da lista

Vision Pro chega a mais oito países, mas Brasil fica fora da lista

Apple Vision Pro na sede da Apple nos Estados Unidos (Imagem: Thássius Veloso / Tecnoblog)

A Apple vai vender o headset Vision Pro em mais oito países. Ele chega a Japão, China e Singapura em 28 de junho (com pré-venda a partir do dia 13 de junho) e a Reino Unido, Austrália, Canadá, França e Alemanha em 12 de julho (com pré-venda a partir de 28 de junho). Por enquanto, nada de lançamento oficial no Brasil.

A expansão foi anunciada na abertura da WWDC 2024, conferência da Apple voltada a desenvolvedores. A empresa também apresentou sua aguardada inteligência artificial, chamada Apple Intelligence, o iOS 18 com recursos para trancar e esconder apps e o macOS Sequoia com espelhamento da tela e de notificações do iPhone, entre outras novidades.

Tela virtual ultrawide é uma das novidades do visionOS 2 (Imagem: Divulgação / Apple)

O Vision Pro foi lançado na WWDC 2023 e chegou às lojas em fevereiro de 2024, com preços que vão de US$ 3.499 a US$ 3.899 (cerca de R$ 18,7 mil a R$ 20,9 mil, em conversão direta). No entanto, ele era exclusivo para o mercado dos Estados Unidos.

visionOS 2 tem tela virtual maior e vídeo imersivo

Além de vendas em mais países, a Apple também apresentou o visionOS 2, nova versão do sistema operacional do headset de computação espacial, como a Apple gosta de chamar. A atualização traz diversas novidades.

O usuário poderá fazer um gesto de pinça para abrir a visualização inicial; ao girar a mão, o dispositivo mostra hora e bateria, e ao repetir o gesto de pinça, abre a Central de Controle.

Tela virtual ultrawide para o Mac, equivalente a dois monitores 4K, além contar com suporte a um mouse físico.

Suporte a até cinco transmissões esportivas simultâneas via Apple TV.

Suporte a AirPlay de conteúdo do iPhone, iPad ou Mac.

APIs para apps imersivos e jogos de tabuleiro.

Novo formato de vídeo imersivo, com resolução 8K, campo de visão de 180 graus e Áudio Espacial.

Suporte a trens no Modo Viagem, para poder usar o aparelho durante o transporte do dia a dia.

O visionOS 2 está disponível em preview para desenvolvedores, mas não há previsão de lançamento.

Confira o resumo da abertura da WWDC 2024 no vídeo abaixo

Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Tecnoblog (@tecnoblog)

Com informações: Apple
Vision Pro chega a mais oito países, mas Brasil fica fora da lista

Vision Pro chega a mais oito países, mas Brasil fica fora da lista
Fonte: Tecnoblog

Apple Vision Pro pode ser lançado em março, sugere jornalista

Apple Vision Pro pode ser lançado em março, sugere jornalista

Novo gadget da Apple está passando por um “aprimoramento” antes de chegar ao mercado (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Os óculos de realidade mista Apple Vision Pro prometem ser o principal lançamento de tecnologia do primeiro trimestre de 2024. Então, novas informações indicam que o aguardado headset deve chegar ao mercado dos Estados Unidos em março do próximo ano.

O jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, sugere que o produto não deve ser lançado logo no início do ano como previsto anteriormente. O motivo do “atraso” seriam os ajustes finais que estão sendo feitos pela fabricante.

Venda do Vision Pro usará um sistema de agendamento nos EUA (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Gurman revela que o Apple Vision Pro está passando pelos últimos testes de produto. Por ser uma nova categoria de dispositivo, há uma grande preocupação em relação ao software e outros aspectos ligados à experiência do usuário.

Paralelamente, a Gigante de Cupertino começa a traçar os planos de distribuição do acessório no varejo dos EUA. Como revelado anteriormente, as Apple Stores terão espaços dedicados ao novo aparelho antes do lançamento oficial.

A venda do headset acontecerá por meio de um sistema de agendamento. Dessa forma, os clientes precisam visitar as lojas da marca para realizar um escaneamento facial e outras avaliações.

