Category: União Europeia

iPhone não terá mais suporte para web apps na União Europeia

iPhone não terá mais suporte para web apps na União Europeia

Apple encerra suporte a progressive web apps após Lei dos Mercados Digitais entrar em vigor (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Apple confirmou nesta quinta-feira (15) que está encerrando os web apps no iPhone. A medida vale apenas para os consumidores na União Europeia. A justificativa da big tech para acabar com o suporte para progressive web apps é Lei dos Mercados Digitais, que obrigou a Apple a abrir o ecossistema do iOS para lojas e recursos de terceiros.

Caso o nome web app não te ajude, vamos relembrar: esses aplicativos são instalados no seu smartphone direto de uma página web. Por exemplo, você pode abrir o site da Uber no Safari, clicar nas opções da aba e selecionar “adicionar à tela de início”. Algumas páginas, como é o caso da Uber, são progressive web apps (PWA) e terão uma experiência próxima ao aplicativo baixado na App Store.

Apple culpa UE por fim dos PWA

PWA permite que usuários utilizem páginas da web com experiência próxima aos aplicativos baixados na App Store (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Na página de Perguntas Frequentes para desenvolvedores, a Apple explica que a decisão de encerrar o suporte para os PWAs é resultado da Lei dos Mercados Digitais (DMA). A big tech diz que essas exigências da legislação europeia afetam a segurança e a privacidade do iOS, o que prejudicaria o uso dos web apps.

A funcionalidade de adicionar páginas à tela inicial é baseado no Safari. Você “abre um app”, mas roda uma aba do navegador da empresa. Antes da DMA, todos os browsers do iOS usavam o kit de desenvolvimento do Safari. Agora, a Apple é obrigada a liberar outras engines, o que permite, por exemplo, que o Chrome passe a usar o Chromium.

A big tech até poderia contornar esse problema, mas ela diz que isso exigiria uma nova arquitetura de integração que ainda não existe no iOS. Além do mais, a Apple explica que ela possui outras demandas com a DMA e o uso de web apps é muito baixo — traduzindo: muito trabalho para pouca coisa.

Por outro lado, os usuários europeus poderão “instalar” as páginas da web na tela inicial do iPhone. A diferença é que a experiência deve ficar mais distante de um PWA, cuja ideia é deixar a página web mais parecida com um aplicativo.

Com informações: The Verge e 9to5Mac
iPhone não terá mais suporte para web apps na União Europeia

iPhone não terá mais suporte para web apps na União Europeia
Fonte: Tecnoblog

Edge, Bing e iMessage “escapam” de novas leis da União Europeia

Edge, Bing e iMessage “escapam” de novas leis da União Europeia

Bing não estará sujeito às mesmas regras que a busca do Google (Imagem: Divulgação/Microsoft)

A União Europeia decidiu que o Edge e o Bing, ambos da Microsoft, bem como o iMessage, da Apple, não precisam seguir as regras da Lei de Mercados Digitais (DMA, na sigla em inglês). O bloco considerou que estes serviços não se enquadram na classificação de “gatekeepers”.

A DMA da União Europeia é uma legislação que visa impedir que as gigantes da tecnologia favoreçam seus próprios serviços e sufoquem a concorrência. Para isso, ela tem critérios para considerar aplicativos, lojas e plataformas como “gatekeepers” (ou “controladores de acesso”), isto é, serviços essenciais para acessar mercados digitais. Se uma plataforma não é relevante o suficiente, ela fica isenta das regras.

iMessage não vai precisar “conversar” com outros apps (imagem: Rodnae Productions / Pexels)

A melhor forma de entender a importância dessa decisão para Apple e Microsoft é entender o que os concorrentes terão que fazer para cumprir o que manda a União Europeia. Com a decisão de hoje, o iMessage não será obrigado a seguir a interoperabilidade entre aplicativos de mensagem. O WhatsApp e o Messenger, ambos da Meta, vão precisar adotar este recurso, por exemplo.

Outro caso é a busca do Google. Em certas pesquisas, como produtos e hotéis, a empresa vai colocar áreas dedicadas a sites de comparação desses setores, como forma de não favorecer seus próprios serviços do tipo. Já o Chrome precisará perguntar para o usuário qual o buscador padrão desejado. Bing e Edge não vão precisar fazer nada disso.

