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O que é a obsolescência programada de eletrônicos? Entenda impactos dessa estratégia

O que é a obsolescência programada de eletrônicos? Entenda impactos dessa estratégia

Obsolescência programada gera impactos sociais, econômicos e ambientais (Imagem: Igor Shimabukuro/Tecnoblog)

A obsolescência programada é uma estratégia da indústria para criar produtos com vida útil reduzida e forçar consumidores a comprarem novas mercadorias de forma acelerada, uma vez que um item antigo se tornará obsoleto.

Essa estratégia atinge a maioria dos setores do mercado, mas é vista principalmente no ramo de eletrônicos de consumo (TVs, celulares e computadores), já que o setor tem grandes aportes de investimento para inovação e desenvolvimento de novas tecnologias.

Como consequência, a obsolescência programada resulta em um grande impacto econômico para a sociedade, uma vez que induz a população a um consumo desenfreado. O fenômeno também gera efeitos negativos para o meio ambiente com o aumento da emissão de gases estufa e do descarte de lixo eletrônico.

A seguir, entenda melhor o que é a obsolescência programada, e confira os impactos e as questões legais dessa prática.

ÍndiceO que é obsolescência programada?Quando surgiu o conceito de obsolescência programada?Quais são os tipos de obsolescência programada?1. Obsolescência artificial2. Obsolescência psicológica3. Obsolescência tecnológica4. Obsolescência legalQuais são os principais exemplos de obsolescência programada?Quais são os impactos da obsolescência programada?Como amenizar os impactos ambientais da obsolescência programada?Obsolescência programada é ilegal?É possível evitar a obsolescência programada?

O que é obsolescência programada?

A obsolescência programada (ou obsolescência planejada) consiste em uma estratégia da indústria para criar produtos com vida útil reduzida, mesmo com tecnologias e conhecimentos suficientes para o desenvolvimento de itens mais duradouros.

O objetivo da obsolescência programada é fazer com que consumidores troquem ou substituam mercadorias de maneira acelerada, o que impulsiona as vendas, estimula a demanda por um produto e, consequentemente, aumenta o lucro das empresas.

Importante destacar que a estratégia de obsolescência programada é vista principalmente na indústria de eletrônicos de consumo, mas também se faz presente em diversos outros setores do mercado.

Quando surgiu o conceito de obsolescência programada?

Registros históricos apontam que o conceito de obsolescência programada foi colocado em prática em dezembro de 1924, quando os principais fabricantes de lâmpadas do mercado se reuniram em Genebra e decidiram reduzir a vida útil das lâmpadas de 2.500 horas para apenas 1.000 horas.

A ideia de criar produtos menos duradouros faria com que as empresas passassem a vender mais e de forma mais frequente, especialmente em um período de forte concorrência no mercado de lâmpadas e sem garantias de vendas estáveis.

Obsolescência programada foi colocada em prática por um cartel de lâmpadas (Imagem: John Cameron/Unsplash)

Mas o primeiro registro do termo “obsolescência programada” só aconteceu em 1932, quando o corretor de imóveis americano Bernard London sugeriu a adoção da estratégia por lei com o objetivo de recuperar os Estados Unidos da crise de 1929.

A proposta de London não virou lei, mas a obsolescência programada passou a ser adotada como estratégia de mercado (em praticamente todos os setores) desde então e perdura até os dias atuais, mesmo com a constante evolução tecnológica.

Quais são os tipos de obsolescência programada?

Por mais que algumas nomenclaturas possam variar, a obsolescência programada pode ser dividida em quatro tipos diferentes, como explica Leonardo Geraldo de Oliveira, professor do Departamento de Tecnologia do Design da UFMG:

1. Obsolescência artificial

A obsolescência artificial (ou programática) ocorre quando há intenção prévia de tornar um produto obsoleto antes mesmo do processo de fabricação. Um bom exemplo da prática é a criação de eletrônicos projetados para falhar após determinado número de ciclos ou tarefas, o que obriga a aquisição de um novo produto.

Outra característica da obsolescência artificial é a limitação para reparo do produto, o que dificulta o conserto de um aparelho com defeito e força o consumidor a adquirir uma nova mercadoria.

2. Obsolescência psicológica

Também conhecida como obsolescência perceptiva ou estética, a obsolescência psicológica é uma estratégia abstrata usada para destacar novas tendências e tornar produtos (ou serviços) antigos menos desejáveis ao enquadrá-los como obsoletos.

Essa estratégia é principalmente vista em atualizações de versões de aparelhos eletrônicos (como updates do iPhone 14 para o iPhone 15), mas também é observada quando uma nova peça de roupa entra na moda ou mesmo quando um aplicativo se encontra com alta demanda.

3. Obsolescência tecnológica

A obsolescência tecnológica (ou funcional) está relacionada à incapacidade de um eletrônico executar determinado software ou sistema operacional por limitações de hardware, como quando um PC não consegue rodar o Windows 11 ou um iPhone não pode baixar o último patch do iOS.