Nosso editor Thássius Veloso experimentou o Vision Pro durante a revelação na WWDC 2023, evento da Apple realizado em junho deste ano. Ele conta que uma das etapas é a consulta com o optometrista, profissional que avaliará os problemas de visão do cliente e solicitará as lentes especiais de correção do headset.

Interface do Telegram no visionOS (Imagem: Divulgação/Pavel Durov)

Outros preparativos para a chegada do Apple Vision Pro

A Apple já confirmou que fará um treinamento especial do Vision Pro para vendedores nos primeiros meses de 2024. Então, representantes de lojas oficiais e varejistas vão participar de sessões de capacitações na sede da big tech em Cupertino, na Califórnia.

Do outro lado, desenvolvedores de apps também trabalham em versões especiais para o sistema operacional do gadget: o visionOS. Por exemplo, o popular mensageiro Telegram terá uma versão dedicada para o acessório da Maçã.

Vale citar que o Apple Vision Pro será lançado por US$ 3.499. O valor pode ser convertido diretamente em cerca de R$ 17 mil na atual cotação da moeda. Ademais, a marca não pretende lançar o produto fora dos EUA até 2025.

Com informações: iMore
Apple Vision Pro pode ser lançado em março, sugere jornalista

Apple Vision Pro pode ser lançado em março, sugere jornalista
Fonte: Tecnoblog

Apple Vision Pro: eu usei o aparelho VR pela primeira vez

Apple Vision Pro: eu usei o aparelho VR pela primeira vez

Finalmente a Apple fez o lançamento do Apple Vision Pro e ingressou no mundo da realidade virtual. O dispositivo foi apresentado na semana passada, durante a abertura da conferência WWDC 2023. Algumas poucas pessoas puderam colocar o aparelho na cabeça e fazer testes. Eu tive esse privilégio e vim aqui contar por que o Vision Pro é inigualável – tanto em recursos, quanto no preço de US$ 3.500, o que dá mais de R$ 17 mil em conversão direta.

Apple Vision Pro na sede da Apple nos Estados Unidos (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Primeiro de tudo, é preciso levar em consideração que existiam muitos rumores em relação ao próximo dispositivo da maçã. Como ele seria? Teria mesmo um fio para conectar capacete à bateria? Haveria integração com o iPhone? Todos estes pontos foram explicados durante a apresentação de Tim Cook e comparsas da maçã. Depois disso começou a jornada para experimentar o equipamento, que só chega ao mercado norte-americano no começo do ano que vem.

Ah, antes que você pergunte: não há qualquer previsão de preço ou de data de lançamento no Brasil. Mas, como a gente ama tecnologia, não me custa relatar o que está vindo por aí.

Primeiro contato com o Vision Pro

O teste de aproximadamente 25 minutos aconteceu no Apple Park, a nave-mãe da Apple na cidade de Cupertino, nos Estados Unidos. Ao chegar ao ambiente, fui convidado a fazer um escaneamento do meu rosto e das minhas orelhas. Isso ocorre num app que lembra bastante o Face ID e leva poucos segundos. Depois, passei por uma optometrista que utilizou um aparelho especial para checar meus óculos de grau (tenho miopia e astigmatismo).

A etapa seguinte foi esperar uns bons 10 minutos. A equipe da Apple me levou para uma sala com representantes da empresa. Ela tinha por volta de 4 x 4 metros, com uma mesa de centro e um sofá. Somente eu me sentei na poltrona e não havia nenhuma TV diante de mim. Já era uma pista dos passos seguintes.

Eu tinha visto o Vision Pro de perto no dia anterior, no Steve Jobs Theater, mas só agora teria a chance de observá-lo mais de perto. Toda a estrutura é muito bem acabada, numa junção de vidro, plástico e outros elementos que aparentam ser de primeira linha. Você não tem a impressão de manusear algo barato, muito pelo contrário.

