Category: União Europeia

Facebook e Instagram podem ganhar versões pagas sem propaganda na Europa

Facebook e Instagram podem ganhar versões pagas sem propaganda na Europa

Você pagaria para usar o Facebook ou o Instagram sem ver propaganda? A Meta, dona das duas redes sociais, estaria considerando oferecer esta alternativa a usuários europeus, segundo o jornal The New York Times. A opção seria uma forma de se defender da fiscalização da União Europeia, que vem apertando o cerco contra as práticas de coleta de dados e privacidade da companhia.

Instagram (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

As informações são de três pessoas que conhecem os planos confidenciais da empresa. Elas falaram com o NYT em condição de anonimato.

Os assinantes do Facebook e do Instagram não veriam anúncios em seus apps. Por enquanto, não se sabe quanto isso iria custar, nem quando a opção estaria disponível.

União Europeia contra Meta

A opção paga e sem anúncios seria uma forma de se defender do escrutínio da União Europeia. As três pessoas ouvidas pela reportagem dizem que isso poderia “aliviar” preocupações das autoridades, mesmo que poucas pessoas assinem.

As propagandas do Facebook e do Instagram são direcionadas com base nos dados coletados dos usuários.

Atualmente, a Meta já oferece, para quem mora em um dos países da União Europeia, a opção de desativar anúncios direcionados.

A empresa teria planos de ir além e desativar esse tipo de propaganda por padrão — o usuário ainda poderia ativar o direcionamento, de acordo com suas preferências.

No bloco, o Instagram também ganhou uma opção de exibir Reels e Stories em ordem cronológica. Atualmente, a plataforma conta com algoritmos que direcionam as publicações que podem ser mais interessantes para cada usuário.

A Meta também tomou a decisão de não lançar o Threads na Europa por enquanto. Segundo Adam Mosseri, CEO do Instagram, isso se deve a “complexidades no cumprimento de algumas leis que entrarão em vigor no ano que vem”.

Apesar de não dar nome aos bois, isso parece uma referência ao Digital Markets Act (DMA), ou Regulamento de Mercados Digitais, em português. A legislação pode proibir que o Threads reutilize dados do Instagram, como nome e localização.

Com informações: The New York Times, The Verge, Engadget
Facebook e Instagram podem ganhar versões pagas sem propaganda na Europa

Facebook e Instagram podem ganhar versões pagas sem propaganda na Europa
Fonte: Tecnoblog

A decisão da União Europeia que impacta celulares do mundo inteiro

A decisão da União Europeia que impacta celulares do mundo inteiro

A vida do dono de celular vai ficar mais simples a partir de 2027, ano em que será obrigatória a presença da bateria removível. O braço executivo da União Europeia discutiu o tema por anos e finalizou o regramento na semana passada. Empresas do porte de Apple, Motorola, Samsung e Xiaomi terão alguns anos para adaptar o design de seus dispositivos.

Porcentagem de bateria no Galaxy M31 (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Na prática, os europeus estão pondo em prática a ideia de que todo smartphone deve ter bateria removível e substituível. Hoje em dia, é comum levar o aparelho para a assistência técnica quando o componente já não está tão bom. Às vezes, porém, custa tão caro que faz mais sentido comprar outro telefone.

Impacto no Brasil e no restante do mundo

A decisão vale para os 27 países do bloco econômico. No entanto, o impacto deve ser global. Conforme lembra o site de notícias Mashable, é improvável que as gigantes do setor projetem duas versões diferentes dos futuros smartphones – uma sem bateria removível para o restante do planeta, outra com esta característica especificamente para o mercado europeu.

USB-C no Oppo Reno 7 (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

O desenrolar da história deve ser similar ao da adoção do USB-C como porta universal para recarga de dispositivos eletrônicos. A União Europeia tomou esta decisão e agora a expectativa é de que o iPhone 15, da norte-americana Apple, finalmente se livre do Lightining. O evento deve ocorrer em meados de setembro.