Google não vai poder destacar seus serviços de hotéis e passagens aéreas (Imagem: Nathana Rebouças / Unsplash)

Além de iMessage, Bing e Edge, o serviço de venda e exibição de anúncios da Microsoft também não foi classificado como “controlador de acesso” e poderá continuar operando normalmente.

DMA vale para iOS e Windows

Como a União Europeia analisou cada produto e serviço individualmente, Apple e Microsoft precisarão fazer mudanças em outras partes de seus negócios.

iPhone finalmente poderá receber apps por fora da App Store (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O caso da Apple foi bem marcante, já que ela foi obrigada a fazer grandes mudanças no iOS, como liberar a instalação direta de apps (conhecida como sideloading). Isso só vai valer para usuários da União Europeia.

Já a Microsoft vai liberar que alguns aplicativos que vêm com o Windows sejam desinstalados e permitir que desenvolvedores alterem o mecanismo de pesquisa usado pela busca do sistema.

Apple e Microsoft comemoram

Apple e Microsoft reagiram bem à decisão. “Hoje, os consumidores têm acesso a uma grande variedade de aplicativos de mensagem, e frequentemente usam vários ao mesmo tempo, o que mostra como é fácil alternar entre eles”, disse um representante da Apple.

Já a Microsoft declarou que Bing, Edge e sua plataforma de anúncios são “desafiantes” no mercado. Isso significa que a própria empresa admite que eles não têm lugar de destaque, já que o Google domina estes três setores.

Com informações: Reuters, The Verge, União Europeia
Edge, Bing e iMessage “escapam” de novas leis da União Europeia

Edge, Bing e iMessage “escapam” de novas leis da União Europeia
Fonte: Tecnoblog

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Em 2022, o Parlamento Europeu aprovou o Digital Markets Act. A lei versa sobre a concorrência em mercados digitais, e quem vai sentir as consequências são as grandes empresas de tecnologia estadunidenses.

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Player global no segmento de distribuição de aplicativos, a Apple é uma das impactadas. E, nos últimos anos, cresceu a expectativa de que o DMA levasse a uma abertura sem precedentes no ambiente do iOS.

Desde sempre, a única forma de baixar aplicativos autorizada pela Apple em dispositivos móveis é a App Store. Nenhuma forma de sideloading era permitida. O DMA faria isso mudar, o que muitas empresas e desenvolvedores viam com bons olhos.

No dia 25 de janeiro, no entanto, a Apple divulgou como se adequaria à legislação. Os planos da empresa geraram reações furiosas de quem desejava a total abertura do iOS. A Apple está mostrando que vai ceder só quando não tem saída — e, ainda assim, resistindo ao máximo.

Nova taxa, velhas queixas

De modo geral, é válido dizer que o iOS ficará mais aberto. Porém, como se diz, o diabo está nos detalhes. E a Apple incluiu alguns.

A única forma de baixar aplicativos fora da App Store será por lojas alternativas, que precisaram ser aprovadas pela Maçã. Cada aplicativo presente nessas lojas também passará pelo crivo da Apple.

O desenvolvedor poderá manter seus apps na App Store e também distribuir por lojas alternativas. Porém, ao decidir operar pelas novas regras da UE, ficará sujeito a uma nova taxa, a Core Technology Fee. Este é um dos principais motivos de críticas à Apple.

A CTF atinge principalmente os grandes aplicativos. A partir dela, a Apple estabelece que, após 1 milhão de downloads, recai uma taxa de 50 centavos de euro a cada novo download por usuário. A cobrança será anual.

Com isso, perspectiva é que apps populares, mesmo que optem pela distribuição apenas em lojas paralelas à App Store, deixarão uma boa quantia nas mãos de Tim Cook. Não é à toa que o CEO do Spotify, Daniel Ek, acusa a Maçã de dar uma “aula de distorção” com sua nova política.

iPhone, Safari e App Store passam por mudanças na União Europeia (Imagem: Divulgação/Apple)

A Microsoft pegou um pouco mais leve, avaliando o caso como “um passo na direção errada”. A Epic Games, velha inimiga da Apple quando se trata da política da App Store, também se manifestou com a desaprovação usual (embora já tenha anunciado planos para sua própria loja de aplicativos na Europa).

Com a CTF, mesmo que escapem das comissões atuais de até 30% por transação feitas a partir do ecossistema da Apple, as empresas terão que pagar de outra forma.

