Category: TV (televisor)

Samsung fechou acordo para comprar painéis OLED da LG, segundo a Reuters

Samsung fechou acordo para comprar painéis OLED da LG, segundo a Reuters

Um novo relato indica que a Samsung assinou um acordo com a LG para receber painéis OLED de 77 e 83 polegadas. A dona da marca Galaxy compraria 2 milhões de telas em 2024, 3 milhões em 2025 e 5 milhões em 2026. Essa parceria entre as empresas é inédita e pode ajudar a trazer lucro em um ramo disputado com concorrentes chinesas.

TV QD-OLED (Imagem: Divulgação / Samsung)

O acordo foi relatado pela Reuters na terça-feira (16). Para a Samsung, o contrato aponta a intenção de se destacar no mercado de TVs topo de linha com a tecnologia OLED, já que marcas chinesas dominam o lado de porta de entrada, com seus aparelhos de LCD.

Além disso, é possível que essa parceria faça com que a Samsung assuma a segunda posição global como fornecedora de TVs OLED. Vale lembrar que, atualmente, a LG tem 50% do mercado, seguida pela Sony, com 26%. A dona da linha Neo QLED está no terceiro lugar, com apenas 6%, segundo a pesquisa da Omdia.

Para a LG, o negócio é uma excelente oportunidade para elevar ainda mais suas contas. Os relatos indicam que o fornecimento de 2 milhões de painéis OLED deverá valer mais de U$ 1 bilhão, alcançando entre 20% e 30% de sua capacidade total de manufatura.

Há quem diga que o trato é uma forma da Samsung admitir derrota contra a LG no mercado de TVs topo de linha. É importante destacar que em 2015, a criadora da linha de celulares Galaxy havia saído desse ramo, dizendo que era muito custoso e que o público não estava pronto para ele.

Entretanto, a companhia sul-coreana retornou em 2022, colocando nas lojas o aparelho de QD-OLED chamado S95B.

TV OLED (Imagem: Divulgação / LG)

Samsung teve queda de 96% nos lucros

A sul-coreana divulgou no fim de abril os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2023. Dessa forma, a companhia apresentou uma queda de 96% nos lucros, mas mesmo assim conseguiu valores acima de R$ 2 bilhões.

Alguns dos fatores foram os preços altos durante a pandemia de Covid-19, na qual fabricantes de peças de computadores, notebooks e smartphones estocaram componentes, como chips DRAM e flash NAND. Com a queda de consumo por parte das pessoas, os preços começaram a cair, já que ainda há muito em estoque.

Outro fator que afetou a Samsung foi a área de TVs, que dominou por 17 anos consecutivos. A empresa viu um crescimento exponencial das concorrentes chinesas, como Hisense e TCL, que afetou suas vendas, em especial no que se refere a aparelhos de porta de entrada com painéis LCD.

Com informações: The Verge.
Samsung fechou acordo para comprar painéis OLED da LG, segundo a Reuters

Samsung fechou acordo para comprar painéis OLED da LG, segundo a Reuters
Fonte: Tecnoblog

O que é taxa de atualização de tela?

O que é taxa de atualização de tela?

Taxa de atualização, representada em Hertz (Hz), indica o número de quadros por segundo que uma tela exibe. É comum encontrarmos o padrão de 60 Hz em TVs, monitores convencionais e smartphones. No entanto, fabricantes vêm investindo em taxas maiores, de 120 Hz ou mais.

TV Samsung Neo QLED QN90B tem taxa de atualização de 144 Hz (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

ÍndiceQuanto maior a taxa de atualização, melhor?Taxa de atualização variávelFatores que afetam a taxa de atualização60 Hz, 90 Hz e 120 Hz: é possível notar a diferença?Perguntas frequentes

Quanto maior a taxa de atualização, melhor?

De modo geral, quanto maior a taxa de atualização, mais fluida é a reprodução de vídeos ou animações na tela. Taxas altas também ajudam a reduzir o motion blur indesejado, que proporciona níveis de desfoque acima do normal.

Em termos práticos: uma tela com taxa de atualização de 60 Hz é atualizada 60 vezes por segundo. Já uma tela de 120 Hz dobra essa frequência. Esse ganho faz imagens com ações rápidas serem reproduzidas de modo mais responsivo e suave.

Mas nem sempre taxas acima de 60 Hz são necessárias, e a percepção de fluidez pode depender também do tipo de uso.

É por isso que celulares, notebooks, monitores e TVs com taxas de 90 Hz ou superior costumam ser indicados para jogos, já que esse tipo de conteúdo costuma ter cenas muito movimentadas. Uma taxa de atualização elevada ajuda o jogador a melhorar o desempenho em razão da percepção mais apurada das ações no game.

Já em um monitor usado para tarefas que não envolvem animações ou jogos, uma taxa de atualização acima 60 Hz pouco ou nada contribuirá para a experiência do usuário.