Importante ressaltar que a obsolescência tecnológica não está necessariamente envolvida com a criação de produtos menos duradouros de forma intencional, e pode ser relacionada ao rápido avanço tecnológico que força otimização de hardware e alterações de compatibilidade.

4. Obsolescência legal

Já a obsolescência legal acontece quando normas e regulamentações proíbem o uso de um produto. Exemplos envolvem a proibição de veículos antigos que não atendem aos novos padrões de emissões de gases ou brinquedos descontinuados que traziam riscos à segurança das crianças.

Quais são os principais exemplos de obsolescência programada?

Por mais que a obsolescência programada atinja quase todos os setores do comércio, a prática é vista especialmente na indústria de eletrônicos. Alguns exemplos dessa estratégia envolvem:

Baterias limitadas: smartphones, notebooks e outros eletrônicos modernos tendem a apresentar baterias menos duradouras, estimulando consumidores a comprarem novos aparelhos ou modelos premium;

Vida útil reduzida: é comum que empresas projetem mercadorias que vão apresentar defeitos após um determinado número de ciclos, mesmo que o item não tenha sido danificado ou exposto a situações que comprometam sua durabilidade;

Design unificado: novos smartphones costumam apresentar design de System-on-a-Chip (SoC) único, o que encarece reparos de uma única peça com defeito e, consequentemente, torna a aquisição de novos produtos mais vantajosa;

Limitação de hardware: itens como computadores e notebooks limitam a possibilidade de upgrade de hardware, o que obriga os consumidores a comprarem novas peças atualizadas para otimizar o desempenho dos eletrônicos;

Atualização de software: aplicativos e sistemas operacionais costumam trazer suporte e updates apenas para aparelhos mais recentes, tornando itens mais antigos obsoletos;

Falso alarme de impressoras: algumas impressoras são projetadas para notificar baixos níveis de tinta dos cartuchos, mesmo que eles ainda tenham quantidade de tinta suficiente para mais impressões;

Atualizações de design: empresas podem alterar apenas aspectos de design de um produto para induzir consumidores à compra, mesmo que o item não apresente grandes atualizações de hardware.

Quais são os impactos da obsolescência programada?

A obsolescência programada majoritariamente traz impactos negativos nos âmbitos sociais, econômicos e ambientais. As consequências dessa estratégia envolvem:

Impacto financeiro: produtos menos duradouros vão exigir que consumidores realizem compras de forma muito mais constante, o que impacta negativamente a parcela da população com menos condições;

Impacto ambiental: empresas terão que aumentar a produção de mercadorias para compensar produtos com menor vida útil, o que significa mais geração de gases estufa durante a etapa de manufatura, e mais exploração de minérios e elementos naturais;

Lixo eletrônico: aumentar o fluxo de compras também ascende o descarte de produtos, o que pode elevar a degradação do meio ambiente;

Aumento do consumo: a obsolescência psicológica pode influenciar negativamente consumidores a adquirirem novos produtos apenas para sensação de pertencimento a um grupo ou classe social;

Crescimento econômico: a estratégia da obsolescência programada fomenta o fluxo da economia, embora os lucros fiquem apenas nas mãos de grandes empresas, corporações e cartéis;

Desenvolvimento tecnológico: a necessidade de criar novos produtos em um curto intervalo de tempo faz com que as empresas invistam em pesquisa e inovação para desenvolver melhorias para os consumidores.

Como amenizar os impactos ambientais da obsolescência programada?

A redução de impactos ambientais causados pela obsolescência programada exige uma tríplice colaboração entre governo, indústria e consumidores.

O governo deve criar legislação e normas para regular a produção da indústria e exigir políticas sustentáveis no processo de manufatura. Aliado a isso, as empresas devem ser fiscalizadas para evitar a produção de mercadorias com baixa vida útil, e precisam informar os consumidores sobre a durabilidade de seus produtos.

Lixo eletrônico como consequência da obsolescência programada (Imagem: John Cameron/Unsplash)

Já a indústria deve apostar na incorporação da reciclagem na produção de mercadorias e criar campanhas que auxiliem os consumidores para o descarte correto de lixo eletrônico. Programas de reparo também devem ser considerados de modo a estender a durabilidade de produtos e evitar novas compras desnecessárias.

A população também tem papel fundamental na redução de impactos ambientais ao aderir o consumo consciente. Os indivíduos ainda devem fazer o descarte correto de celulares e outros dispositivos eletrônicos, e fomentar o mercado secundário para o reaproveitamento de itens usados.

Obsolescência programada é ilegal?

O entendimento sobre a legalidade da obsolescência programada varia de acordo com as leis e regulamentações sobre o tema de cada país. Mas diversas nações contam com regras em prol do consumidor para combater essa prática.

A França se destaca no combate à obsolescência planejada, com aplicação de multas e pedidos de prisão para quem reduzir a vida útil de produtos de forma proposital. Itália e a União Europeia como um todo também têm regras para proteger os consumidores da prática.