Direito ao reparo

O movimento batizado de right to repair (ou direito ao reparo, em tradução livre) vem ganhando força em diversos cantos do planeta. Aqui mesmo, no Brasil, existem os Projetos de Lei 5421/2019 e 6151/2019, que versam sobre mecanismos para que o comprador de um produto eletrônico consiga, por conta própria, realizar a substituição de peças sem depender de terceiros.

A Apple e a Samsung estão se movimentando no sentido de oferecer manuais e componentes para os consumidores. A gigante sul-coreana liberou em junho vasto material relacionado a Galaxy S20, S21 e S22.

A imprensa dos Estados Unidos, no entanto, destacou em diversas ocasiões que o processo de conserto ainda é muito difícil e que acaba sendo mais conveniente levar os smartphones para técnicos com conhecimento do assunto.

Relembre o review do Galaxy S22 no vídeo abaixo

Com informações de Mashable e Conselho Europeu
A decisão da União Europeia que impacta celulares do mundo inteiro

A decisão da União Europeia que impacta celulares do mundo inteiro
Fonte: Tecnoblog

TikTok: europeus poderão desativar o algoritmo da plataforma

TikTok: europeus poderão desativar o algoritmo da plataforma

Os usuários de TikTok na Europa ganharão um recurso “exclusivo”: a opção de ativar ou não o algoritmo da plataforma para receber conteúdo personalizado. A “ferramenta” é resultado da aprovação do Ato de Serviços Digitais (DSA, em inglês), uma nova legislação da União Europeia (UE) sobre segurança e privacidade digital. A DSA é válida para os 27 países membros do bloco político-econômico.

TikTok anuncia função de desativar algoritmo de recomendação, mas só na Europa (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Ao desativar a função de recomendação via algoritmo do TikTok, a rede social “desaprende” o gosto do usuário. No lugar de vídeos que a plataforma entende como “gosto do usuário”, o Para Você exibirá populares baseados no lugar onde a pessoa mora e outros conteúdos de todo o mundo. Esta informação foi divulgada pelo próprio TikTok em sua página de imprensa.

Recentemente, o TikTok lançou uma ferramenta para resetar o algoritmo, permitindo que o usuário comece “do zero” o uso da plataforma e as recomendações sejam “renovadas”.

Ferramenta de desativar algoritmo chega no fim de agosto

Conforme revelou a rede social em seu site, o recurso de “desligar” o algoritmo será liberado até o dia 28 de agosto. A data é o limite publicado no DSA para que as plataformas digitais se adequem a legislação da UE. No entanto, o TikTok não deu nem mesmo uma previsão sobre quando realmente entregará a função.

A rede social de vídeos curtos informou ainda que usuários cujas idades sejam de 13 à 17 anos não receberão mais propagandas personalizadas, que se baseia em atividades externas ao uso da plataforma.

TikTok anunciou que jovens de 13 à 17 anos não receberão propagandas personalizadas (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Lembrando: o TikTok permite que os seus “clientes” ativem ou desativem a função de anúncios personalizados, inclusive a que rastreia suas atividades externas. Essa opção está disponível nas configurações da conta, no menu “Anúncios”.

Outras redes sociais terão que fazer mudanças

Além do TikTok, as redes sociais da Meta, do Google, Twitter/X, Amazon e mais uma dezena de outras plataformas que atuam na Europa terão que realizar mudanças em seus serviços. A principal novidade do Ato de Serviços Digitais é que essas empresas terão que ser mais transparentes sobre seus algoritmos — e mais ágeis na remoção de conteúdos “problemáticos”.