Além disso, telas com altas taxas de atualização têm consumo de energia maior e tendem a ser mais caras. Por isso, o número de Hz não deve ser o único fator considerado para a escolha do dispositivo.

Taxa de atualização variável

A taxa de atualização variável (VRR, na sigla em inglês) é uma técnica que permite a celulares, monitores e TVs ajustarem a frequência de quadros em tempo real, de acordo com o conteúdo reproduzido. Isso vale principalmente para jogos, que mudam a taxa a todo momento.

Com o VRR, a tela trabalha com uma taxa de atualização alta somente quando há demanda para isso, o que resulta em economia de energia e, em notebooks e celulares, maior duração da bateria.

Mas a técnica só funciona em telas compatíveis. É o caso da tecnologia AMOLED Dinâmico, da Samsung, que define a taxa de atualização entre 1 e 120 Hz em celulares como o Galaxy S23 Ultra. Em dispositivos como o iPhone 14 Pro, a tela Super Retina XDR usa a tecnologia LTPO para ajustar a taxa em até 120 Hz.

Fatores que afetam a taxa de atualização

A taxa de atualização de uma tela é determinada pelo fabricante e está relacionada a características técnicas, como a tecnologia de painel utilizada.

Telas OLED modernas conseguem chegar facilmente a 120 Hz e, em alguns dispositivos, esse número dobra. É o caso do monitor gamer LG UltraGear OLED que tem taxa de atualização de 240 Hz.

Em visores LCD, o tipo TN é o que costuma apresentar as taxas de atualização mais altas por causa da velocidade com a qual os cristais líquidos mudam de posição. Em 2022, a Asus chegou a lançar um monitor Rog Swift, voltado para jogos, com visor TN LCD capaz de trabalhar a 500 Hz.

Contudo, displays de cristal líquido dos tipos VA e IPS já conseguem oferecem taxas de atualização acima do padrão de 60 Hz.

A tecnologia de comunicação com a tela também afeta parâmetro. É caso do HDMI 2.1, que permite a TVs e monitores com resolução 4K trabalhar com taxas de 120 Hz, ou com resolução 8K e 60 Hz, desde que o cabo siga a mesma especificação. O HDMI 2.1 também é requisito em modelos com taxa de atualização variável.

60 Hz, 90 Hz e 120 Hz: é possível notar a diferença?

A diferença de taxa de atualização é perceptível entre 60 Hz e 120 Hz, e também pode ser notada entre 60 Hz e 90 Hz, tanto em TVs ou monitores quanto em celulares.

Mas diferenciar as taxas de 90 e 120 Hz é mais complicado, especialmente em celulares topo de linha. Isso porque, além de as telas serem relativamente pequenas, o conjunto de hardware (memória RAM e CPU) acaba sendo tão avançado nesses aparelhos, que atinge um nível de fluidez difícil de ser distinguido em uso comum.

Por exemplo: o Motorola Edge+ tem taxa de atualização de 90 Hz, e a usabilidade do Android se mostrou tão fluida quanto à do Galaxy S20 Ultra, com 120 Hz, em testes práticos.

A interface do sistema também tem grande peso para uma experiência mais suave. Em aparelhos como iPhone 13 Pro e iPhone 14 Pro, a tecnologia ProMotion ajusta automaticamente a taxa de atualização para até 120 Hz. Mas, mesmo em iPhones com taxa de 60 Hz, o iOS parece tornar tudo mais responsivo.

iPhone 14 Pro tem taxa de até 120 Hz (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Perguntas frequentes

Qual é a diferença entre taxa de atualização e tempo de resposta? A taxa de atualização indica, em Hertz (Hz), a quantidade de quadros exibidos por segundo pela tela. Já o tempo de resposta aponta, em milissegundos (ms), a velocidade com a qual os pixels do display mudam de cor. Para os padrões atuais, o ideal é um tempo inferior a 10 ms. Quanto menor esse número, melhor. Qual é a diferença entre taxa de atualização e FPS? FPS é a sigla em inglês para quadros por segundo. Trata-se de uma medida equivalente à taxa de atualização. Porém, os FPS são usados para informar quantas imagens por segundo um vídeo ou jogo reproduz, sendo muito usada para avaliar o desempenho de placas de vídeo. A taxa de atualização se limita a telas.
O que é taxa de atualização de tela?

O que é taxa de atualização de tela?
Fonte: Tecnoblog

O que é local dimming na tela de TVs e monitores?

O que é local dimming na tela de TVs e monitores?

Local dimming (escurecimento local) é um recurso presente em algumas TVs e monitores LCD que reduz a iluminação de áreas da tela para reproduzir preto profundo. Isso melhora cores e contraste, mas o efeito depende do arranjo de LEDs no backlight.