No Brasil, ainda não existe uma lei específica sobre a obsolescência programada. Contudo, os artigos 18 e 32 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) exigem garantias de peças de reposição e responsabilizam empresas por vícios de qualidade, respectivamente.

Importante mencionar que essas leis e regulamentações específicas já renderam multas a empresas como Apple e Samsung, acusadas de diminuir a vida útil de seus produtos via atualizações de software.

É possível evitar a obsolescência programada?

O cenário mais provável seria apenas reduzir práticas de obsolescência programada, com um esforço conjunto de governos, indústria e consumidores.

Para isso, governos teriam de endurecer regulamentações e punir empresas que reduzam a vida útil de produtos propositalmente ou dificultam ofertas para reposição de peças, o que estenderia a durabilidade das mercadorias.

Já empresas precisariam apostar em design sustentável para seus produtos, modificar as ações de marketing que induzem compras desenfreadas, estender garantia de reparo e peças de reposição, além de ampliar a compatibilidade de atualização de softwares para aparelhos mais antigos.

A população, por sua vez, teria que adotar o consumo consciente para diminuir a produção de lixo eletrônico e reduzir a demanda por lançamentos de novos produtos no mercado.
O que é a obsolescência programada de eletrônicos? Entenda impactos dessa estratégia

O que é a obsolescência programada de eletrônicos? Entenda impactos dessa estratégia
Fonte: Tecnoblog

Hisense no Brasil: saiba os preços das TVs inéditas por aqui

Hisense no Brasil: saiba os preços das TVs inéditas por aqui

TV Hisense 75U8N em exibição em São Paulo (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O Tecnoblog descobriu os preços das TVs Hisense, que fazem sua estreia no Brasil. A gigante chinesa fazia mistério em relação aos valores dos produtos, mas agora os consumidores terão uma noção do quanto custa ter uma nova smart TV da marca. Spoiler: entre R$ 1.499 e R$ 4.999.

A Hisense realizou um grande evento em São Paulo na última segunda-feira (dia 28/05), no qual os executivos detalharam os planos da chegada por aqui. A empresa está de olho num vasto mercado dominado atualmente por LG e Samsung. Foram exibidos modelos de até 100 polegadas. Neste início, porém, note na tabela abaixo que as telas vão de 40 até 65 polegadas.

ModeloTelaProdutoPreço sugeridoHisense 40A4N40″Smart TV 40 Pol FHD DLEDR$ 1.499Hisense 43A4N43″Smart TV 43 Pol FHD DLEDR$ 1.699Hisense 50A6K50″Smart TV 50 Pol UHD 4K DLEDR$ 2.299Hisense 58A6K58″Smart TV 58 Pol UHD 4K DLEDR$ 2.699Hisense 65A6K65″Smart TV 65 Pol UHD 4K DLEDR$ 3.299Hisense 70A6K70″Smart TV 70 Pol UHD 4K DLEDR$ 3.999Hisense 50Q6N50″Smart TV 50 Pol UHD 4K QLEDR$ 2.399Hisense 55Q6N55″Smart TV 55 Pol UHD 4K QLEDR$ 2.599Hisense 65Q6N65″Smart TV 65 Pol UHD 4K QLEDR$ 3.699Hisense 75Q6N75″Smart TV 75 Pol UHD 4K QLEDR$ 4.999Hisense 55U6N55″Smart TV QLED Mini 55 Pol UHD 4KR$ 3.999Hisense 65U6N65″Smart TV QLED Mini 65 Pol UHD 4KR$ 4.999Fonte: Tecnoblog

As resoluções variam de Full HD a 4K. Já os painéis podem ser DLED (LCD com iluminação de fundo) ou QLED (LED com iluminação por pontos quânticos ou ainda por mini-LED).

Os modelos mais simples contam com o sistema Vidaa, desenvolvido pela própria Hisense. Já os produtos sofisticados trazem o desejado Google TV, sistema robusto do Google que funciona como um verdadeiro agregador de conteúdos e aplicativos. Ele disputa espaço com o WebOS (LG) e o Tizen (Samsung).

TV Hisense de 100 polegadas é exibida em São Paulo (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Controle remoto de TV Hisense com sistema Vidaa OS (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

As TVs da Hisense são fabricadas pela Multi (antiga Multilaser) em Manaus. As duas empresas já trabalhavam juntas na manufatura das TVs da Toshiba, marca que também pertence à Hisense.
Hisense no Brasil: saiba os preços das TVs inéditas por aqui

Hisense no Brasil: saiba os preços das TVs inéditas por aqui
Fonte: Tecnoblog

Gigante chinesa Hisense entra de vez no mercado brasileiro de TVs

Gigante chinesa Hisense entra de vez no mercado brasileiro de TVs

TV Hisense de 100 polegadas é exibida em São Paulo (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

(Direto de São Paulo) Quer comprar uma TV nova? Na sua próxima visita à loja, é possível que você esbarre com uma nova marca: a Hisense, que anuncia nesta terça-feira (dia 28/05) o catálogo de produtos para 2024. São pelo menos sete linhas de smart TVs com telas de 50 até 100 polegadas, além de ar-condicionados e itens de linha branca.