Com informações: The Verge (1 e 2)
TikTok: europeus poderão desativar o algoritmo da plataforma

TikTok: europeus poderão desativar o algoritmo da plataforma
Fonte: Tecnoblog

Apple pensa em lançar AirPods com entrada USB-C

Apple pensa em lançar AirPods com entrada USB-C

Falta pouco para a Apple lançar AirPods com porta USB-C em vez da Lighting, que hoje em dia ainda é motivo de dor de cabeça para muita gente. O jornalista Mark Gurman publicou a informação numa newsletter da Bloomberg, ressaltando que a novidade pode chegar logo após o iPhone 15. Previsto para setembro, deve ser o primeiro celular da maçã com porta USB-C.

AirPods Pro de 1ª geração (imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Caso a informação se confirme, a Apple estaria se antecipando a exigências regulatórias da União Europeia. Até mesmo os mais fiéis clientes da empresa teriam mais facilidade no dia a dia, pois bastaria um carregador (o plugue de tomada) para reabastecer o smartphone, o tablet e o smartwatch.

Somente na versão Pro

Há um porém nessa história. Ainda de acordo com Gurman, o USB-C chegaria primeiro ao AirPods Pro, que está na segunda geração. Trata-se do fone de ouvido mais caro e sofisticado da companhia. Hoje em dia ele sai por R$ 2.599 no site oficial, com 10% de desconto para pagamento à vista.

USB-C tornou-se o padrão universal para recarga de gadgets, com a notável exceção do universo da Apple (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Os demais AirPods receberiam o USB-C somente em “futuras gerações”. A linha completa de áudio da Apple atualmente conta com AirPods de 2ª geração, AirPods de 3ª geração e AirPods Max. Os recursos variam entre os produtos, como áudio espacial, resistência à água e estojo de recarga com tecnologia de MagSafe.

Mais saúde

Outro ponto importante levantado por Gurman tem a ver com saúde. A próxima geração de AirPods teria uma espécie de teste auditivo em que o fone de ouvido reproduziria diversos sons para avaliar a audição da pessoa.

Não é de hoje que surgem rumores sobre um termômetro integrado ao aparelho. Seria possível medir a temperatura do canal auditivo. Será? A ideia seria popular o recurso tal qual o Apple Watch ajudou a fazer com o eletrocardiograma.

Apple Watch faz eletrocargiograma (Imagem: Divulgação/Apple)

AirPods: um negócio gigante

Os pequenos fones de ouvido brancos podem parecer um item singelo, mas na realidade representam um grande negócio para a Apple. A empresa entregou 28,4 milhões de unidades no quarto trimestre de 2022, de acordo com a Canalys. A Samsung aparece em segundo lugar (6 milhões) e a Xiaomi em terceiro (3,5 milhões).

Importante ressaltar que o levantamento inclui apenas produtos TWS. Além disso, os números da Apple levam a Beats em consideração e os da Samsung também consideram outros produtos Harman.

Com informações de Mark Gurman (Bloomberg) e AndroidAuthority
Apple pensa em lançar AirPods com entrada USB-C

Apple pensa em lançar AirPods com entrada USB-C
Fonte: Tecnoblog

Microsoft e Activision: órgão americano bloqueará aquisição, diz agência de notícias

Microsoft e Activision: órgão americano bloqueará aquisição, diz agência de notícias

Se a Microsoft tinha motivos para celebrar e acreditar na fusão com a Activision após a aprovação na União Europeia, a situação pode mudar em casa. De acordo com a Reuters, a Federal Trade Comission (FTC), órgão americano de comércio equivalente ao nosso CADE, bloqueará o acordo de compra da Microsoft.

Microsoft pode enfrentar novo obstáculo para aquisição da Activision (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A informação vem de uma “fonte familiarizada com o julgamento” — provavelmente alguém do próprio FTC. De acordo com esta fonte, o órgão regulador pedirá uma liminar para bloquear a compra. Ou seja, o FTC ainda não finalizará o seu julgamento sobre a aprovação ou não do acordo — que foi favorável na União Europeia e contrário no Reino Unido.