A atitude é controversa, tem algo de birra, e ainda pode ser contestada no futuro. É a Apple marcando sua posição: quaisquer que sejam as mudanças exigidas em seu modelo de negócios, ela não as fará de bom grado.

Faturando até mesmo fora da App Store

Há ainda outros aspectos da proposta da Apple que geram protestos de empresas e desenvolvedores. Ressaltamos alguns deles no Tecnocast 322, totalmente dedicado ao tema.

Um dos mais controversos é a cobrança de comissões até mesmo por transações feitas fora da App Store. Os valores podem chegar a 17%.

Algo semelhante vai ocorrer também no mercado americano, vale apontar. O iOS permitirá métodos de pagamento alternativos em decorrência do processo movido pela Epic Games; no entanto, a Apple cobrará até 27% de comissão dos desenvolvedores.

As empresas terão que manter um relatório das transações feitas por plataformas de pagamento independentes e repassar os valores adequados à Apple. Determinar se os repasses estão corretos é um desafio que a própria empresa reconhece.

Outro ponto delicado é a necessidade de um escolha definitiva logo de cara. Desenvolvedores podem optar por simplesmente ignorar as novas regras da UE e se manter sob as normativas atuais da App Store, com taxas de variam entre 15 e 30%.

Tela de instalação de loja de apps no iOS 17.4 (Imagem: Reprodução/Apple)

Por outro lado, quem quiser se aventurar pelo mundo do iOS aberto não pode voltar atrás. Uma vez que a escolha é feita, o desenvolvedor não tem a opção de voltar às regras antigas. É pegar ou largar.

Esse aspecto exige bastante cuidado por parte do desenvolvedor. Não seria possível sequer fazer uma experiência antes e depois retornar, por exemplo.

A exigência certamente gerará receio em quem ficou tentado a testar as novas regras, e é encarada como uma forma de pressão para que o desenvolvedor mantenha tudo como está.

Uma questão de controle

A resposta da Apple ao DMA deixa claro mais uma vez que a empresa não quer abrir mão do controle que tem sobre sua plataforma. O Android tem uma abordagem um pouco diferente, permitindo lojas alternativas Google Play desde sempre. A Apple, por sua vez, optou pelo fechamento.

Como levantamos no Tecnocast 322, esse controle é um dos motivos pelos quais muitos usuários preferem a empresa. Uma experiência bem definida, onde tudo é milimetricamente pensado pela Apple, tem apelo para muita gente. As vendas de aparelhos refletem isso, assim como a oferta de aplicativos.

Um argumento muito utilizado pela Apple para defender sua posição é o da segurança. Marketplaces independentes de apps seriam uma entrada para softwares maliciosos e conteúdo nocivo nos celulares de milhões de pessoas. No comunicado sobre a adequação ao DMA, a Apple reforça essa linha de raciocínio.

O outro lado aponta que a empresa deveria dar liberdade ao usuário de baixar aplicativos de onde quiser. E também aos desenvolvedores de utilizar as plataformas de pagamento que preferirem, incluindo aí opções próprias.

Tim Cook, CEO da Apple (Imagem: Divulgação / Apple)

Dado o tamanho do negócio da App Store, dirão os críticos, a proibição seria uma forma de prender os fornecedores (desenvolvedores) em sua loja, já que dispensar essa opção implicaria numa perda considerável de faturamento e público.

Essas discussões estão nem longe de encerrarem. Uma vez que o DMA não determina como exatamente os mercados digitais devem se abrir, a Apple colocou sua opção de abertura na mesa. No entanto, no conceito da Apple, um iOS aberto ainda é um tanto fechado.
Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle
Fonte: Tecnoblog

WhatsApp faz últimos acertos para exibir mensagens de outros apps

WhatsApp faz últimos acertos para exibir mensagens de outros apps

WhatsApp irá exibir mensagens de outros apps na União Europeia (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O WhatsApp divulgou detalhes de como será o processo de abertura para outros aplicativos de mensagens, uma exigência da lei europeia de mercados digitais. A mudança começará em março de 2024. Daqui a poucas semanas, os usuários da Meta verão as mensagens de outras plataformas numa aba separada, porém dentro da tela de chats do WhatsApp.

A modificação faz parte da interoperabilidade exigida pelos legisladores europeus. Numa entrevista à revista Wired, o diretor de engenharia Dick Brouwer contou alguns bastidores do mensageiro. Ele disse, por exemplo, que cada app terceiro precisará assinar um contrato com o WhatsApp antes da integração ser feita.