Os preços são mantidos em segredo. Um executivo da marca disse ao Tecnoblog que os consumidores saberiam as cifras conforme visitassem as lojas físicas e virtuais.

Toda a fabricação ocorre na unidade da Multi (a antiga Multilaser) em Manaus. O controle de qualidade é feito por emissários dos chineses, que estão acompanhando de perto todo o processo de montagem dos equipamentos.

Quem é Hisense?

TVs Hisense chegam ao Brasil em 2024, segundo presidente disse em entrevista ao Tecnoblog (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Vamos dar um passo atrás? Primeiro é preciso conhecer a Hisense. Alguns consumidores já ouviram falar dos aparelhos de ar-condicionado e geladeiras da marca. Eles estão à venda no Brasil. Além disso, o grupo chinês é detentor da marca Toshiba.

A Hisense faz sucesso com suas TVs em diversas partes do planeta. Os dispositivos aliam alta tecnologia a preço competitivo. Ela conquistou a segunda posição do mercado nos Estados Unidos e lidera a China há anos.

Agora chegou a vez de trazerem a marca própria para o Brasil. O planejamento está rolando pelo menos desde janeiro, quando o Tecnoblog revelou com exclusividade os planos de lançamento das TVs Hisense por aqui.

Qual sistema da TV Hisense?

Hisense realiza evento de lançamento em São Paulo (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A Hisense trabalha com dois sistemas de TVs:

Vidaa OS: presente nos aparelhos mais simples, traz aplicativos das principais plataformas de streaming

Android TV: a plataforma mantida pelo Google está nos produtos mais sofisticados

Quais são as TVs da Hisense?

TV Hisense 75U8N em exibição em São Paulo (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

A Hisense realiza um evento nesta noite em São Paulo para apresentar o novo portfólio. Pelo menos sete linhas de televisão foram apresentadas nesta noite. De acordo com o gerente-geral Stephen Yao, estes são os modelos e seus principais atributos:

Hisense Q6: painel QLED com Quantum Dot Colour, upscaling com IA, Dolby Vision e sistema Android TV

Hisense U6: painel ULED mini-LED

Hisense U7: voltada para gamers, conta com Wi-Fi 6E

Hisense U76N: painel QLED, imagem HDR10 e som Dolby Atmos

Hisense U8: brilho de até 3.000 nits, tratamento antirreflexos e taxa de atualização de 144 Hz

Canvas TV: modelo com design refinado, bordas finas e mais de mil obras de arte que servem de papel de parede

Hisense UX Mini-LED X: mais de 40 mil zonas de iluminação

Thássius Veloso viajou para São Paulo a convite da Hisense
Gigante chinesa Hisense entra de vez no mercado brasileiro de TVs

Gigante chinesa Hisense entra de vez no mercado brasileiro de TVs
Fonte: Tecnoblog

Agora vai! Hisense marca primeiro evento no Brasil com foco em TVs

Agora vai! Hisense marca primeiro evento no Brasil com foco em TVs

TVs Hisense chegam ao Brasil em 2024, segundo presidente disse em entrevista ao Tecnoblog (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A gigante chinesa Hisense escolheu o dia 28 de maio para fazer o lançamento de suas TVs no mercado brasileiro. Conforme antecipado pelo Tecnoblog, a empresa passou os últimos meses nos preparativos para o desembarque por aqui. O evento em num movimentado teatro de São Paulo será o ápice deste planejamento.

Num comunicado a jornalistas, a Hisense afirma que “ainda mantém sob sigilo os produtos que estarão expostos e os detalhes do evento, mas garante que os convidados poderão experimentar novos modelos e sistemas mais avançados que devem fazer parte do catálogo do portfólio de vendas dos maiores varejistas do país”.

Ou seja: finja surpresa quando revelarem o portfólio de smart TVs. Resta saber quais serão os modelos e preços das TVs Hisense por aqui.

Hisense demonstra TV de 110 polegadas durante a CES 2024 (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Controle remoto de TV Hisense com sistema Vidaa OS (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Preços acessíveis e fabricação da Multilaser

As primeiras informações sobre as vendas de TVs Hisense por aqui surgiram durante a CES 2024, feira de eletrônicos que aconteceu em Las Vegas, nos Estados Unidos, ainda em janeiro. O presidente da operação brasileira prometeu “preços acessíveis” numa conversa exclusiva com este escriba.

Tivemos poucas informações sobre Hisense de lá para cá. Também numa apuração em primeira mão, o Tecnoblog revelou que os produtos estavam sendo fabricados na unidade da Multi (a antiga Multilaser). A linha de montagem fica em Manaus (AM). Os modelos mais simples terão sistema Vidaa OS, enquanto os mais robustos contarão com Android TV e dois anos de garantia.

