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WWDC 2024: como ver o evento da Apple ao vivo

WWDC 2024: como ver o evento da Apple ao vivo

Worldwide Developer Conference é evento da Apple para apresentar novidades dos sistemas operacionais (Imagem: Divulgação/Apple)

Nesta segunda-feira (10), a partir das 14h, a Apple inicia o WWDC 2024. Na abertura do evento, a big tech realizará uma apresentação para anunciar as novidades dos seus sistemas operacionais. A palestra de abertura (chamado de keynote em inglês) será transmitido ao vivo pelo YouTube.

Assista ao vivo a abertura do WWDC 2024

A grande expectativa é a chegada de inteligência artificial generativa para o iPhone, estreando com o iOS 18. Com esta tecnologia, que pode ser batizada de Apple Intelligence (para usar a sigla AI), a Siri deve (finalmente) ficar mais inteligente.

Porém, é especulado que os outros sistemas operacionais da Apple recebam recursos de IA. Apesar da estrela do WWDC sempre ser o iOS, a Apple divulga novidades para o iPadOS, macOS, tvOS e watchOS.

O foco do WWDC são desenvolvedores. As atividades com esses profissionais são iniciadas após o keynote de abertura. Essas atividades envolvem a preparação para futuros recursos dos sistemas operacionais da Apple. O WWDC 2024 encerra no dia 14 de junho.

iOS, sistema operacional da Apple para o iPhone, deve ser o maior foco do evento, recebendo tecnologia de IA generativa para auxiliar na usabilidade (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

O Tecnoblog está cobrindo o WWDC 2024 direto de Cupertino, cidade onde fica a sede da Apple. Fique ligado no nosso site para ver em primeira mão as principais novidades apresentadas pela big tech no evento.

WWDC 2024 sem novos hardwares

Segundo rumores, este será o primeiro WWDC em anos sem novos hardwares da Apple. Em outras edições, a big tech apresentou novos Macs e alguns iPads. Porém, o WWDC 2024 terá foco total em inteligência artificial. Assim, não haverá espaço para esses produtos. Inclusive, das duas horas de keynote, uma hora será apenas para falar de IA.
WWDC 2024: como ver o evento da Apple ao vivo

WWDC 2024: como ver o evento da Apple ao vivo
Fonte: Tecnoblog

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Em 2022, o Parlamento Europeu aprovou o Digital Markets Act. A lei versa sobre a concorrência em mercados digitais, e quem vai sentir as consequências são as grandes empresas de tecnologia estadunidenses.

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Player global no segmento de distribuição de aplicativos, a Apple é uma das impactadas. E, nos últimos anos, cresceu a expectativa de que o DMA levasse a uma abertura sem precedentes no ambiente do iOS.

Desde sempre, a única forma de baixar aplicativos autorizada pela Apple em dispositivos móveis é a App Store. Nenhuma forma de sideloading era permitida. O DMA faria isso mudar, o que muitas empresas e desenvolvedores viam com bons olhos.

No dia 25 de janeiro, no entanto, a Apple divulgou como se adequaria à legislação. Os planos da empresa geraram reações furiosas de quem desejava a total abertura do iOS. A Apple está mostrando que vai ceder só quando não tem saída — e, ainda assim, resistindo ao máximo.

Nova taxa, velhas queixas

De modo geral, é válido dizer que o iOS ficará mais aberto. Porém, como se diz, o diabo está nos detalhes. E a Apple incluiu alguns.

A única forma de baixar aplicativos fora da App Store será por lojas alternativas, que precisaram ser aprovadas pela Maçã. Cada aplicativo presente nessas lojas também passará pelo crivo da Apple.

O desenvolvedor poderá manter seus apps na App Store e também distribuir por lojas alternativas. Porém, ao decidir operar pelas novas regras da UE, ficará sujeito a uma nova taxa, a Core Technology Fee. Este é um dos principais motivos de críticas à Apple.

A CTF atinge principalmente os grandes aplicativos. A partir dela, a Apple estabelece que, após 1 milhão de downloads, recai uma taxa de 50 centavos de euro a cada novo download por usuário. A cobrança será anual.

Com isso, perspectiva é que apps populares, mesmo que optem pela distribuição apenas em lojas paralelas à App Store, deixarão uma boa quantia nas mãos de Tim Cook. Não é à toa que o CEO do Spotify, Daniel Ek, acusa a Maçã de dar uma “aula de distorção” com sua nova política.

iPhone, Safari e App Store passam por mudanças na União Europeia (Imagem: Divulgação/Apple)

A Microsoft pegou um pouco mais leve, avaliando o caso como “um passo na direção errada”. A Epic Games, velha inimiga da Apple quando se trata da política da App Store, também se manifestou com a desaprovação usual (embora já tenha anunciado planos para sua própria loja de aplicativos na Europa).

Com a CTF, mesmo que escapem das comissões atuais de até 30% por transação feitas a partir do ecossistema da Apple, as empresas terão que pagar de outra forma.

A atitude é controversa, tem algo de birra, e ainda pode ser contestada no futuro. É a Apple marcando sua posição: quaisquer que sejam as mudanças exigidas em seu modelo de negócios, ela não as fará de bom grado.

Faturando até mesmo fora da App Store

Há ainda outros aspectos da proposta da Apple que geram protestos de empresas e desenvolvedores. Ressaltamos alguns deles no Tecnocast 322, totalmente dedicado ao tema.

Um dos mais controversos é a cobrança de comissões até mesmo por transações feitas fora da App Store. Os valores podem chegar a 17%.

Algo semelhante vai ocorrer também no mercado americano, vale apontar. O iOS permitirá métodos de pagamento alternativos em decorrência do processo movido pela Epic Games; no entanto, a Apple cobrará até 27% de comissão dos desenvolvedores.