Brouwer também bateu na tecla de que os aplicativos deverão adotar criptografia de ponta a ponta tão boa ou mais sofisticada do que a prevista no protocolo Signal, utilizado pelo app de mensagens, bem como pelo Skype e o Google Mensagens. As regras da União Europeia inicialmente exigem que a interoperabilidade ocorra com texto, foto, vídeo e outros elementos gráficos. Ela só será obrigatória para chamadas de voz/vídeo daqui a alguns anos.

O executivo do WhatsApp explicou que as conversas em outros apps só serão visualizadas por usuários que optarem por isso. Por padrão, o aplicativo da Meta continuará do jeito que é hoje. Será necessário fazer o opt-in, o que, de acordo com Brouwer, tem o potencial de coibir spam.

WhatsApp Beta exibe atalho para mensagens provenientes de outros apps (Imagem: Reprodução/WABetaInfo)

Já se sabia que o WhatsApp teria de passar pela mudança. O mensageiro foi designado como um intermediário importante do mercado digital, o que significa que precisará dar espaço para aplicativos rivais. Em tese, será possível abrir o WhatsApp e mandar mensagens para pessoas que estão no Telegram, no iMessage da Apple ou Snapchat, entre outros.

Especialistas chegaram a alertar sobre os riscos de afrouxar a criptografia do WhatsApp para cumprir a legislação do Velho Continente. Na entrevista, Brouwer afirma que esta característica está mantida.

A administração do WhatsApp promete revelar outros detalhes do assunto em março. Não se sabe, por exemplo, se usuários em outras regiões – como o Brasil – poderão tirar proveito da interoperabilidade. A mesma regra forçou a Apple a abrir a App Store na UE, mas a mudança não foi adotada fora do bloco.

Com informações: Wired e The Verge
WhatsApp faz últimos acertos para exibir mensagens de outros apps

WhatsApp faz últimos acertos para exibir mensagens de outros apps
Fonte: Tecnoblog

Google e Mozilla criticam Apple por novas regras para navegadores no iPhone

Google e Mozilla criticam Apple por novas regras para navegadores no iPhone

Navegadores poderão usar seus próprios motores de renderização, mas só na União Europeia (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

Representantes de Google e Mozilla expressaram seu descontentamento com as regras da Apple para navegadores no iPhone. Para cumprir a legislação da União Europeia, a marca da maçã liberou os motores próprios de renderização de cada browser, mas isso só vai valer para os países do bloco.

Damiano DeMonte, porta-voz da Mozilla, comentou o assunto. “Estamos extremamente desapontados com o plano proposto pela Apple, que restringe o recém-anunciado BrowserEngineKit a aplicativos específicos da União Europeia”, declarou ao site The Verge.

Ele avalia que essa restrição força desenvolvedores a manter duas versões de seus navegadores: uma para a União Europeia, com o motor de renderização próprio, e outra para o resto do mundo, com o WebKit da própria Apple. “Este é um fardo que a própria Apple não terá que carregar”, dispara o representante da Mozilla.

Fora da UE, Google Chrome para iPhone é obrigado a usar o mesmo motor do Safari (Imagem: Tati Tata/Flickr)

As declarações de DeMonte receberam apoio de Parisa Tabriz, vice-presidente de engenharia do Google Chrome. “A Apple não está levando a sério a escolha de navegadores ou motores [de renderização] no iOS”, comentou em sua conta no X (antigo Twitter).

Para Tabriz, a estratégia da Apple para seguir as regras da UE é “extremamente restritiva” e não vai dar escolhas reais para os desenvolvedores de browsers. Já faz um ano que o Google trabalha em uma versão do Chrome para iOS com a engine Blink, a mesma usada em outras plataformas.

Apple obrigava a usar WebKit no iPhone

Entre as restrições do iOS, está a do motor de renderização de navegadores: todos precisam usar o WebKit do Safari. Na prática, isso significa que não há grandes diferenças entre os browsers que você encontra na App Store. Eles podem variar em interface e recursos, como sincronização, mas todos vão exibir as páginas exatamente da mesma forma.

A Apple, porém, foi obrigada a mudar isso na União Europeia, como parte das novas leis do bloco, que visam impedir que gigantes da tecnologia favoreçam seus próprios produtos e sufoquem a concorrência.