A Multi já era responsável pelas TVs da marca Toshiba, que pertence ao grupo da Hisense.
Agora vai! Hisense marca primeiro evento no Brasil com foco em TVs

Agora vai! Hisense marca primeiro evento no Brasil com foco em TVs
Fonte: Tecnoblog

Roku pretende mostrar anúncios enquanto jogo está pausado

Roku pretende mostrar anúncios enquanto jogo está pausado

Roku fornece sistema para inúmeras marcas de TV (Imagem: Divulgação/AOC)

No futuro, pode ser que os jogadores de videogame não tenham paz nem enquanto os jogos estiverem pausados. A fabricante de eletrônicos Roku está tentando patentear um método para detectar que o game foi paralisado e exibir mensagens publicitárias na tela da TV.

Primeiro, é preciso entender que a Roku surgiu como uma fabricante de dongles smart para TVs, numa tentativa de concorrer com Google Chromecast e Apple TV, entre outros produtos similares. Ao menos nos Estados Unidos, a empresa também se estabeleceu como uma importante vendedora de smart TVs (que rodam o sistema desenvolvido pela Roku).

Este sistema seria capaz de perceber quando o jogador pausou o título no PlayStation, Xbox ou qualquer outro console que recorra ao HDMI para a entrega das imagens. A tela de pause seria substituída por outra da Roku desenvolvida para apresentar comerciais. Seriam anúncios similares aos que nos acostumamos a ver nos banners da internet.

A solicitação de patente nos conta que a TV seria capaz de analisar todas as imagens que chegam até ela para determinar a hora de interferir no sinal. De acordo com o portal VGC, ela cortaria a apresentação da tela de pause quando o jogador voltasse para o game.

Ainda não se sabe se o escritório de patentes dos Estados Unidos irá conceder o direito de explorar esta ideia. Além disso, a tecnologia precisaria estar pronta para ser adicionada aos produtos com sistema da Roku.

De toda forma, temos aqui uma tendência compartilhada entre as principais marcas de TV do planeta: a exibição de anúncios em interfaces e telas, numa tentativa de aumentar a rentabilidade. A Samsung e a LG já fazem isso em aparelhos comercializado no Brasil, por exemplo – e sem possibilidade de o consumidor retirar a exibição dos anúncios.

Mais Roku: descubra se o Roku Express vale a pena no vídeo abaixo

Roku pretende mostrar anúncios enquanto jogo está pausado

Roku pretende mostrar anúncios enquanto jogo está pausado
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: TVs Hisense serão fabricadas pela Multi no Brasil

Exclusivo: TVs Hisense serão fabricadas pela Multi no Brasil

Resumo

Lançamento: A empresa chinesa Hisense fechou parceria com a Multi para o lançamento de TVs no Brasil, segundo apurou o Tecnoblog com exclusividade.
Minas Gerais: O cronograma prevê que os primeiros modelos sejam importados. No futuro, as TVs serão produzidas na fábrica da Multi em Extrema (MG).
Valores em segredo: O presidente da Hisense no Brasil disse que as TVs terão “preços acessíveis” e que os tamanhos vão variar de 65 a 110 polegadas.
Indústria: A antiga Multilaser já trabalha com a importação de produtos da DJI, Microsoft, Razer, Sony e Targus. Ela está finalizando uma parceria com a HMD, responsável pelos telefones Nokia.

TVs Hisense chegam ao Brasil em 2024, segundo presidente disse em entrevista ao Tecnoblog (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O lançamento das TVs Hisense no Brasil contará com o reforço da Multi, a antiga Multilaser. O conglomerado industrial será responsável pela fabricação dos televisores ao longo dos próximos meses e anos. A ideia da Hisense é inicialmente importar os produtos, mas depois iniciar a produção local.

O Tecnoblog apurou que a Hisense e a Multi chegaram a um entendimento. As TVs serão produzidas na fábrica de Extrema, em Minas Gerais. Este é um importante parque industrial, que recebeu investimento de milhões de reais.

Imagem aérea da fábrica em Extrema, no estado de Minas Gerais (Foto: Divulgação/Multi)

Conforme revelamos com exclusividade, a gigante das TVs Hisense pretende entrar na disputa com a Samsung e principalmente a LG no mercado brasileiro. O presidente Vincent Zhou me disse que serão comercializados televisores “a preços acessíveis”. Ele não deu detalhes sobre o line-up de 2024.

A parceria entre Hisense e Multi não é de hoje. A antiga Multilaser é a atual responsável pela fabricação das TVs Toshiba, marca que pertence à Hisense. Ou seja, bastaria uma readequação ou ampliação da planta para atender à produção dos novos equipamentos.

Interface do sistema Vidaa OS, usado nas TVs da Hisense (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O presidente Vincent Zhou antecipou ao Tecnoblog que o planejamento prevê o lançamento de modelos de 65 até 110 polegadas. A entrevista ocorreu durante a feira CES 2024, que aconteceu em Las Vegas nas primeiras semanas de janeiro. As TVs vão rodar o sistema próprio Vidaa ou a plataforma Android TV, mantida pelo Google.