As empresas terão que manter um relatório das transações feitas por plataformas de pagamento independentes e repassar os valores adequados à Apple. Determinar se os repasses estão corretos é um desafio que a própria empresa reconhece.

Outro ponto delicado é a necessidade de um escolha definitiva logo de cara. Desenvolvedores podem optar por simplesmente ignorar as novas regras da UE e se manter sob as normativas atuais da App Store, com taxas de variam entre 15 e 30%.

Tela de instalação de loja de apps no iOS 17.4 (Imagem: Reprodução/Apple)

Por outro lado, quem quiser se aventurar pelo mundo do iOS aberto não pode voltar atrás. Uma vez que a escolha é feita, o desenvolvedor não tem a opção de voltar às regras antigas. É pegar ou largar.

Esse aspecto exige bastante cuidado por parte do desenvolvedor. Não seria possível sequer fazer uma experiência antes e depois retornar, por exemplo.

A exigência certamente gerará receio em quem ficou tentado a testar as novas regras, e é encarada como uma forma de pressão para que o desenvolvedor mantenha tudo como está.

Uma questão de controle

A resposta da Apple ao DMA deixa claro mais uma vez que a empresa não quer abrir mão do controle que tem sobre sua plataforma. O Android tem uma abordagem um pouco diferente, permitindo lojas alternativas Google Play desde sempre. A Apple, por sua vez, optou pelo fechamento.

Como levantamos no Tecnocast 322, esse controle é um dos motivos pelos quais muitos usuários preferem a empresa. Uma experiência bem definida, onde tudo é milimetricamente pensado pela Apple, tem apelo para muita gente. As vendas de aparelhos refletem isso, assim como a oferta de aplicativos.

Um argumento muito utilizado pela Apple para defender sua posição é o da segurança. Marketplaces independentes de apps seriam uma entrada para softwares maliciosos e conteúdo nocivo nos celulares de milhões de pessoas. No comunicado sobre a adequação ao DMA, a Apple reforça essa linha de raciocínio.

O outro lado aponta que a empresa deveria dar liberdade ao usuário de baixar aplicativos de onde quiser. E também aos desenvolvedores de utilizar as plataformas de pagamento que preferirem, incluindo aí opções próprias.

Tim Cook, CEO da Apple (Imagem: Divulgação / Apple)

Dado o tamanho do negócio da App Store, dirão os críticos, a proibição seria uma forma de prender os fornecedores (desenvolvedores) em sua loja, já que dispensar essa opção implicaria numa perda considerável de faturamento e público.

Essas discussões estão nem longe de encerrarem. Uma vez que o DMA não determina como exatamente os mercados digitais devem se abrir, a Apple colocou sua opção de abertura na mesa. No entanto, no conceito da Apple, um iOS aberto ainda é um tanto fechado.
Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle

Como a Apple pretende abrir o iOS sem perder o controle
Fonte: Tecnoblog

Tim Cook confirma Gen AI nos produtos Apple até o fim do ano

Tim Cook confirma Gen AI nos produtos Apple até o fim do ano

Tim Cook terá mais motivos para sorrir quando a IA generativa chegar no iPhone e outros dispositivos (Imagem: Divulgação / Apple)

Tim Cook, CEO da Apple, revelou que a big tech terá IA generativa em seus produtos ainda neste ano. O chefão da empresa fez essa declaração nessa quinta-feira (1), durante a apresentação dos resultados financeiros da empresa (que foram positivos). A expectativa é que essa tecnologia estreie no iOS 18, que deve ser lançado em setembro, junto do iPhone 16.

Recentemente, a Apple publicou um artigo no qual explica o desenvolvimento de um novo método para rodar modelos de linguagens grandes (LLMs) no smartphone, sem depender de processamento pela nuvem. A técnica da big tech permite que parte da memória flash complemente a memória RAM, entregando mais desempenho para o celular. Essa tecnologia deve chegar no próximo iPhone ou no iOS 18.

Chegada ao Steve Jobs Theater, na sede da Apple em Cupertino (Foto: Thássius Veloso/Arquivo Pessoal)

IA generativa nos dispositivos da Apple

Tim Cook confirmou durante a apresentação de resultados que a Apple está investindo em IA. Nas palavras do CEO da empresa, a tecnologia é uma das que dará forma ao futuro. “Nos continuamos investindo um vasta quantidade de tempo e esforço”, disse Cook sobre o desenvolvimento de IAs na Apple.

Em sua fala, o CEO da Apple confirmou que mais detalhes sobre o trabalho da empresa nesse segmento será apresentado “mais tarde neste ano”. A declaração de Cook vai ao encontro de rumores apresentados por Mark Gurman, jornalista da Bloomberg e uma das principais fontes sobre a Apple.

Gurman afirma que o iOS 18 terá a maior mudança no sistema operacional da empresa em anos. Essa futura versão do iOS, que deve ser apresentada em junho no WWDC 2024 e lançada em setembro, terá diversos recursos baseados em IA generativa. Com a chegada do Galaxy AI na linha Galaxy S24, a Apple precisa apresentar algo para competir com a Samsung.

Resultados financeiros da Apple foram positivos

Agora falando das finanças da Apple, o lucro cresceu 13% no último trimestre (US$ 33,9 bilhões, ou R$ 161,6 bilhões) de 2023 —comparado ao mesmo período em 2022. O resultado mostra que a Apple teve um bom número de vendas, ainda que o mercado de smartphones não esteja no seu melhor período. As vendas só não foram melhores por causa da queda no mercado chinês.

Com informações: The Verge e The Guardian
Tim Cook confirma Gen AI nos produtos Apple até o fim do ano

Tim Cook confirma Gen AI nos produtos Apple até o fim do ano
Fonte: Tecnoblog