A empresa também teve que liberar o sideloading, como é conhecida a instalação de aplicativos “por fora” da loja oficial. Assim como nos navegadores, a proposta da empresa da maçã não agradou, principalmente por ela cobrar € 0,50 anualmente por usuário. Mark Zuckerberg, da Meta, e Daniel Ek, do Spotify, criticaram a companhia pelas taxas.

Com informações: The Verge, Ars Technica
Google e Mozilla criticam Apple por novas regras para navegadores no iPhone

Google e Mozilla criticam Apple por novas regras para navegadores no iPhone
Fonte: Tecnoblog

Apple quer liberar NFC para concorrentes do Apple Pay na Europa

Apple quer liberar NFC para concorrentes do Apple Pay na Europa

Apple Pay terá concorrentes europeus no iPhone (Imagem: naipo.de/ Unsplash)

A Apple fez uma proposta para permitir que desenvolvedores e empresas dos países da União Europeia usem o NFC de seus aparelhos, como o iPhone e o Apple Watch, para pagamentos por aproximação, sem cobrar taxas. O compromisso valeria por dez anos e é uma resposta à investigação das autoridades do bloco sobre a exclusividade do Apple Pay no ecossistema da empresa.

A informação consta em um comunicado da Comissão Europeia, que investigava desde 2020 se restringir o acesso não era uma forma de excluir concorrentes. Em 2022, a Apple foi formalmente acusada de restringir a competição no mercado de pagamentos móveis, o que seria uma violação das leis da União Europeia. As autoridades abriram as propostas para comentários.

Apple vai criar API para pagamentos com NFC

A Apple confirmou a proposta em um comunicado enviado ao Wall Street Journal. “Assumimos compromissos de fornecer a desenvolvedores independentes do Espaço Econômico Europeu uma opção para permitir pagamentos por aproximação com seus apps para iOS, sem usar o Apple Pay e a Apple Wallet”, declarou a empresa.

União Europeia pode aplicar multa bilionária caso Apple descumpra acordo (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

As propostas da Apple incluem criar APIs para o uso do NFC, dar aos usuários o direito de escolher seus apps de pagamento favoritos e permitir que os aplicativos acessem recursos como o Face ID, entre outros.

Os compromissos valeriam por dez anos. Caso a Apple não cumpra as promessas, ela seria multada em 10% do faturamento global anual. Para dar uma ideia desse valor, a Apple recebeu cerca de US$ 394 bilhões em 2022, com lucro de aproximadamente US$ 99 bilhões. A punição poderia ser da ordem de US$ 39 bilhões, portanto.

Ao contrário do iOS, em que o Apple Pay é exclusivo, o Android permite que apps usem o NFC para transações financeiras, sem precisar da Carteira do Google. Um exemplo disso é o Mercado Pago, que é capaz de fazer pagamentos por débito ou crédito usando o celular. O Santander também oferecia essa opção no app Way, mas o recurso foi descontinuado.

Com informações: The Verge, Reuters, The Wall Street Journal
Apple quer liberar NFC para concorrentes do Apple Pay na Europa

Apple quer liberar NFC para concorrentes do Apple Pay na Europa
Fonte: Tecnoblog

Threads é finalmente lançado na União Europeia

Threads é finalmente lançado na União Europeia

Usuários da União Europeia não conseguiam entrar no Threads nem com VPN (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A rede social Threads, da Meta, está disponível para usuários na União Europeia, cinco meses após seu lançamento no resto do mundo. Além disso, as pessoas que vivem nos países do bloco poderão acessar a plataforma sem perfil, uma opção que não existe nos outros países.

A novidade foi anunciada por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, em um post no próprio Threads. Com isso, a rede passa a estar disponível para as 448 milhões de pessoas que vivem na União Europeia. Até então, o acesso à plataforma era bloqueado até mesmo usando VPN.

Assim, o Threads, resposta da Meta ao X/Twitter, ganha um pouco de espaço para crescer em número de usuários. O app chegou fazendo muito barulho e quebrando recordes, mas logo nas primeiras semanas, as métricas não se mostraram sustentáveis.

Ligações fortes entre Threads e Instagram foram um dos motivos da demora (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Meta estava com medo das leis da UE

O motivo para a demora foi regulatório. Em entrevista ao Verge, Adam Mosseri, CEO do Instagram, apontou as “complexidades para cumprir algumas das leis que entrarão em vigor no ano que vem [2024]”.