As TVs Hisense de menor tamanho até serão lançadas no Brasil, mas não serão o foco da empresa. Os executivos costumam bater na tecla de que a Hisense é a número dois em televisores em diversos países, inclusive os Estados Unidos.

A Multi é parceria de diversas marcas conhecidas. Ela faz a importação de produtos da DJI, Microsoft, Razer, Sony e Targus. Ela está por trás dos telefones da Nokia, mas o acordo de cooperação está perto do fim e a própria marca Nokia deve desaparecer.

Exclusivo: TVs Hisense serão fabricadas pela Multi no Brasil

Exclusivo: TVs Hisense serão fabricadas pela Multi no Brasil
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: Hisense lançará TVs no Brasil e quer tomar o lugar da LG

Exclusivo: Hisense lançará TVs no Brasil e quer tomar o lugar da LG

Hisense demonstra TV de 110 polegadas durante a CES 2024 (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Resumo

A Hisense prepara o lançamento de TVs no Brasil. Ela articula vendas com Casas Bahia, Fast Shop, Carrefour e Amazon.
A empresa almeja a segunda posição no mercado, atualmente ocupada pela LG.
O diretor comercial Fábio Kuada diz que o Brasil é o segundo maior mercado de TVs nas Américas e tem grande potencial de crescimento.
O presidente da Hisense no país prometeu TVs com “preços acessíveis” em entrevista ao Tecnoblog.
São esperadas smart TVs de 32 a 110 polegadas. Algumas terão sistema Vidaa OS e as mais sofisticadas contarão com Android TV.
Detalhes de modelos e preços ainda não foram divulgados. O lançamento oficial é esperado entre abril e maio.

Os preparativos da gigante chinesa Hisense para lançar TVs próprias no Brasil seguem a todo vapor. A companhia está articulando as vendas com parceiros comerciais do porte de Casas Bahia, Fast Shop, Carrefour e Amazon. Na estratégia de médio prazo, a empresa acredita que conseguirá ocupar a segunda posição do mercado, que atualmente pertence à LG. Ficaria, portanto, atrás apenas da Samsung.

O diretor comercial Fábio Kuada me explicou que o Brasil tem o segundo maior mercado de TVs do continente americano, logo depois dos Estados Unidos. Há muito espaço para crescimento, na visão dele. A Casas Bahia deverá ter papel crucial no desenvolvimento de estratégias de comercialização dos produtos.

Não custa lembrar: o presidente da Hisense no Brasil revelou os planos iniciais numa entrevista exclusiva ao Tecnoblog. Ele prometeu “preços acessíveis”.

Controle remoto de TV Hisense com sistema Vidaa OS (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

De olho na LG

O assunto segue rendendo. De acordo com Kuada, a Hisense tradicionalmente ocupa a segunda posição nos países em que atua. Ele acredita que a situação brasileira seguirá este mesmo caminho.

Estão previstos os lançamentos de smart TVs dos mais variados tamanhos, desde 32 até 110 polegadas. Várias delas terão sistema Vidaa, da própria Hisense. Os itens mais caros e sofisticados contarão com Android TV.

@tecnoblog As TVs da Hisense chegarão ao Brasil por preços acessíveis, promete o presidente da empresa. Com exclusividade ao Tecnoblog, o executivo da companhia revelou que está acertando os últimos detalhes para que os produtos desembarquem no país entre abril e maio. Todas as TVs de tela grande terão garantia de dois anos, um diferencial em relação a outras marcas no mercado. O que acha da novidade? Veja a matéria completa e mais detalhes em tecnoblog.net #tvs #smartvs #hisense #ces #ces2024 #techtok #technology #tecnologia ♬ som original – Tecnoblog

A Hisense por ora não detalhou os modelos nem os preços no Brasil. A expectativa é de que ela realize um evento oficial de lançamento nos próximos meses. As TVs devem chegar às lojas entre abril e maio, caso os planos atuais se concretizem.

Pelo menos um modelo está certo de vir para cá: a Hisense A4N, com tela de 32 ou 43 polegadas. O site oficial da Hisense passou a mostrar o produto, dizendo ainda que a chegada dela será “em breve”.

Site oficial mostra a Hisense A4N (Imagem: Reprodução/Tecnoblog)

Estratégia de marketing

A diretora de marketing Thaís Nogueira contou que a Hisense se apóia principalmente nos esportes para divulgar suas mensagens. Ela tem parceria com a NBA, principal liga de basquete dos Estados Unidos, e patrocina a Eurocopa, da Uefa, que acontece entre junho e julho de 2024.

