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Autoridades investigam se TP-Link é uma ameaça à segurança dos EUA

Autoridades investigam se TP-Link é uma ameaça à segurança dos EUA

DoJ investiga se a TP-Link representa uma ameaça à segurança nacional (imagem: reprodução/TP-Link)

Resumo

O Departamento de Justiça dos EUA investiga se a TP-Link praticou preços predatórios para dominar o mercado de equipamentos de rede.
Autoridades também analisam se a companhia, de origem chinesa, representa algum risco à segurança nacional.
Responsável por 65% dos roteadores domésticos no país, a TP-Link afirma não ter sido acionada oficialmente e diz estar pronta para cooperar.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) está investigando a TP-Link. As autoridades americanas querem saber se a companhia, de origem chinesa, praticou concorrência desleal e se, de algum modo, pode representar uma ameaça à segurança do país, dada a sua popularidade por lá.

É o que afirma a Bloomberg, que relembra que a investigação contra a TP-Link começou no fim de 2024, ainda sob a administração Biden, e foi mantida no atual governo de Donald Trump.

A TP-Link é uma das maiores fornecedoras de equipamentos de rede do mundo, principalmente no segmento doméstico, embora também atenda a empresas e governos. Estima-se que, somente nos Estados Unidos, a companhia responda por 65% do mercado de roteadores domésticos.

Por que a TP-Link está sendo investigada?

De acordo com a Bloomberg, O DoJ quer descobrir se a TP-Link implementou uma política de preços predatória para conquistar uma ampla fatia do mercado.

Essa política consistiria em oferecer preços anormalmente baixos, mesmo que isso resulte em prejuízo financeiro, para obter espaço no mercado e aumentar a precificação quando concorrentes estiverem com baixa capacidade competitiva.

As autoridades americanas também querem descobrir se a TP-Link tem algum tipo de ligação com o governo chinês e se, com isso, poderia representar uma ameaça à segurança nacional, por meio da coleta de dados sobre cidadãos americanos, por exemplo.

Nesse sentido, as autoridades verificam se a suposta prática monopolista prejudicou a capacidade de empresas sobre as quais não pesam desconfianças sobre a segurança nacional de vender roteadores ou outros equipamentos de rede nos Estados Unidos.

TP-Link se dispõe a colaborar com investigações nos EUA (foto: Lucas Braga/Tecnoblog)

O que diz a TP-Link?

Em nota ao Tom’s Hardware, a TP-Link informou que ainda não recebeu nenhum contato do DoJ:

Até o momento, a TP-Link Systems Inc. não recebeu nenhuma requisição do Departamento de Justiça sobre esses assuntos. Como uma empresa com sede nos Estados Unidos, a TP-Link opera com a máxima integridade e transparência, e está pronta para cooperar totalmente com quaisquer investigações governamentais, caso elas surjam.

O apontamento de “empresa com sede nos Estados Unidos” diz respeito ao fato de, em 2024, a TP-Link ter se dividido juridicamente em duas entidades, uma com sede na Califórnia, a outra com sede na China.

Talvez a TP-Link já estivesse considerando que uma investigação do tipo seria iniciada e, para se antecipar ao problema, criou a unidade nos Estados Unidos. O problema é que a divisão americana mantém operações na China, ainda segundo a Bloomberg.

Vale destacar que a TP-Link não foi acusada de nada. De acordo com o veículo, a companhia está apenas sob investigação, e esse processo levar meses ou até anos para ser concluído.

Se, eventualmente, alguma acusação pesar sobre a TP-Link, a companhia poderá ser multada ou até banida dos Estados Unidos, a exemplo do que aconteceu com a Huawei.
Autoridades investigam se TP-Link é uma ameaça à segurança dos EUA

Autoridades investigam se TP-Link é uma ameaça à segurança dos EUA
Fonte: Tecnoblog

Novo roteador 5G FWA da TP-Link passa pela Anatel

Novo roteador 5G FWA da TP-Link passa pela Anatel

TP-Link NX620v (Divulgação/TP-Link)

O mercado de 5G FWA deve esquentar ainda mais no Brasil, pois desta vez foi a TP-Link que homologou um dispositivo para acesso: o TP-Link NX620v. Assim como seus competidores, este roteador permite que uma conexão 5G seja compartilhada via Wi-Fi 6 e cabo de rede. Ele ainda oferece conector RJ11 para telefone fixo.

O aparelho tem três portas Ethernet: duas delas capazes de conectar até 1 Gb/s, e uma delas capaz de 2,5 Gb/s, e que também pode ser utilizada como porta WAN, permitindo que o NX620v sirva como um roteador tradicional. O dispositivo possui entradas para antenas externas, o que possibilita o uso em áreas mais afastadas.

As antenas externas ficam embaixo daquela tampa (Divulgação/TP-Link)

O TP-Link NX620v suporta redes mesh por meio do protocolo EasyMesh, assim como fazem produtos similares

A fabricante promete velocidade máxima de 4,67 Gb/s no 5G Além disso, ele também é capaz de conexão com redes 4G (LTE) e 3G. O manual remetido ao processo de homologação da Anatel também faz menção ao NX510v, um modelo visualmente idêntico, porém com menor capacidade de transmissão de dados.

O novo roteador poderá ser fabricado tanto no Brasil, em unidades de Manaus, quanto na manufatura da TP-Link na China

Unidades fabris do NX620v (Imagem: Anatel/Reprodução)

Por enquanto não sabemos o preço do novo roteador da TP-Link. A empresa ainda não divulgou data de lançamento. No entanto, deve ser um produto voltado ao uso corporativo. E não deve sair barato: ele custa 662 euros no exterior, o que dá por volta de R$ 3.700 em conversão direta.
Novo roteador 5G FWA da TP-Link passa pela Anatel

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Fonte: Tecnoblog