FTC deve entrar com mandado nas próximas horas

A mesma fonte disse a Reuters que a Comissão Federal de Comércio (tradução direta) deve entrar com o mandado bloqueando a compra nas próximas horas. O processo pode ser aberto no distrito do Norte da Califórnia. Com isso, a FTC teria mais tempo para publicar o resultado da sua investigação sobre a aquisição — a Comissão terá que divulgar resultado em 2 de agosto.

Todavia, um atraso no parecer do órgão de antitruste seria infeliz para a Microsoft. O prazo para a finalização do acordo é 18 de julho. Com essa liminar, a FTC pode estender essa data e levar problemas para a empresa, que teria que retornar para a “mesa de negociação”.

Em dezembro, FTC pediu bloqueio da compra e uma das alegações foi risco de monopólio da Microsoft (Imagem: Divulgação/Activision)

Brad Smith, presidente da Microsoft, comunicou à Reuters que a empresa está disposta a apresentar o caso em uma corte federal. Até o momento, a Activision não se pronunciou sobre o caso.

Em dezembro de 2022, a FTC também pediu para justiça federal bloquear o acordo. No pedido, o órgão informou que a Microsoft descumpriu as promessas feitas para a Comissão Europeia de liberar os jogos da Activision para a Nintendo e Sony.

Microsoft entrou com recurso no Reino Unido

Além da FTC, a “pedra no caminho” da Microsoft é a Autoridade de Competição e Mercado do Reino Unido. O órgão britânico foi contra o acordo de aquisição da Activision. Porém, a empresa dona do Xbox e Windows apelou da decisão e espera um novo julgamento. O recurso não tem prazo para ser julgado.

Com informações: Reuters e Ars Technica
Microsoft e Activision: órgão americano bloqueará aquisição, diz agência de notícias

Microsoft e Activision: órgão americano bloqueará aquisição, diz agência de notícias
Fonte: Tecnoblog

Meta recebe multa de R$ 6,5 bilhões por compartilhar dados de usuários europeus

Meta recebe multa de R$ 6,5 bilhões por compartilhar dados de usuários europeus

A União Europeia anunciou uma multa recorde para a Meta, dona do Instagram e de outras redes sociais, no valor de € 1,2 bilhão (algo em torno de R$ 6,5 bilhões em uma conversão direta). O motivo é que a empresa teria compartilhado dados de usuários europeus com os Estados Unidos através do Facebook. Essa é a maior punição financeira imposta sob a lei de privacidade da Europa.

Mark Zuckerberg (imagem: Reprodução/Facebook)

A Autoridade Irlandesa de Proteção de Dados (IE DPA) foi a entidade que definiu a multa da empresa de Mark Zuckerberg. Ela surgiu após uma longa investigação, na qual oficiais da Europa estabeleceram que o Facebook estava cometendo violações nas regras de privacidade digital do continente.

Como resultado, além de ter que pagar a multa de € 1,2 bilhão, a Meta deverá suspender em até cinco meses a prática de transferir dados de usuários europeus para os Estados Unidos. Ademais, a companhia tem 6 meses para interromper “o processamento ilegal, incluindo armazenamento, nos EUA”.

Vale destacar que o processo envolve apenas o Facebook, ou seja, Instagram e WhatsApp não fazem parte da questão.

Segundo a Autoridade Irlandesa de Proteção de Dados, a empresa estadunidense “não abordou os riscos para os direitos e liberdades fundamentais das pessoas europeias e violou o Regulamento Geral de Proteção de Dados”.

Nick Clegg, Presidente de assuntos globais do Facebook, e Jennifer Newstead, Chefe do escritório legal da Meta, afirmaram que não concordam com a sentença em uma postagem no Blog da marca:

Esta decisão é falha, injustificada e estabelece um precedente perigoso para inúmeras outras empresas que transferem dados entre a UE e os EUA. Apelaremos da sentença, incluindo a multa injustificada e desnecessária, e buscaremos a suspensão das ordens nos tribunais.

(Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Empresas já foram multadas por uso indevido de dados

A Meta não é novata em receber punições de entidades pelo mundo. Em setembro de 2021, por exemplo, o WhatsApp foi multado em € 225 milhões pela falta de transparência no uso de dados. No caso, a IE DPA definiu que o app de mensagens havia violado o conjunto de regras de privacidade da União Europeia.

Em julho do mesmo ano, a Amazon recebeu uma pena ainda maior, no valor de € 746 milhões, que a Comissão Nacional de Luxemburgo para a Proteção de Dados impôs à empresa. A penalidade envolveu uma situação similar ao do Facebook, na qual a gigante discordou fortemente da decisão.

No Brasil, há uma lei chamada LGPD, que define o que são dados sensíveis no país. Sendo assim, nenhuma companhia pode fazer uso desse tipo de informação sem o consentimento legal da pessoa. Compartilhar esses dados com outro país, por exemplo, poderia resultar em multas e outras penalidades.

Com informações: MacRumors.
Meta recebe multa de R$ 6,5 bilhões por compartilhar dados de usuários europeus

Meta recebe multa de R$ 6,5 bilhões por compartilhar dados de usuários europeus
Fonte: Tecnoblog

OpenAI e outras empresas podem ter que revelar uso de material com copyright

OpenAI e outras empresas podem ter que revelar uso de material com copyright

A inteligência artificial é um assunto em alta, e seus aspectos positivos e negativos ainda estão sob avaliação. A União Europeia, por exemplo, agora está interessada na questão dos direitos autorais. O bloco discute obrigar as empresas a revelar se materiais protegidos por copyright foram usados para treinar robôs como o ChatGPT.

Bandeiras da União Europeia (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

Esta exigência foi adicionada ao Regulamento da Inteligência Artificial nas duas últimas semanas, disse uma fonte interna à Reuters. Alguns membros do Parlamento Europeu queriam proibir o uso de material com copyright, mas uma proposta mais branda, exigindo apenas transparência, venceu as discussões.

Dessa forma, empresas que desenvolvem ferramentas geradoras de conteúdo, como o ChatGPT, o Dall-E, o Midjourney e muitas outras, precisarão revelar qualquer uso de material protegido por direitos autorais para treinar seus sistemas.

O Regulamento da Inteligência Artificial (ou AI Act, em inglês) vem sendo discutido há dois anos, antes mesmo do lançamento do ChatGPT pela OpenAI e de todo o destaque sobre o tema que veio desde então.

O Parlamento Europeu já tinha um rascunho da lei, e seus membros concordaram em avançar com a matéria para a fase de discussões.

As inteligências artificiais generativas dependem de treinamento com grandes quantidades de dados. Assim, elas entendem diversas formas de escrever, acumulam informações, aprendem como desenhar em vários estilos, e assim por diante.

Processos contra empresas podem aumentar

Empresas como a OpenAI se recusam a abrir detalhes sobre os dados usados para treinar seu software. Caso a legislação europeia seja aprovada, elas precisarão revelar de onde foi retirado o conteúdo.

Isso pode ter consequências negativas para as companhias: os processos por violação de direitos autorais devem se multiplicar.

Imagem gerada pelo Stable Diffusion tem marca d’água da Getty Images (Imagem: Reprodução/The Verge)

A questão do copyright já é uma realidade no cenário da inteligência artificial, principalmente entre artistas e fotógrafos. A empresa de bancos de imagens Getty Images está processando a Stability AI, por exemplo.

O Stable Diffusion, modelo desenvolvido pela Stability AI, foi “pego” criando imagens com a marca d’água da Getty. Isso indica que as fotos da empresa foram usadas indevidamente para treinar a inteligência artificial.

Além da briga entre as duas empresas, três artistas moveram uma ação coletiva contra a Stability AI, a Midjourney e a DeviantArt.