Design de milhões

Apple Vision Pro tem estrutura modular (Imagem: Divulgação/Apple)

Logo nesta etapa, fica evidente uma escolha de design do time da maçã. Eles me explicaram que o Apple Vision Pro tem um formato modular que permite, por exemplo, trocar o visor convencional por outro com lentes de grau simplesmente recorrendo ao magnetismo (eu adoro este princípio da física, diga-se de passagem!). Ainda não está claro de que forma a empresa irá comercializar o headset, mas já se sabe que ela mantém uma parceria com a Zeiss.

O processo de colocar os óculos VR levou alguns instantes principalmente por ser necessário ajustar as tiras que passam por cima e por trás da cabeça. O Vision Pro pesa em torno de 450 gramas, bem pouquinho. Na minha experimentação, não senti incômodo depois dos quase 30 minutos. Outros jornalistas se queixaram de que o aparelho começa a pesar com o passar do tempo.

Muita tecnologia no dispositivo VR

Falemos agora da tecnologia por trás do áudio e do vídeo. Sim, estamos falando de som espacial, que dá a impressão de 360 graus. As músicas, efeitos sonoros, chamadas de voz etc. se “movimentam” conforme a posição do usuário. Já as duas telas diante de cada olho, cada qual com definição equivalente a uma TV 4K, de acordo com a fabricante, são realmente impressionantes no quesito qualidade.

Um dos trunfos da Apple está em reduzir a latência do equipamento ao mínimo. Todos os movimentos com a cabeça são rapidamente detectados pelo Vision Pro para que a ação equivalente ocorra dentro do universo digital. Esta é outra reclamação antiga de usuários de headsets de realidade virtual/mista. Quanto menor a latência, maior o conforto e a imersão.

Tela inicial do Apple Vision Pro; os ícones flutuam pelo espaço, com direito a sombras e efeitos de luz (Imagem: Divulgação/Apple)

Aliás, por falar em realidade mista: as muitas câmeras do Vision Pro permitem criar o efeito de passthrough, conforme chamam em inglês. Eu não encontrei nenhuma boa tradução no nosso idioma, mas na prática significa que o usuário tem a impressão de estar vendo “atrás” das telas do equipamento. Quando o pus pela primeira vez, eu vi exatamente a sala onde eu estava e as pessoas que ali me acompanhavam. Não existe aquilo de imediatamente cair num outro universo completamente diferente.

Passthrough de primeira

Ao estender as mãos diante do meu corpo, as vi pelo Apple Vision Pro. Trata-se de uma visualização mediada por uma tela, mas você se esquece disso… até que aciona a Coroa Digital, uma tecla lateral que puxa os ícones de aplicativos. Nesta hora você se recorda de que o Vision Pro é mais do que um conjunto de câmeras de alta qualidade.

Em sua essência, é um aparelho em que a Apple explora o sistema visionOS, também anunciado na WWDC 2023. Todos os elementos visuais em 3D têm profundidade, sombra e interagem com o mundo real. Os criadores do aparelho conseguiram integrar digital e físico de uma maneira que eu jamais vi num produto similar.

Dinossauro “invade” a sala em degustação do Apple Vision Pro (Imagem: Divulgação/Apple)

Quem acompanha a evolução da realidade virtual certamente já embarcou em experimentações que mostram filmes imersivos, cenários paradisíacos, salas de cinema privativas, dinossauros em altíssima qualidade. Tudo isso tem no Apple Vision Pro. Eu diria que a grande disrupção está em integrar hardware e software para que a experiência beire o impecável. Estamos falando de um dispositivo confiável, seguro e que funciona com vários aplicativos disponíveis desde que ele sai da caixa.

O sistema visionOS

Para além disso, a fabricante criou um novo sistema específico para este fim e o apresentou exatamente aos profissionais que irão se interessar (será?) em produzir novas experiências para o headset de realidade virtual. Existem frameworks, APIs e orientações formais para que os devs comecem a brincar desde agora com apps de Vision Pro. E se não quiserem fazer algo completamente novo, poderão usar os programas do iPhone e do iPad (principalmente este último) como base para marcar presença neste admirável (?) mundo novo.