Apesar de não mencionar pelo nome, Mosseri provavelmente estava se referindo ao Digital Markets Act (também conhecido como DMA e Regulamento de Mercados Digitais). A nova lei passará a valer em março de 2024 e visa combater abusos e concorrência desleal das gigantes da tecnologia, como a própria Meta, o Google, a Apple e a Amazon, entre outras.

União Europeia apertou o cerco contra big techs (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

No caso específico do Threads, especula-se que a ligação da nova rede com o Instagram poderia criar problemas para a Meta, já que o DMA inclui regras contra o favorecimento de serviços da mesma empresa.

Essa ligação já foi mais forte: não era possível deletar a conta do Threads sem deletar também a do Instagram, por exemplo, o que mudou em novembro. Mesmo assim, ainda é necessário ter uma conta no Instagram para publicar ou interagir com posts na rede.

O modo de acesso sem login também parece uma maneira de evitar problemas legais. Com ele, o usuário consegue visualizar um feed gerado por algoritmo e buscar contas. Aparentemente, não é possível pesquisar posts específicos.

A chegada à União Europeia não foi a única novidade do Threads. Na quarta-feira (13), Mark Zuckerberg anunciou que a plataforma começou a testar a integração com serviços que também usam o protocolo ActivityPub. Isso pode permitir que, no futuro, usuários do Threads possam interagir com publicações em redes como Mastodon e Bluesky.

Com informações: TechCrunch, The Verge
Threads é finalmente lançado na União Europeia

Threads é finalmente lançado na União Europeia
Fonte: Tecnoblog

iPhone com RCS: Apple surpreende e adota sistema rival de mensagens

iPhone com RCS: Apple surpreende e adota sistema rival de mensagens

iPhone vai conversar com RCS a partir de 2024 (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Apple anunciou a adoção do protocolo de mensagens RCS no segundo semestre de 2024. Isso significa que os usuários de iPhone contarão com mais recursos ao conversar com donos de celulares de outras marcas (leia-se: Android).

O anúncio foi realizado hoje e menciona “uma melhor interoperabilidade quando comparado com SMS ou MMS”, segundo uma nota obtida pelo site especializado 9to5 Mac.

Na prática, os usuários de dispositivos da maçã terão mais uma opção ao mandar mensagens para amigos adeptos de outras plataformas. São vários recursos bem comuns a apps como WhatsApp e Telegram, mas que não existem no SMS tradicional: check de mensagem lida, imagens de alta qualidade e aviso de que a pessoa está digitando, entre outros.

Aposta do Google há anos

O Google aposta neste protocolo há anos, tanto que ele está embarcado de fábrica no Android. Por sua vez, esta é a primeira vez que a Apple faz um gesto no sentido de se abrir para a interoperabilidade de apps de mensageria.

É importante destacar, porém, que o iMessage vai continuar fechado para dispositivos da Apple, dentre eles os Macs e os iPads. O 9to5 Mac explica que o RCS será uma opção adicional.

Tim Cook com o MacBook Air (Imagem: Divulgação / Apple)

O peso da União Europeia

De acordo com a Apple, o aplicativo nativo de Mensagens continua sendo a alternativa mais segura para donos de iPhone. A empresa se comprometeu a trabalhar com a indústria de telecomunicações no sentido de melhorar a segurança e criptografia das mensagens enviadas pelo RCS.

Não custa lembrar que o braço executivo da União Europeia avança na padronização de grandes plataformas de tecnologia. O iMessage é classificado como aplicativo importante por possuir mais de 45 milhões de usuários. Em outras palavras, o anúncio feito nesta quinta-feira (16) se antecipa a uma mudança compulsória que a Apple teria de fazer para continuar oferecendo serviço de mensagens no velho continente.

Com informações: 9to5 Mac
iPhone com RCS: Apple surpreende e adota sistema rival de mensagens

iPhone com RCS: Apple surpreende e adota sistema rival de mensagens
Fonte: Tecnoblog

TikTok é multado em R$ 1,8 bilhão por falhas na proteção de dados de menores

TikTok é multado em R$ 1,8 bilhão por falhas na proteção de dados de menores

A Irlanda aplicou uma multa de € 345 milhões (cerca de R$ 1,79 milhões, em conversão direta) no TikTok. A plataforma foi condenada por violar oito artigos da legislação de proteção de dados da União Europeia. O problema está na maneira como ela lidava com dados de crianças e adolescentes.