A executiva revelou planos de contratar alguma personalidade do mundo desportivo para ser o embaixador ou a embaixadora da marca por aqui. O martelo ainda não foi batido.
Exclusivo: Hisense lançará TVs no Brasil e quer tomar o lugar da LG

Exclusivo: Hisense lançará TVs no Brasil e quer tomar o lugar da LG
Fonte: Tecnoblog

Exclusivo: TVs Hisense chegarão ao Brasil por preços acessíveis, promete presidente

Exclusivo: TVs Hisense chegarão ao Brasil por preços acessíveis, promete presidente

Hisense demonstra TV de 110 polegadas durante a CES 2024 (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Direto de Las Vegas, EUA – Os consumidores brasileiros vão contar com as TVs da Hisense a partir do segundo trimestre de 2024. O presidente da companhia no Brasil, Vincent Zhou, revelou com exclusividade ao Tecnoblog que está acertando os últimos detalhes para que os produtos desembarquem no país entre abril e maio.

Hoje em dia, a Hisense vende itens como geladeiras, máquinas de lavar, ar-condicionados e fornos, entre outros produtos da chamada linha branca. Ela também está por trás das TVs da marca Toshiba, que foi adquirida há três anos.

O portfólio ainda está sendo definido, mas a Hisense tem interesse principal em telas grandes. São esperados modelos de 65 até 110 polegadas. TVs menores também devem fazer parte do catálogo. A maioria delas vai rodar o sistema próprio Vidaa OS, que já está nos televisores da Toshiba.

Interface do sistema Vidaa OS, usado nas TVs da Hisense (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Controle remoto de TV Hisense com sistema Vidaa OS (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Sistema Vidaa e apps

Eu pude experimentar uma smart TV com Vidaa OS na CES 2024. Deu para notar que tudo ocorre de maneira muito veloz. Os aplicativos de streaming abrem instantaneamente. Aliás, os principais estão presentes na plataforma, como Netflix, YouTube e Globoplay.

Alguns produtos também vão rodar sistema Android TV. De acordo com executivos, esta plataforma estará nos produtos flagship, ou seja, aqueles mais caros e sofisticados.

Garantia e mais detalhes

Todas as TVs de tela grande terão garantia de dois anos, um diferencial em relação a outras marcas do mercado brasileiro. Zhou me contou que não tem pegadinha: o acesso prolongado a suporte técnico prevê até mesmo os eventuais problemas de burn-in. A oferta valerá para TVs com resolução 4K.

A Hisense deve revelar os detalhes técnicos mais para frente, quando estivermos mais próximos do lançamento no Brasil. A nossa expectativa é de que sejam itens com tecnologias QLED, OLED ou MiniLED. “Os preços serão acessíveis”, prometeu Vincent Zhou durante nossa visita ao estande da marca na CES 2024.

Vincent Zhou e Thássius Veloso na CES 2024 (Foto: Arquivo pessoal)

Thássius Veloso viajou aos Estados Unidos a convite da LG
Exclusivo: TVs Hisense chegarão ao Brasil por preços acessíveis, promete presidente

Exclusivo: TVs Hisense chegarão ao Brasil por preços acessíveis, promete presidente
Fonte: Tecnoblog

CES 2024: Veja as TVs da LG e Samsung que vão chegar ao Brasil

CES 2024: Veja as TVs da LG e Samsung que vão chegar ao Brasil

LG OLED Evo G4 numa sala de estar (Imagem: Divulgação/LG)

Direto de Las Vegas, EUA – A LG e a Samsung anunciaram os mais novos portfólios de TVs durante a CES 2024, feira de eletrônicos que acontece nos Estados Unidos. O nosso time esteve em ambos os eventos e também conversou com executivos para descobrir exatamente quais modelos irão desembarcar no mercado brasileiro.

As duas gigantes sul-coreanas disputam um mercado que rapidamente evolui no sentido de oferecer aparelhos com maior poder de processamento e sistemas voltados à personalização.

Smart TVs da LG em 2024

A LG deve novamente apostar no OLED, tipo de painel que ela divulga há anos. As telas de maior tamanho devem ser o chamariz da vez, com mais consumidores buscando equipamentos na faixa das 65 polegadas.

Confira a lista de smart TVs previstas para chegar ao Brasil nos próximos meses:

LG QNED MiniLED 80 2024: 55 e 65”

LG QNED MiniLED 85 2024: 50, 55, 65, 75, 86 e 98”

LG QNED MiniLED 90 2024: 75 e 86”

LG OLED Evo C4: 42, 48, 55, 65, 77 e 83”

LG OLED Evo G4: 55, 65 e 77”

LG Signature OLED M4: 97”

LG OLED Class B4: 55”

Ainda não sabemos os preços nem as datas exatas em que começarão as vendas dos equipamentos. A diretora de marketing Sonah Lee nos contou que a LG irá explorar o mote do life’s good ao comunicar a chegada das novas TVs. “Nós queremos ser uma empresa que provê soluções para os consumidores. Isto está muito associado ao conteúdo que pode ser acessado pela TV. Por isso o webOS se tornou um atributo bastante importante”, diz ela. A marca prometeu atualizá-lo por cinco anos.

Além disso, a LG irá reforçar a divulgação da marca ThinQ, que congrega todos os produtos de casa conectada. O presidente da empresa, Daniel Song, me relatou numa entrevista exclusiva que os televisores servem de ponto de entrada para que os clientes abracem o ecossistema da LG.