Eu tive a oportunidade de conversar com alguns programadores durante a WWDC. Todos estavam empolgados com a ferramenta liberada pela Apple para simular apps dentro do Vision Pro, mesmo que a pessoa não tenha o dispositivo (ele não está à venda!). Por outro lado, vários destes profissionais admitiram que será difícil atuar no visionOS quando têm outras urgências, equipes pequenas. Eles ainda mencionam o mercado incerto, uma vez que parece ser um dispositivo de nicho.

Apple Vision Pro – WWDC 23 (Imagem: Divulgação/Apple)

Alguns gargalos do Apple Vision Pro

Nenhum produto é perfeito e o Apple Vision Pro não foge à regra. Para mim não ficou exatamente claro de que forma os seres humanos vão interagir entre si dentro do ambiente virtual. Eu mesmo testei uma chamada de FaceTime com vídeo de uma persona – ou seja, uma pessoa de carne osso cuja representação gráfica virtual, conforme capturada por outro Vision Pro, foi exibida dentro do visionOS. É bem feito, um avanço em relação a outros avatares que vimos por aí. No entanto, esbarra no Vale do Estranho. É esquisito de olhar e de interagir.

A imprensa gringa levantou o ponto do isolamento, uma vez que a maioria das situações retratadas na WWDC incluíam pessoas solitárias em casa ou no escritório. Seria o Vision Pro uma válvula de escape ou um novo dispositivo a la Black Mirror, que irá alimentar o nosso vício por muito feed e pouca interação humana? Não há como saber.

Apple Vision Pro: headset VR e bateria (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Do ponto de vista prático, também é questionável que a bateria fique conectada por um fio lateral. Mais ainda pensar que a autonomia de uso dura cerca de 2 horas, bem pouco quando consideramos que qualquer filme de herói hoje em dia dura mais.

Apenas o primeiro passo

Ninguém tem dúvidas de que a Apple está apenas começando sua história dentro da realidade mista. O Vision Pro ainda vai mudar muito nos próximos anos. Este primeiro modelo apresentado na WWDC impressiona pela qualidade técnica, mas não é só disso que vive a tecnologia. Precisamos observar os próximos passos da companhia no sentido de atrair clientela e desenvolvedores.

Não creio que o Vision Pro será o próximo iPhone. Ele não resolve nenhum problema vivenciado por bilhões de pessoas. Por outro lado, tem potencial para se tornar uma nova fonte de receita para a Apple (pouco se falou, aliás, sobre itens comercializados dentro do universo 3D). Será necessário comunicar muito bem quais situações do dia a dia ficam melhores quando a pessoa decide usar um headset VR e não um smartphone, um tablet ou um computador.

O tempo dirá se a excelência técnica e o sofisticado sistema operacional do Apple Vision Pro serão suficientes para encantar os consumidores.

Apple Vision Pro oferece imersão completa em cenas de tirar o fôlego (Imagem: Divulgação/Apple)

Algumas curiosidades

O visionOS sabe exatamente onde você está olhando. É assim que o usuário seleciona um botão, por exemplo. E basta o gesto de juntar rapidamente polegar e indicador para fazer o clique.

Da mesma forma, a pessoa pode juntar prolongadamente os dois dedos para movimentar objetos 3D.

Numa das experiências, uma borboleta digital pousou no meu dedo. Esta técnica – chamada em inglês de occlusion – está muito a frente do que vi em aparelhos similares da concorrência (principalmente a Meta).

Na frente do Vision Pro há uma tela que exibe os olhos da pessoa, para que o headset não se torne uma barreira. Não foi possível ver o recurso em uso.

Também não foi possível criar a minha própria persona dentro do visionOS.

Só pude testar uma interação online com outra pessoa. Ela estava numa espécie de chamada de vídeo do FaceTime.

Tenho dúvidas sobre como será a representação 3D dos usuários que estiverem junto contigo dentro dos ambientes virtuais do visionOS. Terão pernas, por exemplo?

Thássius Veloso viajou para Cupertino, nos Estados Unidos, a convite da Apple

Apple Vision Pro: eu usei o aparelho VR pela primeira vez

Apple Vision Pro: eu usei o aparelho VR pela primeira vez
Fonte: Tecnoblog