Eles alegam que as desenvolvedoras violaram os direitos de milhões de artistas ao usar 5 bilhões de imagens raspadas da internet sem o consentimento dos artistas.

Deixando as imagens um pouco de lado, a Microsoft e sua subsidiária GitHub foram acionadas na Justiça dos EUA por causa da ferramenta Copilot.

O Copilot foi treinado usando códigos abertos. A licença desses códigos, porém, exige que o autor esteja listado em trabalhos derivados.

Mesmo assim, o Copilot cria longos scripts a partir de trabalhos protegidos por essas licenças sem dar nenhum crédito, o que seria uma violação da lei de direitos autorais.

Com informações: Reuters, The Verge
OpenAI e outras empresas podem ter que revelar uso de material com copyright

OpenAI e outras empresas podem ter que revelar uso de material com copyright
Fonte: Tecnoblog

ChatGPT será investigado na Espanha por violação de privacidade de usuários

ChatGPT será investigado na Espanha por violação de privacidade de usuários

O ChatGPT enfrenta mais um problema na Europa. A OpenAI, empresa responsável pela IA generativa, será alvo de investigação aberta pelo órgão da Espanha responsável por proteção de dados. Até o momento, a Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) não pediu o bloqueio do serviço em seu território.

Depois de investigação e bloqueio na Itália, agora é a vez da Espanha abrir um inquérito sobre o ChatGPT (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Depois de ser bloqueado na Itália por possíveis violações de privacidade, o ChatGPT pode ver o mesmo acontecer no outro país. A AEPD investiga se a OpenAI está seguindo o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês) da União Europeia. O regulamento aponta as obrigações que devem ser seguidas por todas as entidades, públicas e privadas, que atuam nos países membros da União Europeia (UE).

GDPR regula como dados de europeus são geridos por estrangeiros

A legislação da EU fiscaliza, entre outros pontos, como os dados de cidadãos dos países membros são geridos por empresas estrangeiras. Por exemplo, se uma instituição está exportando informações privadas para fora do continente. Logo, a OpenAI, que é americana, precisa ser transparente sobre como lida com os dados sigilosos dos europeus.

Nesse ponto, a Itália e a Espanha têm dúvidas se a OpenAI de fato protege as informações privadas dos usuários do ChatGPT. Para evitar qualquer problema com dados sigiloso sendo “mal geridos”, o órgão italiano responsável por fiscalizar a GDPR bloqueou a IA generativa no país. A Espanha, até o momento, não seguiu esses passos.

Órgão da União Europeia também investigará como a OpenAI utiliza os dados sigilosos (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

Entretanto, a AEPD tomou um passo importante: pediu que o Conselho Europeu de Proteção de Dados (EDPB na sigla em inglês), órgão da EU que fiscaliza o Regulamento, discutisse o ChatGPT em uma discussão de plenário.

O resultado do debate levou o EDPB a criar uma força-tarefa para investigar a gestão de dados privados pela OpenAI. A investigação do Conselho será paralela aos trabalhos da Espanha e da Itália.

Bug no ChatGPT revelou dados sigilosos de usuários

ChatGPT enfrentou outros problemas antes de investigações na Europa (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

No dia 20 de março, um bug no ChatGPT permitiu que os e-mails de confirmação do ChatGPT Plus, com dados pessoais, fossem enviados aos assinantes errados. O problema também permitia que a primeira mensagem de uma conversa fosse acessada por outro usuário, mas só se as duas contas estivessem online ao mesmo tempo.

Para resolver o bug, a OpenAI deixou o ChatGPT fora do ar durante boa parte do dia 20 de março. Quatro dias depois, a empresa confirmou a razão de ter “desligado” a IA por várias horas. O caso foi um dos argumentos usados pela Itália para bloquear o serviço no país.

Com informações: Tech Crunch
ChatGPT será investigado na Espanha por violação de privacidade de usuários

ChatGPT será investigado na Espanha por violação de privacidade de usuários
Fonte: Tecnoblog