Conheça também a TV transparente da LG, sem previsão de chegar ao país

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Smart TVs da Samsung em 2024

A Samsung aproveitou o megaevento em Las Vegas para apresentar a nova interface do sistema Tizen. Ele estará nos modelos mais novos, que começam a desembarcar no mercado doméstico nas próximas semanas e meses.

TV Samsung Neo QLED 8K na CES 2024 (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

TV Samsung Neo QLED 8K na CES 2024 (Foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Confira abaixo a lista de televisores confirmados para o Brasil:

Samsung Neo QLED 4K: 43, 50, 55 e 65”

Samsung Neo QLED 8K QN800: polegadas a definir

Samsung Neo QLED 8K QN900: polegadas a definir

Samsung OLED S90D: 42 a 83”

Samsung OLED S95D: 42 a 83”

Também não sabemos os preços nem datas de lançamento. O diretor de TV e áudio Guilherme Campos nos contou que alguns produtos passaram por uma bela evolução tecnológica: de 120 para 144 Hz de taxa de atualização. Este atributo é particularmente interessante paga os gamers.

O executivo também ressaltou a característica de glare free, em que os painéis refletem menos luz do ambiente. Pode ser particularmente atrativo para salas com amplas janelas.

Confira o novo visual do Tizen em ação

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Thássius Veloso viajou aos Estados Unidos a convite da LG
CES 2024: Veja as TVs da LG e Samsung que vão chegar ao Brasil

CES 2024: Veja as TVs da LG e Samsung que vão chegar ao Brasil
Fonte: Tecnoblog

Empresa de marketing alega ouvir conversas para direcionar anúncios

Empresa de marketing alega ouvir conversas para direcionar anúncios

CMG afirma que smartphones e smart TVs podem ser usados para escutar conversas (Imagem: Unspalsh/Priscilla Du Preez)

Uma equipe da empresa de marketing Cox Media Group (CMG) alega ter capacidade técnica para ouvir conversas de consumidores por meio de microfones em celulares, smart TVs e outros aparelhos. A companhia, porém, não apresentou evidências de que realmente consegue fazer isso.

O assunto foi descoberto pelo site 404 Media. A reportagem teve acesso a materiais de vendas da empresa e uma apresentação de um representante. No LinkedIn, outro vendedor dizia para interessados na tecnologia entrarem em contato.

Por enquanto, ainda não está claro se a CMG está realmente oferecendo um produto com esta capacidade técnica ou se ela está apenas se aproveitando de uma antiga suspeita (até agora sem uma evidência conclusiva) para atrair clientes com pouco conhecimento na área.

O Tecnoblog vai acompanhar o desenvolvimento desta história e trará novas informações assim que surgirem.

Empresa não dá detalhes sobre como ouve conversas

A CMG anuncia seu produto como capaz de “direcionar propaganda exatamente para as pessoas que você procura”. Isso seria feito com base nas conversas do dia a dia.

A empresa menciona frases como “Você viu o mofo no teto?” e “Precisamos pensar seriamente em planejar nossa aposentadoria” como gatilhos para identificar alvos de propaganda.

No entanto, ela não explica como faz isso — se é usando um app ou oferecendo um kit de desenvolvimento, por exemplo. Também não diz se a tecnologia que ela alega possuir já está funcionando. O material de vendas afirma que é uma “técnica de marketing preparada para o futuro. Disponível agora”.

CMG não explica como consegue as conversas (Imagem: Andrew Guan/Unsplash)

A CMG também alega que a coleta seria legal, já que os usuários dão consentimento ao aceitar termos e condições para baixar atualizações ou apps.

Procurada pela 404 Media, a CMG não comentou o assunto.

Suspeita é antiga, mas nenhuma evidência definitiva foi encontrada

A suspeita de que smartphones e outros smart aparelhos escutam nossas conversas vem de longa data e deixa muita gente desconfiada.

Até agora, empresas como Apple e Meta negaram este tipo de prática, e os mais céticos dizem que seria impossível processar quantidades enormes de áudio sem que o usuário notasse, já que isso teria impacto no consumo de dados ou na bateria.

Grande parte dessa suspeita vem de relatos anedóticos, contados de pessoas que viram propagandas de algum produto na internet após falarem daquele mesmo assunto em uma conversa presencial.

Isso, porém, pode ser explicado pela grande quantidade de dados que as empresas têm sobre nós: cookies, histórico de buscas, interações em redes sociais, informações sobre nossos aparelhos, geolocalização e muito mais. Com tantas informações, nem seria necessário gravar conversas para adivinhar do que estamos falando.

Mesmo assim, alguns casos já chamaram atenção. O app oficial do campeonato espanhol, por exemplo, usava geolocalização e o microfone do celular para identificar transmissões ilegais das partidas da competição.

Com informações: 404 Media, Gizmodo
Empresa de marketing alega ouvir conversas para direcionar anúncios

Empresa de marketing alega ouvir conversas para direcionar anúncios
Fonte: Tecnoblog