TikTok (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A investigação considerou que o TikTok não implementou medidas técnicas e organizacionais ao não considerar certos riscos existentes para menores de 13 anos. O Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) serviu de base para a condenação.

Quando uma criança ou pré-adolescente criava uma conta na rede social, a opção padrão de visibilidade permitia que qualquer pessoa pudesse acessar as publicações, mesmo sem cadastro na plataforma.

“Isso significa que, por exemplo, vídeos publicados em contas de crianças eram públicos por padrão, comentários eram públicos por padrão, recursos como ‘Dueto’ e ‘Costurar’ ficavam ativados por padrão”, diz a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC).

Outro problema era em um recurso usado para conectar familiares. Uma conta de uma criança podia ser ligada à de um usuário adulto não verificado. A rede social não checava se o adulto era pai ou guardião legal do menor de idade.

Isso levava a mais uma questão. O usuário adulto poderia usar o pareamento para habilitar as mensagens diretas de contas de menores de 16 anos.

TikTok discorda de decisão da Irlanda

Um porta-voz do TikTok diz que a empresa discorda da decisão, particularmente do valor da multa. A empresa argumenta que as práticas consideradas pelas autoridades irlandesas aconteceram há três anos.

O TikTok lembra que a investigação começou em setembro de 2021, quando a rede social já tinha feito mudanças na maneira como lida com dados de menores de idade.

Os controles parentais se tornaram mais rígidos em novembro de 2020. Em janeiro de 2021, a plataforma limitou a visibilidade de todas as contas de menores de 16 anos — apenas seguidores aprovados poderiam ver o conteúdo.

O TikTok diz estar avaliando quais serão os próximos passos — ou seja, a empresa pode considerar um recurso. Esta é a primeira vez que a rede social recebe uma punição da União Europeia.

Com informações: TechCrunch, Reuters
TikTok é multado em R$ 1,8 bilhão por falhas na proteção de dados de menores

TikTok é multado em R$ 1,8 bilhão por falhas na proteção de dados de menores
Fonte: Tecnoblog

AirPods e AirPods Max devem receber USB-C só em 2024

AirPods e AirPods Max devem receber USB-C só em 2024

O iPhone 15 será lançado na próxima terça-feira (12) e marcará o começo do fim do padrão Lightning, mas nem todos os produtos da Apple vão abandonar o conector imediatamente. Enquanto os AirPods Pro vão acompanhar o smartphone e adotar o USB-C, as versões básica e Max dos fones de ouvido deverão mudar de cabo só em 2024.

AirPods 3 (Imagem: Divulgação/Apple)

Os AirPods Pro vão apenas mudar de conector, trocando o Lightning pelo USB-C já nos próximos meses. Os outros modelos da linha de fones de ouvido sem fio devem passar por reformulações maiores em 2024.

AirPods e AirPods Max já estão “ultrapassados”

Os AirPods estão atualmente na terceira geração, lançada em 2021, enquanto os AirPods Max são os mesmos da estreia, em 2020. Já os AirPods Pro de segunda geração foram apresentados em setembro de 2022.

Na WWDC de 2023, a Apple anunciou vários novos recursos de software apenas para os AirPods Pro.

Entre eles, estão parar de tocar quando alguém fala com o usuário, áudio adaptativo para conseguir ouvir a música e o sons externos, e volumes personalizados para diversas condições de ruído no ambiente.

Ao atualizar software e conector apenas do modelo Pro, dá para imaginar o que a Apple está pensando: eles ainda têm lenha para queimar e faz sentido apenas substituir o conector do modelo atual.

Os outros modelos, no entanto, têm hardware com mais de dois anos e é melhor esperar a próxima geração para fazer a troca.

USB-C é decisão da União Europeia

O iPhone 15 será o primeiro smartphone da Apple a adotar o padrão USB-C, o mesmo usado pela maioria dos smartphones Android há alguns anos. Até mesmo produtos da própria marca da maçã, como iPads e Macbooks, já têm entradas para esse cabo.

O motivo da troca é uma decisão da União Europeia. O bloco tornou o USB-C obrigatório em todos os smartphones. A ideia é diminuir o lixo eletrônico: o consumidor poderá usar um mesmo carregador para vários dispositivos e não acumulará cabos inúteis.

Com informações: Bloomberg, The Verge
AirPods e AirPods Max devem receber USB-C só em 2024

AirPods e AirPods Max devem receber USB-C só em 2024
Fonte: Tecnoblog