TV TCL P615 com local dimming (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

ÍndiceComo funciona o local dimmingEntendendo a estruturaControle da iluminaçãoFALD vs edge-lit: vantagens e desvantagensPerguntas frequentes

Como funciona o local dimming

Displays LCD não geram luz própria, por isso, precisam de uma iluminação de fundo (backlight). Em TVs ou monitores antigos, a iluminação vem de lâmpadas CCFL. Em equipamentos modernos, as lâmpadas foram substituídas por LEDs ou MiniLEDs.

Em todos os casos, o backlight ilumina toda a tela. Isso faz imagens que deveriam ser pretas terem aspecto acinzentado. Mas, com o local dimming, é possível fazer LEDs correspondentes a áreas escuras da imagem não serem ativados. O resultado varia de acordo com a distribuição desses LEDs.

Entendendo a estrutura

Telas LCD que usam LEDs como luz de fundo podem ser classificadas em três grupos, conforme o arranjo do backlight:

Edge-lit: os LEDs são distribuídos ao longo das bordas da tela, podendo ocupar somente as extremidades superior e inferior, somente as laterais ou todo o contorno;

Direct-lit: os LEDs são distribuídos por toda a tela, uniformemente, ocupando inclusive a área central;

Full-array: também distribui os LEDs por toda a tela, mas em quantidade maior e os dividindo em zonas. Dos três, é o arranjo mais sofisticado, razão pela qual costuma estar presente em equipamentos de ponta.

Arranjos de LEDs em telas (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Controle da iluminação

O local dimming foi criado para reduzir a iluminação das cenas escuras, sem afetar as áreas que devem ficar claras. Para isso, os LEDs do backlight são agrupados em zonas de escurecimento. Cada uma abrange uma área específica da tela. Assim, em uma cena de céu noturno, somente as zonas que cobrem a Lua devem ser ativadas.

Tecnologia FALD em uma tela com MiniLED (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Quanto mais zonas de escurecimento tiver uma tela, maior é a precisão da iluminação. Isso porque, nessas circunstâncias, cada zona controla um número pequeno de LEDs, de modo a ser possível delimitar com mais exatidão os pontos da tela que devem ser escurecidos.

TVs ou monitores mais baratos empregam o local dimming em um arranjo Edge-lit. Mas os resultados mais precisos, com melhor relação de contraste, aparecem nas telas com o arranjo Full-array Local Dimming (FALD), existente em equipamentos mais avançados.

Modelos com arranjo Direct-lit geralmente não têm local dimming porque eles simplesmente distribuem os LEDs atrás da tela, sem agrupá-los em zonas. O modo Full-array é uma evolução do Direct-lit, portanto.

FALD vs edge-lit: vantagens e desvantagens

Telas com Full-array Local Dimming são preferência no mercado por permitirem controle mais preciso sobre a iluminação de fundo. O FALD também oferece as seguintes vantagens e desvantagens em relação ao arranjo Edge-lit:

Iluminação uniforme: telas FALD têm uma quantidade maior de LEDs, que são distribuídos uniformemente no backlight. Isso permite que o escurecimento local seja mais preciso e direcionado;

Suporte a HDR: telas FALD melhoram a precisão da gama de cores e aumentam o contraste, favorecendo o HDR. Isso porque as zonas de escurecimento permitem tons de preto mais profundos, ainda que inferiores ao OLED;

Efeito “blooming”: displays FALD estão sujeitos ao efeito bloombing ou halo, que ocorre quando a luz de um objeto brilhante vaza para áreas ao redor. Quanto menor o número de zonas, maior o risco de o problema surgir;

Edge-lit é mais barato: equipamentos com arranjo Edge-lit chegam ao mercado com preço menor em relação a painéis FALD por terem fabricação menos complexa. Além disso, eles tendem a ter espessura menor.

TV Samsung AU7700 tem tela VA LCD com local dimming (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Perguntas frequentes

O que é o Micro Dimming? Micro Dimming é o nome que a Samsung usa para a tecnologia de local dimming existente em suas TVs com backlight de LED. Com ela, o contraste e as cores são aprimorados, afirma a companhia. A SEMP TCL adota a mesma denominação em suas telas. O que é global dimming? Global dimming é apenas uma forma de expressar que a iluminação de fundo alcança toda a tela ao mesmo tempo, não havendo zonas que podem ser ligadas ou desligadas independentemente. Telas direct-lit são do tipo global dimming. Existe local dimming para telas OLED? Telas OLED não precisam de local dimming porque elas são feitas de um composto orgânico que emite luz quando recebe energia, dispensando o backlight. Assim, cada pixel pode ser ativado ou desligado individualmente para formar imagens com alto contraste e pretos profundos.
O que é local dimming na tela de TVs e monitores?

O que é local dimming na tela de TVs e monitores?
Fonte: Tecnoblog